terça-feira, 22 de outubro de 2024

Restam apenas 650 cristãos em meio à guerra na Faixa de Gaza, diz Portas Abertas

 

Imagem ilustrativa. (Unsplash/Mohammed Ibrahim).

Ao menos 33% dos cristãos palestinos morreram ou fugiram da região, desde o início da guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas.

A comunidade cristã está diminuindo nos Territórios Palestinos, segundo a Missão Portas Abertas. 

Desde que o conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas se intensificou após o ataque de 7 de outubro de 2023, ao menos 33% dos cristãos palestinos morreram ou fugiram da região.

Em entrevista ao Portas Abertas, Elias Najiar, um cristão de Gaza, afirmou que teme pelo futuro da Igreja no país e em todo o Oriente Médio.

“Havia mais de mil cristãos em Gaza antes da guerra. Agora, um ano depois, restam apenas 650”, relatou ele.

Deslocados

De acordo com estimativas, mais de 300 cristãos fugiram para o Egito ou para outros países para escapar da guerra.

“É muito difícil. Quase todos os cristãos deixaram suas casas na segunda semana de outubro de 2023 e se refugiaram nas igrejas locais”, afirmou Elias.

O cristão nasceu em Gaza, mas se mudou com a família para Belém em 2007. Ele trabalha na Sociedade Bíblica e tem contato próximo com cristãos nas zonas de conflito da Faixa de Gaza. 

“A situação é muito perigosa. As pessoas estão morando em salas de aula, duas a três famílias em um único espaço. Elas ficam assustadas quando ouvem aviões, foguetes ou tiros, porque lembram de toda a morte e destruição. Elas sabem que suas casas foram destruídas e esperam por um futuro que desconhecem”, comentou.

Em meio a guerra, há escassez de itens básicos, as pessoas estão sem trabalho e renda, e os preços aumentaram.

“Um quilo de tomate corresponde a 30 dólares. Apesar de tudo, quando converso com eles, tenho esperança. É importante para nós entendermos quão difícil é a situação e que apenas pela fé eles podem resistir. Creio que Deus está trabalhando na Igreja que restou em Gaza”, observou Elias.

Igrejas como oásis

O cristão local ainda destacou o papel das igrejas no socorro à população. “A região se tornou um exemplo do papel da Igreja. Quando as casas das pessoas não eram mais seguras e não havia outras opções, elas ficaram abertas à igreja, a receberem ajuda e conhecerem a Jesus”, testemunhou ele.

“Os complexos das igrejas se tornaram verdadeiros ‘oásis no deserto’ quando a guerra se agravou. Elas ficaram abertas 24 horas por dia, permitiam que as pessoas descansassem e ofereceram cuidado médico, espiritual e mostraram as mãos de Deus estendidas para socorrer a população em Gaza”, acrescentou.

Para Elias, mais cristãos vão deixar a Palestina, principalmente famílias com crianças.  “Imagine alguém que perdeu tudo e terá que recomeçar do zero. É provável que prefira recomeçar em um novo país do que no lugar em que pode perder tudo de novo”, observou.

“Não podemos abandoná-los. Eles passarão por necessidades, precisamos estar perto, para ajudá-los a se reerguerem. Mantenham o Oriente Médio em suas orações e clamem pelo fim da guerra”, pediu Elias. 

Israel e os Territórios Palestinos estão na Lista de Países em Perseguição da Missão Portas Abertas, que correspondem aos 28 países que dão continuidade à Lista Mundial da Perseguição.

Nesses países, de colocação de 51ª a 78ª, os cristãos enfrentam perseguição severa e alta. Israel está em 78º lugar e os Territórios Palestinos ocupam a 60ª colocação.

Fonte: Guiame, com informações de Portas Abertas

segunda-feira, 7 de outubro de 2024

“Despertar de Deus”: Mais de 5 mil pessoas exaltam Jesus nas ruas da Alemanha

 

Marcha para Jesus na Alemanha. (Foto: Holy Spirit Night Movement/noelthecreative).

Os cristãos anunciaram o Evangelho com bandeiras, cartazes e louvor pelas ruas da cidade de Stuttgart.

Mais de 5 mil pessoas participaram da Marcha para Jesus na cidade de Stuttgart, na Alemanha, na última quinta-feira (3).

Os cristãos, incluindo evangelistas europeus, anunciaram o Evangelho com bandeiras e cartazes, enquanto caminhavam pelas ruas de Stuttgart. Em certo momento, a multidão gritou com alegria: “Jesus! Jesus!”.

Os participantes pararam em um espaço público, onde adoraram a Deus junto com ministros de louvor em um palco montado.

“É incrível ver milhares de pessoas se juntando nesta linda tarde de quinta-feira. É verdadeiramente inspirador testemunhar o despertar de Deus nas cidades da Europa. Uma poderosa onda de avivamento está se espalhando pela Europa. Acreditem ou não, a Europa será salva!”, declarou o evangelista holandês Mattheus van der Steen, em postagem no Instagram.

O evangelista Jean-Luc Trachsel, que também participou da Marcha, comentou, em publicação no Instagram: “Evangelho fora dos muros! É o tempo de Deus para a Alemanha como é para a Europa”.

