quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Sobre os “Cristãos Progressistas”

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Os assim chamados “cristãos progressistas” (alcunha que não é nova, e foi usada, por exemplo, na Polônia, nas décadas de 1950 e 1960 para caracterizar os católicos que apoiaram os comunistas) se notabilizam, hoje, no Brasil, por defender a união civil de pessoas do mesmo sexo, aborto, maioridade penal e todo tipo de estatismo, como bons devotos de uma ordem religiosa, totalmente leais ao Partido e ao santo graal da Ideia.¹ Todos aqueles que não concordam com eles são tratados, simplesmente, como “não-pessoas”. E alguns de seus autores prediletos são Jürgen Moltmann, Hans Küng, Paul Tillich, Rob Bell, Brian McLaren, John Howard Yoder, Rosemary Radford Ruether, Leonardo Boff, Frei Betto, Gustavo Gutiérrez, Severino Croatto, entre outros.

Mas a defesa veemente desses temas são sinais de um mal maior. Até que ponto esses “cristãos progressistas” não têm reinterpretado profundamente a fé cristã, tornando-a em algo amorfo, totalmente distinto daquilo que se pode receber como revelação de Deus nas Escrituras Sagradas?

Parece que há, da parte desses “cristãos progressistas”, uma clara ruptura com “aquilo que foi crido em todo lugar, em todo tempo e por todos [os fiéis]” (Vicente de Lérins); isto é, esses “cristãos progressistas” se caracterizam não só por um afastamento, mas por uma rejeição de todo o ensino consensual entre os cristãos legítimos: a crença no Deus uno e trino, em sua revelação infalível e autoritativa nas Escrituras Sagradas, no pecado original e pessoal, na salvação exclusiva pela livre graça, no nascimento virginal de Cristo Jesus, em seu sacrifício sangrento na cruz, expiatório e substitutivo, em sua ressurreição corporal e em sua segunda vinda, única, visível e pessoal.

Se há, de fato, tal cisão, como reconhecer esses ditos “progressistas” como cristãos? Até que ponto – mais uma vez, se há um afastamento do ensino consensual cristão, como resumido nos antigos credos, aceitos por todos os ramos da fé cristã – não se deve considerá-los como meros “cavalos de Tróia”? Pois estes têm por alvo subverter os alicerces mais básicos da fé e da ética cristã para que a Igreja seja controlada (Gleichschaltung), subordinando-a à agenda do Partido/Estado, inflexível e colossal.

E, me parece, com a derrocada da esquerda na esfera pública, esses “cristãos progressistas” dobraram a aposta, na esfera eclesial, propagandeando com mais virulência, militantemente, suas crenças e valores.

Ao fim, toda noção de cristianismo parece ter sido subvertida pelos “cristãos progressistas”, subordinados que estão a uma Ideia. Se isso é assim, estes não podem ser reconhecidos como cristãos. Pois eles colocam fé na Ideia, não na Revelação. E gnosticismo não é cristianismo.
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Nota:
[1] O termo “cristão progressista” também foi usado no Brasil nas décadas de 1950 e 1960 para caracterizar os adeptos da teologia da libertação, que “pensavam à frente”, contrapondo-se aos “reacionários”, que, por serem conservadores, estariam “amarrando o progresso”. E, na época, era hegemônico equacionar “progresso” com a noção comunista de história. Os “cristãos progressistas” surgiram nesse momento, supondo que a classe que salvaria o mundo seriam os pobres. Com a derrocada do socialismo no leste europeu, seguindo a nova esquerda, os “cristãos progressistas” entendem que a classe que salvará o mundo será a dos “excluídos” e minorias: mulheres, negros, homossexuais, índios, etc. Agora, enquanto o esquerdismo do PT sai de moda no Brasil e no restante da América Latina, alguns, atrasados em seis décadas, defendem e propagam o “cristianismo progressista”, na contramão da história.
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Autor: Franklin Ferreira
Divulgação: Bereianos

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

O Cristão, a Política e o Governo

PR. MARCELO FERREIRA

Princípios Bíblicos para uma Reflexão Necessária
Estamos em época de eleições presidenciais em nosso país e o calor do momento torna necessária uma reflexão sobre o cristão e a esfera política. Meu intuito é lançar luz sobre a questão apontando parâmetros para uma reflexão política e teológica à luz da Bíblia. Tenho ciência de que não esgotarei o assunto, e você poderá discordar livremente daquilo que não represente a clareza da Escritura. Apenas ela é verdadeira e inspirada para a nossa fé.
Meu objetivo não é abordar os detalhes eleitorais do momento, nem falar da política partidária no Brasil. Mas pensar política no sentido abrangente, o que não deixa de ser uma tarefa espinhosa, desafiadora e até polêmica. Creio que há citações, princípios e histórias de sobra nas Escrituras para elucidar nossa reflexão e aprimorar a nossa consciência cristã no âmbito do governo – o que se relaciona intimamente com o papel do crente em sociedade, sua vocação e missão no mundo.
É de Franklin Ferreira a afirmação de que “a Bíblia nos foi dada como Palavra de Deus num contexto eminentemente político”, o que deveria nos conduzir a uma reflexão política coerente com a cosmovisão cristã. Esta tarefa não é nada fácil, pois toca em pressupostos teológicos, a visão do Reino de Deus, a escatologia, além das inevitáveis preferências culturais. No entanto, espero sinceramente que nosso raciocínio lhe seja útil para a caminhada cristã, para a formação de uma consciência sadia e para a escolha de seu candidato. Afinal, todos desejamos deixar um país melhor para os nossos filhos e netos enquanto aguardamos o retorno de Cristo. Isto nos parece legítimo e pode favorecer a propagação da Palavra (Jr 29.7; 1 Tm 2.2,3).

Deve o cristão se importar com política?

A questão acima pode dividir os mais unidos irmãos em Cristo. A política que é feita pelos partidos em nosso Brasil é vista como interesseira, suja e corrupta pela maioria dos brasileiros. É como um mal necessário, algo sem solução, na visão de muita gente. Para outros, além de todo este signo negativo, o assunto é chato, complicado, irrelevante e não temos poder de mudar o curso das coisas. Junte-se a isto o jargão “política não é coisa de crente” e estaremos completamente fechados para a reflexão no assunto. E nada como o conceito da separação entre Igreja e Estado para nos dar razão para o afastamento de tudo o que se chama política.
Entretanto, segundo Robinson Cavalcanti, o protestantismo brasileiro começou com cristãos engajados, impulsionados por uma visão positiva do Estado e da influência cristã nele e por meio dele. A crença na dupla cidadania do crente – terrena e celestial – e de sua responsabilidade para com o mundo aprendida com os missionários estrangeiros também demonstra as raízes desta consciência de engajamento. Este grupo era representado pelos presbiterianos e congregacionais. O grupo que defendia um afastamento mais absoluto da esfera política era representado, especialmente, pelos pentecostais históricos. Segundo Cavalcanti, estes tinham tal pensamento em virtude de sua escatologia pré-milenista e visão negativa do futuro para a consumação dos eventos messiânicos finais. Daí a razão para não envolverem-se na política, pois o mundo deveria piorar, e não melhorar. Embora a lógica faça sentido, particularmente entendo que a doutrina do milênio, se bem compreendida, não precisa desembocar na alienação ou ausência de engajamento com o contexto em que vivemos, mesmo porque Deus não precisa do auxílio humano para concretizar Seus planos.
Cavalcanti continua seu raciocínio histórico mencionando o Golpe Militar de 1964 como o ponto chave que interrompeu a trajetória social e política do protestantismo brasileiro. A partir deste momento propagou-se algo novo e estranho, segundo ele, com o mote “crente não se envolve com política”. Sua conclusão é que, em nossos dias, a compreensão política dos evangélicos é bastante débil. Algumas igrejas e denominações lançam candidatos evangélicos com interesses exclusivistas, e não para o bem de toda a população, pautados por uma teologia de dominação e triunfalismo. E em alguns casos, candidatos ditos evangélicos concorrem como qualquer outro candidato interesseiro para se aproveitarem do dinheiro que é dividido entre os corruptos em detrimento do povo.
Em nossos dias, o impacto dos evangélicos nas urnas do nosso país é um fato. Sabemos do crescimento abrupto de evangélicos na última década, chegando a somar em torno de 22% da população brasileira (42,3 milhões) segundo o último censo IBGE em 2010. Este crescimento deveria, com toda certeza, mudar para melhor os valores, a ética, as relações e estruturas do país, corroborando para uma nação mais justa em todos os aspectos. Entretanto, a impressão que temos é a de um declínio nestas áreas. Neste caso, ou as igrejas estão abrigando ímpios, ou os justos estão alienados, ou as duas coisas ocorrem paralelamente. A implicação aqui é que a presença de cristãos verdadeiros numa nação resultará em transformação de contextos e produção de cultura por meio de boas políticas nas micro e macro- relações.
É evidente que, a despeito da política, precisamos orar por nossa pátria terrena, evangelizarmos de modo efetivo, discipularmos corretamente e sabermos discernir a Palavra de Deus. Mas também precisamos relacioná-la com os problemas atuais e estudarmos os ensinos políticos, sociais e econômicos das Sagradas Escrituras juntamente com o desenvolvimento do pensamento cristão na História. Deste modo contribuiremos para o despertamento de vocações que se materializarão no espectro da cidadania, ornando em tudo a doutrina de Deus nosso Salvador (Tt 2.10). Assim, poderemos compreender melhor o conceito de “co-beligerância” ensinado por Francis Shaeffer que defende a busca de pontos de contato com a sociedade e a cultura para defender a justiça, a paz, o direito e as boas causas enquanto Cristo não vem.

