sábado, 13 de agosto de 2022

UM NOVO TEMPO


1 Sm 7:3-17

          Na atualidade, muitas pessoas gostariam de viver um novo tempo, mas são poucas que querem mudar para viverem o novo tempo, pois isto, implica em abandonar  velhas práticas.

Quando Deus chamou Samuel,  ele estava ciente da inquietação do povo e de seu desejo de mudanças e sabia que períodos de transição fazem aflorar o que há de melhor ou de pior nas pessoas.

Mas, Samuel estava certo, que a maior necessidade para a nação ser bem-sucedida seria colocar  o Senhor em primeiro lugar e crer somente nele. Por esse motivo, convocou uma reunião em Mispa, uma cidade em Benjamim (Js 18:26), onde desafiou o povo a voltar para Deus se queriam viver um novo tempo. Para Israel viver um novo tempo precisava:

1-DEIXAR OS FALSOS DEUSES (I Sm 7.3,4)

A idolatria havia sido um pecado constante em Israel. A família de Jacó havia carregado falsos deuses consigo (Gn 35:2), no Egito, eles adotaram os deuses e deusas dos egípcios, no êxodo, os israelitas adoraram alguns desses ídolos durante as jornadas pelo deserto (At 7:42, 43). Moisés ordenou que Israel destruísse todo e qualquer vestígio da religião cananeia, mas o povo acabou se entregando à idolatria e adorando os deuses de seus inimigos derrotados. Samuel citou especificamente os baalins e astarotes (1 Sm 7:3,4).

Deixar os falsos deuses era apenas o começo do processo de volta para o Senhor. Além disso, os israelitas deveriam preparar o coração para o Senhor e se consagrar somente a ele (v. 3). Essas instruções estavam de acordo com o primeiro mandamento: “Não terás outros deuses diante de mim” (Êx 20:3).

Um ídolo é um substituto para Deus: qualquer coisa a que servimos e na qual confiamos em lugar de Deus. Os israelitas adoravam ídolos de madeira, de pedra e de metal, mas os cristãos de hoje possuem ídolos mais sutis e atraentes: casas e propriedades, riqueza, carros, cargos e reconhecimento, ambição, etc. Qualquer coisa em nossa vida que ocupe o lugar de Deus e que exija o sacrifício e a dedicação que pertencem somente ao Senhor é um ídolo e deve ser lançada fora.

2- CONFESSAR O PECADO (I Sm 7.5,6) – Naquele momento Israel confessou os seus pecados(vv. 5,6). Samuel planejava conduzir o povo a um tempo de adoração e de intercessão para que fossem libertos dos inimigos, mas, se os israelitas tivessem qualquer iniquidade no coração, o Senhor não os ouviria (Sl 6 6:18). Não bastava apenas destruir seus ídolos, mas também era preciso que confessassem seus pecados e que se entregassem ao Senhor.  Eles se derramaram perante o Senhor e jejuaram naquele momento desafiador.

A principal atividade daquele dia foi a confissão do povo. “Pecamos contra o Senhor.” A promessa da aliança de Deus a Israel era a de que ele perdoaria seus pecados, se os confessassem ao Senhor com sinceridade (Lv 26:40-45), pois não havia sacrifícios suficientes nem rituais capazes de purificá-los de seus pecados. “Sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado; coração compungido e contrito, não o desprezarás, ó Deus” (Sl 51:1 7). Essa promessa de perdão e de bênção foi reiterada por Salomão mais adiante na história de Israel, por ocasião da consagração do templo (2 Cr 7:14).

3- BUSCAR AO SENHOR PEDINDO AJUDA (vv.7-11,13,14). Quando os filisteus souberam desse grande ajuntamento de israelitas, suspeitaram que Israel estava planejando um ataque, de modo que os cinco príncipes filisteus convocaram suas tropas e se prepararam para invadir a nação vizinha.

 Israel não possuía um exército permanente nem um governante para organizar uma força militar, de modo que se sentiam impotentes. Porém, sua maior arma era a fé em Deus, fé que se expressava por meio da oração. “Uns confiam em carros, outros, em cavalos; nós, porém, nos gloriaremos em o nome do Senhor, nosso Deus” (Sl 20:7).Samuel era um homem de oração (Sl 99:6), e, naquele dia, Deus lhe respondeu. Ao oferecer o holocausto no final do dia, o Senhor trovejou contra os soldados filisteus, confundindo-os de tal modo que foi fácil Israel atacá-los e derrotá-los. Quando nos lembramos de que Baal era o Deus cananeu da tempestade, vemos como o poder do trovão de Deus é ainda mais significativo.

Em decorrência dessa vitória, os israelitas recuperaram cidades que haviam perdido na batalha e até ganharam os amorreus como seus aliados. Sempre que o povo de Deus depende de seus planos e recursos, seus esforços fracassam e envergonham o nome de Deus. Porém, quando o povo de Deus confia no Senhor e ora, ele supre suas necessidades e seu nome é glorificado. Um homem ou mulher de oração é mais poderoso do que todo um exército! Será que  temos homens e mulheres de oração desse tipo hoje?

4- COMEMORAR A VITÓRIA (v. 12). A prática de fazer altar de pedras para comemorar acontecimentos importantes faz parte da cultura dos hebreus desde o tempo em que Jacó ergueu um memorial em Betel (Gn 28:20-22; 35:14). Josué colocou doze pedras no meio do rio Jordão (Js 4:9) e outras doze na margem ocidental em Gilgal, a fim de marcar o local onde as águas se abriram e Israel atravessou para a terra prometida (4:1-8,19-21). Antes de sua morte, Josué ergueu uma grande pedra para servir de testemunho e lembrar os israelitas do voto que haviam feito de servir e de obedecer somente ao Senhor (24:26-28).

  Neste momento eu lhe convido a olharmos para a palavra “Ebenézer” significa “pedra de ajuda”,  o monumento era uma lembrança aos Israelitas de que Deus os havia ajudado e de que continuaria a ajudá-los se confiassem nele e guardassem sua aliança. O fundador da Missão para o Interior da China Hudson Taylor, costumava pendurar em todas as casas onde morava uma placa que dizia: “Ebenézer – Jeová Jiré”. Juntas, as palavras em hebraico significam : “Até aqui nos ajudou o Senhor e nos ajudará daqui em diante”. Que grande estímulo para nossa fé!

Portanto, se queremos viver um novo tempo, precisamos deixar os ídolos, abandonar o pecado,  buscar a ajuda de Deus e nos consagrar ao Senhor, na certeza de que com ele, nós somos mais que vencedores, e assim poderemos dizer: “até aqui nos ajudou o Senhor e amanhã Deus proverá”.

Pastor Eli Vieira

163 anos da Igreja Presbiteriana do Brasil

 



O dia 12 de agosto é dia de celebração para os presbiterianos, pois comemoramos 163 anos do presbiterianismo no Brasil.

Em 12 de agosto de 1859 o jovem missionário presbiteriano Ashbel Green Simonton chegou ao Brasil e deu início ao presbiterianismo em solo brasileiro. Hoje, a Igreja Presbiteriana do Brasil é uma federação de igrejas que têm em comum uma história, uma forma de governo, uma teologia, bem como um padrão de culto e de vida comunitária.

Somos mais de 700 mil presbiterianos, espalhados entre igrejas, congregações, pontos de pregação, campos de evangelismo. Continuemos na missão de testemunhar do amor de Deus em nosso país e no mundo.

Ore pela liderança da nossa denominação! Ore pelos membros do Supremo Concílio, Sínodos, Presbitérios, Conselhos e pelas variadas frentes de trabalho que nossa denominação possui.

Envie esse post para sua igreja, convide os irmãos para ter um tempo de gratidão e oração pela IPB.

Fonte: Facebook da IPB

Caminhando Segundo a Vontade de Deus

 



Caminhando Segundo a Vontade de Deus

Números 10:11 – 11.35

A uma história que um homem descontente com a sorte queixava-se de Deus:
– Deus dá aos outros as riquezas, e a mim não dá coisa alguma. Como é que posso ser feliz nesta vida, sem possuir nada?
Um companheiro seu, ao ouviu estas palavras, perguntou-lhe:
– Acaso você é tão pobre quanto diz? Deus não lhe deu, porventura, saúde e mocidade?
– Não digo que não, até me orgulho bastante da minha força e da minha juventude.
– Trocaria sua saúde e sua mocidade por dinheiro?
– Não!
O homem, então, pegou na sua mão direita e lhe perguntou:
– Você venderia sua mão direita, deixaria que a cortassem por um bom dinheiro?
– Não, de jeito nenhum!
– E a esquerda?
– De jeito nenhum!
– E seus olhos, você os venderia, ficaria cego pelo resto da vida por uma “bolada”?
– Não daria nem um olho por dinheiro!
– Veja – observou o velho – quanta riqueza Deus lhe deu e você ainda se queixa?