Fechamento de igrejas na Alemanha

O movimento nas ruas acontece em um momento de grande crise espiritual no país. A previsão de estudiosos é que centenas de templos católicos e protestantes devem fechar na Alemanha na próxima década. 

O principal motivo é a queda no número de membros dessas duas maiores instituições cristãs, o que está forçando a venda ou demolição dos edifícios.

Segundo uma investigação do jornal alemão Süddeutsche Zeitung, 603 templos católicos romanos e 444 locais de culto da Igreja Evangélica da Alemanha (EKD), a principal igreja protestante, foram “desconsagrados”, ou seja, não serão mais utilizados para cultos.

No caso da Igreja Protestante, os edifícios foram vendidos ou demolidos. Muitas agora são utilizadas para fins privados, como restaurantes, academias ou lojas, pelos novos proprietários.

Até 2033, “uma em cada quatro ou cinco igrejas não será mais usada para seu propósito original”, afirma a professora de arquitetura Stefanie Lieb. Ela estima que, na prática, cerca de 10.000 templos deixarão de realizar cultos.

A razão para essa situação é a contínua diminuição no número de membros das duas igrejas. Em 2023, a Igreja Católica Romana na Alemanha perdeu 628.000 membros, enquanto a Igreja Evangélica da Alemanha (EKD) viu uma perda de 593.000 membros.

A principal causa é a saída intencional de membros que não se identificam mais com as igrejas. Além disso, as estatísticas negativas também são impactadas pelo falecimento de membros e pela redução no número de batismos de recém-nascidos.

Em um momento como este, eventos como a Marcha para Jesus mostram que a Igreja alemã está viva e que há cristãos dispostos a continuar a pregação do Evangelho.

Fonte: Guiame

sexta-feira, 4 de outubro de 2024

Geórgia aprova lei que proíbe casamento gay e defende ‘valores cristãos’

 


Shalva Papuashvili, presidente do Parlamento da Geórgia, assina projeto anti-LGBT. (Foto: Facebook/Shalva Papuashvili)

Fonte: Guiame, com informações do CNE

A lei de “Proteção dos Valores Familiares e Menores” foi assinada pelo presidente do Parlamento, após a presidente se recusar a sancioná-la.

O presidente do Parlamento da Geórgia, Shalva Papuashvili, sancionou a lei que proíbe o casamento e a adoção de crianças por casais do mesmo sexo.

A Geórgia é um país situado na região do Cáucaso, no limite entre a Europa Oriental e a Ásia Ocidental, e atualmente tem uma população estimada em cerca de 3,7 milhões de habitantes.

O projeto de lei denominado “Proteção dos Valores Familiares e Menores” foi apresentado pelo partido governista Sonho Georgiano e inclui os cuidados de afirmação de gênero e a mudança de gênero em documentos de identidade, além de representações de pessoas gays na mídia.

A lei foi assinada no Parlamento após a presidente Salomé Zurabishvili se recusar a sancioná-la, resultando na devolução do projeto ao Legislativo.

“A lei que estou assinando não reflete ideias e ideologias atuais, temporárias e mutáveis, mas é baseada no senso comum, na experiência histórica e em valores cristãos georgianos e europeus centenários”, escreveu Papuashvili nas redes sociais.

Ele acrescentou que esperava que a lei “causasse críticas de alguns parceiros estrangeiros”, mas disse que os georgianos “nunca tiveram medo” de seguir sua “fé, bom senso e lealdade ao país”.

União Europeia

O principal diplomata da União Europeia, Josep Borrell, já havia alertado que a aprovação de tal lei “compromete os direitos fundamentais do povo georgiano” e “prejudicaria” as aspirações da Geórgia de se tornar membro da UE.

O país obteve o status de candidato à UE no final de 2023, mas sua candidatura à adesão foi congelada em junho devido à introdução de uma lei de “agentes estrangeiros” que espelha a legislação da Rússia, destinada a reprimir a dissidência e restringir a sociedade civil.

A lei anti-LGBTQ+ também espelha a legislação da Rússia, que proíbe representações de “relacionamentos sexuais não tradicionais” desde 2013.

No ano passado, o governo do presidente russo Vladimir Putin apresentou uma moção à Suprema Corte do país para classificar “o movimento LGBT internacional” como extremista.

O partido governista da Geórgia tem se aproximado de Moscou e se afastado do Ocidente, o que levou o Departamento de Estado dos EUA a impor restrições de viagem a importantes políticos do Sonho Georgiano, considerados “cúmplices em minar a democracia na Geórgia”.

Fonte: Guiame, com informações do CNE

quarta-feira, 2 de outubro de 2024

John Knox – O Missionário Destemido

 


Quem visita o campus da Universidade New College, em Edinburgh, como fiz, fica extasiado ao contemplar a grande estátua do Reformador escocês John Knox. Ela representa a força daquele grande homem e servo de Deus que transformou aquela nação numa nação cristã e presbiteriana. Isso lhe custou muita ousadia e muita oração.

