sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Igrejas com teologia conservadora têm melhores taxas de crescimento

 Estudo mostra que 71% dos líderes das igrejas em crescimento leem a Bíblia diariamente

Um estudo feito ao longo de cinco anos revelou que as igrejas que ensinam uma teologia mais “conservadora” possuem taxas de crescimento maiores. Segundo o Christian Today, o levantamento feito no Canadá entrevistou 2.225 fiéis e 29 pastores.

Com o crescimento galopante do liberalismo teológico, além da aceitação do casamento gay e aborto nas duas últimas décadas, a América do Norte experimentou um declínio no número de “cristãos praticantes”, aqueles que possuem laços com uma igreja local.

 O diretor da pesquisa, David Haskell, observou que o estudo aponta como as igrejas que estão crescendo “se mantém firmes nas crenças tradicionais do cristianismo e são mais envolvidas em práticas como oração e leitura da Bíblia”.

O ensino de doutrinas centrais, consideradas verdades inalteráveis “faz com que os visitantes ganhem confiança. Essa confiança, aliada a uma mensagem edificante, reconfortante ou claramente positiva é uma combinação atraente”.

Por exemplo, 71% dos líderes das igrejas em crescimento liam a Bíblia diariamente, enquanto apenas 19% dos pastores das igrejas que perdem membros têm esse hábito.

Além disso, 100% dos pastores responsáveis pelas igrejas em ascensão dizem ser “muito importante encorajar os não cristãos a se tornarem cristãos”, em comparação com os 50% do clero das igrejas com declínio da membresia.

Outro aspecto da investigação foi como o louvor influenciava o crescimento. As congregações que optam por um estilo de adoração contemporâneo, com instrumentos musicais e cânticos, em média crescem mais que as igrejas que optam apenas pelo um estilo “tradicional”, com  órgão e um coral.

O estudo, chamado “Teologia importa: Comparando os traços de crescimento e declínio em Igrejas Protestantes”, pode ser lido na íntegra aqui, em inglês. Com informações CBN

Por Jarbas Aragão
Fonte: Gospel Prime

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Como um pastor alcançou uma aldeia para Cristo

Através de milagres de cura e libertação, vilarejo budista se rende a Jesus

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Pastor Dano* é um soldado reformado do exército na casa dos 60 anos. Depois de receber uma visão, entendeu que deveria se envolver no serviço a Deus. Então ele falou diretamente com o chefe da aldeia que gostaria de dar aulas para as crianças gratuitamente. Os líderes aceitaram a proposta, mas o advertiram a não pregar o evangelho. Ele teve que assinar um acordo para isso. Mesmo assim, começou a ensinar versículos bíblicos e canções cristãs para as crianças.

Dano criou o hábito de orar diariamente pelo vilarejo através de caminhadas de oração de madrugada. Ele conta com o apoio de sua família, que ora e jejua com ele. Seus filhos são sempre ameaçados na escola por professores e alunos, e pressionados a fazer orações budistas. Muitas vezes o chefe e vice-chefe da aldeia o procuraram para matá-lo, mas ele sempre escapou de forma miraculosa.

Um dia, o filho do vice-chefe ficou possuído por demônios. O monge budista não conseguiu ajudá-lo. E quando todas as esperanças haviam-se esgotado, ele foi procurar o pastor Dano, pois se lembrou de que quando ele orava pelos enfermos, eles eram curados. “A família do vice-chefe pensou que eu estaria bravo com eles e me recusaria a ajudar, mas eu vi isso como uma oportunidade de alcançá-los”, compartilha o irmão.

Milagres

Depois de orar e jejuar por três dias, Dano foi à casa do jovem. Quando o rapaz o viu, saiu correndo, e disse: “Esse homem vai me pegar”. Após queimar o santuário que havia na casa, ele clamou o nome de Jesus e, finalmente, o demônio saiu do rapaz. Não somente esse demônio foi expulso, mas todos os espíritos da aldeia foram embora. Alguns líderes religiosos fizeram sacrifícios para os demônios voltassem, mas nada aconteceu. Eles imploraram ao pastor que trouxesse os espíritos de volta. Ele, então, foi orar em cada local de santuário do vilarejo.

No dia seguinte, todos os santuários apareceram queimados. Ninguém sabe como isso aconteceu, foi um milagre. Diante disso, a família do vice-chefe e outras quatro famílias aceitaram a Jesus. Aos poucos, outros moradores da aldeia também vieram a Cristo. Muitos que se opunham ao cristão, passaram a ouvi-lo e acatar suas orientações. Agora todo a aldeia adora a Jesus. O pastor Dano pastoreia uma igreja lá e pretende alcançar mais dois vilarejos budistas. O pastor participou do curso da Portas Abertas sobre aconselhamento para casais. “Muitas das experiências pelas quais passei teriam sido mais fáceis de suportar se eu tivesse tido aconselhamento”, conclui.

*Nome alterado por motivos de segurança. 

Pedidos de oração

  • Louve a Deus pela coragem do pastor Dano e peça por proteção e força para ele e sua família.

  • Agradeça a Deus pelas famílias que aceitaram Jesus e peça que recebam bom discipulado e cresçam na fé.

  • Ore pelos outros dois vilarejos que o pastor deseja alcançar. Que os corações sejam terra fértil para a semente da palavra de Deus.

  • Fonte: Portas Abertas


Pena de morte: sem arrependimento nem perdão

MAURITÂNIA

Governo anuncia que pena de morte por blasfêmia não será revogada mesmo se vítima se arrepender

