quarta-feira, 8 de março de 2017

O Dia Internacional da Mulher e a agenda da Mulher Cristã

Dia 8 de março se comemorou o Dia Internacional da Mulher. Para a grande maioria dos brasileiros, apenas mais uma data convencionada pelo mundo ocidental. Já para o comércio, um ótima oportunidade de bons negócios devido a expectativa de boas vendas. Contudo, para o movimento feminista, uma data histórica de uma antiga luta por direitos iguais entre homens e mulheres; um marco da resistência de um ideal libertador, igualitário, comunista, porém utópico. – Você disse comunista? Isso mesmo. Poucos conhecem a história, mas o Dia Internacional da Mulher possue profundas raízes históricas ligadas aos ideais revolucionários socialistas.
O primeiro “Dia da Mulher” (“Woman’s Day”) aconteceu em 1908 em Chicago, com a presença de 1500 mulheres. Foi um dia dedicado à causa das operárias, denunciando a exploração e a opressão contra as mulheres, defendendo a igualdade entre os sexos e a autonomia do lado feminino, incluindo o direito ao voto. Entretanto, foi na Alemanha, que Clara Zetkin, propôs na 2ª Conferência Internacional das Mulheres Socialistas, o Dia Internacional da Mulher, que a partir de 1922 teve o dia 08 de março como data oficial e mundialmente conhecida.
O Lado Feminino da Força
O movimento feminista iniciado no século passado cresceu em influência e permanece sustentando as mesmas reivindicações originais. Bandeiras históricas como a divisão do trabalho doméstico, salário igual para trabalho igual, o combate à violência doméstica, a reivindicação de creches para todas as crianças e a defesa da legalização do aborto continuam na ordem prioritária das “viris” feministas.
Conhecendo a história percebemos porque a fábula do Escorpião e o Sapo torna-se perfeitamente aplicável a esse contexto. Deixe-me explicar. É impossível exigir uma postura bíblica de uma sociedade que defende pressupostos visivelmente alienados de Deus e sua Palavra. “Diz o insensato em seu coração: Não há Deus”. (Sl 14.1). Como assim?
Se uma jovem cristã decide hoje casar virgem, contraria o conceito feminista da liberdade sexual. Para que se guardar para um homem se você tem direito sobre seu corpo e é livre para fazer sexo com quem quiser, seja homem ou mulher? Por que sustentar uma gravidez indesejada se você pode decidir abortar na hora e no tempo que quiser, independente do período de gestação? Por que ser tola e ficar em casa cuidando do esposo e dos filhos se você pode conquistar sua liberdade trabalhando fora?
É por essa razão, que os governos, a mídia, escolas e universidades, o homem e a mulher comuns, porque emancipados moral e espiritualmente de Deus sempre defenderão uma visão totalmente distorcida do papel que Deus estabeleceu na Criação para o homem e a mulher. Palavras como submissão, obediência, liderança masculina, auxílio idôneo, defesa à vida, nunca serão aceitas como a Bíblia ensina, mas serão compreendidas, defendidas e substituídas pelo feminismo como uma tentativa machista de escravizar e oprimir as mulheres no mundo.
E a Mulher Cristã, como fica?
Esta é uma boa pergunta, porque alguns elementos da luta das mulheres não são essencialmente perigosos ou ruins. A Bíblia não proíbe que as mulheres estudem e votem nos seus governantes e condena todo e qualquer tipo de violência contra mulher. Como parte mais frágil, seu marido deve amá-la como Cristo amou a sua Igreja. Perceba que este é um padrão extremamente elevado! Outro exemplo interessante é que longe de oprimi-las ou escravizá-las, os homens cristãos devem liderar pastoralmente suas esposas à medida em que elas auxiliam em obediência amorosa seus maridos.
Penso que o grande desafio para a Igreja de Cristo na atualidade é resgatar o papel do homem e da mulher segundo a Palavra de Deus. Estamos sofrendo um processo destrutivo dos padrões e fundamentos da masculinidade e feminilidade bíblica. Homens pensando, falando, andando e se vestindo como mulheres, envolvidos num perigoso processo de feminilização. Enquanto as mulheres vivem travando uma verdadeira disputa contra o sexo oposto em todas as áreas da vida. Um exemplo claro disso ocorre nas igrejas cristãs. O abandono da verdade bíblica pelos ideais feministas abriu espaço para as mulheres assumirem a liderança de igrejas locais negligenciadas pelos homens, como também promoveu a ordenação feminina ao ministério pastoral. Sinceramente, não encontro nenhuma passagem na Bíblia que me ensine que o Pastor deve ser esposa de um só marido.
Se a cosmovisão das mulheres cristãs está sendo moldada pelos pilares de fundação do Dia Internacional da Mulher, receio que não temos muito o que comemorar, antes, pelo contrário, deveríamos corar de vergonha, pois nada tem a ver com a mulher virtuosa de Provérbios 31, que antes de qualquer coisa, tem Jesus Cristo como centro da sua vida, preocupa-se em seguir a Palavra de Deus e molda a sua vida para sua família, não trocando sua missão gloriosa por escritórios, arquivos, emails ou caixas.
Por Alan Kleber
Pastor Titular da Igreja Presbiteriana de Aracaju-SE
Consciência Cristã News

MEU HEREGE DE ESTIMAÇÃO


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Por João Rodrigo Weronka

Gostos pessoais nunca deveriam ser colocados em pé de igualdade ao Evangelho. Quando a subjetividade dos gostos pessoais se infiltra no contexto da igreja, a possibilidade de problemas é tão certa como o fulgor do sol do meio-dia. O Evangelho deveria ser o norteador de absolutamente tudo que acontece na igreja, justamente por que a igreja deveria estar sendo conduzida sob a direção do Evangelho. O grande problema que pode ser observado e que se torna um desafio para nossos dias é que os falsos ensinos e falsos mestres estão se multiplicando como fogo em palha, justamente pelo clamor e anseio de gostos pessoais.


Nestes dias tão estranhos, o que deixa grande parte dos crentes irritados já não são os falsos mestres e seus ensinos. O que os aborrece são justamente aqueles que denunciam a perversão do Evangelho e confrontam a operação dos “hereges de estimação”. Percebe-se uma clara inversão de valores e nunca será tarde para combater e bradar contra aquilo que foge ao padrão bíblico, já que não são poucos os tragados pelos falsos ensinos. Disse Spurgeon:

Falsos mestres que hábil e laboriosamente caçam preciosas vidas, devorando homens com suas falsidades, são perigosos e detestáveis como lobos da noite. Corremos muito perigo quando eles se vestem com pele de ovelha. Abençoado é aquele que está livre deles, pois milhares se tornam presas de lobos atrozes que transitam nos arredores da igreja. [1]

Eles estão espalhados, infiltrados por todos os lados. Não se trata de mera especulação ou mesmo de síndrome de conspiração. Basta observar o conteúdo das pregações, congressos, retiros, livros e músicas! Ah as músicas, grande celeiro de ensinos duvidosos, fábrica de ídolos, pervertedores do Evangelho. Livros e mais livros nas fileiras de Best Sellers que ensinam de tudo sob o rótulo de cristão, porém com pouco ou nada de Evangelho. Preletores que movimentam massas e cifras para pregações vazias e com status de show de comédia stand-up. Já que estamos em busca de um avivamento genuíno em nossos dias, que seja algo puro e nutrido pela Palavra de Deus.

