quinta-feira, 21 de julho de 2022

Igrejas históricas ajudam cristãos a recomeçar a vida no Iraque

 


Centros de Esperança apoiam a construção de um futuro com esperança

Após anos de conflitos, cristãos enfrentam o desafio de reconstruir seus lares e igrejas

Em 2014, Sana implorou para saber para onde o marido e os dois filhos seriam levados durante ataque no Iraque. Com a arma apontada para sua cabeça, o agressor mandou que ela se calasse e fosse embora. Ela foi enviada pelo Estado Islâmico para Erbil, capital da parte norte do Iraque.  

O cansaço da espera pelo reencontro com a família pesou sobre ela, além das memórias do ataque. Apesar de oito anos terem se passado, o marido e os filhos permanecem desaparecidos. Muitos cristãos viveram histórias parecidas, mas se mantêm em silêncio por causa da vergonha ou medo.  

“Nosso povo não gosta de falar sobre suas dores e o que acontece dentro deles. Não gosta de lembrar o que aconteceu no ataque do Estado Islâmico”, conclui o líder cristão Ammar. Curar as feridas da perseguição demanda tempo, por isso continuamos a ajudar os cristãos iraquianos nos Centros de Esperança

Centros de Esperança 

Algumas igrejas históricas abrigam Centros de Esperança no Iraque e em outros países do Oriente Médio. O objetivo desses locais é ajudar cristãos a lidarem com os traumas, a reconstruir a vida, casas e igrejas destruídas nos ataques.  

Ammar diz: “O Estado Islâmico destruiu mais do que os prédios, eles destruíram seres humanos”. No Iraque, não há locais adequados para cuidado da saúde mental. Nos Centros de Esperança os cristãos encontram recursos, orientações, ajuda prática e espiritual de que precisam para recomeçarem suas vidas. 

Ammar acrescenta: “Pessoas como Sana precisam de apoio completo. Ter pessoas dispostas a ouvir e a estar por perto faz toda a diferença na vida desses cristãos. Eles precisam de alguém que aponte para um futuro de esperança”.  

Fortaleça o que resta 

Igrejas históricas correm o risco de desaparecer do Oriente Médio, há uma necessidade urgente de que os irmãos ao redor do mundo as fortaleçam para que continuem a ser a presença cristã em países de maioria muçulmana. Ajude a espalhar o amor e a graça de Deus na região com uma doação



Fonte: Portas Abertas

Cristãos evangelizam no Irã por telefone e levam mais de 500 pessoas a Jesus

 


Imagem ilustrativa de homem orando ao lado do telefone. (Foto: Heart4Iran/Facebook)

A Heart4Iran disponibiliza conselheiros de oração 24/7, para ministrar por telefone.

Irã é um dos países que mais reprimem o cristianismo. O governo entende que a conversão de muçulmanos ao cristianismo é uma ameaça ao domínio islâmico no país e, por isso, os cristãos ex-muçulmanos são rotulados como traidores.

“A perseguição é colocar o medo no coração e na mente de alguém, para tentar paralisá-lo com medo. O medo é muito perigoso”, disse Nazanin (nome fictício por razões de segurança), à Mission Network News.

Nazanin e seu marido plantaram igrejas no Irã, mas tiveram que fugir décadas atrás por causa da perseguição. “As autoridades do governo odiavam os cristãos com paixão”, lembra ela.

O Irã é o 8º país na Lista Mundial da Perseguição da Portas Abertas devido à sua repressão contra o cristianismo. “Eles queriam fechar a igreja e perseguir os cristãos. Lembro que eles vinham e aterrorizavam as pessoas”, confirma Nazanin.

Medo x Fé

Hoje, Nazanin supervisiona o Call Center 24 horas da Heart4Iran, uma rede de ministérios cristãos que atuam no Irã através da mídia e do rádio.

Até agora, em 2022, a Heart4Iran recebeu 515 profissões de fé de novos cristãos no Irã e nas regiões vizinhas. Seus conselheiros de oração estão disponíveis 24 horas por dia, 7 dias por semana, para ministrar às pessoas por telefone.

Nazanin diz que quando os iranianos ligam pedindo oração ou têm dúvidas sobre Jesus, o governo tenta afastá-los. “Depois que desligam, eles recebem uma gravação: ‘Você ligou e está em perigo, vamos persegui-lo, vamos te prender, vamos te encontrar’”, conta. “Eles assustam para que não nos liguem novamente.”



Igreja doméstica no Irã. (Foto: Heart4Iran/Facebook)

Ela pede orações para que o Call Center da Heart4Iran possa alcançar mais pessoas e para que o medo seja superado com fé. “O medo faz as pessoas buscarem a paz e se apegarem a Jesus mais desesperadamente, porque Jesus é o único que pode derrotar a morte e o medo”, destaca Nazanin.

Os operadores do Call Center também ministram às pessoas através das mídias sociais. Nazanin diz que no Facebook, há muitas conversas, especialmente com os mais jovens.

Para alguns afegãos e iranianos, “é a primeira vez que ouvem sobre o Evangelho. Eles ficam chocados”, continua ela.

“Eles fazem muitas perguntas e mantêm todos nós ocupados. Alguns de nós tiveram que trabalhar tarde da noite, apenas conversando e respondendo suas perguntas, trazendo versículos da Bíblia e ensinando a eles o básico”, disse.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA MISSION NETWORK NEWS

quarta-feira, 20 de julho de 2022

Jesus e Marx: o diálogo impossível

 



No curso ministerial de teologia da Igreja em que congrego – Igreja Reformada Ortodoxa – resolvemos preparar e ministrar seis breves aulas sobre Teologia Reformada e política. Inicialmente, as aulas seriam apenas para os que fazem o nosso modesto curso. Mas, convencidos da necessidade de toda igreja, resolvemos transformá-las em aulas abertas a toda congregação. O artigo que escrevo é uma suma da parte que me coube, a saber, o marxismo e sua relação com a realidade e com a Igreja. Evidentemente não passa nem perto de ser exaustivo. É apenas uma contribuição a um debate que tem sido levado a cabo por irmãos e pensadores muito mais capacitados.

Insistentemente tem sido estudado, debatido e combatido por nós, cristãos bíblicos e conservadores, o que comumente se denomina marxismo cultural. Afirmo, a título de explicação, que todo o marxismo deveria, a princípio, ser tratado como cultural, na medida que está inserido como ideia ou ideologia em qualquer cultura determinada historicamente. Entretanto, o termo foi cunhado para definir uma nova visão criada pelos próprios marxistas para responder teórica e praticamente a uma série de desafios ao seu pensamento, ainda no início do século XX.