Fundamentos para a Reflexão e Ação Política segundo a Bíblia

É preciso reconhecer que houve equívocos da parte de cristãos na política nos últimos vinte séculos, especialmente quando se quis impor uma religião a todos. Quando nos esquecemos do ensino de Jesus “dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”, incorremos em erro de misturar o que é heterogêneo. Porém, os exemplos positivos são muitos, que trouxeram progresso nas relações humanas, no valor do indivíduo, no conceito de liberdade, na abolição da escravatura, na dignidade da mulher, na legislação e execução da justiça e na construção social como um todo. Segundo Wayne Grudem,
“… a influência cristã levou à extinção males como o aborto, o infanticídio, as lutas entre gladiadores, os sacrifícios humanos, a poligamia, a prática de queimar vivas mulheres viúvas e a escravidão, bem como essa influência levou à concessão de direitos de propriedade, direitos de voto e outras salvaguardas para as mulheres.”[i]
Poderíamos argumentar em favor da influência cristã nos governos chamando alguns reformadores e cristãos professos que abençoaram o ocidente com sua ética e valores bíblicos. A história da Inglaterra e Estados Unidos são exemplos clássicos deste fato. Nos Estados Unidos a boa influência cristã está registrada nos dizeres de sua Constituição. E há outros tantos lugares que foram abençoados com leis humanitárias como a China, por exemplo, quando aprovou a proibição de enfaixar os pés das mulheres. Contudo, apesar de todo este testemunho penso que precisamos do apoio das Escrituras.
Numa breve viagem pelas páginas do Livro nos lembramos de Noé, quando saiu da arca e recebeu de Deus um “norte” político acerca do valor da vida humana e o devido castigo para o crime de homicídio (Gn 9.5,6). Recordamos a trajetória de José, o governador do Egito, que alimentou nações com sua sabedoria e salvou sua família conforme os intentos soberanos e redentores de Deus. Posteriormente, observamos os diálogos entre Moisés e Faraó e as pragas divinas lançadas a todo o Egito por causa de um soberano endurecido aos propósitos do Senhor. A própria dádiva da Lei ao povo no Sinai estabeleceu políticas que expressavam o caráter de Yahweh à nação da Sua Aliança. Em Juízes observamos o caos generalizado quando não havia rei em Israel e cada um fazia o que lhe parecia mais certo. A história dos reis e profetas da monarquia dividida denunciou, entre outras coisas, a injustiça social e a necessidade de socorro aos que são chamados por Tim Keller de quarteto dos miseráveis do AT (o pobre, a viúva, o órfão e o estrangeiro). Outros servos notáveis do Senhor que serviram em posição de autoridade fora da teocracia em Israel foram Daniel, Neemias e Ester. Ambos mantiveram a integridade e expressaram fé em Deus no campo minado da política mundial.
No Novo Testamento, vemos Jesus lidando com o poder romano instituído e dizendo “dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus” (Tm 22.21). Podemos ainda citar Paulo, o apóstolo, e suas pregações a Félix e Festo, sua menção a convertidos da casa de César e as diversas orientações cristãs para a vida em sociedade. A Bíblia ainda nos apresenta Pedro e João escrevendo sobre os acontecimentos apocalípticos de largas implicações políticas no mundo e a consumação do governo de Cristo.
Como vimos, a Palavra de Deus mostra Sua autoridade e eternidade em meio aos frágeis domínios humanos. A Bíblia não silencia sobre o assunto, e devemos estudá-la para a reflexão e ação coerentes no mundo, em todas as suas esferas. Abaixo alisto três pilares que considero fundamentais para a reflexão e ação política do cristão:
  • mandato cultural ordenado por Deus na Criação (Gn 1.26,28;2.15)Recebemos de Deus a tarefa de sermos continuadores da Criação, cultivando, guardando, governando e dominando sobre o universo criado. A isso a Teologia tem denominado “mandato cultural”, que nos foi dado antes da Queda e se expressa hoje na consciência da soberania de Cristo sobre tudo. Recebemos de Deus uma responsabilidade e inclinação para nos organizarmos, definirmos espaço e território, nomearmos coisas e promovermos o bem. Esta é a essência do que deveríamos chamar política – a arte ou ciência da organização, direção e administração visando o bem comum. Se para Aristóteles o homem é um “animal político”, na narrativa de Gênesis ele é um ser essencialmente político. Com este alicerce em mente é que devemos pensar a política.
  • A missão cristã de fazer o bem (Mt 5.15,16; At 10.38; Gl 6.10; Ef 2.10; Tt 2.14;3.8). Quanto a este ponto não temos dúvidas e é desnecessário explicações. O exemplo de Jesus a todos nós, suas palavras e as orientações apostólicas do Novo Testamento corroboram para a ideia de uma vida piedosa na prática do bem. A influência cristã na esfera governamental deve construir suas ações neste prumo, fazendo o bem em serviço ao Senhor, com ética e integridade, para ornar em tudo a doutrina de Deus nosso Salvador. Um cristão não serve aos homens e suas coligações partidárias, mas a Deus em primeiro lugar, e a Ele prestará contas.
  • O projeto do Reino (Sl 2; Mc 1.14,15; Jo 18.36; At 1.6-8; 1 Co 15.24-28; Fp 2.9-11). A narrativa bíblica apresenta o Senhor Deus reinando por direito e executando Seu propósito de salvação e justiça a toda criação, que se colocará de joelhos, de fato, ante Seu governo futuro. Este é um projeto em andamento, desenrolado no progresso da revelação mediante a graça e misericórdia de Deus, que dá Sua Palavra, Suas promessas e Seu Filho por nós, a fim de que sejamos salvos da ira. Pela fé no Filho, homens e mulheres de todas as nações são incluídos no Reino inaugurado por Jesus, embora ainda não consumado sobre toda a criação. A Igreja é a comunidade do Reino que anuncia o evangelho lembrando o dia em que Deus julgará os vivos e os mortos. Os súditos de Jesus já vivem a realidade e o poder deste Reino em terra estranha aguardando a sua plena manifestação já garantida pela ressurreição de Cristo e Suas promessas. O acabamento da História deve nortear nossa visão de vida prevenindo-nos das ilusões ideológicas e direcionando nossa fé na direção certa, a saber, Deus. O verdadeiro Rei é Ele, e todos os governos do mundo prestam-lhe submissão. O político cristão não pode perder esta perspectiva. E é bom lembrarmos que Deus não precisa de nenhum auxílio humano para cumprir Sua agenda escatológica.
 Com estes fundamentos em vista, os cristãos com vocação política servirão como uma bússola moral em benefício da sociedade como um todo. Não impondo religião a ninguém, mas advogando em prol da vida com base em pressupostos eternos. Tal influência declarada será útil em frentes como a da liberdade e do direito individual, da responsabilidade do cidadão perante o Estado, da segurança pública, da justiça, da proteção ao meio ambiente, da pobreza, do aborto, da pornografia, do tráfico de pessoas, do casamento entre indivíduos do mesmo sexo, do combate às drogas e ao crime organizado, da corrupção, da erradicação da fome, da saúde pública, da educação, da liberdade religiosa, da família, etc. É de cristãos genuínos que acreditam na Bíblia que deveríamos esperar pronunciamentos morais robustos e consistentes que beneficiem a todos e agradem a Deus.