Costumo afirmar que Deus sempre usa homens frágeis, mas nunca homens fracos. Deus usa homens “fortes e corajosos”.

Pouco se sabe dos primeiros anos de sua vida. Nasceu entre 1505 e 1515, e foi ordenado padre escocês quando jovem. Na universidade, estudou muito a literatura de Agostinho; conviveu também com Wishard. Essas duas influências fizeram dele um protestante. Por volta de 1546, já era conhecido como um poderoso pregador protestante. Sua grande ênfase era a de que a Igreja Católica Romana era uma Sinagoga de Satanás e que o papa era o anticristo.

Devido a sua pregação revolucionária em 1547, soldados franceses o prenderam por 19 meses. Após sua liberdade, foi para a Inglaterra e permaneceu lá por cinco anos, onde exerceu forte influência. Após a ascensão de Maria “Sanguinária” ao trono da Inglaterra, fugiu para o continente, ficando algum tempo em Frankfurt, depois Genebra, onde se tornou um ardoroso discípulo de João Calvino.

Após ter retornado à Inglaterra, voltou para a Escócia onde pregou por vários meses. A Escócia era um país católico. Pregou sem temor contra a missa, por considera-la uma terrível idolatria. Fez uma petição escrita à rainha-regente, Maria de Guise, suplicando-lhe que fosse favorável à verdade do evangelho, o que lhe foi negado.

Retornou a Genebra. Permaneceu lá por três anos, e aprendeu toda a visão Reformada com o grande mestre João Calvino. Nesse tempo, pregou aos refugiados de fala inglesa e organizou uma igreja entre eles no modelo presbiteriano. Knox retornou para a Escócia em 1559. Além de pregar com poder, começou a organizar a Igreja Presbiteriana na Escócia. A Igreja Católica se lhe opôs, mas ele ficou firme com energia e poder irresistíveis. Foi nesse tempo que ele se agonizava em oração e clamava sem cessar ao Senhor: “Ó Deus, dá-me a Escócia ou eu morro!”.

O Parlamento Escocês se reuniu em 1º de agosto de 1560. John Knox e outros líderes estavam lá para apresentar sua defesa do protestantismo. Foi requisitado de Knox e mais cinco outros irmãos que preparassem uma Confissão de Fé e a submetessem ao Parlamento para consideração. Dentro de quatro dias, estava pronta a Confissão de Fé Escocesa. Era totalmente calvinista. O parlamento examinou artigo por artigo e a adotou como credo para o povo da Escócia. A partir daí, toda e qualquer doutrina contrária era proibida. A jurisdição de Roma foi abolida. A prática da missa foi proibida e com promessas de penas severas. Na terceira infração haveria pena de morte. O país, a partir de agora, era um país presbiteriano. Em dezembro do mesmo ano, houve a primeira reunião da Assembleia Geral da Igreja Presbiteriana da Escócia sob a presidência de John Knox.

Posteriormente, elaborou-se o “Livro de Ordem da Igreja”, um dos maiores documentos da história do presbiterianismo. Nessa constituição incluiu-se o “Livro de Disciplina”. Foi estabelecido um grande programa educacional em que ao lado de cada igreja deveria haver uma escola, com o precípuo propósito de ensinar Latim, Gramática e Catecismo e que se estabelecesse escolas desde o primeiro grau até à universidade em todo o país. Foi incluída a educação moral do povo.

Knox deixou uma igreja que sobreviveu fielmente por mais de trezentos e cinquenta anos na Escócia. Dois elementos fizeram de Knox um grande homem: a ousadia para enfrentar as oposições e uma vida poderosa em oração. Deus deu a Escócia para John Knox.

Todo missionário precisa se vestir dessa coragem e de piedade até que Deus mude a nação. Todos precisamos ser “fortes e corajosos” até que o Reino de Deus se estabeleça.

Rev. José João de Paula

Fonte:https://apmt.org.br/blog/10062-john-knox-o-missionario-destemido

Líder do Movimento Lausanne diz que escândalos e desunião impedem o avanço da Igreja

 


Michael Oh no Congresso Lausanne, na Coreia do Sul. (Foto: Flickr/Lausanne Movement).

Michael Oh exortou os cristãos a se arrependerem de seu orgulho e trabalharem juntos na evangelização do mundo, no Congresso Lausanne, na Coreia do Sul.

O diretor executivo global do Movimento Lausanne, Michael Oh, exortou os cristãos a se arrependerem de seu orgulho e trabalharem juntos na evangelização do mundo, durante o 4° Congresso Lausanne, na Coreia do Sul, na semana passada.

Em uma ministração aos 5 mil participantes de mais de 200 países, Michael falou sobre quatro ações que impedem a Igreja atual de completar a Grande Comissão: orgulho, paroquialismo, isolamento e arrogância.

Michael, que já serviu como missionário no Japão, chamou os cristãos a se arrependerem dessas falhas que estão prejudicando o impacto e o bom testemunho da Igreja global hoje.

