terça-feira, 27 de março de 2018

Torneio Pés que Anunciam as Boas Novas

Foto de Eli Vieira Filho.

1º Lugar Atletas de Cristo de Caetés

Foto de Eli Vieira Filho.
2º Lugar Vila Verde IPB Jupi

Foto de Eli Vieira Filho.

3º Lugar Celeste Jupi

Foto de Eli Vieira Filho.

Foto de Eli Vieira Filho.

Foto de Eli Vieira Filho.

Foto de Eli Vieira Filho.

Foto de Eli Vieira Filho.

Foto de Eli Vieira Filho.

Foto de Eli Vieira Filho.

Foto de Rafael Costa.

Foto de Rafael Costa.
Foto de Rafael Costa.

No dia 24 de março de 2018 aconteceu o Torneio Evangelístico “Pés que Anunciam as Boas Novas” com a participação dos dos campos de IPB em Correntes, Jupi, Caetés, e participação da 4ª Igreja Presbiteriana de Garanhuns. O jovem Rafael se expressou dizendo: “Obrigado a todos que participaram e fizeram através do Futsal, o nome de Deus ser falado!”.

Aqueles foram momentos de lazer esportivo e proclamação do evangelho, no início do torneio o missionário William César pregou a palavra de Deus e no final do torneio o missionário Edvaldo também ministrou a palavra.

Quanto ao torneio os times campeões foram: 1º lugar Atletas de Cristo de Caetés, 2º Lugar Vila Verde do Campo da IPB Jupi e terceiro lugar Celeste de Jupi.

SAF DA IP FILADÉLFIA 17 ANOS SERVINDO AO SENHOR


Foto de Ipb Filadélfia.

Foto de Ipb Filadélfia.

Foto de Ipb Filadélfia.

Foto de Ipb Filadélfia.

Foto de Ipb Filadélfia.

Foto de Ipb Filadélfia.

Foto de Ipb Filadélfia.

Foto de Ipb Filadélfia.

Foto de Ipb Filadélfia.

Foto de Ipb Filadélfia.

Foto de Ipb Filadélfia.

Foto de Ipb Filadélfia.

Foto de Ipb Filadélfia.

 No dia 25 de março de 2018 aconteceu o aniversário da SAF da Igreja Presbiteriana Filadélfia. As comemorações foram no domingo na Escola Bíblica Dominical com uma palestra especial ministrada pela presidente da Confederação Sinodal de Saf,s do Sínodo de Garanhuns e um culto de Ações de Graças que teve como pregador o missionário Reginaldo Barros. Também participaram do culto a presidente da Federação de SAF,s do PGAR a irmã Joceli e o secretário Presbiterial o Rev. Jadson Cunha pastor da Igreja Presbiteriana de Ebenézer-Bom Conselho-PE.

sábado, 10 de março de 2018

Breve Comentário do capítulo VII da Confissão de Fé de Westminster – DO PACTO DE DEUS COM O HOMEM

DO PACTO DE DEUS COM O HOMEM

Seção I
Tão grande é a distância entre Deus e a criatura, que, embora as criaturas racionais lhe devam obediência como ao seu Criador, nunca poderiam fruir nada dele como bem-aventurança e recompensa, senão por alguma voluntária condescendência da parte de Deus, a qual foi ele servido significar por meio de um pacto.

De início vemos temos que partir com alguns pressupostos tais como: A transcendência do Senhor Deus; A limitação humana com respeito ao seu relacionamento com Deus que é totalmente dependente da Revelação; A mediação de Cristo; A Revelação de Deus para o homem sem a qual o ser humano jamais poderia conhecer qualquer verdade sobre a vontade do Senhor apesar da revelação natural;[1] o dever que o homem tem de cultuar ao Senhor. É importante ressaltar esses pontos, pois eles entre outros compõe a cosmovisão dos autores desse documento. Vamos ao comentário da seção I:
Deus é o totalmente outro. Esta verdade é conhecida por quase todas as religiões,[2] pode não ser tão bem formulado assim, e normalmente não é, mas ninguém escapa de tal realidade, por causa da mente pecaminosa do ser humano ele tenta fugir disso usando de uma religião que é fruto de sua imaginação ou até mesmo negando, mas uma coisa é certa não podemos escapar ilesos a essa verdade. Se observarmos bem “Deus é o totalmente outro” tal sentença gera no homem angústia e desespero pois não podemos de forma alguma “ir” até Ele, o Senhor está distante sem qualquer possibilidade de fluirmos bem algum Dele, esse é exatamente o sentimento observado no mundo moderno ou melhor em todas as eras, mas o Niilismo moderno deu uma significação filosófica a esse sentimento que o homem caído tem e quando adentra a esfera da teologia destrói qualquer possibilidade de significação da Revelação. Um dos resultados foi a chamada teologia liberal clássica hoje em desuso (será?), que foi combatida por vários teólogos entre eles o conhecidíssimo Karl Barth que fez frente ao niilismo teológico, luta iniciada com o seu comentário da carta de Paulo aos Romanos, “O Deus da Epístola aos Romanos é o Deus absconditus, o totalmente Outro (das ganz Andere), conceito que Barth extrai de Rudolf Otto, inserindo-o, porém, não em um contexto fenomenológico, e sim teológico. Nenhum caminho vai do homem a Deus: nem a vai da experiência religiosa (Scheleirmacher), nem a da história (Troeltsch), e tampouco uma via metafísica; o único caminho praticável vai de Deus ao homem e se chama Jesus Cristo.”[3]
Através de Cristo e só por Ele somos resgatados de tão horrível situação há única solução para o distanciamento de Deus e sua criatura é o Pacto estabelecido entre Criador e criatura que é mediado por Cristo O Agente pactual.[4] É justamente isso que os nossos pais na fé tinham em mente quando afirmaram a seção I, que o homem em seu estado natural não pode estabelecer qualquer tipo de comunhão com Deus, tendo em si mesmo a semente da religião,[5] deve obediência e culto ao seu Criador sentindo-se o homem impelido à adoração, constrói meios de acesso Deus Criador, mas por não contar com uma revelação proposicional, não pode encontrar elementos que o direcione a culto que possa satisfazer a vontade de Deus, comete idolatria, pois utiliza apenas o dados sensíveis da criação e a interpreta a luz de sua realidade caída, ele adora apenas a um deus que é apenas uma projeção do seus ser, o homem natural adora a si mesmo e em sua arrogância o chama de deus, colhendo frutos terríveis de idolatria; morte e ainda mais confusão, Deus de forma condescendente estabeleceu o pacto para que possa o homem que é resgatado fluir de bem-aventurança e recompensa.

Seção II e III
O primeiro pacto feito com o homem era um pacto de obras; nesse pacto foi a vida prometida a Adão e nele à sua posteridade, sob a condição de perfeita obediência pessoal.
O homem, tendo-se tornado pela sua queda incapaz de vida por esse pacto, o Senhor dignou-se fazer um segundo pacto, geralmente chamado o pacto da graça; nesse pacto ele livremente oferece aos pecadores a vida e a salvação por Jesus Cristo, exigindo deles a fé nele para que sejam salvos; e prometendo dar a todos os que estão ordenados para a vida o seu Santo Espírito, para dispô-los e habilitá-los a crer.

