sábado, 30 de dezembro de 2023

Cristãos ajudam refugiados palestinos no Egito: ‘A igreja está mostrando a luz de Cristo’

Refugiados em acampamento. (Foto: Reprodução/Unsplash/Julie Ricard)

A Igreja egípcia está trabalhando para evangelizar refugiados à medida que as tensões aumentam na Faixa de Gaza.

A TV cristã SAT-7 explicou como o Egito, que faz fronteira com Gaza, está respondendo à guerra e ajudando a salvar vidas. 

Recentemente, o Egito tem ajudado a facilitar a libertação de reféns e, desde o início do conflito, enviou mais de 25.000 toneladas de kits de emergência à Gaza.

O país está rodeado por nações devastadas pela guerra e tem servido como refúgio para refugiados do Sudão, Síria, Iémen, Líbia e Gaza.

De acordo com o Mission Network News, o Egito permitiu que cerca de 400 refugiados palestinos entrassem no país para receber tratamento médico.

A igreja egípcia está trabalhando para evangelizar essas pessoas à medida que as tensões aumentam.

Família refugiada

O programa “You Are Not Alone” da SAT-7 entrevistou Adam Al Madhoun, que fugiu para o Egito em busca de tratamentos médicos para sua filha de quatro anos. 

A menina teve o braço amputado, fraturas no crânio, quadril e perna, após um ataque com mísseis enquanto a família procurava abrigo em Gaza.

Adam só conseguiu cuidar das lesões de Kanzi, sua filha, quando chegaram ao Egito e foram recebidos por cristãos que ofereceram ajuda e esperança em Jesus.

“Nossa jornada foi longa e difícil. Esperamos 24 horas nos portões da fronteira”, disse ele à SAT-7.

Ele informou que a filha precisa de cuidados médicos que não estavam disponíveis em Gaza.

“Ela vai precisar de uma cirurgia na cabeça, no quadril e na perna. Há uma escassez de suprimentos médicos necessários para essas cirurgias. A nossa chegada ao Egito foi em grande parte para salvar os nossos familiares feridos. Kanzy está acordada e consegue falar, mas sente muitas dores. Ela não consegue se mover. Agora estamos no hospital para tratamento dela”, contou o pai.

Compaixão da Igreja

Os líderes cristãos no Egito afirmaram que a Igreja apoia as vítimas independentemente da sua religião e “está com os inocentes cujo sangue está a ser derramado sem piedade”.

Pastores egípcios estão pregando contra a violência que acontece na Terra Santa e incentivando à perseverança na fé em Jesus. Eles estão orando pela paz e proteção dos cidadãos na região.

“Quando vejo o papel do Egito nesta situação e especialmente da Igreja que está, mais uma vez, mostrando a luz da verdade da Palavra de Deus, penso que isto mostra verdadeiramente que a Igreja está causando um impacto na cultura do país”, disse Joe Willey, apresentador do SAT-7.

SAT-7 informou que seu papel é apoiar a Igreja e alcançar os não-crentes com programação bíblica de televisão por satélite. O seu ministério alcança países do Médio Oriente e Norte de África, incluindo o Egito e a Terra Santa.

“Quer haja um conflito ou haja paz, a programação da SAT-7 está disponibilizando o Evangelho e está tornando o amor de Deus visível”, contou Joe.

E concluiu dizendo: “É muito importante compreender que temos irmãos e irmãs em Cristo que estão no Médio Oriente e no Norte de África, e eles adoram saber que estamos a orar por eles”.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE MISSION NETWORK NEWS

 

Mãe é morta por filho muçulmano após ser pega falando o nome de Jesus em oração

 

Sawuba Naigaga. (Foto: Reprodução/Morning Star News)


Desde que se converteu em 2022, Sawuba Naigaga manteve a fé em segredo da família em Uganda.


No dia 17 de dezembro, Sawuba Naigaga, foi morta pelo filho de 25 anos, depois que ele a ouviu falar o nome de Jesus enquanto orava em Uganda.

Antes de falecer, a cristã, de 46 anos, conseguiu relatar a agressão a uma amiga — que não teve o nome divulgado por questão de segurança — no leito do hospital.

A amiga informou que Ashirafu Basalirwa, filho de Sawuba, passou quatro anos trabalhando na Arábia Saudita depois de se formar em uma universidade islâmica em Uganda.

No dia 15 de dezembro, ele retornou para casa na cidade de Busia e encontrou sua mãe orando.

“Enquanto eu estava orando com os olhos fechados, meu filho disse: 'Mãe, você está se tornando uma vergonha para a família e para a religião de Alá'”, contou a cristã à amiga antes de morrer

E continuou: “Fiquei quieta e ele me empurrou com força contra a parede, então eu caí. Ele então pegou um objeto pontiagudo e me bateu na cabeça. Desde então, perdi toda a minha consciência. Então, me encontrei na cama do hospital”.

Conversão ao Evangelho 

Segundo o Morning Star News, essa amiga que levou Sawuba a Cristo. “Preguei a Boa Nova de Jesus a Sawuba, que entregou sua vida a Jesus em 2022”, disse ela.

“Estávamos frequentando a igreja. Uma coisa que sei é que ela manteve a sua fé em segredo dos membros da sua família, incluindo o seu filho”, acrescentou.

No dia do ataque, ela encontrou Sawuba inconsciente em casa:

“Corri rapidamente para o local depois de ouvir gritos e um alarme dos vizinhos, e a encontrei em uma poça de sangue. Nós a levamos às pressas para um hospital próximo, mas ela deu seu último suspiro depois de dois dias, em 17 de dezembro, devido a uma hemorragia interna”.