“Vamos nos arrepender não tanto de dizer com nossas palavras, mas de sentir em nosso coração ou mostrar através de nossas ações daquelas quatro palavras perigosas que Paulo usa em 1 Coríntios 12 (21-27): ‘Eu não preciso de você’. E nós dissemos isso um ao outro, e dissemos isso a Deus. Mas Deus nos lembra: ‘sem mim nada podeis fazer’ (João 15:5)”, afirmou o líder.

Competição entre ministérios



Congresso Lausanne, na Coreia do Sul. (Foto: Flickr/Lausanne Movement). 

Ele lamentou o “isolamento” e a “competição” entre vários grupos ministeriais e lembrou que a falta de união entre o Corpo de Cristo afeta o sucesso da evangelização.

“Ser tão auto-focado, autoconfiante, auto-sustentado e talvez totalmente egoísta está fazendo com que os crentes percam a vantagem de trabalhar com outros ministérios, outras empresas, outras escolas, outras denominações ou outras partes do Corpo”, alertou.

Segundo Michael, a competição dentro da Igreja, em vez da colaboração, “levou a uma luta por recursos financeiros e, em última análise, à ineficácia e feiura do Corpo de Cristo”.

“Uma das maiores razões para a ineficácia do Corpo é o fracasso em incorporar todo o Corpo na missão de Deus”, comentou.

O diretor destacou que a colaboração produz grandes frutos para o Reino de Deus, citando o exemplo do Congresso Lausanne 1, realizado em Lausanne, Suíça, em 1974, onde a Igreja global se comprometeu a pregar o Evangelho a grupos de povos não alcançados.

A união de esforços levou à evangelização de 9.000 grupos de povos não alcançados nos últimos 50 anos, e ao crescimento de igrejas na África, Ásia e América Latina.

Escândalos de orgulho, poder e impureza

Michael Oh ainda mencionou como os vários escândalos de “orgulho, poder e impureza” entre os líderes cristãos abalaram a Igreja e comprometeram o testemunho do Corpo de Cristo.

“A reputação da noiva de Cristo em muitos lugares ao redor do mundo não é boa”, observou.

“Em vez das pessoas tropeçarem na mensagem do Evangelho, como vemos em Romanos 9, muitas estão tropeçando nos mensageiros. Nossos fracassos hoje em um mundo de mídia social são mais públicos e profundamente sentidos e vistos globalmente do que nunca”.

Apesar das falhas cometidas nos últimos 50 anos, Michael encorajou os cristãos a viverem pela fé, a não serem arrogantes, mas humildes. E incentivou a Igreja a abandonar a mentalidade de competição e se unir, colaborando para cumprir o Ide de Cristo.

“Devemos ser expressivos, lindamente expressivos, biblicamente expressivos, claramente expressivos com a mensagem do Evangelho, de forma personalizada, contextualizada, compassiva e convincente com palavras de vida e amor”, concluiu ele, citando a passagem bíblica de 1 Coríntios 12:12, que diz: 

“Porque, assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros do corpo, embora muitos, sejam um só corpo, assim é com Cristo”.

Congresso Lausanne

O Quarto Congresso Lausanne foi realizado em parceria com centenas de igrejas sul-coreanas. Cerca de 4.000 cristãos em todo o país se uniram para orar pelo sucesso do evento.

Representantes de mais de 200 países foram capacitados de 22 a 28 de setembro, na Songdo Convensia na cidade de Incheon.

Com o tema “Que a Igreja declare e mostre Cristo juntos”, os participantes aprenderam em mais de 50 palestras sobre pontos-chave que afetam a Igreja e as missões globais nos dias atuais, como ministério intergeracional, tecnologia, missão urbana, missões em áreas de conflito, missões no local de trabalho e perseguição religiosa.

Fonte: Guiame, com informações de The Christian Post

Perseguição aos cristãos é maior em países com governos corruptos, mostra estudo


 Protesto contra a perseguição a cristãos na Nigéria. (Foto: Imagem ilustrativa/ACN International).

A pesquisa do International Christian Concern revelou que a corrupção permite discriminação e violência contra cristãos, sem punição legal.

Uma pesquisa recente revelou que a perseguição contra cristãos é maior em países com governos corruptos.

O estudo “Corrupção e Perseguição Cristã”, do International Christian Concern (ICC), organização que monitora a perseguição no mundo, foi divulgado em setembro e mostrou como a corrupção dentro de órgãos governamentais geram políticas discriminatórias contra os seguidores de Cristo.

O relatório cita exemplos de países classificados como as piores nações para ser um cristão. 

No Afeganistão, a corrupção generalizada no governo permitiu que interpretações extremistas da lei islâmica ganhassem espaço, colocando os ex-muçulmanos que se convertem em grave risco.

Muitos cristãos convertidos enfrentam ameaças de morte e exclusão social, enquanto as autoridades toleram esses crimes ao invés de proteger os direitos legais das minorias religiosas no país de maioria islâmica.

Na Nigéria, a corrupção dos governantes afeta diretamente a proteção da comunidade cristã, que é vítima da violência extremista há anos.

Segundo o estudo, a corrupção facilitou a falta de responsabilização por crimes violentos contra cristãos, que representam quase 70% dos assassinatos religiosos no país. A negligência em proteger os crentes nigerianos está ligada a relações corruptas entre autoridades locais e grupos extremistas.