Um problema antigo

O que acontece em nossos dias vem se repetindo num desgastante movimento cíclico de geração em geração desde os primórdios da igreja.  Para meditação e comparação com nosso contexto atual, o ponto de partida está na breve – porém profunda – Epístola de Judas, irmão de Tiago (Jd 1), irmão do Senhor Jesus (Mt 13.55; Mc 6.3). Este não deve ser confundido com Judas Iscariotes, o traidor.  Ao lermos os ensinos prestados pelas Escrituras no texto de Judas, versículos 10 ao 13, podemos perceber que as preocupações da igreja naquele momento estão se repetindo em nossos dias. Afinal:

Judas descreve sua obra em termos de exortação e de encorajamento (Jd 3). Obviamente, ele queria fortalecer as igrejas contra falsos mestres que estavam pervertendo o evangelho. Desse modo, ele repetidamente conclamou os crentes a ficarem firmes ou manterem a sua pureza e o evangelho (vv. 3, 20, 21, 24). [2]

Crentes contemporâneos estão cada vez mais lendo as Escrituras de modo alegórico. Pregadores cada vez mais trazendo mensagens relativizadas e carentes de exposição das Escrituras. Cantores compondo e contando letras egocêntricas, focadas no homem e distantes de Deus e sua Palavra. Ainda que às vezes até falem no nome de Deus, tratam com objetivos cada vez mais distantes do Evangelho. João Calvino assim comenta sobre tais homens, dentro do contexto da Epístola de Judas, porém nada diferente dos dias da Reforma Protestante e de nossos dias:

Como os homens destituídos de princípios, sob o título de cristãos, se insinuavam sorrateiramente, cujo principal objetivo era levar os instáveis e fracos a um profundo descaso de Deus, Judas mostra, antes de tudo, que os fiéis não devem deixar-se mover por agentes deste gênero, pelos quais a igreja sempre se viu assaltada; e os exorta ainda a se precaverem, cuidadosamente, de tais pestes. […] Ora, se consideramos o que satanás tem tentado em nossa época, desde quando o evangelho começou a ser vivificado, e quais as artes ele ainda emprega ativamente com o fim de subverter a fé e o temor de Deus, e que utilidade teve esta advertência nos dias e Judas, ela se faz ainda mais que necessária em nossos dias. [3]

Assim como a advertência de Calvino há quase quinhentos anos, comentando sobre a Epístola de Judas, que a igreja já era perturbada por “pestes”, nossos dias mostram pela aplicação da própria Escritura exposta que nossa vigilância precisa ser constante. Ainda que muito prejudiciais para a saúde da igreja, existem aqueles que cegamente lançam-se aos braços dos hereges, cultivando-os como seres de estimação. Infelizmente este sistema de crença demonstra que se trata de uma relação quase comercial, de oferta e demanda: onde existe um herege levantando um falso ensino, existirão corações ávidos para aclamá-lo.

Nas Escrituras

Para amplitude do que está sendo aqui tratado, além da leitura completa da Epístola de Judas, recomenda-se a leitura da 2ª carta de Pedro, pela proximidade e complemento dos assuntos abordados.

Vejamos pela Bíblia:

“Tais indivíduos, porém, zombam de coisas que não entendem. Como criaturas irracionais, agem segundo seus instintos e, desse modo, provocam a própria destruição”. Judas 10

Historicamente os oponentes da igreja que foram combatidos na Epístola de Judas são identificados como pertencentes à seita gnóstica primitiva[4]. Esta seita primitiva alegava que somente os iniciados em seus ensinos eram capazes de chegar ao verdadeiro conhecimento, ou seja, sua religião mística era detentora do caminho perfeito. Zombavam de coisas que não entendiam, pois seguiam seus mestres hereges, como bem descrito por Paulo em 1Tm 4.1. Acharam mestres segundo suas vontades (2Tm 4.1-5) e com isso traziam perversão ao Evangelho de Cristo e perturbação nas reuniões de comunhão dos crentes.

Em nossos dias não são poucos que se lançam a supostas visões e revelações que não encontram qualquer paralelo e respaldo nas Sagradas Escrituras – e pior – vão à contramão daquilo que a Bíblia ensina. Tais pessoas guiam cegos na sua cegueira rumo ao abismo e a destruição. Infelizmente seus seguidores mergulharam em nível de cegueira tão profunda que não aceitam sequer argumentos contrários. Apoiados na tolice e repetição quase como um papagaio de “não julgueis para não ser julgados”, filtram moscas e engolem camelos. Cultivam hereges de estimação.

“Ai deles! Porque entraram pelo caminho de Caim, e foram levados pelo engano do prêmio de Balaão, e pereceram na contradição de Coré.” Judas 11

Aqui está o motivo de tudo. O enganoso coração dos falsos mestres que são postos pela Escritura em pé de igualdade com o que há de pior na Bíblia: Caim, Balaão e Coré. Da mesma forma que Jesus aplica os “ais” de Mateus 23, Judas aplica “ai” para estes que são comparados a Caim, Balaão e Coré.

Caim foi o primeiro assassino registrado nas Escrituras, homem perverso, injusto e vazio de amor, egoísta e egocêntrico. Leia e compare os textos de Gn 4.4-15 e 1Jo 3.11-12. Percebe-se também que Caim é a tentativa frustrada de tentar agradar ou mesmo barganhar com Deus pelos esforços meramente humanos. Pior que toda sua prática reprovável é sua atitude posterior, demonstrando o cinismo e materialismo desafiador de Caim quanto à soberania do Deus vivo. Para benefício próprio, aqueles que agem como Caim desprezam o próximo, são vazios de compaixão, fé e amor, além de passar a ser um claro agente opositor da ação da graça de Deus.

Balaão por sua vez mostra a personalidade do avarento, mentiroso e de coração cheio de cobiça e engano. Para aprofundar o entendimento sobre Balaão, leia Números nos capítulos 22 ao 24. Já em Nm 25 traz a narrativa sobre o erro de Balaão por ter levado o povo de Israel ao caminho da imoralidade e idolatria, ao incentivar Balaque, rei de Moabe, com a introdução de “donzelas” no meio do povo de Deus (veja Nm 31.16). Agiu desta forma, pois tentara amaldiçoar o povo de Deus sendo incapacitado a proferir maldições. Nos dias de hoje os que se assemelham a Balaão alegam que o pecado é algo não tão sério assim e que não existe conseqüência sobre nossos erros, afinal, movidos pela avareza e cobiça de um coração de Balaão, facilmente ocultam o que está errado pelos honorários e lucros financeiros que facilmente desvirtuam a exortação bíblica. Tais homens seriam capazes de vender a própria mãe pela avidez e presunção de seus corações, imagine o que são capazes de fazer com um povo ignorante a respeito da Bíblia? William MacDonald comenta assim sobre Balaão:

Como Balaão, os falsos mestres de hoje são agradáveis e convincentes. Conseguem dizer duas coisas ao mesmo tempo. Em sua ganância, omitem a verdade a fim de aumentar a própria renda e procuram transformar a casa de Deus em casa de negócio. A cristandade de hoje se encontra contaminada pelo pecado da simonia. Se a busca por lucro pudesse, de algum modo, ser removida, muitos trabalhos supostamente cristãos deixariam de existir.[5]

Coré por sua vez apresenta a rebeldia e insubordinação aos valores absolutos. Fala também sobre um princípio de autoridade que fere os ouvidos de muitos – tanto dentro como fora da igreja – em dias de tanto relativismo ético e moral. Filhos desobedientes, empregados rebeldes, membros de igreja facciosos, os exemplos seriam intermináveis. Nm 16 fala sobre a desobediência, cegueira, rebeldia e insubordinação de Coré – em parceria com Datã e Abirão – contra Moisés e Arão. Coré se julgava como um tipo que nos dias de hoje são vistos como um canal, um guru, quase um gnóstico dos dias de Judas. Aqueles que alegam possuir revelações especiais e direções exclusivas – supostamente vindas de Deus – mas que passam longe da revelação bíblica, assim como o norte está do sul. O Novo Testamento fala sobre figuras de postura semelhante à de Coré, como pode ser complementado com a leitura dos textos de Tt 1.9-11; 1Tm 1.19-20 e 3Jo 9,10 que ajudarão a entender melhor as conseqüências desta rebeldia espiritual.

A seqüência do texto de Judas exemplifica como estes três tipos desvirtuam a igreja de seu foco e propósito, sugando sua saúde e tirando propósito da própria comunidade em benefício próprio.

