A história da Missão Caiuá se confunde com a história de Dourados – MS.
Em 1928, o rev. Maxwell e sua esposa Mabel chegam a Dourados – distrito de Ponta Porã, MS – onde se instala a sede da Missão Evangélica Caiuá. Em seguida, chegam o médico dr. Nelson de Araújo, o agrônomo João José da Silva, e o professor Esthon Marques.
Atendendo um pedido do sertanista Rondon, eles aqui chegaram para cuidar de 300 indígenas da etnia Caiuá que vivia às voltas com tuberculose e uma mortalidade infantil altíssima.
Nesses 96 anos de existência a Missão sempre manteve uma postura de defesa e proteção dos nossos irmãos indígenas, tanto na macrorregião de Dourados como em outros lugares do Brasil onde a Missão consegue atender através de Convênios com a SESAI na área da saúde, nossos irmãos que tanto sofrem e lutam por uma condição de vida melhor.
Nosso Hospital Porta da Esperança, que existe a 72 anos, atende mensalmente em torno de 8.000 indígenas e brancos através de consultas, procedimentos de média e baixa complexidade e internações.
Nossas escolas contam com 2.300 alunos alfabetizados em português e em Caiuá/Guarani e sempre prezamos por manter acessa a chama da cultura indígena através do conhecimento da língua original e sua história.
Estamos presentes na macrorregião de Dourados em 23 aldeias onde, além de atendimento espiritual, também atendemos com cestas básicas e em nossas unidades estão disponíveis água para as necessidades básicas das famílias que residem no entorno dos campos avançados da Missão.
Os últimos acontecimentos nos entristeceram muito e nosso hospital na sede da Missão em Dourados, atendeu a todos que ali chegaram com algum machucado ou trauma.
Embora nossa posição política seja de neutralidade e equidistância de qualquer orientação partidária, entendemos que o momento atual necessita de uma urgente atuação dos órgãos públicos para que nossos irmãos indígenas Caiuá, Terena e Guarani, que já sofrem tanto com diversas outras situações, não tenham que reivindicar o que lhes é de direito, a água tão necessária para sua sobrevivência já sofrida.
Sempre orientamos nossos missionários e colaboradores diretos a não participarem de qualquer manifestação uma vez que a Missão não interfere em pautas da aldeia que possui liderança própria.
No entanto, reconhecemos também o direito que cada um tem como cidadão de expressar sua indignação ou frustração da forma que melhor entenderem, porém ninguém está autorizado a fazê-lo em nome da Missão, que sempre se manifesta através de sua Assembleia, órgão máximo da administração, e/ou do Conselho Diretor que vive o cotidiano das atividades da Missão.
Reafirmamos nossa posição de sempre nos manter contra qualquer ação ou atitude truculenta e desrespeitosa que aconteça ou venha a acontecer em relação aos nossos irmãos indígenas, dentre eles mulheres e crianças, que sempre contaram e continuarão contando com nosso amor e disposição em servi-los para a Glória de Deus, uma vez que todos fomos criados à Imagem e Semelhança do Deus Eterno que se manifesta na Pessoa de Seu Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo e age em nós na pessoa Gentil e Maravilhosa do Seu Divino Espírito Santo.
Pela Igreja Presbiteriana do Brasil assinam:
Rev. Geraldo Silveira Filho – Vice-presidente,
Rev. Sérgio Paulo Nascimento Martins – Secretário,
Rev. Ildemar de Oliveira Berbet – Membro e
Presbítero Flávio Arantes Pereira – Membro.
Fonte: site da IPB
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