quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Deus criou o ser humano homem e mulher: o que significa ser complementarista?

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Por John Piper


Então disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança. Domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais grandes de toda a terra e sobre todos os pequenos animais que se movem rente ao chão. Criou Deus o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. Deus os abençoou, e lhes disse: Sejam férteis e multipliquem-se! Encham e subjuguem a terra! Dominem sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se movem pela terra. Disse Deus: Eis que lhes dou todas as plantas que nascem em toda a terra e produzem sementes, e todas as árvores que dão frutos com sementes. Elas servirão de alimento para vocês. E dou todos os vegetais como alimento a tudo o que tem em si fôlego de vida: a todos os grandes animais da terra, a todas as aves do céu e a todas as criaturas que se movem rente ao chão. E assim foi. E Deus viu tudo o que havia feito, e tudo havia ficado muito bom. Passaram-se a tarde e a manhã; esse foi o sexto dia.” - Gênesis 1:26–31

Uma das marcas teológicas dos 30 anos de Bethlehem é a forma como entendemos os propósitos de Deus para que homens e mulheres se relacionam em família e igreja e sociedade. Se você quiser um nome para nomear este entendimento, nós diríamos que somos complementaristas — baseados na palavra “complemento”. Em outras palavras, nós cremos que quando se trata de sexualidade, a maior demonstração da Glória de Deus, e a maior alegria dos relacionamentos humanos, e os maiores frutos no ministério, surgem quando as profundas diferenças entre homem e mulher são aceitas e celebradas como complemento umas das outras. Elas completam e embelezam umas as outras.

O que “complementarismo” significa?

A intenção com a palavra “complementarismo” é a de situar o nosso modo de vida entre dois tipos de erros: De um lado os abusos de mulheres sob a dominação masculina, e de outro lado a negação das diferenças de gênero onde elas possuem uma significado belo. O que significa que, por um lado, complementaristas reconhecem e lamentam o histórico de abusos pessoais e sistemáticos de mulheres, e o presente mal global e local na exploração e degradação de mulheres e meninas. E, por outro lado, complementaristas lamentam os impulsos feministas e igualitários que minimizam as diferenças entre homens e mulheres dadas por Deus e desmantelam a ordem que Deus projetou para o florescimento de nossas vidas em conjunto.

Portanto, complementaristas resistem aos impulsos de uma cultura chauvinista, dominadora, e abusiva, de um lado, e uma cultura que não distingue diferenças entre homem e mulher, niveladora de gêneros, unissex, do outro lado. E nós nos posicionamos entre estes dois tipos de vida não por que é um lugar seguro (que enfaticamente não é), mas porque nós pensamos que este é o plano de Deus na Bíblia para os homens e as mulheres. “Muito bom”, como Ele diz em Gênesis 1.

Na verdade, eu diria que a tentativa pelo feminismo de remediar o abuso do sexo masculino contra as mulheres ao anular diferenças de gênero, sai pela culatra e produz milhares de homens que não poderão ser admirados pelas mulheres por causa de sua falta de masculinidade, ou não poderão ser suportados por elas devido a sua masculinidade distorcida e selvagem. Em outras palavras, se nós não ensinarmos meninos e meninas sobre a verdade e a beleza e o valor de suas diferenças, e como viver com elas, essas diferenças não amadurecerão de maneira saudável — mas de maneira disfuncional. E uma geração de jovens adultos virá a se formar que simplesmente não sabe o que significa ser um homem maduro ou uma mulher madura; e o preço cultural que pagamos por isso é enorme.

O modo pelo qual gostaria de abordar essa questão é indo do genérico para o específico: uma palavra sobre o ser humano, uma ilustração sobre ser homem e mulher, e então um texto específico para mostrar as raízes bíblicas.

Sobre ser humano

Em primeiro lugar, uma palavra sobre ser humano. Em meu primeiro Domingo emBethlehem, 13 de Julho de 1980 a tarde, preguei uma mensagem intitulada “A Vida Não É Banal.” Nela eu disse:
Todo ser humano de vez em quando gostaria que suas vidas não viessem a ser gastas como as gotas de um torneira que vaza. Todos vocês já provaram o desejo de que o dia-a-dia deva ser mais do que uma série de eventos insignificantes. Isso pode ocorrer quando você está lendo um poema, quando você está ajoelhado em seu quarto, quando você está parado à beira do lago no pôr do sol. Isso acontece muito frequentemente no nascimento e na morte.

Eu citei Moisés, de Deuteronômio 32:46, “Aplicai o vosso coracão a todas as palavras que hoje testifico contra vós, para que ordeneis a vossos filhos que cuidem de cumprir todas as palavras desta lei. Isso não é para vós coisa de menor importância; pois é a vossa vida.”(SBBri) No fundo de cada ser humano criado por Deus, carregando o símbolo da humanidade na imagem de Deus, existe um desejo para que a vida não seja insignificante. Para que não seja banal, fútil, sem importância.

Eu li recentemente essa frase da romancista policial Agatha Christie (1896-1976).
Gosto de viver. Algumas vezes me sinto muito, desesperadamente, loucamente miserável, atormentada pela aflição, mas mesmo diante disso tudo eu compreendo que estar viva é uma coisa grandiosa.

Eu acho que isso é maravilhosamente verdadeiro. Ser um ser humano verdadeiro é uma coisa grandiosa. Vocês todos não têm tido aqueles raros e maravilhosos momentos quando estão parados perto de uma janela, ou porta, ou em qualquer lugar, e de repente, espontaneamente, e poderosamente ocorre o despertar: Eu estou vivo. Eu estou vivo. Não como um árvore ou um coelho, mas como um ser humano. Eu estou pensando, sentindo, desejando, lamentando, chorando. Vivo. Feito na própria imagem de Deus. E isso é uma coisa grandiosa.

