segunda-feira, 7 de novembro de 2016

A contribuição da Teologia Puritana



Por Maurício Montagnero
Há muito tempo atrás surgiu um grupo apaixonado por Deus e pela Sua palavra. Um grupo que lutou pela pureza espiritual em todas as esferas da vida, pureza tal que só seria realizada através de convicções bíblicas. Esse grupo ficou conhecido como os puritanos.
Apesar deles não serem uma denominação, mas, sim, um grupo de pensadores doutrinários e pragmáticos, eles elaboraram uma teologia forte, consistente e alimentadora de almas, pois foi elaborada e baseada nas Escrituras. Tal teologia contribuiu para a formação da teologia reformada.
Para conhecer melhor tais pensadores e suas contribuições o presente artigo separar-se-á da seguinte forma: (1) Um breve histórico, com antecedentes históricos; (2) Doutrinas e práticas; (3) Os nomes dados a eles; (4) Contribuições teológicas. e (5) Os Puritanos notáveis.
  1. BREVE ABORDAGEM HISTÓRICA
Para se fazer conhecida a historicidade dos puritanos é interessante salientar os movimentos que antecederam suas origens. Diante disso é preciso ser visto três acontecimentos que são o da pré-reforma, a reforma e o anglicanismo.
Antes da reforma ocorreu um movimento que ficou conhecido como pré-reforma – com ideias que seriam expostas na reforma.Durante esse movimento um homem conhecido por John Wycliffe liderava um grupo de seguidores denominado os lolardos. Esse homem elaborou algumas doutrinas[1] que foram de suma importância tanto para os reformadores quanto para os puritanos, a saber: (1) suprema autoridade das escrituras (na reforma fica conhecido como “sola scriptura”); (2) a igreja como verdadeira e como o conjunto de eleitos; e (3) questionamento do papado e da transubstanciação.
O movimento da reforma também deve ser notado. Tal movimento denunciou os erros do catolicismo apostólico romano da época,especialmente as indulgências e então rompeu todo tipo de ligação que havia com eles. Todavia esse movimento reformista contribuirá para os puritanos, especialmente aos pensadores do protestantismo inglês que pode ser delineado da seguinte forma[2]:(1) William Tyndale os puritanos receberam a herança de compromisso com as escrituras e ênfase na teologia pactual; (2) John Knox o conceito da reforma completa, tanto na igreja como no estado; e (3) John Hooper a verdade de que as escrituras devem regulamentar a estrutura eclesiástica como o comportamento individual. Porém deve-se deixar notório que o protestantismo inglês recebeu influências de Lutero e da teologia reformada continental em especial, tanto da Suíça de Zurique (Zuínglio, Bullinger) como de Genebra (Calvino e Beza). As influências que receberam da última foram: (1) A verdade antes da tradição/autoridade; e (2) Liberdade de servir a Deus da melhor maneira como julgava.[3]
O último acontecimento a ser visto é o que ocorrera na Inglaterra na época do rei Henrique VIII (1509 – 1547), do rompimento da Inglaterra com a igreja católica.  Tal rei queria se divorciar de sua esposa Catarina de Aragão, pois ela não havia lhe dado nenhum filho homem, no entanto o papa da época não concordou em realizar o divórcio. Entretanto, Henrique VIII ignorou a postura do papa, se divorciou e casou-se com Ana Bolena em 1533, não deixando alternativas ao papa Clemente VII que o excomungou.
Logo após ser excomungado, o rei Henrique VIII rompe com o catolicismo romano e essa passa não ser mais a religião oficial da Inglaterra.  No lugar foi implantado o anglicanismo,porém continuava católica em suas práticas, mas sem o papa. Mais tarde surgiram homens como Thomas Cranmer, Ridley e Latimer que sentiram um chamado para reformar a vida e o pensamento à luz da Palavra de Deus, e assim fizeram, mas com uma mentalidade protestante. Diante disso surgem duas classes no anglicanismo até então que são: os católicos e os protestantes.
Com esses antecedentes históricos em mente será possível compreender a historicidade do puritanismo.
No início as evidências eram de queo rei Henrique VIII apoiava o protestantismo, no entanto, pouco depois ele perseguiu tal movimento. Em 1539 foram criados e aceitos pelo parlamento os Seis Artigos e imposto sobre o povo, e aqueles que não aceitassem teriam punições severas. Esse documento favorecia a ala católica, pois o mesmo tinha doutrinas parecidas com o catolicismo, a saber: (1) Transubstanciação, (2) A comunhão sob uma espécie, (3) O celibato clerical, (4) Votos de castidade para leigos, (5) Missas particulares e (6) Confissão auricular.[4]
Depois do rei Henrique VIII subiu ao trono seu filho Eduardo VI (1547 – 1553). Esse favoreceu a ala protestante com imposição dos cultos calvinistas.Isso aconteceu porque o regente do trono, conhecido como Duque de Somerset, gostava da fé reformada. Por conseguinte os Seis Artigosforam repelidos nesse reinado.
Nesse contexto, ocorreu de Thomas Cranmer publicar o Livro de oração comum (doutrina prática do anglicanismo) e de John Hooper ter aceitado o bispado que lhe ofereceram, porém não querendo usar as vestes litúrgicas, argumentando contra elas e articulando que era prática do catolicismo e por essa atitude foi preso por algum tempo. A partir daí, começa haver a distinção entre o anglicanismo e o puritanismo, embora fosse pequena
O reinado agora pertence à Maria de Tudor/Maria I (1553 – 1558).Ao assumir o reino tenta restaurar o catolicismo na Inglaterra perseguindo os líderes protestantes, sendo assessorada pelo Cardeal Reginald Pole. Nessa perseguição muitos morreram, dentre eles estavam Hugh Latimer, Nicholas Ridley e Thomas Cranmer. Os que escaparam da perseguição fugiram para o continente, para cidades de Frankfurt, Genebra e Zuriquedos quais é possível destacar John Knox (líder da igreja de Genebra junto com Christopher Goodman) e William Whittingham onde remitiram doutrinas reformadas continentais.[5]Nesse mesmo período surgi em Londres as primeiras igrejas independentes.
Elizabete I (1558 – 1603) sucede o trono de Maria de Tudor/Maria I e estabelece um acordo chamado “Elizabetano”, um acordo reformado, porém insuficiente reformado. Esse acordo satisfez o grupo que seria chamado de puritanos, mas, no entanto, algum tempo depois eles se decepcionaram amargamente, pois a rainha quis controlar a igrejaalém demanter os bispos e as cerimônias. Os protestantes tiveram que aceitar (Matthew Parker, Richard Cox, Edmund Grindal e John Jewel), pois se não aceitassem a rainha colocaria no bispado os católicos. Contudo houve aqueles que desafiaram a rainha como Thomas Sampson, Miles Coverdale, John Foxe e Lawrence Humphrey. Em torno de 1567 – 1568 a antiga controvérsia (distinção entre o anglicanismo e o puritanismo) sobre as vestimentas que os pregadores tinham que usar (vestimentas clericais) as quais traçavam os “trapos do papado”faz com que surjam de uma vez por todas os puritanos. Não só com esse inconformismo (apesar de ser a principal causa) que eles surgiram, mas com outros como ajoelhar-se diante a ceia do Senhor, dias dos santos e sinal da cruz no batismo. Diante disso começou as disciplinas e as perseguições contra os puritanos.
Anos depois Tiago I (1603 – 1625) sobe ao trono como própria indicação da rainha Elisabete I. Esse rei tinha recebido educação calvinista na Escócia e isso encheu de esperança os Puritanos, desta forma eles foram até o rei em sua chegada e pediram que a igreja anglicana fosse totalmente Puritana em sua liturgia e administração, uma petição (petição milenar) assinada por cerca de 1000 Puritanos.[6] Essa petição foi rejeitada em 1604 na conferência da Hampton Court e como o rei que não gostou de tal petição ameaçou expulsá-los da terra ou realizar algo pior. Diante dessa situação um grupo de puritanos se separou da igreja anglicana sendo que uns foram para Holanda e depois para América, e em 1620 um grupo deles, congregacionais, emigrou e fundou a Colônia de Plymouth em Massachusets. Sendo assim eles conseguiram implantar igrejas e estabelecer uma sociedade que refletisse sua compreensão das Escrituras.
