quarta-feira, 20 de julho de 2016

À PROPÓSITO, NÃO É CANTANDO QUE SE ADORA




Por Ruy Cavalcante

Uma das coisas que eu desejei que ocorressem neste ano, era que diminuísse nossa mania de sacralizar músicas cristãs (ou gospeis, se preferir). Infelizmente isso não aconteceu. Na verdade piorou.

Cada dia mais, damos às canções um status que deveria pertencer apenas à Palavra de Deus. Canonizamos músicas pelo simples fato de haverem sido compostas por crentes evangélicos, e blindamo-las de toda forma de critica, ainda que o próprio evangelho ensine o contrário do que suas letras afirmam.

De certa forma, parece que a maioria de nós resumiu toda a adoração a Deus, na simples atitude de cantar uma música de mãos levantas, por isso não admitimos que ela tenha um papel secundário dentro do processo de adoração cristã. Em muitos casos ela se tornou o carro chefe, o personagem principal de nossos cultos, como se Deus fosse apenas um expectador de nossas apresentações musicais.

Posto isso, sinto-me obrigado a lhe dizer algo:

“A música é apenas uma das formas do ser humano EXPRESSAR sua adoração a Deus, não é sagrada, não é adoração em si mesma, não tem vida”.

Vida temos nós, dada por Deus, portanto, somos nós quem adoramos, e isso se faz, principalmente, sendo fiel a Deus. Deus pode suscitar pedras para adorá-lo, mas não é seu desejo ser adorado por coisas inanimadas, e sim por seres humanos.

É urgente a nossa necessidade de aprender mais sobre adoração, e eu queria deixar uma pequena contribuição.

Adoração é muito mais do que cantar. A adoração verdadeira, na maioria das vezes, sequer faz uso de palavras, pois não é algo externo, palpável, audível, mas interna, pessoal, espiritual, que flui do interior do ser humano. Vejamos um exemplo do que eu estou tentando dizer:

Tributai ao Senhor a glória devida ao seu nome; adorai o Senhor vestidos de trajes santos”. (Sl 29:2)

Note que interessante a afirmação do salmista, a respeito da adoração. Ele diz: “adorai o Senhor vestidos de trajes santos” (JFA-RA, grafia brasileira). Outra tradução diz: “adorai o SENHOR na beleza da sua santidade” (JFA-RC).

Sua afirmação e imperatividade são tão claras, que dispensam maiores preocupações exegéticas. Ele não tutela a adoração a um entoar de voz, nem tampouco ao levantar de mãos e derramar de lágrimas, mas a uma vida de santidade.

O Senhor é Santo e sua Santidade é bela. Para o adorarmos precisamos estar embelezados por tal santidade.

Seja sincero, que sentido há numa adoração desprovida de obediência a Deus e fidelidade a sua Palavra? De que adianta cantar, chorar e levantar as mãos no culto, se fora dele eu vivo como se ignorasse a necessidade de caminhar em santidade? Chorar no culto e fazer chorar fora dele não tem o menor valor.

O próprio Jesus disse: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no Reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus” (Mt 7:21, ver também o contexto). Isso também significa que de nada adianta cantar lindas canções de adoração, pois se eu não sou fiel a Ele, seremos apenas como o sino que ressoa, muito barulho, mas que sua função não perdura mais que alguns segundos. Seremos adoradores apenas de lábios, mas com o coração distante de Deus, e como diriam os antigos, nossa adoração não passará do teto.

Por falar em adorador, chega a ser cômico quando ouço alguém se apresentar como adorador do Senhor, pois sempre significa que ele é apenas um cantor gospel ou, quando muito, um ministro de louvor na igreja. Admira-me tanto equivoco.

Outro engano absurdo é quando o ministro diz à congregação: “Dê o seu melhor para Deus!”. Sempre entendem como: “Pule, grite, cante!”.

Se o nosso melhor para Deus for apenas um punhado de palmas e gritos, temo pelo nosso futuro na glória. Ao bem da verdade, não há nada bom demais em nós mesmos, pelo qual possamos agradar a Deus.

Tenho a devida noção de que há muito mais que se dizer a respeito deste assunto. Ainda assim, meu desejo para você é que possa caminhar cada dia mais nos trilhos fundamentados pelos apóstolos (os verdadeiros), aproximadamente dois mil anos atrás, e que possamos ser uma verdadeira geração de adoradores, reconhecidos não pelas canções que entoamos, mas pela beleza da santidade em que caminhamos.

Deus abençoe a todos nós.

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Ruy Cavalcante é editor do Púlpito Cristão.

IDEOLOGIA DE GÊNERO E EROTIZAÇÃO INFANTIL, ENTREVISTA COM MARISA LOBO #ASSISTA





Por Jarbas Aragão

Em um debate de 78 minutos, promovido pela TV Folha, no programa FlaXFlu, a psicóloga cristã Marisa Lobo e a transexual Renata Peron abordaram a inserção da ideologia de gênero nas escolas.
Mesmo após as mudanças feitas pelo presidente Michel Temer, a questão ainda é amplamente debatida por conta do ativismo de esquerda, que procura impedir que o assunto seja revisto pelo novo Ministro da Educação, de perfil mais conservador.