“Estes são manchas em vossas festas de amor, banqueteando-se convosco, e apascentando-se a si mesmos sem temor; são nuvens sem água, levadas pelos ventos de uma para outra parte; são como árvores murchas, infrutíferas, duas vezes mortas, desarraigadas; Ondas impetuosas do mar, que escumam as suas mesmas abominações; estrelas errantes, para os quais está eternamente reservada a negrura das trevas.” Judas 12 – 13

As Festas de Comunhão ou as Ágapes eram momentos de comunhão entre os irmãos da igreja primitiva, muitas vezes apontando até mesmo para a celebração da Ceia do Senhor. Uma vez que estas reuniões ocorriam nas casas, os falsos mestres se infiltraram na comunidade pervertendo a comunhão em licenciosidade, com posturas de gula, desordem, imoralidades e até mesmo orgias. Calvino, ao comentar sobre estes indivíduos, lamenta que este “espírito de tolerância” tenha gerado conivência com o erro ao ponto de ser danoso para igreja:

Eu, em nossos dias, desejaria que houvesse mais critério em alguns bons homens, os quais, procurando ser extremamente bondosos para com homens perversos, causam grande dano em toda a igreja. [6]

Judas emprega uma série de exemplos da natureza e do cotidiano para tratar do cuidado que a igreja deve ter quanto aos falsos mestres, que assim como dito anteriormente, estavam infiltrados na igreja primitiva e continuam infiltrados na igreja contemporânea. Quando o texto emprega “manchas em vossas festas”, fala sobre rochas e recifes submersos (algumas tradução bíblicas empregam exatamente o termo rochas e recifes) que são verdadeiras armadilhas para embarcações no mar podendo levá-las ao naufrágio. Já para os cristãos estes certamente podem naufragar em sua fé diante destes riscos e pela ausência do filtro bíblico em suas vidas.

Estes pervertedores ainda são chamados de “pastores de si mesmos”, numa clara referência a rebeldia de Coré anteriormente relatada. São mestres do egocentrismo, pois apesar de querer conduzir a outros, não são capazes de se deixar ser pastoreados, mostrando claramente que não são ovelhas, mas bodes ou lobos. Não se deixam pastorear, mas levam e afastam as pessoas para os caminhos tortos. São como nuvens sem água, pois apesar do alarido e da promessa de chuva, por onde passam deixam a terra sedenta e seca, apenas tapando o sol temporariamente para que sejam levadas em seguida pelos ventos.

O texto fala ainda sobre árvores sem frutas sem folhas, murchas ou secas, mortos no pecado como conseqüência do afastamento de Deus e de sua palavra. Por dado momento engana a muitos com aparência de piedade e religiosidade fervorosa, até pareceu ter vida, mas na verdade era morta e sem raiz – duplamente mortos.

Por fim o contexto fala ainda sobre os falsos mestres como ondas do mar, que apesar de muito barulho e alarido apenas efetuam o infindável movimento de ir e vir, vomitando suas sujeiras e imundícies, bastando que baixe a maré para que sua impiedade, ganância e avareza fiquem à mostra na areia da praia. Ou ainda os comparando a estrelas cadentes que por um instante brilham no céu e trazem uma passageira beleza, que rapidamente torna-se fora de curso, se perdendo ao apagar na escuridão das trevas, para desgosto dos seguidores.

Conclusões

Nos versículos 20 a 25 da Epístola de Judas, encontramos palavras finais para todo o contexto da carta. Mais uma vez ele apela para que haja sobriedade por parte dos seus leitores e destinatários, bem como hoje para toda a igreja, quanto a postura ética e doutrinária. Além disso, conclama aos cristãos para que sejam edificados na fé, estejam revestidos pelo poder do Espírito Santo e em estado de firmeza e alerta. A Epístola termina com palavras de doxologia (oração de louvor e glorificação) para exaltação do Senhor por sua majestade e glória bem como pelo seu poder de preservação de nossa fé.

Que possamos nos inspirar ainda mais para nossa vida cristã através das palavras desta curta e poderosa carta. Firmes e em prontidão para a defesa do Evangelho e alertando aqueles que insistem em manter estima pelos que pervertem a boa fé alheia.

Notas

[1] SPURGEON, Charles H. “Dia a dia com Spurgeon”. Curitiba: Pão Diário, 2015. p.519

[2] COMFORT, Philip W. e ELWELL, Walter A. org. “Dicionário Bíblico Tyndale”. Santo André: Geográfica, 2015. p.1023

[3] CALVINO, João. “Epístolas Gerais”. São José dos Campos: Fiel, 2015. p.497

[4]  WEBB, Robert in REID, Daniel G. ed. “Dicionário teológico do Novo Testamento”. São Paulo: Vida Nova, 2012. p. 780

[5] MACDONALD, William. “Comentário popular do NT”. São Paulo: Mundo Cristão, 2008. p.986

[6] CALVINO, João.  Op. cit. p.513

sábado, 4 de março de 2017

“Terrorismo islâmico não existe”, diz Papa Francisco

A polemica declaração de Papa Francisco foram ignoradas pelos meios de comunicação.
CALIFRONIA – Em um discurso contundente, Papa Francisco negou a existência do terrorismo islâmico, e ao mesmo tempo declarou que “a crise ecológica é real”. Ele esteve presente na ‘Reunião Mundial dos Movimentos populares’, na Califórnia nos dias 16, 17 e 18 de fevereiro.
“Nenhuma religião é terrorista. O terrorismo cristão não existe, o terrorismo judeu não existe e não existe o terrorismo muçulmano… são generalizações intoleráveis que os fortalecem, baseando-se no ódio e na xenofobia”.
O site conservador Breitbart foi um dos poucos que noticiaram as declarações do Papa Francisco nesta ocasião. O artigo assinado pelo teólogo católico, autor e professora Thomas D. Williams, realizou uma avaliação da mensagem de Francisco.
“Suas palavras sugerem que não existe no mundo uma forma específica de terrorismo islâmico, e esta afirmação está aberta a contradição com os fatos estabelecidos. Francisco sugere em outra entrevista, que o terrorismo é principalmente o resultado das desigualdades econômicas, não às crenças religiosas”, disse Williams.
De modo geral, o Papa voltou a dizer que sua crença em que todas as religiões promovem a paz, e que o perigo de radicalizar a violência, existe em todas as religiões.
“Quando o Papa nega o terrorismo, ele fecha os olhos aos fatos diários e contínuos, de fotos e vídeos que mostram a frequente perseguição religiosa em todos os continentes”.
Os meios de comunicação, ignoraram a declaração destacando somente parte da declaração política. The Guardian foi o primeiro em afirmar que o Papa estava apoiando “os protestos contra Trump”, ainda que o próprio Papa negou esta afirmação, e declarou explicitamente “eu não estou falando de ninguém em particular”.
Na versão portuguesa, a agencia de notícias do Vaticano, deu ênfase unicamente à Parábola do Bom Samaritano, para fomentar a preocupação pelos pobres.
No entanto, o Vaticano, ainda existe uma forte competição entre os críticos do Para Francisco e aqueles que o apoiam em tudo. “Os cardiais respaldam ao Papa e expõem a guerra dos conservadores”, anunciou o jornal progressista ‘El país’.
O fato é que muitas das afirmações atuais do pontífice contrastam claramente com seu predecessor. Em 2006, Benedicto XVI deu uma conferencia na Alemanha titulada “Fé, razão e universidade”, onde citou a frase do imperador bizantino Manuel 2º Paleólogo: “Mostre-me apenas o que Maomé trouxe que era novo, e lá você encontrará apenas coisas mais desumanas, como sua ordem de difundir pela espada a fé que ele pregava”.
Esta declaração foi repudiada pelos muçulmanos, o que os levou a uma série de protestos nos países islâmicos e em comunidades pelo mundo.
Mas em parte, a declaração de Francisco está certa: Não houve nenhum ataque terrorista cujo cristãos ou judeus sejam autores.
Com informações Notícias Cristianas
Imagem: Reprodução web