Desta vez quem sobe no trono é Carlos I (1625 – 1649). A perseguição aos puritanos continua e faz com que se mantenham na igreja anglicana. Com isso outro grupo foi para Massachusets (1630). Carlos I em seu reinado entrou em uma guerra da Escócia com os presbiterianos contra os puritanos ingleses. Esses últimos eram do Parlamento e foram convocados pelo próprio rei. Esses também convocaram a Assembleia de Westminster (1643 – 1649) que promoveu famosos documentos acerca da fé reformada. Tal foi realizada para defender a pureza da doutrina da igreja Anglicana, a mais notável entre todas na história do protestantismo.
Quem assume o trono agora é Oliver Cromweel (1649 – 1658). Ele praticamente “suplantou” Carlos I, já que liderou forças parlamentares para derrotar o mesmo e nisso o Carlos I foi executado. Oliver Cromwell era congregacional e se tornou Lorder Protetor da Inglaterra. Ele lutou contra o presbiterianismo e no lugar estabeleceu o congregacionalismo como Igreja da Inglaterra.
Com a morte de Oliver Comwell, um sucessor muito fraco assume seu lugar, e então o povo pede para que o filho de Carlos I assumisse o trono e foi que aconteceu. Carlos II (1660 – 1685) assumiu o trono e expulsou na média de 2000 ministros puritanos da Igreja da Inglaterra (dentre eles estavam Manton, Owen, Goodwin, Burgess, Baxter, Calamy, Poole, Charnock, Gouge, John Howe, Vicent, Flavel e Philip Henry.Esse último era pai do famoso comentarista bíblico Mathew Henry), culminando o fim do puritanismo anglicano. Muitos desses dissidentes puritanos (dissenters) criaram igrejas batistas, congregacionais e presbiterianas.
Encerrando essa parte é necessário que se faça algumas considerações ao puritanismo americano. O mesmo foi dinâmico e influente na América por mais de um século, entre 1620 (os primórdios da Nova Inglaterra) até 1740 (Grande Despertamento). Os nomes que devem ser notados entre eles são: John Cotton, William Bradford, John Winthrop, John Eliot, Thomas Hooker, Cotton Mather e o mais notável Jonathan Edwards.[7]
  1. DOUTRINAS E PRÁTICAS
Precisamos fazer uma consideração antes de prosseguirmos. O puritanismo teve grande influência pelo calvinismo.[8]
As doutrinas dos Puritanos giram em torno de quatro convicções básicas[9],a saber: (1) Salvação pessoal vinha diretamente de Deus; (2) Bíblia é o guia indispensável para a vida; (3) Igreja deve refletir o ensino específico e expresso das Escrituras; e (4) Sociedade é um todo unificado.
Eles acreditavam no primeiro item, pois adotavam o modelo agostiniano, de que os seres humanos são pecadores e não conseguem realizar as exigências de Deus e nem desfrutar da Sua doce comunhão,se por ventura conseguirem é pela parte da graça dEle.
No segundo item eles acompanham os reformadores ingleses, como também todos os outros reformadores, de que a Bíblia é a autoridade suprema para vida do Cristão. Chegando articular que os Cristãos só devem realizar o que a Bíblia ordenava (taboritas), em contra ponto com o anglicanismo que ensinava que o Cristão pode fazer o que a Bíblia não ensina/não ordena (utraquistas).
O terceiro item se refere mais especificamente sobre a estrutura organizacional/eclesiástica da igreja. Condenavam o episcopado, pois a Bíblia não ensinava esse sistema. Porém, entre eles mesmos discordavam qual era o sistema que a Bíblia ensinava, e houve aqueles que partiram para o sistema de governo presbiterial (Thomas Cartwright), e outros que partiram para o sistema congregacional (Robert Browne), e ambos eram embasados na Bíblia. Ainda tinha outro que era o episcopado atenuado (Richard Baxter), que seria uma mistura do sistema presbiterial com o episcopal.
O quarto e último item são referentes ao que Deus tinha ratificado a respeito da solidariedade da sociedade. Eles acreditavam que um grupo de autoridades deveria governar a sociedade, sendo assim eles tentaram realizar esse governo, querendo tornar a Inglaterra totalmente puritana, para que a nação inteira tivesse aliança com Deus. Pois acreditavam que o corpo político necessita também de purificação.
Outras características deles que devem ser abordadas são[10]:
  1. Enfatizavam a espiritualidade e crescimento espiritual com tais pontos: (1) A leitura doméstica da Bíblia, e especificamente a Bíblia de Genebra (1560) a qual era comentada; (2) Cultos domésticos e instrução dos membros em seus lares durante a semana, que era para espiritualização do lar; (3) Atos de compaixão aos enfermos; e (4) Enfatização no dia do Senhor, isto é, no domingo onde eram realizadas pregações expositivas;
  2. Eram Calvinistas, a maioria de 5 pontos e teólogos reformados;
  3. A guerra espiritual para os puritanos se travava na tríade maligna (expressão de Lutero): (1) O mundo, (2) A carne e (3) O Diabo;
  4. Cada paróquia para eles deveria ter um ministro permanente que fosse capaz de pregar. Para que isso ocorresse havia reuniões de ministros para ouvirem os sermões e receberem orientação pastoral;
  5. O descarte de elementos arquitetônicos, litúrgicos e cerimoniais que entravam em conflito com a simplicidade da Bíblia;
  6. Como símbolo do caráter do ministro como um expositor culto da Bíblia eles gostavam de usar uma toga preta;
  7. Destacavam uma vida de pureza pessoal e doutrinária, partir daí surge o termo puritano, que seus opositores falavam para zombar deles;
  8. Acreditavam que a peregrinação e o conflito fazem parte da vida cristã;
  9. Trabalho pesado foi posto por Deus e o mesmo afastava a pobreza;
  10. Eram ativos na educação e cultura, sendo que muitos eram professores de universidades como Cambridge;
  11. Pregação deles era enfatizada em temas soteriológicos como: (1) Eleição, (2) Justificação, (2) Adoção, (3) Santificação e (4) Glorificação. Também pregavam bastante sobre a vocação; e teologia prática, isto é, uma vida cristã praticada através de orações e devocionais. Muitas literaturas foram produzidas por eles para incentivar a vida com Deus, no qual é possível destacar a grande literatura que surgiu nesse meio que é “O Peregrino” de John Bunyan. Diante disso ensinavam a total dependência do Espírito Santo, por isso oravam incessantemente e buscavam uma vida de santidade. Tinham uma vida que era para glorificar a Deus totalmente em todos os seus aspectos, seja no trabalho, no sexo, no casamento, com o dinheiro, na família, na pregação, na igreja, no culto, na educação, na ação social e nos estudos das Escrituras. Viviam para glorificar a Deus!
Muitos afirmam que eles eram legalistas, e realmente se tornaram mesmo, porém muito deles eram homens jovens, fortes, intelectuais e progressistas. Todavia, tal rótulo de legalistas é equivocado, pois existia a ala dos puritanos que gostavam de cerveja e sabiam rir.[11]
Não se deve ser tão pejorativo com eles, como muitos são nos dias de hoje.
A nomenclatura[12]
O termo Puritano surge dos seus opositores de uma forma pejorativa, isto é, caçoavam de um grupo que queria uma pureza/santidade em todas as esferas da vida, sejam elas no individuo, na igreja, na doutrina ou na sociedade. No meio Puritano houve alguns grupos que foram:
  1. Separatistas: Os que se separaram da igreja da Inglaterra;
  2. Não – conformistas: São os que não se aderiram à Igreja oficial da Inglaterra;
  3. Não – separatistas: Eram aqueles que não saíram da igreja anglicana, mas tentaram reformá-la;
  4. Independentes: Os que no século XVII e XVIII entraram no sistema congregacional, pois não concordavam com o sistema episcopal e estatal;
