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terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Árabes boicotam Pence por ser evangélico: “Homem perigoso com visão messiânica”

Em visita a Israel, o discurso do vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, foi alvo do protesto de árabes no parlamento do país.

Vice-presidente dos EUA, Mike Pence com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. (Foto: Ariel Schalit, Pool/Associated Press)
Vice-presidente dos EUA, Mike Pence com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. (Foto: Ariel Schalit, Pool/Associated Press)
O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, dirigiu uma sessão especial nesta segunda-feira (22) no Knesset, o parlamento de Israel. Em seu discurso, ele anunciou que os EUA irá concluir a mudança de sua embaixada para Jerusalém antes do final de 2019.
A visita do líder americano ao Knesset foi boicotada por parlamentares árabes, após um anúncio do chefe da Lista Conjunta, uma coligação política em Israel composta por quatro partidos majoritariamente árabes.
“Ele é um homem perigoso com uma visão messiânica que inclui a destruição de toda a região. Ele vem aqui como emissário de um homem que é ainda mais perigoso”, declarou Ayman Odeh no Twitter, fazendo referência a Donald Trump.
Apesar do protesto dos parlamentares árabes, que foram escoltados para fora do Knesset, Pence apelou para que israelenses e palestinos retomem as negociações de paz. “Agora sabemos que os israelenses querem a paz”, disse ele, pedindo à liderança palestina para “voltar à mesa” e buscar a paz “através do diálogo”.
Pence também mencionou o Irã, prometendo impedir a República Islâmica de obter armas nucleares. “Eu tenho uma promessa solene minha para todo Israel: os EUA nunca vão permitir que o Irã adquire uma arma nuclear”, disse ele.
Se dirigindo ao Knesset, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que o reconhecimento de Jerusalém pelos EUA foi uma das decisões mais importantes da história do sionismo. “Nenhum outro vice-presidente norte-americano teve tanto compromisso com o povo judeu”, afirmou.
Antes de visitar o Knesset, Pence se reuniu com Netanyahu em seu gabinete declarou que Israel está “no limiar de uma nova era”, destacando seus esforços para alcançar a paz entre israelenses e palestinos.
“Tive o privilégio, ao longo dos anos, de acolher centenas de líderes mundiais e na capital de Israel, Jerusalém. Mas esta é a primeira vez que ambos os líderes podem dizer essas três palavras: ‘capital de Israel, Jerusalém’”, observou Netanyahu a Pence.
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE HAARETZ

Evo Morales suspende criminalização do evangelismo na Bolívia

Segundo o presidente da Bolívia, a determinação foi tomada “para não dar argumentos à direita”, que vem incentivando protestos.