Dez Apontamentos Básicos sobre o Cristão, a Política e o Governo

Caminhamos neste texto de um modo idealista, procurando basear o pensamento no ensino das Sagradas Escrituras. É claro que o cenário político no Brasil é muito negativo, e faz com que desacreditemos a intenção do cristão que queira se engajar. A troca de favores e o jeitinho brasileiro correm pelas veias do nosso povo e o mau caráter, seja da plebe ou da nobreza, não se cura com belas palavras. Mas meu intuito foi o de desmistificarmos esta visão obscura do envolvimento político com os exemplos da própria Bíblia. Sem a pretensão de ser exaustivo, formulo abaixo dez apontamentos que entendo ser úteis neste final da reflexão. São declarações que não fecham o assunto e podem ser questionados, caso não tenham fundamento da Escritura. Mas que me parecem coerentes com o nosso raciocínio até aqui. São eles:
  1. É louvável e altamente recomendável que oremos pela paz e bem-estar social da nação, almejando um processo político sadio e governantes justos – isto agrada a Deus e contribui para a propagação do Evangelho (1 Tm 2.1-4; 2 Cr 7.14).
  2. Em linhas gerais, devemos honra e obediência às autoridades governamentais, pois foram instituídas por Deus e servem a Ele no plano maior da História (Rm 13.1-7; 1 Pe 2.13). Isto não significa que não possamos discordar. João Batista confrontou Herodes e Daniel exortou Nabucodonosor. A democracia é feita com a participação popular e há espaço para a discordância. Mas esta deve se manifestar a partir de processos legítimos da própria democracia, de modo pacífico e respeitoso, como convém a cristãos que professam o nome de Cristo, que amam e oram pelo próximo e confiam em Deus mesmo quando o mal prevalece.
  3. Políticos devem trabalhar para executar a justiça, estabelecer o direito e favorecer o bem, com a consciência da dignidade, igualdade e liberdade humanas, sabendo que prestarão contas a Deus de sua administração. (Jo 18.19; Rm 13.1-7).
  4. O princípio da “separação entre Igreja e Estado” e a denominação “Estado Laico” não significam Estado ateu ou sem influência religiosa.Ester na Pérsia é um exemplo disto. A Pérsia era um império que apoiava a pluralidade religiosa, e nem por isto Ester se calou ante a diversidade de culto quando os judeus foram ameaçados. A influência religiosa está presente em toda parte, pois o homem é um ser religioso, e isto também é parte de sua constituição como ser político e consciente.
  5. Todos os cristãos são chamados por Cristo a serem sal e luz no mundo, influenciando com boas obras todas as esferas da sociedade, o que inclui o governo e a política (Mt 5.16). Isto significa que cristãos com vocação política podem se candidatar. Mas não nos obriga a votarmos apenas em cristãos. Porém, a ética, a moral, os valores, a justiça e o programa de governo do nosso candidato deve nos representar legitimamente, sem violentar nossa cosmovisão cristã. Daí a necessidade do voto consciente no momento mais importante de uma democracia.
  6. A influência cristã nos governos não exclui a necessidade de evangelismo, e o evangelismo não é incompatível com a influência cristã nos governos.Ou seja, evangelismo e política não são auto excludentes na perspectiva cristã.
  7. Não podemos confundir o Reino de Deus com a política estabelecida pelos homens no mundo. A concretização do Reino, a vinda de Jesus e os acontecimentos apocalípticos independem do auxílio humano mediante ferramentas políticas.
  8. Embora a boa política possa mudar algumas coisas no mundo, continuará incapaz de mudar a fonte dos maus desígnios, o coração dos seres humanos – o que só Deus pode fazer mediante o Evangelho de Seu Filho e a ação do Espírito Santo. Assim, não confiamos na política para a transformação plena do mundo, mas em Deus, que conhece os corações e nos dá o Seu Espírito para que sejamos semelhantes a Jesus (1 Sm 16.7; Mc 7.21-13; Rm 8.28; 2 Co 3.18). Ele designou um dia para julgar os vivos e os mortos e concretizará a esperança cristã do Reino e da glória eterna, que não é utópica.
  9. A Igreja de Cristo sempre marchará na dinâmica de melhorar o mundo enquanto o piora. Melhorará os contextos favoráveis à fé gerando salvação, vida e transformação integral, e condenará os contextos arredios à mensagem, o que resultará em juízo e morte.
  10. Estamos desobrigados da obediência governamental quando esta requer nossa desobediência a Deus (At 4.19,20).
Concluo esta reflexão ressaltando que somos agentes de Deus não só para interceder, mas também intervir na História, transformar a cultura e produzir cultura redimida, visando, na medida do possível, o bem estar humano a despeito da Queda, a salvação dos pecadores e a glória do Senhor, até que Cristo venha.
“Não há um centímetro quadrado em toda existência humana que Cristo não seja soberano sobre ele e diga ‘é meu’.” – Abraham Kuyper

[i] Grudem, Wayne. Política segundo a Bíblia: princípios que todo cristão deve conhecer. São Paulo: Vida Nova, 2014.

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

INSCRIÇÕES PARA 19ª EDIÇÃO DO ENCONTRO PARA CONSCIÊNCIA CRISTÃ ESTÃO ABERTAS





Por Samuel Oliveira

Que tal participar de um evento cristão que reúne pelo menos 100 mil pessoas a mais de 18 edições, em pleno feriado de carnaval, com a presença de diversos preletores nacionais e internacionais e de forma gratuita? Pois é! Este evento existe e trata-se do Encontro para a Consciência Cristã.


Um evento multifacetado, com uma programação diversificada, que atinge todos os públicos. Essa é a proposta do Encontro realizado através da VINACC (Visão Nacional para a Consciência Cristã), que em 2017 chegará à sua 19ª edição, a ser realizada entre os dias 23 e 27 de fevereiro, no Complexo do Parque do Povo, em Campina Grande (PB).

Na sua programação, a 19ª Consciência Cristã terá diversos eventos paralelos, atingido os mais diversos públicos cristãos: Plenárias noturnas com grandes públicos, eventos para crianças, jovens e adultos, feira do livro, restaurante e praça de alimentação, tudo isso acontece na praça de eventos O Parque do Povo na cidade de Campina Grande, (PB), durante um dos maiores encontros de cristãos do país.

Preletores como Hernandes Dias Lopes, Augustus Nicodemus, Paulo Júnior, Adauto Lourenço e o pastor canadense D. A, Carson, já têm presença garantida na 19ª Consciência Cristã. Você pode conferir a lista completa no portal da Consciência Cristã preletores do nosso portal.

As inscrições para o evento já estão abertas. Não perca tempo, garanta a sua participação gratuita em toda a programação. Clique aqui e faça agora mesmo sua inscrição.
Caravanas de diversas cidades do país também já se organizam para participar da 19ª edição do encontro. Prepare a sua!

