quinta-feira, 2 de março de 2017

Qual o problema em assistir 50 Tons mais Escuros?

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No dia 10 de fevereiro de 2017, foi lançado o segundo filme da trilogia Cinquenta Tons de Cinza que começou a ser cinematografada há dois anos. A sequência chegou aos cinemas com o título de Cinquenta Tons mais Escuros e promete continuar explorando a proposta do uso do domínio e da violência nas relações sexuais. Os livros que deram origem à produção cinematográfica já haviam se tornado um prodígio de publicações e vendas. O fenômeno contabiliza mais de 100 mil cópias vendidas e traduzidas para 52 línguas.[1] Mas agora, com o lançamento dos filmes, o conteúdo dessa trilogia alcançará inúmeras outras pessoas que não tiveram acesso ao material escrito.

Tragicamente, muitas pessoas defendem que o conteúdo de Cinquenta Tons é apenas literatura fictícia, romântica e inofensiva. A internet está repleta de relatos defendendo esse material, sendo que alguns são escritos por mulheres, inclusive adolescentes. Não seria nenhuma surpresa encontrar dentre os autores, algumas pessoas que frequentam a igreja e professam a fé cristã! Mas, sejamos honestos, a única razão pela qual os livros e filmes se tornaram populares são as cenas de sexo e a proposta de um relacionamento sexual mais “picante”! A questão a ser levantada, porém, é se a proposta desse material é, de fato, tão inocente quanto se pensa.

Antes de continuar, preciso deixar claro que não li nenhum livro da série nem assisti a qualquer dos filmes. Isso pode, certamente, levar alguns a pensar que não estou autorizado a escrever sobre o assunto e muito menos oferecer uma análise crítica sobre esse material. Tudo que tenho feito até o momento é ler sobre esse fenômeno e assistir aos trailers expostos em aeroportos, TV e metrô.

Normalmente eu concordaria que não estou autorizado a emitir opinião sobre o assunto com tão pouco conhecimento. No entanto, creio que esse critério não se aplica quando o conteúdo a ser analisado é pornografia ou romance erótico. Portanto, entendo que a proposta dos Cinquenta Tons pode ser respondida à luz das Escrituras.

Não é necessário assistir a cada detalhe dessa trilogia para concluir que, no geral, sua mensagem é que o sexo pode ser praticado sem compromisso, de maneira egoísta, manipulativa e até violenta, desde que haja prazer ao final. Christian Gray, o nome do personagem principal, é alguém que usa e abusa de mulheres para obter o prazer sexual. Por outro lado, Anastácia, é alguém que se deixa dominar e ser abusada com o mesmo propósito. Daria até para ressaltar a estranha escolha feita pela autora dos nomes dos personagens principais, visto que Christian significa “cristão” e Anastácia, “ressurreição”, dois termos muito usados no cristianismo. Mas o objetivo deste ensaio é notar como a proposta dos Cinquenta Tons contraria o ensinamento bíblico e, por isso, não deveria ser apreciada pelos cristãos.

1. Sexo é uma expressão de amor e compromisso que reflete o sublime amor de Deus. De fato, sexo e todos os fatores físicos, emocionais e espirituais que o envolvem, são dons de Deus que ordenou a fecundidade humana (Gn 1.28). O contexto no qual esses dons podem ser desfrutados é o casamento sem mácula, no qual homem e mulher podem se relacionar sem se envergonharem (cf. Gn 2.15). Todavia, a pornografia e a literatura erótica zombam desses dons divinos, reduzindo o sexo ao mero envolvimento casual e praticado para a autogratificação. A mensagem dos Cinquenta Tons traz confusão à mente humana e obscurece o entendimento, pois glorifica o profano e despreza o sagrado.

2. Pensamentos lascivos conduzem a ações lascivas. O propósito de imagens e palavras eróticas é estimular o desejo sexual, mas geralmente de maneira corrompida. Como já foi dito, o desejo sexual não é mal em si, mas o estímulo do mesmo de maneira que contraria o padrão de Deus é pecaminoso e nocivo. O problema é que o cultivo desse desejo acaba resultando em comportamentos condenados pela Palavra de Deus. Seria correto afirmar que a literatura erótica e pornográfica não está interessada em ajudar casais a desenvolver relacionamentos mais sadios e santos. Mas as fantasias sugeridas por esse conteúdo são perigosas, pois conduzem a comparações doentias, enfraquece o comprometimento e debocha da santidade. Além do mais, aquele que muito fantasia, um dia desejará também praticar o que foi fantasiado.

3. O gênero de sexualidade encontrado nos “Cinquenta Tons” é um dos mais perniciososNa verdade, a sexualidade promovida por essa literatura é o sadismo ou o sadomasoquismo. De acordo com os seus defensores, a dor, a opressão, o sofrimento e a violência são fontes do prazer profundo. Nada poderia ser mais pernicioso do que isso! A perspectiva bíblica é que sexo é um meio de expressar cuidado e amor ao cônjuge. Nesse processo, tanto marido quanto esposa se entregam um ao outro carinhosamente e com alegria. A dor, a opressão e a violência acabam contrariando a natureza essencial do ato sexual.

4. O fato de se tratar de uma literatura fictícia não significa que o seu consumo seja sem consequências. De fato, não há literatura neutra, desprovida do propósito de influenciar seus leitores e nem filme que apenas entretenha seu público. Tudo o que penetra na mente acaba influenciando a cosmovisão, as emoções, o comportamento e os relacionamentos. Dessa maneira, não há nada que seja “simplesmente inocente”. Os consumidores dos Cinquenta Tons logo serão influenciados a pensar e agir em suas categorias e a considerar se o conteúdo desse material não poderia, de fato, ajudar em seus relacionamentos.

5. A Bíblia exorta a que sejamos criteriosos com o que permitimos moldar nossos pensamentos e desejos. Nesse sentido, o apóstolo Paulo escreveu aos filipenses: “Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento” (Fp 4.8). Qualquer pessoa honesta admitirá que o conteúdo dos Cinquenta Tons não passa nesse teste proposto pelo apóstolo. Portanto, o que deve ser sacrificado não é exortação bíblica, mas qualquer literatura ou conversação que a contrarie.

Finalmente, é preciso esclarecer que o cristão não necessita “estar por dentro” de todos os assuntos de impacto social. O fato de muitas pessoas estarem discutindo os Cinquenta Tons não é uma desculpa e nem uma sanção para que o crente se envolva com esse tipo de conteúdo. Os olhos do crente não precisam contemplar tudo que é divulgado como popularmente aceito, por mais tentador que seja. Em um artigo sobre esse assunto, Marshall Segal, membro da equipe do ministério Desiring God, lembra que “aqueles que optarem por ver menos hoje, poderão contemplar infinitamente mais na eternidade”[2], pois Jesus disse que os limpos de coração verão a Deus (Mt 5.8).

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Notas:
[1]SEGAL, Marshall, “Fifty shades of Nay: Sin is a needle, not a toy”. Disponível em: www.desiringgod.org. Acesso em: 10.02.2017.
[2]Cf. Fifty shades of Gray. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Fifty_Shades_of_Grey. Acesso em: 10 de fevereiro de 2017.