O presidente Evo Morales anunciou sua decisão no programa El Pueblo es Noticia, transmitido pela mídia estatal. (Foto: ABI)
O presidente Evo Morales anunciou sua decisão no programa El Pueblo es Noticia, transmitido pela mídia estatal. (Foto: ABI)
O presidente da Bolívia, Evo Morales, anunciou neste domingo (21) que irá revogar o novo Código Penal que previa a criminalização do evangelismo no país. Segundo ele, a determinação foi tomada “para não dar argumentos à direita”, que vem incentivando protestos.
Morales pediu com urgência a elaboração de uma nova norma penal ao legislativo, que é controlado pelo partido que está no poder. A decisão foi tomada após uma série de manifestações conduzidas por vários setores da população boliviana e estava prestes a se tornar uma greve nacional.
“A mentira ganhou com o tema da campanha”, argumentou Morales quando anunciou sua decisão no programa El Pueblo es Noticia, transmitido pela mídia estatal. “Eu decidi revogar todo o novo Sistema do Código Penal, espero que eles possam rapidamente entrar em acordo com a Assembleia Legislativa Plurinacional”.
Além de atingir sindicatos e trabalhadores, o artigo 88 do novo Código Penal previa 7 a 12 anos de prisão para quem incentivar pessoas a participarem de organizações religiosas ou de culto.
“Será sancionado com prisão de sete (7) a doze (12) anos e reparo financeiro a pessoa que, por ele próprio ou por terceiros, capture, transporte, transfira, prive de liberdade, acolha ou receba pessoas com o fim de fazer o recrutamento de pessoas para sua participação em conflitos armados ou organizações religiosas ou de culto”, dizia o texto do documento.
A decisão de Morales aconteceu depois que igrejas do mundo inteiro se uniram em oração para clamar a Deus por liberdade religiosa e pelas autoridades da Bolívia. De joelhos, pastores bolivianos se reuniram diante do Palácio do Governo e da Assembleia Legislativa por uma mudança no Código Penal. “Tenha misericórdia da nossa pátria, Bolívia. Dê sabedoria e inteligência ao nosso presidente e aos que estão no governo, aos deputados e senadores”, orou um dos pastores.
O deputado federal Roberto de Lucena se encontrou na última quarta-feira (17) com o embaixador da Bolívia, José Kinn Franco, e entregou em suas mãos uma carta dirigida a Morales. Na carta, o parlamentar esclareceu que é autor do Projeto de Lei 7787/2014, que autoriza o presidente da República a suspender relações diplomáticas e comerciais com países que promovam ou tolerem a perseguição religiosa e desrespeitem os direitos humanos.
Brasil-Bolívia
Em nome do Painel Internacional de Parlamentares para a Liberdade de Religião ou Crença (IPPFoRB), Lucena pediu ao governo boliviano a reconsideração do diploma legal no que diz respeito à prática da atividade religiosa e considerou a enorme repercussão negativa junto aos 60 milhões de evangélicos no Brasil.
“Respeitamos a soberania nacional da Bolívia — onde está muito mais do que um povo vizinho, os bolivianos são nossos irmãos — mas, manifestamos ao presidente Morales, através do extraordinário embaixador José Franco, nossas preocupações quanto ao texto do novo Código Penal. E o senhor embaixador lembrou, sensível ao tema, que as instituições religiosas na Bolívia não concorrem com o Estado, mas o apoiam na luta por justiça social”, relatou o parlamentar ao Guiame.
A decisão de Morales foi tomada um dia antes de fazer seu relatório de gestão à Assembleia Legislativa Plurinacional. “Para evitar tal confusão, com o medo baseado nas mentiras das redes sociais, eu decidi revogar (o Código)”, ele alegou.
Enquanto a mensagem enviada por Morales ao poder legislativo deverá ser discutida, votada e aprovada, Lucena observa que os brasileiros devem acompanhar com muita atenção os desdobramentos desse fato.
Por isso, através do grupo de amizade parlamentar Brasil-Bolívia, Lucena pretende articular um diálogo com o parlamento boliviano e continua mantendo sua solicitação de agenda ao presidente Evo Morales junto a Embaixada da Bolívia no Brasil.
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE LA RAZÓN

sábado, 20 de janeiro de 2018

UMA BREVE INTRODUÇÃO A DOUTRINA DA ALIANÇA

Resultado de imagem para fotos sobre doutrina da aliança
Introdução

            A palavra “Aliança” é a tradução do termo hebraico tyIrÚb(bᵉrît) cuja etimologia é incerta.[1] Pode estar relacionada com a palavra acadiana “barru”, que significa “estabelecer uma situação legal por meio de um testemunho acompanhado de uma juramento”[2]
            tyIrÚb   Também pode ser traduzido por tratado, acordo, pacto, mas a simples definição não é suficiente para dar o pleno sentido “ O catálogo de propostas para o significado de ‘bᵉrît’ ilustra a estreita relação entre a derivação etimológica e a interpretação teológica que tem caracterizado a tentativa de entender o termo ‘aliança’ na Bíblia”[3], em suma, o significado de “aliança” deve ser buscado por meio de um estudo de caso.