Na perspectiva de Karl Marx e de seus seguidores, o socialismo era uma verdade inexorável, que seria infalivelmente vitoriosa ainda nos estertores do século XIX e no alvorecer do XX. As contradições inerentes ao capitalismo, catapultadas pelo que eles julgavam ser o motor dialético da História, a luta de classes, levariam a ruína do capital e a vitória final do comunismo. A perspectiva clássica marxista era que o conflito mortal entre a burguesia detentora da propriedade privada sobre os meios de produção e o proletariado produtor da riqueza, mas alienado dela e do resultado final de seu trabalho, geraria uma nova sociedade governada pelos interesses do proletariado, o socialismo. Note que o socialismo, para os marxistas, ainda não seria o fim da História; o fim só seria alcançada na “plenitude” comunista, a perfeita e escatológica sociedade. 

Marx não via sua doutrina como ideologia. Para ele, ideologia tinha um sentido bastante negativo, na medida em que era uma ferramenta para falsear a realidade a serviço da classe dominante. Ele a via como uma cosmovisão. Seus seguidores ainda a veem assim, sendo capazes de explicar a totalidade do cosmos. Assim escapam de si mesmos, retirando de suas doutrinas a pecha de falseadoras da realidade e, ao mesmo tempo, são alçadas ao status de explicadoras da realidade. Insisto, o marxismo é só uma ideologia e, como tal, possui um fundamento religioso por ser idólatra, gnóstico e oferece um simulacro de redenção e de escatologia. Idólatra porque retira Deus do seu lugar primeiro. Gnóstico porque enxerga parte da criação como intrinsecamente má. Falsamente redentor porque credita ao homem a auto redenção e deposita no comunismo a esperança do fim da História.

No seu modo mais clássico, o marxismo alimenta a ideia que todo modo de produção é formado por uma imbricada teia de infra e superestrutura. Resumidamente, a infraestrutura seria a base econômica, e a superestrutura as relações sociais, políticas, jurídicas e culturais. Em última análise, a infraestrutura determinaria a superestrutura. Entretanto, essa visão materialista da História foi colocada em xeque ainda no começo do século XX. Na Europa, o socialismo Fabiano, os reformistas da social democracia, a própria Igreja Romana e as protestantes propunham um caminho diferente, marcadamente reformista e pacífico. Ao fim da primeira guerra, os marxistas que esperavam uma explosão revolucionária tiveram que contentar-se com a experiência russa de 1917, experiência que derrubou de vez o princípio marxista clássico de que o socialismo se daria em um capitalismo plenamente desenvolvido e prenhe de contradições. A revolução russa ocorreu em um país agrário e atrasado. O que surgiu dessa experiência foi uma aberração totalitária, burocrática e assassina que recebeu o nome de marxismo-leninismo.

É assim, contextualizado, que devemos entender o surgimento do chamado marxismo cultural ou neo marxismo. O marxismo cultural nasceu da combinação dos pensamentos do marxista italiano Antonio Gramsci e da Escola de Frankfurt, um grupo de intelectuais marxistas que se reuniram nessa instituição para repensar o marxismo e sua aplicação. Gramsci, após viver na URSS e de sua experiência sob o fascismo de Mussolini, entendeu que era necessário uma releitura do marxismo, já que o modelo clássico de Marx e a aplicação da doutrina na Rússia agrária foram um retumbante fracasso. Ele percebeu que proletariado tinha outras lealdades que não só de classe (família, religião, esporte, etc.) havia sido “corrompido” pelas “benesses” capitalistas e já não se encontrava tão disposto a aventuras revolucionárias. Propôs, então, uma reavaliação que se traduziria na inversão da equação infraestrutura determinando a superestrutura. O ponto central a ser atacado não seria mais, segundo ele, as condições materiais ou objetivas, mas as condições subjetivas, isto é, a cultura no seu sentido mais amplo. Gramsci defendeu a formação do que ele chamou bloco histórico, formado pelo proletariado, minorias oprimidas e intelectuais orgânicos dirigidos pelo partido comunista. Tal bloco histórico deveria alcançar uma hegemonia cultural, disputando com a burguesia os corações e mentes das “massas oprimidas”. A disputa pela hegemonia cultural seria a nova estratégia revolucionária.

A Escola de Frankfurt absorveu e aperfeiçoou a nova estratégia. Intelectuais marxistas como Max Horkheimer, Theodor W. Adorno, Herbert Marcuse, Erich Fromm, fundadores da instituição, levaram adiante a ideia não só da subversão, mas da destruição da cultura, através da desconstrução das tradições familiares, religiosas, políticas e jurídicas. Um dos principais objetivos era e continua sendo destruir a crença em Deus. Deus é o entrave que os impede de desorganizar, subverter e destruir a cultura e as tradições. A estrutura familiar tradicional, conforme criada por Deus, também deveria e deve ser, segundo eles, destruída. O despejamento de denúncias e ataques contra a heterossexualidade e contra o papel do homem conforme a criação também é parte da destruição da ordem vigente. O feminismo igualitarista, a teoria dos gêneros, o movimento negro radical, o “ambientalismo” violento, a militância LGBT fazem parte do pacote marxista travestido de movimentos justos e aceitáveis. Todos eles têm em comum o fato de sustentarem-se em “minorias oprimidas” falsamente vítimas da “opressão” capitalista. A agenda de tais movimentos é anticapitalista e claramente comunista.

Fica bastante claro que as manifestações do marxismo cultural em nossa época e realidade são indiscutíveis. O Brasil é governado por marxistas que têm a perspectiva estratégica do marxismo cultural. O PT a aplica com extrema eficiência; seus aliados são movidos pelo mesmo objetivo. No entanto, o maior perigo para os crentes está na absorção desses ideais revolucionários e antibíblicos pela Igreja. Desde o século XIX, a Igreja tem sido permeável ao marxismo. Dói na carne constatar que um dos principais veículos de propagação do marxismo nas Igrejas são pastores e teólogos de confissão tradicional. Por exemplo, o Evangelho Social do pastor americano/alemão Walter Rauschenbusch, no século XIX, que ao priorizar, mesmo que bem intencionado o papel social da Igreja (sob a pressão das péssimas condições de vida durante a segunda revolução industrial) se equivocou ao desfocar o objetivo da mesma, que é, sobretudo, adorar a Deus.