Manny Pacquiao constrói orfanato cristão nas Filipinas

Manny Pacquiao distribuindo cestas básicas aos necessitados.
Além do orfanato, Pacquiao financiou a construção de 100 casas para pessoas sem teto e a construção de um ginásio de boxe para jovens
FILIPINAS – O ex boxeador Manny Pacquiao vem demonstrando um coração generoso. O cristão, campeão de boxe e senador das Filipinas, vem demonstrando testemunho de sua fé.
Manny Pacquiao construiu um enorme orfanato na região de Sarangani, “um dos gestos mais gentis”, publicou CBN News. O prejeto iniciou-se há um ano e foi concluído no último mês de fevereiro.
Manny anunciou seu ‘projeto orfanato’ em seu facebook na segunda-feira dia 20, e citou um versículo bíblico, em Tiago 1:27 “A religião pura e imaculada para com Deus e Pai, é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo”.
O ex boxeador também está financiando a construção de 100 casa para pessoas literalmente sem teto. As novas casas serão distribuídas para pobres e também teve a iniciação no começo do ano de 2016.
Além disso, Manny está construindo um ginásio esportivo de boxe para jovens que queira seguir carreira no boxe.
Em suas visitas à população, Manny nunca deixa de sorrir e demonstrar amor e empatia, demonstrando firmeza em sua relação com Cristo. Além de se compadecer com os mais pobres, ele também vem utilizando sua influencia para pregar o Evangelho.
“Este é o momento adequado para falar da Palavra de Deus. As pessoas estão entendendo o que falo, estão escutando e vão crer”, disse ele a CBN News. “Cuide dos pobres e Deus cuidará de ti”, acrescentou.
Nas redes sociais, Manny traz inspirações ao seus seguidores com palavras de sabedoria: “Nunca posso explicar a dor de crescer na pobreza, mas isso me ajudou a entender àqueles que precisam de amor e que devo devolver o que Deus me deu”.
“Não importa quão rico, talentoso, educado ou exitoso você seja, cuidado, cuidar e tratar bem aos demais é o mais importante”, publicou Manny no twitter.

Com informações CBN News
Imagem: reprodução

Para cada fracasso do homem existe uma “dose” da graça de Deus para restaurá-lo, diz Hernandes Dias Lopes


Durante a pregação da palavra de Deus, na abertura da 19ª Consciência Cristã, realizada na noite desta quinta-feira (23/02), o pastor Hernandes Dias Lopes, afirmou que, “Para cada fracasso do homem existe uma dose da graça de Deus para restaurá-lo”. Ele abordou o tema: “A Restauração de Pedro”, tendo como texto base João 21:1-19, que relata o diálogo entre Cristo e o apóstolo que o negou em três ocasiões.
Hernandes Dias Lopes apresentou a trajetória da vida de Pedro, grande líder dos apóstolos, tanto antes da sua queda quanto depois da sua restauração. Ele era um homem que pregava com poder e os corações se derretiam, e que abriu as portas do evangelho para judeus e gentios, além de estender a mão sobre uma morta e ressuscitá-la.
Filho de João e irmão de André e nascido em Betsaida, Pedro era parecido com qualquer pessoa, hoje. – Pedro era um homem inconstante, de altos e baixos, capaz das mais robustas declarações de fidelidades ao Senhor Jesus para, em seguida, negá-lo covardemente; homem da mais profunda coragem e em seguida escorregar para uma covardia criminosa. Esse homem é parecido com você. O sangue dele corre em suas veias; o coração desse cidadão bate no seu peito. Você tem o DNA de Pedro -, afirmou Hernandes Dias Lopes para o público recorde em abertura da Consciência Cristã.
Foi esse homem – conforme o preletor – chamado para ser discípulo por seu irmão André. E sua primeira experiência com Jesus aconteceu em Genesaré, quando Jesus estava espremido pela multidão enquanto Pedro lavava as redes em seu barco. Jesus entrou no barco dele e “propositadamente, manda Pedro afastar o barco e dele faz o seu púlpito”. Em seguida, Cristo pede para aquele pescador lançar as redes cujo resultado foi uma grande pesca. Em seguida, o discípulo fala para o mestre:
– Senhor, retira-te de mim, porque sou pecador (Lucas 5:8). E Jesus lhe diz: Nãos temas, porque a partir de hoje serás um pescador de homens (Mateus 4:19). Naquele momento, Pedro abandona suas redes, porque ele havia sido pescado pela rede da graça de Deus e se transforma no discípulo e depois apóstolo de Jesus -, destacou o revendo Hernandes Dias Lopes.
De acordo com o relato de Hernandes Dias Lopes, passados alguns dias, quando se encontravam todos os discípulos reunidos em uma das páscoas, Jesus se levanta, pega uma toalha e começa a lavar os pés deles. Porém, Pedro pergunta por que tem que lavar os pés? E diz: Tu nunca me lavarás os pés. Jamais permitirei isso. E Cristo lhe responde: Se não lavar teus pés não tem parte em mim… E Pedro responde: Lave as mãos, pés, a cabeça dá um banho completo.
– Então, Jesus fala para Pedro: Você não está entendendo nada. Já estás limpo, pois já passastes pelo lavar regenerador do Espírito Santo e esse lavar só acontece uma vez na vida. Mas quem foi regenerado pelo Espírito Santo precisa continuamente ser limpos pelo lavar purificador da santificação. Isto é o que acontece nas nossas vidas, da mesma forma como Cristo explicou para Pedro -, destacou Hernandes Dias Lopes.
MENSAGEM COMPLETA
A ministração completa está disponível no Blesss, a plataforma de distribuição de conteúdo cristão multitemático voltada para o aprendizado centrado na palavra de Deus, desenvolvido pela VINACC. No Blesss você pode assinar pacotes exclusivos com as principais preleções do evento e assistir em seu tablet, computador ou telefone celular. Basta entrar no site www.bless.org ou baixar o aplicativo para Android na Google Play Store e optar por um dos pacotes de mensagens disponíveis.
Gomes Silva
Redação: Consciência Cristã News
Foto: VINACC

“Sistemas políticos, família e projetos erram, mas as Escrituras não podem falhar”, afirma D.A. Carson


O teólogo D. A. Carson afirmou durante sua última participação no 19º Encontro Para a Consciência Cristã, que as escrituras são palavras de Deus e que não podem jamais cometer erros ao abordar o tema: “As Escrituras não podem ser deixadas de lado”, com base no texto de João 10:22-42.
“Sistemas políticos, a família e projetos são passiveis de erros, mas as Escrituras não podem falhar” – afirmou o preletor, referindo-se à credibilidade e ao valor que tem a Palavra, que foi inspirada por Deus. O mesmo utilizou textos do Antigo Testamento para análise do texto base, permitindo ver a lógica da argumentação de Jesus ao se referir como o próprio Deus, usando as próprias Escrituras, “que falam a verdade, são confiáveis, fieis e falham”. E esta é uma lição extremante preciosa os seguidores de Cristo.
Carson, que é também pastor e escritor dos mais conhecidos do povo evangélico espalhado pelo mundo, ressaltou a eficácia da Bíblia:
“Por meio da Palavra da Palavra de Deus, por meio da qual, podemos ter uma confiança, pois mesmo que os sistemas políticos, as famílias e até mesmo o próprio universo falhem, a Palavra do Senhor permanece eternamente, como Ela própria afirma em Isaías 40.8: Seca-se a erva, e cai a flor, porém a Palavra do nosso Deus permanece eternamente.”
De acordo com Carson, “se quisermos entender melhor a expressão de Jesus: ´As escrituras não pode falhar´, temos que entender todo o contexto dessa declaração feita por Cristo”. Ele dividiu o texto, dizendo que do verso 22 o 30, Jesus entra num debate com seus críticos, e termina essa parte dizendo: “Eu e o Pai somos um”. Isto, implicitamente, nos diz que Cristo é Deus. E é por isso que no verso 31 os judeus pegam as pedras para tirar porque Ele, supostamente, estaria blasfemando. E Jesus pergunta por qual das obras estava sendo apedrejado? Eu curei os doentes, alimentei os famintos, dei vida aos que estavam moribundos, expulsei demônios. E eles respondem:
“Nós não estamos lhe apedrejando por causa das boas obras, mas pela blasfêmia porque sendo você apenas um homem, está se fazendo de Deus” – relatou Carson o diálogo de Cristo com os judeus.
2018
Encerrada a edição de 2017, a VINACC, entidade organizadora da Consciência Cristã, já está programando a Edição Especial 20 Anos da Consciência Cristã, cujo tema central será: “Edificados Sobre a Rocha”. E vários palestrantes já foram definidos, a exemplo do missionário americano Paul Washer.
Outros nomes já estão confirmados: Ronaldo Lidório, Joaquim Andrade (SP), Jorge Issao Noda (PB), Heber Campos Junior (SP) e Hernandes Dias Lopes (ES).
Ascom
Foto: VINACC

sexta-feira, 3 de março de 2017

Pastor diz que vai usar R$ 249 milhões dos dízimos para construir centenas de casas