É uma coisa grandiosa. E parte dessa grandeza de ser um ser humano vivo criado à imagem de Deus é que você é homem ou mulher. “Criou Deus o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou” (Gênesis 1:27). Ninguém é um ser humano genérico. Não existe tal coisa. Deus nunca pretendeu que houvesse. Deus cria seres humanos do sexo masculino e seres humanos do sexo feminino. E isso é uma coisa grandiosa.

Seria uma distorção dessas naturezas humanas pensar que o único projeto de Deus nessas diferenças era o de fazer e cuidar de bebês. As diferenças são muitas e profundas demais para uma explicação tão superficial. Uma mulher é uma mulher na plenitude de sua humanidade. Um homem é um homem na plenitude de sua humanidade. Essa é um coisa grandiosa. Então, meu primeiro ponto é que Deus fez uma coisa grandiosa ao nos fazer seres masculinos e femininos em Sua imagem. Não deprecie isso. Deleite-se nisso. Glorie-se em estar vivo como o homem ou mulher que você é!

Ilustrando as nossas diferenças

Em segundo lugar, deixe-me criar uma ilustração para retratar algumas das diferenças entre a masculinidade e a feminilidade. Uma imagem pode valer mais que mil palavras — até mesmo a imagem de uma palavra. Suponha que entre jovens adultos no campus no centro da cidade, um rapaz e uma moça — digamos com seus 20 anos de idade — estão conversando entre si antes do culto de adoração. Ele gosta do que ouve e vê, e diz: “Você está sentando com alguém?” Eles sentam-se juntos. Eles observam como cada um interage com Deus durante o louvor.

Quando o culto se encerra, enquanto estão se retirando, ele diz: “Você tem algum plano para o almoço? Eu adoraria te levar para almoçar.” Nesse momento, ela pode indicar que não esta interessada: “Eu tenho sim alguns planos. Mas, obrigada.” Ou ela pode indicar o contrário: “Eu tenho planos, mas deixe-me fazer uma ligação. Eu acho que posso mudá-los. Eu adoraria ir.”

Nenhum deles tem um carro, por isso ele sugere que eles caminhem até o Maria’s Café, descendo a avenida Franklin, que fica cerca de 10 minutos da igreja. Conforme eles vão caminhando, ele descobre que ela é faixa preta em artes marciais, e que ela é uma das melhores do estado. Na Rua 19º dois homens bloqueiam o caminho deles de forma ameaçadora e dizem: “Que bela amiga você tem. Nós queremos a bolsa dela e a sua carteira. Na verdade, ela é tão bonita que nós queremos ela.” O seguinte pensamento passa pela cabeça dele: “Ela pode acabar com esses caras.” Mas, ao invés de ficar atrás dela, ele pega o braço dela, puxa ela para trás dele, e diz: “Se você vai tocá-la, será sobre o meu cadáver.”

Quando eles começam a agir, ele avança contra eles e diz para ela correr. Eles batem nele até que ele fique inconsciente, mas antes de saber o que os atingiu, ela os fez ficarem um de costas pro outro com seus dentes quebrados. E uma pequena multidão surgiu. A polícia e a ambulância aparecem e ela entra na ambulância com o jovem rapaz. Ela tem um único pensamento no caminho pro hospital: Este é o tipo de homem com quem eu quero me casar.

Não é sobre competência

O ponto principal dessa história é ilustrar que as diferenças mais profundas da masculinidade e da feminilidade não são competências superiores ou inferiores. Existem, na verdade, disposições ou inclinações mais profundas escritas no coração, embora muitas vezes distorcidas. Observe três coisas cruciais.

Primeiro, ele tomou a iniciativa e perguntou se poderia se sentar com ela e se ela gostaria de almoçar e sugeriu o lugar e como chegar lá. Ela viu claramente o que ele estava fazendo, e respondeu livremente de acordo com os desejos dela. Ela entrou na dança. Isso não diz nada sobre quem tem competências superiores em planejamento. Deus escreve no coração do homem o impulso da liderança. E a sabedoria para discernir-lo e apreciá-lo no coração de uma mulher.

Segundo, ele disse que queria levá-la para almoçar. Ele está pagando. Isso emite um sinal. “Eu acho que isso faz parte da minha responsabilidade. Neste pequeno drama da vida, eu dou a iniciativa, eu que pago.” Ela entende e aprova. Ela apoia a iniciativa e graciosamente aceita a oferta de que ele pagará para ela. Ela dá o próximo passo na coreografia. E isso não diz nada sobre quem é mais rico ou mais capaz de ganhar. Isso é o que o homem de Deus sente que deve fazer.

Terceiro, é irrelevante à alma masculina que uma mulher com quem ele esteja possua maiores competências sobre a auto-defesa. É o seu profundo impulso masculino, dado por Deus, de protegê-la. Não é uma questão de competência superior. É uma questão de masculinidade. Ela viu isso. Ela não se sente menosprezada por ele, mas honrada, e ela adorou.

No centro da madura masculinidade está o bom senso dado por Deus (disposição, inclinação) de que a responsabilidade primária (não responsabilidade exclusiva) encontra-se com ele quando se trata de liderança vinculada à iniciativa, a provisão, e a proteção. E no cerne da madura feminilidade está o bom senso dado por Deus (disposição, inclinação) que nada disso acarreta em sua inferioridade, mas vai ser uma coisa maravilhosa ver tais atributos atrelados em um homem, o que a levará a alegremente aceitar e receber esse tipo de liderança e provisão e proteção.