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Na última sexta-feira, 17, a Mauritânia anunciou que o arrependimento não alterará a pena de morte por blasfêmia ou apostasia. O ministro da justiça, Brahim Ould Daddah, disse: “Todo muçulmano, seja homem ou mulher, que zombe ou insulte Maomé e seu anjos, livros etc, é passível de pena de morte, sem ser ordenado a se arrepender. Estarão sujeitos à pena de morte mesmo que se arrependam”. 
O governo do país da África Ocidental disse em um comunicado que apresentaria um novo projeto de lei para “endurecer as penas para blasfemos”, segundo o site de notícias News24. A Constituição da Mauritânia afirma que o islamismo é a religião do povo e do estado, e quase toda a população é de muçulmanos sunitas. O pequeno número de não-muçulmanos é formado, em sua maioria, por cristãos estrangeiros. Muçulmanos que se convertem ao cristianismo enfrentam pressão da família por serem vistos como alguém que envergonha a tribo ou grupo étnico. 
O anúncio do ministro da justiça seguiu-se a protestos populares de conservadores na semana passada. Eles protestavam contra a libertação, no dia 9 de novembro, de um blogueiro que havia recebido pena de morte por suposta blasfêmia. Cheikh Ould Mohamed Ould Mkheitir estava preso desde janeiro de 2014, quando uma apelação judicial reduziu a pena de morte para dois anos de prisão. Ele foi acusado por um artigo em que criticou “a justificativa religiosa para a discriminação na sociedade mauritana”. 
Mkheitir escreveu, entre outras coisas, contra o mau tratamento da população negra, “resultando numa ordem social iníqua, com uma subclasse marginalizada e discriminada desde o nascimento”, como informa o News24. O país, onde a escravidão foi abolida em 1981, tem um grande contingente de ex-escravos, sendo que Mkheitir é um deles. No entanto, a escravidão ainda é praticada. Embora a Constituição garanta liberdade de expressão e pensamento, na prática isso não é uma garantia.
Fonte: Portas Abertas

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

NÃO SE METAM COM NOSSAS CRIANÇAS! – IDEOLOGIA DE GÊNERO DERROTADA PELA 2ª VEZ NA CÂMARA DE GARANHUNS



Presença da Sociedade Civil Organizada, Direita Garanhuns e Religiosos em defesa da Família.

Mais uma vitória histórica em Garanhuns!

Assim foi definida a Audiência sobre “Ideologia de Gênero” nesta terça-feira (21) na Câmara pelos Vereadores, ao verem os principais representantes das Igrejas Evangélicas, Católica e da Sociedade Civil Organizada na plenária repudiando tal prática tão danosa às nossas crianças e famílias.
Em junho de 2015, o legislativo garanhuense baniu do Plano Municipal de Educação, por 13 votos a 0, qualquer referência aos termos “diversidade” e “gênero” nas atividades pedagógicas da rede municipal de ensino, excluindo na época da meta do PME a questão da identidade de gênero CLIQUE AQUI E RELEMBRE. Agora, o assunto voltou à Casa através do Projeto de Lei 086/2107 de autoria do vereador Audálio Filho. O documento não só ratifica o que foi decidido em 2015 com relação ao Plano Municipal de Educação, como estende a proibição da ideologia de gênero às escolas privadas. “Fica terminantemente proibido na grade curricular de ensino da rede municipal de ensino, a disciplina denominada ideologia de gênero, bem como toda e qualquer disciplina que tente orientar a sexualidade dos alunos ou que tente extinguir o gênero feminino e masculino como gênero humano”, diz o Artigo 1º do projeto.

“A questão da ideologia de gênero tem causado transtorno às famílias de países que já a implantaram, como Suécia e Alemanha. Há um consenso entre pedagogos e psicólogos de que a ideologia de gênero causa um grande prejuízo para as crianças nos países onde ela já foi implantada. Se Deus quiser, no Brasil ela não será implantada. Até porque os planos nacional, estadual e municipal de educação excluíram qualquer referência à ideologia de gênero. Então esse projeto é uma ratificação do que foi decidido em 2015, deixando bem claro que as atividades pedagógicas e complementares não podem ter referência a isso. Quem cuida da sexualidade da criança é a família, não a escola. A escola cuida do saber e do ensino, qualquer inclusão diferente disso é prejudicial às crianças e contra a própria Constituição que garante que é a família o núcleo fundamental do Estado, salientou Audálio Filho.
Ainda segundo o Vereador, a proibição do tema nas escolas não é exclusividade de Garanhuns e dezenas de cidades estão produzindo legislação semelhante para proteger a família. Ele reiterou que a questão da ideologia de gênero não tem nada a ver com a sexualidade nem liberdade de opção sexual, mas sim com uma intromissão errada do Estado na formação familiar.
Especialistas no assunto foram convidados para desmiuçar a polêmica, no plenário e nas comissões. “Precisamos dar um freio nessa terrível ideologia de gênero que tenta despersonalizar o ser humano desde o nascimento. A sexualidade não é uma questão social, mas sim biológica,” disse o parlamentar.

Depois de mais de quatro horas a Audiência foi encerrada com a aprovação de todos os Vereadores presentes, os quais se manifestaram e adiantaram seus votos contra a ideologia de gênero e a favor da Família e das crianças.
A votação oficial ocorrerá na próxima semana.
Cabe às famílias orientar seus filhos em questões morais e sexuais

Fonte: Agreste Violento
http://www.agresteviolento.com.br/nao-se-metam-com-nossas-criancas-ideologia-de-genero-negada-pela-2a-vez-na-camara/

terça-feira, 21 de novembro de 2017

Zimbábue: Como a oração derrotou a ditadura mais longa do mundo

Maior opositor do presidente Robert Mugabe, no poder há 37 anos, é um pastor.