De acordo com fontes locais, Ashirafu fugiu e está desaparecido. Além dele, Sawuba também tinha uma filha.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE MORNING STAR NEWS



sexta-feira, 29 de dezembro de 2023

Terroristas matam 10 cristãos após se recusarem negar Jesus em Uganda

 


Africano. (Foto: Ilustração/Unsplash/Ali Mkumbwa)

Na ocasião, os extremistas, ligados ao Estado Islâmico, queimaram casas e mais de 200 pessoas fugiram.

No dia 19 de dezembro, terroristas islâmicos membros das Forças Democráticas Aliadas (ADF) mataram 10 cristãos, incluindo uma criança, no oeste da Uganda.

Os ataques contra os crentes ocorreram na aldeia de Kyitehurizi, no distrito de Kamwenge. 

Segundo fontes do Morning Star News, o general Felix Kulayigye das Forças de Defesa Popular de Uganda confirmou que o grupo atacou a aldeia, mas não deu detalhes.

“Ouvi os agressores dizerem: ‘Os cristãos não celebrarão o nascimento de Jesus, temos que ensinar uma lição a estes infiéis por recusarem a nossa religião’”, relatou uma jovem que conseguiu fugir.

As vítimas eram membros da Igreja Anglicana de Uganda, da Igreja Pentecostal e da Igreja Católica Romana. 

Enock Tukamushaba, presidente da aldeia Kyitehurizi, identificou os 10 cristãos mortos como Mary Kyomuhangi, de 3 anos; Rossete Kugonza; Princesa Ahumuza; Margaret Bunyazaki; Tugume; Ester Kurihura; Glorioso Arindwaruhanga; Mesulamu; Bagiriana e Panddy.

Os terroristas também incendiaram casas e mais de 200 pessoas conseguiram fugir durante o ataque.

Richard Baguma, de 35 anos, membro da Igreja Anglicana de Uganda, informou que escapou, porém perdeu todos os seus pertences, incluindo suas colheitas e produtos agrícolas.

Os terroristas 

ADF é um grupo islâmico localizado na República Democrática do Congo (RDC), considerado uma organização terrorista com o objetivo de expandir o Islã. 

O grupo se tornou cada vez mais extremista em 2019, quando se uniu ao Estado Islâmico. Em 2020, o líder da ADF, Musa Baluku, anunciou oficialmente a união.

Desde então, a ADF é reconhecida pelo extremismo islâmico, causando sofrimento aos cristãos na RDC, Uganda e Moçambique. 

O ataque que ocorreu no dia 19 de dezembro foi o caso mais recente de perseguição aos cristãos em Uganda, relatado pelo Morning Star News.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE MORNING STAR NEWS

UM NOVO RECOMEÇO

 

Um novo tempo, uma nova vida

Gênesis 12:1-9

O jornalista e dramaturgo irlandês George Bernard Shaw brincou dizendo: “Se os outros planetas são habitados, então devem estar usando a Terra como seu manicômio”. Podemos achar esse comentário engraçado, mas ele nos faz lembrar de um fato triste: o mundo encontra-se num estado de caos, e as coisas não parecem estar melhorando. Qual é o problema?

A origem de tudo isso remonta aos acontecimentos registrados no Livro de Gênesis. Com exceção do relato nos capítulos 1 e 2, os onze primeiros capítulos de Gênesis registram uma sucessão de erros dos seres humanos, erros estes que estão se repetindo nos dias de hoje. Desobediência, homicídio, engano, bebedeira, nudez e rebelião parecem coisas bem atuais, não é? Se você fosse Deus, o que você faria com tais pecadores, homens e mulheres criados à sua imagem? “Provavelmente eu os destruiria!” poderia ser sua resposta. Mas não foi isso o que Deus vez. Antes, chamou um homem e sua esposa para que deixassem seu lar e fossem para uma nova terra, de modo que pudessem dar um recomeço à humanidade.

 Em consequência do chamado de Deus e de sua fé obediente, Abraão e Sara, em última análise, propiciaram ao mundo a nação judaica, a Bíblia e o Salvador. Consideremos os elementos envolvidos em sua experiência deste novo recomeço:

1-UM CHAMADO (Gn 12:1a)

 Deus chamou Abraão do meio da idolatria (Js 24:2) quando se encontrava em Ur dos caldeus (Gn 11:28, 31; 15:7; Ne 9:7), uma cidade dedicada a Nanar, o deus Lua. Abraão não conhecia o verdadeiro Deus e não havia feito nada para merecer conhece-lo, mas, em sua graça, Deus o chamou. “Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros” (Jo 15:16). Ele confiou em Deus e obedeceu ao seu chamado e hoje podemos aprender com sua experiência a andar pela fé e a viver de modo agradável a Deus.

Há alguns motivos pelos quais Deus chamou Abraão e Sara. Em seu amor, Deus estava preocupado com a salvação deles, de modo que revelou sua glória e compartilhou com eles suas bondosas promessas. Mas, além da salvação pessoal deles, o propósito de Deus era abençoar todos os povos da Terra. Isso aconteceu quando Deus enviou seu Filho ao mundo por meio do povo de Israel. Cristo morreu pelos pecados do mundo (1 Jo 2:2; 4:14) e quer que sua Igreja conte as boas novas da salvação a toda a Terra (Mc 16:15).

 Existe, porém, outro motivo: a vida de Abraão é um exemplo para todos os cristãos que desejam andar pela fé. Abraão foi salvo pela fé  e viveu pela fé, e essa fé ficou evidente em sua obediência (Tg 2:14-26).  “A vida cristã vitoriosa”, disse George Morrison, “é uma série de recomeços”. Ao estudar a vida de Abraão e Sara, você verá o que é fé e como andar pela fé. Descobrirá que, quando você confia no Senhor, nenhuma provação é impossível de vencer e nenhum fracasso é permanente.