            A aliança em Deuteronômio[4] segundo McConville, assemelha-se ao tratado de vassalagem do hititas (2º milênio), que consiste em seis partes: 1ª título; 2ª prólogo histórico; 3ª estipulações; 4ª cláusula do documento; 5ª lista do deuses (ou seja, testemunhas do tratado, e 6ª bênçãos e maldições[5], esse tipo  de trado é a chave para a compreensão da forma de aliança de Deus com o antigo Israel.[6]
             É importante compreendermos esse tipo de tratado onde um Suserano  (senhor) estipulas as clausulas do acordo (aliança) com um Vassalo (escravo), ilustra bem como o Javé tomou a iniciativa de estabelecer uma aliança, Ele como Senhor e nós como seus escravos, Deus usa uma realidade já existente para dar forma a sua aliança.[7]
            Como já mencionado a melhor forma de compreender a tyIrÚb (aliança), é vermos seu uso ao longo da revelação bíblica.
            A palavra de Deus faz dois usos de aliança; a aliança entre pessoas e entre Deus e seus servos.[8] A aliança entre pessoas. Alianças de amizades (1Sm 18.3; 20.8); tratados ou acordos entre governos e indivíduos poderosos (Gn 21.27; 26.28; 31.44; 1Rs 5.12); tratados onde a parte mais poderosa define os termos (Êx 23.32; Dt 7.2; Jz 2.2; Js 9.15) ou onde a parte mais fraca solicita os termos (1Rs 20.34; Os 12.1-2); e matrimônio (Ml 2.14; cf. Ez 16.8).[9] A aliança entre Deus e seu povo. Ao longo da história da revelação vemos O Senhor estabelecendo “alianças”[10], essas alianças são denominadas de acordo com cada agente pactual.
            A aliança Edênica aliança estabelecida com Adão, em Gn 3.14-19 registra as estipulações da administração aliança, também pode ser chamada de aliança do começo[11], vemos a aliança em forma de semente.[12] Aliança Noética, o registro do relacionamento de Deus com Noé é narrado em quatro passagens (Gênesis 6.17-22; 8.20-22; 9.1-7 e 9.8-17). Que também pode ser chamada de aliança da preservação.[13] Aliança Abraâmica, Deus faz aliança com Abraão em duas ocasiões, em Gn 15.18 e 17.2, as duas estão relacionadas quanto ao significado da promessa feita inicialmente a Abraão em Gn 12.1-3. Aliança sinaítica, aliança estabelecida com Moisés cuja essência é expandida em Êx 19-24, a expressão mais perfeitamente desenvolvida da aliança mosaica se encontra em Deuteronômio.[14] Aliança Davídica, se originou como concessão à exigência desobediente do povo de ter um rei (1Sm 8.5-8) e prometeu que Israel sempre teria um rei(Sl 89.3-4).
            A aliança é um tema deveras importante, para compreensão do relacionamento de Deus com o seu povo ao longo do Antigo Testamento, Eichrodt defende que o tema unificador é o pacto, em sua teologia do Antigo Testamento, mostrando a realidade histórica da religião de Israel.[15]


            No Novo Testamento é usado o termo diaqhkh (diathéke), palavra essa que é a tradução de bᵉrît na LXX. É digno de nota que, embora “aliança” ocorra quase 300 vezes no AT, ocorre somente 33 vezes no NT.[16]  Embora o termo aliança não apareça tão frequente quanto se esperaria, a razão é que o pensamento subjacente já foi abarcado pelas declarações acerca do Reino de Deus isso fica mais claro em Lc 22.29, a nova aliança e Reino de Deus são conceitos inter-relacionados.[17] Em Paulo encontramos nove ocorrências de diathéke, em Gl 3.15ss, a linguagem jurídica mostra que Paulo está usando uma ilustração da lei helenista, mostra que o testamento original de Deus não pode ser mudado pela lei. Em Rm 11.27 a disposição salvífica de Deus na história é o sentido óbvio, Rm 9.4 são a declaração da vontade de Deus no Antigo Testamento. Em Gl 4.24ss a escrava Hagar representa o pacto do Sina i que foi reduzido à escravidão, enquanto a Sara livre representa o pacto celestial que confere libertação.
            Hebreus usa diathéke para ilustrar o sentido popular de “última vontade ou testamento” em 9.16-17, o conceito central de hebreus é o de um novo pacto. Ele substituiu o antigo pacto que foi feito no Sinai (9.20), está ligado ao culto (9.14). Ele inclui os dons da salvação, cujo fiador é Cristo, seu sangue é o sangue do pacto (10.29, cf. Êx 24.6).[18] O uso de diathéke nos Sinóticos Jesus chama o vinho da Santa Ceia de sangue do diathéke, ou do novo diathéke em seu sangue representado pelo vinho, essa afirmação é baseada em Jr 31.31ss. O diathéke é a disposição de Deus, uma poderosa declaração da sua vontade na história, por meio da qual ele ordena a relação entre si mesmo e nós, de acordo com o seu propósito salvivífico, e que carrega em si a autoridade do mandamento divino.

