Com a
recém-conquistada colônia holandesa, a Igreja Cristã Reformada, nome da Igreja
Protestante na Holanda, inicia sua expedição missionária com os índios do
Brasil holandês. Além da pregação religiosa na língua nativa, outras
iniciativas pretendiam a tradução da Bíblia para o tupi e a ordenação de
pastores indígenas.
por Frans Leonard Schalkwijk
Na urgência de
encontrar aliados para assegurar o seu domínio, os holandeses firmaram alianças
com os tapuias.
Três vezes a
igreja protestante foi implantada no Brasil Colônia, três vezes foi expulsa
pelos portugueses católicos. Primeira vez: a igreja reformada dos franceses no
Rio de Janeiro (1557-1558); segunda, a dos holandeses na Bahia
(1624-1625); terceira, a dos holandeses, alemães, ibéricos, ingleses, franceses
e índios no Nordeste, quase 30 anos depois.
A história da
igreja protestante indígena durante a ocupação holandesa do Nordeste
(1630-1654) está registrada em vários arquivos, especialmente em Amsterdã e
Haia, na Holanda.
No século XVII,
Bahia, Rio de Janeiro e Pernambuco constituíam os três principais centros
urbanos do Brasil Colônia. A riqueza produzida pelo açúcar brasileiro ajudava a Espanha a
consolidar o seu domínio, enquanto procurava estrangular a jovem República dos
Países Baixos - ou seja, a Holanda.
Embora o Brasil
tivesse nascido como colônia portuguesa, a partir de 1580 Portugal havia
passado a fazer parte da União Ibérica, comandada pela Espanha. O Brasil, em
conseqüência, foi envolvido nos conflitos internacionais da coroa de Castela.
Na Holanda, pouco
depois de 1500 a casa de Habsburgo chegou ao poder e reuniu as possessões
alemãs, espanholas e holandesas nas mãos de Carlos V. Foi quando eclodiu, na
Europa, a Reforma Protestante (1517).
O sucessor de
Carlos V, Filipe II, rei da Espanha, decidiu eliminar os protestantes de
suas terras, o que levou à Guerra dos 80 Anos (1568-1648).
Com a derrota da
armada espanhola, em 1588, o poder da Espanha entrou em declínio, enquanto a
Holanda ganhou impulso, especialmente porque recebeu milhares de
refugiados franceses, belgas, espanhóis, alemães, poloneses. Tinha início a
Idade de Ouro dos Países Baixos.
O trono espanhol,
em represália, fechou seus portos para os holandeses, que foram obrigados a
singrar os oceanos, considerados até então considerados mares territoriais
ibéricos.
A Igreja Cristã
Reformada (Protestante) também crescia com o afluxo de refugiados perseguidos
por sua fé religiosa. Nessa Primeira Guerra Mundial, o vigoroso comércio
ultramarino holandês organizou duas grandes companhias - a das Índias Orientais
e a das Índias Ocidentais - para fortalecer a cooperação entre as empresas e se
proteger dos espanhóis.
O Atlântico era a
área da Companhia das Índias Ocidentais, cuja diretoria era composta de 19
membros, os chamados Senhores XIX, representantes das cidades cooperadoras, das
quais Amsterdão era a principal.
Cientes de que as
maiores riquezas da inimiga Espanha provinham das Américas, estes senhores
começaram a pensar na conquista de parte das colônias americanas como forma de
estancar a fonte de sustentação econômica das forças espanholas.
Nesse contexto, a
Bahia parecia presa fácil, e a cidade de Salvador foi tomada. Conquista,
entretanto, perdida um ano depois (1624-1625). Os holandeses, porém, decidiramprosseguir
com a empreitada, agora voltada para Pernambuco. O sucesso do projeto deu
início ao Brasil Holandês (1630-1654).
Durante esse
período, tem lugar um capítulo pouco conhecido da história eclesiástica
brasileira, a da Igreja Cristão Reformada, nome da Igreja Protestante na
Holanda. Era umaigreja do Estado, situação das igrejas no Ocidente, seja nos
países católicos, seja nos protestantes. A Igreja Cristã Reformada veio para o
Brasil sob a bandeira holandesa, e foi expulsa com ela.