A situação é semelhante no Azerbaijão, onde os militares assumiram o controle de Nagorno-Karabakh – uma região habitada por 120.000 cristãos armênios étnicos – no ano passado.

“A economia do país, particularmente sua indústria de petróleo e gás, é suscetível a práticas corruptas, com relatos de clientelismo generalizado entre funcionários do governo e elites empresariais”, afirmou o relatório do ICC.

Na Índia, a combinação da ideologia nacionalista hindu e da corrupção governamental promove a opressão das minorias religiosas, incluindo os cristãos. A população cristã é tratada de forma discriminatória na aplicação da lei e a polícia é desinteressada em proteger seus direitos.

Repressão a fé cristã

Na Eritreia, a corrupção generalizada entre funcionários do governo facilitou a forte repressão ao cristianismo, de acordo com a pesquisa. No país, cristãos são vítimas de graves violações dos direitos humanos. Eles são detidos em condições desumanas sem julgamento.

Já na China, a corrupção permite que cristãos enfrentem vigilância, detenção arbitrária e punições severas sem nenhum processo legal, com o governo comunista trabalhando cada vez mais para reprimir o cristianismo na nação.

O estudo também menciona o papel das narrativas controladas pelo Estado e das ações corruptas da imprensa na intolerância e na discriminação contra os cristãos, em países do Oriente Médio.

Resposta internacional

Para o ICC, é necessário uma resposta internacional específica para combater a corrupção e a perseguição.

A organização pediu que grupos de defesa de direitos religiosos e organismos internacionais imponham mais sanções contra funcionários corruptos e governos que perseguem cristãos.

O International Christian Concern também pediu mais parcerias internacionais que ofereçam asilo e apoio a cristãos perseguidos.

Fonte: Guiame, com informações de The Christian Post

quarta-feira, 11 de setembro de 2024

Argentina faz parceria com evangélicos em trabalho nas prisões: “Momento histórico”

 

Christian Hooft, presidente da ACIERA, e Felicitas Beccar, subsecretaria de Assuntos Penitenciários, durante assinatura do acordo. (Foto: ACIERA)

O acordo de cooperação foi assinado entre Aliança Evangélica e o Ministério da Segurança da Argentina.

Aliança Cristã de Igrejas Evangélicas da Argentina (ACIERA) firmou um acordo de cooperação com o Ministério da Segurança do país, visando desenvolver atividades e projetos que promovam a integração social de pessoas privadas de liberdade, ex-presidiários e suas famílias.

O acordo foi assinado pelo presidente da ACIERA, Christian Hooft, e pela diretora nacional de Reinserção Social, Felicitas Beccar, da subsecretaria de Assuntos Penitenciários.

Com a assinatura deste acordo, as ações e projetos contarão com objetivos claros, planos de trabalho, prazos de execução, além de recursos humanos, técnicos e financeiros, bem como outros aportes e especificações exigidos por cada plano ou projeto.

Inserção em vez de reinserção

Para Hooft, “é um grande desafio, pois há mais de 1000 pessoas por ano que voltam à liberdade, seja porque receberam liberdade condicional, cumpriram sua pena ou por diferentes razões”.

“Preferimos falar em inserção do que em reinserção, porque as pessoas privadas de liberdade não tinham nada. Se falamos em reinserção na educação, elas não tiveram educação; se falamos em trabalho, elas nunca tiveram um emprego. Se falamos em família, elas também nunca tiveram uma família”, acrescentou.

Hooft destacou que “junto com a Diretoria Nacional de Reinserção Social, podemos ajudar a criar vínculos de emprego, cuidado fraternal e, acima de tudo, apoio baseado na fé”.

Os líderes dos conselhos pastorais e representantes dos ministérios prisionais participaram da assinatura. (Foto: ACIERA)

“Hoje temos pessoas aqui que estão trabalhando nesses programas (…) prontas para aceitá-los e dizer: você tem uma oportunidade, um espaço, pessoas que acreditam que você pode avançar, e que Deus realiza essa obra, não pensando no que aconteceu, mas com esperança no futuro, de que você pode ser uma pessoa diferente, deixando para trás a vida de crime e drogas.”

“Esse trabalho sério de reinserção é um momento histórico, porque a igreja tem atuado nas prisões há anos. Como ACIERA, nunca havíamos assinado oficialmente um acordo com o estado para trabalhar. Para nós, isso é um reconhecimento significativo, uma imensa alegria assinar este acordo”, enfatizou Hooft.

Reconhecimento público

Felicitas Beccar agradeceu à igreja evangélica pelo trabalho que tem desenvolvido em todo o país.

“Eu acredito profundamente na missão que vocês realizam, e para nós é uma grande rede e um apoio no nosso trabalho, que às vezes também enfrenta suas deficiências e complicações, e que, se não fossem organizações como a sua, seria bastante incompleto”, afirmou.

Beccar enfatizou que estava “convencida do que estamos fazendo hoje com vocês, sabemos do trabalho realizado nas prisões e de como, quando eles saem, vocês os acolhem, apoiam”, e “pronta para continuar trabalhando e aprendendo com vocês não apenas sobre o que fazem dentro das prisões, mas também sobre o que fazem com base na fé. Obrigada pela oportunidade de fazer parte dessa jornada.”