Tão grande é a distância entre Deus e a criatura, que, embora as criaturas racionais lhe devam obediência como ao seu Criador, nunca poderiam fruir nada dele como bem-aventurança e recompensa, senão por alguma voluntária condescendência da parte de Deus, a qual foi ele servido significar por meio de um pacto.

            De inicio vemos temos que partir com alguns pressupostos tais como: A transcendência do Senhor Deus; A limitação humana com respeito ao seu relacionamento com Deus que é totalmente dependente da Revelação; A mediação de Cristo; A Revelação de Deus para o homem sem a qual o ser humano jamais poderia conhecer qualquer verdade sobre a vontade do Senhor apesar da revelação natural;[19] o dever que o homem tem de cultuar ao Senhor. É importante ressaltar esses pontos, pois eles entre outros compõe a cosmovisão dos autores desse documento. Vamos ao comentário da seção I:
            Deus é o totalmente outro. Esta verdade é conhecida por quase todas as religiões,[20] pode não ser tão bem formulado assim, e normalmente não é, mas ninguém escapa de tal realidade, por causa da mente pecaminosa do ser humano ele tenta fugir disso usando de uma religião que é fruto de sua imaginação ou até mesmo negando, mas uma coisa é certa não podemos escapar ilesos a essa verdade. Se observarmos bem “Deus é o totalmente outro” tal sentença gera no homem angustia e desespero pois não podemos de forma alguma “ir” até Ele, o Senhor está distante sem qualquer possibilidade de fluirmos bem algum Dele, esse é exatamente o sentimento observado no mundo moderno ou melhor em todas as eras, mas o Niilismo moderno deu uma significação filosófica a esse sentimento que o homem caído tem e quando adentra a esfera da teologia destrói qualquer possibilidade de significação da Revelação. Um dos resultados foi a chamada teologia liberal clássica hoje em desuso (será?), que foi combatida por vários teólogos entre eles o conhecidíssimo Karl Barth que fez frente ao niilismo teológico, luta iniciada com o seu comentário da carta de Paulo aos Romanos, “O Deus da Epístola aos Romanos é o Deus absconditus, o totalmente Outro (das ganz Andere), conceito que Barth extrai de Rudolf Otto, inserindo-o, porém, não em um contexto fenomenológico, e sim teológico. Nenhum caminho vai do homem a Deus: nem a vai da experiência religiosa (Scheleirmacher), nem a da história (Troeltsch), e tampouco uma via metafísica; o único caminho praticável vai de Deus ao homem e se chama Jesus Cristo.”[21]
Através de Cristo e só por Ele somos resgatados de tão horrível situação, há única solução para o distanciamento de Deus e sua criatura é o Pacto estabelecido entre Criador e criatura que é mediado por Cristo O Agente pactual.[22] É justamente isso que os nossos pais na fé tinham em mente quando afirmaram a seção I, que o homem em seu estado natural não pode estabelecer qualquer tipo de comunhão com Deus, tendo em si mesmo a semente da religião,[23] deve obediência e culto ao seu Criador sentindo-se o homem impelido à adoração, constrói meios de acesso Deus Criador, mas por não contar com uma revelação proposicional, não pode encontrar elementos que o direcione a culto que possa satisfazer a vontade de Deus, comete idolatria, pois utiliza apenas o dados sensíveis da criação e a interpreta a luz de sua realidade caída, ele adora apena a um deus que é apenas uma projeção do seus ser, o homem natural adora a si mesmo e em sua arrogância o chama de deus, colhendo frutos terríveis de idolatria; morte e ainda mais confusão, Deus de forma condescendente estabeleceu o pacto para que possa o homem que é resgatado fluir de bem-aventurança e recompensa.