 2 . UMA ALIANÇA (Gn 12:1-3)

A fé não se baseia em sentimentos, apesar de, sem dúvida, as emoções fazerem parte da experiência de fé em certas ocasiões (Hb 11:7). A verdadeira fé baseia-se na Palavra de Deus (Rm 10:17). Deus falou a Abraão e disse o que faria para ele e por meio dele, se ele confiasse e obedecesse. “Grandes vidas são moldadas por grandes promessas”, escreveu Joseph Parker, e certamente esse foi o caso de Abraão e Sara. A aliança de Deus concedeu-lhe a fé e as forças de que precisavam para uma vida de peregrinação.

Deve ter sido difícil para Abraão e Sara crerem que Deus iria abençoar o mundo todo por meio de um casal idoso e sem filhos, mas foi exatamente o que ele fez. Deles procedeu a nação de Israel, e de Israel procedeu a Bíblia e o Salvador. Deus reafirmou sua aliança com Isaque (Gn 26:4) e Jacó (Gn 28:14) e cumpriu-a em Cristo (At 3:25, 26). Ao longo dos anos, Deus ampliou diversos elementos dessa aliança, mas deu a Abraão e Sara elementos suficientes da verdade para que cressem nele e partissem pela fé.

Quando andamos pela fé, só podemos nos apoiar em Deus: sua Palavra, seu caráter, sua vontade e seu poder. Não que você tenha de se isolar de sua família e amigos, mas não os considera mais seu primeiro amor e primeira responsabilidade (Lc 14:25-27). Seu amor por Deus é tão intenso a ponto de fazer com que, em termos comparativos, o amor pela família pareça ódio! Deus nos chama para a “solidão” (Is 51:1-3), e não devemos fazer concessões.

 3. UM COMPROMISSO (Gn 12:4-9)

Thomas Fuller, um pregador puritano do século XVII, disse que toda a humanidade foi dividida em três classes: os planejadores, os empreendedores e os realizadores. Ló foi um empreendedor, mas fracassou terrivelmente, pois não foi capaz de andar pela fé. Abraão e Sara foram realizadores, pois confiaram em Deus para realizar aquilo que havia prometido (Rm 4:18-21). Assumiram um compromisso com Deus e dedicaram a ele seu futuro, obedeceram ao que o Senhor ordenou e receberam tudo o que Deus havia planejado para eles.

A vida de fé não deve jamais tornar-se estagnada, pois se nossos pés estão se movendo, nossa fé está crescendo. Observe os verbos usados para descrever a vida de Abraão: ele partiu (Gn 12:4), partiu e chegou (v. 5), atravessou (v. 6), passou dali (v. 8) e seguiu dali (v. 9). Deus manteve Abraão em movimento para que se deparasse com novos desafios e fosse forçado a confiar em Deus para receber “graça para socorro em ocasião oportuna” (Hb 4:16).

O cristianismo confortável é o oposto da vida de fé, pois “peregrinos e estrangeiros” devem enfrentar novas circunstâncias, a fim de obter novas percepções sobre si mesmos e sobre Deus, mas isto, só é possível quando vivemos em obediência ao Senhor.

 Pr. Eli VieiraFacebook

quinta-feira, 28 de dezembro de 2023

Missão levou mais de 51 mil jovens atletas a Jesus em 2023 nos EUA


 Mais de 50 mil jovens atletas aceitaram Jesus através da FCA. (Foto: Instagram/FCA).

As conversões são frutos de eventos evangelísticos da Fellowship Christian Athletes em escolas e universidades do país.

Um ministério de evangelismo esportivo levou mais de 51 mil jovens atletas a Jesus em 2023, nos Estados Unidos.

Em comunicado à imprensa, a Fellowship Christian Athletes (FCA) divulgou que 51.730 pessoas aceitaram a Jesus durante seus eventos evangelísticos, realizados de setembro de 2022 a agosto de 2023. 

“O melhor presente que podemos dar e receber no Natal é o presente de Cristo, que veio à Terra para nos salvar e oferecer a todos o presente gratuito da salvação”, afirmou o presidente da FCA, Shane Williamson.

“Ao refletirmos sobre o nascimento do nosso Salvador, somos lembrados do que Jesus fez com a FCA e somos muito gratos pelos 51.730 estudantes-atletas que o conheceram este ano através do ministério”.

A missão explicou que a multidão de novos convertidos é formada por jovens atletas, treinadores e voluntários.

“A FCA usa uma ferramenta Faith Response, um sistema de mensagens de texto que permite que funcionários, treinadores e atletas compartilhem essas decisões significativas que mudam vidas”, disse o porta-voz do ministério.

E acrescentou: “Este sistema proporciona à FCA a oportunidade não só de ter uma ideia do seu impacto em todo o mundo, mas também permite um contato inicial entre a organização e cada jovem seguidor de Cristo”.

Depois de se converterem durante os eventos, a equipe da FCA acompanha os recém convertidos, garantindo que tenham uma Bíblia e sejam discipulados em uma igreja local.

Pregando em estádios

A Fellowship of Christian Athletes trabalha para levar o Evangelho a atletas e treinadores.

Através do evento “Campos da Fé”, a FCA tem reunido jovens atletas em estádios esportivos de escolas e universidades nos Estados Unidos, para pregar sobre Jesus.

O ministério já imprimiu Bíblias e devocionais para esportistas e técnicos em diversas línguas, como chinês, russo e espanhol. Nos últimos 15 anos, o ministério já distribuiu três milhões de Bíblias pelo mundo.