O acordo-quadro entrou em vigor imediatamente após a assinatura e terá validade por dois anos. Será renovado automaticamente, a menos que uma das partes notifique a outra sobre a intenção de rescindi-lo com pelo menos trinta dias de antecedência.

Assinatura do acordo

A assinatura ocorreu no salão principal da Aliança, com a presença de membros da diretoria nacional da ACIERA, incluindo Graciela Giménez, que será responsável pela coordenação e implementação do acordo.

Ela estava acompanhada pelos líderes dos conselhos pastorais e representantes dos diversos ministérios que há décadas atuam nas prisões do país.

“É possível seguir em frente”

Mais tarde, durante um momento informal, um membro da equipe do pastor Giménez compartilhou seu depoimento:

“Meu nome é David Castillo. Passei 17 anos na prisão. Graças aos cuidadores da prisão e às pessoas que vinham me visitar, pude receber treinamento na prisão. Concluí o ensino fundamental e médio e comecei a universidade.

Quando saí e ninguém acreditava em mim, nem mesmo minha família, o Pastor Tejeda, o diretor da prisão onde estive, me disse: ‘Aqui está sua chance de mudar, você pode mudar. Aproveite tudo isso.’

Essas foram ferramentas que eu não tive quando era criança. Quando eu era pequeno, fiz seis meses de ensino fundamental e meu pai me disse que eu havia aprendido a ler e escrever e que era suficiente.

Quando saí da prisão, os pastores me deram a oportunidade de trabalhar em uma fazenda e hoje trabalhamos juntos na reinserção social.

Você pode seguir em frente, mas precisa de uma equipe inteira de pessoas para ser seus mentores. É possível avançar quando há oportunidades e ferramentas essenciais, e nós testemunhamos isso. A assinatura do acordo de hoje é fundamental.”

Fonte: Guiame, com informações do Evangelical Focus

Pastor preso na Coreia do Norte diz que guardas foram transformados pela Palavra de Deus

 

Hyeon Soo Lim. (Foto: Reprodução/YouTube/Liberty University)

Hyeon Soo Lim testemunhou que os guardas da prisão ouviram suas pregações e foram transformados pelo Evangelho.

Um pastor perseguido que recebeu uma sentença de prisão perpétua na Coreia do Norte testemunhou que, durante os trabalhos forçados na detenção, evangelizou seus agressores e eles foram transformados pelo Evangelho.

Na última sexta-feira (6), o pastor canadense Hyeon Soo Lim, nascido na Coreia do Sul, contou seu testemunho durante um evento evangelístico da Liberty University na Virgínia, Estados Unidos.

Relembrando o tempo no cativeiro, o pastor contou: “Eu não conseguia dar um único passo livremente. Eu era um escravo. Eles retribuíram o bem com o mal até o fim, tudo por causa de um ditador”.

Em 2015, Lim foi condenado a uma vida de trabalhos forçados depois que a Coreia do Norte o acusou de tentar derrubar o regime. Ele foi libertado em 2017 por motivos humanitários e continua compartilhando o Evangelho.

Antes de sua prisão, a Igreja Presbiteriana Coreana Luz, localizada em Ontário, no Canadá, realizou 100 visitas à Coreia do Norte desde 1997 e contribuiu para a criação de um orfanato e de uma casa de repouso.

“Então, um dia em 2013, durante um sermão nos Estados Unidos, eu preguei que a razão pela qual a Coreia do Norte é amaldiçoada é porque eles ergueram muitas estátuas de Kim Il-sung, e eu declarei que a Coreia do Norte só seria salva se essas estátuas fossem derrubadas”, disse o pastor. 

E continuou: “Eu também preguei que a Coreia do Norte se envolve continuamente em política violenta”.

‘A fé vem pelo ouvir’

Na prisão, Lim recebeu pouca comida e foi submetido a abuso verbal, o que lhe causou tanto estresse que acabou sofrendo de diarreia. O pastor também relatou que suas refeições eram compostas principalmente de repolho e arroz misturado com pedras.

Como parte do trabalho forçado, no inverno, Lim tinha que quebrar carvão congelado. Por isso, seus dedos das mãos e dos pés também sofreram lesões.

Embora os guardas o proibissem de assistir televisão, ouvir rádio ou ler livros, era permitido. Então, Lim pôde ler a Bíblia e comparou à “alegria de encontrar água viva no deserto”. 

Ele passava os dias orando e lendo a Palavra de Deus enquanto seus agressores tentavam encontrar informações sobre ele. No entanto, tudo o que conseguiram encontrar foram as pregações do pastor. 

Depois que os guardas da prisão ouviram os sermões, Lim testemunhou uma mudança notável no comportamento deles em relação a ele, incluindo começar a lhe trazer mais comida. 

A mudança continuou por mais três anos, e alguns dos guardas até começaram a procurar o pastor para pedir aconselhamento familiar.

Dos oficiais de mais alta patente aos de menor patente, ele disse que notou a mudança em quase “todos”.