No início do mês, um grupo de pastores liderados pelo bispo Robson Rodovalho, da Sara Nossa Terra, pediu pela defesa da família tradicional e que seja feito um combate à essa agenda ideológica que tomou vulto no Brasil durante os governos petistas. Essa posição foi criticada por Peron.

Especialista em direitos humanos, Marisa escreveu um livro sobre o tema e como essa questão vem influenciado a formação das crianças. Como contraponto, Renata reclamou. Para ela, “É no chão da escola que se discute preconceito”, no que classificou de transfobia. Como vem sendo praxe, culpou a bancada evangélica por instigar um discurso de ódio contra a população LGBT.

O fato é que a proposta de inclusão dessa ideologia foi retirada dos Planos Municipais de Educação. De acordo com Marisa Lobo, a tentativa é de se impor “um conjunto de ideias contra todas as outras verdades, sejam elas históricas, científicas ou biológicas. Alegando que o homem não nasce homem e a mulher não nasce mulher”. O tema foi inclusive tema de prova do ENEM no ano passado, causando grande polêmica em todo país.

Como psicóloga, Marisa entende que existe um conflito psicológico quando as crianças aprendem isso na escola. Em especial, por que está presente em material didático de alunos no ensino fundamental, no que ela classificou de ‘ditadura’.

“Isso é um perigo e na minha concepção, como profissional. Não como cristã, como religiosa”, esclarece. “É um gerador de conflito para a própria identidade das crianças”, que ainda não possuem sequer uma percepção de sua sexualidade.

Mencionou ainda vários casos de escolas que tem obrigado crianças pequenas a beijar outras do mesmo sexo ou se vestir com roupas do gênero oposto, numa tentativa de lutar contra o preconceito.
Renata, que é assistente social, lembrou o tempo todo sua própria biografia, afirmando que se “descobriu” trans desde a infância. Ela defendeu a necessidade de cotas para transgêneros no mercado de trabalho. Mostrando um alinhamento de pensamento com o governo de Dilma, afirmou que com Temer, suas bandeiras estão perdendo espaço.

Assista:


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GEREMIAS COUTO COMENTA O CANCELAMENTO DA PALESTRA DE AUGUSTUS NICODEMUS NA CPAD

PARE, LEIA E PENSE!







O conhecido pastor assembleiano, Geremias Couto, tece um comentário pertinente sobre o cancelamento da palestra do pastor Augustus Nicodemus na CPAD Mega Store do Rio de Janeiro. Leia abaixo a posição do Pr. Geremias:

Estive ontem na Mega Store da CPAD para assistir à palestra do rev. Augustus Nicodemus Lopes. Como fora de casa só tenho acesso à internet onde houver wifi, só fiquei sabendo do cancelamento quando lá cheguei por volta das 17:00hs. A decisão tinha sido tomada poucas horas antes. A nota publicada pela CPAD é mero eufemismo para não mencionar os verdadeiros motivos.

Não tenho outra forma de qualificar a atitude, a não ser como vergonhosa, descortês, desrespeitosa e anticristã até porque o rev. Augustus já estava no Rio de Janeiro, quando foi comunicado da decisão. Criou-se no mínimo um "incidente diplomático", pois trata-se do vice-presidente do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil.

Não é a fé reformada que está fazendo mal às Assembleias de Deus no Brasil. A ser assim, os livros reformados deveriam ser definitivamente banidos das estantes das lojas da CPAD. É incoerente vendê-los e fechar às portas a um de seus expoentes. É contraditório afirmar, como já fez um dos expoentes da CPAD, que são obras piedosas, ortodoxas, profundas e cristãs, no estrito sentido do termo, mas "desconvidar" de forma deselegante um de seus autores, como se fez ontem.

O que tem feito mal às Assembleias de Deus é a politicagem que há anos vem nela imperando da forma mais rasteira possível, principalmente entre a cúpula. O que tem feito mal às Assembleiss de Deus é o coronelismo opressor, que se vale de um semipelagianismo disfarçado de arminianismo para manter sob cabresto o povo que pouco conhece as doutrinas da graça. O que tem feito mal às Assembleias de Deus é fechar os olhos, fazer vistas grossas, ao liberalismo teológico que hoje infesta as cátedras de nossas faculdades teológicas. É só ler certos textos no CPAD News e visitar a FAECAD em dias de aula que isso salta aos olhos. É o liberalismo teológico que mata a igreja!

O que tem feito mal às Assembleias de Deus é a opulência de muitos líderes que vivem de forma nababesca, enquanto os seus obreiros que estão no campo sofrem com pouca renda e muitas vezes passam até fome. O que tem feito mal às Assembleias de Deus é a porta larga para as práticas do neopentecostalismo e a liberdade dada aos pregadores triunfalistas, que propalam heresias a olhos vistos sem que sejam advertidos e mudem o conteúdo de suas mensagens. Estes jamais pregam em igrejas e denominações sérias.

Os "guerrilheiros" da internet ontem vibraram e zombaram como se tivessem ganho uma Copa do Mundo. Eu, de minha parte, com todos os dissabores que o episódio causou, prefiro acreditar que Deus, em sua soberania, já fez dele algo que redunde para a sua glória e vergonha para esses que "sobrevivem" à custa dessa "esquizofrenia" nas redes virtuais. Fica aqui o meu dessgravo pessoal ao rev. Augustus Nicodemus Lopes.
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Geremias Couto é pastor assembleiano, teólogo e colunista no Púlpito Cristão

É OFICIAL: TEÓLOGO PRESBITERIANO É BARRADO EM EVENTO DA CPAD

PARE, LEIA E PENSE!



