Preso enquanto tentava fugir da Coreia do Norte, o cristão e sua família foram colocados na solitária, após as autoridades descobrirem sobre sua fé.
Prisioneiros são mantidos em situações precárias e degradantes na Coreia do Norte. (Foto: Church Militant)
Apesar da beleza exposta na mídia internacional, com as Olimpíadas de Inverno na Coreia do Norte, o país continua vivendo uma realidade de escassez e intolerância religiosa. A maioria das pessoas sobrevive com muito pouco e as colheitas não são suficientes para alimentar a população. Como se isso não fosse o suficiente, há uma política em que os militares são os primeiros a receber comida e outros recursos.
A intolerância religiosa também leva cerca de 60 mil cristãos a dependerem do “contrabando” de comida, medicamentos e roupas feito pela Missão Portas Abertas para sobreviverem.
Mesmo em meio a este cenário crítico, os cristãos norte-coreanos ainda compartilham os poucos recursos que têm com aqueles que têm menos ainda. Com a prática que eles chamam de “arroz santo”, as famílias separam uma parte da comida que receberam para doar a outras pessoas que não receberam nada.
Este ato de solidariedade faz com que os cristãos estabeleçam um laço de confiança e, posteriormente, abre espaço para que eles compartilhem o Evangelho com essas pessoas.
Presos, mas ainda firmes na fé
Segundo a Portas Abertas, atualmente deve haver cerca de 60 mil cristãos presos em terríveis condições na Coreia do Norte. Eles são mantidos em campos de trabalhos forçados, comparados aos assombrosos campos de concentração nazistas.
Mas mesmo em condições de vida subumanas, muitos permanecem firmes em sua fé. Este é o testemunho de Hannah*, que foi presa junto com sua família, após tentar fugir do país. Quando descobriram que eles eram cristãos, as autoridades os colocaram na solitária.
Hannah contou que os prisioneiros apanhavam muito naquele campo, e resistir às exigências dos guardas era um perigo ainda maior. Mas seu marido representou um exemplo de fé naquele local.
“Meu marido era diferente. Quanto mais batiam nele, mais ele defendia sua fé. Ele gritava: ‘Se acreditar em Deus é crime, eu prefiro morrer. Minha missão é viver de acordo com a vontade de Deus”, disse a cristã perseguida.
Depois de orarem juntos e clamarem por suas vidas, os integrantes daquela família foram chamados pelo diretor daquela prisão.
“Não queríamos morrer na prisão, em um campo de prisioneiros políticos. E Deus respondeu nossas orações. O diretor da prisão nos deu uma anistia especial. Quando saímos da prisão naquela noite e estávamos finalmente livres, cantamos um hino baixinho”, contou Hannah.
*Nome alterado por motivos de segurança.
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA PORTAS ABERTAS
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