O termo “pacto de obras” tem levantado certos questionamento ao longo dos séculos, foi o teólogo puritano inglês Dudley Fenner (1558-1587) mais tarde sendo convertido para o latim foedus operum,[6]foi com Thomas Cartwringht(1535-1603), que posteriormente ensina essa doutrina no continente sendo cristalizada nos símbolos de fé reformados do século 17.[7] O pacto de obras tem despertado certos questionamentos ao longo desse tempo, as opiniões variam desde defesa até a completa negação.[8] Mas vale ressaltar que o fé cristã tornaria sem sentido se o pacto de obras não fosse uma realidade tanto no passado com Adão quanto com os seus descendentes.
A violação do pacto das obras, por Adão e Eva, tornou as promessas do pacto inacessíveis aos seus descendentes. Essas promessas foram canceladas por Deus, o qual não pode aviltar Seu padrão da lei, redistribuindo o pacto das obras para creditar a injustiça do homem caído. Entretanto, o cancelamento divino não anula a demanda de Deus por obediência perfeita. Antes, em razão da estabilidade da promessa de Deus e de sua lei, o pacto das obras se torna efetivo em Cristo, o perfeito cumpridor da lei. Ao cumprir todas as condições do pacto da graça, Cristo cumpriu todas as condições do pacto das obras.[9]
Vemos que a verdade do pacto das obras é fundamental para entendermos a obra substitutiva de Cristo, Paulo torna ainda mais evidente isso em sua carta aos Romanos (Rm 5.12-21). Por isso é fundamental dependermos do nosso Senhor Jesus, que obedece as cláusulas da lei de forma perfeita, já Adão e seus descendentes não cumpriram os termos do acordo, sendo a vida recebida pela obediência do nosso Representante Maior; Cristo, Deus cumpre a promessa de dar vida em Cristo. Toda glória ao Deus bendito.

Seção IV
Este pacto da graça é frequentemente apresentado nas Escrituras pelo nome de Testamento, em referência à morte de Cristo, o testador, e à perdurável herança, com tudo o que lhe pertence, legada neste pacto.[10]
Seção V e VI
Este pacto no tempo da Lei não foi administrado como no tempo do Evangelho. Sob a Lei foi administrado por promessas, profecias, sacrifícios, pela circuncisão, pelo cordeiro pascoal e outros tipos e ordenanças dadas ao povo judeu, prefigurando, tudo, Cristo que havia de vir; por aquele tempo essas coisas, pela operação do Espírito Santo, foram suficientes e eficazes para instruir e edificar os eleitos na fé do Messias prometido, por quem tinham plena remissão dos pecados e a vida eterna: essa dispensação chama-se o Velho Testamento.
Sob o Evangelho, quando foi manifestado Cristo, a substância, as ordenanças pelas quais este pacto é dispensado são a pregação da palavra e a administração dos sacramentos do batismo e da ceia do Senhor; por estas ordenanças, posto que poucas em número e administradas com maior simplicidade e menor glória externa, o pacto é manifestado com maior plenitude, evidência e eficácia espiritual, a todas as nações, aos judeus bem como aos gentios. É chamado o Novo Testamento. Não há, pois, dois pactos de graça diferentes em substância, mas um e o mesmo sob várias dispensações.

Poderíamos chamar essas duas seções de promessa e cumprimento, no sentido de que vemos o desenvolvimento progressivo da revelação acontecer ao longo do Antigo Testamento. Essas duas seções ensinam que há um só pacto que é administrado de modos diferentes ao longo da revelação bíblica, na economia da aliança novos elementos são acrescentados sem desmentir os elementos anteriores, um exemplo disso é a circuncisão que no antigo testamento era o sinal externo de uma realidade espiritual este sacramento hoje na nova aliança é administrado sob a forma de batismo ampliando assim sua aplicabilidade que antes era restrita aos homens.
Na medida do progresso da revelação e desenvolvimento da aliança vemos cada vez mais luz sendo lançada,[11] há um só pacto que é desenvolvido sucessivamente e plenamente revelado em Cristo.[12]

Conclusão

A doutrina do pacto é sem dúvida uma das mais belas de toda Bíblia, ela revela aspectos importantes do caráter de Deus e de como Ele se compadeceu de suas criaturas revelando amor e misericórdia ao seu povo, e como Ele tomou a iniciativa em relacionar-se conosco.

Bibliografia
BEEKE, Joel R. e JONES Mark. A Puritan Theology, Grand Rapinds: Reformation Heritage books, 2012, 1054 p.
COENEN, Lothar e BROWN, Colin(orgs). Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento 2ªed vol 1, São Paulo: Vida Nova, 2007, 1360p.
DOUGLAS, J. D.(org). O Novo Dicionário da Bíblia 3ªed, São Paulo: Vida Nova, 2006, 1397p.
EICHRODT, Walther. Teologia do Antigo Testamento, São Paulo: Hagnos, 2004, 966p.
HARRIS, R. Laird (org). Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento, São Paulo: Vida Nova, 1998, 1789p.
HODGE, A. A. Confissão de Fé de Westminster comentada por A. A. Hodger 3ªed, São Paulo: Os Puritanos, 2010, 596p.
KITTEL, Gerhard e FRIEDRICH, Gerhard(orgs). Dicionário Teológico do Novo Testamento vol 1, São Paulo: Cultura Cristã, 2013, 768p.
ROBERTSON, O Palmer. O Cristo dos Pactos 2ªed, São Paulo: Cultura Cristã, 2011, 240p.
TURRETINI, François. Compêndio de Teologia Apologética vol 2, São Paulo: Cultura Cristã, 2011, 864p.
VANGEMERAN, Willem A.(org). Novo Dicionário Internacional de Teologia e Exegese do Antigo Testamento, São Paulo: Cultura Cristã, 2011, 1168p.
Notas de rodapé
[1] Vide seção I capítulo 1 CFW.
[2] Há religiões onde há uma confusão/mistura entre o aspecto transcendente e imanente do ser divino não é muito bem distinguido tais como as religiões animistas, panteístas, paneteístas. De alguma forma o ente divino que é transcendente se harmoniza ao eixo da estrutura da criação não possibilitando uma distinção essencial entre a divindade e o “deus”, por isso a frase “tudo é deus”, essa frase demonstra uma contradição lógica, posso demonstra uma delas: quando falamos que um ente “É” esse mesmo ente não pode por definição estar dentro do eixo estrutural do tempo e sofrer modificação de qualquer natureza, um ente não pode estar num fluxo do devir e na mesma realidade “É”. Para um maior entendimento da matéria ver o artigo : “A insustentável Irrelevância do Ser”, autor: Edson Matias.
[3] GIBELLINI, Rosino, A Teologia do Século XX, 2a. ed. São Paulo: Edições Loyola, 2002, p. 21.
[4] Ao longo da Revelação, Deus escolheu vários agentes pactuais os quais foram os quais tipifica o Cristo. Mais na frente será tratado mais detalhadamente desse assunto.
[5] Para mais explicação sobre o tema ler: Institutas 1.III.I; Rm 1.19; 2.14-16.
[6] BEEKE, Joel R.; JONES MARK, A Puritan Theology, Grand Rapids: Reformation Heritage Books, 2012, p. 218.
[7] Ibid.
[8] Por se tratar de um trabalho introdutório não será tratado aqui o desenvolvimento da doutrina, tal análise será feita de forma detalhada em uma posterior monografia do mesmo autor.
[9] BEEKE, Joel, Espiritualidade Reformada, são José dos campos: Fiel, 2014, p. 445.
[10] Para mais detalhes ver introdução, essa seção trata basicamente da nomenclatura.
Edson Matias