Na medida que os
holandeses ampliavam o território conquistado, eram implantadas congregações
reformadas. Durante algum tempo, existiram 22 igrejas protestantes no Nordeste,
sendo que a do Recife era a maior, contando, inclusive, com uma congregação
inglesa e uma francesa. Esta se reunia no templo gálico, que tinha no conde
Maurício de Nassau seu membro mais ilustre e o pastorado era exercido pelo
espanhol Vicentius Soler.
Na leitura dos
documentos da época, surge uma igreja cercada de pessoas dispostas a expulsá-la
de sua terra como a religião dos invasores.
Entretanto, para os
índios, os holandeses não eram invasores, mas sim libertadores, o que levou a
missão reformada no Nordeste a fazer uma opção preferencial pelos indígenas.
Para os holandeses, as tribos aculturadas constituíam os brasilianos e as
não-subjugadas os tapuias.
Filipe Camarão: O
líder dos Potiguares recebeu honrarias do Rei Português por sua lealdade aos
interesses lusos.
O primeiro contato
entre os brasilianos e a Companhia das Índias Ocidentais ocorreu em Salvador.
Com a perda da cidade, em 1625, o almirante da frota holandesa seguiu para
onorte e aportou na baía da Traição, cerca de nove quilômetros ao norte da
Paraíba.
Os índios locais,
da tribo potiguar, viram nos holandeses os seus libertadores do jugo português
e muitos quiseram embarcar quando a frota partiu. Apenas seis jovens índios
conseguiram seguir para a Holanda, enquanto a tribo procurava refúgio na mata
para fugir da
vingança dos portugueses.
Os seis índios
potiguares - entre eles o índio Pedro Poti - permaneceram durante cinco anos
nos Países Baixos, onde foram alfabetizados e instruídos na religião reformada.
Pouco depois da invasão de Pernambuco, alguns desses índios foram enviados de
volta ao Brasil para servirem de línguas (tradutores) no contato com seus
compatriotas nas aldeias nordestinas.
O sistema de
aldeamento dos índios foi iniciado pelos padres católicos e continuou com os
holandeses. Por volta de 1639, o Rio Grande abrigava cinco aldeias de
brasilianos, a Paraíba sete, Itamaracá cinco e Pernambuco quatro. O trabalho da
igreja reformada teve início em cima do trabalho realizado pelos padres
católicos.
Os índios tinham
aprendido algumas orações, a confissão apostólica, conheciam os nomes de Jesus
e de Nossa Senhora, e tinham sido batizados; quanto ao mais, mantinham suas
crenças animistas. Cedo a Igreja Reformada começou a evangelizar os indígenas,
com apoio do governo, que precisava dos guerreiros na luta contra os
portugueses.
Mas, apesar dos
esforços, os holandeses não conseguiram estabelecer um método ideal de
evangelização. Entretanto, os documentos registram anotações sobre batismos. No
Presbitério de 1637, por exemplo, surge a questão do batismo de filhos de
brasilianos e de africanos de pais já batizados pelos padres católicos. A
Igreja Cristão Reformada reconheceu o batismo da Igreja Católica Romana, e
decidiu que os filhos de pais batizados poderiam receber o sinal da aliança
desde que seus pais confessassem a Jesus Cristo.
Em 1638, índios da
Paraíba pediram ao Presbitério um predicante próprio. Nestas alturas, o
Presbitério decidiu atender ao pedido dos indígenas e deslocar um pastor para
as aldeias para pregar a palavra de Deus, administrar os sacramentos e exercer
a disciplina eclesiástica, lembrando as três marcas da verdadeira igreja,
conforme o artigo 29 da Confissão Belga. Esse plano recebeu o apoio do governo,
sob a liderança de Nassau.