O primeiro pacto feito com o homem era um pacto de obras; nesse pacto foi a vida prometida a Adão e nele à sua posteridade, sob a condição de perfeita obediência pessoal.
O homem, tendo-se tornado pela sua queda incapaz de vida por esse pacto, o Senhor dignou-se fazer um segundo pacto, geralmente chamado o pacto da graça; nesse pacto ele livremente oferece aos pecadores a vida e a salvação por Jesus Cristo, exigindo deles a fé nele para que sejam salvos; e prometendo dar a todos os que estão ordenados para a vida o seu Santo Espírito, para dispô-los e habilitá-los a crer.

            O termo “pacto de obras” tem levantado certos questionamento ao longo dos séculos, foi o teólogo puritano inglês Dudley Fenner (1558-1587) mais tarde sendo convertido para o latim foedus operum,[24]foi com Thomas Cartwringht(1535-1603), que posteriormente ensina essa doutrina no continente sendo cristalizada nos símbolos de fé reformados do século 17.[25] O pacto de obras tem despertado certos questionamentos ao longo desse tempo, as opiniões variam desde defesa até a completa negação.[26] Mas vale ressaltar que o fé cristã tornaria sem sentido se o pacto de obras não fosse uma realidade tanto no passado com Adão quanto com os seus descendentes.
A violação do pacto das obras, por Adão e Eva, tornou as promessas do pacto inacessíveis aos seus descendentes. Essas promessas foram canceladas por Deus, o qual não pode aviltar Seu padrão da lei, redistribuindo o pacto das obras para creditar a injustiça do homem caído. Entretanto, o cancelamento divino não anula a demanda de Deus por obediência perfeita. Antes, em razão da estabilidade da promessa de Deus e de sua lei, o pacto das obras se torna efetivo em Cristo, o perfeito cumpridor da lei. Ao cumprir todas as condições do pacto da graça, Cristo cumpriu todas as condições do pacto das obras.[27]
Vemos que a verdade do pacto das obras é fundamental para entendermos a obra substitutiva de Cristo, Paulo torna ainda mais evidente isso em sua carta aos Romanos  (Rm 5.12-21). Por isso é fundamental dependermos do nosso Senhor Jesus, que obedece as clausulas da lei de forma perfeita, já Adão e seus descendentes não cumpriram os termos do acordo, sendo a vida recebida pela obediência do nosso Representante Maior; Cristo, Deus cumpre a promessa de dar vida em Cristo. Toda glória ao Deus bendito.
Este pacto da graça é frequentemente apresentado nas Escrituras pelo nome de Testamento, em referência à morte de Cristo, o testador, e à perdurável herança, com tudo o que lhe pertence, legada neste pacto.[28]
Este pacto no tempo da Lei não foi administrado como no tempo do Evangelho. Sob a Lei foi administrado por promessas, profecias, sacrifícios, pela circuncisão, pelo cordeiro pascoal e outros tipos e ordenanças dadas ao povo judeu, prefigurando, tudo, Cristo que havia de vir; por aquele tempo essas coisas, pela operação do Espírito Santo, foram suficientes e eficazes para instruir e edificar os eleitos na fé do Messias prometido, por quem tinham plena remissão dos pecados e a vida eterna: essa dispensação chama-se o Velho Testamento.
Sob o Evangelho, quando foi manifestado Cristo, a substância, as ordenanças pelas quais este pacto é dispensado são a pregação da palavra e a administração dos sacramentos do batismo e da ceia do Senhor; por estas ordenanças, posto que poucas em número e administradas com maior simplicidade e menor glória externa, o pacto é manifestado com maior plenitude, evidência e eficácia espiritual, a todas as nações, aos judeus bem como aos gentios. É chamado o Novo Testamento. Não há, pois, dois pactos de graça diferentes em substância, mas um e o mesmo sob várias dispensações.