Evangélicos são os principais responsáveis pelo retorno de judeus a Israel

As doações feitas por evangélicos têm contribuído para financiar o retorno de judeus a Israel.

 Evangélicos são os principais responsáveis pelo retorno de judeus a Israel. (Foto: Reprodução)
Evangélicos são os principais responsáveis pelo retorno de judeus a Israel. (Foto: Reprodução)

Os cristãos são os principais contribuintes para o retorno de judeus a Israel, um movimento que é conhecido como “aliá”, segundo uma nova pesquisa.

Dentre mais de 28 mil judeus que fizeram a aliá para Israel em 2017, pelo menos 8.500 voltaram à sua pátria graças às doações de cristãos, de acordo com dados apresentados pela CBN News.

“Depois de 2.000 anos de opressão e perseguição, hoje você tem cristãos que estão ajudando os judeus”, observa o rabino Yechiel Eckstein, presidente da Irmandade Internacional de Cristãos e Judeus, organização que arrecada dinheiro de evangélicos pelas causas judaicas.

Os cristãos estão apoiando Israel de várias maneiras. Além de instituições de caridade israelenses arrecadarem milhões de dólares de evangélicos em todo o mundo, o grupo representa 13% do turismo de Israel.

“Quando eu digo que não temos maiores amigos do que os apoiantes cristãos de Israel, é porque sei que vocês sempre estiveram com a gente”, disse o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu a um público evangélico em Washington, nos Estados Unidos.

Embora os cristãos estejam apoiando a jornada dos judeus para Jerusalém, ainda há uma grande desconfiança por parte dos israelenses. Muitos acreditam que o apoio dos evangélicos decorre da crença de que Israel seja um “relógio para a volta de Jesus”.

Por outro lado, Jeremy Ben-Ami, presidente da J Street, uma organização americana pró-Israel, acredita que a comunidade judaica deveria “desconfiar de buscar ajuda daqueles que estão brincando com nossas vidas a fim de promover seus propósitos religiosos e ideológicos”.

Cumprimento das profecias

O aumento do retorno dos judeus à Israel, desde que o país foi reconhecido como Estado em 1948, é visto por muitos teólogos como cumprimento das profecias bíblicas que apontam para o fim dos tempos.

Muitos evangélicos acreditam que os versículos mencionados em Isaías, Jeremias e Ezequiel são profecias que indicam não apenas a recriação do Estado judeu, mas também o ajuntamento do povo judeu na nação.

“Naquele dia, o Senhor estenderá o braço pela segunda vez para reivindicar o remanescente do seu povo que for deixado na Assíria, no Egito, em Patros, na Etiópia, em Elão, em Sinear, em Hamate e nas ilhas do mar. Ele erguerá uma bandeira para as nações a fim de reunir os exilados de Israel; ajuntará o povo disperso de Judá desde os quatro cantos da terra”.(Isaías 11:11-12)

“Portanto, diga: Assim diz o Soberano, o Senhor: Eu os ajuntarei dentre as nações e os trarei de volta das terras para onde vocês foram espalhados e devolverei a vocês a terra de Israel”.(Ezequiel 11:17)

“‘Estão chegando os dias’, declara o Senhor, ‘em que esta cidade será reconstruída para o Senhor, desde a torre de Hananeel até a porta da Esquina. A corda de medir será esten­dida diretamente até a colina de Garebe, indo na direção de Goa. Todo o vale, onde cadáveres e cinzas são jogados, e todos os terraços que dão para o vale do Cedrom a leste, até a esquina da porta dos Cavalos, serão consagrados ao Senhor. A cidade nunca mais será arrasada ou destruída’”.(Jeremias 31: 38-40)

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE CBN NEWS

Jogador faz oração por cura de moradora de rua, após partida da NBA

O jogador de basquete Tarik Black orou por uma moradora de rua após uma partida no estádio Staples Center, em Los Angeles.

Jogador fez oração por cura de moradora de rua, após partida da NBA em Los Angeles. (Foto: Reprodução/Darren Wilson)
Jogador fez oração por cura de moradora de rua, após partida da NBA em Los Angeles. (Foto: Reprodução/Darren Wilson)

Depois de um jogo no estádio Staples Center, em Los Angeles, o jogador de basquete Tarik Black encontrou uma moradora de rua e a ajudou não apenas com um prato de comida, mas com uma oração.

Tarik Black, que atua no time Houston Rockets da NBA, saiu do ginásio para jantar em um restaurante junto com um grupo de amigos. Pouco depois, eles foram abordados por uma moradora de rua, Judith, que se aproximou deles pedindo dinheiro.

“Eu quase nunca tenho dinheiro”, disse o roteirista Darren Wilson, que contou essa história no site Charisma News. “Quando dissemos à mulher que não tínhamos nada, ela respondeu de uma forma que eu nunca vi antes. Judith inclinou a cabeça e disse: ‘Tudo bem, preciso de mais Jesus do que de dinheiro, de qualquer maneira’”.

Quando ouviu o desabafo daquela mulher, Tarik disse: “Senhora, você acabou de dizer algo certo”. Judith tinha acabado de obter um diagnóstico de câncer de ovário, então ela recebeu uma oração por cura. Em seguida, ela foi levada para jantar com o grupo.

“Ela era cristã e, durante a noite, muitas vezes citou a Bíblia melhor do que nós”, conta Wilson. Ele observou que o que mais alegrou Judith não foi a comida, mas o fato dela ter sido valorizada como ser humana.

O roteirista lembra que Judith ficou impressionada quando soube que Tarik era um jogador da NBA. “Houve uma mudança muito engraçada quando ela soube que o homem negro e super alto, que acabou de orar pela cura de seu corpo, era alguém de importância cultural. Ela o abraçou, beijou sua mão várias vezes e não o soltou por cerca de 10 minutos”, conta.