APESAR DOS
ESFORÇOS, OS HOLANDESES NÃO CONSEGUIRAM ESTABELECER UM MÉTODO EFICIENTE DE
EVANGELIZAÇÃO
Convidado, o pastor
David à Doreslaer mudou-se da capital da Paraíba para a aldeia de Maurícia. O
trabalho do pastor Doreslaer teve sucesso, pois foi elogiado pelos
representantes do Presbitério do Brasil em carta aos Senhores XIX, enquanto
Nassau comunicava que os próprios índios expulsaram os padres das aldeias.
Doreslaer e o
pastor inglês Johannes Eduardus ampliaram o trabalho missionário e deram início
ao ministério da educação. O primeiro professor protestante entre os índios foi
o espanhol Dionísio Biscareto, casado com uma holandesa. Biscareto foi nomeado
professor em Itapecerica, a maior aldeia da região de Goiana. Para as aldeias
paraibanas, foi indicado o professor inglês Thomas Kemp.
Em 1640 começou o
trabalho de brasilianização, movimento idealizado pelo pastor Soler, da Igreja
Francesa no Recife. Ele conheceu um brasiliano razoavelmente experimentado nos
princípios da religião, e no ler e escrever, capaz de instruir os índios. O
pastor Eduardus, por sua vez, lembrou a existência de índios em idênticas
condições em Goiana.
Assim, solicitaram
ao governo que esses índios fossem nomeados professores nas aldeias, com um
salário mensal de 12 florins, soldo de um cabo do exército. Esses dois índios
foram os primeiros professores indígenas da Igreja Protestante na América do
Sul.
Em livro publicado
em 1651, Pierre Moreau cita um jovem ministro britânico que traduzira as Santas
Escrituras para a língua brasiliana. Tudo indica que o hábil lingüista era o
pastor Eduardus. Mas o que foi traduzido? Provavelmente apenas trechos
bíblicos, mas, até hoje, não foram encontrados registros sobre o assunto nos
arquivos. O que fica evidente é o interesse da Igreja Cristã Reformada em
entregar aos índios a mensagem bíblica em sua própria língua.
Com a necessidade
de um catecismo em língua tupi, o pastor Doreslaer organizou um livro de
instrução que foi impresso na Holanda com o título Uma instrução simples e
breve da Palavra de Deus nas línguas brasiliana, holandesa e portuguesa,
confeccionada e editada por ordem e em nome da Convenção Eclesial Presbiterial
no Brasil com formulários para batismo e santa ceia acrescentados. Embora o
livro tenha sido criticado pelo Presbitério de Amsterdã, a Companhia das
Índias Ocidentais mandou imprimi-lo em 1641 e, no ano seguinte, distribuiu-o
no Brasil.
No terreno da
assistência social, a Igreja Reformada enfrentava a caótica situação
matrimonial existente na colônia, inclusive entre os índios. Muitos brasilianos
casados viviam separados de suas esposas e não podiam casar-se novamente,
embora muitos desejassem fazê-lo.
O Presbitério, em
1638, foi de opinião que a parte desertora do casal deveria ser citada por
edital público do juiz civil. Depois de determinado período, a parte abandonada
deveria ser considerada livre da parte desertora, o que deveria ser aprovado
pelo magistrado. Esta determinação, reconhecendo a fraqueza da natureza humana,
representa o primeiro projeto de reconciliação ou divórcio legal na América do
Sul.
Os resultados
práticos, entretanto, foram limitados, em razão das hesitações do magistrado,
temeroso de conseqüências mais amplas. Na outra ponta, o problema da escravidão
dos índios exigia solução urgente.
Desde o início da
chegada dos holandeses ficou claro que os indígenas, aculturados e
não-aculturados, deveriam ser livres. A liberdade dos brasilianos seria um dos
capítulos fundamentais da Constituição do Brasil Holandês e tratada nos
Regulamentos de 1629, 1636 e 1645.
Os holandeses não
só precisavam dos índios na guerra contra os ibéricos, como sentiam profunda
empatia pelos indígenas, pois, como eles, também estavam sendo oprimidos pela
União Ibérica, a superpotência mundial da época.