  5. Dissidentes (dissenters): Os que saíram da igreja anglicana por motivo de consciência e originaram outras igrejas como congregacionais, presbiterianas e os batistas.
  1. CONTRIBUIÇÕES TEOLÓGICAS
Esse movimento colaborou muito para a teologia reformada, mas o presente estudo se limita em algumas contribuições, a saber:
  1. Dependência do Espírito Santo: Apesar de serem pregadores eruditos, sabem que a salvação da alma só é feita através da atuação do Espírito Santo. Outra contribuição para a Teologia Prática;
  2. O Teocentrismo:Colocar Deus no cento. Toda a vida é pertencente a Deus, inclusive os estudos teológicos que devem ser feitos para glorificar a Deus. Aqui se vê uma contribuição para a teologia prática;
  3. Vida de devocional: Busca por Deus através de oração e meditação da palavra. Outra contribuição para a teologia prática;
  4. Calvinismo e Soteriologia: Através da exposição de pregações deles e sermões, a teologia sistemática recebeu contribuições, tendo mais biblicidade em sua exposição;
  5. Biblicidade: Eram homens que morriam pelas Escrituras, e a exposição que eles faziam trouxe grande amor pelo conhecimento da palavra. Houve assim uma contribuição para a teologia sistemática e para a teologia bíblica;
  6. Pregação Expositiva: A pregação expositiva caracterizava os puritanos, e se tornou algo maravilhoso para aqueles que querem ensinar a palavra. Outra contribuição para a teologia prática.
     Em uma meditação profunda através do que esses homens realizaram pode-se tirar mais contribuições que os mesmo deram para a Teologia.
      Ainda é bom considerar outra contribuição deles, que não ficou só no campo teológico. Eles foram pessoas que renovaram a cultura indo para esferas de ordem poética e políticas, deixando marcas nas colônias dos Estados Unidos (Nova Inglaterra).[13]
  1. PURITANOS NOTÁVEIS
Dentre vários Puritanos que podem ser citados, o presente estudo se limitará em 3 nomes.
Primeiro a ser notado é Richard Baxter (1615 – 1691), esse homem veio a publicar 2000 obras a fim dese opor ao mero cristianismo que era presente na época, dentre as quais pode citar O Repouso Eterno dos Santos (1650) e O Pastor Reformado (1656). Ele foi ordenado em 1683, mas rejeitou o episcopado dois anos depois. Entre os anos de 1641 – 1660 foi ministro de uma paróquia em Kidderminster. Após a guerra civil se tornou capelão de Carlos II, foi excluído da igreja da Inglaterra por causa do Ato de Uniformidade, mas continuou pregando, e por isso foi preso.
O segundo a ser notado é John Owen (1616 – 1683). Esse homem foi conselheiro de Cromwell e vice-reitor da universidade de Oxford. Escreveu alguns tratados teológicos sobre expiação (dentre eles: A Morte da Morte na Morte de Cristo, em 1647), o Espírito Santo e o Calvinismo (dentre eles:Uma Exibição do Arminianismo, em 1643). Foi considerado o grande pensador sistemático do puritanismo.
O terceiro e a ser notado é um norte-americano, Jonathan Edwards (1703 – 1758). Pregador e pastor congregacional, teólogo calvinista e missionário. Sendo considerado um dos maiores filósofos do protestantismo norte-americano. Uma grande obra notada dele foi a sua pregação Pecadores nas mãos de um Deus irado.  Foi oavivalista no Grande Despertamento que houve.
Ultimando esse espaço deve-se citar os nomes de C.H.Spurgeon e Martin Lloyd – Jones, que foram considerados os últimos dos puritanos. Nos dias de hoje tem surgido esse movimento novamente conhecido como Neopuritanismo com nomes destacados de John Piper, John Macarthur, R.C. Sproul, Paul Washer, e no Brasil Augustus Nicodemus.
CONCLUSÃO
A igreja dos dias atuais tem deixado a praticidade da verdade do evangelho para aproveitar as facilidades e novidades que o mundo pós-moderno traz. Para que a ela volte para a verdade da luz das Escrituras se faz necessário conhecer mais sobre a literatura e história dos puritanos, que deixa as pessoas apaixonadas pelo Reino e pela causa, sendo despertadas para uma vida de piedade e santidade.
Outro ponto é que a teologia tem deixado ser levada pelo modernismo e novidades que vem aparecendo, não sendo mais uma teologia que traz um crescimento espiritual. Se a teologia voltar seus olhos para obras e literaturas puritanas, a teologia como os teólogos serão despertados em crescerem diante de Deus através dos seus estudos, se tornando uma teologia mais forte e embasada biblicamente.
NOTAS
MATOS, Alderi Souza de. Os puritanos: sua origem e sua história. Disponível em: <http://www.mackenzie.br/7058.html>. Acessado em 16/09/2014.
2 Puritanismo. NOLL, M.A. In. ELWELL, W.A [org]. Enciclopédia histórico-teológica da Igreja Cristã.  São Paulo: Vida Nova, p 209.
3Op. Cit.
4 MATOS, Alderi Souza de. Os puritanos: sua origem e sua história. Disponível em: <http://www.mackenzie.br/7058.html>. Acessado em 16/09/2014.
5 FERREIRA, Franklin. O movimento puritano e João Calvino. Fides Reformata: Centro de Pós-Graduação Andrew Jumper, 1999, p. 8 – 9.
6Op. Cit.
7MATOS, Alderi Souza de. Os puritanos: sua origem e sua história. Disponível em: <http://www.mackenzie.br/7058.html>. Acessado em 16/09/2014.
8 Evans, C. Stephen. Dicionários de Apologética e Filosofia da Religião. Tradutor Rogério Portella. São Paulo: Vida, 2004, p. 115.
9 Puritanismo. NOLL, M.A. In. ELWELL, W.A [org]. Enciclopédia histórico-teológica da Igreja Cristã.  São Paulo: Vida Nova, p 209 – 211.
10 Essas características foram uma mescla entre tais referências: CHAMPLIN, R.N; BENTES, J.M. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia.Volume 5. Tradutor João Marques Bentes. 3° Edição. São Paulo: Candeia, 1995, p. 514; FERREIRA, Franklin. O movimento puritano e João Calvino.Fides Reformata: Centro de Pós-Graduação Andrew Jumper, 1999, p. 6 – 8; MATOS, Alderi Souza de. Os puritanos: sua origem e sua história.Disponível em: <http://www.mackenzie.br/7058.html>. Acessado em 16/09/2014.
11 Evans, C. Stephen. Dicionários de Apologética e Filosofia da Religião. Tradutor Rogério Portella. São Paulo: Vida, 2004, p. 115.
12MATOS, Alderi Souza de. Os puritanos: sua origem e sua história. Disponível em: <http://www.mackenzie.br/7058.html>. Acessado em: 16/09/2014.
13 Evans, C. Stephen. Dicionários de Apologética e Filosofia da Religião. Tradutor Rogério Portella. São Paulo: Vida, 2004, p. 115.
REFERÊNCIAS
CHAMPLIN, R.N; BENTES, J.M. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. Volume 5. Tradutor João Marques Bentes. 3° Edição. São Paulo: Candeia, 1995, 750 p.
ELWELL, W.A [org]. Enciclopédia histórico-teológica da Igreja Cristã. Volume 3. Tradutor Gordon Chown. São Paulo: Vida Nova, 674 p.
Evans, C. Stephen. Dicionários de Apologética e Filosofia da Religião. Tradutor Rogério Portella. São Paulo: Vida, 2004, 149 p.
FERREIRA, Franklin. O movimento puritano e João Calvino. Fides Reformata: Centro de Pós-Graduação Andrew Jumper, 1999, Volume 4/1, 14 p.
JONES, D.M. Lloyd. Os puritanos: suas origens e seus sucessores. Tradutor Odayr Olivetti. São Paulo: Publicações Evangélicas Selecionadas, 1993, 432 p.
MATOS, Alderi Souza de. Os puritanos: sua origem e sua história. Disponível em: <http://www.mackenzie.br/7058.html>. Acessado em: 16/09/2014.
PACKER, J. I. Entre os gigantes de Deus. São José dos Campos: Fiel, 1996, 389 p.
[10] Essas características foram uma mescla entre tais referências: CHAMPLIN, R.N; BENTES, J.M. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia.Volume 5. Tradutor João Marques Bentes. 3° Edição. São Paulo: Candeia, 1995, p. 514; FERREIRA, Franklin. O movimento puritano e João Calvino.Fides Reformata: Centro de Pós-Graduação Andrew Jumper, 1999, p. 6 – 8; MATOS, Alderi Souza de. Os puritanos: sua origem e sua história.Disponível em: <http://www.mackenzie.br/7058.html>. Acessado em 16/09/2014.