Por Leonardo Gonçalves
Atualizado 19/07, às 12:17

Conforme noticiado por nós na manhã de ontem (18), alguns influentes pastores da Assembleia de Deus estariam se mobilizando para impedir uma palestra do teólogo Augustus Nicodemus Lopes na loja da CPAD MegaStore, no Rio de Janeiro (RJ). O tema da palestra seria a chamada "renovação apostólica", abordada pelo reverendo em sua mais recente obra: "Apóstolos". O evento daria continuidade a uma palestra proferida pelo teólogo assembleiano Ciro Zibordi, que no dia 02/07 discursou acerca dos falsos evangelhos da atualidade, que é tema de um de seus livros publicados pela Casa.

A noticia foi recebida com ceticismo por parte de muitos cristãos pentecostais. De fato, a maioria não encontrou nenhum sentido em uma tentativa de impedir um esforço tão nobre, que aconteceria em um espírito de cobeligerância. Imagine só, um teólogo calvinista e um teólogo arminiano combatendo um inimigo comum, o falso ensino dos apóstolos modernos. Seria lindo, não é mesmo? Pois é... seria, porque já não será.

Acontece que a CPAD cedeu a pressão de meia duzia de gatos pingados, enciumados e raivosos, que não conseguem colocar de lado seu espírito faccioso nem por um momento. Sectários até o tutano, essa meia dúzia de pseudo-intelectuais conseguiram, por meio de coação, impedir a realização do evento. Pode comemorar, senhor Altair Germano! Pode soltar rojão, Silas Daniel! Mesmo não havendo motivos para comemorar, o fato é que vocês venceram. Uma grande vitória do sectarismo, do bairrismo. Parabéns, inquisidores!

Em uma nota sobre este triste episódio, o jovem teólogo editor do blog Teologia Pentecostal, Gutierres Siqueira, escreveu o seguinte:

"O sectarismo venceu. O velho coronelismo agora posa como guardião da confessionalidade (...) Os meninos não sabem o que acontece nos bastidores. Eles pensam que é tudo zelo doutrinário. A inocência e a imaturidade um dia passam. Aliás, os meninos não me preocupam. O tempo costuma curar. O que me preocupa é a gula pelo poder de alguns coronéis de cabelos brancos".

Como disse antes, tudo isso é apenas uma questão de ciúme, de parte de uns pseudo-teólogos que desejam empurrar a si mesmos pela goela abaixo do povo. Isso, aliado ao descaro dos coronéis que insistem em manter cativo o povo que Deus chamou para a liberdade.

Não há zelo pela confessionalidade, como bem expressou o Gutierres Siqueira. Ora, se houvesse, já há muito a Assembléia de Deus teria se posicionado contra o coronelismo, o nepotismo, a corrupção dos líderes, o misticismo, o reteté, o ungidismo, os pastores que vivem nababescamente dos dízimos de assalariados, o voto de cabresto, o liberalismo teológico, o triunfalismo das campanhas de sete semanas e as heresias de Camboriú.

Aliás, seria mesmo muito proveitoso se ao invés de promover uma caça às bruxas, estes líderes assumissem uma postura contra essas heresias citadas. A energia gasta disparando fogo amigo seria melhor empregada se eles se dedicassem a discutir estes temas.

Porém, se eles fizerem isso, quantos ministérios sobrarão?

Segue o comunicado da CPAD Megastore:


Fonte:Púlpito Cristão

segunda-feira, 18 de julho de 2016

Homossexualidade sob a perspectiva bíblica

image from google


Neste vídeo o Rev. Augustus Nicodemus Lopes ministra sobre Romanos 1:26-27, expondo a Palavra de Deus sobre a homossexualidade e refuta os pontos colocados pela chamada "teologia gay", que tenta justificar a prática homossexual como aceitável através de distorções ao texto sagrado. Assista:

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Autor: Rev. Augustus Nicodemus Lopes
Fonte: Primeira Igreja Presbiteriana de Goiânia
Culto Noturno, 17/07/2016. 
Série ''A Mensagem da Carta aos Romanos''
7ª Mensagem: Homossexualidade: Uma perspectiva bíblica
Texto Bíblico: Romanos 1:26-27

sábado, 16 de julho de 2016

ÍDOLOS DO CORAÇÃO E A VERDADEIRA ADORAÇÃO





Por Robson Fernandes

“Todas as coisas são lícitas, mas nem todas convêm;todas são lícitas, mas nem todas edificam”

1 Coríntios 10:23

Edificação é um tema comum na Sagrada Escritura. Edificar significa construir, levantar, instituir, induzir à virtude, infundir sentimentos morais e religiosos em alguém. Com isso, a ideia do autor bíblico é a de que devemos buscar em todo o tempo as coisas que colaboram para o nosso crescimento e para a nossa solidificação espiritual.

Se para alguns a busca incessante pela edificação é o mesmo que radicalismo e exagero, para outros, não buscar essa edificação constantemente é secularização, mundanismo e relativização da Verdade. O fato é que os apóstolos e o próprio Jesus não se cansaram de buscar a edificação o tempo inteiro.