Em 2008, ele disse ao New York Daily News que queria que sua igreja fosse um farol de esperança
Walker lidera a denominação Love Fellowship Tabernacle no Brooklyn, Nova York. Ele construiu a igreja em um bairro de baixa renda porque queria ajudar as pessoas. Há 20 anos ele toca uma carreira como cantor cristão, com 15 álbuns gravados ao lado do coral da igreja.
Ele decidiu que os dízimos e ofertas dos fiéis serão usados para a construção de casas populares e, após o plano de ação ser aprovado, destinará aproximadamente R$ 249 milhões para construção de centenas de casas para pessoas de baixa renda.
“Eu quero que as pessoas saiam dos abrigos e olhem para o prédio todos os dias, e saibam que há esperança”, disse Walker. “Eu quero que eles venham à igreja e adorem, como diz a Bíblia, na beleza da santidade, e pregarei a esperança”.
“Nós estamos bem no leste de Nova York, onde a nossa igreja é realmente necessária, não apenas para pregar e cantar”, acrescentou, “mas para cuidar do povo”.
“A igreja é mais do que pregar e cantar. É também atender às necessidades mais básicas das pessoas, exatamente onde elas vivem”, resumiu Walker, segundo informações da emissora de TV Christian Broadcasting Network (CBN). Não foram divulgados detalhes a respeito do fundo para a construção, mas a hipótese mais provável é que a igreja tenha parte do valor, e a outra parte seja destinada ao longo dos próximos anos.
O líder cristão deseja que o conceito de ajudar ao necessitado e o amor ao próximo fique claro para toda a sociedade, tornando a igreja “um farol de esperança” na cidade que nunca dorme.
O terreno onde as casas serão construídas – após aprovação do projeto por parte da prefeitura – já foi adquirido, segundo o jornal New York Daily News. No inicio de fevereiro, Walker anunciou que o contrato com a construtora já havia sido assinado.

Com informações CBN e New York Daily News
Imagem: Reprodução 

COMO PODE UM DEUS DE AMOR MANDAR ALGUÉM PRO INFERNO?


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Por Timothy Keller

“Ora”, você talvez diga, “combater o mal e a injustiça no mundo é uma coisa, mas mandar gente para o inferno é outra. A Bíblia fala de punição eterna. Como isso pode ser compatível com o amor de Deus? Não consigo aceitar nem sequer a ideia de inferno com um Deus de amor”. Como lidar com essa objeção compreensível?



O indivíduo moderno acha inevitavelmente que o inferno funciona assim: Deus nos dá um tempo, mas se não fizermos as escolhas corretas até o final da vida, ele condena nossa alma ao inferno por toda a eternidade. Enquanto despenca no espaço, a pobre alma implora piedade, mas Deus lhe diz: “Tarde demais! Você teve sua oportunidade! Agora vai sofrer!”. Essa caricatura interpreta de modo equivocado a própria natureza do mal. A imagem bíblica é que o pecado nos afasta da presença de Deus, que é a fonte de toda a alegria e, com efeito, de todo amor, de toda sabedoria e de todo tipo de coisas boas. Como no início fomos criados para estar próximos de Deus, só diante de sua face crescemos, florescemos e realizamos plenamente nosso potencial. Perder por completo sua presença é o inferno – a perda de nossa capacidade de dar ou receber amor ou alegria.

Uma imagem comum do inferno na Bíblia é o fogo.1 O fogo desintegra. Mesmo nesta vida somos capazes de ver a desintegração da alma causada pelo egocentrismo. Sabemos como o egoísmo e o narcisismo levam à amargura aguda, à inveja nauseante, à ansiedade que paralisa, aos pensamentos paranoicos e às negações e distorções mentais que acompanham tudo isso. Faça agora a si mesmo a seguinte pergunta: “E se quando morrermos não desaparecermos, se nossa vida continuar eternamente?”. O inferno, assim, é a trajetória de uma alma que leva uma vida narcisista e autocentrada para todo o sempre.

A parábola de Jesus sobre o rico e Lazáro em Lucas 16 respalda a noção de inferno aqui apresentada. Lázaro é um homem pobre que mendiga no portão de um rico cruel. Ambos morrem, e Lázaro vai para o céu, ao passo que o rico vai para o inferno. De lá, o rico vê Lázaro no céu, “junto de Abraão”.

“E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim e envia-me Lázaro para que molhe na água a ponta do dedo e me refresque a língua, pois estou atormentado nestas chamas. Abraão, porém, disse: Filho, lembra-te de que em tua vida recebeste bens, mas Lázaro, por sua vez, recebeu males; agora ele aqui é consolado, e tu, atormentado. Além disso, há um grande abismo entre nós e vós, de forma que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem os daí passar para nós. Então ele disse: Eu te imploro, ó pai, que o mandes à família de meu pai, porque tenho cinco irmãos. Manda-o para os advertir, a fim de que eles também não venham para este lugar de tormento. Abraão lhe disse: Eles têm Moisés e os Profetas; que os ouçam. Ele respondeu: Não, pai Abraão! Se alguém dentre os mortos for falar com eles, irão se arrepender. Abraão, porém, lhe disse: Se não ouvem Moisés nem os Profetas, tampouco acreditarão, mesmo que alguém ressuscite dentre os mortos” (Lc 16.24-31).

O impressionante é que mesmo diante da inversão de situações, o rico parece cego ao que está acontecendo. Ele ainda espera que Lázaro seja seu servo e o trata como menino de recados. Ele não pede para sair do inferno, mas dá a entender claramente que Deus nunca lhe deu, nem à sua família, informações suficientes sobre a vida após a morte. Comentaristas observam a incrível dose de negação, de transferência de culpa e de cegueira espiritual nesta alma no inferno. Observam ainda que o rico, ao contrário de Lázaro, jamais é citado pelo nome, mas chamado apenas de “homem rico”, insinuando nitidamente que já que sua identidade se apoiava na riqueza e não em Deus, uma vez perdida a riqueza, perde-se toda a noção de identidade.

Em resumo, o inferno é a escolha voluntária de uma identidade separada de Deus numa trajetória rumo à eternidade. Vemos esse processo “em pequena escala” nos viciados em drogas, álcool, jogo e pornografia. Primeiro ocorre a desintegração, pois, conforme o tempo passa, o indivíduo precisa cada vez mais daquilo em que se viciou para conseguir a mesma sensação, o que conduz a uma satisfação cada vez menor. Depois, vem o isolamento, à medida que o viciado culpa cada vez mais os outros e as circunstâncias a fim de justificar seu comportamento. “Ninguém entende! Estão todos contra mim!” é a queixa pronunciada com uma dose cada vez maior de autopiedade e egocentrismo. Quando construímos nossa vida com base em outra coisa que não seja Deus, essa coisa – apesar de boa – transforma-se em um vício que escraviza. A desintegração pessoal ocorre em uma escala mais ampla. Na eternidade, tal desintegração prossegue indefinidamente. Crescem o isolamento, a negação, a ilusão e auto-obsessão. Quando se perde por completo a humildade, perde-se o contato com a realidade. Ninguém jamais pede para sair do inferno. A própria ideia de céu passa a parecer tapeação.