Fonte:http://www.napec.org/reflexoes-teologicas/a-contribuicao-da-teologia-puritana/#more-5574

07 motivos básicos porque a Igreja Evangélica precisa resgatar os valores apregoados pelos reformadores


Há exatos 499 anos, em 31 de outubro de 1517, o monge alemão, Martinho Lutero afixou às portas do Castelo de Wittenberg, as suas 95 teses denunciando as indulgências e os excessos da Igreja Católica, dando inicio a Reforma Protestante. 

Quase quinhentos anos depois, a igreja dita evangélica, experimenta em seus arraiais as mais estranhas doutrinas, o que com absoluta certeza faria com que o reformador alemão ficasse de rosto ruborizado. 


Diante do exposto escrevo sete motivos porque a Igreja Evangélica Brasileira precisa resgatar os valores apregoados e defendidos pelos reformadores: 

Igreja Evangélica Brasileira precisa resgatar os valores apregoados e defendidos pelos reformadores:

1-) Porque ela abandonou as Escrituras preferindo fundamentar sua fé em experiências empíricas, místicas bem como desprovida de embasamento bíblico.
2-) Porque ela comercializa indulgências, oferecendo a graça de Deus em troca de contribuições financeiras.
3-) Porque promove de forma desenvergonhada a funesta prática da simonia. 
4-) Porque ela relativizou a salvação pela graça mediante a fé em Jesus Cristo, ensinando aos seus fiéis que o Eterno abençoa e salva quando fazemos alguma coisa em troca.
5-) Porque o foco da mensagem de sua pregação não é a glória de Deus, e sim a satisfação humana.
6-) Porque ela anuncia um falso evangelho, que é  humanista, antropocêntrico e ensimesmado deixando de lado a maravilhosa mensagem da cruz.
7-) Porque ela deixou de pregar Cristo como Salvador, preferindo anunciá-lo como galardoador e abençoador de todo aquele que dele se aproxima, negando assim a doutrina FUNDAMENTAL de que a salvação é pela graça, mediante a fé em Cristo Jesus.
Prezado amigo, diante do exposto afirmo sem a menor sombra de dúvidas que mais do que nunca necessitamos resgatar  os conceitos, ensinos e doutrinas pregado pelos reformadores até porque, somente assim, poderemos sair deste momento preocupante e patológico que tem adoecido parte da Igreja evangélica.

Por um reforma AGORA!

Soli Deo Gloria,

Renato Vargens

A lógica perversa da imoralidade sexual

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Sem uma anatomia do pecado não podemos pregar a graça. Quando nos preocupamos em não ser negativos para agradar o mundo, não podemos dar o primeiro passo para a “boa notícia” do Evangelho.

Paulo começa anunciar o evangelho dando o primeiro passo inevitável, uma anatomia do pecado (Romanos 1.18-32). O pecado é, na sua essência, uma supressão da verdade.

Essa supressão da verdade segue uma progressão lógica: 

A rejeição a Deus: Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis; Porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu” - Romanos 1:19-21

A rejeição a Deus leva a adoração da criação: “Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos. E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis” - Romanos 1:22-23 – O homem corruptível passou a ser a medida de todas as coisas.

Em seguida vem a degradação sexual: “Por isso também Deus os entregou às concupiscências de seus corações, à imundícia, para desonrarem seus corpos entre si; Pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém. Por isso Deus os abandonou às paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza. E, semelhantemente, também os homens, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, homens com homens, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro” - Romanos 1:24-27

Um sentimento perverso reina em cada homem pelo desprezo da Verdade: “E, como eles não se importaram de ter conhecimento de Deus, assim Deus os entregou a um sentimento perverso, para fazerem coisas que não convêm; Estando cheios de toda a iniquidade, prostituição, malícia, avareza, maldade; cheios de inveja, homicídio, contenda, engano, malignidade”. - Romanos 1:28-29

A família entra em colapso: “Sendo murmuradores, detratores, aborrecedores de Deus, injuriadores, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes aos pais e às mães”. - Romanos 1:30

Temos então loucura, infidelidade, crueldade e desumanidade: “Néscios, infiéis nos contratos, sem afeição natural, irreconciliáveis, sem misericórdia”. - Romanos 1:31

Depois, há a supressão definitiva da verdade: a promoção descarada dos pecados cometidos por outros: “Os quais, conhecendo a justiça de Deus (que são dignos de morte os que tais coisas praticam), não somente as fazem, mas também consentem aos que as fazem”. - Romanos 1:32

À primeira vista, porém, essa progressão lógica pode parecer um pouco arbitrária. A imoralidade sexual, por exemplo, realmente leva as pessoas a aprovar a insensibilidade sobre outras pessoas e crueldade?

Essa é uma lógica perversa, o homem finge não vê-la – Muitos defendem a imoralidade sexual e o valor do ser humano – mas isso, na prática, se mostra uma realidade oposta.

Num programa de debates recente, grandes intelectuais da atualidade estavam discutindo as várias revoluções sexuais ocorridas na sociedade ocidental desde o Iluminismo no século XVIII até hoje. Sem perceber, esses intelectuais começaram a dar um tiro no próprio pé do liberalismo sexual que defendiam.

A discussão acabou chegando no ponto em que a “liberdade” sexual geralmente tem um efeito desastroso sobre as crianças. Os intelectuais reconheceram que as crianças sempre são as “vítimas” das revoluções sexuais. Eles afirmaram que as crianças sofrem “emocionalmente” as aventuras sexuais de seus pais, que na verdade, no século XVIII, por exemplo, um grande número de filhos ilegítimos foram expostos a uma existência vil ao serem abandonados para morrer em orfanatos mal equipados onde, sofrimento, abusos, crueldade, morte... eram o comum. Russeau, considerado um dos principais filósofos do iluminismo, encheu esses lugares com um grande número de seus próprios filhos ilegítimos... 