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Autor: Rev. Valdeci da Silva Santos
Fonte: IPCB - Igreja Presbiteriana do Campo Belo

O Evangelho de Satanás

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O evangelho de Satanás não é um sistema de princípios revolucionários, nem ainda é um programa de anarquia. Ele não promove a luta e a guerra, mas objetiva a paz e a unidade. Ele não busca colocar a mãe contra sua filha, nem o pai contra seu filho, mas busca nutrir o espírito de fraternidade, por meio do qual a raça humana deve ser considerada como uma grande "irmandade". Ele não procura deprimir o homem natural, mas aperfeiçoá-lo e erguê-lo. Ele advoga a educação e a cultura e apela para "o melhor que está em nosso interior" - Ele objetiva fazer deste mundo uma habitação tão confortável e apropriada, que a ausência de Cristo não seria sentida, e Deus não seria necessário. Ele se esforça para deixar o homem tão ocupado com este mundo, que não tem tempo ou disposição para pensar no mundo que está por vir. Ele propaga os princípios do auto-sacrifício, da caridade, e da boa-vontade, e nos ensina a viver para o bem dos outros, e a sermos gentis para com todos. Ele tem um forte apelo para a mente carnal, e é popular com as massas, porque deixa de lado o fato gravíssimo de que, por natureza, o homem é uma criatura caída, apartada da vida com Deus, e morta em ofensas e pecados, e que sua única esperança reside em nascer novamente. 

Contradizendo o Evangelho de Cristo, o evangelho de Satanás ensina a salvação pelas obras. Ele inculca a justificação diante de Deus em termos de méritos humanos. Sua frase sacramental é "Seja bom e faça o bem"; mas ele deixa de reconhecer que lá na carne não reside nenhuma boa coisa. Ele anuncia a salvação pelo caráter, o que inverte a ordem da Palavra de Deus - o caráter como fruto da salvação. São muitas as suas várias ramificações e organizações: Temperança, Movimentos de Restauração, Ligas Socialistas Cristãs, Sociedades de Cultura Ética, Congresso da Paz estão todos empenhados (talvez inconscientemente) em proclamar o evangelho de Satanás - a salvação pelas obras. O cartão da seguridade social substitui Cristo: pureza social substitui regeneração individual, e, política e filosofia substituem doutrina e santidade. A melhoria do velho homem é considerada mais prática que a criação de um novo homem em Cristo Jesus; enquanto a paz universal é buscada sem que haja a intervenção e o retorno do Príncipe da Paz.

Os apóstolos de Satanás não são taberneiros e traficantes de escravas brancas, mas são em sua maioria ministros do evangelho ordenados. Milhares dos que ocupam nossos modernos púlpitos não estão mais engajados em apresentar os fundamentos da Fé Cristã, mas têm se desviado da Verdade e têm dado ouvidos às fábulas. Ao invés de magnificar a enormidade do pecado e estabelecer suas eternas consequências, o minimizam ao declarar que o pecado é meramente ignorância ou ausência do bem. Ao invés de alertar seus ouvintes para "escapar da ira futura", fazem de Deus um mentiroso ao declarar que Ele é por demais amoroso e misericordioso para enviar quaisquer de Suas próprias criaturas ao tormento eterno. Ao invés de declarar que "sem derramamento de sangue não há remissão", eles meramente apresentam Cristo como o grande Exemplo e exortam seus ouvintes a "seguir os Seus passos". Deles é preciso que seja dito: "Porquanto, não conhecendo a justiça de Deus, e procurando estabelecer a sua própria justiça, não se sujeitaram à justiça de Deus" (Rm 10:3). A mensagem deles pode soar muito plausível e seu objetivo parece muito louvável, mas, ainda sobre eles nós lemos: "Porque tais falsos apóstolos são obreiros fraudulentos, transfigurando-se em apóstolos de Cristo. E não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz. Não é muito, pois, que os seus ministros se transfigurem em ministros da justiça; o fim dos quais será conforme as suas obras" (2 Co 11:13-15).

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Autor: Arthur W. Pink (1886-1952)
Fonte: www.pbministries.org
Tradução: Pr. Walter Campelo
Via: Jornal Reforma Hoje, 2ª edição 2012, página 03.

Ortodoxia & Ortopraxia

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Introdução:

No último artigo refletimos sobre a necessidade de piedade e um bom preparo para o Ministro da Palavra. O pastor/mestre é alguém santo e douto, santo porque é regenerado e chamado ao ministério sagrado e douto porque serve à Igreja de Deus por meio da Palavra no exercício da docência. Somente isso seria suficiente para que a prática ministerial se desenvolvesse “como Deus quer”, porém a influência do praticismo pietista e do pragmatismo moderno no protestantismo brasileiro exige uma reflexão sobre a ORTOPRAXIA.

Nós estamos vivendo um tempo de grande pragmatismo e esquisitices no evangelicalismo brasileiro. Essas “coisas” podem ser encontradas em praticamente todas as denominações históricas, comunidades locais que se deixaram envolver por práticas não bíblicas. A verdade é que estamos sendo assaltados com inovações sem fundamento bíblico e muitas vezes sem reflexão dos líderes.

A pergunta é: Por que práticas estranhas e os movimentos de crescimento de igreja conseguem entrar “sorrateiramente”, tomando conta de nossos cultos e estruturas da igreja? Este assunto tem gerado boas monografias, mas vamos pensar um pouco em um artigo breve, apenas para instigar o pensamento.

Acredito que duas respostas são possíveis a essa pergunta, respostas que se tornaram pressupostos que levam líderes ou uma comunidade a aderir práticas não bíblicas e de veras, esquisitas:

1º - O pragmatismo religioso

De maneira muito simples e objetiva, podemos dizer que o pragmatismo nesse contexto é uma filosofia religiosa, advinda da America do Norte que propõe a “busca por resultados”. A ideia principal é que a igreja precisa crescer, dar resultados visíveis, alcançar objetivos, ter uma meta numérica definida. O alvo dessa proposta é alcançar o fim desejado, independente dos meios utilizados para isso. “O fim justificam os meios”.

Um líder ou comunidade influenciado pelo pragmatismo é levado a criar estruturas eclesiásticas e um culto voltado para resultados. Por exemplo: “pesquisa de bairro para saber que tipo de igreja as pessoas querem”; “igrejas em células”, com a necessidade de multiplicação numérica; sincretismo, aderência de práticas africanas, uso de objetos sagrados; culto voltado para a necessidade das pessoas, não mais adoração somente a Deus; pregação psicológica, fantasiosa ou com promessas mercantilistas.

2º - O praticismo

Praticismo significa: “Ação pratico-utilitária que visa fins imediatos sem reflexão teórica ou com marco teórico superficial”. O praticismo tem como lema: “só é útil o que é prático”. No contexto religioso brasileiro, o praticismo tem sido o ideal de muitos grupos evangélicos e até mesmo de seminários teológicos influenciados pelo pietismo moderno.