Esse era um dos principais problemas da igreja de Corinto, pois ela relativizava a verdade e não buscava a edificação o tempo todo. Aquela igreja permitiu que os costumes de uma sociedade caída e sua cultura contaminada pelo pecado penetrassem na igreja, e ao invés de influenciar a sociedade ela passou a ser influenciada. Para defender essa distorção alguns argumentam: “mas eu tenho o direito de relaxar”.

É verdade, todos necessitamos de descanso e férias, mas quem foi que disse que devemos descansar, relaxar ou tirar férias envoltos em uma ação pecaminosa? Ora, férias, por exemplo, existem para descansarmos do trabalho, e isso porque estamos cansados. Então, se tiramos férias de Deus, se negligenciamos os princípios da Sagrada Escritura em nosso descanso é porque estamos cansados de Deus? Estamos cansados dos princípios da Sagrada Escritura?
Precisamos entender urgentemente que se isso ocorre é porque existe algo de muito errado com nossa vida!

Isso ocorre, normalmente, quando os nossos interesses são maiores que os interesses de Deus. Ou seja, quando deixamos que ídolos sejam erguidos em nossos corações. Alguns desses ídolos são: hedonismo (busca pelo próprio prazer e fuga da dor), pragmatismo (a negação de princípios e valores desde que a prática funcione, a ação dê certo), relativismo (afirmação de que as verdades morais e religiosas, por exemplo, variam conforme a situação) e niilismo (não existe nada absoluto. Não há verdade moral nem escala de valores).

Esses ídolos se manifestam em forma de interesses pessoais, e nossos interesses pessoais terminam sendo maiores que os interesses de Deus. São eles: dinheiro, poder, fama, felicidade, sucesso, status, bem estar etc. Por isso a igreja de Corinto estava participando de festas mundanas que o apóstolo Paulo chama de sacrifício à demônios (1Co 10:20), associação com demônios (1Co 10:20), “cálice dos demônios” (1Co 10:21), “mesa dos demônios” (1Co 10:21). Por essas coisas, o apóstolo declara: “Ninguém busque o seu próprio interesse” (1Co 10:24). Ou seja, o apóstolo está dizendo em outras palavras a mesma coisa que o próprio Jesus Cristo já havia dito: “negue-se a si mesmo” (Mt 16:24; Mc 8:34; Lc 9:23).

E agora, o que você fará? Será possível achar que alguém pode buscando a Deus na igreja e ter comunhão com demônios fora dela? Será que alguém pode pensar que Deus permitirá que isso ocorra por muito tempo?

Pense nisso e decida a quem você deseja servir de fato para que não sejamos como a igreja de Corinto.

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PASTOR PREGA QUE HOMOSSEXUALIDADE É PECADO E FIÉIS ABANDONAM CULTO





Assim que o pastor começou um sermão falando contra a homossexualidade, os membros da igreja começaram a sair. Um a um, a maior parte da congregação saiu do templo manifestando sua reprovação. T L Bates, que lidera uma Assembleia de Deus em Oklahoma, recusou-se a comprometer a Palavra de Deus.

Ele sabia que o tema despertava todo tipo de reação, mas não esperava esse tipo de reação de sua comunidade. Mesmo assim, continuou pregando.  A mensagem faz parte da série de sermões “Firestarters” [Fazedores de fogo]. “Eu usei Elias como exemplo desse ‘Fogo de Deus’, e de nossa necessidade de levantarmos uma geração tomada pelo ‘Fogo de Deus’, que não tem medo de enfrentar as falsas religiões (como o islamismo) e a cultura corrupta”, explicou Bates à revista Charisma.

Afirmou estar cansado de ver membros da comunidade LGBT dizer coisas negativas sobre o cristianismo e não serem criticados. Pelo contrário, por vezes recebem elogios. O mesmo acontece quando o assunto é a religião islâmica.

Para ele, a sociedade em geral está acostumada a isso. “Se nós [cristãos], falamos contra, somos chamados de intolerantes e nos censuram e dizem que não estamos sendo politicamente corretos“.
À frente da Igreja da Fé, de Oklahoma City, relata que desafiou os crentes para se levantarem “como uma geração que está espiritualmente em chamas, não sendo intimidados pelas falsas religiões nem cultura enganosa”.

Ao afirmar que, como cristãos tinham a obrigação de pregar “a verdade em amor e sem desculpas”, notou que as pessoas começaram a se levantar, muitos balançando a cabeça em desaprovação. Ele calcula que entre 50 e 75 pessoas, de todas as idades e raças saíram.

Mesmo após o fim do culto, o pastor continuou enfrentando críticas por causa dessa mensagem. Uma pessoa deixou um bilhete anônimo no para-brisa do seu carro, reclamando de sua “intolerância”. Outros ameaçaram parar de entregar seus dízimos. Um grupo simplesmente nunca mais voltou.

Apesar de tudo isso, Bates disse que não irá ceder. “Ao longo de quase 40 anos de ministério pastoral, tenho visto que as coisas uma geração tolera, a próxima geração aceita como natural e a geração seguinte começa a participar. Na minha opinião pessoal, creio que a comunidade LGBT, assim como os islâmicos e muitos outros grupos possuem uma agenda que já não quer que sejamos tolerantes como seu estilo de vida e crenças, mas que o aceitemos e imitemos”, resume Bates.