Hoje, em parceria com o aplicativo YouVersion, a missão também possui a Bíblia do Atleta digital e planos de leitura da Bíblia online para pessoas envolvidas com o esporte.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO THE CHRISTIAN POST

ATITUDES PARA O SUCESSO

 


Êxodo 13:17-15:21

 “A história não confia a guarda da liberdade por muito tempo àqueles que são fracos ou tímidos.” O presidente Dwight Eisenhower disse essas palavras em seu discurso de posse, no dia 20 de janeiro de 1953. Como o homem que ajudou a liderar os Aliados rumo à vitória na Segunda Guerra Mundial, o general Eisenhower tinha amplo conhecimento do altíssimo preço da vitória, bem como do fardo pesado da liberdade que sempre segue o triunfo. Charles Kingsley, escritor inglês, estava certo ao dizer que: “Há dois tipos de liberdade – o falso, no qual o homem é livre para fazer o que bem entende, e o verdadeiro, no qual o homem é livre para fazer o que deve”. Ao longo de sua história, a nação de Israel lutou com esses dois tipos de liberdade, como acontece com o povo de Deus nos dias de hoje.

É um sinal de maturidade quando aprendemos que a liberdade é uma ferramenta de construção, não um brinquedo, e que a liberdade envolve aceitar responsabilidades. O êxodo de Israel ensinou ao povo que seu futuro sucesso estava no cumprimento de três atitudes (responsabilidades) importantes: seguir ao Senhor (Êx 13:1 7-22), confiar no Senhor (14:1-31) e louvar ao Senhor (15:12-21).

  1. SEGUIR A O SENHOR (ÊX 13 :17-22)

O êxodo de Israel do Egito não foi o fim de sua experiência com Deus; na verdade foi um recomeço. “Foi preciso uma noite para tirar Israel do Egito, mas foram necessários quarenta anos para tirar o Egito de Israel”, disse George Morrison.1 Se Israel obedecesse 5 à vontade de Deus, o Senhor os conduziria à terra prometida e lhes daria sua herança. Quarenta anos depois, Moisés lembraria a nova geração de que Deus “te tirou do Egito […] para te introduzir na sua terra e ta dar por herança” (Dt 4:37, 38).

A mesma coisa pode ser dita da redenção que temos em Cristo: Deus nos livrou da escravidão para que pudesse nos conduzir à bênção. A. W. Tozer costumava nos lembrar de que “somos salvos de, como também para”. A pessoa que confia em Jesus Cristo nasce de novo e passa a fazer parte da família de Deus, mas esse é só o começo de uma nova e empolgante aventura que deve nos conduzir ao crescimento e a conquistas. Deus nos liberta e, então, nos conduz através das várias experiências da vida, um dia de cada vez, para que possamos conhecê-lo melhor e para que, pela fé, possamos nos apropriar de tudo o que ele deseja nos dar. Ao mesmo tempo, passamos a nos conhecer melhor e crescemos em entendimento quanto à vontade de Deus e quanto à confiança em suas promessas.

Deus traça o caminho para seu povo (w. 17, 18). Deus não é surpreendido por nada. Ele planeja o melhor caminho a ser percorrido por seu povo. E possível que nem sempre compreendamos o caminho que ele escolhe ou que nem mesmo concordemos com ele, mas o caminho de Deus é sempre certo. Podemos dizer cheios de confiança: “Guia-me pelas veredas da justiça por amor do seu nome” (SI 23:3) e devemos orar com humildade e pedir: “Faze-me, Senhor , conhecer os teus caminhos, ensina-me as tuas veredas. Guiame na tua verdade e ensina-me” (SI 25:4, 5).

Se houvesse algum estrategista militar no meio do povo de Israel naquela noite, ele provavelmente teria discordado da rota de desocupação escolhida por Deus, pois era longa demais.3 O primeiro destino de Israel era o monte Sinai, mas por que levar milhões de pessoas pela rota mais longa em vez de tomar o caminho mais curto e mais fácil? A resposta é simples: havia postos avançados egípcios por todo o caminho mais curto, e os soldados nesses locais teriam entrado em confronto com os hebreus. Além disso, cruzar a fronteira com a Filistia teria sido um convite a um ataque de seu exército, e a última coisa de que Israel precisava era entrar em guerra com seus vizinhos. Deus sabia o que estava fazendo quando escolheu o caminho mais longo.

Se você permitir que Deus dirija seus passos (Pv 3:5,6), espere ser conduzido, de vez em quando, por alguns caminhos que parecem desnecessariamente longos e sinuosos. Lembre-se de que Deus sabe o que está fazendo, de que ele não está com pressa e de que, enquanto você segui-lo, estará seguro sob a bênção dele. É possível que ele feche algumas portas e, de repente, abra outras, e devemos ficar alertas para isso (At 16:6-10; 2 Co 2:12,13).

 Deus encoraja a fé de seu povo (v. 19). Antes de morrer, José fez seus irmãos prometerem que, quando Deus livrasse Israel do Egito, seus descendentes levariam consigo os restos mortais dele para a terra prometida (Gn 50:24, 25; Hb 11:22). José sabia que Deus cumpriria sua promessa e salvaria os filhos de Israel (Gn 15:13-16). José também sabia que seu lugar era na terra de Canaã, junto com seu povo (Gn 49:29-33).