O testemunho bíblico

O que nos leva agora a Bíblia. Para aqueles que discordam dessa visão complementarista a provável crítica seria: Isso é tudo culturalmente determinado. Não é inato e não é vindo de Deus. Você está apenas refletindo a casa em qual você cresceu e os preconceitos de sua infância. É possível. Todos trazem pressupostos e preferências a esta questão. A questão é: Deus revela a Sua vontade sobre essas coisas em sua palavra?

Vamos olhar primeiro para um texto que trata do casamento e, em seguida, um lidando muito brevemente com a igreja. Em ambos os textos, homens humildes, amorosos, que se sacrificam e que se parecem com Cristo, devem tomar a responsabilidade primária sobre a liderança, sobre a provisão e sobre a proteção. E as mulheres são chamadas para acompanharem esses homens, apoiar a liderança, e avançar o Reino de Cristo com toda a amplitude de seus dons nos caminhos estabelecidos nas Escrituras.

O Casamento e o Lar

Em primeiro lugar, um texto sobre o casamento e o lar:
As mulheres sejam submissas ao seu próprio marido, como ao Senhor; porque o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja, sendo este mesmo o salvador do corpo. Como, porém, a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo submissas ao seu marido. Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela, para que a santificasse, tendo-a purificado por meio da lavagem de água pela palavra, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito. Assim também os maridos devem amar a sua mulher como ao próprio corpo. Quem ama a esposa a si mesmo se ama. Porque ninguém jamais odiou a própria carne; antes, a alimenta e dela cuida, como também Cristo o faz com a igreja; porque somos membros do seu corpo. [Portanto, citando Gênesis 2:24] Eis por que deixará o homem a seu pai e a sua mãe e se unirá à sua mulher, e se tornarão os dois uma só carne. Grande é este mistério, mas eu me refiro a Cristo e à igreja. Não obstante, vós, cada um de per si também ame a própria esposa como a si mesmo, e a esposa respeite ao marido.” - Efésios 5:22-33

Quatro Observações deste Texto

O casamento é uma dramatização do relacionamento de Cristo com Sua igreja. Versículo 32: “Grande é este mistério, mas eu me refiro a Cristo e à igreja.

Neste drama, o papel do marido vem de Cristo e o da esposa vem da vontade de Deus para com a igreja. Verso 25: “Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela.” Verso 22: “As mulheres sejam submissas ao seu próprio marido, como ao Senhor. 23 Porque o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja.

Portanto, a principal responsabilidade pela iniciativa e liderança no Lar deve vir do marido que está fazendo sua parte no papel de Cristo, O Cabeça. E está claro que isso não é sobre direitos a poder, mas sobre responsabilidade e sacrifício. Verso 25: “Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela.” Sem abusos. Sem prepotência. Sem autoritarismo. Sem arrogância. Aqui está um homem cujo orgulho foi quebrado pela sua própria necessidade por um Salvador, e ele está disposto a suportar o fardo da liderança dado a ele pelo seu Mestre, não importa quão seja pesada a carga. Mulheres tementes a Deus observam isso e se alegram.

Essa liderança no Lar envolve o sentido de responsabilidade pela provisão do sustento e a proteção atenciosa. Verso 29: “Porque ninguém jamais odiou a própria carne (isto é, a sua esposa); antes, a alimenta e dela cuida, como também Cristo o faz com a igreja.” A palavra “alimenta” implica provisão do sustento. E a palavra “cuida” implica a proteção atenciosa. Isso é o que Cristo fez pela sua noiva. Isso é o que o homem temente a Deus sente ser sua principal responsabilidade para com sua esposa e família.

Então um complementarista conclui que liderança bíblica é o chamado divino do marido para tomar a responsabilidade primária de liderança baseada na servidão conforme foi a de Cristo, uma liderança que provê a proteção e a provisão no lar. E submissão bíblica é o chamado divino da mulher para honrar e confirmar a liderança do seu marido e apoiá-lo de acordo com os seus dons. “Alguém que o auxilie e lhe corresponda”, como diz em Gênesis 2:18.

Aplicação na Igreja

Nós não temos tempo para desenvolver argumentos de como isto se aplica à igreja. Portanto, eu apenas farei alguns comentários resumidos, para que então, vocês possam saber como nós, complementaristas, vemos isso. Em 1 Timóteo 2:12: “Não permito que a mulher ensine, nem que tenha autoridade sobre o homem.” No contexto, o versículo significa: A responsabilidade principal pelo governo e ensino na igreja deve ser realizada por homens espirituais. Essas são as duas funções que distinguem os líderes da igreja dos diáconos: Governo (1 Timóteo 5:17) e Ensino (1 Timóteo 3:2). Então, a aplicação mais clara dessa passagem é dizer que os líderes da igreja devem ser homens espirituais.

Em outras palavras, uma vez que a igreja é a família de Deus, as realidades de liderança e submissão que vimos no casamento (Eféios 5:22) tem seus correspondentes na igreja.

“Autoridade” (em 1 Timóteo 2:12) refere-se ao chamado divino de homens espirituais e talentosos para assumir a responsabilidade principal de líderes que possuem uma liderança baseada na servidão semelhante à de Cristo e também a responsabilidade pelo ensino na igreja.

E “submissão” refere-se ao chamado divino do restante da igreja, ambos homens e mulheres, para honrar e apoiar a liderança e o ensino dos líderes, e serem discipulados por eles nas centenas e centenas de ministérios disponíveis para os homens e mulheres no serviço de Cristo.