            Poderíamos chamar essas duas seções de promessa e cumprimento, no sentido de que vemos o desenvolvimento progressivo da revelação acontecer ao longo do Antigo Testamento. Essas duas seções ensinam que há um só pacto que é administrado de modos diferentes ao longo da revelação bíblica, na economia da aliança novos elementos são acrescentados sem desmentir os elementos anteriores, um exemplo disso é a circuncisão que no antigo testamento era o sinal externo de uma realidade espiritual este sacramento hoje na nova aliança é administrado sob a forma de batismo ampliando assim sua aplicabilidade que antes era restrita aos homens.
            Na medida do progresso da revelação e desenvolvimento da aliança vemos cada vez mais luz sendo lançada,[29]  há um só pacto que é desenvolvido sucessivamente e plenamente revelado em Cristo.[30]  

            A doutrina do pacto é sem duvida uma das mais belas de toda Bíblia, ela revela aspectos importantes do caráter de Deus e de como Ele se compadeceu de suas criaturas revelando amor e misericórdia ao seu povo, e como Ele tomou a iniciativa em relacionar-se conosco. 

Sem. Edson Matias

[1] tyIrÚb é um substantivo hebraico da raiz hrb )yrb(; mas permanece obscuro  se o significado pode ser derivado desta etimologia. Por um lado, alguns têm relacionado baraya à palavra acadiana barû , “agrilhoar”, da qual vem o nome birîtu; cp. Ezequiel 20.37, trsm, “a obrigação” do berît. In: PAYNE J. B. Aliança. Enciclopédia da Bíblia Cultura Cristã, vol1, p200.
[2] MCCONVILLE, Gordon J., Berît, inNovo Dicionário Internacional de Teologia e Exegese do Antigo Testamento, São Paulo: Cultura Cristã, 2011, v. 1, p. 723.
[3] Ibid.
[4] Isso também pode ser percebido nos Dez Mandamentos, todo livro de Deuteronômio e texto de Josué 24 está baseado nesse modelo de aliança, segundo M. G. Kline em sua obra: By oath consigned, 1967.
[5] MCCONVILLE, Berît.
[6] SMICK, Elmer B, Aliança, inDicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento, São Paulo: Vida Nova, 1998, p. 214.
[7] Vemos que a aliança na Bíblia não é uma cópia do que era visto no oriente próximo, mas  na revelação bíblica esse tipo de tratado assume aspectos específicos, tendo uma estrutura superior, isso é  importante pois demostra que a religião em Israel é histórica. Para mais informação ler: Teologia do Antigo Testamento Cap2 de Walther Eichrodt.
[8] Temos, portanto, um pacto legal de um lado e um pacto teológico de
[9] MCCONVILLE, Berît.
[10] Embora possamos usar alianças, mas devemos entende-las como uma única aliança que tem um crescimento/desenvolvimento, para mais esclarecimentos ver seção 2 deste presente  trabalho.
[11] ROBERTSON, O. Palmer, O Cristo dos Pactos, 2a. ed. São Paulo: Cultura Cristã, 2011.p 81.
[12] Há um debate se de fato houve um pacto de Deus com Adão, mas vemos em Os 6.7 e Jó 31.36, onde nitidamente Adão “quebrando” o pacto, a mais a se falar, mas deixarei para a próxima seção onde esse assunto será melhor tratado.
[13] ROBERTSON, O Cristo dos Pactos. p 93.
[14] MCCONVILLE, Berît.
[15] EICHRODT, Walther, Teologia do Antigo Testamento, São Paulo: Hagnos, 2005.
[16] BECKER, O, Aliança, inDicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento, 2a. ed. São Paulo: Vida Nova, 2007, v. 1, p. 58.
[17] Ibid.
[18] Ibid.
[19] Vide seção I capitulo 1 CFW.
[20] Há religiões onde há uma confusão/mistura entre o aspecto transcendente e imanente do ser divino não é muito bem distinguido tais como as religiões animistas, panteístas, paneteístas. De alguma forma o ente divino que é transcendente se harmoniza ao eixo da estrutura da criação não possibilitando uma distinção essencial entre a divindade e o “deus”, por isso a frase “tudo é deus”, essa frase demostra uma contradição lógica, posso demonstra uma delas: quando falamos que um ente “É” esse mesmo ente não pode por definição estar dentro do eixo estrutural do tempo e sofrer modificação de qualquer natureza, um ente não pode estar num fluxo do devir e na mesma realidade “É”. Para um maior entendimento da matéria ver o artigo : “A insustentável Irrelevância do Ser”, autor: Edson Matias.       
[21] GIBELLINI, Rosino, A Teologia do Século XX, 2a. ed. São Paulo: Edições Loyola, 2002, p. 21.
[22] Ao longo da Revelação, Deus escolheu vários agentes pactuais os quais foram os quais tipificavam o Cristo. Mais na frente será tratado mais detalhadamente desse assunto.  
[23] Para mais explicação sobre o tema ler: Institutas 1.III.I; Rm 1.19; 2.14-16.
[24] BEEKE, Joel R.; JONES MARK, A Puritan Theology, Grand Rapids: Reformation Heritage Books, 2012, p. 218.
[25] Ibid.
[26] Por se tratar de um trabalho introdutório não será tratado aqui o desenvolvimento da doutrina, tal analise será feita de forma detalha em uma posterior monografia do mesmo autor.
[27] BEEKE, JoelEspiritualidade Reformada, são José dos campos: Fiel, 2014, p. 445.
[28] Para mais detalhes ver introdução, essa seção trata basicamente da nomenclatura.
[29] Ver apêndice 1
[30] Ver apêndice 2