Em sua alegoria The great divorce,2 C. S. Lewis descreve um ônibus cheio de gente que, vindo do inferno, chega à fronteira com o céu. Os passageiros são instados a deixar para trás os pecados que os condenaram ao inferno, mas se recusam a fazê-lo. As descrições das personagens são impressionantes, pois nelas reconhecemos o autoengano e o narcisismo presentes em “pequena escala” em nossos próprios vícios.3

O inferno começa com um humor ranzinza, sempre queixoso, sempre imputando culpa aos outros […] mas você ainda consegue se distinguir no meio disso, pode até criticar esse comportamento em si mesmo e desejar livrar-se dele. No entanto, talvez chegue o dia em que isso já não seja possível. Então, não existirá mais este você para criticar o humor ou até para desfrutá-lo, restando apenas as queixas, repetidas indefinidamente como uma máquina. Não se trata de “sermos mandados” por Deus para o inferno. Em cada um de nós existe algo que está crescendo, que virá a SER o inferno, a menos que o cortemos pela raiz.4

Os seres no inferno sofrem, mas Lewis nos mostra por quê. Tão destruidoras quanto chamas incontroláveis, vemos sua arrogância, sua paranoia, a autopiedade e a certeza de que todos os outros estão errados, todos os outros são idiotas! A humildade se perdeu por completo, assim como a sanidade. Eles estão encarcerados para sempre na prisão do egocentrismo, e seu orgulho cresce aos poucos até se tornar uma nuvem em forma de cogumelo cada vez maior. Para sempre continuarão a se despedaçar, culpando qualquer um que não seja eles mesmos. Em grande escala, isso é o inferno.

Portanto, a imagem de Deus lançando seres humanos em um abismo onde eles imploram: “Sinto muito, me deixe sair!” não passa de uma imagem caricata. Os passageiros do ônibus do inferno na parábola de Lewis preferem ficar com sua “liberdade”, conforme eles próprios definem, a obter a salvação. Têm a ilusão de que, se glorificassem a Deus, de alguma forma perderiam poder e liberdade, mas em uma suprema e trágica ironia, a escolha que fizeram arruinou o potencial de grandeza que detinham. O inferno, como diz Lewis, é “o maior monumento à liberdade humana”. Como se lê em Romanos 1.24, Deus “os entregou […] ao desejo […] de seus corações”. No final, Deus está apenas concedendo aos seres humanos o que eles mais desejam, incluindo a liberdade em relação a ele próprio. O que poderia ser mais justo? Lewis escreve:

Existem apenas dois tipos de indivíduos – os que dizem a Deus “seja feita a vossa vontade” e aqueles a quem Deus diz no fim “seja feita a vossa vontade”. Todos os que estão no inferno escolheram estar lá. Sem esse livre arbítrio não haveria inferno. Uma alma que, com seriedade e constância, deseje a alegria jamais deixará de tê-la.5

  
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NOTAS:

1. Todas as descrições e imagens de céu e inferno na Bíblia são simbólicas e metafóricas. Cada metáfora indica um aspecto da experiência do inferno (por exemplo, “fogo” subentende desintegração, ao passo que “trevas” nos falam de isolamento). Isso não implica de forma alguma que o céu e o inferno em si mesmos sejam “metáforas”. Eles são reais. Jesus subiu (com seu corpo físico, não esqueça) ao céu. A Bíblia afirma claramente que céu e inferno são realidades, mas também indica que a linguagem que os descreve é alusiva, metafórica e parcial.

2. Edição em português: O grande abismo, tradução de Ana Schäffer (São Paulo: Vida, 2006).

3. Veja mais detalhes sobre a semelhança do pecado com o vício em Cornelius Plantinga, “The tragedy of addiction” (cap. 8), in: Not the way it’s supposed to be: a breviary of sin (Eerdmans, 1995).

4. Compilação de citações de Lewis a partir de três fontes: Mere Christianity (Macmillan, 1964), p. 59 [edição em português: Cristianismo puro e simples, tradução de Álvaro Oppermann e Marcelo Brandão Cipolla (São Paulo: Wmfmartinsfontes, 2009)]; The great divorce (Macmillan, 1963), p. 71-2 [edição em português: O grande abismo, tradução de Ana Schäffer (São Paulo: Vida, 2006)]; “The trouble with X”, in: God in the dock: essas on theology and ethics (Eerdmans, 1970), p. 155.

5. Extraído de C. S. Lewis, The problem of pain (Macmillan, 1961), p. 116 [edição em português: O problema do sofrimento, tradução de Alípio Franca (São Paulo: Vida, 2006)]; The great divorce (Macmillan, 1963), p. 69.

CULTO ATEU EM LONDRES TEM MÚSICA POP, SACOLINHA E COMUNHÃO COM BISCOITO


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É domingo, 11h. Cerca de 300 pessoas estão num anfiteatro no centro de Londres. Não sobra uma poltrona vazia. Todos cantam músicas, silenciam o ambiente em reflexão, e alguns relatam histórias de vida.

A sacolinha do dinheiro aparece rapidinho. "Sugerimos doações de 3 a 5 libras (R$ 12 a R$ 20), algo assim, ou o que você puder. Obrigado pela generosidade", diz Sanderson Jones, 32. A maioria contribui. "Nossa missão é tentar ajudar as pessoas, celebrar o fato de estarmos vivos", lembra Jones.
Todos aplaudem.

Uma banda está no palco. Palmas introduzem "I'm So Excited", da banda pop Pointer Sisters, sucesso nos anos 70 e 80. Jovens, casais, idosos e crianças levantam da poltrona e cantam em coro. Depois, euforia com o hit do ano, "Get Lucky" (Daft Punk).

Agora, silêncio geral. Um neurocientista então explica o poder da mente, o fenômeno da sinapse, como controlar sensações, sentimentos. Cabe a uma jovem contar seu drama de superação após um dano cerebral.

Sanderson Jones retorna ao microfone: "Pessoal, é o momento de refletir a sorte que temos em ter uma mente em funcionamento". Todos quietos, olhos fechados, cabeça baixa, por dois minutos.

Agora, a banda no palco levanta os fiéis com "Always on my Mind", clássico eternizado por Elvis Presley. Uma hora se passa, fim de culto, todos comungam biscoitos, leite, café e chá.
Ninguém arrisca saudar o colega ao lado com "amém", "glória a Deus", "fique com Deus", algo parecido. Ali, praticamente todos são ateus frequentando a Sunday Assembly (assembleia de domingo).

É uma espécie de igreja ateísta criada há um ano em Londres e que já virou um pequeno fenômeno com ao menos 30 "filiais" nos Estados Unidos, Austrália e Canadá –o Brasil pode ganhar uma em breve. Segundo o site oficial, trata-se de "uma congregação sem Deus que celebra a vida". Em Londres, tem a fama de "igreja dos ateus".

Além de pregador oficial, Sanderson Jones, um homem de cabelos e barbas compridos, é também o fundador da Sunday Assembly.

Oficialmente, sua profissão é de comediante. Nascido em família religiosa, diz que perdeu a crença em Deus aos 10 anos, quando a mãe morreu de câncer.

Questionado se ainda tem alguma crença, faz um trocadilho em inglês: "I don't believe in God, but in good" (não acredito em Deus, mas no bem). A ideia de um culto ateísta (expressão de que não gosta muito), conta, surgiu há seis anos, durante o Natal. "Tudo aquilo era fantástico, as músicas, a comunidade, o fato de melhorar a si mesmo. Nós devemos celebrar a vida, é o nosso foco, o sentimento de comunidade", diz.

Em seu site, a Sunday Assembly dá suas diretrizes: é um lugar para quem quer viver melhor, ajudar, discutir o mundo e 100% de celebração só da vida. A meta de Jones é atingir mil igrejas em uma década. Alguns brasileiros já o procuraram para abrir filial no país, diz. "Devo ir ao Brasil em setembro, mas estamos em fase de montagem, não posso dar detalhes."

Não há, em tese, requisito para que os frequentadores sejam ateus, desde que entendam que ali não haverá menção a Deus –mas também não há pregação contra, ao menos no culto presenciado pela Folha.