O último ponto é muito importante. Para os homens e mulheres que possuem um zelo para ministrar — para salvar almas e curar vidas destruídas, e resistir ao mal e suprir às necessidades — existem campos de oportunidade que são simplesmente infinitos. Deus deseja que toda a igreja participe do ministério, o homem e a mulher. Ninguém deve simplesmente ficar em casa assistindo novela e jogos de bola, enquanto o mundo é consumido por chamas.

Concluindo o chamado para os homens

Este é um apelo para que homens e mulheres percebam que é uma coisa grandiosa ser um homem criado à imagem de Deus, e é igualmente grandioso ser uma mulher criada à imagem de Deus. Mas, uma vez que o fardo da responsabilidade principal recais sobre os homens — permita-me principalmente desafiá-los:

Homens, vocês possuem uma visão moral para com sua família, um zelo pela casa do Senhor, um compromisso magnífico pelo o avanço do reino, um sonho articulado pela missão da igreja e um tenacidade compassiva de torná-lo real? Você não pode liderar uma mulher temente a Deus sem isso. Ela é um ser grandioso.

Existem centenas de tais homens na igreja nos dias de hoje. E muito mais são necessários. Quando o Senhor visita Sua igreja e cria um poderoso exército de homens profundamente espirituais, humildes, fortes, semelhantes a Cristo e comprometidos com a Palavra de Deus e a missão da igreja, o vasto exército de mulheres se regozijará com a liderança destes homens e entrará em uma alegre parceria. E isso será uma coisa grandiosa.

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Fonte: DesiringGod
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segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Perseverando no Caminho: uma advertência em relação aos falsos mestres

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Por João Rodrigo Weronka


Sempre existiram falsos mestres. Sempre. O Novo Testamento está repleto de advertências sobre o assunto. As advertências – bíblicas e históricas – são tantas que preocupa como os cristãos de nossos dias ainda conseguem ser tão tolerantes com aquilo que a Bíblia condena. Seja por ignorância ou na conivência com o erro, os falsos mestres e seus falsos ensinos encontram morada na mente e coração de muitos nesta geração.

Mas e então? Como encarar e como se posicionar diante da necessidade de ser firme em tempos de frouxidão? Como tratar a Verdade numa era em que temos vários conceitos e várias ‘verdades’ diluídas na sopa do pluralismo pós-moderno? Acredito que nossa apologética e pregação devam ser humildes e gentis, mas sem perder a firmeza doutrinária que a Bíblia manda e que a história da igreja preservou e onde perseverou. Vejamos a advertência:

"Assim como, no passado, surgiram falsos profetas entre o povo, da mesma forma, haverá entre vós falsos mestres, os quais introduzirão, dissimuladamente, heresias destruidoras, até ao cúmulo de negarem o Soberano que os resgatou, atraindo sobre si mesmos repentina destruição. Muitos seguirão seus falsos ensinos e práticas libertinas, e por causa dessas pessoas, haverá difamação contra o Caminho da Verdade. Movidos por sórdida ganância, tais mestres os explorarão com suas lendas e artimanhas. Todavia, sua condenação desde há muito tempo paira sobre eles, e a sua destruição já está em processo." 2Pe 2.1-3 – (Bíblia King James Atualizada – KJA)

Muito bem, a advertência é clara, no contexto o apóstolo Pedro fala que os falsos mestres viriam e o cumprimento profético mostra que eles vieram e estão por aí, queira você admitir ou não. Para melhor esclarecimento do contexto bíblico, leia também Judas 4-18.

Em sua primeira carta (leia 1 Pedro), Pedro trabalha no sentido de encorajamento espiritual, ensino doutrinário fundamental e muitos conselhos para o dia-a-dia do cristão. Ele tratou na primeira carta sobre orientações pastorais para que a igreja naquele momento pudesse enfrentar a perseguição que afligia os irmãos da igreja primitiva.

Já nesta segunda carta, também conhecida por “Epístola da Verdade”, Pedro trabalha sobre o problema dos falsos mestres e suas heresias e a necessidade de alerta e combate ao erro. A sabedoria e conhecimento de Deus tratada nesta carta nos leva a reflexão sobre a necessidade de termos uma práxis cristã sadia entrelaçada a uma teologia profundamente bíblica e ortodoxa. Diante deste cenário perigoso, o porto seguro é o conhecimento de Deus. Estar firme no conhecimento da Verdade é o que faz toda a diferença, como diz Hodge:

Os crentes são filhos da luz. Do povo diz-se que perece por falta de conhecimento. Nada é mais característico da Bíblia do que a importância que ela dá ao conhecimento da verdade. Diz-se que somos gerados por intermédio da verdade; que somos santificados pela verdade; e dos ministros e mestres afirma-se que todo o seu dever é manter a palavra da vida. É por essa crença dos protestantes no essencial do conhecimento para a fé que eles insistiam tão energicamente na circulação das Escrituras e na instrução do povo. [1]

Voltando ao foco da análise bíblica de 2Pe 2.1-3, percebe-se que a sagacidade dos falsos mestres e seu falso e destruidor ensino está caracterizado por diversos pontos expostos.