Qual o pastor ou professor de seminário que nunca ouviu de um aluno: “acho que estou sendo inútil aqui apenas estudando” ou quando ensina na igreja, assuntos como oração, caráter de Deus e outra doutrina: “isso é muito acadêmico, gosto de coisas práticas”. Já me deparei com situações em que uma pessoa era aplicada aos estudos e pregava explicando direitinho as Escrituras e por isso era considerada “muito acadêmica”.

O praticismo tem inculcado em algumas pessoas a ideia de que tudo que é profundo, bem elaborado, refletido, discutido e planejado é academicismo e não prático. Os praticistas vivem na base do fundamento mais rápido e fácil; as estruturas eclesiásticas, o culto e a vida cristã são desenvolvidos “de qualquer jeito” ou apenas imitando algum modelo pronto que deu certo e até mesmo seguem a ideia do “vamos fazendo” para ver no que dá. Normalmente os praticistas não gostam de planejamento, reuniões, discussões e estudos teóricos e de casos. Na maioria dos casos, adotam modelos que deram certo com outros ou no caso da vida religiosa super-valorizam a experiência pessoal e o empirismo. Há um valor nessas coisas e a prática acontece no exercício de experiências, podemos até afirmar que a experiência confirma a doutrina; o que é negativo é o uso que o praticismo faz desses elementos do conhecimento. Nosso objetivo é defender a prática e denunciar como algo nocivo o praticismo tão presente em nosso meio.

O praticismo ganhou muita força com o Pietismo. Este movimento teve início na metade do século XVII, os historiadores tem marcado seu ponto de partida com a obra de Philipp Jakob Spener (1635-1705). A obra se chama Pia Desideria. Segundo pesquisadores do movimento, o pietismo foi uma reação à ortodoxia luterana na Alemanha e posteriormente ao movimento puritano. Eles desenvolveram uma ideia de que a ortodoxia protestante era muito rígida e priorizava a doutrina e uma religião nominal. Sabemos que essa interpretação, principalmente em relação aos puritanos é fantasiosa, pois qualquer pessoa mudará de ideia ao ler as grandiosas obras dos puritanos sobre “prática” e “vida cristã”. Algumas expressões foram marcantes para o pietismo; como: “vida versus doutrina”, “Espírito Santo versus ofício do ministério” e a busca pela “experiência religiosa”. O ideal pietista era a conversão pessoal, interpretação livre das Escrituras sem apoio das confissões e dogmas e auto-satisfação pessoal. Spener apoiava a necessidade de formação teológica, porém o ponto principal da vida cristã é a experiência religiosa.

O pietismo do tempo inicial foi renovador para a vida da Igreja e contribuiu para várias denominações e o avanço missionário, porém ao longo dos anos foi modificando sua firmeza bíblica e priorizando a experiência, o que fortaleceu o liberalismo e o misticismo evangélico. O pietismo moderno no contexto religioso brasileiro aliou-se ao pragmatismo e o resultado tem sido devastador. De acordo com a tese do Dr. Geovál Jacinto, o pietismo influenciou a maioria dos seminários no Brasil e tem participado no processo de formação da maioria dos nossos pastores[1]. Um pietismo aliado a uma boa formação e com bons fundamentos doutrinários pode ser uma benção para a igreja, mas um pietismo praticista leva a igreja para uma abertura nas inovações e práticas não bíblicas.

Talvez a Reforma que estão pedindo ou uma alternativa ao pragmatismo e praticismo seja o retorno a verdadeira ORTOPRAXIA. Esta busca desenvolver uma prática eclesiástica e religiosa tendo como fundamento princípios bíblicos e inegociáveis. É uma junção entre ortodoxia e prática. Na perspectiva puritana a ortodoxia funciona como “um trilho da fé”, ela fornece as bases e direções para as estruturas, seja na comunidade ou na devoção pessoal.

O que é ortodoxia?

Ortodoxia é seguir corretamente os ensinos da Escritura, através de uma interpretação gramática, contextual e teológica, sendo fiel ao texto e doutrinas fundamentais. É seguir à sã-doutrina ou como diz em Atos 2.42, “perseverar na doutrina dos apóstolos”. As bases da ortodoxia protestante são: A singularidade de Cristo através da lei e o evangelho e a autoridade e suficiência das Escrituras (Bíblia). Tudo que somos e acreditamos passa por esse crivo, se não for assim, estamos fadados ao subjetivismo e inovações. Por isso, “o ensino bíblico/teológico é essencial para o líder e sua igreja, porque os ensinos lastram nossas crenças e, consequentemente, impõe-nos suas ações”.[2]Nossas práticas religiosas são determinadas pelas nossas crenças, sejam aquelas aprendidas em nossa comunidade de origem ou crenças que nós mesmos produzimos em nossas reflexões teológicas particulares.

Por essas razões, a ortodoxia funciona como um trilho nos conduzindo a uma prática segundo a vontade de Deus revelada nas Escrituras. É assim que se fundamenta nossa prática, a qual chamamos tecnicamente de ortopraxia. A ortopraxia deveria se basear em dois princípios que norteiam a vida cristã e a eclesiologia em todas as coisas:

1º - A busca inegociável pela glória de Deus

Em primeiro lugar essa busca acontece no culto. O propósito de Deus é criar uma família parecida com seu Filho para receber adoração através do culto da vida e do culto público do povo de Deus. O culto da vida é a santidade, devoção pessoal com Deus e a transformação da sociedade através de uma mente reformada, redimida pelo Espírito Santo. No culto público, isso acontece na simplicidade da pregação da Palavra, nas músicas de exaltação, nas contribuições e na eucaristia. O culto é totalmente direcionado a Deus, no culto evangélico não há elementos que satisfaça o homem, pois a glória de Deus e somente isso é nossa satisfação e desejo.

Depois é importante considerar que a glória de Deus alcança áreas da sociedade em geral. O cristão é responsável para  trazer essa glória para a política. “Fazei qualquer coisa para a glória de Deus” (1Cor 10.31). A política deve expressar a glória na prática do bem (Rm 13), ela existe para que tenhamos uma vida tranquila, mansa e com ordem (1Tm 2.1-7). Na pratica da justiça e buscando o bem comum para o bem estar do ser humano, a política glorifica a Deus; o contrário disso, produz a ira de Deus!

Também expressamos a glória de Deus na família. A família é o ideal de Deus para o ser humano, não apenas porque Ele nos dá esposas e filhos, mas porque Ele mesmo está formando uma família. O próprio Deus tem escolhido pessoas em todas as nações para a adoção de filhos. Estávamos perdidos, mortos, órfãos e sem direção; por isso, Deus em um ato de amor e livre graça, mesmo eu não merecendo e sendo completamente rebelde me chamou, mudou meu coração e me adotou!! Deus, somente Deus!! Eu te amo, obrigado Pai! Nossa família, constituída conforme a orientação bíblica, expressa a vontade de Deus e serve de exemplo para a organização da igreja. A igreja é uma extensão do lar: Governo pelo pai, auxílio da mãe e filhos em crescimento e disciplina, por isso que se diz: “O que não governa bem a sua casa, não pode governar a Igreja de Deus” (1Tm 3.4-5).