Seguindo o padrão das edições anteriores, a 19ª Consciência Cristã terá um tema base: “A tua palavra é a verdade: Celebrando os 500 anos da Reforma Protestante”.

Fique atento as novidades do evento em nosso canais de comunicação.

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Consciência Cristã

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

AS MARCAS DA MASCULINIDADE






Quando um rapaz se torna homem? A resposta a essa pergunta está muito além do aspecto biológico e da idade. Conforme definida na Bíblia, a masculinidade é uma realidade funcional, demonstrada no cumprimento, por parte do homem, de responsabilidade e liderança. Com isso em mente, gostaria de sugerir treze marcas da masculinidade bíblica. Chegar a essas qualidades vitais identifica o surgimento de um homem que demonstrará verdadeira masculinidade bíblica.

1. Maturidade espiritual suficiente para liderar uma esposa e filhos

A Bíblia é clara a respeito da responsabilidade do homem em exercer maturidade e liderança espiritual. De fato, essa maturidade espiritual demanda tempo para ser desenvolvida, bem como é um dom do Espírito Santo agindo na alma do crente. As disciplinas da vida cristã, incluindo a oração e estudo bíblico sério, estão entre os meios que Deus usa para moldar um rapaz em um homem e trazer maturidade espiritual à vida de alguém que tem a responsabilidade de guiar uma esposa e uma família. Esta liderança espiritual é central à visão cristã sobre o casamento e a família.

A liderança espiritual de um homem não é uma questão de poder ditatorial, e sim uma liderança e influência espiritual, firme e confiável. Um homem tem de estar pronto para liderar sua esposa e filhos de um modo que honre a Deus, demonstre piedade, inculque o caráter cristão e leve sua família a desejar a Cristo e a buscar a glória de Deus. A maturidade espiritual é uma marca da verdadeira masculinidade cristã; um homem espiritualmente imaturo é, pelo menos neste sentido crucial, apenas um rapaz no aspecto espiritual.

2. Maturidade pessoal suficiente para ser um marido e pai responsável

A verdadeira masculinidade não é uma questão de exibir características supostamente masculinas destituídas do contexto de responsabilidade. Na Bíblia, um homem é chamado a cumprir seu papel de marido e pai. A menos que ele tenha o dom de celibato para o serviço do evangelho, o rapaz cristão deve almejar o casamento e a paternidade. Essa é, com certeza, uma afirmação contrária à nossa cultura, mas o papel de marido e pai é essencial à masculinidade. O casamento é incomparável em seus efeitos sobre o homem, visto que canaliza suas energias e direciona suas responsabilidades à consagrada aliança do casamento e à educação amorosa da família. Os rapazes cristãos devem aspirar ser aquele tipo de homem com o qual uma moça cristã se casaria alegremente, a quem os filhos obedeceriam, confiariam e respeitariam.

3. Maturidade econômica suficiente para manter-se num emprego e lidar com o dinheiro

Os publicitários e os empresários sabem a que alvo devem direcionar suas mensagens — diretamente aos rapazes e adolescentes. Esse segmento específico da população é atraído por bens materiais, entretenimento popular, eventos esportivos e outras opções de consumo. O retrato da masculinidade juvenil tornado popular nos meios de comunicação e apresentado como normal por meio de entretenimentos é caracterizado por imprudência econômica, egoísmo e lazer.

Um verdadeiro homem sabe como segurar um emprego, lidar responsavelmente com o dinheiro e atender às necessidades de sua esposa e sua família. Não desenvolver maturidade econômica significa que os rapazes frequentemente pulam de um emprego a outro e levam anos para “se acharem” em termos de carreira e vocação. Novamente, a adolescência prolongada caracteriza grande segmento da população de rapazes em nossos dias. Um homem verdadeiro sabe como ganhar, administrar e respeitar o dinheiro. Um rapaz crente entende o perigo que existe no amor ao dinheiro e cumpre suas responsabilidades como um servo cristão.

4. Maturidade física suficiente para trabalhar e proteger a família

A menos que seja incapacitado ou enfermo, um rapaz precisa desenvolver uma maturidade física que, por meio de estatura e vigor, identificam uma masculinidade reconhecível. É claro que os homens atingem diferentes tamanhos e demonstram diferentes níveis de vigor físico, mas a maturidade é comum a todos os homens, pela qual um homem demonstra sua masculinidade em ações, confiança e força. Um homem tem de estar pronto a usar sua força física para proteger a esposa e os filhos e cumprir as tarefas que Deus lhe designou. Um rapaz tem de ser ensinado a canalizar seu desenvolvimento e porte físico a um compromisso pessoal de responsabilidade, reconhecendo que o vigor adulto tem de ser combinado com a responsabilidade de adulto e a verdadeira maturidade.

5. Maturidade sexual suficiente para casar e cumprir os propósitos de Deus

Mesmo quando a sociedade celebra o sexo em todas as formas e todas as idades, o verdadeiro homem cristão pratica a integridade sexual, evitando pornografia, fornicação e todas as formas de promiscuidade e corrupção sexual. Ele entende o perigo da lascívia, mas se regozija com a capacidade sexual e poder reprodutivo que Deus lhe deu, comprometendo-se com uma moça, ganhando o seu amor, confiança e admiração — e, eventualmente, sua mão em casamento. É crucial que os homens respeitem esse dom inefável e o protejam até que, no contexto de um casamento santo, sejam capazes de satisfazer esse dom, amem sua esposa e almejem os filhos, que são dons de Deus. A sexualidade masculina divorciada do contexto e da integridade do casamento é uma realidade explosiva e perigosa. O rapaz precisa entender, enquanto atravessa a puberdade e o despertamento da sexualidade, que ele é responsável para com Deus pela administração deste importante dom.

6. Maturidade moral suficiente para liderar como um exemplo de retidão

O padrão vulgar de comportamento dos rapazes é, em geral, caracterizado por negligência, irresponsabilidade e coisas piores. À medida que um rapaz se desenvolve até à masculinidade, ele tem de desenvolver maturidade moral, enquanto aspira a retidão, o aprender a pensar como um cristão, agir como um cristão e mostrar aos outros como fazer isso. 

O homem cristão deve ser um exemplo para os outros, ensinando tanto por preceito como por exemplo. É claro que isso exige o exercício de raciocínio moral responsável. A verdadeira educação moral começa com um entendimento claro dos padrões morais e deve mover-se a um nível de raciocínio moral mais elevado, pelo qual um rapaz aprende como os princípios bíblicos são transformados em viver piedoso e como os desafios morais de seus dias devem ser confrontados com as verdades reveladas na infalível e inerrante Palavra de Deus.

7. Maturidade ética suficiente para tomar decisões responsáveis

Ser um homem implica tomar decisões. Um das tarefas mais fundamentais da liderança é decidir. O estado de indecisão de muitos homens contemporâneos é a evidência de uma masculinidade atrofiada. É claro que um homem não se precipita a tomar uma decisão sem refletir, considerar e ter cuidado, mas ele se expõe a um risco, ao tomar uma decisão — e ao torná-la permanente. Isso exige uma responsabilidade moral que se estenda à tomada de decisões éticas e maduras, que glorifiquem a Deus, sejam fiéis à Palavra de Deus e estejam abertas ao escrutínio moral.

Um verdadeiro homem sabe como tomar uma decisão e viver com suas consequências — embora isso signifique que, mais tarde, ele terá de reconhecer que aprendeu por tomar uma decisão errada e por fazer a correção apropriada.

8. Maturidade de percepção do mundo suficiente para entender o que é realmente importante

Uma inversão de valores caracteriza nossa era pós-moderna, e a situação desagradável da masculinidade moderna se torna mais apavorante pelo fato de que muitos homens não têm a capacidade de desenvolver uma percepção de mundo consistente. Para o crente, isso é duplamente trágico, pois nosso discipulado cristão tem de ser demonstrado no desenvolvimento de uma mente cristã. 