O povo de Israel acampou no monte Sinai por cerca de onze meses. Chegaram lá no terceiro mês depois de sua libertação do Egito (Êx 19:1); nesta passagem, estavam no segundo mês do segundo ano. Durante esse tempo, a lei de Deus havia sido anunciada, o tabernáculo havia sido construído e consagrado. Moisés havia consagrado os sacerdotes e levitas, contado os soldados e organizado as tribos. Israel era uma nação pronta para entrar em ação, marchar rumo a terra prometida.

Contudo, a história de Israel ao longo dos trinta e oito anos que se seguiram (Nm 10:11 – 22:1) é, em sua maior parte, um relato de incredulidade e de fracassos. Houve anos durante os quais o povo opôs-se a Moisés e rebelou-se contra a vontade de Deus. Por causa de sua desobediência em Cades-Barnéia, Israel vagou pelo deserto durante trinta e oito anos, deixando para trás um rastro de sepulturas, à medida que a geração mais velha ia morrendo. Dessa geração, somente Josué e Calebe sobreviveram para entrar em Canaã.

Os dez primeiros capítulos de Números, por outro lado, registram as atividades de Israel obedecendo ao Senhor. “Assim fizeram os filhos de Israel; segundo tudo o que o Senhor ordenara a Moisés, assim o fizeram” (Nm 1:54). Esse é um tema repetido com frequência nesses capítulos (2:34; 3:16, 51; 4:49; 5:4; 8:3, 20, 22; 9:5, 23). Ao obedecer a Deus, Israel tinha tudo a ganhar e nada a perder. No entanto, se recusaram a confiar nele e a seguir seus mandamentos. É só em Números 26 que a história muda, quando Moisés faz um censo na nova geração e prepara-os para entrar na terra, conquistar o inimigo e tomar posse de sua herança. 

 Números capítulo 11 nos ensina a viver segundo a vontade de Deus. Para vivermos segundo a vontade de Deus:

I- NÃO PODEMOS VIVER MURMURANDO (vv. 1-9).

É interessante notar que A história se repete. Três dias depois do grande culto de louvor depois que Israel atravessara o mar Vermelho, os israelitas murmuraram contra Moisés e contra Deus, pois não tinham água para beber (Êx 15:22-27). Então, três dias depois de deixar o Sinai (Nm 10:33), os israelitas queixaram-se novamente. É preciso ter fé para ser capaz de aceitar a direção providencial de Deus (Rm 8:28), e a fé do povo de Israel não era muito forte.

Uma vez que o povo havia ficado acampado num mesmo lugar durante quase um ano, talvez tenham se desanimado com as dificuldades da jornada e com a monotonia daquela região. Números 11:1 diz: “Queixou-se o povo de sua sorte”. Qualquer que tenha sido a causa, Deus ouviu aquelas palavras pecaminosas, irou-se e matou os ingratos. O “fogo do S e n h o r ” pode ser uma descrição de raios (Êx 9:23, 24), e o fato de o julgamento ter caído sobre pessoas que se encontravam acampadas na parte mais externa indica que, talvez, “o populacho” fosse a causa das murmurações (Nm 11:4).

A murmuração do populacho (vv. 4-9). Este é o único lugar, no Antigo Testamento, em que o termo hebraico asapsup é usado e descreve a “ralé” ou “gentalha” que acompanhou os israelitas quando saíram do Egito (Êx 1 2:38). A Bíblia não explica por que esse povo deixou o Egito. Talvez alguns temessem que mais juízos viessem sobre os egípcios e acharam mais seguro acompanhar os israelitas (Êx 9:20). Alguns servos e escravos podem ter visto na partida de Israel uma oportunidade de sair do Egito enquanto o povo estava ocupado sepultando seus mortos. É possível que outros fossem bem-intencionados, mas, por não terem fé no Senhor, seu coração nunca mudou (Hb 4:1, 2).

Qualquer que fosse sua origem, o “populacho” trouxe muitos problemas para Moisés e o povo de Israel, e um grupo parecido de pessoas está sempre criando caso com os servos e o povo de Deus hoje em dia. Na parábola do joio e do trigo (Mt 13:24- 30, 36-43), Jesus ensinou que, onde quer que o Senhor “plante” seus verdadeiros filhos, o diabo também vem e planta suas imitações. A natureza de Satanás é imitar e infiltrar-se (Jd 4; 2 Pe 2:1, 2), o que explica por que Paulo advertiu a igreja sobre os “falsos irmãos” (Gl 2:4; 2 Co 11:26), os “obreiros fraudulentos” (vv. 13ss) e sobre “o outro evangelho” (ou seja, um evangelho falso; Cl 1:6-9).

O comentarista Wiersbe diz: “ao longo de muitos anos de ministério, aprendi que não são os inimigos de fora da igreja local que fazem estrago, mas sim as imitações que se encontram dentro da comunidade da igreja (At 20:28-30; 3 Jo 9-11)’. Esses intrusos podem marchar junto com a igreja e agir como se fossem povo de Deus, mas não têm o desejo de buscar as coisas espirituais e, mais cedo ou mais tarde, acabam mostrando com o que estão verdadeiramente comprometidos (1 Jo 2:18, 19).

Os israelitas participavam de um milagre seis manhãs por semana, quando o “pão do céu” (SI 78:24; 105:40) caía no acampamento provendo o sustento necessário para aquele dia. Talvez influenciados pelo populacho, muitos dos israelitas enjoaram do cardápio e tentaram melhorar a receita de Deus (Nm 11:8). Em vez do maná, queriam as comidas que apreciavam no Egito. Esqueceram-se da escravidão do Egito e lembraram-se apenas daquilo que agradava a carne!

Como é triste quando pessoas que se dizem cristãos e estão dentro das igrejas buscam substitutos no mundo em vez de desejar o maná celestial, que é a Palavra de Deus (Jo 6:66-69; Mt 4:4). Ao tentar atrair e agradar o “populacho”, certas igrejas transformaram seus templos em teatros, seus ministérios em shows e seus cultos em entretenimento. Paulo teve de tratar com essa gente em sua época (Fp 3:17-21), de modo que não se trata de um problema novo.

No entanto, é algo muito sério murmurar contra o Senhor, criticar seus servos e pedir “substitutos religiosos” que satisfaçam nossos desejos carnais. Esses murmuradores de Israel acabaram sendo julgados por Deus e usados por Paulo como uma advertência para as igrejas de hoje (1 Co 10:10). “Fazei tudo sem murmurações nem contendas” (Fp 2:14). Um coração ingrato cria um ambiente propício para todo tipo de pecado (Rm 1:21 ss).

Jeremiah Burroughs disse: “A murmuração é prejudicial para nós, primeiramente, porque uma vez iniciada, ela vai piorando cada vez mais. Um espírito de murmuração é semelhante a uma ferida que se tornou pútrida. A carne infeccionada não pode receber tratamento; ela tem que ser cortada; caso contrário a infecção se espalhará por todo o corpo. E uma tendência à murmuração, se não for estancada, espalhará por toda nossa vida e arruinará tudo”.

Moisés lamenta seu chamado (w. 10-15). Moisés tinha cantado triunfantemente a respeito o Senhor (Nm 10:35, 36), mas naquele momento lamentava com amargura o trabalho que Deus o chamara a fazer. Poucas coisas desanimam mais os servos de Deus do que as pessoas que criticam injustamente e que reclamam das bênçãos recebidas do Senhor.7 Essa é a primeira de duas ocasiões em que a atitude do povo levou Moisés a pecar (ver Nm 20:1-13). Uma vez que sabemos como o povo de Israel tinha um coração endurecido e era ingrato, é de se admirar que Moisés não desanimasse com mais frequência!

É triste ver um grande homem de Deus pedir ao Senhor que tire sua vida, pois ele sente que seu chamado divino é um fardo com o qual Deus o afligiu e o desgraçou. Moisés perdeu a perspectiva correta, deixando de olhar para o Senhor e voltando-se para si mesmo – algo fácil de acontecer em meio às experiências difíceis da vida. Suas palavras: “Eu não posso” (Nm 11:14) nos lembram de quando Deus chamou Moisés e garantiu que iria ajudá-lo (Êx 3:11, 12). Pelo menos, Moisés levou seus fardos ao Senhor e aceitou a decisão de Deus (1 Pe 5:7).

Meus amados nós precisamos ter cuidado para não sermos servos murmuradores, pois o coração do homem é tão pecaminoso que tem a tendência de se esquecer das bênçãos de Deus.

II-IMPLICA EM OBEDIÊNCIA AS ORDENS DE DEUS (Nm 10:11-36)

A nuvem sobre o tabernáculo se moveu, os sacerdotes tocaram as trombetas, os levitas desmontaram o tabernáculo, e o povo se preparou para marchar. Estavam acomodados no Sinai, tendo morado quase um ano no mesmo lugar sem precisar enfrentar os rigores da marcha diária. A grande vitória de Deus sobre o Egito ainda estava vivida em sua memória, e a cada manhã, quando juntavam o maná, eram lembrados da bondosa provisão do Senhor para todas as suas necessidades.