V. 1 – Assim como no passado os falsos profetas (AT) estavam presentes no meio do povo de Deus, a igreja também presenciaria (e presencia) a existência dos falsos ensinos. São traiçoeiros, pois agem de forma dissimulada, lobos com vestes de cordeiro que introduzem heresias destruidoras, assolando a si mesmos e trazendo a ruína espiritual a todos os que os seguem. O cúmulo deste processo é que ao agir dissimuladamente tais falsários negam o Soberano (neste texto aplicado a Jesus Cristo, assim como em Judas 4). Nas palavras de Lloyd-Jones:

As forças do mal mobilizadas contra nós nunca são tão perigosas como quando nos falam como falsos profetas, ou falsos mestres. As forças do mal têm uma quase interminável variedade de maneiras de lidar conosco; mas, de acordo com o Novo Testamento, elas nunca são tão sutis e perigosas como quando aparecem entre nós como profetas, falsos profetas, que se nos apresentam como fiéis e capazes de guiar-nos e de mostrar-nos o caminho do livramento e do escape. [2]

V. 2 – Oferta e procura religiosa. Eis o âmbito deste versículo, pois na mesma medida que os falsos mestres ampliam o alcance das suas heresias, a massa de incautos os segue e recebem tais ensinos como verdade absoluta, mesmo que tais ensinos entrem em choque com as Escrituras. Falando em massa humana, Lloyd-Jones comenta sobre “volumes” de pessoas como algo que “não se pode avaliar verdade espiritual pelos róis; contagem de cabeças não é um método bíblico de verificar se um ensino é certo ou errado”[3]. Por outro lado vemos alguns que encaram a graça como um artifício para mergulhar no pecado, confundindo liberdade com libertinagem e transformando a graça salvadora de Cristo numa “graça barata”. Caminho perigoso e espinhoso este, que além de flagelar o causador, escandaliza o Caminho (“Caminho”, nome antigo da fé cristã, veja Atos 9.2);

V. 3 – Hereges de seitas gerais e falsos mestres de grupos pseudocristãos tem em comum a sórdida ganância, o impulso por explorar seguidores e a ânsia por dinheiro sobre dinheiro. Se a tribuna, púlpito ou altar do local onde você busca a Deus oferece e dedica mais tempo a falar sobre dinheiro e as eventuais bençãos meramente terrenas e materiais, se o líder/pastor deste local procura mais enfatizar este aspecto que a proclamação do Evangelho e o ensino de uma vida voltada para glória de Deus, cuide-se! Você pode estar sendo tragado por heresias destruidoras, conduzido por uma pessoa gananciosa, exploradora, herege e que por maior que seja sua aparência de piedade tão somente nega a Cristo.

O motivo da heresia é a ‘avareza’ – o ganho financeiro (2.3). Basta apenas analisar as palavras e a fé contidas nas teologias de várias seitas nos dias de hoje, para se entender a relevância e a urgência das advertências de Pedro. Os falsos mestres ganham os cristãos com histórias engenhosas (1.16), um padrão diretamente oposto à verdade que Pedro e os demais apóstolos testemunharam. [4]

E ainda em resumo:

Os falsos profetas são perigosos por três razões: (1) o seu método é traiçoeiro e conduz a meios vergonhosos, levando a fé a ser difamada, (2) o seu ensino é uma completa negação da verdade e (3) o seu destino é causar destruição tanto a si mesmos quanto aos seus seguidores. [5]

O campo de batalha: a vida, a família, o dia-a-dia

À medida que se aproxima o tempo do fim, cresce a apostasia. As advertências são severas quanto a isso. Como dito a pouco, seria possível citar muitos e muitos textos bíblicos sobre o assunto, mas vamos chamar atenção para esta pequena cadeia de versículos:

Jesus nos advertiu sobre o assunto de modo bem claro:

"Então Jesus lhes revelou: Cuidado, que ninguém vos seduza. Pois muitos são os que virão em meu nome, proclamando: Eu sou o Cristo!, e desencaminharão muitas pessoas… Então, numerosos falsos profetas surgirão e enganarão a muitos."  Mt 24.4,5,11 – KJA

Paulo alertou sobre o tema:

"O Espírito Santo afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns se desviarão da fé e darão ouvidos a espíritos enganadores e à doutrina de demônios, sob a influência da hipocrisia de pessoas mentirosas, que têm a consciência cauterizada. São líderes que proíbem o casamento e ordenam a abstinência de alimentos que Deus criou para serem recebidos com ações de graças pelos que são fiéis e estão bem firmados na verdade." 1Tm 4.1-3 – KJA

João trata sobre movimentos que pervertem a Verdade:

"Entretanto, muitos enganadores têm saído pelo mundo, os quais não confessam que Jesus Cristo veio em carne. Esse é o modo de ser do mentiroso e do anticristo. Acautelai-vos, para não destruirdes a obra que realizamos com zelo, mas para que, pelo contrário, sejais recompensados regiamente. Todo aquele que não permanece no ensino de Cristo, mas acredita estar indo além dele, não tem Deus; porquanto, quem permanece na sã doutrina tem o Pai e também o Filho." 2Jo 7-9 – KJA

Judas nos “convoca” para a defesa da Verdade:

"Amados, enquanto me preparava com grande expectativa para vos escrever acerca da salvação que compartilhamos, senti que era necessário, antes de tudo, encorajar-vos a batalhar, dedicadamente, pela fé confiada aos santos de uma vez por todas. Porquanto, certos indivíduos, cuja condenação já estava sentenciada há muito tempo, infiltraram-se em vossa congregação com toda espécie de falsidades. Essas pessoas são ímpias e adulteraram a graça de nosso Deus em libertinagem e negam Jesus Cristo, nosso único Soberano e Senhor. A punição eterna dos ímpios." Jd 3-4 – KJA

É preciso admitir que o modo como a recente apologética foi promovida teve suas falhas. Talvez a pior de todas tenha sido apontar o erro e quase nunca apontar o caminho. Gritar e esbravejar sem apontar para Luz pouco ou nada ajuda quem está em trevas.