Finalmente a busca pela glória de Deus na administração eclesiástica. O pastoreio da igreja deve ser “como Deus quer” (1Pe 5.1-4). Ninguém tem o direito de usurpar o plano de Deus para Sua Igreja e modificar suas estruturas, a Bíblia continua sendo a “regra” de fé. É muito comum hoje encontrar estruturas que mais se parecem com empresas seculares ou com clubes do que com igreja. Já conheci uma igreja que acabou com os presbíteros e os diáconos passaram a ser os “gestores”. Alguns “cultos” são reuniões de negócios ou fonte dos desejos.

O pastor deixou de ser Ministro da Palavra e conselheiro e passou a ser administrador, não cuida mais do rebanho, mas faz a igreja crescer e aumenta os rendimentos. Ainda é possível encontrar pastores que se tornaram gurus, alimentando as superstições do povo.

A Bíblia dispôs tudo o que é necessário para o cuidado do rebanho. Os presbíteros governam espiritualmente e supervisionam a igreja. Temos nas Escrituras três designações para isso; o pastor (cuida do rebanho), bispo (supervisiona a comunidade) e presbítero (o que preside), essas três designações são figuras de um mesmo ofício e pessoa. Também temos o diácono, este cuida da ordem da igreja e do serviço social, aqui é possível perceber um cuidado mais administrativo do que aquele requerido do presbítero.

2º - A missão de Deus

Outro conceito que deveria nortear a prática (ortopraxia) é o da missão de Deus. A missão como defendo aqui não é a busca por relevância a qualquer custo ou aquele praticismo fundamentalista que somente tem olhos para a alma das pessoas. A missão de Deus refere-se à obra da redenção em Cristo Jesus, desde os tempos eternos, a fim de resgatar a criação caída em todos os aspectos da vida humana. A prática cristã precisa considerar que o propósito de Deus inclui toda a criação, é preciso trabalhar para que o homem redimido restaure os elementos não humanos e faça-os expressar a glória de Deus, tanto no domínio, como na sujeição do homem. A ideia do mandato da criação e cultural.

Outra manifestação da missão é a promoção de justiça, em uma sociedade pecaminosa é essencial que a igreja tenha voz profética. Essa voz profética não é aquela declaração ridícula e supersticiosa de poder das palavras ou ato profético tão comum nos neopentecostais, mas é denunciar o erro, o pecado e a injustiça político/social e lutar em prol do necessitado e pelo estabelecimento da justiça pelos governantes. É a justiça do Reino para a alegria e paz dos cidadãos da terra, até habitarem a cidade celestial.

Também vê-se a missão na propagação do evangelho do Reino por todo o mundo. Chamamos esse aspecto da missão de evangelização mundial. Conforme as Escrituras, Deus tem escolhido pessoas em todas as nações, línguas e etnias para a vida eterna em Cristo Jesus; podemos afirmar que pelo caráter eterno, esse aspecto é mais importante na ordem das coisas de Deus. A cidade dos homens é caracterizada por coisas temporais e limitadas, aqui tudo passa, mas a cidade de Deus é eterna e a redenção eterna transformará tanto a alma, como esse corpo mortal e temporal. Se desejamos a imortalidade, precisamos priorizar aquilo que é espiritual, ou seja, investir nas almas para sua redenção, sem se esquecer do corpo. Fazer a obra completa, mas se tiver que escolher, não trocar a ordem e buscar a redenção espiritual.

Essa missão é mundial. Ninguém tem o direito de limitar sua ação e nem mesmo de escolher priorizar seu próprio território. A igreja evangeliza em todos os lugares ao mesmo tempo, por isso, nossas igrejas precisam enviar missionários e orar, ao mesmo tempo em que a grande maioria dos membros ficam para evangelizar a cidade. Certa vez um jovem procurou um pastor e disse: “pastor quero ser missionário, Deus tem me chamado para outro país”. Esse pastor respondeu: “nós não vamos te enviar, pois nosso chamado é com nosso bairro”. Isso é antibíblico e mundano, pois o chamado de Deus é mundial e todos devem participar, não há desculpa nenhuma. Querido irmão e pastor, se você e sua igreja não estão envolvidos com a missão, sinto dizer que vocês estão fora da vontade de Deus. Se sua igreja é pequena e tem sido usada como desculpa para não enviar dinheiro para missões, eu sinto muito, pois sempre será pequena, mesmo com centenas de pessoas.

Conclusão:

A missão de redimir o mundo pela obra de Cristo é a mais sublime e maravilhosa tarefa do ser humano. Deus nos chamou para cooperar e nosso serviço redunda em glória ao Bondoso e Soberano Deus! O Ser e as compreensões corretas devem vir antes da prática. Por exemplo, Paulo expressa a doutrina da ressurreição e estar com Cristo para depois expor os imperativos de “fazer” (Cl 3). “Os indicativos nos encantam e instrui para vivermos os imperativos” (Heber Jr.). Sempre foi assim nas Escrituras.

Quero com esse artigo convidá-lo à prática, mas a prática do evangelho e não do pragmatismo e praticismo – Deus seja louvado!!

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Notas:
[1] SILVA, Geoval Jacinto da. Educação Teológica e Pietismo. São Bernardo do Campo: UMESP, 2010.
[2] Rev. Idauro Campos, in: CARREIRO, Vanderli Lima. Nossa Doutrina. Rio de Janeiro: Unigevan, 2005. p.7.

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Autor: Pr. Glauco Pereira
Fonte: O Pastor Reformado

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Alimentando as ovelhas ou divertindo os bodes?

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Existe um mal entre os que professam pertencer aos arraiais de Cristo, um mal tão grosseiro em sua imprudência, que a maioria dos que possuem pouca visão espiritual dificilmente deixará de perceber. Durante as últimas décadas, esse mal tem se desenvolvido em proporções anormais. Tem agido como o fermento, até que toda a massa fique levedada. O diabo raramente criou algo mais perspicaz do que sugerir à igreja que sua missão consiste em prover entretenimento para as pessoas, tendo em vista ganhá-las para Cristo. A igreja abandonou a pregação ousada, como a dos puritanos; em seguida, ela gradualmente amenizou seu testemunho; depois, passou a aceitar e justificar as frivolidades que estavam em voga no mundo, e no passo seguinte, começou a tolerá-las em suas fronteiras; agora, a igreja as adotou sob o pretexto de ganhar as multidões.

Minha primeira contenção é esta: as Escrituras não afirmam, em nenhuma de suas passagens, que prover entretenimento para as pessoas é uma função da igreja. Se esta é uma obra cristã, por que o Senhor Jesus não falou sobre ela? “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura” (Mc 16.15) — isso é bastante claro. Se Ele tivesse acrescentado: “E oferecei entretenimento para aqueles que não gostam do evangelho”, assim teria acontecido. No entanto, tais palavras não se encontram na Bíblia. Sequer ocorreram à mente do Senhor Jesus. E mais: “Ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres” (Ef 4.11). Onde aparecem nesse versículo os que providenciariam entretenimento? O Espírito Santo silenciou a respeito deles. Os profetas foram perseguidos porque divertiam as pessoas ou porque recusavam-se a fazê-lo? Os concertos de música não têm um rol de mártires.