Os próprios intelectuais no debate chegaram a conclusão que as revoluções sexuais sempre machucam incontáveis pessoas, destrói a família, leva a insensibilidade  com a vida, como por exemplo o aborto... E tudo isso deriva de uma noção equivocada ocidental de que o sexo é apenas um assunto de interesse privado do indivíduo.

Mas no fim do debate daqueles intelectuais, houve uma mudança rápida de tom. Isso aconteceu porque eles perceberam que estavam indo contra a liberalidade que eles mesmos defendiam. Contra a evidência que eles mesmos mostraram, foram para o lado oposto. Porque eles, na verdade, tinham o propósito de dizer que “revoluções sexuais” eram coisas boas. Então tiveram que dizer no fim que apesar do grande dano feito a sociedade, aos mais fracos como as crianças, a família, a destruição do tecido social... os “revolucionários” sexuais eram louváveis porque promoviam “mudanças” e “alargavam fronteiras”. Eis a declaração final deles contra a própria conclusão lógica que haviam chegado: “Apesar disso tudo acho que a liberdade sexual é melhor do que a repressão sexual”.

Qual é o resumo dessa lógica absurda? É a “liberdade!” O que mais importa, segundo eles, segundo a mentalidade de nossa sociedade hoje, é que temos liberdade para dar curso aos nossos desejos. Liberdade para fazer o que quisermos. Liberdade das normas sociais, e acima de tudo, liberdade para viver como se Deus não existisse. Isso significa que o sofrimento é o preço que achamos justo. As pessoas mais vulneráveis irão sofrer, outros serão terrivelmente afetados, emocionalmente e de todas as formas possíveis, crianças serão abortadas, crianças crescerão sem lar... nossos filhos carregarão ao longo da vida cicatrizes emocionais, crianças serão abandonadas para morrer, a sociedade terá que arcar com o custo social daquilo que diziam ser algo privado e não da conta de ninguém. Mas, assim seja. Esse é o preço da nossa “liberdade”. 

Agora vemos que a progressão bíblica é real e não arbitrária. A pergunta se a imoralidade sexual, por exemplo, realmente leva as pessoas a aprovar a insensibilidade sobre outras pessoas e a crueldade, está respondida pelos próprios intelectuais modernos defensores das “revoluções sexuais”.

Agora ouça Paulo novamente:

Sendo murmuradores, detratores, aborrecedores de Deus, injuriadores, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes aos pais e às mães; Néscios, infiéis nos contratos, sem afeição natural, irreconciliáveis, sem misericórdia; Os quais, conhecendo a justiça de Deus (que são dignos de morte os que tais coisas praticam), não somente as fazem, mas também consentem aos que as fazem”. - Romanos 1:30-32

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Autor: Josemar Bessa
Fonte: Site do autor

domingo, 6 de novembro de 2016

BENNY HINN AFIRMA: IGREJA CATÓLICA VIVE MAIS MILAGRES POR CAUSA DA EUCARISTIA

PARE, LEIA E PENSE!


O famoso evangelista Benny Hinn surpreendeu a todos com suas últimas declarações. Disse que há mais milagres ente católicos que na igreja pentecostal. Segundo ele, o motivo é a “Eucaristia”.

Na tradição católica, durante a Eucaristia, o pão e vinho, são transformados em “corpo e sangue” de Jesus, já não são apenas pão e vinho, ainda que mantenham a aparência. Esta crença chama-se transubstanciação.

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Os evangélicos ensinam que a Ceia do Senhor é um ato espiritual simbólico, um recordação da morte de Cristo.
“Segundo alguns estudiosos, na Igreja Católica há mais pessoas que foram curadas que na igreja pentecostal”, disse Hinn. Ele não “explica” a quais estudiosos se refere. Mas acrescenta: “É fato. Estudiosos provaram”, publicou Church Pop.

Segundo o pregador neopentecostal, isto acontece “Porque católicos veneram a Eucaristia”. Ainda afirmou: “Bom. Jesus não disse ‘Este é o símbolo do meu corpo e este é o símbolo do meu sangue’. Ele disse: ‘este é meu corpo e este é o meu sangue’”.

Hinn deixa a evidencia de que igual aos católicos ele também crê na transubstanciação. “Eu sempre cri, que o Espirito Santo é seu corpo e também seu sangue, assim que veneremo-lo. Há cura na Comunhão. Definitivamente, eu já vi isso no meu ministério”, disse o pregador.

Por último, ele faz uma crítica aos evangélicos que tem o hábito de “saltar” de uma igreja a outra, e não manter-se fiel ao ministério. Pastor Benny Hinn afirma que este aspecto também influencia e explica porque os milagres são mais frequentes entre católicos que evangélicos.

TRANSUBSTANCIAÇÃO, UMA HERESIA CATÓLICA

A doutrina da Transubstanciação não tem respaldo bíblico. Nem todos os representantes da Igreja Católica concordaram com esta doutrina, entre eles podemos citar o papa Gelásio I e Gelásio II, São Clemente e Agostinho. Não há evidencia de que o pão se transforme em corpo, nem que o vinho se mude em sangue. Os elementos permanecem inalterados e seu significado é simbólico.

A tradição da Igreja Católica além de tropeçar nas metáforas e figuras da Bíblia na questão da eucaristia, que por si mesma, já é uma aberração teológica, consegue embutir nela outras heresias, como ministração de apenas um só dos elementos aos fiéis (hóstia sem vinho); e chegam até a adorar a hóstia como se ela fosse de fato o Cristo.

Mas Benny Hinn não parece se importar. Esse mascate da fé e pregador de heresias cada vez mais se afunda no erro, mostrando a todos a sua verdadeira cara de falso profeta.

Assista: (em inglês)



***Traduzido por Jonara Gonçalves no Consciência Cristã

sábado, 5 de novembro de 2016

A Sangrenta e Herética Ideologia Marxista

image from google


Karl Marx acreditava que toda a história foi marcada pela luta de classes que pode ser resumida em uma luta entre opressores e oprimidos. Essa luta é o motor da História, e sempre termina, ou em uma grande revolução que transforma toda a sociedade, ou em uma destruição das duas classes. 

Na Modernidade o mundo se divide em duas classes antagônicas diametralmente opostas: a burguesia e o proletariado. A burguesia desempenhou um papel revolucionário para o progresso histórico abatendo o feudalismo. Não obstante, a burguesia transformou tudo em mercadoria reduzindo as relações sociais a relações monetárias. 

No entanto, na própria tese burguesa já está presente a semente de sua antítese e as armas de sua própria destruição. O desenvolvimento do Capital produziu também o proletariado, que a cada dia vem se tornando uma maioria mais poderosa. O proletariado deverá derrubar o domínio burguês por meio de uma revolução violenta, implantar uma ditadura do proletariado e abolir a propriedade privada. Isso inclui a abolição da "família tradicional burguesa", responsável pela manutenção do capital por meio da perpetuação da herança privada. 

A ditadura do proletariado possibilitará o fim da sociedade de classes, das explorações e o rompimento radical com as ideias tradicionais, como aquelas sustentadas pela religião cristã. Para isso, o proletariado deverá tomar gradualmente o capital da mão dos burgueses, centralizar os meios de produção no domínio do Estado. Serão necessárias tomar medidas como aumento de impostos, centralização dos meios de transporte na mão do Estado, obrigatoriedade do trabalho e educação pública e gratuita de todas as crianças. A destruição violenta das relações de produção acabará com as classes em geral, fazendo surgir o comunismo no qual o desenvolvimento livre de cada pessoa será o livre desenvolvimento de todos.[1]

Assim, o fim do projeto marxista é uma sociedade perfeita em que todos são iguais. Mas como diz o ditado "não se faz uma gemada sem quebrar ovos", para um comunista é necessário despotismo, violência, fuzilamentos e derramamentos de sangue para que esse mundo seja alcançado. Não obstante, como a implantação do igualitarismo por meio de uma ação imanente ou pelo desdobrar-se de um progresso histórico tem se mostrado um sonho impossível, apenas ovos foram quebrados. O comunismo já deixou um saldo de mais de 100 milhões de mortes[2] e "fuzilamentos", "canibalismo" e "miséria"[3] são os frutos da busca pelo fantástico e inalcançável mundo da "igualdade social". Isso sem falar do nazismo e do facismo, os filhos bastardos do marxismo[4].
      