Diante do que aconteceu naquela noite, Wilson conta que aprendeu uma lição: “Melhor do que ver Judith deslumbrada quando soube quem Tarik era, foi ver o reino de Deus superando o reino deste mundo. Naquele momento, um homem — não um jogador da NBA — apenas um homem apaixonado por Jesus orou por sua irmã nas ruas frias de Los Angeles”.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE CHARISMA NEWS

Encontro de Jovens Presbiterianos do Interior de Pernambuco


Foto de Aninha Gueiros EJunior Vilela.

Foto de Mariano Alves Junior.


Foto de Mariano Alves Junior.
No dia 3 de março de 2018 às 19:30h no Colégio Presbiteriano XV de Novembro Garanhuns-PE aconteceu Encontro de Jovens Presbiterianos do Interior de Pernambuco, promovido pelo Sínodo de Garanhuns e teve como Preletor o atleta paralímpico Daniel Dias. Este evento foi uma parceria do Sínodo de Garanhuns, Colégio Quinze, Instituto Presbiteriano Mackenzie e Federação de Mocidade do Presbitério de Garanhuns.

O encontro foi uma bênção,  com a presença de cerca de 400 jovens de diversas cidades do Agreste que se fizeram presentes. Parabéns a todos que se envolveram para que o Encontro acontecesse. Deus continue abençoando a todos.

Foto de Aninha Gueiros EJunior Vilela.

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

REV. MARTINHO DE OLIVEIRA- Fundador do Seminário Presbiteriano do Norte



Martinho de Oliveira nasceu em Recife no dia 15 de janeiro de 1870. Seus pais, Teodoro Cavalcanti de Oliveira e Maria Hermina Albuquerque de Oliveira, trabalhavam como vendedores ambulantes e tinham outro filho, Teodoro, dois anos mais velho que Martinho. Devido aos limitados recursos da família, os meninos foram alfabetizados em casa. Aos 18 anos, Martinho foi convidado por um amigo a visitar a Igreja Presbiteriana de Recife. Seu pai já havia falecido e o irmão seguira para o Rio de Janeiro à procura de emprego. O jovem eventualmente foi recebido por profissão de fé e batismo pelo Rev. Juventino Marinho.

Após a morte da mãe, no final de 1889, Martinho tornou-se guarda-livros de uma loja de tecidos, resolveu estudar por conta própria e propôs casamento à jovem Maria, residente no bairro de Areias, que após três meses de namoro também havia resolvido se batizar. O casamento ocorreu em junho de 1891, na residência dos pais da noiva. Em setembro de 1892 nasceu a primogênita, Hermina. Autodidata, Martinho estudava com afinco, sendo incentivado pelo seu pastor. Seu currículo era composto de inglês, francês, história, geografia e doutrinas básicas da fé cristã, entre outras matérias. Os livros eram emprestados por amigos. Começou a colaborar com o trabalho evangelístico da igreja, revelando interesse pela carreira ministerial.

Martinho foi recebido como candidato ao ministério pelo Presbitério de Pernambuco em outubro de 1892, numa reunião realizada em Fortaleza. Em novembro de 1894 mudou-se para João Pessoa a fim de estudar teologia com o pastor local, Rev. George E. Henderlite. A Igreja de Fortaleza necessitou de mais um obreiro e o jovem estudante foi enviado para lá, onde nasceu o segundo filho, Alfeu, em 12 de novembro de 1895. Após ter prestado os devidos exames diante do Presbitério de Pernambuco, foi ordenado no dia 21 de julho de 1896, em João Pessoa, na mesma ocasião em que o colega Manoel Alfredo Guimarães. O novo ministro pastoreou inicialmente a Igreja de Pão de Açúcar, no Estado de Alagoas.

Na época, trabalhava em Garanhuns o médico e missionário Rev. George William Butler, que fundara a igreja local em 1895 (a igreja seria formalmente organizada em 22 de janeiro de 1900). Butler idealizou um colégio para a formação de obreiros para o Nordeste. Em 1899, ao transferir-se para Canhotinho, convidou Martinho para substituí-lo na Igreja de Garanhuns e fundar a escola, o que ocorreu no mesmo ano. Seu primeiro aluno foi Jerônimo Gueiros (1880-1953), membro de uma família que daria grandes contribuições à igreja e à sociedade no Nordeste brasileiro. Essa escola foi o embrião do futuro Seminário Presbiteriano do Norte, posteriormente transferido para Recife, que comemorou o seu centenário em 1999. Na noite de 17 de junho de 1900, reunido o Presbitério de Pernambuco, Martinho pregou no culto de inauguração do templo da Igreja de João Pessoa. No ano seguinte, foi eleito presidente do presbitério.

Além da assistência ao seu vasto campo pastoral, composto de muitas congregações e pontos de pregação, Martinho dedicou-se ao preparo dos estudantes para o ministério. Em seu “colégio”, ele lecionava inglês, francês, latim, geologia, trigonometria e música. Depois, ensinava português, aritmética e geografia a dois estudantes que iriam retransmitir essas matérias a outros. Também dava aulas à sua esposa, Maria Barra de Oliveira, e a outra professora, que dirigiam uma escola primária. À noite ensinava alguns rapazes que trabalhavam de dia e a outro grupo ministrava aulas utilizando a Teologia Sistemática de Charles Hodge. Seu objetivo era preparar líderes nativos para as igrejas do Nordeste, levando em conta as peculiaridades culturais da região, o que fez de modo abnegado e incansável em meio a muitas dificuldades. Seu trabalho foi continuado pelo Rev. George Henderlite, que havia se transferido para Garanhuns em 1901.

No final da sua carreira, Martinho tinha sete estudantes, três dos quais casados e com filhos. Henderlite contou em 1903 como esse obreiro, sem um vintém e sem a menor evidência de apreensão, enfrentou dias aflitivos através da oração, recebendo às vezes recursos de modo providencial, enquanto cuidava de estabelecer para o ano seguinte, no seu presbitério, uma rede de manutenção do seminário. Martinho deu ao educandário incipiente o nome de Escola Paroquial Evangélica de Garanhuns. Essa modesta instituição foi precursora não só do Seminário do Norte, mas do Colégio Evangélico Quinze de Novembro.

O Rev. Martinho teve um ministério curto e brilhante. Forte e vigoroso, assistiu à reunião do seu presbitério nos dias 2 a 9 de julho de 1903, em Recife. Naquela ocasião, viu concretizada a primeira parte do seu sonho, visto que o presbitério adotou a sua escola teológica, reconhecendo-a como um seminário, sendo ele eleito diretor e professor. Antes de terminar a reunião do presbitério, começou a sentir-se mal, com séria indisposição estomacal. De regresso a Garanhuns, deteve-se em Palmares para organizar a igreja, em 12 de julho, na companhia do Rev. Henderlite e do presbítero e futuro pastor Benjamim Marinho. No dia 20 de julho, agravando-se o seu estado, falou à esposa e aos colegas de modo sereno, afirmando que o Senhor o chamava. A Henderlite, especialmente, pediu: “Não abandone a educação dos nossos moços”. Mandou lembranças a vários colegas, citando pelo nome Juventino Marinho, Woodward Finley, Cassius Bixler, Jerônimo Gueiros (“meu filho no ministério”), Manuel Francisco N. Machado e Belmiro de Araújo César. Ao filhinho Alfeu, deixou um recado recomendando que fosse um homem honrado como o pai.