Novamente, prover entretenimento está em direto antagonismo ao ensino e à vida de Cristo e de seus apóstolos. Qual era a atitude da igreja em relação ao mundo? “Vós sois o sal”, não o “docinho”, algo que o mundo desprezará. Pungente e curta foi a afirmação de nosso Senhor: “Deixa aos mortos o sepultar os seus próprios mortos” (Lc 9.60). Ele estava falando com terrível seriedade!

Se Cristo houvesse introduzido mais elementos brilhantes e agradáveis em seu ministério, teria sido mais popular em seus resultados, porque seus ensinos eram perscrutadores. Não O vejo dizendo: “Pedro, vá atrás do povo e diga-lhe que teremos um culto diferente amanhã, algo atraente e breve, com pouca pregação. Teremos uma noite agradável para as pessoas. Diga-lhes que com certeza realizaremos esse tipo de culto. Vá logo, Pedro, temos de ganhar as pessoas de alguma maneira!”. Jesus teve compaixão dos pecadores, lamentou e chorou por eles, mas nunca procurou diverti-los. Em vão, pesquisaremos as cartas do Novo Testamento a fim de encontrar qualquer indício de um evangelho de entretenimento. A mensagem das cartas é: “Retirai-vos, separai-vos e purificai-vos!”. Qualquer coisa que tinha a aparência de brincadeira evidentemente foi deixado fora das cartas. Os apóstolos tinham confiança irrestrita no evangelho e não utilizavam outros instrumentos. Depois que Pedro e João foram encarcerados por pregarem o evangelho, a igreja se reuniu para orar, mas não suplicaram: “Senhor, concede aos teus servos que, por meio do prudente e discriminado uso da recreação legítima, mostremos a essas pessoas quão felizes nós somos”. Eles não pararam de pregar a Cristo, por isso não tinham tempo para arranjar entretenimento para seus ouvintes. Espalhados por causa da perseguição, foram a muitos lugares pregando o evangelho. Eles “transtornaram o mundo”. Essa é a única diferença! Senhor, limpe a igreja de todo o lixo e baboseira que o diabo impôs sobre ela e traga-nos de volta aos métodos dos apóstolos.

Por último, a missão de prover entretenimento falha em conseguir os resultados desejados. Causa danos entre os novos convertidos. Permitam que falem os negligentes e zombadores, que foram alcançados por um evangelho parcial; que falem os cansados e oprimidos que buscaram paz através de um concerto musical. Levante-se e fale o alcoólatra para quem o entretenimento na forma de drama foi um elo no processo de sua conversão! A resposta é óbvia: a missão de prover entretenimento não produz convertidos verdadeiros. A necessidade atual para o ministro do evangelho é uma instrução bíblica fiel, bem como ardente espiritualidade; uma resulta da outra, assim como o fruto procede da raiz. A necessidade de nossa época é a doutrina bíblica, entendida e experimentada de tal modo, que produz devoção verdadeira no íntimo dos convertidos.

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Autor: Charles H. Spurgeon
Fonte: Monergismo

sábado, 11 de fevereiro de 2017

Mathayo Kachila, um pastor que deixou saudade

TANZÂNIA

Ele se tornou conhecido por ser um evangelista espirituoso, cujas mensagens sobre a salvação levaram muitos aos pés de Jesus e até ao batismo
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Hoje faz exatamente quatro anos que o pastor Mathayo Kachila foi assassinado violentamente por uma multidão muçulmana. Durante uma visita recente à viúva Jane Roza*, um dos colaboradores da Portas Abertas descobriu que ela ainda vive uma luta diária para lidar com a perda de seu amado esposo e ainda tem de criar sozinha seus 11 filhos.
“Antes de me aproximar dela e dos filhos, fiz uma breve oração para Deus me ajudar a ser sensível à dor dessa família. Quatro dos filhos permaneceu por perto o tempo todo”, disse o colaborador. Jane, muito abatida, contou a ele sobre os tumultos que ainda existem entre muçulmanos e cristãos em Buseresere, região onde vive. “Havia muitos conflitos entre aqueles que trabalhavam no abate de animais. Quando os muçulmanos souberam que havia um não-muçulmano fornecendo carne, passaram a aterrorizar os cristãos”, ela lembra.
Na ocasião da morte do pastor, houve uma grande briga entre muçulmanos e cristãos durante dois dias seguidos, com saques às vilas cristãs, muita agressão e violência. Muitas pessoas ficaram feridas e Mathayo estava a caminho de casa quando tudo isso aconteceu. Ele se envolveu no tumulto e foi ferido de maneira fatal”, conta a esposa, que estava em casa enquanto ele foi levado ao hospital. “Um vizinho veio me dar a notícia da morte do meu esposo, naquele momento me senti como se fosse abandonada por Jesus”, lamentou.
Centenas de pessoas assistiram ao funeral de Mathayo. Foi a primeira vez que algo assim aconteceu por lá e os cristãos ficaram atordoados. Restou a saudade de um bom pastor e um homem de família trabalhador. Ele se tornou conhecido por ser um evangelista espirituoso, cujas mensagens sobre a salvação levaram muitos aos pés de Jesus e até ao batismo. Infelizmente, a justiça humana não foi feita.
“Antes de morrer, ele disse quem foi seu assassino, um vizinho bem conhecido. Testemunhas confirmaram, mas as autoridades o prenderam por pouco tempo e depois o soltaram”, disse a viúva. Embora a família passe por dificuldades financeiras atualmente, o pastor deixou uma boa casa para a família morar, que ele construiu com as próprias mãos. O que conforta tanto Jane Roza quanto os cristãos na Tanzânia é o fato de Mathayo estar nos braços do Pai. Jane sente muito sua falta, mas sabe que um dia estará também com ele.
*Nome alterado por motivos de segurança.
Pedidos de oração
  • Jane Roza ainda sente muito a falta de Mathayo, seu marido e pastor. Ore a Deus pedindo o consolo do Espírito Santo, tanto para ela quanto para os filhos.
  • A igreja na Tanzânia enfrenta muitos desafios e ações violentas vindas de extremistas muçulmanos. Peça por paz e perseverança.
  • Ore também pelos perseguidores, que de alguma forma eles sejam impactados pelo amor de Cristo.
Juntos pela África
Os cristãos de alguns países da África Subsaariana enfrentam uma das piores perseguições de sua história. No dia 11 de junho, data escolhida para o Domingo da Igreja Perseguida 2017, juntos faremos mais pelos nossos irmãos dessa região. 
Fonte: Portas Abertas
SAIBA MAIS 

Budistas expulsam família cristã de sua aldeia em Myanmar

Cristãos do estado de Shan, Myanmar, são expulsos de suas casas após conversão ao cristianismo
No dia 25 de janeiro deste ano, 2017, uma família de novos convertidos foi obrigada a abandonar o povoado de Apaw * simplesmente por agora serem cristiãos.
Os monjes budistas, além de expulsar, também anunciaram em público através do alto falante do monasterio que os moradores da aldeia, por motivo algum, devem manter contato com esta família cristã.
Além disso, os cristãos de Mayang *, uma outra aldeia no estado de Shan, não podem mais adorar a Deus em sua igreja por algumas restrições impostas pelos os monjes budistas e pelo líder da aldeia.
No dia 28 de dezembro, os monjes budistas e as autoridades do povoado enviaram coletivamente uma carta de restrição, obrigando a todos os cristãos abandonarem toda atividade ou reunião religiosa.
“Por favor orem para que Deus console a família que foi expulsa da aldeia Apaw, para que não desanimem e nem desistam de sua fe em Jesús”.
Também pedimos que orem pelos advogados cristãos que defendem esses casos na justiça.
* Os verdadeiros nomes dos povos não foram revelados pela segurança dos cristãos envolvidos.