Mas é na fé Romana que o marxismo encontrou sua morada mais alvissareira. Desde a publicação da encíclica Rerum Novarum pelo papa Leão XIII, em 1891, os católicos já expressavam sua preocupação com as questões sociais e, ao mesmo tempo, com a necessidade de responder ao marxismo. Nos anos sessenta, certamente fruto das inquietações da época, o Concílio Vaticano II aprofundou as doutrinas sociais católicas, agora mais influenciadas pelo liberalismo teológico e pelo próprio marxismo. As bases que permitiriam o surgimento da Teologia da Libertação estavam dadas. Na América Latina, liderados por teólogos católicos como Leonardo Boff, Jon Sobrino e Juan Luis Segundo, a Teologia da Libertação aprofundava seu diálogo com o marxismo sob a égide de que o evangelho exige a “opção preferencial pelos pobres”, estigmatizando Jesus como um líder revolucionário e reduzindo-o a um ativista político. A Teologia da Libertação foi responsável no Brasil pelo aprofundamento do antibíblico e improvável diálogo entre cristianismo e o marxismo. A partir dela foram lançadas as bases para o surgimento do PT e da CUT, já que parte da liderança esquerdista brasileira nasceu nos movimentos sociais católicos.

“A Teologia da Missão Integral é uma variante protestante da Teologia da Libertação”! Essa afirmação não é minha, mas de um dos principais teólogos da TMI (Teologia da Missão Integral). A TMI é uma pretensa renovação missionária protestante na América Latina, baseada na perspectiva do diálogo entre o marxismo e a Igreja de Cristo, na necessidade de ampliar a tarefa missionária com ações sociais e preocupação com as condições de vida do evangelizado; porém, não a partir das Escrituras, como deveria ser, mas de pressupostos marxistas como classes sociais, luta de classes, estatismo e consciência crítica. Os fundamentos da TMI e da TL são os mesmos: transformar o evangelizado em um potencial soldado das transformações sociais. O missionário cristão não deve, segundo eles, pregar a Palavra Redentora somente, mas influenciar as organizações sociais e a consciência, tornando-a crítica e anticapitalista, sob um verniz de caridade e atenção aos pobres. Não que Deus não nos tenha ordenado cuidado com os mais pobres, mas o fez sob a lógica única e inerrante de sua Palavra.

Concluo afirmando que não há possibilidade de um diálogo entre o marxismo e o cristianismo. São fundamentados por pressupostos antagônicos e irreconciliáveis. O cristianismo bíblico sustenta-se em uma premissa fundante, irrevogável, eterna e perfeita, no próprio Deus. O marxismo é uma ideologia constitutiva de uma cosmovisão antropocêntrica, essencialmente falha e idólatra. Os crentes, por sua vez, devem se preocupar e se envolver com a política, mesmo porque cremos que tudo pertence à soberania de Deus e tudo o que Ele fez é bom. A ideia falaciosa e herética que há partes na criação que são estruturalmente más deve ser evitada. Calvino, em suas “Institutas”, via com apreço a autoridade e o governo civil como servos de Deus que deviam ser respeitados e considerados. Para o cristão reformado não há separação entre o sagrado e o profano; por isso, debater e intervir politicamente na sociedade é saudável. Evidentemente que nossa intervenção deve ser balizada pela Palavra de Deus. Se estivermos fundamentados na Palavra de Deus, nossas predileções partidárias, nossas escolhas políticas e nosso voto excluem qualquer possibilidade de aproximação com partidos de esquerda ou com posições de extrema direita inclinadas ao fascismo e a violência. No fim, todas as coisas devem ser feitas para glória de Deus, inclusive a política. Mesmo que nenhum sistema econômico ou regime político sejam perfeitos em razão da queda, podemos nos voltar para políticos e propostas que se aproximem da vontade soberana de Deus exposta irrevogavelmente nas Escrituras Sagradas.

SOLI DEO GLORIA!

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Autor: Davi Peixoto
Divulgação: Bereianos /https://bereianos.blogspot.com/2015/08/jesus-e-marx-o-dialogo-impossivel.html

No Sri Lanka, cristãos realizam marchas de oração para interceder pela nação

 




O povo do Sri Lanka está vivendo um momento caótico. (Foto: Portas Abertas)

O país está passando por momentos difíceis com instabilidade política, crise de combustíveis e cortes de energia.

Em Colombo, capital do Sri Lanka, as igrejas organizaram marchas de oração e grupos cristãos estão intercedendo pela nação que passa por momentos difíceis. 

O país vive uma grande instabilidade política, especialmente depois do dia 9 de julho, quando os protestos contra o presidente Gotabaya Rajapaksa, resultaram na fuga dele em um jato militar.

O povo tem sido desafiado de muitas formas, entre elas a crise de combustíveis, dificuldade de transporte por causa das estradas fechadas, toque de recolher, cortes de energia e acidentes entre ônibus e trens. 

A Igreja no país ora pela paz e pede para que as pessoas depositem sua esperança em Deus. Muitas famílias passam por dificuldades financeiras e precisam de ajuda com a alimentação.

Cenário atual

Grandes empresas e partidos políticos participaram dos protestos pedindo a saída do presidente e a mudança no sistema político do país. Muitos conflitos foram relatados entre policiais e protestantes nas manifestações. 

Apesar do presidente anunciar a renúncia no dia 13 de julho, ele fugiu para as Maldivas antes de cumprir a promessa. Durante o protesto, a casa dele foi invadida e a residência do atual primeiro-ministro, Ranil Wickremesinghe, foi incendiada. 

O irmão de Gotabaya, Mahida Rajapaksa, que era o primeiro-ministro, foi deposto por protestos em maio deste ano.  

Fé acima de tudo

No país onde prevalece a religião budista, os cristãos são tratados com hostilidade. Muitos deles são insultados e até atacados por causa de sua fé. 

Além das dificuldades enfrentadas por todos os cingaleses, os cristãos ainda enfrentam a falta de liberdade religiosa e a perseguição. 

Mas, apesar das turbulências, os seguidores de Cristo têm mostrado compromisso e perseverança na caminhada da fé e pedem orações para a igreja global, durante os momentos difíceis que estão vivendo. 

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE PORTAS ABERTAS

Cristãos na Nigéria se reúnem para louvar a Deus apesar da perseguição; assista

 


A Nigéria foi o lugar onde mais cristãos morreram em 2021. (Foto: YouTube/International Christian Concern).