LIBERTAÇÃO DOS
INDÍGENAS
Os Senhores XIX
insistiram para que fossem postos em liberdade os brasilianos escravizados
pelos portugueses em 1625, depois da partida da esquadra holandesa. Esta
libertação demorou, e começou a se tornar concreta com o início do trabalho
missionário.
Em 1638,
descobriu-se que os moradores portugueses de Recife ainda mantinham indígenas
como escravos domésticos. Boa parte desses índios havia sido aprisionada pelas
expedições punitivas levadas a efeito ao redor da baia da Traição, em 1625. O
governo ordenou que todos os escravos fossem libertados imediatamente.
O governo holandês
também combateu duramente a semi-escravidão, lembrando aos proprietários
rurais, em Alagoas, que índios somente poderiam trabalhar nas lavouras por
livre vontade e recebendo a devida remuneração. O sub-pagamento foi outra forma
de exploração firmemente reprimida no Nordeste holandês. O governo determinou
que os capitães que abusassem de sua autoridade fossem exemplarmente
castigados.
Os índios, por sua
vez, desejavam se transferir para as aldeias que possuíam missionários e, após
intervenção do Presbitério, as autoridades promoveram as transferências para
colaborar com o crescimento da igreja de Deus.
Na história da luta
da Igreja Reformada no Brasil em favor da libertação dos índios é necessário
lembrar a lei do ventre livre de 1645, originária de consulta do pastor Kemp
sobre a situação de brasilianos casados com escravas africanas e escravos
negros casados com indígenas.
Em resposta, as
autoridades decidiram que a parte escrava do casal não se libertava pelo
matrimônio, mas podia ser alforriada, e que os filhos resultantes desse tipo de
casamento seriam considerados livres, reiterando que brasilianos, sem exceção,
eram livres.
EM RELAÇÃO À
ESCRAVIDÃO DOS NEGROS AFICANOS, AS CONSCIÊNCIAS CRISTÃS ERAM PRIMITIVAS, CONSIDERAVAM-NA
UM ESCRÚPULO DESNECESSÁRIO
Infelizmente,
quanto à escravidão africana, na época as consciências cristãs era
subdesenvolvidas. Quando o pastor Jacobus Dapper questionou se era lícito ao
cristão negociar ou possuir escravos africanos, até o conde de Nassau afirmou
que se tratava de escrúpulos desnecessários.
Nassau se
conformava ao espírito de seu tempo, mas contrariava o pensamento do pai
espiritual da Companhia, o belga Willem Usselinex, e do patriarca da Igreja
Reformada, o francês João Calvino.
O derradeiro período da
missão da Igreja Cristã Reformada começou com a realização de duas importantes
assembléias, uma eclesiástica, outra política. A mesa da Assembléia Geral das
Igrejas recebeu pedidos de tribos que queriam receber seus próprios obreiros.
O professor
Dionísio Biscareto foi ordenado pastor e dois brasilianos nomeados professores.
Poucos meses antes da chamada insurreição pernambucana, em 1645, realizou-se a
primeira grande assembléia indígena, com 120 representantes, em Itapecerica, na
capitania de Itamaracá.
Foram organizadas
três câmaras,: a câmara de Itamaracá, dirigida pelo índio Carapeba; a de
Paraíba, pelo índio Pedro Poti; e a do Rio Grande, pelo índio Antônio
Paraupaba.
O teste final e
violento da missão reformada veio com a eclosão da guerra de restauração
portuguesa. Os documentos atestam a impressionante fidelidade dos brasilianos
refugiados ao redor das fortalezas litorâneas.
O mais famoso
desses registros são as chamadas cartas tupis, trocadas entre dois primos
colocados em campos opostos, o capitão-mór Filipe Camarão e Pedro Poti. Camarão
era defensor do lado luso-católico na guerra; Poti, defensor do lado
flamengo-reformado. Essa correspondência deixa claro a estreita vinculação
entre fé e nação, igreja e Estado. Filipe Camarão escreveu: não quero
reconhecer a Antônio Paraupaba, nem a Pedro Poti, que se tornaram hereges
[...].