Como a oração derrotou a ditadura mais longa do mundo
Quando iniciou a campanha #thisflag [esta bandeira], o pastor batista Evan Mawarire, 40 anos, não podia imaginar o alcance de suas palavras. Passando por problemas financeiros e família para sustentar, como a maior parte da população do Zimbábue, ele resolveu fazer um desabafo na internet. Enrolou a bandeira do país no pescoço e gravou um vídeo onde reclamava da corrupção que destruía seu país. Na igreja, passou a pedir que os cristãos se unissem em oração, mas também fossem para as ruas protestar.
Com a visível aceitação, começou a gravar outros vídeos. Em pouco tempo Mawarire se tornou uma espécie de “líder da resistência”. Por causa da influência dos vídeos do pastor, que inspiram milhares de pessoas, o próprio presidente passou a chamar seus opositores de “mawarires” em discursos na TV.
De fato, para vários analistas, Evan Mawarire se tornou o líder deste novo movimento cívico contra o governo do Zimbábue. Por iniciativa do pastor, e convocado pelas redes sociais, greves nacionais pararam o país em 2016.
Embora sempre falasse sobre a necessidade de oração e insistisse que seu objetivo não era político, Mawarire acabou sendo preso várias vezes nos últimos dois anos e proibido de falar contra o presidente. Condenado a 20 anos de cadeia por “subversão”, ele passou um total de 22 dias preso, mas recorreu e atualmente está livre. Ao total, ele enfrentou 5 prisões, 19 aparições no tribunal e o confisco de seu passaporte.
No início de 2017, o presidente Mugabe chegou a ameaçar a vida do pastor e de seus seguidores. Ele o acusa de ser um “falso profeta”, patrocinado por governos estrangeiros. Nenhuma outra igreja ou líder religioso fazia oposição direta ao regime corrupto do país até Mawarire iniciar o #thisflag.
Nos últimos dias, a resposta de suas orações parece ter chegado. Robert Mugabe era considerado o ditador mais longevo do mundo. Estava no poder desde 1980, ano em que a independência do Reino Unido foi reconhecida e o país passou oficialmente a ser chamado de Zimbábue. Foram 37 anos de uma ditadura marcada pela corrupção e pelo empobrecimento da nação, onde a maioria dos habitantes está desempregada.
Seu governo chegou ao fim hoje (19), quando foi destituído do cargo de presidente de seu próprio partido, o governista Zanu-PF. O partido deu ainda a Mugabe até o meio-dia desta segunda (20) para renunciar ao cargo de presidente ou enfrentar um impeachment.
Aos 93 anos, ele preparava terreno para que sua esposa Grace, 52, assumisse o controle da nação. O país que já foi uma das grandes potências petrolíferas da África, tem inflação galopante e não se mostrava favorável a continuação do sistema que arrasou sua economia. Porém, todas as manifestações de oposição vinham sendo reprimidas com violência, uma vez que Mugabe controlava o exército. Não por acaso, foi apelidado de “carniceiro”, pela forma implacável como sempre tratou os adversários.
Tudo mudou na semana passada, quando o vice-presidente Emmerson Mnangagwa, que tem estreitas ligações com os militares, colocou Mugabe e sua família em prisão domiciliar. Durante dias o presidente negociou sua saída do poder. O Zimbábue será governado interinamente por Mnangagwa. Ainda não há datas para a realização de eleições, mas promessa é que ocorram nos próximos meses.
Mas esse não foi somente mais um golpe militar, tão comum no continente africano. Nos últimos dias, os moradores do país voltaram a encher as ruas, pedindo o fim da ditadura sem medo de repressão. Milhões de cidadãos desfilaram com faixas, cartazes, bandeiras do país e uma das principais vozes na mídia nacional continua sendo a de Evan Mawarire.
Pela internet, o pastor convoca os cristãos a continuarem orando pelo país e iram para as ruas pedir a saída do presidente. Em meio aos protestos, a imagem de cristãos ajoelhando, em oração, com a bandeira em volta do pescoço tornou-se relativamente comum. Nas manifestações, o povo comemora.  “É como o Natal”, disse Fred Mubay, um cidadão que acredita que o sofrimento dos zimbabuanos está chegando ao fim.
“Posso dizer que este é o nosso segundo dia da independência, algo que esperamos por muito tempo”, comemora Nyikayaramba, 32 anos. “Nós sofremos, e eu louvo a Deus que isso finalmente aconteceu. É um ótimo momento para ser zimbabuano”.
Num acontecimento inédito, a Zimbabwe Broadcasting Corporation, emissora oficial do governo, decidiu transmitir ao vivo o comício improvisado que reuniu milhares na capital Harare nesta sábado (18). Um dos principais oradores foi o pastor Evan Mawarire, que segurava sua bandeira e dava graças a Deus pela intervenção. Na mídia ocidental, sua figura continua sendo apontada como a de um dos principais líderes no clamor nacional pela saída do presidente.
E tudo começou com uma oração.
 POR JARBAS ARAGÃO
 https://noticias.gospelprime.com.br/fim-de-ditadura-zimbabue-pastor-robert-mugabe-oracao/

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Ateus tentam barrar oração em escola, mas alunos se unem e vivem avivamento


Enquanto ateus reúnem esforços para acabar com as expressões de fé dentro das escolas, os próprios alunos estão incentivando uns aos outros através da oração.
Alunos fizeram uma oração com outros estudantes nas arquibancadas antes do jogo. (Foto: Fox 5 Atlanta)
Alunos fizeram uma oração com outros estudantes nas arquibancadas antes do jogo. (Foto: Fox 5 Atlanta)

treinador de futebol de um colégio nos Estados Unidos se tornou alvo da crítica de ateus, depois que foi divulgado um vídeo registrando um momento de oração com os alunos antes de entrarem em campo.
John Small, que trabalha no colégio East Coweta, no estado da Geórgia, recebeu uma carta da organização ateísta Freedom From Religion Foundation, argumentando que seu envolvimento com a oração dos alunos viola a Constituição dos EUA.
Diante das queixas dos ateus, o conselho escolar emitiu um comunicado afirmando que os treinadores não poderiam “participar, inclinar suas cabeças ou manifestar aprovação” durante as orações lideradas pelos alunos.
“Não temos permissão para estar no meio disso, mas temos o direito de estar com nossos jogadores. Não precisamos fugir”, disse John ao site Christian Post. “Se minha cabeça está curvada, ninguém pode me dizer o que estou pensando. Não estou liderando a oração. Estou lá apoiando meus filhos”.
Embora o conselho escolar tenha firmado apoio à organização de ateus, John tem recebido apoio de grande parte da comunidade. Nesta quinta-feira (16), a Sociedade de Atletas Cristãos irá realizar um movimento de oração dentro do Estádio Garland Shoemake, no Condado de Coweta.
“Estamos obviamente sendo atacados o tempo todo. Essa batalha não é carnal. Esta é uma batalha contra os principados da escuridão. É o que a Palavra diz”, esclarece o treinador.
Rob Brass, diretor da Sociedade de Atletas Cristãos em Atlanta, acredita que um movimento de oração como este é uma reação natural para os seguidores de Cristo. “Como o treinador disse, esta é uma guerra espiritual. A primeira coisa que somos chamados a fazer é orar”, disse ele.
Enquanto ateus reúnem esforços para acabar com as expressões de fé dentro das escolas, os próprios alunos estão incentivando uns aos outros através da oração. No primeiro jogo após os treinadores serem limitados pelo sistema escolar, os jovens atletas se reuniram para orar com o público antes do jogo.
“Nossos alunos fizeram um ótimo trabalho e lideraram uma oração com outros estudantes que estavam nas arquibancadas antes do jogo. Em vez de serem 100 jogadores orando, foram mais de 400 estudantes orando”, conta John.
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE THE CHRISTIAN POST


Muçulmanos radicais invadem aldeia e matam nove cristãos, na Nigéria

Além dos mortos, três ficaram gravemente feridos e estão recebendo tratamento em hospital.
Foi acionado um pedido de prisão para os extremistas. (Foto: Reprodução).
Foi acionado um pedido de prisão para os extremistas. (Foto: Reprodução).