Nestes dias, onde pouco se lê e quase nada se medita nas Escrituras, não é de se estranhar que tantos cristãos tomem o texto da Bíblia a seu bel-prazer criando bizarrices icônicas! Por fim, acabam blindando a mente contra a teologia e contra a apologética, ignoram o contexto social e de decadência moral, não enxergam as mudanças no cenário cultural. Esta venda é cômoda ao passo que se sentem satisfeitos com suas vidas, com a prosperidade material (ou a busca desenfreada por tal), com a satisfação do ego, com as cócegas nos ouvidos (2Tm 4.3).

A firmeza em relação aos valores que Deus espera de seu povo é que faz toda a diferença. Olhando assim, ou estamos anunciando e proclamando o Evangelho de Cristo e sendo a sua igreja que o glorifica e adora, ou somos o contingente que está sendo levando “prá lá e prá cá” pelos ventos de doutrina (Ef 4.14).

A Graça é o caminho a ser sempre apontado e relembrado. Firmeza doutrinária, exposição bíblica, proclamar o Evangelho de Jesus e lembrar que o caminho do amor de Deus está escancarado, um caminho que Ele mesmo nos prepara a trilhar. Se apegue a Palavra. Se apegue a doutrina sadia. Confie em Deus e siga adiante, longe da sedução e engano destes falsos mestres.

Concluindo, pense no seguinte: os membros de sua casa, as pessoas a quem você ama: Cônjuge, filhos, netos, parentes. Estas pessoas precisam receber altas doses de esclarecimento bíblico e doutrinário. Deus conduzirá seu povo em caminho seguro, sua igreja não sucumbirá diante do inferno e seus falsos mestres, mas cabe a nós, embaixadores, proclamar, ensinar, viver para glória de Deus e defender a fé. E isso, como já foi dito, não é novidade, é a “velha verdade” ensinada pela Palavra de Deus.

Soli Deo gloria!

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Notas:
[1] HODGE, Charles. Teologia Sistemática. Hagnos. São Paulo, SP: 2001. p.1090-1091
[2] LLOYD-JONES, D.Martyn. 2 Pedro: Sermões Expositivos. PES. São Paulo, SP: 2009. p. 164-165
[3] LLOYD-JONES, D.Martyn. 2 Pedro: Sermões Expositivos. p. 168
[4] ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger. Comentário Bíblico Pentecostal do NT, vol 2. CPAD. Rio de Janeiro, RJ: 2009. p. 936
[5] CARSON, D.A. (org). Comentário Bíblico Vida Nova. Vida Nova. São Paulo, SP: 2009. p. 2086

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Fonte: NAPEC

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Atos simbólicos do Espírito?

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Por Rev. Augustus Nicodemus Lopes


Não faz muito tempo Ana Paula Valadão provocou uma polêmica no meio evangélico ao se colocar de quatro no palco, durante um show em Anápolis, e começar a andar tentando imitar um leão. Enquanto isto, os membros da banda faziam gestos de “leão” ou de olhos fechados e mãos erguidas “abençoavam” a plateia, que gritava em delírio.O vídeo está no Youtube. Não quero voltar a este episódio, já tão batido, mas usá-lo como gancho para entender o quadro maior.

Isto de se imitar animais no palco sob a "unção" do Espírito Santo parece ter começado em 1995, na igreja do Aeroporto de Toronto, famosa por ter sido o berço da “bênção do riso santo”. Escrevi um artigo sobre isto em 1996. Naquele ano, um pastor chinês, líder das Igrejas chinesas cantonesas de Vancouver, Canadá, durante o período de ministração na Igreja do Aeroporto, começou a urrar como um leão. O pastor da Igreja, John Arnott, estava ausente do país, e foi chamado às pressas de volta, para resolver o problema. A liderança que havia ficado à frente da Igreja lhe disse que entendiam que o comportamento bizarro do pastor chinês era do Espírito Santo.

Arnott entrevistou o pastor chinês diante da congregação durante uma reunião, e para surpresa de todos, ele caiu sobre as mãos e os pés, e começou a rugir como um leão na plataforma, engatinhando de um lado para o outro, e gritando "Deixem ir meu povo, deixem ir meu povo!". Ao voltar ao normal, o pastor chinês explicou que durante anos seu povo tinha sido iludido pelo dragão, mas agora o leão de Judá haveria de libertá-los. A igreja irrompeu em gritos e aplausos de aprovação, e Arnott convenceu-se que aquilo vinha realmente do Espírito de Deus. Isto acabou provocando o desligamento desta igreja da sua denominação, a Vineyard Fellowship, que discordou que aquilo vinha de Deus. Mas, parece que a moda pegou.

A partir daí, os sons de animais passaram a fazer parte da "bênção de Toronto." Houve casos de pessoas rugindo como leão, cantando como galo, piando como a águia, mugindo como o boi, e gritando gritos de guerra como um guerreiro. Para Arnott, estes sons eram "profecias encenadas", em que Deus fala uma palavra profética à Igreja através de sons de animais. Arnott passou a admitir e a defender este comportamento como parte do avivamento em andamento na Igreja do Aeroporto.

Acredito que o argumento para “profecias encenadas” ou “atos proféticos” tão em voga hoje nos shows e cultos do movimento gospel e do pentecostalismo sincrético é que, no passado, Deus mandou seus servos transmitirem mensagens ao povo usando objetos e dramatizando a mensagem. Não é difícil achar exemplos disto no Antigo Testamento. Deus mandou que Jeremias atasse canzis (cangas) ao pescoço como símbolo do cativeiro do povo de Israel (Jer 27:2); mandou que comprasse um cinto de linho e o enterrasse às margens do Eufrates até que apodrecesse, como símbolo também da futura deportação dos judeus para a Babilônia (Jer 13:1-11); determinou que ele comprasse uma botija de barro e quebrasse na presença do povo, para simbolizar a mesma coisa (Jer 19:1-11). O Senhor mandou que Isaías andasse nú e descalço por três anos, como símbolo do castigo de Deus contra o Egito e a Etiópia (Is 20:3-4). Há outros exemplos de profetas que poderiam ser citados.