O país africano foi o lugar onde mais cristãos morreram em 2021, registrando mais de 4 mil assassinatos.

Mesmo enfrentando perseguição constante e vivendo sob o risco de novos ataques, cristãos na Nigéria se reuniram recentemente para louvar a Deus, em uma conferência, no estado de Plateau.

A International Christian Concern (ICC), organização cristã que monitora a perseguição no mundo, recebeu um vídeo, que mostra os crentes nigerianos adorando no evento de oração.

“Esses crentes têm uma alegria profunda que não pode ser roubada. Isso traz à mente uma passagem de Habacuque em que o profeta expressa seus louvores ao Senhor, apesar da destruição que se desenrola ao seu redor”, afirmou a organização.

https://youtube.com/watch?v=VG_j2keT8j4%3Fstart%3D49

As comunidades cristãs na Nigéria se tornaram alvos constantes de ataques de radicais Fulani, devido a sua fé.

O país africano foi o lugar onde mais cristãos morreram em 2021, registrando 4.650 mortes, segundo o relatório da Portas Abertas. O número de cristãos sequestrados também foi maior na Nigéria, com mais de 2.500.

A Nigéria ficou atrás apenas da China no número de igrejas atacadas, com 470 casos, segundo a Portas Abertas.

Ataques de fulanis

Com milhões na Nigéria, os Fulani predominantemente muçulmanos compreendem centenas de clãs de muitas linhagens diferentes, alguns aderem à ideologia islâmica radical, observou o Grupo Parlamentar de Todos os Partidos do Reino Unido para a Liberdade Internacional ou Crença (APPG), em um relatório recente.

“Eles adotam uma estratégia comparável ao Boko Haram e ISWAP [Província do Estado Islâmico da África Ocidental] e demonstram uma clara intenção de atingir os cristãos e símbolos potentes da identidade cristã”, afirma o relatório da APPG.

Líderes cristãos na Nigéria disseram acreditar que os ataques de pastores às comunidades cristãs no Cinturão Médio da Nigéria são inspirados por seu desejo de tomar à força as terras dos cristãos e impor o Islã, pois a desertificação tornou difícil para eles sustentar seus rebanhos.

Cristã morta por uma mensagem de Whatsapp

Em maio deste ano, o assassianto brutal da estudante cristã Deborah Samuel em Sokoto chocou o mundo. A jovem de 25 anos foi espancada e queimada até a morte por seus colegas muçulmanos, sob a acusação de blasfemar contra Maomé.

Uma simples mensagem de Whatsapp, dizendo “Jesus Cristo é o maior. Ele me ajudou a passar nos exames” a levou à morte.

“A situação na Nigéria continua a se deteriorar. O fracasso total do governo nigeriano em reinar no extremismo criou um ambiente em que os extremistas se sentem justificados para atacar os cristãos”, declarou David Curry, CEO da Portas Abertas.

Na Lista Mundial da Perseguição de 2022 dos países onde é mais difícil ser cristão, a Nigéria saltou para o sétimo lugar, sua classificação mais alta de todos os tempos, do 9º lugar no ano anterior.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE INTERNACIONAL CHRISTIAN CONCERN

terça-feira, 19 de julho de 2022

Médico deixa carreira nos EUA para servir como missionário na África: “É um privilégio”

 


O Dr. Allan Sawyer serve como médico missionário na Samaritan’s Purse. (Foto: Cortesia de Allan Sawyer/The Christian Post).

O Dr. Allan Sawyer vendeu sua clínica ao atender o chamado de Deus para ser um médico missionário.

O Dr. Allan Sawyer, dos Estados Unidos, escolheu cursar medicina depois de ouvir um testemunho de um médico que servia em viagens missionárias no exterior.

Allan a recém tinha entregado sua vida a Cristo e sentiu que Deus estava o chamando para servir como médico em lugares com acesso precário à saúde. Na época, o jovem cursava Engenharia Industrial na Universidade de Stanford.

“Eu ouvi o Senhor dizer: ‘Allan, se você mudar de curso, você pode fazer o que ele está fazendo!’”, contou Sawyer, ao The Christian Post.

“Saí da igreja e imediatamente mudei meu curso na semana seguinte para biologia, o que imediatamente pareceu a decisão certa. Foi tudo devido a esse testemunho e Deus falando através dele para mim!”.

Após se formar em Biologia, Allan foi para a Universidade Oral Roberts para cursar medicina e se especializou em ginecologia e obstetrícia. Logo, o cristão abriu sua própria clínica em Phoenix, no Arizona.

Em 2003, à convite de um colega que fazia missões, Allan fez sua primeira viagem missionária da Samaritan’s Purse, para Papua Nova Guiné.

“Vimos centenas de pessoas com todos os tipos de doenças. Eu sabia que havia encontrado uma organização onde eu poderia usar minhas habilidades para a glória de Deus de uma nova maneira”, disse ele.

Nos anos seguintes, o médico viajou para países da África para levar alívio e cuidados para pacientes em vulnerabilidade.



O Dr. Allan Sawyer serve como médico missionário na Samaritan’s Purse. (Foto: Cortesia de Allan Sawyer/The Christian Post).

“Há simplesmente uma escassez de médicos treinados na África Subsaariana. Há muitos países onde há um cirurgião geral para cada 2,5 milhões de pessoas e um ginecologista para cada 4,5 milhões de pessoas. Além disso, a maioria dos hospitais de lá quer ser pago antecipadamente, então os pacientes morrerão nas escadas porque não podem pagar. Muitas vezes eles têm que viver com sua dor”, relatou Allan.

Sendo as mãos e os pés de Jesus

O médico passou a fazer viagens missionárias várias vezes ao ano e em 2017, decidiu vender sua clínica para servir em equipes de missões em tempo integral.

Desde lá, o Dr. Sawyer já viajou para Papua Nova Guiné, Quênia, Togo, Zâmbia, Camarões e Uganda.

“Muitas vezes estou lidando com pessoas que perderam toda a esperança. Nós lhes damos a esperança de Jesus. Ao dar um excelente atendimento médico, sendo as mãos e os pés de Jesus, aos pacientes que não podem pagar pelo atendimento, aos olhos deles, você ganhou o direito de compartilhar o Evangelho. É o ministério da medicina que abre a porta do Evangelho com esses pacientes”, testemunhou ele.