O pastor acredita que é chegada a hora de a igreja estabelecer limites claros. “Essa questão dos banheiros trans é apenas a ponta do iceberg. Precisamos traçar uma linha e nos recusarmos a ficar escondidos atrás da ideia de tolerância e aceitação, mas corajosamente declararmos a Palavra de Deus, sem medo de homens”, sublinha.

Exorta os cristãos, em especial os pastores de todo o mundo, que parem de ser complacentes com “estilos de vida ímpios e as falsas religiões e não temam em falar o que é certo”.

Analisando o que ocorreu em sua própria igreja, dispara: “É apenas mais uma evidência de que vivemos os últimos dias antes da vinda do Senhor e o julgamento final de Deus.”

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FIG 2016 - Palco Gospel acontece de 24 a 30 de Julho



Durante o Festival de Inverno de Garanhuns, o ´palco Gospel se consolidou como um espaço de louvor e adoração, além de ser ponto de encontro dos evangélicos de várias denominações e simpatizantes da música gospel.

Mais uma vez o vereador Zaqueu Naum Lins (PRB) organiza o evento, que esta na sua 9ª edição, e novamente acontecerá no Colégio Evangélico XV de Novembro entre os dias 25 e 30 de julho.

“Já estamos entrando em contato com alguns cantores e bandas de renome nacional, e também buscando o apoio de empresários e amigos que possam colaborar com este evento, o que a cada dia estar mais difícil devido a precária situação que vive nosso país. O evento conta com colabores como a Prefeitura Municipal de Garanhuns e Colégio Evangélico XV de Novembro” - ressalta Zaqueu.

Como tradicionalmente acontece todos os anos, o Palco Gospel contará com a participação de cantores e ministérios de louvor das igrejas de nossa cidade e região. Em breve será divulgada a programação completa do evento. 

O palco Gospel também conta com o apoio do Blog do Jakson Fitipaldi.

Em breve maiores informações.






quinta-feira, 14 de julho de 2016

Sobre os “Cristãos Progressistas”

image from google


Os assim chamados “cristãos progressistas” (alcunha que não é nova, e foi usada, por exemplo, na Polônia, nas décadas de 1950 e 1960 para caracterizar os católicos que apoiaram os comunistas) se notabilizam, hoje, no Brasil, por defender a união civil de pessoas do mesmo sexo, aborto, maioridade penal e todo tipo de estatismo, como bons devotos de uma ordem religiosa, totalmente leais ao Partido e ao santo graal da Ideia.¹ Todos aqueles que não concordam com eles são tratados, simplesmente, como “não-pessoas”. E alguns de seus autores prediletos são Jürgen Moltmann, Hans Küng, Paul Tillich, Rob Bell, Brian McLaren, John Howard Yoder, Rosemary Radford Ruether, Leonardo Boff, Frei Betto, Gustavo Gutiérrez, Severino Croatto, entre outros.

Mas a defesa veemente desses temas são sinais de um mal maior. Até que ponto esses “cristãos progressistas” não têm reinterpretado profundamente a fé cristã, tornando-a em algo amorfo, totalmente distinto daquilo que se pode receber como revelação de Deus nas Escrituras Sagradas?

Parece que há, da parte desses “cristãos progressistas”, uma clara ruptura com “aquilo que foi crido em todo lugar, em todo tempo e por todos [os fiéis]” (Vicente de Lérins); isto é, esses “cristãos progressistas” se caracterizam não só por um afastamento, mas por uma rejeição de todo o ensino consensual entre os cristãos legítimos: a crença no Deus uno e trino, em sua revelação infalível e autoritativa nas Escrituras Sagradas, no pecado original e pessoal, na salvação exclusiva pela livre graça, no nascimento virginal de Cristo Jesus, em seu sacrifício sangrento na cruz, expiatório e substitutivo, em sua ressurreição corporal e em sua segunda vinda, única, visível e pessoal.

Se há, de fato, tal cisão, como reconhecer esses ditos “progressistas” como cristãos? Até que ponto – mais uma vez, se há um afastamento do ensino consensual cristão, como resumido nos antigos credos, aceitos por todos os ramos da fé cristã – não se deve considerá-los como meros “cavalos de Tróia”? Pois estes têm por alvo subverter os alicerces mais básicos da fé e da ética cristã para que a Igreja seja controlada (Gleichschaltung), subordinando-a à agenda do Partido/Estado, inflexível e colossal.

E, me parece, com a derrocada da esquerda na esfera pública, esses “cristãos progressistas” dobraram a aposta, na esfera eclesial, propagandeando com mais virulência, militantemente, suas crenças e valores.