No entanto, a herança do povo não estava no monte Sinai, mas sim na “terra que mana leite e mel” e que Deus havia prometido a seu povo. Quanto mais acomodados ficamos, menos gostamos de mudanças e, no entanto, não há crescimento sem desafios, e não há desafios sem mudanças. O conforto normalmente leva à complacência, e a complacência é inimiga do caráter e do crescimento espiritual. A cada nova experiência da vida, pode acontecer uma de duas coisas: ou confiamos em Deus, e ele extraí o que há de melhor de nós, ou desobedecemos a Deus, e Satanás extrai o que há de pior em nós.

Marchando em ordem (vv. 11-28). “Não podemos descansar nas promessas de Deus sem obedecer a seus mandamentos”.(João Calvino)

“O melhor critério para medir uma vida espiritual não são seus êxtases, mas sua obediência”(Oswald Chambers).

“Crer e obedecer sempre andam lado a lado”. (C. H. Spurgeon)

As tribos já dispunham de seus líderes (Nm 1) e sabiam qual era a ordem em que deviam marchar (Nm 2), de modo que tudo o que os sacerdotes precisavam fazer era tocar trombetas e sinalizar quando cada tribo devia se deslocar e juntar-se à procissão. A arca da aliança ia adiante do povo, carregada pelos sacerdotes, seguindo a coluna de nuvem (Nm 10:33-36; Ne 9:12; Sl 78:14). A arca era o trono de Deus (Sl 80:1; 99:1), e o Senhor era soberano sobre seu povo, mostrando-lhe o caminho a seguir. “O teu povo, tu o conduziste, como rebanho, pelas mãos de Moisés e de Arão” (Sl 77:20).

Judá, Issacar e Zebulom eram os primeiros na ordem de marcha, seguidos dos gersonitas e meraritas carregando o tabernáculo em si. Depois, vinham Rúben, Simeão e Gade, seguidos dos coatitas carregando os utensílios do tabernáculo bem no centro da procissão. Aquele era o lugar mais seguro para os utensílios valiosos. As tribos de Efraim, Manassés e Benjamim vinham depois e, em seguida, Dã, Aser e Naftali. O “populacho” que não pertencia a tribo alguma vinha por último (Nm 11:4; Êx 12:38).

O lugar em que cada tribo devia marchar na procissão não era uma opção; era uma obrigação, uma ordem do Deus Todo-Poderoso. Se as tribos de Dã e de Gade se cansassem de ficar na retaguarda e pedissem para passar para a frente, Moisés recusaria seu pedido, pois a vontade de Deus quanto a isso não era negociável. O povo de Israel não estava fazendo turismo, apreciando a paisagem. Eram um exército invadindo território inimigo, comandados pelo Senhor dos Exércitos. Cada tribo era uma divisão do exército de Deus (Nm 28), e cada divisão devia estar em seu devido lugar.

Convidando outros para acompanhá-los (w. 29-32). Hobabe era cunhado de Moisés, filho de Reuel, também conhecido como Jetro (Êx 2:15 – 3:1).’ É bem provável que, a essa altura, Jetro tivesse falecido, e Hobabe fosse o chefe da família. Moisés queria que seus parentes acompanhassem Israel e desfrutassem as bênçãos que Deus havia prometido a seu povo, mas Hobabe recusou o convite. Preferiu ficar em sua própria terra com seu próprio povo. Por que sacrificar o conforto e a segurança em troca de um futuro incerto?

Moisés, porém, sabia que Jeová estava com Israel e que o futuro era daqueles que confiavam no Senhor e que obedeciam a suas leis. Talvez por isso Moisés tenha acrescentado um desafio especial a seu convite: devido ao conhecimento que Hobabe tinha do terreno, poderia ser de ajuda para Israel durante sua jornada pelo deserto. Hobabe deve ter aceitado a proposta, pois, anos mais tarde, encontramos seus descendentes vivendo com os israelitas (Jz 1:16; 4:11). Certamente estavam muito melhor fazendo parte do povo de Deus.

No entanto, a providência divina não menospreza nem destrói a aptidão ou a responsabilidade humana. Israel não precisava de Hobabe para dizer-lhes para onde marchar e onde acampar; Deus faria isso. Mas os conhecimentos de Hobabe os ajudariam a tomar outras decisões ao ir de um lugar para outro. Charles Spurgeon disse: “Creio que, com isso, devemos aprender que, apesar de sempre buscarmos a orientação de Deus em sua providência, ainda assim podemos, com frequência, encontrar direção e orientação no uso do bom-senso e do arbítrio dos quais o Senhor nos dotou”. Não nos estribamos no nosso próprio entendimento (Pv 3:5,6), mas também não o ignoramos. Deus quer que nossas ações sejam realizadas com inteligência, bem como com fé, e o cristão espiritual sabe usar tanto o coração quanto a mente, a fim de discernir a vontade de Deus (Rm 12:2).

Não deixemos de observar, porém, a motivação mais forte por trás do que Moisés fez: ele convidou outros a se juntar a Israel e a desfrutar as bênçãos que Deus havia preparado para eles. A Igreja, hoje, é um povo peregrino neste mundo (1 Pe 1:1; 2:11), viajando rumo ao céu, e é nosso privilégio convidar outros a juntar-se a nós. A jornada não é fácil, mas Deus está abençoando seu povo agora e o abençoará para sempre. Quantas pessoas convidamos ultimamente?

III-DEVEMOS MARCHAR FIRMADOS NA PROVIDÊNCIA DIVINA (11.16-35)

A providência de Deus é como a Bíblia hebraica; precisamos começar do fim e ler de trás para frente a fim de entendê-la.(A. J. Gordon)

Não obstante o que Moisés fala, ele recebeu ajuda de Deus (w. 16-35).  O Senhor ajudou Moisés a resolver dois problemas difíceis: como liderar tantas pessoas e como prover carne para todas elas. Os dois problemas surgiram do tempo em que os hebreus passaram no Egito, onde desenvolveram o gosto pelas comidas de seus senhores. O povo se esqueceu da escravidão e lembrou-se apenas daquilo que comiam “de graça” no Egito.

Com relação ao primeiro problema (vv. 16,17, 24-30), o Senhor ordenou que Moisés escolhesse setenta anciãos tementes a Deus para ajudá-lo a cuidar da vida espiritual do acampamento. Moisés já havia nomeado líderes para ajudar o povo a resolver suas disputas pessoais (Êx 18), mas esses novos líderes teriam um ministério mais espiritual com o povo. Afinal, o coração de todo o problema é o problema do coração, e a menos que o coração das pessoas seja transformado pelo Senhor, seu caráter e sua conduta nunca mudam.

O segundo problema estava relacionado a encontrar carne suficiente para alimentar a nação (vv. 18-23, 31-35; ver Êx 16:1-13). Certamente, os israelitas não iriam abater seus rebanhos, pois isso os deixaria sem nada. Com um vento, Deus enviou para o acampamento codornizes que voaram a um metro do chão, e os israelitas passaram dois dias apanhando e matando as aves. “Dez ômeres” (Nm 11:32) equivalem a um recipiente com capacidade para trinta e seis litros! Mas Deus lhes disse que teriam carne suficiente para comer durante um mês (vv. 19, 20).

Glorificando o Senhor (w. 33-36). Fica implícito, aqui, que Moisés e Arão marchavam adiante das tribos, logo depois da arca. Cada vez que a coluna de nuvem sinalizava um movimento, as tribos se reuniam, e Moisés orava ao Senhor pedindo orientação e vitória; quando a nação parava e montava acampamento, ele orava para que a presença de Deus repousasse novamente com seu povo no tabernáculo. A arca era colocada no Santo dos Santos, e a coluna pairava sobre a tenda.3

Não importava quantas vezes os israelitas caminhassem e parassem, Moisés repetia essas orações. Queria que o povo soubesse que Deus, e não Moisés, estava no comando de Israel e que o povo era um exército que dependia do Senhor para ser vitorioso. Como a invocação e a bênção nos cultos da igreja, essas orações tornaram-se conhecidas para os israelitas e foram essenciais para o bem de Israel como nação. Moisés colocou Deus em primeiro lugar na vida do povo, e se os israelitas tivessem prestado atenção a isso, teriam evitado os pecados que, mais tarde, lhes causaram tanta tristeza.

Quando Deus quer, de fato, julgar as pessoas, ele permite que façam as coisas do jeito delas (Rm 1:24, 26, 28). “Concedeu-lhes o que pediram, mas fez definhar-lhes a alma” (Sl 106:15). Os israelitas começaram a devorar a carne, felizes por satisfazerem seu desejo; mas veio o julgamento de Deus, e muitos morreram (Nm 11:33; Sl 78:23-31; 1 Co 10:10). Moisés chamou o lugar de Quibrote-Taavá, “túmulo de concupiscência”, e aquelas sepulturas serviram de monumento para o perigo de se orar pedindo: “Seja feita a minha vontade e não a tua”.

