Caminhando Segundo a Vontade de Deus
Números 10:11 – 11.35
A uma história que um homem descontente com a sorte queixava-se de Deus:
– Deus dá aos outros as riquezas, e a mim não dá coisa alguma. Como é que posso ser feliz nesta vida, sem possuir nada?
Um companheiro seu, ao ouviu estas palavras, perguntou-lhe:
– Acaso você é tão pobre quanto diz? Deus não lhe deu, porventura, saúde e mocidade?
– Não digo que não, até me orgulho bastante da minha força e da minha juventude.
– Trocaria sua saúde e sua mocidade por dinheiro?
– Não!
O homem, então, pegou na sua mão direita e lhe perguntou:
– Você venderia sua mão direita, deixaria que a cortassem por um bom dinheiro?
– Não, de jeito nenhum!
– E a esquerda?
– De jeito nenhum!
– E seus olhos, você os venderia, ficaria cego pelo resto da vida por uma “bolada”?
– Não daria nem um olho por dinheiro!
– Veja – observou o velho – quanta riqueza Deus lhe deu e você ainda se queixa?
O povo de Israel acampou no monte Sinai por cerca de onze meses. Chegaram lá no terceiro mês depois de sua libertação do Egito (Êx 19:1); nesta passagem, estavam no segundo mês do segundo ano. Durante esse tempo, a lei de Deus havia sido anunciada, o tabernáculo havia sido construído e consagrado. Moisés havia consagrado os sacerdotes e levitas, contado os soldados e organizado as tribos. Israel era uma nação pronta para entrar em ação, marchar rumo a terra prometida.
Contudo, a história de Israel ao longo dos trinta e oito anos que se seguiram (Nm 10:11 – 22:1) é, em sua maior parte, um relato de incredulidade e de fracassos. Houve anos durante os quais o povo opôs-se a Moisés e rebelou-se contra a vontade de Deus. Por causa de sua desobediência em Cades-Barnéia, Israel vagou pelo deserto durante trinta e oito anos, deixando para trás um rastro de sepulturas, à medida que a geração mais velha ia morrendo. Dessa geração, somente Josué e Calebe sobreviveram para entrar em Canaã.
Os dez primeiros capítulos de Números, por outro lado, registram as atividades de Israel obedecendo ao Senhor. “Assim fizeram os filhos de Israel; segundo tudo o que o Senhor ordenara a Moisés, assim o fizeram” (Nm 1:54). Esse é um tema repetido com frequência nesses capítulos (2:34; 3:16, 51; 4:49; 5:4; 8:3, 20, 22; 9:5, 23). Ao obedecer a Deus, Israel tinha tudo a ganhar e nada a perder. No entanto, se recusaram a confiar nele e a seguir seus mandamentos. É só em Números 26 que a história muda, quando Moisés faz um censo na nova geração e prepara-os para entrar na terra, conquistar o inimigo e tomar posse de sua herança.
Números capítulo 11 nos ensina a viver segundo a vontade de Deus. Para vivermos segundo a vontade de Deus:
I- NÃO PODEMOS VIVER MURMURANDO (vv. 1-9).
É interessante notar que A história se repete. Três dias depois do grande culto de louvor depois que Israel atravessara o mar Vermelho, os israelitas murmuraram contra Moisés e contra Deus, pois não tinham água para beber (Êx 15:22-27). Então, três dias depois de deixar o Sinai (Nm 10:33), os israelitas queixaram-se novamente. É preciso ter fé para ser capaz de aceitar a direção providencial de Deus (Rm 8:28), e a fé do povo de Israel não era muito forte.
Uma vez que o povo havia ficado acampado num mesmo lugar durante quase um ano, talvez tenham se desanimado com as dificuldades da jornada e com a monotonia daquela região. Números 11:1 diz: “Queixou-se o povo de sua sorte”. Qualquer que tenha sido a causa, Deus ouviu aquelas palavras pecaminosas, irou-se e matou os ingratos. O “fogo do S e n h o r ” pode ser uma descrição de raios (Êx 9:23, 24), e o fato de o julgamento ter caído sobre pessoas que se encontravam acampadas na parte mais externa indica que, talvez, “o populacho” fosse a causa das murmurações (Nm 11:4).