Ao fim, toda noção de cristianismo parece ter sido subvertida pelos “cristãos progressistas”, subordinados que estão a uma Ideia. Se isso é assim, estes não podem ser reconhecidos como cristãos. Pois eles colocam fé na Ideia, não na Revelação. E gnosticismo não é cristianismo.
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Nota:
[1] O termo “cristão progressista” também foi usado no Brasil nas décadas de 1950 e 1960 para caracterizar os adeptos da teologia da libertação, que “pensavam à frente”, contrapondo-se aos “reacionários”, que, por serem conservadores, estariam “amarrando o progresso”. E, na época, era hegemônico equacionar “progresso” com a noção comunista de história. Os “cristãos progressistas” surgiram nesse momento, supondo que a classe que salvaria o mundo seriam os pobres. Com a derrocada do socialismo no leste europeu, seguindo a nova esquerda, os “cristãos progressistas” entendem que a classe que salvará o mundo será a dos “excluídos” e minorias: mulheres, negros, homossexuais, índios, etc. Agora, enquanto o esquerdismo do PT sai de moda no Brasil e no restante da América Latina, alguns, atrasados em seis décadas, defendem e propagam o “cristianismo progressista”, na contramão da história.
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Autor: Franklin Ferreira
Divulgação: Bereianos

MULHER TEM A GARGANTA CORTADA ENQUANTO PREGA O EVANGELHO, NAS RUAS DA NIGÉRIA



A diaconisa Eunice Olawole, de 41 anos, foi decapitada e morta na manhã deste sábado enquanto pregava uma mensagem bíblica (9), em Abuja, capital da Nigéria.

Eunice, que era pastora da igreja Redeemed Christian Church, foi encontrada com a cabeça apoiada sobre a Bíblia que costumava usar nas pregações, pouco antes das seis horas da manhã.


O relatório da polícia também indica que Eunice foi esfaqueada no estômago, no momento do ataque. Seis suspeitos foram detidos e estão sob investigação.

O marido da vítima, Olawale Eliseu, que também é pastor na igreja, disse que a última vez que viu sua esposa foi às 5 da manhã, quando ela saiu de casa para pregar. "Minha esposa sempre saía no início da manhã para a ‘Manhã de Clamor’”, disse ele ao site Vanguard.

"Dois dos meus filhos foram para o campo, jogar futebol. Quando eles voltaram, me disseram que ouviram alguns jogadores dizendo que alguns arruaceiros haviam massacrado uma mulher que estava pregando esta manhã", lembra Olawale.

O marido foi até o local com seus filhos. A família se deparou com o sangue no chão e o corpo de Eunice dentro do carro da polícia. A suspeita de Olawale é que muçulmanos estejam envolvidos no crime.

“Houve um dia em que ela saiu e me disse que havia uma mesquita na parte de trás do local onde pregava, e ouviu alguns comentários sobre sua pregação. Eu adverti ela”, disse ele.

Alguns moradores da área onde Eunice foi morta disseram ter ouvido a mulher pregando na parte da manhã, antes de sua voz desaparecer. "Eu ouvi a voz dela, como de costume na pregação da manhã em um ponto, mas sua voz se desvaneceu”, disse a pessoa que não quis ser identificada.

"Esta é uma mulher que prega todas as manhãs. Ela sempre adverte as pessoas a se arrependerem, porque o reino de Deus está próximo”, disse Sam, chefe de segurança da área.

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Com informações Christian Today,via Guiame

ESTUPRO E MORTE DE ESPOSA DE PASTOR GERA PROTESTO NAS RUAS DE SP





Depois de verem a impunidade da Justiça diante do estupro e assassinato de Fátima Viana, esposa do pastor Daniel Viana, amigos e parentes da vítima realizaram um protesto na noite desta quarta-feira (6) na Avenida Paulista, em São Paulo.

Fátima, que era agente de saúde comunitária, foi encontrada morta na noite de 30 de junho na Brasilândia, Zona Norte da cidade. O crime foi cometido pelo vizinho da vítima, Victor Rodrigues Ramos. Ele confessou à polícia que estuprou, matou e depois escondeu o corpo da mulher, de 45 anos.

No entanto, Ramos foi liberado no mesmo dia em que assumiu a autoria dos crimes. Para o delegado Lupercio Dimove, do 23° Distrito Policial, em Perdizes, Victor devia ter ficado preso. Ele estava em liberdade condicional por um crime de receptação, mas teve a prisão preventiva negada pela Justiça. O documento em que a prisão é negada não tem assinatura de nenhum juiz.

Nas ruas, os manifestantes vestiam camisetas estampadas com o rosto da vítima. O objetivo do protesto foi pedir a prisão do agressor.
O pastor Daniel Viana, marido de Fátima, se revoltou com a decisão da Justiça. "Ele violenta minha esposa, ele assassina minha esposa, ele confessa isso dentro de um fórum, vai pra uma delegacia e antes de eu reconhecer o corpo da minha esposa no IML, esse cara tá na rua, como que eu vejo isso? Não sei como que eu vejo isso, não”.

Fátima era agente comunitária de saúde de uma Unidade Básica de Saúde da Brasilândia há 18 anos. Trabalhava visitando os moradores e também morava perto do local.

Procurado pela reportagem do SPTV, o Tribunal de Justiça informou que não localizou o pedido de prisão e, mesmo se tivesse localizado, não daria explicações por que o caso corre em segredo de Justiça.

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CONVENÇÃO BATISTA EXCLUI IGREJA EM MACEIÓ POR BATIZAR HOMOSSEXUAIS




A Igreja Batista do Pinheiro (IBP), em Maceió, foi excluída da Convenção Batista Brasileira (CBB) por realizar, desde fevereiro deste ano, o batismo de membros assumidamente homossexuais. A informação é do presidente da IBP, pastor Wellington Santos.


A reportagem do G1 tentou falar com a CBB por telefone e encaminhou um e-mail sobre o assunto, mas não recebeu resposta. Em seu perfil no Facebook, a convenção se apresenta como o órgão máximo da denominação Batista no Brasil, responsável pelo padrão doutrinário dos batistas no país.