Com informações Gaceta Cristiana
Imagem: Reprodução

Mais de 800 igrejas são destruidas e milhares de cristãos são massacrados na Nigéria

Pelo menos 900 Igrejas cristãs foram destruidas nas mão do Boko Haram no norte da Nigéria
Como parte da campanha do grupo radical islâmico para expulsar os cristãos do norte da Nigéria, igrejas foram destruidas e cristãos foram massacrados, anunciou a Associação Cristã da Nigéria (CAN).
CAN disse que a “carnificina” que se está acontecendo aos cristãos, não é acidental e argumentou que os ataques contínuos nas comunidades do sul de Kadura, Plateau, Benue e Taraba demosntram que a guerra de Boko Haram contra os cristão é muito severa.
A Associação pediu ao governo que intesificasse a proteção aos civis, o que aconteceu à grupos de perseguição como “International Christian Concern”.
“Os cristãos nesta região são alvo principal dos grupos radicais islâmicos “Boko Hama e Fulani); estes cristãos tem esperança de permanecer protegidos e que as autoridades da região façam justiça”, disse a ICC em nota.
BBC News informou na semana retrasada o fato dos jihadistas sequestrarem e usarem bebês como meio de ataque suicida.
A população da Nigéria, é de 180 milhões de habitantes, e está dividida entre muçulmanos e cristãos, segundo informou a Comissão da Liberdade Religiosa Internacional dos Estados Unidos e está composta por mais de 250 grupos étnicos. A grande maioria da população do norte da Nigéria se indentifica como muçulmana e principalmente parte grupo étnico Hausa-Fulani.

Com informações BTN
Imagem: Reprodução web

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Missionário é premiado por atuação como médico no Burundi

O missionário Jason Fader ganhou recentemente o prêmio Gerson L’Chaim no valor US$500 mil dólares por seu trabalho como médico cirurgião no Burundi, um dos países mais pobres da África subsaariana. Fader, cujos pais também são missionários, é um dos 13 cirurgiões servindo 10 milhões de pessoas no país, onde três quartos da população sofrem com desnutrição – o que torna o Burundi o país com maior índice de fome em 2016.
Fader, que cresceu no Quênia, está no Burundi desde 2013. Além de cuidar de 25.000 pacientes por ano com sua equipe, ele treina médicos locais. “Jason faz cirurgias que ninguém fez antes no Burundi,” disse uma colega médica, Raquel McLaughlin. “Os estudantes nunca tiveram chance de ver. Ele ensina a eles habilidades cirúrgicas. Ele ensina a eles manejo cirúrgico. E os estudantes adoram.”
O prêmio será revertido para a criação do primeiro programa de treinamento médico, que tem como objetivo adicionar 48 novos leitos aos 172 do Hospital Kibuye Hope e melhorar o cuidado com fraturas de membros inferiores – uma necessidade crucial num país que as viagens são a pé. “Centenas de pessoas vão literalmente andar por causa deste prêmio”, disse Fader. “Milhares de pessoas serão ajudadas. E dezenas de milhares serão ajudadas pelos médicos treinados lá”.
Fader faz parte de um recente ressurgimento de missionários médicos. O número de pessoas na conferência Global Missions Health, em Louisville, Kentucky, Estados Unidos, cresceu mais de dez vezes nos últimos dez anos. Mas o número no campo ainda é pequeno, e a necessidade tornou difícil a decisão do prêmio (que recebeu 26 candidatos de 12 nações), escreveu Jon Fielder, diretor da African Mission Healthcare Foundation (AMHF) e co-fundador do prêmio Gerson.

Com informações Cristianity Today
Tradução: Mireille Gomes

Estado Islâmico cortou as mãos de 2 meninos que se negaram a executar civis

O grupo terrorista auto proclamado estado Islâmico, cortou as mãos de 2 meninos no oeste de Mosul, porque se negaram a matar civis, segundo fonte de notícias Alsumaria.

“Os líderes do estado Islâmico emitiram ordens para treinar um grupo de meninos para lutar em favor do grupo no bairro Nables, no ocidente de Nínive”, disse o portavoz.
“No entanto, os membros do grupo terrorista cortouas mãos dos meninos na frente de seus familiares”, explicou a fonte.
A idade dos meninos era aproximadamente entre 10 a 12 anos.

Com informações BTN
Imagem: Reprodução 

Igreja Luterana vota à favor da união homossexual

Igreja luterana vota a favor de uma linguagem neutra nas cerimônias e aceitam que a união de pessoas do mesmo sexo sejam realizadas pelos pastores.
NORUEGA – Na última segunda-feira, a igreja Luterana votou a favor de uma nova linguagem cerimonial que permite que seus pastores realizem casamentos entre pessoas do mesmo sexo, nivelando-se à várias outras denominações no mundo, informou Reuters.
No ano passado, a conferência anual da igreja mostrou que quase 3/4 dos congregados respaldam o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
A decisão durante a reunião foi tomada e agora devem alterar o texto do casamento para uma linguagem neutra em relação ao sexo, eliminando as palavras “noiva” e “noivo”. A nova liturgia entrará em vigor na próxima quarta-feira.
A Igreja “protestante” francesa passou a abençoar casamento gay, enquanto a Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos aprovou uma mudança no texto da sua constituição para também incluir o casamento homossexual.
“Espero que todas as igrejas do mundo possam se inspirar nesta nova liturgia”, disse Gard Sandaker-Nilsen, líder da Igreja Público Open, um movimento dentro da Igreja Luterana que faz campanhas para mudar as regras.
Noruega tornou-se o segundo país do mundo, depois da Dinamarca, a permitir que pessoas do mesmo sexo registrem suas parcerias em 1993, e permitem o casamento do mesmo sexo desde 2009.
Em um estudo recente  mostra significativamente que 73% dos noruegueses eram membros da Igreja Luterana em 2015, de acordo com a agência de estatísticas nacional. O número diminuiu gradualmente nas últimas décadas, de acordo com Charisma News.