A murmuração do populacho (vv. 4-9). Este é o único lugar, no Antigo Testamento, em que o termo hebraico asapsup é usado e descreve a “ralé” ou “gentalha” que acompanhou os israelitas quando saíram do Egito (Êx 1 2:38). A Bíblia não explica por que esse povo deixou o Egito. Talvez alguns temessem que mais juízos viessem sobre os egípcios e acharam mais seguro acompanhar os israelitas (Êx 9:20). Alguns servos e escravos podem ter visto na partida de Israel uma oportunidade de sair do Egito enquanto o povo estava ocupado sepultando seus mortos. É possível que outros fossem bem-intencionados, mas, por não terem fé no Senhor, seu coração nunca mudou (Hb 4:1, 2).
Qualquer que fosse sua origem, o “populacho” trouxe muitos problemas para Moisés e o povo de Israel, e um grupo parecido de pessoas está sempre criando caso com os servos e o povo de Deus hoje em dia. Na parábola do joio e do trigo (Mt 13:24- 30, 36-43), Jesus ensinou que, onde quer que o Senhor “plante” seus verdadeiros filhos, o diabo também vem e planta suas imitações. A natureza de Satanás é imitar e infiltrar-se (Jd 4; 2 Pe 2:1, 2), o que explica por que Paulo advertiu a igreja sobre os “falsos irmãos” (Gl 2:4; 2 Co 11:26), os “obreiros fraudulentos” (vv. 13ss) e sobre “o outro evangelho” (ou seja, um evangelho falso; Cl 1:6-9).
O comentarista Wiersbe diz: “ao longo de muitos anos de ministério, aprendi que não são os inimigos de fora da igreja local que fazem estrago, mas sim as imitações que se encontram dentro da comunidade da igreja (At 20:28-30; 3 Jo 9-11)’. Esses intrusos podem marchar junto com a igreja e agir como se fossem povo de Deus, mas não têm o desejo de buscar as coisas espirituais e, mais cedo ou mais tarde, acabam mostrando com o que estão verdadeiramente comprometidos (1 Jo 2:18, 19).
Os israelitas participavam de um milagre seis manhãs por semana, quando o “pão do céu” (SI 78:24; 105:40) caía no acampamento provendo o sustento necessário para aquele dia. Talvez influenciados pelo populacho, muitos dos israelitas enjoaram do cardápio e tentaram melhorar a receita de Deus (Nm 11:8). Em vez do maná, queriam as comidas que apreciavam no Egito. Esqueceram-se da escravidão do Egito e lembraram-se apenas daquilo que agradava a carne!
Como é triste quando pessoas que se dizem cristãos e estão dentro das igrejas buscam substitutos no mundo em vez de desejar o maná celestial, que é a Palavra de Deus (Jo 6:66-69; Mt 4:4). Ao tentar atrair e agradar o “populacho”, certas igrejas transformaram seus templos em teatros, seus ministérios em shows e seus cultos em entretenimento. Paulo teve de tratar com essa gente em sua época (Fp 3:17-21), de modo que não se trata de um problema novo.
No entanto, é algo muito sério murmurar contra o Senhor, criticar seus servos e pedir “substitutos religiosos” que satisfaçam nossos desejos carnais. Esses murmuradores de Israel acabaram sendo julgados por Deus e usados por Paulo como uma advertência para as igrejas de hoje (1 Co 10:10). “Fazei tudo sem murmurações nem contendas” (Fp 2:14). Um coração ingrato cria um ambiente propício para todo tipo de pecado (Rm 1:21 ss).
Jeremiah Burroughs disse: “A murmuração é prejudicial para nós, primeiramente, porque uma vez iniciada, ela vai piorando cada vez mais. Um espírito de murmuração é semelhante a uma ferida que se tornou pútrida. A carne infeccionada não pode receber tratamento; ela tem que ser cortada; caso contrário a infecção se espalhará por todo o corpo. E uma tendência à murmuração, se não for estancada, espalhará por toda nossa vida e arruinará tudo”.