Segundo o pastor Santos, que considera a decisão um “retrocesso”, a exclusão da IBP foi decidida no último sábado (9), durante sessão extraordinária da CBB na cidade de Vitória, no Espírito Santo. Ele afirma que a desfiliação não vai mudar o funcionamento da igreja ou o tratamento aos fiéis.

“O único motivo para essa exclusão é o batismo de homossexuais. Nós sempre fomos uma igreja de vanguarda, ecumênica, assim como deve ser a igreja Batista. Fazemos parte da Convenção desde os anos 70. Sofremos sanção quando decidimos aceitar irmãos homoafetivos. O processo todo de exclusão levou impressionantes 90 dias, quando normalmente seria feito em pelo menos 10 anos”, afirma Santos.

O batismo de homossexuais passou a ser praticado pela IBP após uma assembleia extraordinária realizada em fevereiro, e que contou com a maioria dos votos dos membros. A partir daí, a igreja e seus líderes passaram a receber críticas e ameaças, inclusive de outros líderes religiosos, por telefone e pelas redes sociais.
Uma das críticas à IBP veio da própria CBB no dia 30 de março, por meio de uma declaração oficial assinada por seu presidente, Vanderlei Batista Marins, e o diretor-executivo da instituição, Sócrates Oliveira de Souza.

No documento, publicado no perfil da CBB no Facebook, eles afirmam que a igreja de Maceió fere a constituição da convenção e a palavra de Deus.

“A diretoria da CBB entende que a Igreja Batista do Pinheiro tem seu direito à autonomia (…), mas ao tomar isoladamente esta decisão, desconsiderou o espírito cooperativo e participante entre as igrejas batistas e expôs a denominação diante de uma situação desconfortável perante à mídia como se agora os batistas aceitassem livremente como membros de suas igrejas pessoas homoafetivas”, diz trecho da declaração.

Para o pastor Wellington Santos, a decisão, apesar de legítima e legal, é um retrocesso.

“Essa violência simbólica parece muito com a violência que é cometida contra os homossexuais, de pessoas que insistem em falar que não existe crime homofóbico. Isso é uma espécie de recado, dizendo ao outro que fique calado, que se cure ou tome remédio. É um retrocesso, sem dúvida”, conclui Santos.


Ainda segundo o pastor, apesar da exclusão da Convenção Brasileira, a Igreja Batista do Pinheiro continua a mesma, e nada muda, principalmente para os membros batizados. “Os membros continuam sendo membros. Nós ainda somos membros da Aliança Batista do Brasil (grupo paralelo de igrejas batistas), e sempre tivemos autonomia financeira”, explica.

Sobre manter o batismo de homossexuais, Santos afirma que a prática prosseguirá. “Começamos a aceitar membros gays em 28 de fevereiro. E depois do que houve, não voltaremos atrás”, afirma o pastor.

Em junho, a direção da IBP enviou uma carta à Convenção Batista, onde lista os motivos que a levaram a aceitar membros homossexuais e lamenta a repercussão negativa. Esse documento foi postado na página da igreja nas redes sociais, e gerou diversos comentário de apoio à instituição alagoana.

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terça-feira, 12 de julho de 2016

QUANDO A NOSSA JUSTIÇA SE TORNA IDOLATRIA - O FARISEU E O PUBLICANO



Por  Silas Figueira

Texto base: Lucas 18.9-14

INTRODUÇÃO

Jesus nesta parábola tem a finalidade de nos chamar a atenção para o perigo que corremos de achar que somos melhores do que os outros porque somos religiosos. A religiosidade se torna perigosa quando começamos a nos afastar da humildade que ela deveria nos proporcionar, pois estamos na presença de Deus, e começamos a nos ufanar das nossas “boas” ações. Quando começamos a nos comparar com os demais homens que agem de forma diferente da nossa e achamos que somos melhores que eles. 

Nesta parábola do fariseu e do publicano o Senhor nos apresenta duas pessoas completamente diferentes quando oram. O fariseu nos é apresentado como um homem inchado de orgulho espiritual, enquanto que o publicano é uma pessoa que reconhece o seu estado espiritual defeituoso, ou seja, é um homem de humildade espiritual.

Eles não só eram diferentes na oração, mas também eram duas classes contrárias entre si. Os fariseus eram religiosos, tinham um vasto conhecimento do AT e frequentavam as sinagogas e o templo. Eram conhecidos por seus jejuns e orações públicas e diárias. Já os publicanos – coletores de impostos – eram pessoas mal vistas na sociedade judaica, pois eram judeus que trabalhavam para Roma recolhendo impostos de forma injusta.

Jesus mostra através dessa parábola o fariseu como um religioso hipócrita e o publicano como um religioso autêntico. 
  
Observando esse texto nós percebemos que a justiça própria anda de mãos dadas com a soberba e isso não passa de idolatria, pois a pessoa deixa de estar debaixo da justificação que o Senhor nos dá através de Cristo, e passa a se autojustificar.

Quais as lições que podemos tirar desse texto?

A PRIMEIRA LIÇÃO QUE APRENDO É QUE A NOSSA JUSTIÇA PODE SE TORNAR IDOLATRIA.