Com informações BTN
Imagem: Reprodução

7 coisas que Jesus nunca disse (mas alguns evangélicos acreditam)

Muitas vezes, nós distorcemos as palavras de Jesus para que se ajustem aos nossos próprios pontos de vista teológicos ou preferências pessoais. Mas este é um jogo perigoso, que pode nos conduzir a uma falsa doutrina e pode nos distanciar bastante de Deus. Precisamos nos lembrar exatamente do que Jesus disse, em conformidade com o que está registrado na Bíblia.
O site cristão I’m so blessed today nos dá 7 exemplos de coisas que Jesus NUNCA disse.
1. “Sigam-me e Eu vou lhes trazer fama e fortuna.”
Jesus nunca prometeu fama ou fortuna, mas estas também não são coisas que não podem ser usadas para a Sua glória. Se o seu raciocínio para buscar um relacionamento com Deus é focado em bens materiais, talvez deva avaliar qual deus você está realmente ansiando encontrar.
2. “Tudo irá acontecer de acordo com seus planos.”
Muitos de nós oramos a Deus pensando que tudo o que pedirmos a Ele será respondido no nosso tempo. A realidade é que nem todas as orações serão respondidas, mas que Jesus tem o poder de atender a qualquer oração direcionada a Ele. Ele é GRANDE! Só porque uma oração não é respondida imediatamente não significa que sua oração foi ignorada. Deus ouve tudo, sabe tudo e sabe o que é melhor para cada um de nós. Dê um passo para trás e confie em Deus, em Seu tempo e em Sua vontade.
3. “Eu te abençoarei se você me buscar o suficiente.”
A benção da oração está na própria oração.  A comunicação e o diálogo entre nosso Pai Celestial e nós é mais gratificante do que qualquer outra coisas que possamos pedir. Jesus não é um gênio da lâmpada, e se suas orações parecem mais com meros pedidos do que uma conversa sincera, você pode querer repensar em como o fundamento da sua fé está sendo construído.
4. “Sua vida seguirá sem muitos empecilhos.”
Muitas pessoas pensam que só porque crêem em Jesus significa que tudo será impecável e perfeito. Esse realmente não é o caso. Você pode ter um relacionamento com Jesus, mas isso não significa que a vida vai deixar de seguir em frente, que as circunstâncias difíceis vão deixar de existir, e que tempos tortuosos nunca serão uma possibilidade. Mesmo que Jesus nunca tenha dito que a vida seria fácil, Ele disse que estaria com você em seus momentos de necessidade. A mensagem do Evangelho não é sobre uma vida perfeita, mas que teríamos um Salvador perfeito e sem falhas, em meio a nossa imperfeição.
5. “Eu responderei as orações no seu tempo.”
Embora Deus seja fiel em responder as orações, não podemos criar a expectativa que todas as nossas orações no nosso tempo. Fé é confiar em Deus mesmo quando algumas coisas não fazem o menor sentido, e isso inclui orações onde podemos sentir que não obtivemos uma resposta ou que vieram “fora de tempo”. Fé é confiar no tempo de Deus, não no nosso.
6. “Você está longe demais para ser salva.”
Ninguém viajou longe o bastante para não poder ter um relacionamento com Deus. Não importa para onde a vida lhe levou, você sempre tem a oportunidade de olhar ao seu lado e ver os braços abertos de Jesus. O perdão e amor que Ele oferece não é algo de que você possa fugir, nem demasiadamente sujo para aceita-lo.
7. “Você merece ter coisas boas.”
Jesus nunca disse que você merece uma casa enorme, um bom carro, um grande salário ou um bom emprego. Na verdade, tudo no Evangelho nos leva a simplicidade, em detrimento de uma vida de luxo. Isso não quer dizer que você não está autorizado a ter coisas agradáveis, mas que Jesus não prometeu que essas coisas seriam dadas a você. O plano de Deus para cada um de nós é diferente, e precisamos entender que nem todos terão a mesma quantidade de dinheiro, dirigirão os mesmos tipos de carro ou ainda viverão em grandes e luxuosas mansões.

Fonte: Hello Christian

Traduzido por Bruno Bonete

A PRIMEIRA BÍBLIA DE GUTENBERG JÁ ESTÁ DISPONÍVEL PARA LER VISTA ONLINE


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O patrimônio universal, produzida na primeira prensa de tipos móveis, a Bíblia de Gutenberg, conservada na Biblioteca Nacional da França Gallica (BnF), pode ser consultada online.

“Os 2 exemplares conservados na BnF já podem ser consultados, e contém acréscimo de um sumário, para tornar a leitura do texto bíblico mais fácil além de satisfazer as necessidades dos investigadores e curiosos”, publicou BnF nesta segunda-feira.


Digitalizados em alta definição, os exemplares de Bíblia de Gutenberg (existem somente 50 delas no mundo), foram impressos na primeira prensa de tipos móveis de Gutenberg, em Maguncia, há 1.455 anos.

O primeiro (contém 4 volumes), é um dos mais raros e prestigiados exemplares impressos em pergaminho, magnificamente ilustrado na época em que foi produzido.

O segundo (contém 2 volumes), foi impresso em papel, com aspecto mais modesto (faltavam as primeira paginas). Contém uma nota manuscrita, fechada em 1456, que testifica a data em que terminou de imprimir a primeira bíblia, uma das poucas informações cronológicas, considerando o trabalho de Gutenberg certo.

Cada página, é ricamente e delicadamente ilustrada, contém 2 colunas de 40 linhas no início e depois, passam a ser de 42 linhas.

A tipografia reproduz as letras góticas dos copistas de Maguncia do século XV. Se trata da versão da Bíblia mais comum da época, a edição de Vulgata, traduzida ao latim por Jerônimo e estruturada pela Universidade de Paris no século XII.

Veja a bíblia AQUI


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Consciência Cristã

O Ministério Pastoral e a Tarefa Apologética

image from google


Pastorear não é uma tarefa simples. Estar num contexto em que várias pessoas estão inseridas com suas experiências de vida, variedade de formação educacional, intelectual, acadêmica é algo no mínimo complexo.


O trabalho do pastor, de fato, deve contemplar a exposição da Bíblia, ensino sólido da teologia, aconselhamento, instrução individual, disciplina eclesiástica e visitação aos membros da igreja. No entanto, o pastor além de ter que obrigatoriamente ser versado em teologia deve ler o mundo com as lentes do Sagrado Evangelho. Diante de tantas ideologias, que de forma subversiva seduz cristãos moldando sua cosmovisão a algo completamente oposto ao Evangelho de Cristo.

Mesmo em meio a muito trabalho e muitas leituras teológicas o pastor deve conhecer o que acontece em sua volta. Tendo conhecimento sólido da tradição cristã histórica, da cosmovisão reformada, da filosofia, da política e seus desdobramentos básicos como cultura, alta cultura, literatura, economia, arte, acontecimentos atuais.

Um pastor não pode estar alienado do mundo, pois vive e ensina pessoas que estão neste mundo. Um pastor emprega esforços grandiosos para preparar discípulos de Jesus que o estarão representando na economia, no direito, no jornalismo, na arte, na medicina...

Obviamente não é necessário um pastor ter todas essas formações para poder instruir suas ovelhas, mas, deve ser um homem capaz de guiá-las a pensar biblicamente em todos os contextos.