O que esse caixão significava para as gerações de judeus que viveram durante os terríveis anos de escravidão no Egito? Sem dúvida, os judeus podiam olhar para o caixão de José e ser encorajados. Afinal, o Senhor havia cuidado de José durante suas provações e, por fim, o havia libertado, e faria o mesmo pela nação de Israel, libertando-a no devido tempo. Durante os anos que passou no deserto, Israel viu o caixão de José como uma lembrança de que Deus tem seu tempo e cumpre suas promessas. José estava morto, mas servia de testemunho da fidelidade de Deus. Quando chegaram a sua terra, os judeus cumpriram sua promessa e sepultaram José na terra prometida a Abraão, Isaque e Jacó (Js 24:32).

É idolatria ter lembranças visíveis da fidelidade de Deus? Não necessariamente, pois há vários monumentos importantes no Livro de Josué. Quando Israel cruzou o rio Jordão, o povo ergueu um monumento de pedra na margem oposta para comemorar o que Deus havia feito (Js 4). Também colocaram pedras nos montes Ebal e Gerizim para servir de lembrança da lei de Deus (Êx 8:30-35). Um monte de pedras foi testemunho da traição de Acã (Js 7:25, 26), e uma grande pedra serviu de testemunho da reconsagração de Israel depois da conquista da terra (Js 24:24-28). Samuel colocou uma pedra como marco da vitória de Israel sobre os filisteus e a chamou de “Ebenézer, e disse: Até aqui nos ajudou o S e n h o r ” (1 Sm 7:12).

Enquanto continuamos a obedecer ao Senhor, tais lembranças podem servir para encorajar nossa fé. O importante é que elas apontem para o Senhor e não para um passado morto e que perseveremos em caminhar pela fé e em obedecer ao Senhor em nossos dias.

Deus vai adiante de seu povo para mostrar o caminho (w. 20-22). A nação foi guiada por uma coluna de nuvem, durante o dia, e uma coluna de fogo, durante a noite. Essa coluna é identificada como o anjo do Senhor, que guiou a nação (Êx 14:19; 23:20- 23; ver Ne 9:12). Houve ocasiões em que Deus falou de dentro da coluna de nuvem (Nm 12:5, 6; Dt 31:15, 16; Sl 99:7), e ela também protegeu o povo enquanto caminhavam sob o sol escaldante durante o dia. (Sl 105:39). Quando a nuvem se movia, o acampamento também se deslocava; quando a nuvem parava, o acampamento esperava (Êx 40:34-38).

Não temos o mesmo tipo de orientação visual hoje em dia, mas contamos com a Palavra de Deus, que é luz (Sl 119:105) e fogo (Jr 23:29). É interessante observar que a coluna de fogo servia de iluminação para os israelitas, mas era escuridão para os egípcios (Êx 14:20). O povo de Deus é esclarecido por sua Palavra (Ef 1:15-23), mas os que não são salvos não conseguem compreender a verdade de Deus (Mt 11:25; 1 Co 2:11-16).

O Espírito de Deus, que também é o Espírito de Verdade, guia-nos ao ensinar-nos a Palavra (Jo 16:12, 13). Assim como Deus falou a Moisés por meio da coluna, também o Senhor se comunica conosco por meio das Escrituras ao torná-las claras para nós. Há momentos em que não estamos certos do rumo que Deus deseja que tomemos, mas, se esperarmos nele, ele nos guiará.

Como teria sido insensato os israelitas pararem sua marcha a fim de fazer uma votação sobre o caminho que deveriam tomar para o monte Sinai! Certamente há um lugar para a deliberação e para o referendo comunitários (At 6:1-7), no entanto, quando Deus fala, não há motivo para fazer uma assembleia. Em mais de uma ocasião, nas Escrituras, a maioria estava errada.

2- CONFIAR NO SENHOR (Ê X 14:1-31)

“[Deus] Manifestou os seus caminhos a Moisés e os seus feitos aos filhos de Israel” (SI 103:7). O povo judeu foi informado daquilo que Deus desejava que fizesse, porém Moisés foi informado do porquê de Deus estar fazendo tais coisas. “A intimidade do S e n h o r é para os que o temem” (SI 25:14). A liderança de Moisés foi um elemento essencial para o sucesso de Israel.

A perseguição dos egípcios (vv. 1-9). Finalmente, ocorreu ao Faraó e a seus oficiais que, ao deixarem os hebreus escaparem, haviam colocado em risco – ou talvez até destruído – toda a economia de sua terra, portanto o mais lógico era ir atrás deles e levá-los de volta ao Egito. Encontramos, aqui, outro motivo pelo qual o Senhor escolheu aquele determinado caminho: os relatos levariam o Faraó a crer que os hebreus estavam vagando como ovelhas perdidas no deserto e que, portanto, poderiam facilmente ser perseguidos e capturados pelo exército egípcio. O Senhor estava atraindo os egípcios para sua armadilha.

O pânico de Israel (w. 10-12). Enquanto os israelitas mantivessem seus olhos fixos na coluna de fogo e seguissem ao Senhor, estariam andando pela fé e nenhum inimigo poderia tocá-los. Contudo, quando tiraram os olhos do Senhor e olharam para trás, viram os egípcios se aproximando, apavoraram-se e começaram a murmurar.

Quando você se esquece das promessas de Deus, começa a imaginar as mais terríveis possibilidades. Os judeus estavam certos de que eles e seus filhos morreriam no deserto assim que o exército egípcio os alcançasse. Em pânico, o povo lembrou Moisés de que haviam lhe dito para partir sozinho (Êx 5:20- 23), mas ele insistira em desafiar o Faraó. Israel encontrava-se, então, numa situação terrível, e a culpa era de Moisés. A incredulidade consegue apagar de nossa memória todas as demonstrações que vimos do grande poder de Deus e todos os exemplos que conhecemos da fidelidade de Deus a sua Palavra.