A despeito dos cuidados médicos e de uma comovida oração do Dr. George Butler, o Rev. Martinho de Oliveira faleceu em Garanhuns no dia 28 de julho de 1903, na véspera da cisão presbiteriana. No seu sepultamento, o Rev. Henderlite proferiu as palavras que se tornaram célebres: “Morreu Martinho, mas não morreu o Seminário”. Em setembro de 1941, os ossos de Martinho seriam trasladados para a base do púlpito do novo templo da Igreja de Garanhuns. Dona Maria veio a casar-se com um aluno do esposo, o Rev. Antônio Almeida, que mais tarde estudou no Seminário Teológico Union, na Virgínia, e foi professor no Seminário do Norte. O Rev. Antônio foi um verdadeiro pai para os filhos do falecido e teve duas filhas com Maria: Ila e Jair.

O Rev. Martinho deixou quatro filhos: Hermina, Alfeu, Séfora e Débora. Séfora foi casada com o Rev. Aureliano Gonçalves Guerra. Alfeu Barra de Oliveira foi sucessor do pai no ministério. Professou a fé em 1907, na Igreja de Garanhuns, com o Rev. Antônio Almeida. Cursou o Seminário do Norte e foi ordenado pelo Presbitério Bahia-Sergipe em 15 de janeiro de 1926. Pastoreou inicialmente várias igrejas do sul de Sergipe (Anápolis, Urubutinga, Riachão e Estância) e mais tarde a Igreja de Caruaru, em Pernambuco. Também pastoreou interinamente por duas vezes a Igreja de Aracaju. O Rev. Hilton Figueiredo de Oliveira, um neto de Alfeu, reside em Campinas, onde coopera com uma nova igreja na Chácara Primavera. No dia 24 de setembro de 1966, o então seminarista Enos Moura criou o Instituto de Pesquisa Martinho de Oliveira, no Seminário Presbiteriano do Norte, para preservar a memória do presbiterianismo no Norte e no Nordeste do Brasil.

Autor:Alderi Souza de Matos

REV. BASÍLIO CATALÁ CASTRO – O Príncipe dos Pregadores Presbiterianos da Bahia

 

Em maio de 2004 transcorreu o centenário do nascimento do Rev. Basílio Catalá Castro, ilustre pastor, professor e parlamentar do Estado da Bahia. Basílio nasceu em Palmeiras, nas Lavras Diamantinas (região central do estado), no dia 7 de maio de 1904, sendo seus pais o advogado provisionado Joaquim de Castro Lima e a professora Delfina Catalá Lima. Por volta de 1910, Joaquim defendeu um pastor que havia chegado à cidade, Rev. João Capistrano, que corria o risco de ser expulso por uma turba de fanáticos. Por causa desse episódio, o menino, embora pertencente a uma família católica, conseguiu matrícula na escola presbiteriana de Ponte Nova, às margens do rio Utinga. O Colégio de Ponte Nova, localizado no atual município de Wagner, havia sido fundado em 1906 pelo missionário norte-americano Rev. William Alfred Waddell.

Durante os seus estudos nessa instituição (1915-1920), Basílio abraçou a fé evangélica. Sentindo a vocação ministerial, fez os estudos pré-teológicos no Instituto Gammon, em Lavras (MG), e estudou por três anos no Seminário Presbiteriano do Norte, em Recife (1923-1925). Passou um ano em São Paulo, onde estudou português e literatura com o famoso professor Silveira Bueno, no Mackenzie College, e fez um curso de extensão teológica no Seminário Presbiteriano Independente, tendo sido aluno de Alfredo Borges Teixeira, Epaminondas Melo do Amaral e Otoniel Mota.

Foi ordenado pastor no dia 27 de novembro de 1927 pelo Presbitério Bahia-Sergipe, junto com o colega e amigo Otacílio Alcântara. Iniciou o seu ministério em Ponte Nova, onde também foi professor de português, literatura e história. Casou-se em 9 de janeiro de 1933 com Edelvira Regis, membro de uma destacada família presbiteriana de Campo Formoso. Tiveram quatro filhas: Célia (médica), Anete e Sônia (arquitetas) e Gláucia, que não concluiu os estudos em virtude de grave enfermidade, vindo a ser motivo de grandes aflições para o pai. Basílio também foi pastor no sul da Bahia (Itabuna) e no nordeste do estado, nos municípios de Bonfim, Campo Formoso, Saúde e Jacobina, tendo o seu campo uma extensão territorial maior que o Estado de Sergipe.

Em 1933, Basílio fundou a Igreja Presbiteriana do Salvador, junto ao Colégio 2 de Julho, no bairro do Garcia, pastoreando-a até ficar incapacitado pela enfermidade. Essa igreja, a segunda a ser organizada na capital baiana, está hoje filiada à Igreja Presbiteriana Unida do Brasil. Foi professor, diretor e capelão do referido colégio, de origem presbiteriana, por cerca de trinta anos. Também foi muito atuante nos concílios da igreja e na imprensa secular. Em 1941, publicou o livro Cochilos de um Sonhador, uma resposta ao padre Francisco de Sales Brasil, que havia escrito um libelo contra os protestantes intitulado Eu Tive um Sonho. Como parlamentar por dois mandatos na Assembléia Legislativa da Bahia (a partir de 1946), destacou-se pela dignidade de atuação e pela defesa de princípios éticos. Sendo grande orador sacro, foi considerado o príncipe dos pregadores presbiterianos da Bahia.

Nos últimos anos da vida, sofreu muito com acessos de asma. Foi jubilado em 1965, após 37 anos de ministério. Faleceu no Hospital Espanhol, em Salvador, no dia 13 de maio de 1972. No mesmo ano, foi publicado um livro com alguns de seus sermões, que acaba de vir a lume em 2ª edição, sendo introduzido por valiosas reminiscências do seu neto Luiz Humberto Castro de Freitas. No dia 8 de outubro de 2004, em sessão solene na Faculdade 2 de Julho, foi inaugurada a Biblioteca Basílio Catalá Castro e entregue o prêmio de igual nome ao vencedor de um concurso de monografias sobre o homenageado. D. Edelvira e as filhas ainda vivem na cidade de Salvador.