BEEKE, Joel R. e JONES Mark. A Puritan Theology, Grand Rapinds: Reformation Heritage books, 2012, 1054 p.
COENEN, Lothar e BROWN, Colin(orgs). Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento 2ªed vol 1, São Paulo: Vida Nova, 2007, 1360p.
DOUGLAS, J. D.(org). O Novo Dicionário da Bíblia 3ªed, São Paulo: Vida Nova, 2006, 1397p.
EICHRODT, Walther. Teologia do Antigo Testamento, São Paulo: Hagnos, 2004, 966p.
HARRIS, R. Laird (org). Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento, São Paulo: Vida Nova, 1998, 1789p.
HODGE, A. A. Confissão de Fé de Westminster comentada por A. A. Hodger 3ªed, São Paulo: Os Puritanos, 2010, 596p.
KITTEL, Gerhard e FRIEDRICH, Gerhard(orgs). Dicionário Teológico do Novo Testamento vol 1, São Paulo: Cultura Cristã, 2013, 768p. 
ROBERTSON, O Palmer. O Cristo dos Pactos 2ªed, São Paulo: Cultura Cristã, 2011, 240p.
TURRETINI, François. Compêndio de Teologia Apologética vol 2, São Paulo: Cultura Cristã, 2011, 864p.
VANGEMERAN, Willem A.(org). Novo Dicionário Internacional de Teologia e Exegese do Antigo Testamento, São Paulo: Cultura Cristã, 2011, 1168p.







sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Regime de Evo Morales criminalizará a evangelização Bolívia



O “Novo Código do Sistema Criminal” da Bolívia representa um grande perigo para as igrejas cristãs daquele país, pois o texto torna crime a evangelização.