"Ninguém aqui pergunta sua religião", diz o engenheiro Gerard Carlin, 31, que atua como voluntário. Foi católico e hoje se declara "fortemente ateu".

Ele é um dos que ajudam a contar as doações, cujo valor não revela. "É pouca coisa que arrecadamos, só para pagar os custos, como locação, o piquenique depois, a banda", afirma.

"E aí, gostou?", pergunta a jornalista alemã Gabi Thesing, 21, frequentadora há quatro meses dos cultos. "Já fui católica, mas hoje não acredito em Deus, religiões. Acredito no poder das pessoas, da energia", diz.

Estudiosos em teologia no Reino Unido, como Nick Spencer, do centro de estudos Theos, tem dito que a Sunday Assembly não chega a ser um fenômeno necessariamente novo e se parece com movimentos antigos de pessoas que não creem em Deus, mas usam ritos tradicionais religiosos em seus encontros privados.

O empresário britânico Andrews Wett, 47, se diz um "adepto não praticante do budismo". Foi levado pela namorada ao culto. Opina sobre a grande quantidade de jovens: "Isso mostra um pouco como as igrejas tradicionais têm perdido fiéis".

Antes de a reporter deixar o local, alguns entrevistados se despediram com um "vejo você da próxima vez". Não deu para responder "se Deus quiser".

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A necessidade de preencher o vazio é gritante. São pedras clamando!
É lamentável que busquem preencher suas lacunas espirituais com o material, com pessoas, com momentos. Posso dizer, que se reunião eternemente para cantar e ouvir superações físicas, no entanto, nunca preencherão o vazio que somente Cristo pode preencher.

Se não beberem da água da vida, nunca serão saciados. Se não se alimentarem da Palavra viva e eficaz, sempre terão fome. Se não experimentarem do amor fiel e incondicional de Deus, nunca se sentirão amados o suficiente.

Jesus é o pão da vida. Cristo é quem traz a água saciável, Deus é quem nos ama por completo e o Espirito Santo é quem nos convence disso. Então, oremos pelos ateus, para o Evangelho os alcance, os abrace e traga transformação, regeneração, vida, arrependimento, preenchimento e saciedade.

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Com informações UOL

quinta-feira, 2 de março de 2017

Coral de 550 vozes entoa Castelo Forte e emociona multidão no Parque do Povo

Na noite do encerramento da 19ª Consciência Cristã, na noite desta terça-feira (28/02), o público assistiu à apresentação antes nunca vista no evento. O “Grande Coral Comemorativo de 500 anos da Reforma Protestante”, um coral com a participação de 550 integrantes, membros de várias igrejas evangélicas de Campina Grande, João Pessoa, e Paulista, esta última na Região Metropolitana de Recife (PE).
Durante sua participação no culto, o coral entoou duas canções, que são um marco para comunidade cristã: “Castelo Forte”, escrita pelo reformador Martinho Lutero e “Aleluia” de Handel. A apresentação emocionou a multidão.
Esse coral comemorativo de 500 anos da Reforma Protestante faz parte do projeto desenvolvido pelo pastor Fernando Roberto e pelo secretário de música, Edmilson Falcão, da Primeira Igreja Presbiteriana de João Pessoa(PB).
De acordo com Edmilson Falcão, o projeto começou com 100 membros da própria congregação. Contudo, no ano de 2017, tomou grandes proporções e atualmente conta com 1500 coralistas de diversas denominações, entre elas Presbiteriana, Batista, Congregacional, Nova Vida, Assembleia de Deus e Anglicana.
“A Reforma Protestante é um movimento importante para os evangélicos e é bom poder ver o interesse e o engajamento da igreja nesse projeto”, afirmou o pastor e diretor do coral, Fernando Roberto.
Campina Grande foi a primeira cidade a receber a apresentação do coral este ano. E até o final deste serão várias apresentações em diversas igrejas.
No dia 31 de Outubro, o grupo realizará apresentação de um musical com 12 canções, em comemoração ao dia da Reforma Protestante, no Espaço Gospel em João Pessoa, juntamente com a preleção pastor Augustus Nicodemus.
ASCOM
Foto: VINACC

Consciência Cristã termina superando expectativas dos organizadores

Terminou o 19º Encontro Para a Consciência Cristã. E a sua conclusão, na noite desta terça-feira (28/02), não podia ser diferente, uma vez que superou todas as expectativas dos organizadores. Uma multidão, formada por pessoas de praticamente todos os estados da Federação, cantou, orou, louvou ao Senhor e ouviu atentamente as duas plenárias, inicialmente com o pastor Aurivan Marinho e, em seguida, a do pastor canadense, D. A. Carson.
Na saída do Parque do Povo, a conversa entre as pessoas era praticamente a mesma: Que voltarão em 2018, para participarem da Edição Especial 20 anos da Consciência Cristã em fevereiro de 2018. Outras, falavam da alegria de participar do evento, a exemplo do que afirmou Adauto Lourenço, um dos palestrantes do evento.
“A gente vem trabalhar, mas ao final a saímos renovados pela maravilha que a Consciência Cristã, sobretudo com o que aprendemos”, comentou o Físico ao visitar a redação do portalwww.conscienciacristanews.com.br
O pernambucano Mariano Chaves de Almeida, 39, que costuma viajar o país para participar de encontros cristãos, disse que a Consciência Cristã é o evento de maior dimensão em número de participantes, e falou do alto nível de conhecimento dos conferencistas:
“Esta congresso é único porque tem expressivos preletores e uma estrutura que nunca vi em lugar algum, sem falar na organização. Aqui a gente realmente consegue crescer espiritualmente”, disse.
Outras pessoas aproveitaram para se despedir dos palestrantes e das amizades feitas durante o evento. Muitos acorreram à Feira do Livro objetivando assegura a compra de novas literaturas.
CONSCIÊNCIA CRISTÃ 2018
O evento terminou, mas as pessoas voltaram para seus estados sabendo o que irá acontecerá em 2018, quando a Consciência Cristã vai comemorar 20 anos de história, principalmente no que diz respeito aos palestrantes. Um deles é o missionário americano Paul Washer, diretor da associação missionária HeartCry.
Outros dois conferencistas foram anunciados no encerramento: o missiólogo Ronaldo Lidório e o teólogo Heber Campos Júnior.
As inscrições para a próxima edição do evento já podem ser realizadas no site www.consciênciacrista.org
Gomes Silva
Redação: Consciência Cristã News
Foto: VINACC

Google Maps mostra terceiro templo em cima do Monte do Templo

Estudantes israelenses fazem reconstrução 3D do primeiro e segundo templo
ISRAEL – Google Maps agora mostra o templo judeu no lugar em que deveria estar: Em cima do Monte do Templo. A iniciativa de oferecer um percurso virtual para os interessados, foi de um israelense experto em computação gráfica.
Eles já tinham tentado de fazer isso no passado, mas as imagens foram proibidas pelo Google, considerando que isso pode acontecer de novo.
Elyasaf Libi, um residente de Samaria, decidiu criar uma versão 3D tanto do primeiro “templo de Salomão”, como do segundo “de Herodes”.
O objetivo é mostrar a quem interessar, uma espécie de aula de história, já que há registros claros que um día os templos estiveram neste lugar.
Libi junto-se com Yehudah Vinograd, um programador especialista em computação gráfica com experiência em criação de jogos. Ele explica que o projeto era relativamente fácil, devido às produções 3D que já existiam nos sítios arqueológicos e históricos.
Vinograd explicou ao site Breaking Israel News: “Devido a grande quantidade de informação e a profundidade dos estudos que já foram realizados, ficou fácil fazer”.
Oficialmente, o projeto se chama “Har Habayit B’Yadenu” (O monte do templo está em nossas mãos”, disse Libi. Esta frase foi utilizada pelas forças israelenses quando acabou a guerra de 1967. Para o jovem “isso tem significado profundo. A possibilidade de levar o templo se torna real, em nossas mãos. Somente temos que querer fazer”.
Ele considera que é importante para àqueles que creem nas promessas do terceiro templo. “Temos a sorte de viver em uma época me que a tecnologia pode nos ajudar a imaginar coisas de uma maneira poderosa. Queria utilizar esse ‘poder’ para mostrar o templo”, explicou Libi.
Como Google Maps permite que os usuários subam fotos no ”seu local”, a opção de Libi e Vinograd foi publicar as imagens virtuais, e colocando à disposição para o mundo de forma gratuita.
No entanto, ele sabe que vai ter alguns problemas, já que em Israel, os mapas costumam ser objeto de intensa controvérsia política. Em outras ocasiões, os protestos dos usuários fez com que o google retirasse as imagens do ar.
As imagens podem ser vistas AQUI (por enquanto)

Com informações NT
Imagem: Reprodução

O Jesus real ofende todo mundo!

image from google


A ofensividade de Cristo é um ponto nevrálgico numa época de tanta “sensibilidade” ególatra como a nossa. Se essa ofensividade sempre foi um problema, imagine hoje?