Moisés lamenta seu chamado (w. 10-15). Moisés tinha cantado triunfantemente a respeito o Senhor (Nm 10:35, 36), mas naquele momento lamentava com amargura o trabalho que Deus o chamara a fazer. Poucas coisas desanimam mais os servos de Deus do que as pessoas que criticam injustamente e que reclamam das bênçãos recebidas do Senhor.7 Essa é a primeira de duas ocasiões em que a atitude do povo levou Moisés a pecar (ver Nm 20:1-13). Uma vez que sabemos como o povo de Israel tinha um coração endurecido e era ingrato, é de se admirar que Moisés não desanimasse com mais frequência!
É triste ver um grande homem de Deus pedir ao Senhor que tire sua vida, pois ele sente que seu chamado divino é um fardo com o qual Deus o afligiu e o desgraçou. Moisés perdeu a perspectiva correta, deixando de olhar para o Senhor e voltando-se para si mesmo – algo fácil de acontecer em meio às experiências difíceis da vida. Suas palavras: “Eu não posso” (Nm 11:14) nos lembram de quando Deus chamou Moisés e garantiu que iria ajudá-lo (Êx 3:11, 12). Pelo menos, Moisés levou seus fardos ao Senhor e aceitou a decisão de Deus (1 Pe 5:7).
Meus amados nós precisamos ter cuidado para não sermos servos murmuradores, pois o coração do homem é tão pecaminoso que tem a tendência de se esquecer das bênçãos de Deus.
II-IMPLICA EM OBEDIÊNCIA AS ORDENS DE DEUS (Nm 10:11-36)
A nuvem sobre o tabernáculo se moveu, os sacerdotes tocaram as trombetas, os levitas desmontaram o tabernáculo, e o povo se preparou para marchar. Estavam acomodados no Sinai, tendo morado quase um ano no mesmo lugar sem precisar enfrentar os rigores da marcha diária. A grande vitória de Deus sobre o Egito ainda estava vivida em sua memória, e a cada manhã, quando juntavam o maná, eram lembrados da bondosa provisão do Senhor para todas as suas necessidades.
No entanto, a herança do povo não estava no monte Sinai, mas sim na “terra que mana leite e mel” e que Deus havia prometido a seu povo. Quanto mais acomodados ficamos, menos gostamos de mudanças e, no entanto, não há crescimento sem desafios, e não há desafios sem mudanças. O conforto normalmente leva à complacência, e a complacência é inimiga do caráter e do crescimento espiritual. A cada nova experiência da vida, pode acontecer uma de duas coisas: ou confiamos em Deus, e ele extraí o que há de melhor de nós, ou desobedecemos a Deus, e Satanás extrai o que há de pior em nós.
Marchando em ordem (vv. 11-28). “Não podemos descansar nas promessas de Deus sem obedecer a seus mandamentos”.(João Calvino)
“O melhor critério para medir uma vida espiritual não são seus êxtases, mas sua obediência”(Oswald Chambers).
“Crer e obedecer sempre andam lado a lado”. (C. H. Spurgeon)
As tribos já dispunham de seus líderes (Nm 1) e sabiam qual era a ordem em que deviam marchar (Nm 2), de modo que tudo o que os sacerdotes precisavam fazer era tocar trombetas e sinalizar quando cada tribo devia se deslocar e juntar-se à procissão. A arca da aliança ia adiante do povo, carregada pelos sacerdotes, seguindo a coluna de nuvem (Nm 10:33-36; Ne 9:12; Sl 78:14). A arca era o trono de Deus (Sl 80:1; 99:1), e o Senhor era soberano sobre seu povo, mostrando-lhe o caminho a seguir. “O teu povo, tu o conduziste, como rebanho, pelas mãos de Moisés e de Arão” (Sl 77:20).
Judá, Issacar e Zebulom eram os primeiros na ordem de marcha, seguidos dos gersonitas e meraritas carregando o tabernáculo em si. Depois, vinham Rúben, Simeão e Gade, seguidos dos coatitas carregando os utensílios do tabernáculo bem no centro da procissão. Aquele era o lugar mais seguro para os utensílios valiosos. As tribos de Efraim, Manassés e Benjamim vinham depois e, em seguida, Dã, Aser e Naftali. O “populacho” que não pertencia a tribo alguma vinha por último (Nm 11:4; Êx 12:38).