“Ao ver essa mudança, percebi mais claramente que a fé vem pelo ouvir, e o ouvir por meio da Palavra de Cristo”, declarou Lim.

“Vendo tal transformação nos principais líderes do Partido Comunista, fiquei certo de que um dia, quando a Coreia do Norte se abrir e o Evangelho for espalhado, ela será transformada no exército do Senhor. Quando as pessoas que espalharão o Evangelho no país estiverem prontas, Deus abrirá as portas. Se a Coreia é o fim da terra para a evangelização mundial, devemos ir até os confins da terra para pregar a Palavra”, acrescentou.

Esperança

Na ocasião, o pastor contou que Deus o abençoou com “visões incríveis”. Três meses antes de sua libertação, enquanto trabalhava em cativeiro, Lim teve uma visão da evangelização na Coreia do Norte. 

Segundo ele, uma das visões incluía Lim liderando um movimento de 1 milhão de missionários para entrar no país. Outra visão mostrou o estabelecimento de 10.000 escolas que permitiriam que famílias e igrejas ensinassem a Bíblia às crianças. 

Então, o pastor encorajou os ouvintes a ajudar a igreja norte-coreana a se juntar a ele: “Qualquer um que esteja preparado para amar e servir aos outros é bem-vindo”. 

“A evangelização da Coreia do Norte é o atalho para a evangelização mundial. A Coreia do Norte é o solo mais fértil para espalhar o Evangelho. Precisamos da força da América. Quem irá? Quando Ele perguntar, que você e eu possamos responder: ‘Aqui estou'”, concluiu o pastor.

A Coreia do Norte ficou em 1º lugar na Lista Mundial da Perseguição da Missão Portas Abertas de 2024 dos lugares mais difíceis para ser cristão.

Fonte: Guiame, com informações de The Christian Post

Ativistas pró-vida denunciam abortos de bebês com mais de 6 meses na Colômbia

Primeira Convenção Nacional Pró-Vida no Congresso da Colômbia. (Foto: Evangélico Digital).

A denúncia foi feita durante a Primeira Convenção Nacional Pró-Vida, que reuniu organizações pró-vida e líderes religiosos no Congresso colombiano.

Ativistas pró-vida denunciaram que abortos de bebês com mais de 6 meses estão sendo realizados na Colômbia.

A denúncia foi feita durante a Primeira Convenção Nacional Pró-Vida, que reuniu organizações pró-vida, líderes religiosos e políticos conservadores no Congresso colombiano, nos dias 4 e 5 de setembro.

Durante o evento, o senador Miguel López denunciou que abortos com mais de 24 semanas de gestação estão sendo feitos no país. 

“A Corte, por meio de sanções, quer implementar o aborto em toda a Colômbia, em entidades territoriais, em hospitais”, criticou Miguel.

Em 2022, o Supremo Tribunal da Colômbia legalizou o aborto até a 24ª semana (5 meses) de gravidez, sem a mulher precisar apresentar nenhuma justificativa. Depois da 24ª semana, o aborto ainda sofre restrições segundo a lei.

Apesar da legalização pela Suprema Corte, o aborto tem sido uma pauta controversa no país, onde a maioria da população é católica.

Manifesto em defesa da vida

Os participantes da Primeira Convenção Nacional Pró-Vida assinaram um manifesto para “defender a vida desde a concepção” e rejeitando a “cultura da morte” na sociedade colombiana.

“Reafirmamos nosso compromisso irrestrito com a defesa da Vida, da Família e da Fé em nosso país. Acreditamos que toda vida é sagrada e merece ser protegida desde a concepção até a morte natural. Rejeitamos a cultura da morte que promove o aborto, a eutanásia e a destruição da família. Em vez disso, queremos que a Colômbia promova uma cultura da vida que valorize a dignidade de cada pessoa, independentemente da idade, condição ou circunstâncias”, afirmou o manifesto.

Os participantes dos evento discutiram estratégias para lutar contra o aborto e defender a vida.

“Hoje a Colômbia Pró-Vida fez história, com a Primeira Convenção Nacional Pró-Vida e por ser a primeira vez que uma bandeira Pró-Vida é hasteada na fachada do Capitólio Nacional do Congresso da República. Hoje fizemos mesas de trabalho, ouvimos deputados da Bancada, tivemos uma discussão sobre questões legislativas para trabalhar pela Vida”, relatou o senador Luis Miguel López Aristizábal, um dos organizadores do evento.

Fonte: Guiame, com informações de Evangélico Digital

sexta-feira, 6 de setembro de 2024

Viva Com Propósito

 


Vocês não sabem que dentre todos os que correm no estádio, apenas um ganha o prêmio? Corram de tal modo que alcancem o prêmio. 1° Coríntios 9:24

A analogia feita por Paulo sobre a vida cristã como sendo uma corrida em que apenas um ganha o prêmio é, na verdade, um convite para refletirmos sobre o propósito da nossa fé.
Segundo o apóstolo, assim como numa maratona, quem corre sem propósito nunca será vencedor. Observe por exemplo a Corrida de São Silvestre, exceto pelos atletas profissionais, a maioria corre sem propósito, apenas pelo prazer de participar, o que explica o fato de nunca nenhum destes ter vencido a corrida.
Correr com propósito significa traçar metas significativas, cultivar disciplina e manter o foco. Cada passo deve nos aproximar do nosso alvo. E neste sentido, o próprio Paulo nos orienta: “…corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus…”.
Viver com o propósito de seguir a Cristo torna nosso esforço valioso, pois, ao final da maratona da vida, há um prêmio glorioso à nossa espera, independentemente da colocação em que chegarmos.