Nove cristãos foram sepultados na Nigéria depois que um grupo de muçulmanos os emboscaram e mataram no início da semana passada. As vítimas, todos os membros da Igreja de Cristo nas Nações (COCIN), foram enterradas após um culto fúnebre na área do governo local de Riyom, no estado do platô. Eles foram mortos e outros três ficaram gravemente feridos, na última terça-feira (7).
O massacre aconteceu de noite, por volta das 19:30, na aldeia Rim, quando eles voltavam de um mercado. Em relato para a Morning Star News, Gyang Dahoro (líder da igreja) identificou os mortos: Felix Ngwong, 34; Gyang Emmanuel, 29; Chuwang Bitrus, 31; Daniel Nini, 52; Dagam Danbwarang, 29; Rueben Danbwarang, 25, Sunday Danbwarang, 52; Dachollom Shom, 37; e Daniel Shom, 45.
Dahoro disse que o os membros que ficaram feridos foram Dalyop Bwede, Darwang Samuel e Toma Sunday. Eles estão recebendo tratamento no Hospital do Plateau State Specialist em Jos.
O Rev. Dacholom Datiri, presidente do COCIN, confirmou o assassinato de membros de sua igreja.  "Estamos entristecidos novamente por mais um ataque aos membros da nossa igreja", disse ele. "Nós continuamos a ser forçados a lamentar a morte de alguns dos nossos membros por nenhuma causa justa. Seja como for, nossa fé depende de Jesus Cristo, nosso Salvador", salientou.
Istifanus Gyang, membro do parlamento na Assembléia Nacional da Nigéria, criticou os incessantes ataques contra os cristãos no estado do Platô. Gyang disse que eles foram cometidos por "assassinos com sede de sangue e milícias terroristas". Além disso, afirmou que os extremistas estavam realizando um "banditismo implacável e matança brutal" para destruir as comunidades cristãs e ocupar suas terras.
"Devemos, portanto, superar esta fase, como está escrito: ‘O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã’", disse ele.
Um ataque semelhante foi realizado na mesma área algumas semanas atrás, quando uma mulher cristã, seu filho e uma filha foram brutalmente mortos por muçulmanos armados, que invadiram comunidades cristãs nos estados centrais da Nigéria do platô, Kaduna, Benue Taraba e Níger.
O presidente do Conselho de Riyom, Emmanuel Damboyi, pediu a prisão de líderes muçulmanos em Riyom, de acordo com o jornal da Nigéria The Nation, já que prometeram atacar as comunidades de Berom devido ao suposto assassinato de um garoto de etnia Fulani que estava desaparecido. Os líderes fizeram a ameaça em uma reunião do Conselho de Segurança, de acordo com Damboyi.
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO CHRISTIAN HEADLINES



Igreja perde mais da metade dos fiéis após declarar apoio ao casamento gay

Após seu pastor declarar que a denominação realizaria casamentos entre pessoas do mesmo sexo, a igreja 'GracePointe' teve um declínio na membresia.
Igreja GracePointe perdeu mais da metade dos membros após anunciar seu apoio oficial ao casamento gay. (Foto: Podbean)
Igreja GracePointe perdeu mais da metade dos membros após anunciar seu apoio oficial ao casamento gay. (Foto: Podbean)

Uma congregação evangélica de Nashville que ganhou as manchetes norte-americanas depois que seu pastor anunciou que a igreja realizaria casamentos entre pessoas do mesmo sexo agora está vendendo o terreno de seu templo e se mudando para um espaço alugado. O motivo da mudança foi o considerável declínio na membresia da igreja, após o polêmico anúncio de seu líder.
Após anunciar o apoio ao casamento gay em 2015, o Pastor Stan Mitchell da Igreja 'GracePointe', em Franklin (Nashville) no Tennessee, foi entrevistado pela revista Time.
Elizabeth Dias, da Revista Time, identificou a GracePointe como "uma das primeiras megaigrejas evangélicas do país a defender abertamente a plena igualdade e inclusão da comunidade LGBTQ".
Mas o que ele pensou ser um "grande avanço" na verdade significou uma notável queda. A comunidade, que comustava ter uma frequência de mais de 2.000 pessoas em seus cultos dominicais, agora tem 800 fiéis, no máximo.
Segundo um artigo do jornal 'Nashville Scene', publicado em 2015, o declínio da membresia já podia ser claramente notado, logo após o polêmico anúncio de seu pastor. Tanto os membros da Junta de Anciãos da igreja quanto metade da congregação de 2.200 pessoas rapidamente decidiram sair da congregação.
"O esperado 'final feliz' não se materializou", informou o jornal. "Os membros deixaram a congregação e o próprio destino da igreja está em risco".
As mudanças, em última instância, não se limitaram aos ensinamentos sobre sexualidade. Em agosto, a Nashville Star informou que GracePointe compartilharia espaço com outra congregação progressista, agora descrevendo-se como "não apologética" e aberta ao "diálogo inter-religioso".
Um visitante de um culto recente contou aproximadamente 240 pessoas na ocasião, apenas uma fração do número que permaneceu na época das decisões do pastor Stan Mitchell.
"O abraço público das pessoas LGBTQI e relações homossexuais por Mitchell e pela Igreja GracePointe em 2015 levou a um grande declínio de sua membresia e consequemente de sua receite [dízimos]", informou o 'Out & About Nashville' em setembro. "O templo quase vazio é a prova de um êxodo dos congregantes durante dois anos".
A GracePointe decidiu vender a capela modernista de 12.000 metros quadrados e a propriedade de 22 acres onde a igreja se reunia desde 2009. A propriedade, inicialmente anunciada em fevereiro por US$ 7,5 milhões, caiu para US$ 5,7 milhões em março e US$ 4,9 milhões em abril de acordo com registros imobiliários da cidade. O imóvel agora está sendo negociado e a venda pode se concluir até o final do ano.
A perda de mais da metade da congregação prejudicou a estabilidade financeira da GracePointe, segundo o próprio pastor Mitchell disse ao site 'Out & About Nashville'. A congregação espera que a venda da propriedade da igreja, juntamente com o orçamento e os cortes de funcionários, melhorem as finanças.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO CHRISTIAN POST




quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Como Deus fala conosco?

image from google


Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias, nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o universo. (Hb 1.1,2)

Introdução

Quando perguntamos “como Deus fala conosco?” diversas respostas podem ser formuladas. Por exemplo, se olharmos para o texto bíblico acima, algumas respostas já podem ser dadas. Ao consideramos a progressividade do Antigo Testamento vemos em algumas passagens Deus falando de forma audível, usando um anjo, os profetas ou até mesmo com o próprio dedo.