O lugar em que cada tribo devia marchar na procissão não era uma opção; era uma obrigação, uma ordem do Deus Todo-Poderoso. Se as tribos de Dã e de Gade se cansassem de ficar na retaguarda e pedissem para passar para a frente, Moisés recusaria seu pedido, pois a vontade de Deus quanto a isso não era negociável. O povo de Israel não estava fazendo turismo, apreciando a paisagem. Eram um exército invadindo território inimigo, comandados pelo Senhor dos Exércitos. Cada tribo era uma divisão do exército de Deus (Nm 28), e cada divisão devia estar em seu devido lugar.
Convidando outros para acompanhá-los (w. 29-32). Hobabe era cunhado de Moisés, filho de Reuel, também conhecido como Jetro (Êx 2:15 – 3:1).’ É bem provável que, a essa altura, Jetro tivesse falecido, e Hobabe fosse o chefe da família. Moisés queria que seus parentes acompanhassem Israel e desfrutassem as bênçãos que Deus havia prometido a seu povo, mas Hobabe recusou o convite. Preferiu ficar em sua própria terra com seu próprio povo. Por que sacrificar o conforto e a segurança em troca de um futuro incerto?
Moisés, porém, sabia que Jeová estava com Israel e que o futuro era daqueles que confiavam no Senhor e que obedeciam a suas leis. Talvez por isso Moisés tenha acrescentado um desafio especial a seu convite: devido ao conhecimento que Hobabe tinha do terreno, poderia ser de ajuda para Israel durante sua jornada pelo deserto. Hobabe deve ter aceitado a proposta, pois, anos mais tarde, encontramos seus descendentes vivendo com os israelitas (Jz 1:16; 4:11). Certamente estavam muito melhor fazendo parte do povo de Deus.
No entanto, a providência divina não menospreza nem destrói a aptidão ou a responsabilidade humana. Israel não precisava de Hobabe para dizer-lhes para onde marchar e onde acampar; Deus faria isso. Mas os conhecimentos de Hobabe os ajudariam a tomar outras decisões ao ir de um lugar para outro. Charles Spurgeon disse: “Creio que, com isso, devemos aprender que, apesar de sempre buscarmos a orientação de Deus em sua providência, ainda assim podemos, com frequência, encontrar direção e orientação no uso do bom-senso e do arbítrio dos quais o Senhor nos dotou”. Não nos estribamos no nosso próprio entendimento (Pv 3:5,6), mas também não o ignoramos. Deus quer que nossas ações sejam realizadas com inteligência, bem como com fé, e o cristão espiritual sabe usar tanto o coração quanto a mente, a fim de discernir a vontade de Deus (Rm 12:2).
Não deixemos de observar, porém, a motivação mais forte por trás do que Moisés fez: ele convidou outros a se juntar a Israel e a desfrutar as bênçãos que Deus havia preparado para eles. A Igreja, hoje, é um povo peregrino neste mundo (1 Pe 1:1; 2:11), viajando rumo ao céu, e é nosso privilégio convidar outros a juntar-se a nós. A jornada não é fácil, mas Deus está abençoando seu povo agora e o abençoará para sempre. Quantas pessoas convidamos ultimamente?
III-DEVEMOS MARCHAR FIRMADOS NA PROVIDÊNCIA DIVINA (11.16-35)
A providência de Deus é como a Bíblia hebraica; precisamos começar do fim e ler de trás para frente a fim de entendê-la.(A. J. Gordon)
Não obstante o que Moisés fala, ele recebeu ajuda de Deus (w. 16-35). O Senhor ajudou Moisés a resolver dois problemas difíceis: como liderar tantas pessoas e como prover carne para todas elas. Os dois problemas surgiram do tempo em que os hebreus passaram no Egito, onde desenvolveram o gosto pelas comidas de seus senhores. O povo se esqueceu da escravidão e lembrou-se apenas daquilo que comiam “de graça” no Egito.