No Novo Testamento, o único exemplo de um profeta falando a Palavra de Deus e ilustrando-a com um ato simbólico é o do profeta Ágabo, que usando um cinto, amarrou seus próprios pés e mãos para simbolizar a prisão de Paulo (At 21:10-11).

Ao tentarmos entender a “teologia” dos atos proféticos da Bíblia percebemos alguns traços comuns a todas as ocorrências.

  • Elas foram determinadas a profetas de Deus, como Isaías e Jeremias, os quais foram levantados por Deus para profetizar sobre o futuro da nação de Israel e a vinda do Messias. Ou seja, tais atos tinham a ver com a história da salvação, o registro dos atos salvadores de Deus na história.
  • Estes atos simbólicos ilustravam revelações diretas de Deus para o seu povo através dos profetas. No caso de Ágabo, tratava-se de uma revelação sobre a vida do apóstolo Paulo, homem inspirado por Deus, que o Senhor haveria de usar para escrever a maior parte do Novo Testamento. Portanto, a mensagem de todos aqueles atos proféticos se cumpriu literalmente, como os profetas disseram que haveria de acontecer.
  • Sem revelação direta, infalível e inerrante da parte de Deus, não há atos simbólicos. Eles eram ilustrações destas revelações. Uma vez que não temos mais profetas e apóstolos, que eram os canais destas revelações infalíveis, não temos mais estes atos proféticos que acompanhavam ocasionalmente tais revelações.
  • Nesta compreensão vai o autor de Hebreus, que relega ao passado aqueles modos de Deus falar ao seu povo. Agora, Deus nos fala pela sua dramatização maior e suprema, a encarnação em Jesus Cristo (Hb 1:1-3).
  • Tanto assim, que os únicos atos simbólicos que o Senhor Jesus determinou ao seu povo, e cuja mensagem é fixa e imutável, foi que batizassem os discípulos com água e comessem pão e bebessem vinho em memória dele. Tais atos ilustram e simbolizam nossa união com o Salvador. Fora disto, não encontramos qualquer outra recomendação do uso de atos simbólicos para transmitir a mensagem do Senhor.

Portanto, para mim, estes “atos proféticos” atuais e profecias encenadas nada mais são que uma tentativa inútil – para não ser crítico demais - de imitar os profetas e apóstolos, na mesma linha destes que hoje reivindicam, em vão, serem capazes de fazer a mesma coisa que aqueles fizeram.

Após Deus ter se revelado em Jesus Cristo, ter estado entre nós e transmitido ao vivo a sua Palavra, após os apóstolos terem registrado esta mensagem de maneira infalível e suficiente nas Escrituras, pergunto qual a necessidade de profecias encenadas e atos simbólicos para que Deus nos fale através deles. Se alguém não entende a fala de Deus registrada claramente na Bíblia vai entender através do simbolismo ambíguo de gestos e encenações de gente que alega falar no nome dele? Sola Scriptura!

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Fonte: O Tempora! O Mores!

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Marca da Besta? Novos computadores vestíveis são usados na pele

Pequenos circuitos flexíveis que podem ser fixados em qualquer parte do corpo.
por Jarbas Aragão

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Já existe uma tecnologia de “tatuagens eletrônicas”, desenvolvidas primeiramente para uso médico. Contudo, as empresas de tecnologia acreditam que elas podem servir como um meio mais seguro para evitar fraudes e roubos em transações eletrônicas no futuro, substituindo as senhas. Apresentadas ano passado, ainda aguardam regulamentação para serem postas no mercado.
Agora, surgem os primeiros “computadores vestíveis”, que funcionam com o mesmo princípio. Apple e Samsung afirmam que eles ficarão no pulso, enquanto o Google desenvolve um para o rosto.
Uma matéria no jornal New York Times revelou que essa nova tecnologia é a aposta para o futuro: flexíveis, dobráveis e extremamente finas, facilmente confundidos com a cor da pele e muito baratos.
O instituto MC10 (ligado à Motorola) já está fazendo testes com esse tipo de computador vestível. “Fica sempre ligado à pessoa. Ele é menor, mais flexível e estirável, e possibilita colher todos os tipos de dados biométricos relacionados aos movimentos”, explica seu diretor, Scott Pomerantz.
Já existem peças de roupa e calçados que se comunicam com os smartphones, mas agora foi dado um passo adiante. O modelo desenvolvido pela MC10 usa o trabalho de John A. Rogers, professor da Universidade de Illinois que há quase uma década aperfeiçoa dispositivos flexíveis que podem ser usados na pele. Tem o tamanho de um pedaço de chiclete, possui antenas sem fio, sensores de temperatura e de batimentos cardíacos, além de uma bateria minúscula.
pc vestivel Marca da Besta? Novos computadores vestíveis são usados na pele
Computador vestível
“Os sistemas biológicos e eletrônicos serão muito mais integrados. Sem esse contato físico estreito, é difícil ou talvez até impossível extrair dados relevantes”, explica Rogers. Ele e sua equipe já desenvolveram modelos que medem os movimentos do corpo, monitoram doenças de pele e verificam a hidratação cutânea.
Cientistas da Universidade de Tóquio trabalham paralelamente no desenvolvimento de uma “e-pele”, espécie de pele eletrônica fixada sobre a pele real.
Por enquanto, os primeiros computadores desse tipo são usados para medição biométrica e interagem com aplicativos de smartphones. A proposta é que eles substituam os smartphones. Como é comum nesse meio, rapidamente se multiplicam startups apostando que num futuro próximo, os humanos se tornarão verdadeiros computadores.
Para muitos estudiosos, os chamados biochips estão ligados a um sistema de identificação global em alguns anos. Inevitavelmente essa possibilidade remete à profecia de Apocalipse que as pessoas serão marcadas com um número na mão ou na testa. Embora o portal Gospel Prime não afirma que essa tecnologia é a mesmo do último livro da Bíblia, é impossível ignorar-se os desenvolvimentos constantes nessa área.
 Com informações de Folha de São Paulo
Fonte:gospelprime