Parece ser uma questão infantil essa pergunta, mas ela pode definir toda a questão e uma cosmovisão. E quando olhamos para o passado, por exemplo, na Reforma Protestante ou até mesmo antes, essa pergunta faria todo o sentido tal como nos dias de hoje.

Naquela época os reformadores lutavam pela autoridade das Escrituras e contra o Catolicismo Romano que comparava a autoridade da Tradição igual ao das Escrituras. Ou seja, aquilo que a Tradição falava, mesmo que sem referência bíblica, era como se Deus estivesse falando com o Seu povo.

No entanto, todo aquele que quisesse lutar pela autoridade das Escrituras sofreram, ao ponto de darem sua vida em fidelidade a Deus. Em meados de 1173 um mercador, chamado Pedro Valdo, doou tudo o que tinha e decidiu seguir a vida eclesiástica, pregando e traduzindo as Escrituras para a língua local; dizendo que todos deveriam ler a Palavra de Deus. Porém, ele foi proibido de pregar o Evangelho, pois, com base em Atos 5:39, dizia que devemos, primeiramente, obedecer a Deus e não aos homens. Ele dizia isso contestando a autoridade da Igreja. Além desta doutrina, ele contestava a doutrina do Purgatório, culto aos santos e a importância das relíquias sagradas.

Um outro exemplo disso é o próprio Jan Hus, o ganso. Esse homem descobre os escritos de John Wycllif¹ e começa a divulgá-los, sem contar a briga que ele teve contra as indulgências e a autoridade do papa, dizendo que Cristo sim, era o cabeça da igreja. Mas em 4 de maio de 1415 ele foi tido como herege. Em 6 de julho do mesmo ano ele recusou negar seus escritos, e em praça pública ele foi morto. 

Portanto, perceba que não é uma questão simplória perguntar como “Deus fala conosco”. Quando a Escritura é posta em primeiro lugar, aquele que a defende certamente sofrerá. 

Lutero, Zwinglio, Calvino, a Tradição e as Escrituras

Por se tratar da Reforma Protestante, três pessoas nos vem a mente quando tratamos da Escritura, a Palavra de Deus: Martinho Lutero, Zwinglio e Calvino. 

Em 1519, dois anos após Lutero pregar na porta do castelo de Wittenberg as 95 Teses, Lutero é convocado para um debate público com Johann Eck o qual acusara o Reformador de defender as mesmas teses que Jan Huss. E com essa acusação Eck dizia a Lutero que, o que o alemão estava defendendo já tinha sido condenado pela a Igreja Católica. Entretanto, para Lutero, com essa afirmação feita por Eck, o que estava em jogo era a autoridade da Igreja em contraste com a autoridade das Escrituras. Lutero preferiu ficar com as Escrituras, dizendo:
Respondo que, certa vez, Deus falou por meio da boca de asno. Direi diretamente o que penso. Sou teólogo cristão, e sinto-me obrigado a não somente afirmar, como também defender a verdade com meu sangue e minha morte. Creio livremente e não serei escravo da autoridade de ninguém, seja concilio, uma universidade ou um papa.

Nem só de teologia viverá o homem, mas de toda salsicha que ele poderá comer. Em 1522, em plena Quaresma², período esse que só pode comer verduras, legumes e peixes, Zwinglio, juntamente com um grupo de, em média, 12 pessoas, se empanturraram de salsichas. Após sete dias Zwinglio produziu um panfleto no qual argumentou que o que estava em jogo não era as salsichas, mas que a Bíblia nada diz sobre o não comer salsichas na Quaresma. E em 1523 Zwinglio escreve suas famosas 67 Conclusões.

No Evangelho e do Evangelho aprendemos que as doutrinas e os preceitos humanos não ajudam em absolutamente nada para a salvação. (Artigo 16)
Cada cristão é livre para fazer qualquer obra que não esteja ordenada por Deus, podendo comer a qualquer tempo, qualquer alimento que quiser. E, disto deduzimos que as datas estabelecidas quanto ao comer queijo e a manteiga, é um engano papista. (Artigo 25)
Os poderes do Papado e do episcopado, junto à exigência, prepotência e orgulho espiritual que ostentam, não tem nenhum fundamento na sagrada letra, nem na doutrina de Cristo. (Artigo 34)³ 

O que um herege precisa, manicômio ou refutação? Quando olhamos para Calvino, tanto em suasInstitutas ou a carta em Resposta ao Sacerdote Sadoleto, ele é curto e grosso. 


Ao tratar sobre a autoridade da igreja romana, Calvino diz que tais tradições serviam para “estrangular das míseras almas”⁴, pois elas oprimem tiranicamente a consciência dos fiéis.
Importa reconhecer um Rei único, Cristo, seu libertador, e que sejam regidos somente por uma lei da liberdade, isto é, da sagrada Palavra do Evangelho.⁵

Ou seja, para Calvino, além da tradição ser algo que vai contra o Evangelho, ela também colocava um fardo pesado sobre as costas do fiel, fazendo com que tal pessoa ficasse escravizada e a consciência sobrecarregada. 

Quando Sadoleto, sacerdote católico, escreve para o povo de Genebra, ele faz seu argumento contra Calvino dizendo que o mesmo fez com que o povo se desviasse, não primeiramente de Cristo, mas “do caminho dos pais e seus ancestrais, da eterna doutrina da Igreja Católica e que tudo encheram com suas querelas e sedições; aliás, esse sempre foi o costume daqueles que atacam a autoridade da Igreja”.⁶ 

Perceba, quando Sadoleto acusa Calvino de fazer o povo desviar, o foco dele não é Cristo e Sua Palavra, mas os pais [da igreja], os ancestrais, a doutrina da Igreja Católica e da tradição. Em nenhum momento esse sacerdote diz que Calvino fizera o povo desviar de Cristo. E Calvino responde: 
Pomos a Palavra de Deus acima de qualquer juízo dos homens, temos, finalmente, concedido que os concílios e os santos Pais têm certa autoridade, desde que estejam de acordo com a Palavra de Deus; portanto, julgamos esses concílios e os santos pais dignos de honra e do lugar que ocupam, tão somente se estiverem razoavelmente sob Cristo.⁷

Os Livros Apócrifos

Para os teólogos medievais, as Escrituras eram as obras incluídas na Vulgata⁸, isso incluía os livros apócrifos. No entanto, os Reformadores questionaram essa definição. Eles entenderam que os livros apócrifos não poderiam fazer parte do cânon bíblico, pois na Bíblia hebraica eles não apareciam, somente na Bíblia grega e latina. 