O Senhor havia advertido Israel de que a forma como tratavam o maná diário seria um teste de sua obediência à Palavra de Deus (Êx 16:4; Dt 8:3). Ao rejeitar o maná, Israel, na verdade, rejeitou o Senhor (Nm 11:20), e foi essa atitude rebelde que trouxe sobre eles o julgamento de Deus. Isso nos lembra de que a forma como tratamos a Palavra de Deus é a forma como tratamos o próprio Senhor. Ignorar a Palavra, tratá-la com descaso ou lhe desobedecer deliberadamente é pedir a disciplina de Deus (Hb 12:5-11). Em vez de nos alimentarmos das coisas do mundo, que trazem a morte, vamos cultivar um apetite pela santa Palavra de Deus (Jó 23:12; Sl 1:1; Jr 15:16; Mt 4:4; Lc 10:38-42; 1 Pe 2:1-3).

Meus irmãos, podemos ver a providência de Deus em favor do seu servo Moisés e dos filhos de Israel, Deus ajudou o seu povo, Israel precisava glorificar a Deus.

O mesmo Deus que libertou Israel da escravidão do Egito nos libertou da escravidão do pecado para nos dar vida em abundância, portanto não podemos viver murmurando, porque a murmuração é pecado e nos separa de Deus, mas precisamos viver em obediência e confiando na providência de Deus.

Pastor Eli Vieira

sexta-feira, 12 de agosto de 2022

Mídia do Irã incita ódio contra cristãos, denuncia comissão dos EUA

 



Militante islâmico com a bandeira do grupo terrorista. (Foto: Wikipedia)

Cristãos são acusados de fazer parte de “culto sionista evangélico” e são vistos como ameaça à segurança nacional.

O governo iraniano está ativamente incitando a “opinião pública depreciativa” contra o cristianismo e outras religiões, usando os meios de comunicação para isso, de acordo com a Comissão dos EUA sobre Liberdade Religiosa Internacional (USCIRF, na sigla em inglês).

Um novo relatório do comitê diz que o governo do Irã usa a mídia oficial estatal e as mídias sociais para espalhar “notícias falsas e equívocos” sobre minorias religiosas para virar a opinião pública contra essas comunidades. 

O relatório “Propaganda Religiosa no Irã” aponta para a existência de uma “campanha sistemática para negar a liberdade de religião ou crença a grupos que não se conformam com a interpretação singular do governo que defende o islamismo xiita.

Como o governo iraniano classifica os cristãos

O governo diz que alguns cristãos pertencem ao “culto sionista evangélico”, usando acusações vagas ligadas à segurança nacional para atingir a Igreja de Cristo. 

Embora a Constituição do país declare que promover o cristianismo e estabelecer igrejas domésticas não são crimes e nem constituem crimes de segurança nacional, uma frase que foi mencionada na decisão de 3 de novembro de 2021, da Suprema Corte do Irã, mostra que na prática é bem diferente. 

A frase citada pela opinião do tribunal usou o termo “culto sionista evangélico” para se referir aos convertidos cristãos cujo caso estava sendo abordando.

“Esta campanha de desinformação restringe a liberdade de religião ou crença para as minorias religiosas no Irã”, disse a comissária da USCIRF, Sharon Kleinbaum, ao Christian Post.

Cristãos acusados de promover o sionismo

De acordo com a USCIRF, a propaganda estatal iraniana contra os cristãos é, muitas vezes, disfarçada de anti-sionismo. Aqueles que se convertem ao cristianismo são acusados de fazer parte de uma rede “sionista”.

O sionismo é um movimento político que defende o direito à autodeterminação do povo judeu e à existência de um Estado nacional judaico independente e soberano no território onde historicamente existiu o antigo Reino de Israel. 

E os iranianos, que promovem uma revolução islâmica, não possuem laços diplomáticos com Israel, aliás, o relacionamento entre eles é tenso e violento. 

As autoridades dizem que os cristãos são ligados ao sionismo — misturando religião com política — então quando um muçulmano se converte ao cristianismo, ele é visto como um traidor e passa a representar perigo à segurança nacional.

Cristianismo visto como uma ameaça

Hojjat al-Islam Kashani, um clérigo muçulmano que atua como secretário da Associação de Diálogo Islã-Cristianismo, disse a um meio de comunicação iraniano: “O que está sendo promovido, hoje, como cristianismo, não é o cristianismo tradicional, mas é o cristianismo evangélico e colonial”. 

“O cristianismo evangélico não é uma religião, é uma política orientada para o colonialismo”, continuou. De acordo com o relatório, Kashani acusou os “iranianos cristãos evangélicos” de perseguir uma agenda política de expansão destinada a minar o governo do Irã.

A história do Irã está repleta de exemplos de intervenção externa de potências coloniais em seus assuntos domésticos, então este comentário apela ao sentimento de injustiça que alguns iranianos podem sentir sobre a intromissão estrangeira na política iraniana.

Irã envolvido em abusos da liberdade religiosa

O Irã é um dos 10 países reconhecidos pelo Departamento de Estado dos EUA como um país de particular preocupação por tolerar e se envolver em abusos da liberdade religiosa. 

Apenas um ano depois que o Irã assinou um acordo nuclear histórico com os EUA e outras nações ocidentais, em 2015, a USCIRF informou que as minorias religiosas no Irã, incluindo os cristãos, continuam sofrendo graves abusos dos direitos humanos.

O relatório descobriu que as condições de liberdade religiosa “continuaram a se deteriorar”, com cristãos e outras minorias que enfrentam a maior perseguição na forma de assédio, violências e prisões.

O Irã foi classificado pela Portas Abertas como o 9º pior país do mundo quando o assunto é perseguição aos cristãos. 

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE CHRISTIAN POST

A MENSAGEM DE PAULO À IGREJA



Paulo fala hoje

2 Timóteo 1-4

Introdução

O Rev. Handley Moule confessou ter-lhe sido muito difícil ler a segunda carta de Paulo a Timóteo sem sentir as lágrimas brotarem nos olhos. Isso é compreensível, já que se trata de um documen­to humano bastante comovedor¹.

Imaginemos o apóstolo Paulo o grande teólogo do Novo Testamento, o grande plantador de igrejas do cristianismo, já idoso, definhando numa masmorra escura e úmida em Roma, de onde não deverá sair, a não ser para a morte. O seu trabalho apostólico está concluído, tan­to que ele pode dizer: “completei a carreira”. Agora, no entan­to, compete-lhe tomar providências para que, depois da sua par­tida, a fé seja transmitida sem se contaminar, genuína, às gerações futuras. Assim ele dá a Timóteo esta soleníssima missão, bem como a igreja do Senhor Jesus. Timóteo precisava preservar, a qualquer preço, o que recebeu, e transmitir a homens fiéis, que por sua vez sejam também idôneos para ensi­nar a outros (2:2).

Para bem captar a mensagem da carta e sentir todo o seu im­pacto, é necessário entender a situação no contexto em que foi escrita.

Esta epistola trata-se de uma genuína carta de Paulo a Timóteo escrita por volta do ano 95 d.C. Podemos ver que alguns pais da igreja tais como Clemente de Roma, Inácio e Policarpo e Irineu fizeram alusões a ela

Paulo, escreveu esta carta quando estava preso em Roma,  pouco antes de morrer, durante a sua última e mais severa prisão, que Paulo enviou a sua segunda mensagem a Timóteo. Paulo escrevia à sombra de sua execução, que lhe parecia iminente. Além de ser uma comunicação muito pessoal ao seu jovem amigo Timó­teo, esta carta foi também o registro de sua última vontade, o seu testamento à Igreja.

Timóteo,  a quem a carta foi endereçada, era um jovem pastor e estava numa posição de responsabilidade, muito além da sua capacidade natural pos ele era um jovem timido e doente, mas agora tinha a incubência de pastorear a grande igreja de Éfeso capital da Ásia Menor. Uma grande obra lhe estava sendo confiada e, como Moisés, Jeremias e muitos outros antes e depois dele, Timóteo se sentia muito relutante em aceitá-la. Será que algum leitor destas pági­nas encontra-se numa situação semelhante? Você é jovem, fraco e tímido, e ainda assim Deus o está chamando à liderança? Esta carta contém uma mensagem especial para todos os tímidos os servos do Senhor.

Paulo ao escrever esta carta a Timóteo, tinha como grande preocupação o evan­gelho da graça de Deus, o depósito da verdade que lhe havia sido revelada e confia­da por Deus.

Timóteo é lembrado de que agora o precioso evangelho lhe foi confiado, que agora era a sua hora de assumir responsabilidade, de pregar, ensinar, e defender o evangelho contra os ataques e contra a falsificação, e de assegurar a sua correta transmissão às ge­rações vindouras. Este deasafio é também para a igreja hoje Em cada capítulo Paulo retorna ao mesmo assun­to básico, ou a algum aspecto dele.

O comentarista warren Wiersbe diz que nesta carta Paulo faz quatro apelos: “O apelo Pastoral, o apelo prático, o apeloprofético e o apelo pessoal”² . Estes apelos ou exortações são dirigidos a igreja do Senhor Jesus Cristo. Como servo e igreja de Jesus hoje nós precisamos:

I – PRESERVAR O PRECIOSO EVANGELHO(II Tm 1)

Antes de abordar o tema principal deste capítulo, que é a exorta­ção a Timóteo para não se envergonhar do evangelho e, sim, guar­dá-lo com toda a segurança (vs. 8-14), o apóstolo começa esta sua carta com a costumeira saudação pessoal (vs. 1, 2).Segue-se uma oração de agradecimento (vs. 3, 5) e uma admoestação (vs. 6, 8).