MARXISMO CULTURAL

Na metade do século XX, neo-marxistas e frankfurtianos passaram a criticar o movimento operário por querer mais enriquecer do que realmente promover uma revolução. Desse modo, passou-se a compreender que o protagonismo histórico deveria ser executado pelo lumpesinato (urbanos improdutivos), que seriam aquelas pessoas que por terem "raiva contra o sistema", estavam aptos para serem os verdadeiros promotores da tão sonhada revolução.[5]

Antonio Gramsci foi o responsável pela ideia de que se deve ocupar todos os espações de conhecimento a fim de que toda a informação sirva aos interesses do movimento revolucionário. Desse modo, a escola, os jornais, as universidades, a imprensa, os movimentos e agremiações estudantis, os sindicatos, as revistas, livros didáticos e os movimentos sociais passam a ser colocados a serviço da ideologia revolucionária, transformando os indivíduos em massas de manobra[6]. Essa ocupação de todos os espaços criaria uma hegemonia do pensamento revolucionário, fazendo com que todos se tornassem marxistas sem nem mesmo perceber, como um peixe nadando na água de um aquário sem saber. É interessante observar que o gramscianismo foi um projeto adotado pelo PT[7].

E não há necessidade de um discurso lógico-racional, nem importa muito que causa está sendo defendida (feminismo, LGBTTT, combate ao racismo, islamofobia etc.), e sim fazer com que alguma "causa" seja submetida aos interesses da ideologia. O que importa é fomentar um espírito revolucionário para a derrubada da ordem social vigente. Por isso, um gramscista não vê problema em mudar de opinião a todo momento ou adotar um discurso contraditório - o que vale é usar qualquer ideia que possa atender a seus interesses.

O gramscismo promove uma derrubada da ordem social se infiltrando de maneira sutil na própria cultura dominante e adotando seu discurso para destruir ela mesma por dentro. Assim, um revolucionário pode travestir seus interesses com termos da própria cultura que planeja desconstruir. Não atoa, vemos discursos de "amor", "tolerância", "igualdade", "respeito" (valores cristãos) que visam justamente a derrubada da tradição cristã.

Hebert Marcuse, influenciado pela teoria freudiana, imaginava o ser humano como panelas de pressões, cheios de desejos sexuais reprimidos que levavam os indivíduos a serem agressivos e a se tornarem capitalistas opressores como manifesto no imperialismo americano. Marcuse propunha uma Revolução Sexual, em que as pessoas fossem mais livres sexualmente. Isso pode ser visto no lema "Faça amor (sexo), não faça guerra (imperialismo)". As ideias de Marcuse vieram a ser pautas de muitas das novelas da rede Globo. 

Theodore Adorno, por sua vez, propôs a ideia de que existiriam traços de personalidade facistas que levavam as pessoas a terem um comportamento autoritário. Segundo ele, para que o nazismo não se repetisse era necessário uma educação crítica emancipadora.[8] Isso é interessante porque a ideia de controlar os meios educacionais esteve justamente presente no nazismo e no facismo como um instrumento de doutrinação. Lilina Zinoviev disse:

Devemos fazer da geração jovem uma geração de comunistas. As crianças, como cera, são muito maleáveis e devem ser moldadas como bons comunistas. Devemos resgatar os infantes da influência nociva da vida familiar. Devemos racionalizá-los. Desde os primeiros dias de sua existência, os pequenos devem ser postos sob a ascendência de escolas comunistas para aprenderem o ABC do comunismo… Obrigar as mães a entregar seus filhos ao Estado soviético – eis nossa tarefa.[9]
       
CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Marxismo, herdeiro da materialização do Espírito Absoluto de Hegel, a mitologização do Evangelho de David Strauss e da antropologização da teologia de Feuerbach, não passa de uma imanentização da escatologia[10]. Em outras palavras, o Marxismo é uma religião materialista ou ainda uma heresia. É a tentativa de estabelecer o paraíso por meios e ações humanas, ao invés de confiar na ação redentiva transcendente de Deus[11].

O marxismo cultural e sua Teoria Crítica alimenta o espírito revolucionário por formentar "lutas de classes" colocando negros contra brancos, mulheres contra homens, jovens contra adultos, homossexuais contra heterossexuais e empregados contra patrões. Mas já foi dito quais são as consequências que a busca imanente por um paraíso perfeito inalcançável produz. Não é possível desconstruir os pilares da Cultura Ocidental (moral judaico-cristã, filosofia grega e direito romano) sem banho de sangue e caos social[12].

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Notas:
[1] Marx & Engels. Manifesto Comunista. [On-line] Disponível em: http://www.ebooksbrasil.org/adobeebook/manifestocomunista.pdf. Acesso em 06/09/2016.
[9] FIGES, Orlando. A Tragédia de um Povo: A Revolução Russa (1891-1924). Rio de Janeiro/São Paulo: Record, 1999. p. 912. apudhttp://sensoincomum.org/2016/07/01/pais-e-filhos-perspectiva-bazarov/.
[11] http://www.teologiabrasileira.com.br/teologiadet.asp?codigo=506
[12] FIGES, Orlando. A Tragédia de um Povo: A Revolução Russa (1891-1924). Rio de Janeiro/São Paulo: Record, 1999. p. 912. apudhttp://sensoincomum.org/2016/07/01/pais-e-filhos-perspectiva-bazarov/.

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Autor: Bruno dos Santos Queiroz
Divulgação: Bereianos

PASTOR SE RECUSA A DEIXAR CIDADE EM GUERRA NA SÍRIA: "NO FINAL SEMPRE HÁ RESSURREIÇÃO"


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De uma membresia de 500 famílias reduzida a 140 membros - a história de uma congregação evangélica em Aleppo (Síria) tem servido para ilustrar a situação angustiante da cidade devastada pela guerra.

Um pastor sírio deu uma visão sobre como é a vida para ele e seu povo na linha de frente da brutal guerra civil que está arruinando diversas cidades do país.

Rev. Ibrahim Nseir é o pastor da Igreja Evangélica Presbiteriana Árabe de Aleppo, situada nas proximidades da zona de conflito. Ele diz que sua igreja tem diminuído em números e membros, mas ele se recusa a sair.

Ele falou com a BBC sobre como é a vida em uma zona de batalha e afirmou que está vendo grande parte da cidade ser destruída.
"Eles estão nos atacando porque não querem cristãos neste país", disse ele sobre os rebeldes, que ele descreveu como "terroristas". "Eles estão tentando estabelecer o Estado islâmico, que está longe de se assemelhar a qualquer tipo de civilização".

Ibrahim relatou que a a maioria dos cristãos fugiram da cidade, por causa da guerra e que a Síria viveu por décadas em clima de paz.

"75% dos cristãos partiram, legal ou ilegalmente", disse ele. "Eles queriam que estivéssemos longe deste país, mas vivemos aqui por longas décadas, pacificamente".

O pastor não criticou o regime do presidente Assad, que é visto por muitos cristãos sírios como seu "protetor", apesar da violência perpetrada por suas forças sobre outros grupos.

Também em seu depoimento à BBC, o pastor lembrou o motivo pelo qual se recusa a sair da cidade que está em guerra.