O cristão tem de entender como interpretar e avaliar as questões pelo espectro dos campos da política, economia, moralidade, entretenimento, educação e uma lista aparentemente interminável de outros campos. A ausência de um raciocínio bíblico e consistente da percepção do mundo é uma característica fundamental da imaturidade espiritual. Um rapaz tem de aprender como traduzir a verdade cristã em uma maneira de pensar genuinamente cristã. Precisa aprender a defender a verdade bíblica perante seus colegas e em público; e deve adquirir a habilidade de estender sua maneira de pensar bíblica, fundamentada em princípios bíblicos, a todas as áreas da vida.

9. Maturidade relacional suficiente para entender e respeitar os outros

Os psicólogos agora falam sobre a “inteligência emocional” como um fato importante no desenvolvimento pessoal. Embora o mundo tenha dado muita atenção ao QI, a inteligência emocional é tão importante como aquele. Os indivíduos que não têm a habilidade de relacionar-se com os outros estão destinados a fracassarem diante dos mais significativos desafios da vida e não cumprirão algumas de suas mais importantes responsabilidades e papéis. 

Por natureza, muitos rapazes são direcionados por seu interior. Enquanto as moças aprendem a interpretar os sinais emocionais e se conectam, muitos rapazes não possuem essa capacidade e, aparentemente, não entendem a ausência dessa habilidade. Embora o homem tenha de demonstrar força emocional, constância e firmeza, ele tem de aprender a se relacionar com sua esposa, filhos, colegas e muitos outros, de uma maneira que demonstre respeito, entendimento e empatia apropriada. Ele não aprende isso jogando videogames e entrando no mundo pessoal, o que muitos rapazes adolescentes fazem.

10. Maturidade social suficiente para fazer contribuições à sociedade

O lar é o lugar essencial e a ênfase inescapável da responsabilidade de um homem, mas ele é chamado a sair do lar para ir ao mundo, o mundo amplo, como uma testemunha e como alguém que dará uma contribuição ao bem comum. Deus criou os seres humanos como criaturas sociais e, ainda que nossa cidadania final esteja no céu, temos de cumprir nossa cidadania na terra.

Um rapaz tem de aprender a cumprir uma responsabilidade política como cidadão e uma responsabilidade moral como membro de uma comunidade. O homem crente tem uma responsabilidade civilizacional, e os rapazes devem aprender a se verem como formadores da sociedade, visto que a igreja é identificada pelo Senhor como luz e sal. De modo semelhante, um homem crente tem de aprender a se relacionar com os incrédulos, como testemunha e como cidadãos de uma pátria terrestre.

11. Maturidade verbal suficiente para se comunicar e falar como homem

Um homem tem de ser capaz de falar, ser entendido e se comunicar de um modo que honre a Deus e transmita a verdade de Deus aos outros. Além do contexto da conversa, o rapaz deve aprender a falar diante de grandes grupos, vencendo a timidez natural e o temor que resulta de ver um grande número de pessoas e abrindo a boca e projetando palavras. 

Embora nem todos os homens se tornarão oradores públicos, cada homem deveria ter a habilidade de levantar-se, formular suas palavras e argumentar quando a verdade está sob ataque e quando a fé e a convicção têm de ser traduzidas em argumentos.

12. Maturidade de caráter suficiente para demonstrar coragem em meio ao fogo

A literatura sobre masculinidade está repleta de histórias de coragem, bravura e audácia. Pelo menos, é assim que ela costumava ser. Ora, estando a masculinidade tanto banalizada como marginalizada pelas elites culturais, e existindo subversão ideológica e confusão proveniente dos meios de comunicação, temos de recapturar um compromisso com a coragem, compromisso esse que é transportados aos desafios da vida real enfrentados pelo homem cristão.

Às vezes, a qualidade de coragem é demonstrada quando um homem arrisca sua própria vida para defender outros, especialmente sua esposa e filhos, mas também qualquer pessoa que necessita de resgate. Com muita frequência, a coragem é demonstrada em tomar uma posição em meio ao fogo hostil, recusando-se a sucumbir à tentação do silêncio e permanecendo como um exemplo e modelo para os outros, que assim serão encorajados a se manterem firmes em sua própria posição. 

Nestes dias, a masculinidade bíblica exige muita coragem. As ideologias prevalecentes e as cosmovisões desta era são inerentemente hostis à verdade cristã e corrosivas à fidelidade cristã. Um rapaz precisa ter muita coragem para se comprometer com a pureza sexual, e um homem, para se dedicar exclusivamente à sua esposa. É necessário grande coragem para dizer não àquilo que esta cultura insiste serem os prazeres e deleites legítimos da carne. É necessário muita coragem para manter integridade pessoal em um mundo que desvaloriza a verdade, menospreza a Palavra de Deus e promete auto-realização e felicidade somente pela asseveração da absoluta autonomia pessoal. 

A verdadeira confiança de um homem está arraigada nas fontes da coragem, e esta é evidência de caráter. Em última análise, o caráter de um homem é revelado no crisol dos desafios diários. Para a maioria dos homens, a vida também traz momentos em que coragem extraordinária será exigida, se ele tem de permanecer fiel e verdadeiro.

13. Masculinidade bíblica suficiente para exercer algum nível de liderança na igreja

Uma consideração mais atenta de algumas igrejas revelará que um dos problemas centrais é a falta de maturidade bíblica entre os homens da congregação e a falta de conhecimento bíblico, o que torna os homens mal equipados e completamente despreparados para exercer liderança espiritual.

Os rapazes têm de familiarizar-se com o texto bíblico e sentir-se à vontade no estudo da Palavra de Deus. Precisam estar prontos a assumir seu lugar como líderes na igreja local. Deus estabeleceu oficiais específicos para a sua igreja — homens que são dotados e chamados publicamente —, por isso, todo homem crente deveria cumprir alguma responsabilidade de liderança na vida da igreja local. 

Para alguns homens, isso pode significar um papel de liderança menos público do que o de outros. Em qualquer caso, um homem dever ser capaz de ensinar alguém e liderar algum ministério, transformando seu discipulado pessoal na realização de uma vocação santa. Há um papel de liderança para todo homem, em toda igreja, quer seja uma liderança pública ou privada, pequena ou grande, oficial ou extra-oficial. Um homem deve saber como orar diante dos outros, apresentar o evangelho e ocupar um lugar vazio quando a necessidade de liderança é evidente.

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Sobre o autor: Albert Mohler Jr. é reconhecido como um dos líderes mais influentes dos Estados Unidos pelas revistas Time e Christianity Today. Possui um programa no rádio que é transmitido em mais de 80 estações em todo o país. É presidente da escola mais importante da Convenção Batista do Sul dos Estados Unidos, a Southern Baptist Theological Seminary.

Traduzido pelo Ministério Fiel, via Bereianos

domingo, 31 de julho de 2016

CRISTÃO PAQUISTANÊS NÃO NEGA A JESUS E TEM OS BRAÇOS DECEPADOS





De acordo com a Associação Evangélica de Desenvolvimento Legal, Aqeel Masih, um cristão paquistanês, foi sequestrado por muçulmanos fanáticos. Ele estava trabalhando em um posto de gasolina na capital Lahore – local do sequestro. Os extremistas exigiram que ele renunciasse sua fé. Mesmo sob insultos, agressões e ameaças, Aqeel não negou a Cristo por isso teve os dois braços decepados.

Aqeel já teria notificado à polícia acerca do assédio dos extremistas, mas de nada adiantou. As autoridades paquistanesas fazem questão de ignorar os apelos dos cristãos perseguidos naquele país.

Depois do acontecimento, Aqeel voltou à delegacia e foi ouvido pelos policiais, que tentaram afastá-lo de jornalistas para que o caso não fosse divulgado. Três suspeitos já foram detidos, mas negaram a acusação. Até o momento, o caso não foi comprovado e não houve punição para os agressores.