No parágrafo inicial deparamo-nos, de um modo muito vivido, com Paulo e Timóteo, o autor da carta e o destinatário, respectivamen­te.

1. Paulo, apóstolo de Cristo Jesus (v. 1). Ele é um apóstolo de Cristo Jesus. O seu apostolado originou-se na vontade de Deus e consolidou-se na proclamação do evangelho de Deus, isto é, na “promessa da vida que está em Cristo Jesus”.

2. Timóteo, o filho amado de Paulo (vs. 2-8).Aqui Paulo chama Timóteo de “amado filho”, e em outra parte “filho amado e fiel no Senhor” (1 Co 4: 17), presumivelmente porque foi o instrumento humano usado para a conversão de Ti­móteo. A formação familiar, b. A amizade espiritual, c. O dom espiritual e d. A disciplina pessoal.Timóteo não deveria envergonhar-se desse ministério, nem temer exercê-lo.

3. O Evangelho de Deus (vs. 9,10)- Examinando com mais cuida­do a forma concisa com que Paulo apresenta o evangelho de Deus nestes versículos, constatamos que ele indica a sua essência (o que é o evangelho), a sua origem (de onde provém) e o seu fundamento (onde se baseia).

Timoteo, bem como a igreja tem uma grande responsabilidade perante o evangelho divino (vs. 11-18). Paulo dá três responsabiladades cnossa concernete ao evangelho: a. Nossa responsabilidade de comunicar o evangelho (v. 11); b. Nossa responsabilidade de sofrer pelo evangelho (v. 12a); c. Nossa responsabilidade de zelar pelo evangelho (vs. 12b-18).

Timóteo deveria “guardá-lo” preservar o Evangelho. É precisamente o mesmo apelo que Paulo lançou no final da sua primeira carta (6: 20), com a única diferença de que agora ele o chama de “bom”, literalmente “belo” depósito. O verbo (phylassõj tem o sentido de guardar algo “para que não se perca ou se danifique” (AG). É emprega­do com a idéia de guardar um palácio contra saqueadores, e bens contra ladrões (Lc 11: 21; At 22: 20). Fora há hereges prontos a corromper o evangelho e desta forma roubar da igreja o inesti­mável tesouro que lhe foi confiado. Cabe a Timóteo colocar-se em guarda.

O apóstolo dá a Timóteo a base segura de que ele necessita. Ti­móteo não pode pensar em guardar o tesouro do evangelho com força própria; somente poderá fazê-lo “mediante o Espírito San­to que habita em nós (v.14). A mesma verdade é ensinada na se­gunda parte do versículo 12. A maior parte dos cristãos está familiarizada com a tradução “por­que sei em quem tenho crido, e estou certo de que ele é poderoso para guardar o meu depósito até aquele dia”.

Cristo o confiou a Paulo, é verdade, mas o próprio Cristo cuidará do depósito. E ago­ra Paulo o está confiando a Timóteo. E Timóteo pode ter esta mes­ma segurança para transmitir a igreja do senhor jesus e a igreja precisa preservar o evangelho.

Meus irmãos, em última análise, é Deus mesmo quem preserva o evangelho. Ele se responsabiliza por sua conservação. “Sobre qualquer outro fundamento a obra da prega­ção não se sustentaria nem por um momento”.³ Podemos ver a fé evangélica encontrando oposição em toda parte, e a mensagem apostólica sendo ridicularizada em muitos lugares onde fora pregada. Talvez vejamos uma crescente apostasia crescer na igreja, muitos de nossa geração abandonando a fé de seus pais. Mas não temos nada a temer! Deus nunca permi­tirá que a luz do evangelho se apague.

É verdade que ele o confiou a nós (igreja), frágeis e falíveis criaturas tão grande privilégio. Ele colocou o seu tesouro em frá­geis vasos de barro, e nós devemos assumir a nossa parte na guarda e na defesa da verdade. Contudo, mesmo tendo entregue o depósi­to aos cuidados de nossas mãos, Deus não retirou as suas mãos desse depósito. Ele mesmo é, afinal, o seu melhor vigia; ele saberá preservar a verdade que confiou à Igreja. Isto nós sabemos, porque sabemos em quem depositamos a nossa confiança, e em quem con­tinuamos a confiar.

Mas devemos resistir a esta tentação. Pois, antes de tudo, fomos chamados a guardar o evangelho, conservando-o puro, a qualquer preço, preservando-o de toda corrupção do mundo que não conhece a Jesus.

Guardá-lo fielmente. Difundi-lo ativamente. Sofrer corajosa­mente por ele. Esta é a nossa tríplice esponsabilidade perante o evangelho de Deus, de acordo com este primeiro capítulo. Não importa mesmo que alguns vanham abandonar o evangelho, como acontecera na época do apóstolo Paulo, pois ele diz: “Estás ciente de que todos da Ásia me abandonaram; dentre eles cito Figelo e Hermógenes”(II Tm 1.15), mas a igreja precisa continuar firme no evangelho do Senhor Jesus.

 II – SOFRER PELO EVANGELHO(II Tm 2.1-26)

Depois de falar sobre a grande responsabilidade de Timóteo e da igreja. O apóstolo nos fala dos grande desafio de Timóteo e da igreja.

O primeiro capítulo termina com a pesarosa referência que Paulo fez à generalizada deserção dos cristãos na província romana da Ásia (1: 15). Onesíforo e sua casa talvez tenham sido a única exce­ção. Agora Paulo insta com Timóteo para que ele se mantenha fir­me, em meio à debandada geral. Esta é a primeira de uma série de exortações similares na carta, que começam com su oun ou su de, “tu, pois” ou “mas tu”, ordenando que Timóteo resista a várias coisas predominantes naquela época.

É co­mo se Paulo lhe dissesse: “Não te importes com o que outras pes­soas possam estar pensando, dizendo ou fazendo. Não te importes com a fraqueza e a timidez que talvez estejas sentindo. Quanto a ti, Timóteo, sê forte!”

No restante deste segundo capítulo de sua carta, Paulo prossegue abordando o ministério do ensino, ao qual Timóteo foi cha­mado, Como ilustração, Paulo faz uso de seis vividas metáforas. As três primeiras são suas imagens favoritas: o soldado, o atleta, e o lavrador. Em cartas anteriores ele já fizera uso delas, em várias ocasiões, para salientar muitas verdades. Aqui todas elas enfatizam que a obra de Timóteo exigirá vigor, envolvendo tanto labuta quanto sofrimento.

Participa dos meus sofrimentos, como um bom soldado de Cristo Jesus (II Tm 2.3,4). O apóstolo estava preso sofrendo por causa do evangelho.Segundo alguns historiadores o imperador Nero em 17 de julho de 64 d.C. querendo reconstruir uma capital mais bonita e moderna incendiou a cidade de Roma.Dos quatorze bairros dez foram destruídos pelas chamas. Os quatro bairros restantes bem povoados por judeus e cristãos deram a Nero o álibi, a Nero  de lançar a culpa sobre os cristãos. Então começou uma grande perseguição contra a igreja. Diz-se que naquela época faltou madeira para fazer cruzes, diante do numero tão grande de cristãos que foram crucificados em Roma. Segundo o comentarista Hernandes Dias Lopes “Foi nesse tempo de atroz e amarga perseguição aos cristãos que Paulo foi preso novamente e jogado numa prisão imunda como um criminoso comum, ou seja, como um malfeitor”. 4Nenhum soldado em serviço se envolve em negócios desta vida, porque o seu objetivo é satisfazer àquele que o arregimentou.

A aplicação de tal versículo não é somente restrita a pastores. Cada cristão é, num certo grau, um soldado de Cristo, ainda que seja tímido como Timóteo. Não importando qual seja o nosso temperamento, não podemos evitar o conflito cristão. Se que­remos ser bons soldados de Cristo, devemos dedicar-nos à bata­lha, comprometendo-nos com uma vida de disciplina e de sofri­mento, e evitando tudo o que possa nos “envolver” e assim nos desviar do seu propósito.

Igualmente o atleta não é coroado, se não lutar segundo as normas(II Tm 2.50).Agora Paulo desvia os seus olhos da imagem do soldado romano para a do competidor nos jogos gregos. Em nenhuma competição atlé­tica do mundo antigo (assim como hoje também) o competidor dava uma demonstração de força ou de habilidade ao acaso. Cada esporte tinha as suas regras para a competição, e às vezes também para o treino preparatório.

Assim, Timóteo e a igreja deve confiar o depósito a homens fiéis. Somente se ele, como Paulo, perseverar até a fim, combatendo também o bom combate, completando a car­reira e guardando a fé, somente assim poderá ele esperar receber, no último dia, a mais desejável de todas as coroas: “a coroa da justiça” (2Tm4:7-8).