Um dos seus discípulos mais conhecidos foi o Rev. Eudaldo Silva Lima (1909-1988), ilustre pioneiro presbiteriano em Brasília, também natural da Bahia, que professou a fé com o Rev. Basílio em 29 de novembro de 1929, em Ponte Nova, e foi por ele encaminhado nos estudos para o ministério. Em seu livro Romeiros do Meu Caminho, Eudaldo diz o seguinte sobre o seu mentor: “Sempre marcou ele seu ministério de pregador e educador por um otimismo sadio e uma lhaneza de trato que a todos envolvia e a todos cercava de simpatia. Nos problemas e discussões dos Concílios sua atuação era caracterizada pelo bom senso e bom humor, nunca se mostrando irritado nem levantando a voz senão para defender a justiça e o direito”. Por sua carreira brilhante como ministro, educador e homem público, bem como por suas valiosas contribuições à igreja e à sociedade, o Rev. Basílio Catalá Castro será sempre lembrado como um dos grandes vultos do presbiterianismo no Brasil.

Fontes:
Eudaldo Silva Lima, “Rev. Prof. Basílio Catalá Castro”, Brasil Presbiteriano (Ago e Set 1972, p. 4); Eudaldo Silva Lima, Romeiros do Meu Caminho (Brasília, 1981), p. 207-215; informações do presbítero e historiador Eudaldo Andrade Costa (Salvador).
Autor: Rev. Alderi Souza de Matos

sábado, 24 de fevereiro de 2018

Rev. Dr. Jayme de Barros Oliveira Partiu para Junto do Pai Eterno

Foto de Diego Batista.

O nosso pastor Rev. Dr. Jayme de Barros Oliveira, era Pastor Auxiliar da Igreja Presbiteriana Filadélfia.O  Pastor Dr. Jayme de Barros, pernambucano, de família presbiteriana, formado em Odontologia, ordenado pelo Presbitério de Garanhuns, casado com Eunice França, pai de Vânia Barros e Draiton Barros, na última quinta dia 22 de fevereiro de 2018 às 15:15h partiu para está com o Pai eterno, seu enterro foi na sexta- feira dia 23 de fevereiro de 2018 às 16:00n no cemitério da cidade de Jupi-PE.

Durante a sua vida viveu sem ambição, com humildade, servindo na seara do Senhor nas igrejas por onde passou. Como pastor pastoreou varias igrejas do nosso presbitério com amor e muita dedicação para a glória de Deus deixando sempre a sua marca juntamente com a sua esposa irmã Eunice França.

O pastor Jayme, partiu da terra para o céu, onde não existe mais tristeza, dor ou sofrimento, pois está no seio do Pai Celestial. Quanto a nós, sentiremos muitas saudades, mas como filhos na fé, somos desafiados pelo seu exemplo a vivermos aqui na terra na expectativa do céu, certos de que um dia estaremos juntos na mansão celeste. 

ANTÔNIO GUEIROS:O EVANGELIZADOR DOS SERTÕES (1870-1951)

Antônio de Carvalho Silva Gueiros, 1950
“O Evangelizador dos Sertões”
Foto:  livro “A História da Família
 Gueiros”  de David Gueiros Vieira.

Neste momento eu convido você para conhecer a biografia do pastor Antônio Gueiros, um dos maiores plantadores de igrejas da nossa região.

Na década de 1880, encontrava-se Francisco de Carvalho Silva Gueiros e família em Garanhuns-PE, onde fora sub-empreiteiro da construção  do último trecho

da Ferrovia Sul de Pernambuco, no trecho Recife-Garanhuns. Ao termino da construção da referida ferrovia, rodeado de parentes ricos e poderosos,  Francisco Gueiros e Filhos, viviam, no entanto, muito modestamente em Garanhuns, como donos de hospedaria e operadores de uma mercearia.

Esta mercearia em função da liberação dos escravos, em 1888, ficara sem mão – de – obra. A família assim destituída de seus bens de seus “bens” pela Lei Áurea, entrou em crise econômica. Dai em diante, as dificuldades financeiras eram tantas, que Jerônimo Gueiros, em seus poemas, sempre se referia à sua mãe como uma “pobrezinha”. Essa condição de “pobreza” do casal Francisco Gueiros e Rita Francisca Barbosa, vivendo entre parentes ricos e poderosos, marcou profundamente os dois filhos mais novos, Antônio e Jerônimo Gueiros.

Em consequência da Lei Áurea, os dois filhos mais jovens da família – Antônio e Jerônimo – tiveram de pessoalmente assumir o trabalho manual da marcenaria. Tal atividade era algo aviltante para moços brancos, cuja família se orgulhava  de ser descendente de “dama de corte portuguesa” e de “nobre holandês”. Essa obrigação de trabalhar com as mãos, ocorria em uma época e em sociedade de mentalidade ainda escravagista, na qual, até meados do século passado – na década de 1940 – os homens de classe média – média e média – baixa, símile aos mandarins chineses, ainda deixavam crescer as unhas dos dedos mindinhos, afim de demonstrar à sociedade em geral que não eram operários, ou que não trabalhavam com as mãos, tal era o horror que as pessoas tinham a esse tipo de trabalho, tido como “vergonhoso”.

Mais ainda, na marcenaria o trabalho era pesadíssimo, e os jovens rapazes não estavam acostumados ao mesmo. As ferramentas eram primitivas: serrotes de mão para serrar toras de madeiras e simples plainas para preparar as tábuas. A madeira era toda de lei: pau-ferro, maçaranduba, angelim e outras mais. O trabalho de tão pesado, deixava os braços dos rapazes doloridos ao ponto que eles  mal se aguentavam no final do dia. O Reverendo Antônio Gueiros com lágrimas nos olhos contava aos filhos que aquele fora o trabalho mais árduo que jamais fizera em toda sua vida.

Em 1903, a escola teológica de Martinho de Oliveira – que morrera naquele mesmo ano – passara a ser chamado Seminário Evangélico de Garanhuns. Dr. George Henderlite foi seu primeiro e, por uns tempos, seu único professor. Em 1908, tendo o reverendo Antônio Gueiros terminado seus estudos naquele seminário – e já com 36 anos de idade, casado com três filhos – foi enviado pelo presbitério do Norte, cuja jurisdição ia do Amazonas à Bahia, para a cidade de Belém do Pará.

Belém do Pará  ainda no auge do período da produção da borracha era então um importante centro de exportação daquele produto, mas já começa a declinar, com início da queda do preço da borracha no mercado internacional. A estadia do reverendo Antônio Gueiros no Pará, no entanto, foi para ele um dos mais difíceis períodos de sua vida.

A cidade de Belém, apesar de sua opulência, era um antro de pestilência: cheio de malária, febre amarela e hanseníase. No tanto o que mais amedrontava o reverendo Antônio Gueiros a hanseníase, prevalecente em toda Amazônia, e muito comum em Belém do Pará. Vários dos membros da igreja Presbiteriana local sofriam daquela enfermidade, bem como uma das vizinhas do pastor, pessoas essas que tinham o hábito de fazer festinha com os filhos dele. Apesar de o médico norueguês Gerhard Arnuer Hansen  ter descoberto, em 1874, o bacilo que causa esta enfermidade, eram ainda totalmente desconhecidos da medicina de então, a etiologia da mesma, e a maneira como ela se propagava, ou mesmo como poderia ser curada, ou arresta.