O poder de Deus (w. 13-31). Moisés era um homem de fé, que sabia que o exército do Faraó não consistia, de modo algum, numa ameaça para Jeová. Moisés deu várias ordens ao povo, e a primeira delas foi: “Não temais” (v. 13). Às vezes, o medo nos enche de energia e procuramos evitar o perigo. Em outras ocasiões, porém, ele nos paralisa e não sabemos o que fazer. Israel foi tentado a fugir, mas Moisés deu-lhe mais uma ordem: “Aquietai-vos e vede o livramento do S e n h o r ” (v. 13). Pela fé, os israelitas haviam marchado para fora do Egito e deveriam, portanto, pela fé, aquietar-se e ver Deus destruir os soldados da cavalaria egípcia.

Moisés não disse apenas para se aquietarem, mas também “vós vos calareis” (v 14). Como teria sido fácil chorar, murmurar e criticar Moisés, mas nenhuma dessas coisas teria ajudado o povo a sair daquela situação. A incredulidade gera murmuração, mas a fé leva à obediência e traz glória para o Senhor. “Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus” (Sl 46:10). Que motivo há para reclamação quando temos a maravilhosa promessa de que “O Senhor pelejará por vós” (Êx 14:14)? Mais tarde, em sua jornada, o Senhor ajudaria Josué e o exército israelita a combater suas batalhas (Êx 17:8), mas, dessa vez, Deus derrotaria os egípcios sem a ajuda de Israel.

A ordem seguinte foi de Deus para Moisés: “Que marchem!” (14:15) O fato de Israel estar diante do mar não era problema para Deus, e ele disse a Moisés exatamente o que fazer.

 Por que Deus realizou essa série de milagres para o povo hebreu? Certamente, não era algo que merecessem, uma vez que se encontravam tomados de pânico e encolhidos de medo, reclamando e dizendo que Deus parecia não saber o que estava fazendo.

Em primeiro lugar, ele estava cumprindo sua promessa de que livraria Israel e de que os tomaria para si como seu povo (Êx 3:7,8). Em tempos vindouros, os judeus mediriam todas as coisas tomando como parâmetro a demonstração do grande poder de Deus no êxodo. No entanto, Deus tinha mais um propósito em mente: revelar outra vez seu poder e glória na derrota do exército egípcio. “E os egípcios saberão que eu sou o Senhor ” (Êx 14:18).

Sabendo que estavam sendo perseguidos pelo inimigo e ouvindo os ventos uivando a noite toda, os israelitas devem ter se perguntado o que iria acontecer e por que Deus estava demorando tanto. Contudo, quando temos fé nas promessas de Deus, temos paz em nosso coração. Jesus perguntou a seus discípulos depois de acalmar uma tempestade: “Por que sois assim tímidos?! Como é que não tendes fé?” (Mc 4:40). A fé e o medo não podem viver juntos no mesmo coração, pois uma coisa destrói a outra. A verdadeira fé depende daquilo que Deus diz e não daquilo que vemos ou da maneira como nos sentimos. Alguém disse, muito corretamente, que fé não é crer apesar das evidências – isso é superstição -, mas sim obedecer apesar das consequências.

Essa série de milagres divinos certamente foi uma revelação da grandeza e do poder de Deus, de sua fidelidade às suas promessas e de sua preocupação por seu povo. Em anos vindouros, os salmistas exaltariam ao Senhor por seus poderosos feitos no mar Vermelho (Sl 66; 78; 80, 81; 105, 106; 136), e os profetas usariam o êxodo para encorajar os exilados judeus durante sua volta à terra depois do cativeiro na Babilônia (Is 43:1-7; 52:11, 12; 55:12, 13; Jr 16:14, 15; 23:7, 8), bem como para motivar a nação apóstata a voltar para o Senhor (Jr 2:2, 3; Ez 20; Os 2:14-23; Am 3; Mq 6:3, 4).

A posição de Moisés (v. 31; 1 Co 10:1, 2). Paulo considerou a marcha de Israel pelo mar como um “batismo”, pois as águas os cercavam de ambos os lados como muros, e a presença de Deus estava atrás deles e sobre eles. Era como se Israel tivesse sido “imersa” ao atravessar rapidamente o fundo seco do mar. Seu livramento certamente foi um ato de Deus, porém realizado mediante a liderança obediente de Moisés. Em decorrência disso, “o povo […] confiou no S en h o r e em Moisés” (Êx 14:31). Passaram, então, a ser uma nação tendo Moisés como líder. Por meio desse “batismo”, o povo de Israel foi identificado com Moisés, assim como nas águas do batismo, o povo de Deus hoje em dia é identificado com jesus Cristo. O milagre do êxodo tornou-se parte da confissão de fé de Israel ao levarem suas ofertas ao Senhor (Dt 26:1-11).

3. LOUVAR AO SENHOR (ÊX 15:1-21) – Uma vez que os inimigos haviam se afogado e que a liberdade era certa, o povo de Israel irrompeu em cânticos e adorou ao Senhor. Não lemos que adoraram a Deus enquanto eram escravos no Egito, e, durante a saída da terra, queixaram-se a Moisés pedindo que os deixasse voltar ao Egito. Mas é preciso haver maturidade da parte do povo de Deus a fim de ser capaz de entoar “canções de louvor durante a noite” (Jó 35:10; SI 42:8; Mt 26:30; At 16:25), e naquele tempo os israelitas ainda eram imaturos em sua fé.

O hino de louvor tem quatro estrofes: a vitória de Deus é anunciada (Êx 15:1-5), as armas de Deus são descritas (vv. 6-10), o caráter de Deus é exaltado (vv. 11-16a) e as promessas de Deus são cumpridas (vv. 16b-18).