O lavrador que trabalha deve ser o primeiro a participar dos frutos(II Tm 2.6).Tendo o atleta de competir com honestidade, o lavrador, por sua vez, tem de trabalhar arduamente. O sucesso na lavoura só é conseguido com muito trabalho. Isso é verdade particularmente em países em desenvolvimento, antes de se ter as técnicas da mecanizaçãomoderna.

A que espécie de colheita se refere o apóstolo? Duas interpre­tações apresentam maiores evidências bíblicas. Primeira, a santidade como colheita. Verdadeiramente, a santi­dade é “fruto (ou colheita) do Espírito”, sendo que o próprio Espírito é o principal agricultor, que produz uma boa safra de qualidades cristãs na vida do cristão. No entanto, nós também temos que fazer a nossa parte. Temos de “andar no Espírito” e “semear no Espírito” (Gl 5: 6; 6: 8), seguindo os seus impulsos e disciplinando-nos, para fazermos a colheita da santidade. Como o Rev. Ryle enfatiza repetidas vezes em seu notável livro Santidade: “não há prêmio sem esforço”.

A segunda interpretação é que a conquista de conversões é também uma colheita. “A seara na verdade é grande”, disse Jesus referindo-se aos muitos que esperam por ouvir e receber o evan­gelho (Mt 9: 37; cf. Jo 4: 35; Rm 1:13).

Somente como igreja, se nos entregarmos sem reservas às nossas labutas como soldados, corre­dores e agricultores, poderemos esperar resultados. Somente se cortarmos a verdade em linha reta e não nos desviarmos dela, se­remos aprovados por Deus e não teremos do que nos envergonhar. Somente se nos purificarmos do que é ignóbil, de todo erro e peca­do, seremos vasos para uso nobre, úteis ao Senhor da casa. Somen­te se formos bondosos e avessos às intrigas, como fiéis servos do Senhor, Deus concederá aos nossos adversários arrependimento, conhecimento da verdade e livramento do diabo.

Tal é a nossa responsabilidade de labutar e sofrer pelo evange­lho. Assim, não é de se estranhar que este capítulo 2 tenha co­meçado com a exortação: “fortifíca-te na graça que está em Cris­to Jesus”.

III – PERMANECER NO EVANGELHO!(II Tm 3)

Deitado em sua cela, prisioneiro do Senhor, Paulo ainda se preo­cupa com o futuro do Evangelho. Sua mente vagueia pensando ora na maldade dos tempos, ora na timidez de Timóteo. Timóteo é tão fraco, e a oposição tão forte! Parece estranho que um ho­mem assim seja chamado, em tal situação, a combater pela verda­de. Assim o apóstolo começa com um vivido esboço desse cená­rio e, em oposição a tal pano de fundo, conclama Timóteo, a des­peito dessa situação caracterizada por um generalizado desvio de Deus, e a despeito da fraqueza de temperamento de Timóteo, a continuar fiel ao que aprendera.

Enfrentando tempos difíceis (vs. 1,2a) –Sabe, porém, isto: nos últimos dias sobrevirão tempos difíceis; 2pois os homens serão egoístas,. .. Por que será que Paulo inicia este capítulo dando uma ordem tão en­fática a Timóteo: “sabe, porém, isto”? Afinal, a existência de uma ativa oposição ao evangelho era evidente.

Os homens maus são descritos (vs. 2-9) – O restante deste primeiro parágrafo do capítulo 3 dedica-se a uma perfeita descrição de tais homens. Paulo delineia particularmente a conduta moral (vs. 24), a observância religiosa (v.5) e o zelo proselitista (vs. 6-9) deles.

3. Permanecendo firme na fé (vs. 10-15), Timóteo e a igreja foram chamados pra viver pela fé.

4. A origem e o propósito da Escritura (vs. 15b-17) – Duas verdades fundamentais a respeito da Escritura são afirmadas aqui. A primeira concerne à sua origem (de onde ela provém) e a segunda ao seu propósito (o que ela pretende).

A primeira verdade é que “toda Escritura é inspirada por Deus”; ela é “soprada” por Deus. Alguns teólogos traduziram as primeiras palavras do versículo 16 assim: “toda Escritura inspirada é proveito­sa”.   Tal tradução daria lugar a uma dupla limitação da Escritura.

A segunda verdade abordada neste trecho refere-se a que Paulo explica o propósito da Escritura: “ela é útil ao ensino”. E isso decorre precisamente do fato de ser inspirada por Deus. Somente a sua origem divina garante e explica a sua utilidade para o homem. Para mostrar o que isso significa, Paulo emprega duas expressões.

Considerando tudo o que foi dito neste capítulo, podemos apreciar a relevância da mensagem de Paulo à nossa sociedade pluralista e permissiva.

 Os “tempos difíceis”, em que estamos vivendo, são desconcertantes. Às vezes nos perguntamos se o mundo e a igreja ficaram loucos, por serem tão estranhos os seus pontos de vista e tão frouxos os seus padrões. Alguns cristãos foram arrastados de seus ancoradouros por uma onda de pecado e de erro. Outros procuram esconder-se, como se fosse a melhor esperança de sobrevivência, a única alternativa para não capitularem. Mas estes processos não são cristãos. “Tu, porém”, Paulo nos diz, como o disse a Timóteo, “permanece naquilo que aprendeste, ainda que a pressão para se acomodar seja muito forte. Não importa que sejas jovem, inexperiente, tímido e fraco. Não importa se acontecer de ficares testemunhan­do sozinho.

 Até aqui seguiste o meu ensino; permanece, pois, da­qui para a frente, naquilo em que vieste a crer. Conheces as cre­denciais bíblicas da tua fé. A Escritura é inspirara por Deus, e útil. Mesmo em meio a estes tempos difíceis, em que os homens maus e impostores vão de mal a pior, ela pode te suprir e te equipar para o teu trabalho. Que a Palavra de Deus te faça um homem de Deus. Permanece leal para com ela, e ela te conduzirá à maturidade cristã.”

IV – PREGAR O EVANGELHO!(II Tm 4)

Este capítulo contém parte das últimas palavras proferidas ou es­critas pelo apóstolo Paulo.    São, certamente, as últimas que fo­ram preservadas.    Foram escritas a semanas, talvez não mais do que poucos dias antes do seu martírio.   De acordo com antiga tradição fidedigna, Paulo foi decapitado na Via Ápia.   Por trinta anos ininterruptos trabalhara como apóstolo e evangelista itinerante.   Fez, na verdade, o que ele mesmo escreve aqui: combateu o bom combate, completou a carreira e guardou a fé (v.7). 

A primeira parte do capítulo toma a forma de uma comovente in­cumbência.   “Conjuro-te, perante Deus”, assim começa.   O verbo diamartyromai tem conotações legais e pode significar “testificar sob juramento” numa corte de justiça, ou “adjurar” uma testemu­nha a assim proceder.   No Novo Testamento refere-se a qualquer “elocução solene e enfática”.   A exortação de Paulo é endereçada, em primeiro lugar, a Timóteo, seu delegado apostólico e represen­tante em Éfeso.   É aplicada, também, a cada homem chamado a um ministério evangelístico ou pastoral, ou mesmo a todos os cristãos.

Há três aspectos da exortação a serem estudados, os quais são: sua natureza (o que Paulo de fato está comissionando a Timóteo), sua base (os argumentos sobre os quais Paulo baseia a sua exorta­ção)e uma ilustração pessoal dela, do exemplo do próprio Paulo em Roma.

1. A natureza da exortação (v.2) – Prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina.

Timóteo deve “pregar” esta palavra; ele deve falar o que Deus falou. Sua responsabilidade não é somente ouvir essa palavra, crer nela e obedecê-la, nem somente guardá-la de toda falsidade; nem somente sofrer por ela e permanecer nela; mas, sim, pregá-la a outros. São as boas novas de salvação para os pecadores. Assim ele deve proclamá-la como um arauto em praça pública (kèryssö, cf. këryx, “um arauto” em 1: 11). Para fazê-la conhecida, deverá levantar a sua voz para todos, sem temor.

Paulo prossegue mostrando quatro sinais que deverão caracte­rizar a proclamação a ser feita por Timóteo.

a.  Uma proclamação urgente- O verbo ephistëmi, “instar”, significa literalmente “assistir”, e assim “estar de prontidão”, “estar disponível”. Aqui, contudo, pa­rece ter o sentido não somente de alerta e zelo mas de insistência e urgência. “Nunca perca o teu sentido de urgência” (CIN). Nu­ma forma lânguida e indiferente, certamente não se faz

b. Uma proclamação contextual-O arauto que anuncia a Palavra deve corrigir, repreender e exortar.

c.Uma proclamação paciente-Mesmo devendo instar (esperando obter das pessoas rápidas deci­sões em resposta à Palavra), devemos ter “toda a longanimidade na espera por essa resposta”. Nunca devemos nos valer do uso de técnicas humanas de pressão ou tentar forçar uma “decisão”.

      d,   Uma proclamação inteligente

Não devemos só pregar a palavra, mas também ensiná-la, ou me­lhor, pregá-la “com toda a doutrina” (këryxon. . . en pasë..didachè). Tal é a instrução de Paulo a Timóteo. Ele deve pregar a Pala­vra anunciando a mensagem dada por Deus, mas deve fazê-lo com um sentido de urgência, deve aplicá-la ao contexto da situação pre­sente, deve ser paciente em seu modo de ser e inteligente na sua apresentação.