Em resposta datada
de 31 de outubro de 1645, dia da Reforma Protestante, Poti garante que seus
índios viviam em maior liberdade do que os outros, ressaltando que os
portugueses queriam apenas escravizá-los.
Poti lembra a
Camarão as matanças ocorridas na baia da Traição e em Sirinhaém, havia poucas
semanas, quando os portugueses, após a rendição da frota holandesa, mataram
perversamente 23 índios prisioneiros de guerra, quebrando as condições
previamente acordadas.
Confessou também
ser cristão, crendo somente em Cristo, não desejando contaminar-se com a
idolatria, e convidou seus parentes e amigos a passar para o lado dos piedosos,
que nos reconhecem no nosso país e nos tratam bem.
Ambos os primos não
veriam o final dessa luta sangrenta: Camarão faleceu em 1648, depois da
primeira batalha de Guararapes, e Poti no ano seguinte foi preso no cabo Santo
Agostinho pelos portugueses. Segundo testemunho de Paraupaba, Poti foi lançado
num poço, onde permaneceu durante seis meses.
O PRIMEIRO MÁRTIR
INDIGÊNA BRASILEIRO
Retirado de vez em
quando, padres se atiravam sobre ele, tentando obrigá-lo a abjurar a religião
protestante. Poti, entretanto, resistiu bravamente na fé protestante, e foi
embarcado para Portugal, para as câmaras de tortura do Santo Ofício, mas a
viagem não acabou, atalhada pela morte.
A guerra de
restauração aproximou ainda mais os índios dos holandeses e apenas o pacto com
os brasilianos garantiu a resistência flamenga durante nove anos.
Quando não houve
mais condições de manter Recife, com as tropas luso-brasileiras às portas das
fortificações e a armada portuguesa á entrada do porto, o Nordeste foi
devolvido a Portugal. Terminava, também, a missão cristã reformada, impossível
sem a proteção de um país protestante.
E DEPOIS?
Os holandeses no
Nordeste (1630-54): depois de uma árdua guerra contra a Espanha, a Holanda
calvinista conquistou a sua independência em 1568 e começou a tornar-se uma das
nações mais prósperas da Europa. Pouco tempo depois, Portugal caiu sob o
controle da Espanha por sessenta anos – a chamada "União Ibérica"
(1580-1640).
Em 1621, os
holandeses criaram a Companhia das Índias Ocidentais com o objetivo de
conquistar e colonizar territórios da Espanha nas Américas, especialmente uma
rica região açucareira: o nordeste do Brasil. Em 1624, os holandeses tomaram
Salvador, a capital do Brasil, mas foram expulsos no ano seguinte. Finalmente,
em 1630 eles tomaram Recife e Olinda e depois boa parte do Nordeste.
O maior líder do
Brasil holandês foi o príncipe João Maurício de Nassau-Siegen, que governou o
nordeste de 1637 a 1644. Nassau foi um notável administrador, promoveu a
cultura, as artes e as ciências, e concedeu uma boa medida de liberdade
religiosa aos residentes católicos e judeus.
Sob os holandeses,
a Igreja Reformada era oficial. Foram criadas vinte e duas igrejas locais e
congregações, dois presbitérios (Pernambuco e Paraíba) e até mesmo um sínodo, o
Sínodo do Brasil (1642-1646). Mais de cinquenta pastores ou
"predicantes" serviram essas comunidades.
A Igreja Reformada
realizou uma admirável obra missionária junto aos indígenas. Além de pregação,
ensino e beneficência, foi preparado um catecismo na língua nativa. Outros
projetos incluíam a tradução da Bíblia e a futura ordenação de pastores
indígenas.
Em 1654, após quase
dez anos de luta, os holandeses foram expulsos, transferindo-se para o Caribe.
Os judeus que os acompanhavam foram para Nova Amsterdã, a futura Nova York.
Frans Leonard Schalkwijk é coordenador do Departamento de História e
professor de História da Igreja na Faculdade Internacional de Teologia
Reformada.
Fonte: Teologia Reformada