Para o pastor Antônio Gueiros, que jamais vira o mal de Hansen em Pernambuco, o terror que sentia, de que os filhos viessem a ser infectados por ele, levaram-no a pedir – e até mesmo a implorar – que o presbitério o devolvesse a seu Estado. Voltou a Garanhuns, em 1914, convencido erroneamente de que sua filha Noemi, sua filha mais velha, que aparecera com manchas na pele, fora infectada pela hanseníase. Por essa razão, durante anos a fio, referindo-se à filha em suas orações nos cultos domésticos, ainda implorava: “Senhor, cura tua servazinha”.

Logo que regressara para Garanhuns, o reverendo Antônio Gueiros foi eleito pastor da Igreja Presbiteriana local, e indicado como missionário para o sertão. Começou então sua longa carreira de evangelizador, que durou até 1947, quando foi jubilado. Seu campo de trabalho estendia-se  a 300 quilômetros, mais ou menos, chegando ao sul até as cachoeiras de Paulo Afonso, e oeste triunfo e Serra Talhada.

Em suas longas ausências, era substituído no púlpito da Igreja de Garanhuns pelos missionários norte-americanos Dr. George Henderlite, Dr. William Thompson, Dr. George Taylor, Reverendo William Neville, e outros mais, professores do Seminário Presbiteriano de Garanhuns e do Colégio Quinze de Novembro.

Não havia estradas carroçáveis no sertão, nem transporte público de qualquer espécie. Havia apenas “trilhas de boi”, que passavam “como túneis dentro da floresta”, na região da serra, e como tênues veredas, entre os cactos e as plantas xerofílicas nas caatingas do sertão. Cada viagem, feita a cavalo, ou em lombo de mula, era uma aventura.

Lembro-me ainda, dos meus dias de criança, das preparações que se faziam em casa para  suas longas viagens. Minha avô Maria de Nazarerth Duarte Furtado, conhecida como “Maroca”, passava toda uma manhã, ou tarde, no preparo de um farnel, típicos dos sertanejos nordestinos daquela época. Este consistia de um saco de “paçoca salgada”, e outro de “paçoca doce”. A primeira era feita de litros e litros de farinha de farinha de mandioca torrada, batida no pilão, com muita carne de sol assada e desfiada, até que se tornava uma massa fina. A paçoca doce era feita também de litros de farinha de mandioca, batida no pilão  com açúcar preto, e castanha de caju ou amendoim. Essas “paçocas” eram colocadas em sacos de aniagem, amarrados na sela do cavalo. Essa seria sua alimentação, nas três refeições do dia, durante toda a viagem.

Levava ainda um saco de frutas da estação – limão, laranja, ou  romã – como fonte de vitamina C,  para prevenir a pelagra. Transportava ainda duas cabaças bem grandes, cheias de água mineral, das fontes de água mineral de Garanhuns, cabaças essas que eram igualmente amarradas uma à outra com uma corda, e penduradas em frente à sela do cavalo. Quase sempre trazia também uma sacola cheia de folhas secas de laranja, de limão, ou de “capim-santo”, para fazer chá com as águas barrentas do sertão, quando acabava a água limpa que  levava. Enchia os bolsos de confeitos e balinhas, e depois de um culto doméstico e uma oração, seguia viagem.

Residia em sítio nas encostas de um dos morros de Garanhuns, de modo que  o caminho que o levava ao sertão ficava do outro lado do vale. Nós, as crianças, ficávamos então no alpendre da casa esperando até ele despontar na estrada subindo o alto da Boa Vista, a caminho do sertão, lugar este que ele  jocosamente chamava de “caixa-prego”. Era sempre um dia grande de tristeza para todos, pois ele era o maior amigo que tínhamos na vida.

No sertão, hospedava-se em casa dos crentes, em geral gente muito pobre, de modo que o farnel às vezes tinha que ser dividido com os próprios hospedeiros, especialmente em épocas de seca. Seu filho Israel Gueiros contava de algumas viagens que fizera, acompanhando o pai, quando descobrira que as balinhas levadas por ele era para serem distribuídas com as criancinhas sertanejas. Estas o esperavam a beirada estrada, com as mãozinhas estendidas gritando: “ Benção seu Tonho”. Ele respondia com o “Deus te abençoe” de sempre, e colocava uma balinha na mão de cada uma, quase todas elas completamente nuas, tal era a pobreza dos sertanejos daquela época.

Sua generosidade com os sertanejos era legendária, e até folclórica. Frequentemente voltava para casa sem as roupas que levava nas viagens, por tê-las doado a algum necessitado. Seus filhos certa vez lhe deram, como presente de Natal, um terno de casimira inglesa, muito bom,  a única roupa decente que possuía para subir ao púlpito. No entanto, logo em seguida foi visto tirando-o do corpo, para doá-lo a um sertanejo crente, que ia à capital avistar-se com o governador, e não tinha roupa adequada para ocasião, ia muito além do farnel que levava. Descobrira desde cedo que aquelas paragens, abandonadas pelos governos federal e estadual, eram carentes em tudo: faltava médicos, dentistas, fotógrafos e até mesmo barbeiros. Essas eram atividades que ele podia exercer, mesmo sem estar profissionalmente habilitado, pois a alternativa era de deixar aquelas pessoas à mingua desses serviços. Assim aprendera a arrancar dentes, a fazer obturações simples, a fazer primeiros curativos, a encanar pernas e braços, a tirar retratos e a cortar cabelos.

Sua equipagem, em vista dessas atividades, era acrescida de uma maleta de  instrumentos médicos e dentários; levava também tesouras, pentes e navalhas, e uma enorme “câmara obscura” alemã, marca Agfa, dessas que ainda hoje se vêem nas mãos dos fotógrafos ditos “lambe-lambe”, nos subúrbios das grandes  cidades. Em casa, montara um quarto escuro, com todos os equipamentos necessário para revelar as chapas que trazia do sertão. Deixou caixas e caixas de chapas de vidro, das fotografias tiradas pelo sertão a fora durante 30 anos de viagens; um acervo documental de valor histórico inestimável. Infelizmente, um de seus herdeiros, não compreendendo seu valor, destruiu essas chapas, utilizando o vidro para fins domésticos.

Ao chegar nas pequenas vilas e cidades do sertão, montava uma cadeira ou caixão alto, na feira, ou em algum lugar público, no qual sentavam seus clientes e “pacientes”. Então lhes cortava os cabelos, arrancava-lhes os dentes, fazia-lhes os curativos que fossem necessários e ainda os fotografava, se assim pediam. Enquanto isso lhes ia pregando o evangelho, e distribuindo folhetos de propaganda evangélica, e trechos da Bíblia.