Proposto por Evo Morales em dezembro passado, o texto deve ser aprovado em breve promovendo uma série de mudanças na legislação da Bolívia. O problema para as igrejas está no artigo 88 no 12º parágrafo que caracteriza como crime “o recrutamento de pessoas para participação em organizações religiosas ou de culto”, prevendo prisão de 7 a 12 anos para quem for pego evangelizando.
Contra essa lei, centenas de evangélicos se uniram na última segunda-feira (8) para protestar, atraindo o olhar da imprensa local e internacional para a capital La Paz. Advogados e jornalistas também se uniram contra o Novo Código do Sistema Criminal que acaba com a liberdade de imprensa nos artigos 309, 310 e 311, que tratam de “injúria e difamação”. Se aprovado, os meios de comunicação ficarão proibidos de fazer denúncias contra o governo e os políticos bolivianos.
Representantes católicos e evangélicos estão se unindo e buscando apoio para impedir que o texto seja aprovado. Entre os atos programados, um grupo de representantes da associação Igrejas Evangélicas Unidas fez um ato em frente ao Palácio do Governo e à Assembleia Legislativa e divulgou uma declaração onde exigem “a revogação total do Novo Código do Sistema Criminal”.
A Conferência Episcopal Boliviana (CEB), através da assessora jurídica Susana Inch, disse que a Igreja Católica está bastante preocupada com a decisão do governo boliviano. “Há uma forte preocupação na Igreja Católica e em todas as instâncias religiosas por causa do conjunto de leis que estão gerando ambiguidades, onde os direitos fundamentais das pessoas podem ser afetados… resultando em uma perseguição injustificada”.

Com informações JMNotícias
Imagem: reprodução web
Fonte: Visão Cristã

“Nunca vi tantos norte-coreanos se convertendo como hoje”, diz evangelista

O evangelista treina cristãos norte-coreanos na China para compartilhar o Evangelho com pessoas de confiança.



Apesar da grande perseguição que sofrem, os cristãos não deixam de evangelizar e alcançar novas vidas para Cristo. (Foto: Reprodução).

Os cristãos da Coreia do Norte vivem um cenário caótico de perseguição religiosa. Se no Brasil podemos ler a Bíblia em público e cultuar a Deus nas igrejas ou em casa, no país do oriente eles não têm essa liberdade. Perseguidos, os crentes em Jesus vivem diariamente sob a forte pressão imposta pelo governo.

Para que eles não pratiquem “atividades ilegais”, o Estado faz com que eles exerçam diversas atividades extras para que não tenham energia. Por exemplo, é bastante comum semanas de trabalho com 48 horas, o que torna o dia a dia bem cansativo. E para agravar a situação, as pessoas são obrigadas a fazer “trabalho voluntário”.

Apesar da grande carga horária de trabalho, muitos não recebem o suficiente para se alimentar e vão buscar comida na floresta. Cristãos relatam que a vida ficou bem mais difícil com o governo de Kim Jong-un. E para contra-atacar a reação da comunidade internacional, ele ordena uma mobilização de cem dias, onde as pessoas são chamadas a fazer hora extra.

Resistência

Quando os 100 dias acabam, ele estende o período ou logo depois ordena uma nova mobilização, fazendo com que as pessoas tenham pouco tempo livre. “Os períodos de mobilização sugam nossa energia. Mas buscamos servir a Deus sempre que podemos e fazemos pequenas reuniões”, ressalta um líder de igreja.

“Ainda que eles sofram muitas coisas na vida, eu os encorajo a encontrar alegria através das dificuldades e viver com esperança no Reino eterno de Deus”, ressalta.

Já um evangelista local, que não pode ser identificado, realiza um trabalho perigoso, mas que está gerando bons frutos. Ele treina cristãos norte-coreanos na China e diz que a situação na Coreia do Norte piora a cada ano. O homem prepara os cristãos perseguidos para compartilhar o Evangelho com pessoas de confiança.

Riscos

Essa estratégia lhe leva um grande perigo, pois uma vez ele quase foi pego. Apesar dos riscos, o evangelista continua seu ministério. “Eu faço este trabalho há muito anos, mas nunca antes tinha visto tantos norte-coreanos se convertendo como acontece hoje”, salienta. Ele ainda afirma que Deus está transformando o país de dentro para fora, e as forças das trevas vão resistir o quanto puderem.

“Se você olhar com olhos humanos, parece que as orações só pioram a situação. Mas se você olhar com os olhos espirituais e tiver amor pelas almas perdidas como eu tenho, então você deve se alegrar. Com certeza, a batalha é mais intensa que nunca. Mas sabe por quê? Porque Deus está libertando seus filhos”, finalizou.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO PORTAS ABERTAS

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