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Justiça anula cassação da licença profissional de Marisa Lobo

A psicóloga teve o registro cassado pelo Conselho Regional por ligar sua profissão com a religião cristã
por Leiliane Roberta Lopes
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Justiça anula cassação da licença profissional de Marisa Lobo

A cassação da licença profissional de Marisa Lobo foi anulada pela Justiça Federal na última quinta-feira (6). Em maio deste ano o Conselho Regional de Psicologia do Paraná (CRP-PR) cassou o registro de psicóloga por conta de seus posicionamentos religiosos.
Marisa Lobo se identifica nas redes sociais como psicóloga cristã e defende o acompanhamento profissional de homossexuais que desejam deixar a prática. Acusada de oferecer a “cura gay”, Marisa foi julgada e acabou perdendo o registro.
advogado de defesa de Marisa Lobo, Gustavo Kfouri, encontrou motivos legais para pedir a anulação da decisão. “O Conselho tem limites. Ele não pode impor regras não previstas em lei e cercear as liberdades de expressão e de religião”, disse.
O juiz Cláudio Roberto da Silva aceitou o pedido da psicóloga e ordenou que a decisão do Conselho seja anulada. Em entrevista ao portal Guia-me, Marisa Lobo falou sobre perseguição religiosa e comemorou a decisão da justiça.
“Desde o começo eles (Conselho) inventaram a questão da cura gay, porque eu falo tecnicamente contra a ideologia de gênero e outras aberrações que o Conselho quer enfiar goela abaixo de todo o povo. O Conselho me perseguiu, porque eu o estava denunciando e não por causa de ‘cura gay’ – tanto que eles mesmos tiraram isto do processo e se focaram contra a questão da psicologia cristã. Então ficou claro que era um caso de perseguição religiosa”.
Quando recebeu a resposta do processo que resultado em sua cassação, a psicóloga cristã foi bastante atacada pelos internautas que questionavam onde Deus estava por deixar que isso acontecesse.
“O que mais me deixava maluca era quando eles perguntavam: ‘Cadê o teu Deus?’ ou me diziam coisas do tipo: ‘Manda o teu Deus descer da cruz para te ajudar’. Eis a resposta: Se o meu Deus estava em silêncio, era porque Ele estava trabalhando e agora Ele deu a resposta”, disse.

Fonte:gospelprime


segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Pastor Myles Munroe e esposa morrem em acidente aéreo

Publicado por Tiago Chagas em 10 de novembro de 2014 

Pastor Myles Munroe e esposa morrem em acidente aéreo
O pastor e escritor Myles Munroe e sua esposa Ruth faleceram neste domingo, 09 de novembro, em um acidente aéreo. A filha do casal, Charis, e outras seis pessoas que estavam à bordo também morreram.
O outro filho do pastor e sua esposa, Myles Jr., não estava à bordo do avião, que fazia um trajeto curto entre dois aeroportos em Grand Bahamas e colidiu com um grande guindaste de carga em um estaleiro próximo ao destino.
O site Caribbean News Desk informou que o choque aconteceu por volta das 17h10 (horário local), quando o avião fazia os procedimentos de aproximação para pousar no Grand Bahama International Airport.
Minutos antes da decolagem, o pastor Munroe e as demais pessoas que viajariam no jato executivo Lear Jet 36 de sua propriedade posaram para uma foto que foi publicada nas redes sociais.
Foto tirada momentos antes da decolagem
Foto tirada momentos antes da decolagem
Equipe de buscas junto aos destroços
Equipe de buscas junto aos destroços

Myles Munroe

Myles Munroe era pastor do Ministério da Fé de Bahamas, e um conhecido difusor da teologia da prosperidade. Tornou-se mundialmente famoso por causa de suas campanhas de arrecadação de grandes quantias de ofertas, de seus livros sobre o tema, e por suas palestras que, a cada ano, reuniam 500 mil pessoas.
Entre seus principais parceiros internacionais, estavam Benny Hinn e Mike Murdock, dois dos mais polêmicos líderes evangélicos do mundo.
No Brasil, Munroe foi apresentado ao público pelo bispo Robson Rodovalho, líder da Igreja Sara Nossa Terra. Posteriormente, o pastor Silas Malafaia passou a ser um dos principais admiradores de Myles Munroe, convidando-o para congressos e programas de TV.
Alguns dos livros de Myles Munroe foram lançados no Brasil pela editora de Silas Malafaia, a Central Gospel, e por conta dessa proximidade com dois grandes líderes evangélicos brasileiros, as publicações do falecido pastor tinham grande repercussão e vendas expressivas.
No Twitter, o pastor Silas Malafaia lamentou a morte do colega de ministério: “Triste notícia deanunciar a morte do meu amigo Myles Munroe e a esposa Ruth em um acidente aéreo”, escreveu o líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo.
Fonte:gospel+

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