Essas viagens não eram totalmente livre de perigos. Aquela era uma época de cangaceiro “Lampião” e seu bando, que era apenas um dos muitos bandoleiros que pululavam pelas caatingas. No entanto, nunca nada lhe aconteceu. Contava o Dr. Othoniel Gueiros, amigo de Audálio Tenório, prefeito de Águas Belas e “coiteiro” de Lampião, ter este afirmado que Lampião e seu bando muitas vezes viram o pastor Antônio Gueiros cavalgando pelas veredas do sertão. Quando algum cangaceiro dizia “lá vai o bode velho!, Lampião replicava: “deixem ele passar não bulam com ele, que é um homem de Deus, e amigo do meu amigo Audálio, que é meu coiteiro”. Por essa razão afirmava Audálio, Antônio Gueiros nunca teve de se encontrar com Lampião, face a face, pois este o evita e protegia. Lampião, como se sabe, era um homem devoto e muito religioso. Audálio Tenório era primo afastado dos Gueiros, pelo lado dos cardosos de Águas Belas.

Apenas uma vez o pastor Antônio Gueiros chegou bem perto de ser morto. Esta foi quando o vigário da cidade de Bom Conselho decidira livrar-se do pastor protestante incômodo, contratando assassinos profissionais para matá-lo, quando da sua próxima ida aquela localidade. Sem saber de nada, o reverendo Antônio programou uma viagem para Bom Conselho. Porém, ao chegar no alto da Boa Vista, ainda em Garanhuns, seu cavalo manso de estimação, que andara com ele várias vezes por todo sertão, empacou e recusou-se a continuar a viagem. Como não er pessoa de fazer violências, nem mesmo a um animal, virou a rédea do cavalo e voltou para casa. Algumas horas depois – a galope – chegava um dos presbíteros da Igreja de Bom Conselho. Vinha avisá-lo para não ir aquela cidade naquele dia, pois o vigário contratara cangaceiros para mata-lo, pessoas essas  que o mensageiro encontrara, em uma tocaia, a poucos quilômetros da cidade de Garanhuns

Como a famosa mula de Balaão bíblico aquela alimária havia pressentido algum perigo, ou Deus mesmo mandara que ela parasse. Dai em diante, o animal foi chamado de “cavalo santo”, pelas crianças. Era um animal que tinha viajado tantas vezes pelas várias localidades do sertão, que, as vezes, o reverendo Antônio Gueiros, de tão cansado, dormia na sela, e o animal seguia caminho, levando-o para ao próximo pouso, mesmo sem ser conduzido.

Após 1935, as atividades missionárias do reverendo Antônio Gueiros finalmente tiveram de parar. Naquele ano, durante a chamada Intentona Comunista, como será visto abaixo, então, então visitando o Seminário Presbiteriano do Norte, ele foi ferido a bala numa perna, resultando na perda daquele membro. Hoje se sabe ter sido um tiro dado por um dos revolucionários, entrincheirados em uma fábrica ao lado do Seminário. Sua perna gangrenou, ele esteve a beira da morte, naquela época sem penicilina ou antibiótico de qualquer tipo. Depois disso, enfermou do coração, falava-se que fora em consequência da gangrena. Ainda tentou viajar mais uma vez a cavalo pelos sertões, porém, aos 64 anos de idade, e por razões de saúde, foi obrigado a pôr de lado aquela atividade missionária, sem, no entanto, ter tomado providências para que seu campo fosse ocupado por outros Para esse fim, criou uma sociedade missionária, patrocinada pela Igreja Presbiteriana de Garanhuns, que enviou cinco pastores para cobrir todo o campo que ele vinha evangelizando sozinho.

Depois disso, contentava-se a passar os dias caminhando pelo sítio, podando árvores e limpando o mato, sempre seguido de uma velha cachorra loba, chamada “Cratera”, que o adorava. Em 1936, ao final de suas atividades como missionário, deixou pelo menos 62 igrejas e congregações, fundadas ou pastoreadas por ele, que são abaixo indicadas:

No Estado do Pará; Belém, Soure, Bragança e Campo Experimental.

Em Pernambuco: Garanhuns, Inhumas, Gilead, Cachoeira Dantas, Palmeirina, São João, Angelim, Burgos, Tiririca, Catonho, São Pedro, Neves, Fama, Brejão, Brejinho, Maçaranduba, Poço Comprido, Freixeiras de Santa Quitéria, Genipapeiro, Correntes, Lajedo, Entupido, Águas Belas, Buique, Salobro, Jupi, Bom Conselho, Serrinha, São Bento e Cachoeirinha.

Em Alagoas – Mata – Grande, Cana Brava, Bananeiras, Olho dÀgua de Areias, Lagoa Funda, Monte Alegre, São Serafim, Ponto-Alegre, Santa Clara, Rio Branco, Mocambo, Barracão, Baixa Seca, Capiá, Pão de Açúcar, Maravilha, Itapicuru, Cacimba, Pé de Serra de São Pedro, Prata, Barro, Mandaçaia, Piabas, Gatos, Capoeira e Vinte Cinco.

Teve também sob sua jurisdição de Gameleira e Quipapá, em Pernambuco e a igreja de Quebrangulo em Alagoas. Consta que também viajou por uns tempos  pelos lados da Serra do Teixeira, no sertão da Paraíba, porém dessas viagens não temos nenhuma documentação escrita. A única notícia que temos das mesmas vêem de sua filha mais velha, a professora Noêmi Gueiros Vieira, então jovem demais para conhecer ou lembrar dos detalhes dessas peregrinações paraibanas.

Após o acidente em 1935, continuou ainda como pastor da Igreja de Garanhuns, até 1947, quando foi jubilado e eleito seu pastor emérito. Faleceu subitamente, em casa no ano de 1951. Na ocasião de sua morte, a cachorra “Cratera”, sua constante companheira por tantos anos, deitou-se debaixo da cama do falecido e uivou até que levaram o corpo para o enterro. Depois disso, o animal permaneceu debaixo da cama, recusando água e comida, em pouco tempo, ela também morreria.

Amado por todos da igreja, e muito respeitado por toda a cidade, o enterro do reverendo Antônio Gueiros foi seguido pela maioria da população de Garanhuns. Sua morte foi lamentada também pelas comunidades católicas e espírita da cidade que, à sua maneira, deram demonstrações de pesar pela mesma. Consta que ao correr a notícia do seu falecimento, os sinos da catedral e de todos os outros templos católicos na cidade passaram a soar o repique fúnebre, só silenciando quando seu corpo foi baixado à cova. Uma singela porém comovente honraria, feita pelo bispo católico local, a esse pastor protestante.

Artigo extraído do Livro A História da Família Gueiros, capítulo XII,  de David Gueiros Vieira

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

XVIII Congresso da Confederação Nacional de SAFs - Transmissão ao Vivo

Transmissão ao Vivo –  XVIII Congresso da CNSAFs  
21 a 25 de fevereiro 2018
Gramado – RS
Acompanhe ao vivo a partir do dia 21 às 19h30
Solicitamos as orações de todas as sócias das Confederações Sinodais.
Pedimos a todas as irmãs que orem pelo Congresso.
Que tudo que vier a acontecer objetive a glória de Deus em Cristo Jesus.


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