Com relação ao primeiro problema (vv. 16,17, 24-30), o Senhor ordenou que Moisés escolhesse setenta anciãos tementes a Deus para ajudá-lo a cuidar da vida espiritual do acampamento. Moisés já havia nomeado líderes para ajudar o povo a resolver suas disputas pessoais (Êx 18), mas esses novos líderes teriam um ministério mais espiritual com o povo. Afinal, o coração de todo o problema é o problema do coração, e a menos que o coração das pessoas seja transformado pelo Senhor, seu caráter e sua conduta nunca mudam.
O segundo problema estava relacionado a encontrar carne suficiente para alimentar a nação (vv. 18-23, 31-35; ver Êx 16:1-13). Certamente, os israelitas não iriam abater seus rebanhos, pois isso os deixaria sem nada. Com um vento, Deus enviou para o acampamento codornizes que voaram a um metro do chão, e os israelitas passaram dois dias apanhando e matando as aves. “Dez ômeres” (Nm 11:32) equivalem a um recipiente com capacidade para trinta e seis litros! Mas Deus lhes disse que teriam carne suficiente para comer durante um mês (vv. 19, 20).
Glorificando o Senhor (w. 33-36). Fica implícito, aqui, que Moisés e Arão marchavam adiante das tribos, logo depois da arca. Cada vez que a coluna de nuvem sinalizava um movimento, as tribos se reuniam, e Moisés orava ao Senhor pedindo orientação e vitória; quando a nação parava e montava acampamento, ele orava para que a presença de Deus repousasse novamente com seu povo no tabernáculo. A arca era colocada no Santo dos Santos, e a coluna pairava sobre a tenda.3
Não importava quantas vezes os israelitas caminhassem e parassem, Moisés repetia essas orações. Queria que o povo soubesse que Deus, e não Moisés, estava no comando de Israel e que o povo era um exército que dependia do Senhor para ser vitorioso. Como a invocação e a bênção nos cultos da igreja, essas orações tornaram-se conhecidas para os israelitas e foram essenciais para o bem de Israel como nação. Moisés colocou Deus em primeiro lugar na vida do povo, e se os israelitas tivessem prestado atenção a isso, teriam evitado os pecados que, mais tarde, lhes causaram tanta tristeza.
Quando Deus quer, de fato, julgar as pessoas, ele permite que façam as coisas do jeito delas (Rm 1:24, 26, 28). “Concedeu-lhes o que pediram, mas fez definhar-lhes a alma” (Sl 106:15). Os israelitas começaram a devorar a carne, felizes por satisfazerem seu desejo; mas veio o julgamento de Deus, e muitos morreram (Nm 11:33; Sl 78:23-31; 1 Co 10:10). Moisés chamou o lugar de Quibrote-Taavá, “túmulo de concupiscência”, e aquelas sepulturas serviram de monumento para o perigo de se orar pedindo: “Seja feita a minha vontade e não a tua”.
O Senhor havia advertido Israel de que a forma como tratavam o maná diário seria um teste de sua obediência à Palavra de Deus (Êx 16:4; Dt 8:3). Ao rejeitar o maná, Israel, na verdade, rejeitou o Senhor (Nm 11:20), e foi essa atitude rebelde que trouxe sobre eles o julgamento de Deus. Isso nos lembra de que a forma como tratamos a Palavra de Deus é a forma como tratamos o próprio Senhor. Ignorar a Palavra, tratá-la com descaso ou lhe desobedecer deliberadamente é pedir a disciplina de Deus (Hb 12:5-11). Em vez de nos alimentarmos das coisas do mundo, que trazem a morte, vamos cultivar um apetite pela santa Palavra de Deus (Jó 23:12; Sl 1:1; Jr 15:16; Mt 4:4; Lc 10:38-42; 1 Pe 2:1-3).
Meus irmãos, podemos ver a providência de Deus em favor do seu servo Moisés e dos filhos de Israel, Deus ajudou o seu povo, Israel precisava glorificar a Deus.
O mesmo Deus que libertou Israel da escravidão do Egito nos libertou da escravidão do pecado para nos dar vida em abundância, portanto não podemos viver murmurando, porque a murmuração é pecado e nos separa de Deus, mas precisamos viver em obediência e confiando na providência de Deus.
Pastor Eli Vieira