A vitória de Deus é anunciada (w. 1-5). O Senhor é mencionado dez vezes nesse hino, enquanto Israel cantava ao Senhor e sobre o Senhor, pois a verdadeira adoração envolve o testemunho fiel de quem Deus é e do que ele faz por seu povo.

A vitória de Deus foi gloriosa, pois em tudo foi obra do Senhor. O exército egípcio foi lançado no mar (vv. 1 e 4), e os soldados afundaram como pedras (v. 5) e como chumbo (v. 10). Foram consumidos como restolho (v. 7). O Faraó havia ordenado que os bebês hebreus do sexo masculino fossem afogados, de modo que Deus lhe retribuiu afogando suas tropas.

Moisés prometeu ao povo: “O Senhor pelejará por vós” (Êx 14:14; ver Dt 1:30), e um dos nomes de Deus é “Jeová Sebaoth”, que significa ” Senhor dos Exércitos”, título que aparece mais de duzentas e quarenta vezes no Antigo Testamento. Em seu hino da reforma, Castelo Forte, Martinho Lutero escreveu:

A nossa força nada faz

Num mundo tão perdido,

Mas nosso Deus socorro traz,

Por Cristo, o escolhido.

Conosco está Jesus,

O que venceu na cruz,

Senhor dos altos céus;

 E, sendo o próprio Deus,

Triunfa na batalha.

(Hinário Luterano, nº 165)

          Se temos neste mundo um inimigo como Satanás e se o pecado e o mal são abomináveis ao Senhor, então Deus deve guerrear contra eles. “O Senhor sairá como valente, despertará o seu zelo como homem de guerra; clamará, lançará forte grito de guerra e mostrará sua força contra os seus inimigos” (Is 42:13). jesus Cristo é tanto o Cordeiro que morreu pelos nossos pecados como o Leão que julgará o pecado (Ap 5:5, 6) e, um dia, cavalgará para a conquista de seus inimigos ; (Ap 19:11). Enfatizar somente que “Deus é | amor” (1 jo 4:8, 16) e ignorar que “Deus é luz” (1 Jo 1:5) significa tirar de Deus os seus atributos de retidão, santidade e justiça. 

Em três ocasiões específicas registradas nas Escrituras, o povo de Israel cantou: “O S en h o r é a minha força e o meu cântico; ele me foi por salvação” (Êx 15:2): quando Deus livrou Israel do Egito, quando o remanescente judeu lançou os alicerces do segundo templo (Sl 118:14) e quando os judeus foram reunidos e voltaram para sua terra a fim de desfrutar as bênçãos do reino (Is 12:2)

Em cada um desses casos, o Senhor deu força, salvação e um cântico.

As armas de Deus são descritas (vv. 6- 10). O Senhor é um “homem de guerra” que não luta com armas convencionais. Ao usar características humanas para descrever atributos divinos, os cantores declaram que sua destra é gloriosa em poder, sua majestade lança por terra os inimigos e sua ira os consome como o fogo que queima o restolho

O caráter de Deus é exaltado (w. 11-16a). Com as dez pragas que havia enviado sobre a terra, o Senhor já havia provado como era maior do que os deuses e deusas do Egito. Não é de se admirar que seu povo cantou: “Ó S e n h o r , quem é como tu entre os deuses?” (v. 11; ver Mq 7:18) A resposta, obviamente, é que não há ninguém como o Senhor, pois nenhum outro ser no Universo é “Glorificado em santidade, terrível em feitos gloriosos, que opera(s) maravilhas” (Êx 15:11). Essa estrofe prossegue louvando a Deus por seu poder (v. 12), por sua sabedoria ao conduzi-los (v. 13) e pela grandeza de sua presença ao inspirar o medo no coração de seus inimigos (v. 14).

A promessa de Deus é cumprida (w. 16b-18). Essa estrofe refere-se à futura conquista de Canaã por Israel e afirma que Deus comprou Israel e que são seu povo. As nações de Canaã ficariam mudas como pedras, quando os exércitos israelitas conquistassem a terra e as tribos se apropriassem de sua herança. Deus os tirou do Egito para levá-los a Canaã e plantá-los em sua própria terra (Sl 44:2; 80:8, 15; Is 5). Deus colocaria seu santuário no meio do povo e habitaria com eles em glória. A frase “O S en h o r reinará por todo o sempre” (Êx 1 5:18) é o apogeu do cântico, enfatizando que Deus é soberano e eterno.

Não apenas Moisés liderou os homens no cântico desse hino de louvor (Êx 15:1) como também Miriã formou um coral especial de mulheres israelitas, que se juntaram a ela repetindo as primeiras palavras do cântico. Seu entusiasmo cheio de regozijo expressou-se enquanto cantavam, tocavam seus tamborins e dançavam na presença do Senhor (ver 1 Sm 18:6; 2 Sm 1:20). Miriã é chamada de “profetisa”, o que explica a razão de, mais tarde, ela ter coragem de criticar Moisés (Nm 12:1, 2).n “As águas cobriram os seus opressores; nem um deles escapou. Então, creram nas suas palavras e lhe cantaram louvor” (Sl 106:11, 12). Contudo, esse não é o fim da história, pois o cântico do povo logo transformou-se em murmuração ao entrarem no deserto e rumarem para o monte Sinai. “Cedo, porém, se esqueceram das suas obras e não lhe aguardaram os desígnios; entregaram-se à cobiça, no deserto; e tentaram a Deus na solidão” (Sl 106:13, 14).

Não foi fácil para eles carregar o fardo da liberdade, e Deus precisou ensiná-los a viver um dia de cada vez.