Os cristãos são o grupo que mais sofre com a perseguição religiosa no mundo, especialmente em países da África, do Oriente Médio e do Sudeste Asiático. A perseguição é feita, muitas vezes, pelo Estado e por grupos islâmicos. Em 2015, 7 mil cristãos foram mortos por causa de sua fé – o maior número desde que os dados passaram a ser registrados.

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sábado, 30 de julho de 2016

MULHERES: DEUS AS CHAMOU A FEMINILIDADE E NÃO AO FEMINISMO



Por Renato Vargens

O feminismo, bem como a sua ênfase no empoderamento da mulher, tem tido um papel preponderante no fato das mulheres estarem perdendo a capacidade de exercerem em seus relacionamentos interpessoais, doçura, ternura maternal como também meiguice e beleza interna.

No intuito de conquistar espaço no mercado de trabalho, ou até mesmo competir com os homens, não são poucas as mulheres que “machificaram” a vida tornam-se por conseguinte pessoas, amargas e de difícil relacionamento.

Ora, antes de qualquer coisa, vale a pena ressaltar que não sou contra a mulher estudar ou mesmo trabalhar fora, mesmo porque, acredito que homens e mulheres se complementam, contribuindo assim para a construção de uma sociedade mais equilibrada. Todavia, confesso que me preocupa o fato de que muitas mulheres cristãs em nome da igualdade, tem jogado na lata do lixo, qualidades e virtudes relacionadas a feminilidade.

Ora, a feminilidade é um comportamento projetado e criado por Deus o qual é um presente dado pelo Senhor a humanidade.  Uma  mulher feminina não se resume apenas em sem cuidar, vestir ou pintar-se como uma mulher.  Feminilidade é bem mais que isso. Na verdade, feminilidade é um conjunto de atitudes e comportamentos, é  um estilo de vida pelo qual a família e a sociedade experimenta doçura, amabilidade, afetividade e outros atributos mais.
Lamentavelmente, em nossos dias as mulheres não tem se  preocupado em serem femininas, e sim feministas. Nessa perspectiva se uma mulher tem pensamentos e comportamentos diferentes dos defendidos pelo feminismo, desejando assim, obedecer os ensinamentos bíblicos,  são execradas e rotuladas como ultrapassadas, subservientes e outros adjetivos mais. Se não bastasse isso, a sociedade como um todo, tem  incentivado a mulher a competir com o homem levando-a assim a abandonar toda e qualquer possibilidade de constituir família e criar filhos. Para piorar a situação, o feminismo, influenciado pelo marxismo cultural tem desconstruído conceitos, princípios, bem como valores cristãos numa mulher como decência, pudor, doçura e submissão.

Isto posto, concluo este texto, conclamando as mulheres que amam a Deus e sua Palavra a se contraporem aos conceitos deste mundo que de todo jeito tem tentado desconstruir os ensinamentos bíblicos quanto a importância e valor da mulher na família e sociedade, até porque, mulheres foram chamadas por Deus a uma vida cheia de beleza, graça e  feminilidade.

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Renato Vargens é editor do blog pessoal e colaborador do Púlpito Cristão

PASTOR YOUSEF NADARKHANI É PRESO NOVAMENTE NO IRÃ POR CONSPIRAR CONTRA O ISLÃ






O pastor Yousef Nadarkhani voltou a ser preso no Irã sob acusações do governo local de conspirar contra a segurança nacional. Essa é a quarta vez que as autoridades se valem de alegações vagas para prendê-lo.

De acordo com a agência Christian Solidarity Wordwide (CSW), Nadarkhani foi detido no último dia 24 de julho, após prestar depoimento no 13º Tribunal Revolucionário em Rasht como réu.

No julgamento, ele foi condenado a pagar uma multa de 100 milhões de Touman, o equivalente a US$ 33 mil. Como o pastor não tinha esse valor, foi sentenciado à prisão.

A CSW acrescentou que Nadarkhani foi acusado pelas autoridades de ser um sionista e informado oficialmente de que não poderia evangelizar no Irã. Entre 2009 e 2012, ele enfrentou um processo por apostasia, por supostamente ter abandonado o islamismo para se tornar um cristão. Inicialmente condenado à morte na forca, ele foi absolvido em uma instância superior.

Esse ano, ele já havia sido preso, ao lado da esposa, Tina Pasandide Nadarkhani, por policiais do Serviço Iraniano de Segurança (VEVAK), que invadiram sua casa em Rasht. A operação policial englobou uma intimidação a outras dez famílias cristãs ligadas a ele, que também tiveram membros presos.

O pastor e Tina foram liberados dias depois, mas três membros de sua congregação foram mantidos em cárcere. Mohammadreza Omidi (Youhan), Yasser Mossayebzadeh e Saheb Fadaie só foram soltos após pagarem fianças no valor aproximado de US$ 33 mil, mas ainda enfrentam acusações das autoridades.

A CSW é uma agência que se dedica a monitorar a situação da Igreja Perseguida ao redor do mundo, sempre alertando sobre casos de abuso de autoridade e também de omissão dos que são responsáveis por salvaguardar os direitos à crença e culto, considerados pelas Nações Unidas como fundamentais. Ore pelo pastor Yousef e sua família, que são perseguidos por amor a Cristo.

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O mundo contra a Igreja

image from google


Texto base: Ap 11.1-13

Introdução

No dia 1º de Julho de 1523, dois jovens agostinianos, Henrique e João, foram queimados em fogueira na praça do mercado em Bruxelas por haverem professado crer nos ensinamentos de Lutero. No mesmo ano, Lutero compõe o hino “Castelo Forte”, mostrando que, quando estamos do lado do Senhor defendendo a Sua causa o inimigo se levanta querendo nos atacar para nos destruir, mas, como diz o Hino: “mui forte é o Deus fiel”. Claro que o hino não diz respeito a esses jovens somente - que foram mortos em praça pública, pois desde abril de 1521 Lutero já se opunha publicamente diante de tribunais por não concordar com tudo aquilo que a Igreja Católica vinha ensinando. Todas as vezes que eu vejo a Igreja sendo perseguida em alguns países, eu me lembro desse hino, o qual mostra com toda certeza que mesmo que o mal nos derrote isso não será o nosso fim, porque “com Ele reinaremos”, pois o inimigo “já condenado está”. 

E é isso que João quer transmitir à Igreja daquela época, e para a nossa também. Durante o período da ascensão de Cristo até a sua volta a Igreja será perseguida, mas não será derrotada. Mas, quando estiver próximo do fim, aparentemente o mal derrotará a Igreja, no entanto, quem realmente será derrotado é a Besta e seus seguidores. 

Contexto

Nós entendemos que a melhor visão para interpretar Apocalipse – além de fazer conexões com o Antigo Testamento - não é vê-lo em ordem cronológica, pois isso seria meio difícil visto que no final de cada seção ou cena a humanidade morre. E se a humanidade morre em cada encerramento da cena, quem é que surge nos capítulos posteriores? Portanto, Apocalipse 11 faz parte da terceira cena a qual retrata as Sete Trombetas. A primeira cena, que são as sete igrejas, pode ser entendida como A Igreja no mundo; a segunda cena, que são os Sete Selos, pode ser entendida como O sofrimento da Igreja; e aqui a terceira cena, que são as Sete Trombetas, pode ser entendida como uma advertência para o mundo. 

Em cada cena a História do mundo e da Igreja é contada de forma diferente, mas sempre visando a volta de Cristo. Por exemplo, os Selos e as Trombetas possuem aspectos diferentes e ao mesmo tempo similares. A diferença pode ser vista no 5º Selo e na 5ª Trombeta. Em cada uma é retratada o sofrimento, só que, em uma o sofrimento é para a igreja e em outra é para os ímpios. E a similaridade é vista em ambas por retratarem o sofrimento. Em resumo, tanto os Selos como as Trombetas mostram o que acontecerá na História até o retorno de Cristo. 