No primeiro ano da edição completa da Bíblia alemã de Lutero, os livros apócrifos foram colocados no final da Bíblia como livros “mais ou menos úteis para a vida cristã”.⁹ Para Calvino os livros apócrifos não deveriam ser tomados como Palavra de Deus: 
Portanto, seja este um sólido preceito: não se deve ter outra Palavra de Deus, a que se dê lugar na Igreja, senão aquela que se contém, primeiro na Lei e nos Profetas, então nos Escritos apostólicos; nem outro modo de ensinar a igreja corretamente, senão aquele prescrito e normativo dessa Palavra.¹⁰

Da mesma forma, Zwinglio afirmou que os livros apócrifos valem a pena serem lidos, mas nunca igual as Escrituras, pois se portam como imitação das Escrituras.¹¹

Sendo assim, como podemos saber que um livro poderia ou não ser colocado como canônico? Mas, antes de mostrar, de forma básica, como poderemos ver isso; o que dizer do argumento católico de que os apócrifos são válidos porque são citados no Novo Testamento? Primeiro, o Novo Testamento também cita livros pseudoepígrafos (Ascensão de Moisés citado por Judas 9; Livro de Enoque citado por Judas 14, 15) os quais foram rejeitados pela própria Igreja Católica¹², sem contar que o apóstolo Paulo cita alguns filósofos: Em Atos 17.28 Paulo faz uma citação de um poeta do século IV antes de Cristo, Epiménedes de Cnossos; Em 1Co 15.33 Paulo faz uma citação de um provérbio retirado de um poema grego, Menandro; E em Tito 1.12 Paulo diz que o poema de Epiménedes de Cnossos era profético. 

Segundo, o fato das Escrituras citar um autor não bíblico, não quer dizer que tudo o que ele escreveu é inspirado. Como podemos ver acima, Paulo cita filósofos não cristãos e ainda assim não consideramos todos os seus escritos como Palavra de Deus, mas só o que fora citado. Da mesma maneira podemos ver o capítulo 4 de Daniel, o qual foi escrito por Nabucodonosor. Ou seja, somente os textos que compõem a Sagrada Escritura são inspirados. Se há outros textos de autores citados na Bíblia que não estão entre os canônicos, esses não são inspirados por Deus. Portanto, qual o critério que podemos tomar para testar a canonicidade dos livros? Primeiro, ser escrito por um profeta ou uma pessoa com o dom de profecia. Segundo, um livro que fosse relevante não só para seu tempo como para todos os tempos e todas as épocas, bem como escrito de acordo com as revelações anteriores. Ou seja, esse livro não pode contradizer a mensagem de outros escritos.¹³

Seguindo o conselho do Rev. Augustus Nicodemus em uma palestra da Editora Fiel, basta ler os apócrifos ou os pseudoepígrafos que veremos de cara que não são livros inspirados. Por exemplo, quando lemos 2Mc 12.44 vemos o texto mostrando que devemos orar pelos mortos e oferecer sacrifício pelo mesmo para que seus pecados sejam pagos. Mas se compararmos esse texto com outros da Escritura, ele ainda assim seria verdadeiro?
Se ele não esperasse que os mortos que haviam sucumbido iriam ressuscitar, seria supérfluo e tolo rezar pelos mortos. Mas, se considerasse que uma belíssima recompensa está reservada para os que adormeceram piedosamente, então era santo e piedoso o seu modo de pensar.  Eis porque ele mandou oferecer esse sacrifício expiatório pelos que haviam morrido, afim de que fossem absolvidos do seu pecado”. (2 Mac 12,44s)

Compare:
Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida. (João 5.24 – negrito acrescentado)
Nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção. (Hebreus 9.12 – negrito acrescentado)
Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso. (Lucas 23.43)
Ora, de um e outro lado, estou constrangido, tendo o desejo de partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor. (Filipenses 1.23)

Observe que os textos acima, como João 5.24 e Hebreus 9.12, mostram que Cristo propôs eterna redenção não estando mais sob o juízo da morte, mas estando sob a vida eterna (Jo 6.47). Do mesmo modo, Lucas 23.43 e Filipenses 1.23, mostram que após a morte o salvo vai direto para o encontro de Cristo. Ou seja, esses textos, bem como outros da Escritura, não mostram uma parada, uma escala entre o purgatório e o céu, da mesma forma uma escala entre o purgatório e o inferno (cf. a parábola do Rico e Lázaro – Lucas 16.19-31).

Outros textos que podemos analisar, sem dar risada, são textos que mostram a infância de Jesus. No livro A infância do Salvador, um livro pseudoepígrafo, encontramos esse relato: 
CERTA VEZ aconteceu que muitos meninos seguiam Jesus para divertirem-se em sua companhia. Mas havia um pai de família que, irado ao ver que seu filho ia com Jesus, e para que não o seguisse mais, prendeu-o numa torre fortíssima e muito sólida, sem buraco nem entrada alguma além da porta e de uma janelinha estreitíssima, que apenas deixava passar um pouquinho de luz; e a porta estava bem escondida e trancada. E aconteceu que um dia Jesus aproximou-se dali com seus companheiros para brincar. Ao ouvi-los, o menino encarcerado pôs-se a gritar junto à janela da seguinte maneira: "Jesus, queridíssimo companheiro, ao ouvir tua voz minha alma regozijou-se e senti-me cheio de alívio. Por que me deixas aqui encarcerado?" Jesus foi até ele e lhe disse: "Estende-me uma mão ou um dedo pelo buraco". E tendo feito isto, Jesus pegou a mão daquele menino e o tirou através daquela estreitíssima janelinha. E o menino foi embora em sua companhia. Jesus disse-lhe: "Reconhece o poder de Deus e na tua velhice conta o que Deus te fez na tua infância".¹⁴ 

Veja agora no livro Pseudo-Tomé, Narrações sobre a infância de Jesus
Encontrava-se ali presente o filho de Anás, o escriba, e teve a ideia de fazer escoar as águas represadas por Jesus, usando uma planta de vime. Ante essa atitude, Jesus indignou-se e disse: — Malvado, ímpio e insensato. Será que as poças e as águas te estorvavam? Ficarás agora seco como uma árvore, sem que possas dar folhas, nem raiz nem frutos. Imediatamente o rapaz tornou-se completamente seco. Os pais pegaram o infeliz, chorando a sua tenra idade, e o levaram ante José, maldizendo-o por ter um filho que fazia tais coisas.¹⁵ 
De outra feita, Ele andava em meio ao povo e um rapaz que vinha correndo esbarrou em suas costas. Irritado, Jesus disse-lhe: — Não prosseguirás teu caminho. Imediatamente o rapaz caiu morto.¹⁶

Portanto, o próprio texto desses livros provam que são livros que não foram inspirados por Deus, pois não se encaixam em nenhuma outra passagem das Escrituras e ferem o caráter de Cristo. 