Um pastor deve ter uma vida de leitura considerável. Deve ser um homem de oração, da Bíblia e dos livros. A piedade cristã na vida do ministro envolve seu ser por completo, amando ao seu Senhor de toda mente e coração. Isso mostra a grande responsabilidade intelectual que tem um ministro. Como dizia o falecido e quase esquecido filósofo brasileiro Mário Ferreira dos Santos, "não se pode fazer sacerdotes como se fazem salsichas". A preparação intelectual de um pastor deve ser intensa e incessante. Sua vida intelectual é parte de sua vida espiritual, de seu culto, de sua piedade.

Essa intelectualidade e estudo deve ser regada pela humildade cristã, o saber ouvir com paciência qualquer pessoa. O saber responder com mansidão e temor a todos que pedirem a razão da nossa esperança.

O pastor conhece bem os nutrientes do alimento que dá as suas ovelhas. O pastor emprega seu labor por amor a Deus, ao Evangelho e ao rebanho. Um pastor deve ser um evangelista, um apologista, que apresenta o Evangelho aos que não creram e aos que se opõe a fé.

Um pastor deve ser um homem preparado, não preguiçoso, não pode ser mole, covarde, pretensioso. Não pode olhar para o rebanho simplesmente como seu meio de vida. Um pastor devota-se e consagra-se ao serviço pastoral com compromisso e dedicação constante. Pastorear envolve: Chamado, amor, serviço, fé, preparação, força espiritual e intelectual, graça e paixão. Um pastor é um pregador que fala com a boca e com a vida.

Um dos grandes desafios para um pastor em nosso tempo é a abolição dos valores. Em filosofia o estudo e a investigação dos valores é chamado de axiologia. Em tempos líquidos a solidez do que era anteriormente parte constituinte de um viver correto toma proporções diversificadas, a relativização do que é valoroso, a aversão a qualquer autoridade, a prática e busca imediatista, pragmática, de fato, são desafios grandiosos.

Nosso tempo está chagado pelo secularismo, pelo hedonismo, pelo ideologismo, pela guerra de classes e propósitos ressurgentes disfarçadamente implantados como o comunismo em roupas novas. Temos uma guerra cultural, ideológica. E como pastores devem encarar isso?

Primeiro. Conhecer bem a doutrina. Sem nossos pressupostos doutrinários não poderemos, nem conseguiremos ler corretamente nosso tempo.

Segundo. As Escrituras não devem ser lidas pelas lentes da sociologia, antropologia, ciência secular. A Escritura é a lente pela qual devemos ler todas as ciências. Se essa ordem é alterada o pressuposto também é alterado.

Terceiro. Conhecer o mundo. No sentido de estar ciente do nosso momento histórico. Para responder com mansidão e temor a todos os que pedirem a razão da nossa esperança (1 Pedro 3.15). Temos respostas, muitas respostas. Mas, sem a investigação e a preocupação em sermos inteligíveis perdemos e muito.

Quarto. A epístola de Judas versículo 3 nos ensina a batalharmos pela fé. Isso tem para nós uma importância vital. A fé cristã não se restringe ao âmbito particular como ensina as modernas teorias de Estado laico. A fé cristã é persuasiva, confrontadora. Os valores espirituais, morais, intelectuais, artísticos, são motivos para lutarmos pela nossa fé. A privatização da fé leva a morte do conceito de comunidade. Ninguém foi salvo por Jesus para viver sua vida isolado e desolado. Somos instados a congregarmos. Isso fala de edificação mútua pelos dons dados a igreja, isso fala de cuidado mútuo, fala de zelo mútuo, fala de fé compartilhada.

Quinto. Num mundo líquido e tenso, o pastor leva seu rebanho a pastos verdes e águas tranquilas, solidificando e aplicando o evangelho de Cristo. O pastor leva as ovelhas a verdadeira comida e a verdadeira bebida. O verdadeiro pastor não quer que seu rebanho beba lama em lugar de água, nem coma palha em lugar de pasto verde.

Os desafios são muitos, a graça que nos salvou também nos sustenta para obra do Evangelho.

A pós-modernidade traz liquidez a cultura. Isso então promove uma série de mutações culturais. No âmbito ocidental a mudança de paradigma, onde antes tínhamos a cultura cristã, hoje temos relativismo, pragmatismo, hedonismo e ideologismo.

Os desafios que estão frente a Igreja são muitos. Esses desafios ultrapassam, de fato, muito do limite que antes era respeitado tanto pelo homem civil, político e jurídico. Isso interrompe o avanço de uma cultura que tem por fundamento pressupostos cristãos, ainda que não professe o cristianismo ortodoxo e muito menos sua prática.

Na verdade, como dizia Schaeffer, vivemos numa era pós-cristã. Nosso contexto, de fato, é estranhamente niilista. A falta de sentido, a falta de propósito para vida humana na atualidade, é fruto de esforços de pensadores e filósofos que tentaram achar o sentido na falta de sentido. Que tentaram achar a verdade na subtração da verdade e mais, na morte da verdade. A defesa do irracionalismo e o salto da fé, conforme dizia Kierkegaard, é presente em nossos arraiais. A falta de discernimento filosófico (que só se obtém, de fato, em submissão a revelação de Deus) ou desconstrutivismo dos valores são problemas pós-modernos que muitos ministros não tem atentado.

Interessante dizer que muito da prática do nosso mundo no que se refere ao comportamento libertino, profano e irreligioso é fruto de militância filosófica e que ignoramos como algo insignificante, não requerendo resposta apologética. Isso é um grande erro. Se como pastores não lermos corretamente a cultura com as lentes do Evangelho, seremos indolentes em dar resposta ao nosso tempo (1Pe 3.15,16).

De fato, o pastorear, principalmente numa zona urbana, requer fazer o que dizia Stott "ouça o Espírito, ouça o mundo". Nossa visão discernidora virá, de fato, por uma mente forjada na teologia, mas, amadurecida no pastoreio, que requer de nós questões que estão além de práticas terapêuticas, se requer do ministro que ele seja fiel. Essa fidelidade está, de fato, em sua santidade de vida. Esta santidade não está limitada a moral do ministro, mas, ao fato de que o pastor é portador dos oráculos divinos dados por sua Palavra.

A tarefa apologética do ministério pastoral estende-se a uma apologética cultural. O mundo muda, mas, enquanto não for ele restaurado o pecado transitará de várias formas, inclusive nas falsas filosofias. Paulo nos diz algo interessante:

"...derrubando raciocínios e todo baluarte que se ergue contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência a Cristo..." (2 Co 10.5).

Um texto poderoso e demolidor. A tarefa apologética no ministério compreende respostas a questões culturais, visto que toda manifestação cultural carrega uma carga religiosa.

O ministério do pastor como apologeta é de grande importância cultural, espiritual e pactual. A apologética pactual é aquela que parte de uma cosmovisão aliancista e esta se estende por toda a vida humana. Por isso o pastor como teólogo é algo simplesmente fundamental para a igreja. Todo pastor deve ser um teólogo.

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Autor: Rev. Thomas Magnum
Divulgação: Bereianos

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