Quando perguntado o que o motiva seguir viajando com equipes missionárias em países distantes, Allan responde que é a satisfação em cumprir o propósito de Deus para sua vida.

“Acho que Deus me deu habilidades e aptidão para este trabalho, e quando vou servir em missões onde cuido de pessoas e o parto de seus bebês, sinto o prazer de Deus. Dar essa esperança às pessoas que a perderam e fazê-lo em nome de Jesus é um privilégio”, declarou.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO THE CHRISTIAN POST

segunda-feira, 18 de julho de 2022

ENCORAJAMENTO DIVINO

 


Atos 18.9-11

            O apóstolo Paulo está em Corinto, cidade grega, capital da providência da Acaia. A cidade é banhada pelo mar Jônico e pelo mar Egeu. Corinto era rota comercial e centro de adoração à deusa Afrodite. Nessa cidade de comércio febril e imoralidade sem freios, o veterano apóstolo permanece dezoito meses pregando o evangelho. As dificuldades eram imensas, a oposição era ferrenha, mas o encorajamento divino foi notório. Destacamos quatro verdades preciosas que impulsionaram Paulo a pregar o evangelho de Cristo em Corinto.

            Em primeiro lugar, a ordem expressa dada por Deus (At 18.9). “Teve Paulo durante a noite uma visão em que o Senhor lhe disse: “Não temas; pelo contrário, fala e não te cales”. A obra de Deus é feita sob oposição e perseguição. Os obstáculos, porém, não devem nos fazer recuar. Não devemos temer as ameaças dos homens nem fugir da carranca do diabo. Maior é aquele que está conosco. Os perigos não devem calar a nossa voz. Devemos falar com voz altissonante. Devemos pregar com ousadia. Devemos proclamar o evangelho, no poder do Espírito Santo, apesar do ódio do mundo, da oposição dos homens e das artimanhas do diabo.

            Em segundo lugar, a garantia absoluta dada por Deus (At 18.10a). “Porquanto eu estou contigo, e ninguém ousará fazer-te mal…”. Não podemos lograr êxito na obra de Deus sem a consciência de que o comissionador é também o nosso companheiro de jornada. Ele não apenas está conosco, mas, também, nos protege das ciladas dos inimigos. Não estamos sozinhos. Jesus prometeu estar conosco todos os dias até à consumação dos séculos. Não temos recursos para desmantelar os ardis do adversário nem recursos para destruir fortalezas e anular sofismas. Porém, o Senhor que nos envia, vai conosco e nos protege no cumprimento da missão.

            Em terceiro lugar, a motivação eloquente oferecida por Deus (At 18.10b). “… pois tenho muito povo nesta cidade”. A eleição divina longe de desencorajar os obreiros, é sua garantia de sucesso no trabalho. O Senhor ordena a Paulo a falar e não se calar, porque tinha muito povo na cidade de Corinto. Deus haveria de chamar esse povo pela voz do evangelho. Como ovelhas, ao ouvirem a voz do pastor, elas o seguiriam, recebendo dele a vida eterna. Oh, Deus tem os seus escolhidos e devemos ir a todo o mundo, pregando o evangelho a cada criatura, fazendo discípulos de todas as nações. A voz de Deus é poderosa e não voltará para si vazia. Deus chama e chama eficazmente. A vocação divina é eficaz: “Aos que Deus predestinou, a esses também chamou, e aos que chamou a esses também justificou, e aos que justificou, a esses também glorificou” (Rm 8.30). Que os nossos braços não se afrouxem! Que os nossos pés não se cansem! Que os nossos lábios não se calem! Que a nossa voz chegue aos rincões da terra, levando a mensagem da salvação, em Cristo Jesus!

            Em quarto lugar, a decisão obediente do apóstolo Paulo (At 18.11). “E ali permaneceu um ano e seis meses, ensinando entre eles a palavra de Deus”. O apóstolo Paulo não desobedeceu a visão celestial. Ele atendeu, prontamente, a orientação divina e permaneceu em Corinto um ano e seis meses, pregando, ensinando, e fortalecendo a igreja de Cristo. Num território eivado de idolatria, ele plantou uma igreja para adorar o único Deus vivo e verdadeiro. Numa cidade rendida à imoralidade, ele instruiu um povo a viver em santidade. Num território mergulhado na escuridão do paganismo, ele proclamou a luz do evangelho. Que as mesmas verdades que encorajaram Paulo a pregar o evangelho em Corinto, também nos estimule a cumprir a nossa missão!

Autor Rev. Hernandes Dias Lopes

Fonte: Luz Para o Caminho/ https://lpc.org.br/encorajamento-divino/

UMA VISÃO DO CRESCIMENTO DA IGREJA

 

           O texto de 2 Reis 6.1-7 ensina alguns princípios importantes sobre o crescimento da obra de Deus. O contexto está ligado com a escola de profetas nos dias do profeta Eliseu, discípulo de Elias. O professor era um homem comprometido com a Palavra e com a oração. Nesse tempo, os milagres de Deus eram operados, confirmando a palavra dos profetas. Em virtude desse exemplo, havia muitos jovens sendo vocacionados para o profetismo em Israel. Quando os professores andam com Deus, eles motivam outros a também conhecerem a intimidade de Deus. O seminário estava pequeno para o crescimento da demanda vocacional. Uma espécie de reavivamento estava acontecendo na casa de profetas. Não era tempo de estagnar o ímpeto vocacional nem dispensar novos estudantes. Era tempo de alargar as fronteiras, ampliar a tenda, criar mais vagas e ver o crescimento da obra.  O texto em tela enseja-nos alguns princípios sobre o crescimento da igreja. Vejamos:

            Em primeiro lugar, é preciso ter uma visão de empreendedorismo e crescimento. Em vez de dispensar os novos candidatos que estavam sendo despertados para a vocação profética, os seminaristas resolveram ampliar as dependências do seminário. Eles foram empreendedores e resolveram trabalhar para ampliar a casa de profetas. O crescimento da igreja começa com a visão de líderes que desejam vê-la crescer e que trabalham para isso. Precisamos de líderes que estão gratos pelo que já alcançaram, mas não conformados com o que já obtiveram. A igreja tem o tamanho da visão de seus líderes.  Se Deus amou o mundo, nossa visão não pode ser menor do que o mundo. Se Jesus morreu para comprar com o seu sangue os que procedem de todos os povos, línguas e nações, precisamos ampliar nossa visão de crescimento. Não podemos nos acomodar. Precisamos subir nos ombros dos gigantes e ter a visão do farol alto. Precisamos empreender e alargar as estacas da nossa tenda. A igreja pode crescer, deve crescer e precisa crescer.