As Escrituras, a Autoridade da Igreja e as nossas Confissões. Há alguma diferença? 

Vimos acima que a Autoridade da Igreja [Católica], ou Tradição, eram detentoras da correta interpretação das Escrituras e tudo quanto eles decidissem deveria ser aceito e não revogado. 

Mas, e quando olhamos para as nossas confissões reformadas, como por exemplo, a de Westminster, e dizemos que a subscrevemos, não estaríamos nós se portando da mesma maneira como a igreja católica? Por exemplo, a Igreja Presbiteriana do Brasil no Artigo 1 diz que aceita “como sistema expositivo de doutrina e prática a sua Confissão de Fé e os Catecismo Maior e Breve”.¹⁷ E também mostra que seus ministros e oficiais devem aceitar também esses documentos.¹⁸ 

A diferenciação começa pelas definições dos termos. Para a Igreja Católica a Tradição é igualada às Escrituras, contendo toda a doutrina revelada.¹⁹ Já os Símbolos de Fé, como o próprio Manual Presbiteriano os definem, são sistemas expositivos de doutrinas e práticas como explica o Dr. Heber: 
A definição de uma confissão não difere basicamente da de um credo, senão na forma. Uma confissão contém mais ou menos os mesmos elementos de um credo, mas de forma bem mais elaborada, com detalhes que um credo não possui, por ser mais conciso. Uma confissão aborda mais assuntos do que um credo, e os apresenta de forma mais sistemática.²⁰ 

Um segundo ponto que podemos levantar quanto a diferenciação é a possibilidade de mudança. Se a Tradição é igualitária às Escrituras, logo elas não possuem erros e não podem ser mudadas. Mas, como vimos acima, a doutrina do Purgatório, por exemplo, é facilmente contestada por outras passagens do Novo Testamento, bem como também a utilização dos livros apócrifos. No entanto, quando se trata da Confissão de Fé de Westminster já houveram mudanças e acréscimos. Uma mudança que é discutida até hoje por alguns foi a retirada de um trecho do capítulo XXIII sobre o Magistrado Civil e a utilização das autoridades seculares para suprimir pessoas que blasfemam e propagam heresias.²¹ Entretanto, essa mudança que fora feito pode ser explicada de duas maneiras: As formas de aplicação de punição contra aqueles que pervertiam as doutrinas na Antiga Aliança não são as mesmas que o Estado aplica e o sistema de Governo são totalmente diferentes e é uma contradição em si mesmo. O texto III do Magistrado Civil mostra que os magistrados não podem assumir para si a administração da Palavra, dos Sacramentos e das chaves do Reino dos céus, mas podem suprimir todo tipo de perversão. Com base no quê? 

Sendo assim, há uma enorme diferença entre a Tradição Católica e a subscrição dos Símbolos de Fé.  

Quando nós invalidamos a autoridade das Escrituras

De que maneira nós invalidamos a autoridade das Escrituras? De duas maneiras.

Em primeiro lugar nós podemos nos remeter ao Éden, quando os nossos primeiros pais desobedeceram a Palavra de Deus. Deus, ao criar tudo e o primeiro casal, deu-lhes ordens para que não comessem do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal (Gn 2.17) que estava no jardim. No entanto, ao estarem diante da serpente a autoridade da Palavra de Deus tinha sido colocada em xeque. Pois, Deus havia dito que se eles comessem certamente morreriam, mas a serpente disse que se eles comessem “certamente não morreriam” (Gn 3.4). De que maneira o casal poderia analisar tal confrontação? Por achismo? Pela circunstância? Ou pela relatividade da verdade? Na verdade, o casal fez uma investigação apurada dos fatos e concluiu: Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu e deu também ao marido, e ele comeu.” (Gn 3.6)

O final nós já sabemos. Eles desobedeceram a Deus, mas essa desobediência não trouxe condenação somente aos dois, mas a toda posteridade depois deles, pois julgaram o que eles decidiram como certo e a Palavra de Deus errada.

Ao longo da história bíblica vemos os personagens bíblicos sofrendo porque invalidaram a autoridade das Escrituras e até mesmo o povo escolhido de Deus, sendo levado para o exílio porque transgrediram os mandamentos do Senhor. 

Por que se submeter à autoridade das Escrituras? 

PORQUE ELA É A PALAVRA DE DEUS

O próprio Deus a inspirou (2Timóteo 3.16) sendo uma revelação d'Ele mesmo. A Bíblia revela a vontade de Deus para com o Seu povo como um manual de instruções. Os manuais que conhecemos, como os de eletrodomésticos, mostram diversas páginas de como usar tal equipamento e algumas páginas no final mostrando a quem devemos recorrer caso algo dê errado. As Escrituras, como manual, aponta algumas páginas de como Deus disse para usarmos aquilo que Ele criou, bem como demonstra em mais de 90% desse manual o que fazer caso algo dê errado. A Escritura é trinitariana. Ela é inspirada por Deus, mediante a ação do Espírito Santo em seus servos para revelar a Jesus Cristo (cf. 1Pedro 1.10-12).

CRISTO E A SUA PALAVRA SÃO UM

Quando afirmamos que Cristo e a Sua Palavra são um, isso não quer dizer que estamos venerando um livro, estamos afirmando que nele encontramos - não em uma parte, mas em toda a Escritura - a voz de Cristo e as ações do nosso Salvador desde a Antiga Aliança. 

Um exemplo disso é quando olhamos para Atos 1.1. Lucas começa o seu relato afirmando que eram “...todas as coisas que Jesus começou a fazer e a ensinar”. Ou seja, o Evangelho de Lucas não é só Palavra de Deus, mas são as ações do próprio Cristo, a Palavra encarnada.