O ministério das testemunhas – 11.1-6

A) Resumo 11.1,2

Após João ter um olhar daquilo que ocorre no céu, agora ele se volta para a terra para ver o acontece aqui. Como se fosse um resumo, os versos 1 e 2 mostram o que acontecerá com a Igreja. E por que eu acredito que é a respeito da Igreja o que os versos 1 e 2 nos mostram? Porque são simbólicos. Se entendermos que esse “santuário” se refere ao Templo, podemos cair em algum erro de cronologia. Pois, como sabemos pela grande maioria, Apocalipse foi escrito perto do fim do primeiro século e o Templo foi destruído na década de 70 d.C. Quando João escreve isso o Templo já não existia. Portanto, esse Templo ou santuário que é medido somos nós, a Igreja. O termo “medir”, se olharmos para Ez 40-43 e Zc 2.15, refere-se ao conhecimento de Deus e sua preservação. Ou seja, a parte que é medida é onde Deus é adorado. A verdadeira Igreja que adora ao Deus santo é conhecida e preservada.

Mas, existe uma parte que não é para ser medida, que é o átrio exterior “porque ele foi dado aos gentios” para calcarem os pés a cidade santa por 42 meses, o qual também é descrito adiante como 1260 dias. Como vimos anteriormente, devemos olhar para o Apocalipse com olhos no AT. E aqui parece que João se vale do AT para simbolizar a perseguição do anticristo na Igreja. Dn 8.13 e Is 63.18 nos mostram que os adversários de Deus pisariam o santuário d'Ele, o qual seria zombado. E esses 42 meses não são literais, mas simbolizam o período de tribulação que a Igreja passará até a volta de Jesus, assim como Daniel 9 nos mostra nas famosas 70 semanas. Portanto, João quer nos mostrar que “haverá momentos terríveis” (2Tm 3.1) e que a Igreja deve estar preparada para enfrentar grandes problemas nessa última semana que se consuma com a volta do nosso Senhor. 

B) Quem é e o que fazem as duas testemunhas 11.3,4 

Como afirmei anteriormente, essas duas testemunhas representam a Igreja. E digo isso porque a palavra “oliveiras” e “candelabros” se referem à Igreja. O termo “oliveiras” e “candelabros” provém de Zacarias 4. Na visão de Zacarias, o candelabro representa o segundo Templo onde as duas oliveiras forneciam azeite para acender as lâmpadas. No contexto de Zacarias as duas oliveiras são retratadas como “dois ungidos que servem o Senhor de toda a terra” (v.14), que são Josué, o sumo sacerdote, e Zorobabel, o rei. No entanto, por que eu afirmo que são as igrejas? Porque desde o primeiro capítulo do livro, Jesus está no meio dos sete castiçais ou sete candeeiros que são a Igreja de Deus (1.13,20). Mas, por que dois candeeiros e não sete? O tema aqui é outro. A Lei no AT exigia no mínimo duas testemunhas para que houvesse um julgamento justo (Nm 35.30), assim, as duas testemunhas não são profetas literais, mas a Igreja de Deus simbolizando o seu testemunho profético por onde quer que esteja.

Esse testemunho é tanto de lamento como de arrependimento. A frase “vestida de pano de saco” servia tanto para lamento como resultado de uma situação lastimosa, mas também envolvia arrependimento.

O fato de Apocalipse, assim como Jesus, chamar a Igreja de luz do mundo não é à toa. Mas, é para afirmar que a função da Igreja é mostrar o pecado e o caminho, e que o livrinho pode ser doce para aqueles que aceitam o Evangelho, porém amargo para os que recusam o chamado de Deus ao arrependimento. Fazer com que outras pessoas sejam acrescentadas no santuário e vivam o evangelho. 

No entanto, a mensagem de juízo (vv. 5,6) não falta à boca das testemunhas. Vemos no AT o juízo de Deus sendo retratado como um “fogo devorador” que sai da sua boca (2Sm 22.9). Por exemplo, Elias fez descer fogo do céu sobre os soldados de Acazias e levou à morte do rei (2Rs 1.10-17), pois houvera consultado deuses pagãos ao invés de consultar o Deus verdadeiro. Portanto, a palavra das duas testemunhas torna-se juízo contra aqueles que rejeitam o Evangelho da salvação. 

O texto prossegue (v.6) mostrando outro exemplo. Enquanto João diz que as testemunhas têm poder para que desça fogo do céu, agora essas duas testemunhas têm poder para que pare de chover e que haja pragas sobre a terra. Uma clara alusão à Elias e Moisés. E como Moisés e Elias são mencionados nos dois testamentos? Homens de oração, intercessores. Como foi que Elias fechou o céu? Orando (1Rs 17.1; cf. Tg 5.17). 

Qual a função da Igreja enquanto Cristo não volta? Pregar e orar. Não há outro meio para que a Igreja possa suportar as investidas de Satanás, se não pregarmos e orarmos. Temos que anunciar a necessidade de arrependimento e o juízo de Deus sobre aqueles que rejeitam o Evangelho. Ao mesmo tempo, temos que orar rogando a Deus sua graça sobre a Igreja, para que acrescente os eleitos e que Ele faça a sua vontade.

A morte das duas testemunhas – 11.7-10

Enquanto os versos anteriores nos mostram o ministério da Igreja desde a ascensão de Cristo aos céus, do verso 7 ao 10, João nos leva para o futuro mostrando o que acontecerá com ela. 

O verso 7 abre essa parte mostrando que, quando a Igreja tiver cumprido com seu ofício, de pregar o Evangelho do Reino a toda criatura, então virá o fim (Mt 24.14). Contudo, quando a Igreja cumprir com aquilo que está determinado, a besta se levantará contra ela e a matará fazendo uma clara alusão ao que disse Daniel: Eu olhava e eis que este chifre fazia guerra contra os santos e prevalecia contra eles (Dn 7.21). A Igreja será tratada com desprezo (v.8), isso é descrito pelo não sepultamento (v.9) na grande cidade retratada como Sodoma, por causa de sua imoralidade, e Egito, pelo fato de perseguir o povo de Deus. No entanto, essa morte não é literal tampouco significa morte espiritual da Igreja. Não é literal, pois Paulo diz que nem todos morrerão (1Co 15.51), nos diz que na volta de Cristo haverá crentes vivos. E não é uma morte espiritual, pois a Bíblia é clara em mostrar que não há nenhuma condenação para aqueles que estão em Cristo. Essa morte significa que a Igreja estará inativa. 

E o que o mundo vai fazer quando a Igreja se calar, antes da volta de Cristo? Regozijar, celebrar e trocar presentes. Eles regozijam por uma satisfação perversa. Eles celebram crendo ser uma grande vitória. E trocam presentes por tamanha alegria, pois aqueles que estavam “atormentando os que moram sobre a terra” estavam mortos.

Mas como diz o ditado, alegria de pobre dura pouco. Aqui, alegria da besta e de seus seguidores dura pouco. 

A ressurreição das duas testemunhas – 11.11-13

A Igreja será ressuscitada do seu estado de morte, mostrando que o próprio Deus fará isso, provando que essas testemunhas eram o verdadeiro povo de Deus. E agora a Igreja vai se encontrar com o Senhor nas nuvens, após ouvir a voz do bom pastor dizendo: Subi para aqui. 

No mesmo instante, Deus descerá juízo sobre os moradores da terra que deram ouvidos à voz da besta, fazendo com que a décima parte do mundo seja destruída junto com sete mil homens. Enquanto outros glorificarão a Deus, mas já será tarde. 

Conclusão

Deus sempre guiou a História do mundo para a Sua própria glória, e todas as investidas que a Igreja recebe no presente momento não nos calarão até que se cumpra o que Deus determinou. 

Assim como Cristo teve seu ministério terreno, morte e ressurreição, a Igreja passará por isso também, fazendo aquilo que Deus determinou. Quando se cumprir esse tempo, Deus permitirá que a Besta vença a Igreja. Mas Deus, com o Seu poder, ressuscitará o seu povo.