            Em segundo lugar, precisamos nos unir com pessoas que têm a mesma visão de crescimento. Os alunos da escola de profetas compartilharam a visão com Eliseu e o convidaram a participar com eles do projeto de expansão. Precisamos nos unir com pessoas que amam ao Senhor e desejam ver o crescimento da obra. Precisamos de parcerias inspiradoras. Ninguém realiza grandes projetos sozinho. Somos um corpo, uma equipe. Precisamos da cooperação de todos. O projeto de crescimento da igreja não é adição, mas multiplicação. Se todos colocarem a mão no arado; se todos se envolverem; se todos estivem motivados e trabalhando com o mesmo propósito e com a mesma motivação, a igreja avançará e alargará sua tenda.

            Em terceiro lugar, precisamos de ferramentas adequadas para fazer a obra. Os estudantes empunharam machados afiados. Cada um tinha um machado nas mãos. Eles foram cortar árvores para ampliar a casa de profetas e precisavam de ferramentas adequadas. O machado tem o poder do corte. O machado é o instrumento. O machado é um símbolo do poder do Espírito. Sem essa ferramenta não conseguimos atingir nosso objetivo de expandir a casa de Deus. Não fazemos a obra de Deus com a força do braço da carne. Não é por força nem por poder, mas pelo Espírito de Deus que realizamos a obra de Deus.

            Em quarto lugar, precisamos compreender que enquanto trabalhamos na obra acidentes de percurso podem acontecer. Enquanto um moço de Eliseu derrubava um tronco o machado caiu na água e foi parar no fundo do rio Jordão. O jovem profeta se desesperou e disse: “Ai! Meu Senhor! Porque era emprestado”. No trabalho também enfrentamos perdas, dores, baixas e acidentes. Nem sempre lidamos com situações favoráveis. Perdas, prejuízos, doenças, fragilidades nos assaltam, mesmo quando estamos na lida. As crises podem nos pegar de surpresa, porém, não deixam nosso Deus em apuros. Elas são pedagógicas. Nossas crises são oportunidades para Deus nos demonstrar sua providência milagrosa.

            Em quinto lugar, precisamos recorrer ao extraordinário de Deus quando chegamos ao fim dos nossos recursos. O moço recorreu a Eliseu e Eliseu cortou um pau e lançou-o no rio e fez flutuar o machado. Então, o moço estendeu a mão e o apanhou. Enquanto fazemos a obra, Deus opera suas maravilhas. Quando chegamos ao fim dos nossos recursos Deus opera o extraordinário. A igreja nunca pode perder a expectativa do extraordinário de Deus no ordinário da vida.

            É tempo de avançarmos! É tempo de alargar nossas fronteiras! É tempo de crescimento!

Rev. Hernandes Dias Lopes

Fonte: Luz Para o Caminho/ https://lpc.org.br/uma-visao-do-crescimento-da-igreja/

quinta-feira, 14 de julho de 2022

Mais de 16 mil pessoas aceitam Jesus em cruzada evangelística na Venezuela

 


56.000 pessoas ouviram o Evangelho na Ilha de Margarita. (Foto: Festival de la Familia/Facebook)

Em três dias, cerca de 56.000 pessoas ouviram o Evangelho na Ilha de Margarita.

A tempestade tropical Bonnie ameaçou se tornar um ciclone que poderia atingir a Ilha de Margarita, na Venezuela. Isso poderia cancelar o festival evangelístico há muito tempo planejado para a região, mas os pastores oraram, crendo que Deus é soberano sobre as tempestades.

No fim de semana passado, entre 1 a 3 de julho, apenas uma chuva leve caiu sobre os participantes do Festival da Família, realizado através da unidade de diversas igrejas venezuelanas.

Um evento evangelístico dessa magnitude nunca havia sido organizado na Ilha de Margarita — nem mesmo as equipes nacionais de beisebol conseguiram lotar o estádio Nueva Esparta.

Cerca de 56.000 pessoas participaram do evento de três dias, informa a Associação Evangelística Billy Graham.

“Testemunhamos que este é o tempo de Deus para a Venezuela”, disse David Ruiz, evangelista de língua espanhola da Associação Billy Graham. “As igrejas da Ilha de Margarita oraram incessantemente por sua comunidade e fizeram um grande esforço para convidar as pessoas”.

Após uma poderosa pregação feita por David Ruiz, mais de 16.000 pessoas se arrependeram de seus pecados e aceitaram Jesus Cristo durante os três dias do evento.


David Ruiz, evangelista da Associação Billy Graham. (Foto: Festival de la Familia/Facebook)

No dia 1º de julho, 22.000 crianças participaram do “FestiKids”, um evento infantil com danças e uma peça musical sobre a Bíblia. 

“Quando estávamos voltando de ônibus para a igreja, algumas crianças expressaram dúvidas sobre a mensagem da peça”, disse um voluntário. “Explicamos a eles o que significa a decisão de seguir a Cristo e muitos decidiram orar no ônibus para receber Jesus em seus corações”.

A Igreja Jesus É Rei tem um ministério para crianças surdas-mudas, que foram incentivadas a convidar seus amigos não cristãos ao evento. Elas trouxeram um total de 27 crianças. No FestiKids, os 27 pequenos convidados aceitaram Jesus como seu Salvador. 



Crianças se renderam a Cristo no evento. (Foto: Festival de la Familia/Facebook)

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA ASSOCIAÇÃO EVANGELÍSTICA BILLY GRAHAM

O QUE NOS PODE DAR ESPERANÇA?



                                  O QUE NOS PODE DAR ESPERANÇA?

Lamentações 3.21

O importante teólogo suíço Emil Brunner disse: “O que o oxigênio significa para os pulmões é a esperança para o sentido da vida”. Jeremias é conhecido como o profeta chorão, mas ao olharmos melhor para este servo de Deus, podemos ver que ele estava impregnado de esperança, não obstante o momento difícil em que ele viveu. Jeremias exerceu o seu ministério num período totalmente caótico para a nação de Judá, que vivia a maior crise de sua história política, social e religiosa.