Pr. Eli V. Filho (Adap. de W.W.)


O Comunismo é Bíblico?


OS QUE CRIAM MANTINHAM-SE UNIDOS E TINHAM TUDO EM COMUM. VENDENDO SUAS PROPRIEDADES E BENS, DISTRIBUÍAM A CADA UM CONFORME A SUA NECESSIDADE. TODOS OS DIAS, CONTINUAVAM A REUNIR-SE NO PÁTIO DO TEMPLO. PARTIAM O PÃO EM CASA E JUNTOS PARTICIPAVAM DAS REFEIÇÕES, COM ALEGRIA E SINCERIDADE DE CORAÇÃO. ATOS 2:44-46

          Nesses primeiros dias, antes de contendas e divisões terem afetado a igreja, todos os que criam estavam juntos. Eles não tinham apenas união espiritual mas também uma unidade prática. Que “tinham tudo em comum” não indica, como alguns imaginam, viver em comuna. A primeira comunhão cristã não era uma comuna, nem a passagem sustenta tal noção. A família, e não a comunidade, é a estrutura social básica do desígnio de Deus.

          O compartilhar e reuniões mutuas de peregrinos era uma tradição antiga em Israel durante as grandes festas religiosas. As hospedarias não podiam acomodar o vasto fluxo de pessoas em Jerusalém durante o período de festas. E como resultado, pessoas comuns abriam suas casas e compartilhavam seus recursos com os visitantes. Muitos membros da igreja primitiva eram tais peregrinos, salvo quando visitavam Jerusalém para a festa de Pentecostes. Agora eles ficaram para participar da nova obra de Deus. Isso era apenas a base do amor cristão por aqueles que viviam na cidade com eles. Além disso, alguns na comunhão, sem dúvida, perderam seus meios de sustento por professar fé em Cristo. O resto dos crentes supriam suas necessidades. E outros eram pobres que sempre precisaram de ajuda.

          Que isso não era uma forma primitiva de comunismo é evidente pelo pretérito imperfeito (denotando um ato contínuo do passado) dos verbos traduzidos “vendiam e distribuíam” (Atos 4:34). Eles, em qualquer perspectiva, não vendiam tudo e ajuntavam em um fundo comum. Tal princípio para a vida cristã era obviamente uma responsabilidade de cada crente em responder ao direcionamento do Espírito (1 Cor. 16:1-2).

          Além disso, é claro no verso 46 que os indivíduos continuavam possuindo casas. O que acontecia na realidade era a venda de propriedades pessoais conforme alguém necessitasse. Isso indicava imensa generosidade, as pessoas davam não apenas seu dinheiro ou bens, mas também seu futuro em um ato de amor sacrificial para com aqueles que tinha necessidade. E isso é claro nas palavras de Pedro à Ananias em Atos 5:4 que a venda era puramente voluntária. Ananias e Safira pecaram não por recusar a partilhar suas posses, mas por mentir ao Espirito Santo. Finalmente, nenhuma outra igreja descrita em Atos tinha esse Padrão de vender e repartir propriedades. Segunda Coríntios 8:13-14 descreve uma generosidade similar para com os pobres de Jerusalém.

          A distribuição não se limitava as coisas materiais mas incluía benefícios espirituais e ministeriais também. “Dia a dia” eles continuavam “com uma só mente” para se reunirem “no templo”. Eles iam ao templo para as horas de oração (atos 3:1) e, sem dúvida, para testemunhar. Eles tinham todo o direito de continuar a frequentar o templo, uma vez que Jesus o havia reivindicado como a casa de seu Pai. Eles ainda se encontravam indo ao templo em Atos 21:26 e, provavelmente, continuaram até a destruição em 70 D.C. Nem mesmo a hostilidade dos lideres judeus chegou ao ponto de colocar os crentes para fora do templo. A frase “uma só mente”, novamente, expressa a unidade da primeira comunhão experimentada.

          Contudo, o tempo de comunhão que eles tinham não se limitava ao templo. Eles também “partiam o pão de casa em casa” e “tomavam suas refeições juntos”. “Partir o pão” se refere a ajuda, e “tomavam suas refeições juntos” a festa de amor que acompanhou a Ceia do Senhor. Eles seguiram os princípios deixados por Pedro, “Sejam mutuamente hospitaleiros, sem reclamação.” (1 Pedro 4:9), e Paulo, “No presente momento, a fartura de vocês suprirá a necessidade deles, para que, por sua vez, a fartura deles supra a necessidade de vocês. Então haverá igualdade, como está escrito: ‘Quem tinha recolhido muito não teve demais, e não faltou a quem tinha recolhido pouco’.” (2 Coríntios 8:14-15). O apóstolo João estende esse mandamento a todos os crentes:

NISTO CONHECEMOS O QUE É O AMOR: JESUS CRISTO DEU A SUA VIDA POR NÓS, E DEVEMOS DAR A NOSSA VIDA POR NOSSOS IRMÃOS. SE ALGUÉM TIVER RECURSOS MATERIAIS E, VENDO SEU IRMÃO EM NECESSIDADE, NÃO SE COMPADECER DELE, COMO PODE PERMANECER NELE O AMOR DE DEUS? FILHINHOS, NÃO AMEMOS DE PALAVRA NEM DE BOCA, MAS EM AÇÃO E EM VERDADE.  1 JOÃO 3:16-18

Autor: John MacArthur Junior.
Is Communism Biblical? – O Comunismo é Bíblico

Tradução: Abel Separovich Cassiano dos Santos
Revisão: Matheus Trevisan Facundo

Copyright:
Fonte: http://www.gty.org/resources/bible-qna/BQ082812/is-communism-biblicaFacebook

 

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