"Os cristãos são chamados a serem o sal do mundo. De acordo com Jesus Cristo, nosso Senhor, somos chamados a carregar a nossa cruz e estamos carregando a cruz deste país", disse.

Quando lhe perguntaram sobre as perspectivas para o futuro, ele disse: "Eu sou chamado a servir a Jesus Cristo, não sou chamado a condenar ninguém... Creio que sempre há ressurreição - embora às vezes vivenciemos a morte - mas no final teremos ressurreição. A ressurreição está chegando a Alepo!".

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Guiame

MAIS DE 1130 CRISTÃOS FORAM MORTOS PELO ESTADO ISLÂMICO NO ORIENTE MÉDIO, DIZ RELATÓRIO


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O relatório também destacou que pelo menos 125 igrejas foram atacadas ou destruídas pelo grupo terrorista.

É um fato incontestável que o Estado Islâmico (EI) tem prosseguido com sua campanha de genocídio contra os cristãos, como parte do grande esquema para conquistar o mundo. Não existe uma contabilidade exata do número de cristãos que perderam suas vidas nas mãos impiedosas dos jihadistas islâmicos até o início deste ano. Mas, um relatório apresentado ao Departamento de Estado dos EUA aponta um dado estimativo.


De acordo com o relatório baseado em casos documentados, entre 2003 e o dia 9 de junho de 2014, pelo menos 1.131 cristãos – identificados pelo nome e lugar de morte – foram assassinados pelo Estado Islâmico, de acordo com CNS News.

Durante esse mesmo período, o relatório disse que pelo menos 125 igrejas cristãs também foram atacadas ou destruídas pelo grupo terrorista. Entre os ataques estão uma igreja em Mosul, que foi explodida no dia 9 de março, 2015; outra atacada por um carro-bomba no dia 9 de junho de 2008 e uma Igreja arménia, queimada no dia 25 de janeiro de 2015.

Mais cristãos foram assassinados por militantes do EI em 2015 e 2016, mas os nomes e locais de morte das vítimas ainda não foram registrados num único documento, de acordo com a CNS News.

Declaração oficial

Este relatório se tornou a base para a declaração oficial do Secretário de Estado dos EUA, John Kerry que apontou as ações dos extremistas contra os cristãos e outras minorias religiosas. A Grã-Bretanha, o Parlamento Europeu, o Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos e os governos do Iraque também declararam as ações de genocídio do EI.

“O assassinato de cristãos é comum no Iraque, Síria e Líbia. Muitos deles foram mortos na frente de suas próprias famílias”, afirmou relatório. Durante a aquisição do EI sobre Mosul, a segunda maior cidade do Iraque próxima a Bagdá, cerca de 500 pessoas foram mortas pelos jihadistas.

“Na Síria, uma organização que lida com as igrejas perseguidas informou sobre as valas onde os cristãos mortos são jogados. O patriarca Younan estima que o número de cristãos alvejados e mortos pelos islâmicos seja mais de mil”, acrescenta o relatório.

O relatório apresentado pelos “Cavaleiros de Colombo” e pelo grupo em defesa dos cristãos lista os nomes e locais (com datas) de 1.131 cristãos que foram assassinados pelo Estado Islâmico. Por exemplo, ele diz que Alicia Nour foi morta em Mosul no dia 01 de fevereiro de 2005. Ashoor Younan Botros foi assassinado em Bagdá no dia 24 de junho de 2013. Em 1 de julho de 2015, Qais Abd Shaaya foi morto pelo Estado Islâmico em Bagdá.

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Guiame, via Consciência Cristã

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CRIE SEU FILHO PARA GLÓRIA DE DEUS


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Por Daniel Rodrigues Kinchescki
“Portanto, quer comais, quer bebais, ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para glória de Deus” – 1Co 10.31

Vivemos em tempos assombrosos. A “família” é constantemente atacada, constantemente afrontada. Vemos pais matando, humilhando, massacrando seus filhos, e infelizmente a recíproca é verdadeira. Neste mundo corrompido pelo pecado, infelizmente nos deparamos com famílias cristãs despreparadas, sem fundamento sólido, sem base.

Já não se reúne mais os filhos ao redor da mesa para a realização de um culto doméstico, por exemplo. De modo trágico, até os momentos de refeição já são realizados de forma quase que solitária. Corroborando com isto, o avanço tecnológico, somado ao seu péssimo uso, serviu para aproximar os distantes, porém distanciando os que eram próximos.

Vemos pais que não se aproximam de seus filhos, não acompanham seu dia a dia escolar, não investigam os círculos de amizade, as conversas, os jogos. Os pais, em sua grande maioria, abriram mão da educação de seus filhos, lançando-os ao vento.

Pai, mãe, você sabe o que seu filho tem aprendido na escola? Sabe se ele sofre ou pratica o bullying? Conhece os professores dele?
Vemos uma geração de pais que deseja um futuro espetacular e abençoado para seus filhos – mas que não participa deste processo de aprendizagem! Os genitores, guardiões, detentores do cuidado e zelo pela vida, educação e alma de suas crianças tornaram-se como que apáticos, “dando de ombros” para aquilo que estas aprendem nas escolas. Em um momento tão terrível para a educação brasileira, que enfrenta constantemente assaltos advindos das mais diversas ideologias e pensamentos, os “guardiões da moral” calam-se perante o massacre que acontece nas salas de aula.

Cada criança e adolescente de hoje é o pastor, o educador, o “cristão exemplo” de amanhã. Agora, formamos o caráter de vários de nossos pequenos irmãos, também chamados por Cristo à obra. Este é um alerta à Igreja, naturalmente, mas de modo especial aos pais: vocês são os responsáveis diretos pelo futuro de seus filhos. Se no Ensino Médio seu filho desviar-se dos caminhos do Senhor por culpa de uma ideologia qualquer, acreditando que ninguém nasce “homem” ou “mulher”, mas que estes conceitos são definidos e escolhidos pelo indivíduo, é porque provavelmente você não lutou contra a ideologia de gênero quando sua criança estava no Ensino Fundamental. Estes ataques são sutis, e devem ser observados com cautela.

Como por exemplo, há de se citar um filme antigo, chamado no Brasil de “Babe: o porquinho atrapalhado”. Em termos gerais, o longa metragem conta a história de um porco que sonhava em ser um cão, com o objetivo de ajudar no pastoreio das ovelhas. Ao final do filme, Babe alcança seu objetivo, desenvolvendo as atividades deste canino, mesmo sendo um suíno. Em outras palavras, alguém que “venceu as barreiras da biologia e conseguiu transformar-se no que queria”. É esse tipo de informação que seu filho provavelmente recebe de modo diário e contínuo

Em contrapartida, pela Graça de Deus, temos também alguns pais mais responsáveis, que participam de forma ativa na criação de seus filhos. Entretanto, confesso que muito me preocupo com estes também, pois alguns realizam este tão importante processo de uma maneira extremamente equivocada. Dizem, de forma constante, que pretendem criar seus filhos “para o mundo”, “para que sejam bons profissionais” ou “boas pessoas”. Para que tenham um “com caráter”.

É aqui que desejo dar início à explicação do porquê o versículo trinta e um, do capítulo primeiro e da primeira carta de Paulo aos de Corinto ser o texto base para este sermão. Paulo escreve este verso em questão num contexto muito diferente do que vivemos atualmente. Tensionando abordar a questão da “liberdade cristã”, o apóstolo utiliza de exemplos voltados à alimentação e bebida, concluindo sua linha geral de pensamento afirmando que tudo deve ser feito para glória de Deus. Quanta riqueza nesta tão simples expressão!