Mesmo diante dessa situação, o profeta Jeremias tinha esperanças que muitos pudessem despertar do sono espiritual e ainda poder desfrutar das bênçãos de Deus. Jeremias não desiste da esperança, e lembra ao povo: “Bendito o homem que confia no Senhor, e cuja a esperança é o Senhor… O Senhor é a esperança de Israel…” (Jr 17.7,13).

O povo não ouviu a mensagem de Jeremias, e como consequência Judá foi levada para a Babilônia por  Nabucodonosor, contudo mesmo diante da queda de Judá o profeta não perdeu a esperança. Ao contemplar a miséria da nação, ele se levantou e disse: “ quero trazer a memória o que nos pode dar esperança” (Lm 3.21). Mas onde estava a esperança do profeta Jeremias? O que nos pode dar esperança no meio da dor, do desespero, da crise? Jeremias nos ensina dizendo, o que nos pode dar esperança hoje:

1-AS MISERICÓRDIAS DO SENHOR (Lm. 3.22) – Israel não ouviu as palavras de Jeremias, os seus líderes políticos e espirituais deixaram se levar pelo pecado, “Eis que vós confiais em palavras falsas, que para nada vos aproveitam. Que é isso? Furtais e matais, cometeis adultério e jurais falsamente, queimais incenso a Baal e andais após outros deuses que não conheceis, e depois vindes e vos ponde diante de mim nesta casa, que se chama pelo meu nome, e dizeis estamos salvos; sim só para praticardes estas abominações! Será esta casa que se chama pelo meu nome é um covil de salteadores aos vossos olhos?… (Jr 7.8-11). G. Campbell Morgan diz que “covil de salteadores” é o lugar onde os ladrões se escondem logo após ter cometido crimes.

Jeremias ainda acrescenta que estes sacerdotes não passavam de falsos curandeiros, mentirosos “curam superficialmente a ferida do meu povo. Dizendo: Paz, paz, quando não há paz” (Jr 6.14). Mesmo diante desta triste crise, o profeta Jeremias tinha esperanças que muitos pudessem despertar do sono espiritual e ainda poder desfrutar das bênçãos de Deus. Mas, eles não ouviram a sua mensagem e como consequência foram levados para o cativeiro, cumprindo-se assim o que ele anunciara. Mas, ele não perdeu sua esperança, pois ele sabia que seu Deus era misericordioso e zela por suas palavras e que depois de setenta anos Israel seria restaurado (Jr. 25.1-14).

Meus irmãos, nas misericórdias de Deus estava a esperança do profeta, pois Judá não merecia ser restaurada, seus líderes pecaram, os sacerdotes eram homens falsos, não temos nem palavra para descrever. Não obstante, seu choro, sua tristeza, sua dor, Jeremias não perdeu a esperança. A sua esperança era o Senhor. Assim, nos ensina o Salmista “Pois tu és a minha esperança Senhor Deus”(Sl 71.5).

2-A FIDELIDADE DE DEUS (LM 3.23) – O profeta de maneira maravilhosa se expressou dizendo: “ A minha porção é o Senhor, diz a minha alma; portanto esperarei nele”(Lm 3.24), meu irmão veja o segredo da esperança de Jeremias. Ele sabia que o seu Deus não era igual aos homens mentirosos, pérfidos, mas o seu Deus era e é fiel “Grande é a tua fidelidade”.

Porque ele é fiel, Jeremias podia confiar em suas promessas, em seu amor, na intervenção do Senhor dos exércitos, Ele é o Deus imutável, soberano, onisciente, onipotente, incomparável. Por isso, o profeta tinha esperança, havia caos por todos os lados, tristeza e dor, mas ele se levanta e enche-se de esperança ao olhar para Deus.

Oh Meus irmãos! mesmo nestes dias difíceis que estamos passando, precisamos seguir o exemplo do profeta Jeremias que conhecia o Deus de Israel. Ao ouvirmos a voz de Deus, não podemos ficar desanimados diante da tristeza, do caos que nos acomete nesta atualidade. Precisamos olhar para o Deus fiel e imutável (Ml 3.6), e erguer a cabeça, na certeza que ele não mudou, sua fidelidade continua a mesma. Ele está no controle de todas as coisas, reinando, soberano. Ele é o mesmo, ontem e hoje e eternamente.

3- A SALVAÇÃO DO SENHOR (Lm 3.24-26) – Mesmo diante da tristeza, da perda da família, da casa, da pátria. Mesmo diante da escravidão, ele olha e ver a salvação no Senhor. Ele sabia que a disciplina do Senhor não iria durar para sempre. No Senhor há graça, perdão, restauração.

É para a salvação que há no Senhor que precisamos olhar hoje, não para o diabo, o pecado, a depravação do homem que não conhece a Deus. Porque se olharmos para o homem nós vamos ficar desanimados, sem esperança sem vida. É tempo de nos levantarmos e falarmos como o profeta Jeremias “Quero trazer a memória o que me pode dar esperança”. É tempo de termos esperança. Não podemos perder a esperança, mas precisamos esperar na intervenção divina, certos de que Deus proverá.

No exemplo do profeta Jeremias, encontramos razão para viver uma vida cheia de esperança, não merecemos nada, somos fracos pecadores, mas o nosso Deus é misericordioso. Vivemos no meio de um povo infiel, mas o nosso Deus é fiel, ele não mudou, então podemos confiar em sua palavra, viva e eficaz. Mesmo que o nosso cenário seja triste, desolador e só vejamos depravação, nós podemos confiar na intervenção do Senhor, pois ele não irá deixar os seus eleitos perdidos escravizados pelo inimigo. Portanto, levante-se meu irmão, erga cabeça e tenha a certeza do profeta Jeremias.

Meus irmãos, vivemos um período da história difícil, como nos diz o apóstolo Paulo, “nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis”(II Tm 3.1), mas Deus nos colocou como homens e mulheres de Deus para vivermos cheios de esperança, proclamando somente a glória de Deus firmados em sua Palavra. Ele é “MAIOR DO QUE AS CRISES É A ESPERANÇA DAQUELES QUE OUVEM A PALAVRA DO SENHOR”. Em Deus está a minha esperança.

Autor: Pr. Eli Vieira é formado pelo Seminário Presbiteriano do Norte, Recife-PE e pastor efetivo da Igreja Presbiteriana Semear, Itabuna-BA

quarta-feira, 13 de julho de 2022

Igreja da Inglaterra se recusa a dar “definição oficial” do que é uma mulher

 


Catedral de Chester. (Foto representativa: Pxhere)

Pare e Pense!!! a que ponto a Igreja da Inglaterra chegou.