Pb. Levi Almeida

‘Continuarei até a morte’, diz jornalista cristão preso por noticiar perseguição na Nigéria

 

Luka Binniyat foi preso diversas vezes. (Foto: Luka Binniyat)

Luka Binniyat, de 58 anos, continua denunciando os ataques Funali contra comunidades cristãs, apesar das ameaças e processos judiciais.

O jornalista cristão Luka Binniyat, de 58 anos, tem noticiado corajosamente a perseguição violenta contra cristãos no estado de Kaduna, na Nigéria.

Por causa disso, Luka se tornou alvo do governo nigeriano, que o acusou de espalhar informações falsas e de “cyberstalking” — ou seja, por usar a tecnologia para perseguir ou ameaçar as autoridades. A falsa acusação é frequentemente usada pelo governo negeriano para silenciar a imprensa.

O jornalista já foi preso três vezes por cobrir os massacres de comunidades cristãs rurais por radicais islâmicos Fulani. 

Condições precárias na prisão

Luka foi preso pela primeira vez em 2017 e enfrentou dois processos judiciais, que dura até hoje, passando por seis juízes.

“Eu tinha lido muito sobre as condições horríveis e aterrorizantes das prisões da Nigéria e sempre estremeci com a ideia de ser um preso. Essa foi minha primeira introdução às condições da prisão”, confessou ele.

O cristão enfrentou condições precárias e insalubres. “A cela, que foi construída para 20 detentos com uma fileira de camas de dois andares, tinha 85 de nós, e apenas dois conjuntos de camas de dois andares eram destinados aos chefes da cela sombria. O ar estava denso com fumaça de cigarro e de maconha, mas os presos pareciam acostumados com isso”, descreveu.

A cela ainda era infestada de baratas e percevejos, e cheirava a urina e fezes. Já a comida da penitenciária era servida em recipientes imundos.

Denunciando o descaso do governo com os cristãos

Após 93 dias detido, Luka foi solto sob fiança. Em 2021, ele foi preso novamente por publicar a matéria “Na Nigéria, a polícia considera os massacres ‘perversos’, mas não faz nenhuma prisão” no Epoch Times, denunciando a falta de ação do governo para deter os ataques contra cristãos.

Na matéria, Luka criticou a classificação, feita pelo comissário de Segurança Interna e Assuntos Internos de Kaduna, Samuel Aruwan, de um ataque a fazendeiros cristãos como apenas um “confronto rural”.

O governo nigeriano tem refutado as denúncias de organizações de direitos humanos de que um genocídio religioso tem acontecido nos estados do Cinturão Médio da Nigéria, onde pastores fulanis tem invadido e atacado comunidades cristãs. Segundo as autoridades, a perseguição violenta é parte do conflito de décadas entre agricultores e pastores.

“Passei mais 96 dias na prisão de Kaduna, sofrendo muito devido à artrite incapacitante e pressão alta”, lembrou o cristão.

Luka foi libertado em 5 de janeiro de 2023 após pagamento de fiança. Dias depois, sua própria aldeia, Zamandabo, no sul de Kaduna, foi atacada e incendiada por fulanis. 12 pessoas foram mortas, incluindo um primo e uma tia do jornalista.

Perseverando em sua missão

Apesar de enfrentar ações judiciais e já ter sido preso várias vezes, Luka Binniyat continua comprometido com sua missão de noticiar a verdade.

“Relatar a perseguição aos cristãos na Nigéria se tornou uma obsessão. Apesar das ameaças, não vou parar. Por amor de Cristo Jesus, continuarei relatando até a morte. Esse é o legado que quero deixar para trás”, declarou ele.

Hoje, ele trabalha como jornalista freelancer, cobrindo os ataques armados contra comunidades cristãs no Cinturão Médio da Nigéria por pastores Fulani.

Luka também se tornou o porta-voz nacional da União do Povo do Sul de Kaduna (SOKAPU), representando 67 grupos étnicos cristãos.

“A história de Luka Binniyat é uma prova da coragem e resiliência daqueles que se opõem à injustiça, apesar de enfrentarem consequências terríveis. Também destaca os desafios contínuos para jornalistas e ativistas na Nigéria, particularmente aqueles que se atrevem a falar contra a perseguição aos cristãos”, comentou um funcionário da International Christian Concern (ICC).

A Nigéria ocupa a 6ª posição da Lista Mundial da Perseguição 2024 da Missão Portas Abertas, de países mais difíceis para ser um cristão.

Fonte: Guiame, com informações de International Christian Concern

Formulário de contato

Nome

E-mail *

Mensagem *