2. A base da exortação ( vs. 1, 3-8)

Pede que Timóteo olhe a três direções: primeiro para Jesus Cristo, o juiz e rei que retor­na; em segundo lugar, ao cenário contemporâneo; e, em terceiro, a ele, Paulo, o idoso prisioneiro à beira do martírio.

Conclusão

Helen Roseveare, ela chegou no Congo com 28 anos de idade, a Dra. Helen era médica com doutorado em medicina na Universidade de Cambridge com formação também em enfermagam, solteira, sozinha ela foi para o interior do Congo, em uma em que aquele país passava por uma guerra civil. Ali ela começou a trabalhar, pregar a Palavra de Deus incansavemente. Ela fundou uma escola de enfermeiras treinou em poucos anos cem enfermeiras missionárias e espalhou por todo o país.

Não havendo hospitais naquela região que ela trabalhava como médica, ela escreveu para sua igreja na Inglaterra que enviou uma boa oferta e construiu um hospital com cem leitos, mas o Congo era um país muito perigoso naquela época, certa feita a Dra Helen foi sequestrada por um grupo de rebeldes guerreilheiros, e eles a leveram-na e a mantiveram-na em cativeiro durante um longo período… Ela escreveu em seu diário algumas coisas, ela disse: eles me puxavam pelos pés, batiam em minha cabeça, chutavam-me na boca, quebraram os meus dentes, me humilharam, insultaram, agrediram dia a dia.

Semanas depois ela escreveu: em uma das noites o horror ultrapassou todos os limites, e fui violentamente abusada sexualmente, eu senti que Deus havia me abandonado.

Dias depois, ela escreveu: Logo depois senti uma impressionante presença de Deus que me dizia, Helem estes não são os seus sofrimentos, são os meus e o Senhor me encontrou com braços abertos e indizível amor, seu conforto foi total e eu ententi que o seu amor me era suficiente.

Ela foi liberta do cativeiro, voltou para a Inglaterra, ficou praticamente um ano internada para se recuperar dos dentes quebrados, ossos quebrados, do trauma psicológico emocional, durante um ano.

Depois recebeu alta dos médicos daquele hospital inglês, voltou para a sede da missão  UEC, dizendo eu quero voltar para o Congo. E a diretoria disse: nós não vamos enviá-la a situação do Congo está mais difícil do que antes. Ela disse: se vocês não me enviarem eu saiu da missão para voltar para o Congo porque Deus me quer naquele lugar, eu ainda não pregeuei a palavra a todos que Deus colocou em meu coração.

E a missão a enviou para o Congo, ela voltou para o mesmo lugar, percebeu que os guerelheiros havia destruido aquele lugar… ela deixou aqueles país com centenas de pessoas que houviram a palavra de Deus. Ela foi uma mulher que rodou o mundo dando testemunho, mobilizando jovens para obra missionária.

Segundo o pastor Ronaldo Lidório a missionária Helen antes dela morrer, ela escreveu um artigo, que resume bem o ensino da teologia reformado da centraliadade da palavra de Deus, não apenas uma palavra liturgica,  não apenas uma palavra que tem espaço em nossa biblioteca porque está em nossa língua, mas uma palavra que nos desafia e nos transforma: quando nos transforma e nos empele a pregar este evangelho que tanto mexe com o nossso coração.

Dra. Helem escreve neste artigo o seguinte: “O PROBLEMA É QUANDO NÃO QUEREMOS SÓ JESUS, QUEREMOS JESUS E MAIS ALGUMA COISA, QUEREMOS JESUS E A POPULARIDADE, QUEREMOS JESUS E O SUCESSO, QUEREMOS JESUS E OS APLAUSOS, QUEREMOS JESUS E O RECONHECIMENTO, QUEREMOS JESUS MAS TAMBÉM SERMOS OS PRIMEIROS, E SERMOS OS MELHORES, NÃO MEUS IRMÃOS, NÓS DEVEMOS DESEJAR SÓ JESUS”.

Pastor Eli Vieira

Fonte: Adapitado do Comentário de John Stott de 2 Timóteo

Depois de 30 anos, Mianmar volta a ter execuções de prisioneiros




População está indignada e protestos eclodiram em várias partes do país (foto representativa)

Junta Militar executou arbitrariamente dois líderes pró-democracia

A violência e as atrocidades aumentaram mais do que nunca em Mianmar. As notícias da execução de dois líderes pró-democracia, Ko Jimmy e Phyo Zayar Thaw, na prisão de Insein em Yagon, pelos militares mexeu com os sentimentos democráticos do país. As famílias deles não teve permissão para um último encontro antes da execução. E quando chegaram à prisão, não puderam ver nem sepultar os corpos. 

Cidadãos em vários locais de Mianmar intensificaram os protestos contra a junta militar, enquanto isso, muitos cidadãos ficaram assustados e com medo pelo futuro do país. Guerra ininterrupta, fome e morte são alguns dos desafios presentes. 

Organizações internacionais, grupos étnicos armados e as Forças de Defesa das Pessoas (PDF, da sigla em inglês) condenaram veementemente os militares por causa da execução dos líderes pró-democracia. As PDF também mencionarão que vingarão essas mortes. A morte dos líderes pode causar uma série de eventos, como a intensificação da luta nas regiões de conflito e início de novas lutas. 


Crise humanitária
 

A insegurança em Mianmar aumentou o número de deslocados internos. Muang*, um jovem refugiado disse: “Quando percebemos o que estava acontecendo, fugimos de casa. Nossos vizinhos estavam com medo e nós também. O país está em retrocesso, talvez 20 ou 30 anos de retrocesso, se comparado com os países vizinhos. Muitas crianças crescerão sem bons exemplos no país. O nosso futuro é preocupante”. 

Win Tin*, uma parceira local, compartilhou: “Penso que a essa altura, a junta militar não se importa com a pressão de organizações internacionais e de outros países. Essas execuções revivem o que acontecia há 30 anos em Mianmar, a junta militar está deixando as pessoas com tanto medo que ninguém ousa se opor. As execuções aumentaram a ira das pessoas contra os militares. Muitas pessoas postaram nas redes sociais: ‘Sem perdão. Nunca esqueceremos!’”.


Os cristãos em Mianmar oram pedindo paz para o país, mas a piora das condições, com os incêndios das igrejas e, agora, as execuções, tornam a paz uma realidade ainda mais distante. 


Apoie cristãos perseguidos 


Como uma forma de pressão, cristãos são privados de remédios, acesso a água e Bíblias. Com uma doação, você atende as necessidades mais urgentes dos irmãos na fé e mostra que eles não estão sozinhos. 

Fonte: Portas Abertas

sexta-feira, 5 de agosto de 2022

O PROFETA JOEL FALA HOJE

 



Joel 1:1-2:21

Deus dirige os eventos da História. Não há qualquer casualidade aqui. Os gafanhotos e a seca são agentes de Deus. Eles não agem fora do controle divino. Todas as coisas estão sob seu controle e tudo concorre para a realização de sua soberana vontade.

Joel desejava que o povo de Judá compreendesse o que Deus estava falando por meio da praga e da seca. Em nosso tempo, as nações do mundo estão passando por secas e fome severas, epidemias assustadoras, terremotos inesperados, enchentes devastadoras e outras "catástrofes naturais", sendo que tudo isso tem afetado profundamente a economia global e, no entanto, poucas pessoas se perguntam: "O que Deus está nos dizendo?" Joel escreveu seu livro para que o povo soubesse o que Deus estava lhes dizendo por meio desses acontecimentos críticos.

Ao olharmos para aquele momento em que o servo de Deus pregou, devemos perguntar: o que nos ensina a mensagem do profeta Joel? A mensagem de Joel nos ensina que:

1-A LAMENTÁVEL SITUAÇÃO DEVE NOS MOTIVAR A CLAMAR A DEUS (Joel 1.14,19).

O profeta Joel foi levantado por Deus para transmitir a sua mensagem em um momento marcado pela crise, causada principalmente por causa da seca e da praga de gafanhotos. A situação da terra é descrita no capítulo 1 e pode ser resumida nos versículos 10 e 14b, onde podemos ver: a devastação do campo; cessação do serviço religioso, crise espiritual, tristeza e desolação.

Este era o cenário que traduzia a lamentável situação da terra. Diante deste quadro desolador em que a nação se encontrava, muitas pessoas murmuravam, choravam, lamentavam, etc. Diante deste cenário econômico triste e desafiador para os habitantes de Judá, o profeta exorta o povo a clamar ao Senhor e promulgar um santo Jejum (Joel 1:14).