Um dos membros participantes do Sínodo disse que a definição já existe na Biologia e na Bíblia e que não deveria haver dúvidas.

Qual a definição de “mulher”? Essa foi a pergunta feita durante um Sínodo Geral — assembleia periódica entre os bispos para tratar de assuntos relacionados à Igreja. 

Em resposta, a Igreja da Inglaterra disse que não existe “nenhuma definição oficial” de mulher. A resposta foi dada por escrito por um bispo sênior. 

Ele tentou justificar dizendo que “embora o significado da palavra mulher fosse anteriormente ‘pensado como auto-evidente’ e de que ela necessitava de ‘cuidados adicionais’, agora tudo isso é desnecessário. 

Esse tipo de discussão é apresentada enquanto as instituições lidam com o debate em torno dos direitos trans e tudo o que diz respeito à comunidade LGBT. 

Sobre a resposta da Igreja

Esse tipo de postura pode agradar e ser bem vinda pelas alas liberais da Igreja, porém, a suposta falta de definição do que seja uma mulher provocaram críticas e questionamentos.

Afinal de contas, independente de qual seja o ponto de partida para a resposta que define uma mulher, tanto a Biologia quanto a Bíblia são capazes de responder. O problema é que a resposta, certamente, não agradará a todos. 

A Rev. Angela Berners-Wilson — primeira mulher a ser ordenada ao cargo de sacerdotisa da Inglaterra, em 1994 — disse que “não está totalmente satisfeita” com a resposta e disse que se trata de uma “questão sensível”.

Até que ponto devemos ser sensíveis?

Conforme a Rev. Angela, é necessário ter sensibilidade “sobre essa questão”. Isso porque os oficiais da Igreja estão engajados no Living in Love and Faith (LLF) — um projeto institucional que tem como objetivo abordar questões sobre identidade, sexualidade e relacionamentos.

Dentro dos temas abordados, uma questão muito importante é sobre “os casamentos que se encaixam na Igreja”. Por isso, o representante da Marinha Real, Adam Kendry, que foi identificado como um membro leigo do Sínodo, fez as perguntas.

“Qual o objetivo da Igreja da Inglaterra?” e “Qual a definição de mulher?”. Quem deu a resposta foi o Bispo da Europa, Robert Innes: “Não há definição oficial”. Innes estava respondendo dentro de seu papel de presidente da Comissão de Fé e Ordem.

Ele ainda disse que “até recentemente se pensava que definições desse tipo eram evidentes dentro da liturgia matrimonial”.

Envolvimento da Igreja com a militância LGBT

O projeto LLF, conforme citou o veículo de comunicação The Telegraph, começou a explorar as complexidades do casamento associadas à identidade de gênero. Com isso, “aponta para a necessidade de cuidados e pensamentos adicionais a serem dados na compreensão de nossas semelhanças e diferenças como pessoas feitas à imagem de Deus”. 

A Rev. Angela, que se aposentou recentemente, fez uma observação: “Acho que certas coisas são óbvias, como o fato de que os homens não podem ter filhos”, disse ao apontar para a necessidade de “reexaminar nossos limites”. 

‘Homem e mulher já foram definidos pela Biologia e pela Bíblia’

Apontando para a resposta que o bispo deu sobre “não haver uma definição oficial para mulher”, Maya Forstater, diretora executiva do grupo de campanha Sex Matters, disse que “é uma resposta chocante”.

Maya lembra que os conceitos de masculino e feminino não precisam ter uma definição oficial formal, já que “são mais antigos que a própria vida humana”.

“Quando o governo redefiniu as mulheres através da Lei de Reconhecimento de Gênero, a Igreja da Inglaterra poderia ter mantido seu entendimento há muito estabelecido, o que faz sentido se o seu ponto de partida é a Biologia ou a Bíblia”, destacou.

“É chocante que eles tenham desistido tão prontamente da definição de homem ou mulher depois que o Estado fez essa alteração, como se a verdade fundamental não importasse”, disse ainda.

Representante LGBT disse que a pergunta é “agressiva”

Jayne Ozanne, outro membro do Sínodo e fundadora da Ozanne Foundation — que trabalha com organizações religiosas em todo o mundo para combater o preconceito e a discriminação de pessoas LGBTQI — descreveu a pergunta feita como “agressiva”.

“Infelizmente, a pergunta do Sr. Kendry é um excelente exemplo de uma pergunta passivo-agressiva projetada para perturbar a comunidade LGBTQI e particularmente os membros trans em nosso meio”, atacou a mulher que se assumiu gay em 2015.

Jayne é uma cristã anglicana britânica que tem feito campanhas para “proteger as pessoas LGBTQI de abusos”. 

“Está na hora desses ataques anti-LGBT acabarem e aprendermos a reconhecer que a vida não é tão preto e branco quanto alguns pensam que deveria ser”, ela disse.

Jane Hamlin, presidente da instituição beneficente Beaumont Society, que apoia pessoas trans, acrescentou: “Estou intrigada por que algumas pessoas são tão obcecadas em definir ‘mulher’. Por que isso pode ser um problema para a Igreja da Inglaterra? Será que as mulheres devem ser tratadas mais favoravelmente ou menos favoravelmente? Por que importa para a Igreja da Inglaterra se alguém é mulher ou não?”, ela questionou. 

“Chegamos ao ponto de ter que defender o óbvio”

Nesta semana, foi levantada a polêmica sobre pessoas trans “de sexo biológico masculino” usarem o banheiro feminino. 

Por defender o que considera “óbvio” — que homem use banheiro de homem e mulher use banheiro de mulher  — o vereador de Belo Horizonte, Nikolas Ferreira, está sendo investigado

Ele destaca que o uso dos banheiros deve ser definido por uma questão de anatomia e não de gênero. “Ser homem ou mulher não é uma questão de sentimento”, destacou.

“É necessário colocar os ‘pingos nos is’, pois quando indivíduos ‘se sentem’ homens ou mulheres, estamos expondo as crianças”, alertou. “Chegamos ao ponto de ter que defender o óbvio”, ressaltou em suas redes sociais. 

“Se hoje eu me sinto homem ou me sinto mulher, vocês são obrigados a aceitar a minha realidade? Isso não é uma questão de aceitação, mas de imposição. Se não aceitamos o que vocês estão falando, somos transfóbicos ou homofóbicos?”, ele levantou a questão. 

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE THE TELEGRAPH

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