Outro texto que mostra essa relação do nosso Senhor e de Sua Palavra, é João 15.4,7: permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira, assim, nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim. Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito. Veja, o texto mostra que os discípulos de Jesus devem estar unidos a Ele, da mesma maneira unidos à Sua Palavra. Não existe a possibilidade de dizer que está unido a Cristo e distante da Palavra, ou estar unida à Palavra e distante de Cristo.

Respondendo a pergunta feita no início, “Como Deus fala conosco?”: Ele fala por meio de Sua Palavra.
Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade. João 17.7

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Notas:
[1] Wycllif foi tido como o precursor da Reforma Protestante, não somente como tradutor das Escrituras, mas como aquele que lutou contra a autoridade do papa. Cf. "História da Teologia Cristã", Roger Olson, Ed. Vida, páginas 365 a 370.
[2] A Quaresma é o período de preparação para a Páscoa do Senhor, cuja duração é de 40 dias. Tal período, portanto, inicia-se na Quarta-Feira de Cinzas e se estende até o Domingo de Ramos, uma semana antes da Páscoa. O período é, assim, marcado pela penitência, pela realização constante de jejuns, pela conversão e pela preparação dos catecúmenos para o batismo. Fonte: <http://www.portalcatolico.org.br/single-post/2017/02/28/O-tempo-da-Quaresma> Acesso em: 07/09/17 
[3] As 67 Conclusões de Ulrico Zwinglio. Traduzido por: Rev. Ewerton B. Tokashiki. Fonte: <https://www.academia.edu/2419171/As_67_Conclus%C3%B5es_de_Ulrich_Zwingli> Acesso em: 07/09/17
[4] Institutas, IV, 10, 1
[5] Institutas, IV, 10, 1
[6] Carta de Calvino ao cardeal Sadoleto. Disponível em: <http://projetocasteloforte.com.br/wp-content/uploads/2017/03/DE-CALVINO-AO-CARDEAL-SADOLETO-COM-CAPA.pdf> Acesso em: 08/09/17
[7] Ibid.
[8] Cf. MCGRATH, Alister E. Teologia Histórica: Uma introdução à História do Pensamento Cristão. São Paulo: CEP, 2007, p.196
[9] BACKUS, Irena. Apócrifos. In: GISEL, Pierre (Org.) Enciclopédia do protestantismo: teologia, eclesiologia, filosofia, história, cultura, sociedade, política. – São Paulo: Hagnos, 2006, p.82
[10] Institutas, III, 8, 8
[11] JACKSON, S. Zwingli’s Influence, and His View of the Apocrypha. Fonte: <https://zwingliusredivivus.wordpress.com/2013/10/21/zwinglis-influence-and-his-view-of-the-apocrypha/> Acesso em: 09/09/17
[12] Cf. Sessão IV – Os Livros Sagrados e a Tradição dos Apóstolos. Fonte: <http://www.montfort.org.br/bra/documentos/concilios/trento/#sessao4> Acesso em: 09/09/17
[13] Cf. ARNOLD, Bill T. e BEYER, Bryan E. Descobrindo o Antigo Testamento: uma perspectiva cristã. – São Paulo: CEP, 2001, p.22
[14] A infância do Salvador. In: PROENÇA Eduardo de (Org). Apócrifos e pseudoepígrafos da Bíblia – vol. 1. 17ª ed. – São Paulo: Fonte Editorial, 2017, p. 431
[15] Evangelho Pseudo-Tomé, 2017, ibid. p. 509-510
[16] Ibid. p. 510
[17] Manual Presbiteriano, Art. 1
[18] Manual Presbiteriano, Art. 119
[19] A Escritura e a Tradição da Igreja são Palavra de Deus, ensinamentos divinos. Fonte: <https://formacao.cancaonova.com/igreja/doutrina/o-que-e-a-tradicao-da-igreja/> Acesso em: 09/09/17
[20] CAMPOS, Heber Carlos de. A Relevância dos Credos e Confissões. In: Fides Reformata II:2 (jul-dez 1997), 97. 
[21] III. Os magistrados não podem assumir para si a administração da Palavra e dos sacramentos ou o poder das chaves do Reino do Céu (2Cr 26:18 com Mt 18:17 e Mt 16:19; 1Co 12:28,29; Ef 4:11,12; 1Co 4:1,2; Rm 10:15; Hb 5:4); mas, ele tem autoridade, e é o seu dever, fazer com que a paz e a unidade sejam preservados na igreja, que a verdade de Deus seja mantida pura e inteira; que todas as blasfêmias e heresias sejam suprimidas; todas as corrupções e abusos do culto e da disciplina sejam impedidos ou reformados; e todas as ordenanças de Deus sejam devidamente estabelecidas, administradas e observadas (Is 49:23; Sl 122:9; Ed 7:23,25-28; Lv 24:16; Dt 13:5,6,12; 2Rs 18:4; 1Cr 13:1-9; 2Rs 23:1-26; 2Cr 34:33; 2Cr 15:12,13). Para uma melhor eficácia destas coisas, ele tem poder para convocar sínodos, estar presentes neles, e providenciar para que o que quer que tenha sido decidido neles esteja de acordo com a mente de Deus (2Cr 19:8-11; 2Cr 29 e 30; Mt 2:4,5) <https://goo.gl/FCgaRw>. Compare com a Confissão adotada pela IPB: II. Os magistrados civis não podem tomar sobre si a administração da palavra e dos sacramentos ou o poder das chaves do Reino do Céu, nem de modo algum intervir em matéria de fé; contudo, como pais solícitos, devem proteger a Igreja do nosso comum Senhor, sem dar preferência a qualquer denominação cristã sobre as outras, para que todos os eclesiásticos sem distinção gozem plena, livre e indisputada liberdade de cumprir todas as partes das suas sagradas funções, sem violência ou perigo. Como Jesus Cristo constituiu em sua Igreja um governo regular e uma disciplina, nenhuma lei de qualquer Estado deve proibir, impedir ou embaraçar o seu devido exercício entre os membros voluntários de qualquer denominação cristã, segundo a profissão e crença de cada uma. E é dever dos magistrados civis proteger a pessoa e o bom nome de cada um dos seus jurisdicionados, de modo que a ninguém seja permitido, sob pretexto de religião ou de incredulidade, ofender, perseguir, maltratar ou injuriar qualquer outra pessoa; e bem assim providenciar para que todas as assembléias religiosas e eclesiásticas possam reunir-se sem ser perturbadas ou molestadas. <http://www.monergismo.com/textos/credos/cfw.htm> 

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Autor: Denis Monteiro
Divulgação: Bereianos

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