O Jesus dos Evangelhos é ofensivo por ser muito inclusivo. Ao mesmo tempo, o Jesus dos Evangelhos é ofensivo por ser excessivamente exclusivo.

A igreja muitas vezes, os religiosos, os bons cidadãos... são ofendidos por Sua inclusividade, e o mundo e nossa cultura são ofendidos por Sua exclusividade.

Assim, todos ficamos até certo ponto inclinados a enfraquecer a ofensa, seja minimizando Seu chamado inclusivo ou minimizando Suas reivindicações exclusivas. Mas devemos saber com clareza que, sempre que saímos de um lado ou do outro, acabamos com um Jesus à nossa imagem – um ídolo.

Somos chamados a celebrar a inclusividade de Jesus e Sua exclusividade, pois esta é a polaridade que torna Jesus tão irresistivelmente atraente e o evangelho ser evangelho.

Os Evangelhos retratam Jesus como um Messias que constantemente e deliberadamente irritou muitos dos mais religiosos e melhores cidadãos de seus dias. Os mais respeitáveis.

Jesus não se inclina para a elite religiosa. Ele não vai respeitar suas categorias de quem está dentro e quem está fora. Ele não se juntará a eles para “condenar” os pecadores comuns enquanto se excluem. Ele come com coletores de impostos, prostitutas... os párias da sociedade. Ele não tem medo de se aproximar deles.

A inclusividade de Jesus choca os líderes religiosos, os melhores cidadãos. Ele abre as portas do reino aos pecadores de todas as raias, e Ele fala duramente contra os religiosos por sua “justiça” auto-declarada de exclusividade pelos seus próprios méritos.

Evangélicos muitas vezes falam sobre como as reivindicações exclusivas de Cristo são ofensivas para nossa cultura hoje, mas às vezes não sentimos como a inclusividade de Cristo era tão ofensiva em seu contexto do primeiro século. E, ao perder essa verdade, é improvável que detectem as formas em que lançamos barreiras e erguemos muros em torno do “evangelho”.

A postura inclusiva de Jesus para com as mulheres (desprezadas naquela cultura), para com os doentes, para com os marginalizados, para com os piores pecadores representa um desafio para a igreja de hoje, tal como aconteceu com os fariseus há dois mil anos.

A prostituta na igreja pode estar mais perto de Deus do que o melhor cidadão de nossa sociedade, escreveu C. S. Lewis, ecoando as palavras de Jesus de que os coletores de impostos e prostitutas estavam entrando no reino na frente dos fariseus. Até que a inclusão radicalmente ofensiva da graça de Deus penetre em nossos ossos, nunca nos uniremos a Jesus nas margens da sociedade, acolhendo e abençoando pecadores ARREPENDIDOS de todos os tipos.

Mas o mesmo Jesus que chama os cansados ​​para virem a Ele para descansar é Aquele que exige que neguemos a nós mesmos – não algumas coisas, mas a nós mesmos, e o sigamos até nossa morte.

Ele diz que Ele é o único caminho para Deus, a Verdade, a Vida. Ninguém vem a Deus senão por meio d'Ele. Percebeu?

Seu caminho é estreito.

A porta é apertada.

Ele é o Pão do Céu, e a menos que você O consuma com fome, deleite e prazer, você perecerá.

Se você está ofendido pela natureza chocante dessas reivindicações exclusivas, então você pode ir embora, assim como as multidões fizeram em João 6.

Você vê? Com uma mão, Jesus está acenando a todos em todos os lugares para irem a Ele. Com a outra mão, Ele está afastando as pessoas. Você contou o custo? A menos que você se arrependa, você perecerá! Você está disposto a desistir de seus direitos e dobrar o joelho agora e para sempre?

Sejamos francos. A exclusividade é ofensiva quando estamos acostumados a ter nossas escolhas, quando pensamos que a tolerância deve significar nos aceitar como nós somos e concordar com o que somos. Jesus parece pensar que Ele é especial, que a graça de Deus vem somente por Ele, e que Ele nada deve a nós – mas que devemos tudo a Ele.

O único coração que pode receber tal graça é o coração que recebe o dom do arrependimento. Arrependimento é a troca de sua agenda, do seu  “reino” pessoal para a agenda do reino de Jesus Cristo, e isso é uma agenda que inclui TODAS as esferas de sua vida - como você vive, como você ama, como você dá, como você adora, como você se comporta sexualmente, como você fala, como você O segue como Senhor.

Não se engane, Jesus é duplamente ofensivo. Jesus disse que Ele veio chamar os pecadores ao arrependimento. Muitos na igreja estão ofendidos que o chamado de Jesus é para os pecadores e que não há diferença – “todos pecaram!”. Ninguém está numa situação melhor e todos dependem da Graça Soberana. O mundo está ofendido que Ele chama pelo arrependimento, negação a si mesmo, abandono do pecado... por isso só o Chamado Eficaz quebra a inimizade a Deus daqueles (todos os homens) que amam as trevas. Pois “a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser.” - Romanos 8:7

É por isso que o mundo e a cultura minimizam Suas reivindicações exclusivas até que Jesus seja reduzido a um guerreiro da justiça social, contra a pobreza, pela ecologia... e  que afirma as pessoas como elas são. E é por isso que muitos na igreja minimizam Seu chamado soberano inclusivo até que Jesus seja reduzido a um distintivo de honra para os que acreditam, pelos que se diferenciaram dos outro pelo “livre-arbítrio”, humildade... que por sua própria obediência se tornam bons diante de Deus.

A boa notícia é que Jesus pode mudar a todos nós. Por graça soberana, Ele abre o punho fechado do hipócrita religioso, e Ele estreita a visão do pecador de “mente aberta” até que Ele seja o único ponto na vista de todos, a única coisa preciosa. Como? Ao destruir a auto-justiça através de Sua morte e ressurreição.

Você vê, a igreja se auto-justifica quando encontra em si o que a diferenciou do mundo e não vê que só a Graça Soberana fez isso sozinha.  Quando condena o chamado inclusivo e soberano aos pecadores que Deus quiser chamar eficazmente. E o mundo se auto-justifica quando condena o chamado exclusivo ao arrependimento, negação de si mesmo, tomar a Cruz... ao querer ser aceito como é... Mas os Evangelhos nos dão um Jesus que explode a justiça em todas as suas formas quando Ele dá Seu corpo para ser golpeado e ferido e pendurado em uma cruz.

Portanto, não desista do desafio inclusivo ou exclusivo de Jesus. É o que o torna diferente de todos os outros. É o que é tão atraente sobre Ele. É o sinal de que Ele é verdadeiramente Deus, que Ele nos ama o suficiente para não nos deixar sozinhos.

Num dia em que é comum a igreja oferecer um Jesus exclusivo sem Sua inclusividade e o mundo é provável crer em um Jesus inclusivo sem Sua exclusividade (se acomodando ao homem e não o chamando para morrer), eu digo: “Dê-me o Jesus duplamente ofensivo do Novo Testamento, por favor. Deixe Ele ofender a todos nós” – Precisamos do Jesus real.

***
Autor: Josemar Bessa
Fonte: Fides Reformata

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