Aplicação

Para a Igreja: Não devemos temer o inimigo, pois a promessa que Cristo fez é que as portas do inferno não prevalecerão contra a Igreja. Enquanto Cristo protege a Sua noiva, devemos cumprir com o mandamento de pregar o Evangelho e orar. E o método de pregação que esse capítulo de Apocalipse nos mostra é diferente daquilo que vemos por aí. O texto diz que o ministério das testemunhas fazia com que o mundo fosse atormentado. Esse tormento não era de uma conduta má que resultava em uma vida de corrupção. Mas, de falar as verdades de Deus anunciando o juízo que se aproxima. Como nós temos atormentado o mundo? Com nosso mau procedimento ou pelo testemunho que damos de Cristo, expondo os erros e mostrando o caminho a ser tomado?

Para os descrentes: Se arrependam, o juízo de Deus se aproxima. E saibam de uma coisa, não haverá chance de arrependimento quando a Igreja for tirada da terra, pois após o arrebatamento Deus trará juízo e condenação. O apóstolo Paulo diz: Com efeito, o ministério da iniquidade já opera e aguarda somente que seja afastado aquele que agora o detém; então, será, de fato, revelado o iníquo, a quem o Senhor Jesus matará com o sopro de sua boca e o destruirá pela manifestação de sua vinda. Ora, o aparecimento do iníquo é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais, e prodígios da mentira, e com todo engano de injustiça aos que perecem, porque não acolheram o amor da verdade para serem salvos. É por este motivo, pois, que Deus lhe manda a operação do erro, para darem crédito à mentira, a fim de serem julgados todos quantos não deram crédito à verdade; antes, pelo contrário, deleitaram-se com a injustiça.” (2Ts 2.7-12). Quem crê em Cristo, tem a vida eterna. Aquele que não crê já está condenado. 

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Autor: Denis Monteiro
Revisão: Malvina Oliveira
Fonte: Bereianos

quinta-feira, 28 de julho de 2016

Sete características de um ministério de louvor equivocado




O denominado ministério de louvor, em muitas igrejas, tem contribuído de forma significativa com a propagação de conceitos distorcidos e até mesmo em alguns casos, com heresias das mais estapafúrdias possíveis. Isto posto, visando ajudar pastores, líderes e músicos cristãos a desenvolverem um ministério de louvor que glorifique a Deus, resolvi elencar sete características de um ministério de louvor equivocado.

São elas:

1-) Fundamentar suas canções em sentimentos e não na inerrante Palavra de Deus.

2-) Cantar aquilo que o povo quer ouvir, e não necessariamente aquilo que precisa ouvir. Em outras palavras isso significa "bajular a alma" em detrimento às verdades contidas nas Escrituras.

3-) Entoar canções extremamente antropocêntricas, cujo objetivo final é a satisfação do "freguês" e não a glória de Deus.

4-) Deixar de cantar as "Escrituras" preferindo entoar louvores a "si mesmo". Os que agem assim, valorizam o homem, engrandecendo-o, colocando-o no centro, a mercê de um deus galardoador cuja existência se deve exclusivamente para abençoar a criatura. 

5-) Entoar canções cujo fundamento encontra-se na psicologia, psicanálise e "autoajuda".

6-) Transformar o momento de louvor com música num grande show de entretenimento e satisfação pessoal.

7-) Fazer com que o povo de Deus acredite que o momento de louvor com música pode substituir a pregação e exposição das Escrituras, tirando do centro do culto a proclamação do evangelho, bem como a pregação das verdades inquestionáveis da Bíblia.

Pense nisso!

Renato Vargens

ELIJAH WOOD FALA SOBRE ESCÂNDALOS DE PEDOFILIA EM HOLLYWOOD




Por Samuel Oliveira

Elijah Wood passou a maior parte de sua vida na indústria do entretenimento. Como um ator mirim aclamado pela crítica aos nove anos, ele continuou a crescer, literalmente, sob os holofotes. Ele, portanto, sabe algumas coisas do lado feio de Hollywood – especialmente sobre a sua tendência de se aproveitar de crianças. Embora os atores e atrizes costumem manter suas bocas fechadas sobre esses assuntos por medo de serem “suicidados” ou “terem uma overdose”, deslizes às vezes ocorrem e pedaços da verdade emergem.

Durante uma entrevista ao jornal britânico Sunday Times, o ator Elijah Wood desviou um pouco o tom da conversa e dirigiu-se ao “lado obscuro de Hollywood” afirmando que o abuso infantil é desenfreado e que “há um monte de víboras nessa indústria”. Na entrevista, o ator disse que não sofreu abusos graças à proteção de sua mãe e de sua família. Abriu o jogo especificando que certas pessoas de alta proeminência em Hollywood abusam de crianças sem repercussão alguma.
escuridão lá no fundo – qualquer coisa que você puder imaginar, isso provavelmente já aconteceu”.“É evidente que algo grande estava acontecendo em Hollywood. Foi tudo organizado para isso. Há um monte de víboras nessa indústria, pessoas que só têm os seus próprios interesses em mente. Há

Elijah, em seguida, explicou que as vítimas não têm nenhum recurso porque “não podem falar tão alto quanto as pessoas no poder.”

“Essa é a tragédia de tentar revelar o que está acontecendo com as pessoas inocentes. Eles podem ser esmagados, mas suas vidas foram irreparavelmente prejudicadas.”

Elijah disse que ele foi poupado do abuso, principalmente porque sua mãe não lhe permitia participar de festas de Hollywood infames cheias de pervertidos de todos os tipos. Essas observações corroboram as afirmações de Corey Feldman de que Hollywood está “atualmente abrigando cerca de 100 abusadores ativos”.

“Ela estava muito mais preocupada com me criar para ser um bom ser humano do que facilitar a minha carreira. Quando você é inocente você tem muito pouco conhecimento do mundo e você quer ter sucesso.
Pessoas com interesses parasitas vão ver você como presa delas.” […] “Eu posso dizer-lhe que o problema número 1 em Hollywood era e é e sempre será a pedofilia. Esse é o maior problema para as crianças nessa indústria… Esse é o grande segredo”.[1]

Em 2013, Feldman explicou que “uma das pessoas mais bem sucedidos na indústria do entretenimento, que ainda está ganhando dinheiro a rodo”, abusou de seu melhor amigo Corey Haim.

“Um homem adulto o convenceu [Haim] que era perfeitamente normal para homens mais velhos e rapazes mais jovens na indústria terem relações sexuais, que isso era o que todos os ‘caras faziam’. Então, eles se afastaram para uma área isolada entre dois trailers, durante uma pausa para o almoço do elenco e da equipe, e Haim, inocente e ambicioso como ele era, permitiu ser sodomizado”.


VOLTANDO ATRÁS?


Quase toda vez que uma celebridade fala sobre a verdade na indústria, eles sentem a necessidade urgente de voltar atrás, negar e afirmar que elas foram “tiradas do contexto”. Será que eles recebem um telefonema de alguém ameaçando acabar com a carreira e/ou a vida delas? Seja qual for o caso, Elijah sentiu a necessidade de esclarecer que ele nunca testemunhou qualquer abuso e que suas afirmações foram baseadas no que ele viu em um documentário.

“The Sunday Times entrevistou-me sobre o meu último filme, mas a história tornou-se sobre algo completamente diferente. E isso causou uma série de manchetes falsas e enganosas. Eu tinha acabado de ver um documentário poderoso e falei brevemente com o repórter sobre o assunto, que teve consequências que eu não tinha a intenção. Lição aprendida.
Deixe-me ser claro: esse assunto de abuso infantil é um passo importante que deve ser discutido e devidamente investigado. Mas, como eu deixei absolutamente claro para o escritor, não tenho experiência de primeira mão ou observação do tema, por isso não posso falar com qualquer autoridade sobre além dos artigos que eu li e filmes que já vi.”

Essas declarações patéticas que ele fez voltando atrás é simplesmente mais uma prova de que a elite de Hollywood tem um poder muito grande sobre os artistas e os meios de comunicação, enquanto desfruta de total imunidade contra a lei.

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