O profeta Joel nos ensina, que a lamentável situação deve nos motivar a buscar a Deus e não murmurar. Devemos clamar aquele que é poderoso para intervir e mudar a situação lamentável que muitas vezes enfrentamos. Esse deve ser o Projeto do Povo de Deus. Esse deve ser o projeto da Igreja na atualidade em que estamos vivendo em nosso país e no mundo, em meio crise política, moral e espiritual da nossa nação e do mundo. Deve ser o meu e o seu projeto em momentos de lutas, certos de que Deus ouve e responde a orações dos seus servos.

2- AS MISERICÓRDIAS DE DEUS, DEVE NOS LEVAR AO ARREPENDIMENTO (Joel 2.12-19).

Judá estava vivendo um momento de tristeza e dor, porque havia se afastado da Palavra de Deus e do Deus da Palavra, e como consequência deixaram-se levar pelo pecado.

O povo estava sendo disciplinado pela seca e pela praga, permitidas por Deus, para falar à nação que ela precisava se arrepender dos seus pecados, e olhar para as misericórdias do Senhor que controla todas as coisas, que não se limita as concepções humanas. Naquele momento, o profeta prega que Judá precisava abandonar os seus pecados e voltar-se para Deus, confiando somente em suas misericórdias e pedir perdão de todo coração.

Hoje, quando nós olhamos para o Brasil e o mundo, podemos ver a idolatria, a injustiça social, feitiçaria, violência, prostituição infantil, o sincretismo religioso, etc., isto é, a depravação total. A solução para situação em que estamos vivendo, é o homem se a arrepender dos seus pecados e confiar nas misericórdias de Deus, na certeza de que no Senhor, há perdão e restauração para todos que se rendem a Jesus.

3-AS PROMESSAS DE DEUS, DEVE NOS ENCHER DE ESPERANÇA (Joel 2.18-32).

Em Joel 2:18 o Senhor se mostra zeloso de sua terra, compadecendo-se do Seu povo e promete bênçãos grandiosas. Podemos classificar estas bênçãos, como sendo de ordem: materiais, espirituais e eternas. Deus promete ao povo normalidade na produção, dizendo:”… eis que vos envio o cereal e o vinho, e o óleo… os pastos do deserto reverdecerão, porque o arvoredo dará o seu fruto, etc. (2:19,22-26). Deus promete proteção (2:20,21,27), estabilidade climática (2:23), fartura e alegria (2:24,26) e o derramamento do Espírito Santo (2:22-32). Diante de tais promessas de Deus, o profeta Joel desafia o povo de Judá a renovar a esperança.

Meus irmãos, diante das promessas do Senhor, nós somos desafiados a nos enchermos de esperança, e não ficarmos desanimados, murmurando, chorando, etc. Como o teólogo calvinista suíço Emil Brunner disse: “O que o oxigênio significa para os pulmões, é a esperança para o sentido da vida”. Hoje, diante das dúvidas e incertezas, há muita gente ansiosa, desesperada, buscando um sentido para a vida nos prazeres carnais, nas drogas, nas religiões, etc., sem, contudo, encontrar uma saída, porque estão pondo suas esperanças onde não há esperança. Como igreja do Senhor, devemos confiar nas promessas de Deus e no Deus das promessas, na certeza de que Ele pode mudar a nossa situação e vai mudar se nos voltarmos para Ele, como Ele nos ensina em Sua Palavra (2 Cônicas 7.13,14).Desperta! É tempo de confiarmos nas promessas de Deus e nos voltarmos para Ele.

Portanto, não sei qual é o teu problema hoje, mas eu sei que o nosso Deus não mudou, ele é imutável, ele permanece o mesmo. Por isso podemos confiar nas suas promessas e nos encher de esperanças e ouvir o que o profeta Jeremias também nos diz em Lamentações 3:21 ” Quero trazer a memória o que me pode dar esperança”. O que você está trazendo a memória neste momento? Pare e pense? Olhe para Deus, independente das circunstâncias, clame ao Senhor, confie nas suas misericórdias e firme a sua vida nas promessas do Senhor, na certeza de que há esperança para mim, para você o Brasil. No Senhor está a nossa Salvação.

Autor Pr. Eli Vieira é formado pelo Seminário Presbiteriano do Norte e pastor da Igreja Presbiteriana Semear Itabuna-BA.

quinta-feira, 4 de agosto de 2022

Uma visão do crescimento da igreja

 


Com base no texto de 2 Reis 6.1-7, aprenderemos alguns princípios sobre o crescimento da igreja.

O texto de 2 Reis 6.1-7 ensina alguns princípios importantes sobre o crescimento da obra de Deus. O contexto está ligado com a escola de profetas nos dias do profeta Eliseu, discípulo de Elias. O professor era um homem comprometido com a Palavra e com a oração. Nesse tempo, os milagres de Deus eram operados, confirmando a palavra dos profetas. Em virtude desse exemplo, havia muitos jovens sendo vocacionados para o profetismo em Israel. Quando os professores andam com Deus, eles motivam outros a também conhecerem a intimidade de Deus. O seminário estava pequeno para o crescimento da demanda vocacional. Uma espécie de reavivamento estava acontecendo na casa de profetas. Não era tempo de estagnar o ímpeto vocacional nem dispensar novos estudantes. Era tempo de alargar as fronteiras, ampliar a tenda, criar mais vagas e ver o crescimento da obra. O texto em tela enseja-nos alguns princípios sobre o crescimento da igreja. Vejamos:

Em primeiro lugar, é preciso ter uma visão de empreendedorismo e crescimento. Em vez de dispensar os novos candidatos que estavam sendo despertados para a vocação profética, os seminaristas resolveram ampliar as dependências do seminário. Eles foram empreendedores e resolveram trabalhar para ampliar a casa de profetas. O crescimento da igreja começa com a visão de líderes que desejam vê-la crescer e que trabalham para isso. Precisamos de líderes que estão gratos pelo que já alcançaram, mas não conformados com o que já obtiveram. A igreja tem o tamanho da visão de seus líderes. Se Deus amou o mundo, nossa visão não pode ser menor do que o mundo. Se Jesus morreu para comprar com o seu sangue os que procedem de todos os povos, línguas e nações, precisamos ampliar nossa visão de crescimento. Não podemos nos acomodar. Precisamos subir nos ombros dos gigantes e ter a visão do farol alto. Precisamos empreender e alargar as estacas da nossa tenda. A igreja pode crescer, deve crescer e precisa crescer.

Em segundo lugar, precisamos nos unir com pessoas que têm a mesma visão de crescimento. Os alunos da escola de profetas compartilharam a visão com Eliseu e o convidaram a participar com eles do projeto de expansão. Precisamos nos unir com pessoas que amam ao Senhor e desejam ver o crescimento da obra. Precisamos de parcerias inspiradoras. Ninguém realiza grandes projetos sozinho. Somos um corpo, uma equipe. Precisamos da cooperação de todos. O projeto de crescimento da igreja não é adição, mas multiplicação. Se todos colocarem a mão no arado; se todos se envolverem; se todos estivem motivados e trabalhando com o mesmo propósito e com a mesma motivação, a igreja avançará e alargará sua tenda.

Em terceiro lugar, precisamos de ferramentas adequadas para fazer a obra. Os estudantes empunharam machados afiados. Cada um tinha um machado nas mãos. Eles foram cortar árvores para ampliar a casa de profetas e precisavam de ferramentas adequadas. O machado tem o poder do corte. O machado é o instrumento. O machado é um símbolo do poder do Espírito. Sem essa ferramenta não conseguimos atingir nosso objetivo de expandir a casa de Deus. Não fazemos a obra de Deus com a força do braço da carne. Não é por força nem por poder, mas pelo Espírito de Deus que realizamos a obra de Deus.

Em quarto lugar, precisamos compreender que enquanto trabalhamos na obra acidentes de percurso podem acontecer. Enquanto um moço de Eliseu derrubava um tronco o machado caiu na água e foi parar no fundo do rio Jordão. O jovem profeta se desesperou e disse: “Ai! Meu Senhor! Porque era emprestado”. No trabalho também enfrentamos perdas, dores, baixas e acidentes. Nem sempre lidamos com situações favoráveis. Perdas, prejuízos, doenças, fragilidades nos assaltam, mesmo quando estamos na lida. As crises podem nos pegar de surpresa, porém, não deixam nosso Deus em apuros. Elas são pedagógicas. Nossas crises são oportunidades para Deus nos demonstrar sua providência milagrosa.

Em quinto lugar, precisamos recorrer ao extraordinário de Deus quando chegamos ao fim dos nossos recursos. O moço recorreu a Eliseu e Eliseu cortou um pau e lançou-o no rio e fez flutuar o machado. Então, o moço estendeu a mão e o apanhou. Enquanto fazemos a obra, Deus opera suas maravilhas. Quando chegamos ao fim dos nossos recursos Deus opera o extraordinário. A igreja nunca pode perder a expectativa do extraordinário de Deus no ordinário da vida.

É tempo de avançarmos! É tempo de alargar nossas fronteiras! É tempo de crescimento!

Hernandes Dias Lopes é pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil, escritor, membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil e diretor executivo da Editora Luz para o Caminho.

FONTE: GUIAME, HERNANDES DIAS LOPES

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