Quando, analisando o texto em sua linguagem original, o grego, vemos que o significado destas palavras é mais profundo que em nossa língua materna. Paulo está afirmando que o “foco”, o “alvo”, o “topo” de todo Cristão deve ser “honrar”, “exaltar”, “adorar” a Deus em todos os momentos.

Com isto, deixo a seguinte pergunta: o que é, então, criar um filho para a glória de Deus? Pois bem, vamos às respostas.

Saiba que a criança é mais filha de Deus que de você: Observando a vida de Abraão, o patriarca, notamos o quão firme era esta verdade em seu ser. Foi pai de Isaque quando já em idade avançada, tendo sonhado com esta promessa de Deus por todo o tempo em que peregrinou na terra. Quando cumprida, o Senhor então requer de Abraão a criança. O próprio Deus, ao requerer tal sacrifício do patriarca, afirma o quão apegado Abraão era a seu herdeiro.
“E aconteceu depois destas coisas, que provou Deus a Abraão, e disse-lhe: Abraão! E ele disse: Eis-me aqui. E disse: Toma agora o teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá, e oferece-o ali em holocausto sobre uma das montanhas, que eu te direi”. Gn 22.1-2

Os filhos são herança do Senhor (Sl 127.3), como que presentes do Soberano a quem tornar-se-á pai ou mãe, mas devem ser criados de modo a glorificar a Deus em primeiro lugar. Gostamos de citar que o primeiro mandamento com promessa é o de honrar os pais (Ex 20.12), porém é necessário ter em mente que há outro mandamento acima deste, que por Cristo foi dito como o maior de todos (Mt 22.36-38), e que os genitores precisam constantemente trazer à mente: amar ao Senhor de todo o coração, de toda alma e de todo pensamento.

Os filhos devem ser criados para servir a Deus, glorificando ao Santo nome do Senhor, honrando, então, o nome de seus pais ao fazê-lo. 

Seja o exemplo de seu filho: Há algum tempo encontrei um artigo sobre o porquê de o autor não ler mais a bíblia em casa através de aparelhos eletrônicos, e sim utilizando-se do “livro”. Naturalmente, não apontou que é pecado fazê-lo, mas um dos argumentos utilizados – e entenda, foi algo pessoal do autor em questão e que partilho como linha de pensamento – é que seus filho o veriam lendo as Sagradas Escrituras. Este ponto, acima de todos os outros elencados, foi o que me saltou aos olhos: um pai, pastor, escritor e pregador, abrindo mão de um “conforto tecnológico” para dar exemplo aos filhos.

Há um velho ditado que afirma que uma atitude vale mais que mil sermões. Ao observarmos a Bíblia, vemos que isso é verdade. Cristo, enquanto aqui caminhou, ensinou a seus discípulos através de inúmeros sermões, porém deixou também sua Doutrina gravada através de seus passos. Quando no momento de ensinar a seus seguidores como orar, Jesus lhes dá um exemplo de oração (Mt 6.9).

Quanto a isto, cito até mesmo meu exemplo. Quando pequeno, após dar início à caminhada na fé cristã, a ideia de ler a Bíblia ou de orar sequer passavam por minha cabeça. Minha mãe, de forma zelosa e muito preocupada, tentava a todo custo me estimular para fazê-lo. Quanto mais ela insistia, menos eu me aproximava da Palavra. Dado momento, notei que ela parou de insistir, e apenas sentava-se no sofá da sala e por horas debruçava-se nas Escrituras. Este exemplo dela, esta devoção, foi despertando em mim o desejo de me parecer com o que ela havia se tornado após este hábito diário: uma pessoa mais calma, prudente, separada, desenvolvendo o fruto do Espírito.
Crie seu filho nos caminhos do Senhor: Sim, soa muito óbvio isso, mas existe um número absurdo de pais que não entendem o “chamado discipulador” que recebem quando no nascimento de uma criança. Criar a criança nos caminhos do Senhor vai muito além de apenas levá-la aos cultos e entregá-la às “tias dos cultinhos infantis”. É investir no “crescimento espiritual” de seu filho. É saber incentivá-lo na busca, procura, anseio pelo Criador e seus estatutos. É pregar, em seu coração, as Leis de Deus. No passado, disse Moisés ao povo:

“E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; E as ensinarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te”. Dt 6.6-7

Crie seu filho para que ele não seja apenas um “pregador” ou “cantor”, mas sim um verdadeiro cristão em todos os momentos: Pode parecer contraditório ao que exposto no início deste sermão, mas capacite seu filho através de estudos, aulas e demais meios de ensino – isso, os dito “seculares” – para que ele tenha uma sólida formação profissional, e que através de sua futura atividade laboral ele venha a glorificar ao Senhor. Prestamos a Deus um culto rico quando ele é constante e saudável, sob os termos bíblicos, e não apenas nos dias de reunião na igreja. Que seu filho não minta quando fizer algo errado e for repreendido pelo supervisor. Que ele não esconda a nota baixa de você, por medo de uma severa correção. Ser “cristão” é ser como Cristo.


Por fim, e nesta conclusão é que apresento o quinto ponto, e creio que seja um dos mais importantes, ame seu filho. Você tem o dever de cuidar dele, ensiná-lo nos caminhos em que deve andar, então cumpra este dever para com o Senhor de forma amorosa, como convém a pais verdadeiramente cristãos.


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Fonte:Reformai

PASTOR É PERSEGUIDO PELO GOVERNO POR PREGAR CONTRA CASAMENTO GAY



Mais de 40.000 pessoas já assinaram uma petição apoiando um pastor que está sendo obrigado a entregar seus sermões para o estado da Geórgia. Além de liderar uma igreja adventista, Eric Walsh é médico e foi demitido pelo Departamento de Saúde Pública em 2014. O motivo foi seu posicionamento no púlpito contra o casamento gay.

Alguns colegas de trabalho de Walsh, militantes LGBT, assistiram seus sermões no YouTube e não gostaram do conteúdo. Não aceitando a demissão, o pastor afirmou que não “podia acreditar” que sua demissão foi por motivos alheios ao serviço.

“Sou filho de uma mãe solteira que sempre me ensinou qual era a nossa fé. Aprendi na igreja a importância de estudar e esses valores [cristãos] me levaram a querer servir aos necessitados. Foi por isso que me tornei médico e continuarei divulgando minha crença. A minha fé é importante para mim, frequentemente falo sobre ela em igrejas e conferências”, disse.
E acrescentou: “Eu não posso acreditar que eles me demitiram por causa de coisas que eu falei em meus sermões. Não consegui mais emprego na saúde pública desde então. Ao rever meus sermões, me demitiram por causa das minhas crenças religiosas. O estado da Geórgia destruiu a minha carreira no serviço público”.

Ele decidiu processar o governo do Estado por “discriminação religiosa” e agora lhe foi exigido que entregasse cópias de todos os seus sermões, além de sua Bíblia pessoal. Walsh se recusou a fazê-lo, dando origem a uma grande discussão sobre a liberdade religiosa e a intromissão do estado em questões de fé.

A petição do Conselho de Pesquisa da Família, ONG que apoia o Dr, Walsh diz: “A exigência de que ele entregue vídeos de seus sermões, esboços e todos os documentos pastorais, incluindo sua Bíblia, representa uma intromissão do governo na santidade da igreja, do estudo do pastor e do púlpito. Esse tipo de tática têm o efeito de intimidar e silenciar as pessoas que tem fé”.

Os advogados do Instituto First Liberty Institute, que assumiu o caso, declararam que “É ilegal para um empregador levar em conta a religião de um funcionário nas suas decisões de contratação e demissão… O púlpito é um espaço sagrado. Eles se intrometerem nesse espaço sagrado é uma violação grosseira da Constituição e da liberdade religiosa como um todo”.

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Fonte:Gospel Prime

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