A linha divisória entre ser fiel a Deus através do nosso testemunho e a justiça própria é muito tênue. Por isso devemos tomar muito cuidado, pois como nos diz Ec 7.16:

“Não sejas demasiadamente justo, nem exageradamente sábio; por que te destruirias a ti mesmo?”

Por isso devemos tomar todo cuidado, pois a nossa justiça pode se tornar idolatria:

1º Quando pensamos que pela nossa própria justiça iremos para o céu (Lc 18.9). O apóstolo Paulo nos diz assim em Efésios 2.8,9:

“Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie”.

A salvação não está atrelada a méritos humanos, mas ao sacrifício de Jesus na cruz. Eu não sou aceito por Deus por ser bom, mas porque Jesus pagou um alto preço em resgate de nossas vidas. Por isso que há um perigo muito grande na religiosidade, e esse perigo se chama orgulho.

O orgulho religioso mata nossa vida com Deus; ela não nos leva a Deus, mas nos afasta dEle. Ter uma religiosidade acentuada não significa que agradamos a Deus. Essa parábola mostra claramente que a religiosidade que ostentamos em nossa vida não significa nada para Deus se não brotar de um coração sincero e se não for de acordo com a vontade Dele. Observe que o fariseu e o publicano tiveram atitudes de religiosos, pois estavam buscando a Deus em oração, porém, o fariseu, o mais religioso dos dois, é reprovado, pois sua religiosidade e oração eram vazias. O publicano não era considerado um religioso, mas tinha um coração que agradava a Deus.

Confiar em si mesmo é idolatria, pois despreza o que o Senhor realizou por nós quando enviou Seu Filho para nos resgatar; é como se disséssemos para Deus que somos bons demais, que somos excelentes e que se Ele não nos salvar será muita injustiça da parte dEle. E no céu não entra idólatra (Ap 22.15).

Veja o que o Senhor nos fala através de Isaías:

“Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças, como trapo da imundícia; todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniquidades, como um vento, nos arrebatam” (Is 64.6).

A nossa justiça diante de Deus não vale de nada, só iremos para o céu através da Justiça de Jesus e não por causa da nossa.

A nossa justiça pode se tornar idolatria:

2º Quando nos vemos melhores que os outros (Lc 18.9,11). Veja que o texto nos diz que há pessoas que desprezam as outras por se verem justas. Tanto que a palavra “desprezam”, neste caso, significa literalmente “reputavam como nada”. Quantas pessoas hoje têm se desviado das outras por causa do orgulho religioso.

É bom destacar que nem todos os fariseus eram orgulhosos assim. Havia alguns que eram humildes e não arrogantes. No entanto, a maioria era assim, tanto que Jesus teve dificuldade em Seu ministério o tempo todo com eles. R. N. Champlin nos conta acerca da oração de um fariseu por volta do ano 70 d.C. Na sua oração o fariseu dizia assim:

“Agradeço-te, ó Senhor, meu Deus, que me tenhas proporcionado um lugar entre aqueles que se assentam na Casa de Estudos, e não entre aqueles que se assentam nas esquinas das ruas; porquanto eu me levanto cedo, como eles se levantam cedo, porém, levanto-me cedo para estudar as palavras da lei, e eles levantam cedo para se ocuparem de coisas inúteis. Eu trabalho, e eles também trabalham, porém, trabalho e recebo uma recompensa, e eles trabalham e não recebem recompensa alguma. Eu vivo e eles vivem também, porém, eu vivo para a vida do mundo vindouro, e eles vivem para o abismo da destruição” [1].

Esse tipo de oração não passa de autojustificação cheia de preconceito e julgamento. Por que digo isso, porque em momento algum há uma interseção por essas pessoas que viviam longe de Deus, segundo o fariseu. Ele se vangloriava do que tinha, mas em momento algum se lamentou da vida daquelas pobres almas.

Na verdade, esse fariseu usava a oração para obter reconhecimento público, não como exercício espiritual para glorificar a Deus [2]. Veja o que o Senhor nos fala em Mt 6.5 e 23.14:

“E, quando orardes, não sereis como os hipócritas; porque gostam de orar em pé nas sinagogas e nos cantos das praças, para serem vistos dos homens. Em verdade vos digo que eles já receberam a recompensa. Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque devorais as casas das viúvas e, para o justificar, fazeis longas orações; por isso, sofrereis juízo muito mais severo!”

O Pastor Marcos de Souza Borges diz que “o preconceito, não só limita os relacionamentos e valores de outros, como os do próprio Evangelho. Impõe-se um padrão de santidade baseado em estereótipos, ritos e práticas externas que são apenas símbolos”. E ele ainda deixa claro que esse tipo de religiosidade é carnal e diabólica. Ele nos diz que “Espiritualidade demais é carnalidade, pois Deus é santo e o diabo é religioso” [3].

A nossa justiça pode se tornar idolatria:

3º Quando tomamos o lugar de Deus (Lc 18.11).  O fariseu orava de si para si... Ele orava para si e não para Deus, em outras palavras, ele falava consigo mesmo, ele não orava. Ele descreveu a si mesmo diante de Deus, e mostrou para si mesmo o quão reto era de acordo com todos os testes que havia imaginado.

Esse tipo de oração, infelizmente, temos ouvido em muitas igrejas. Aliás, nós temos alguns tipos de “orações” bem variadas em nossas igrejas.

Temos a oração testemunho – quando a pessoa aproveita para se exaltar diante das pessoas por algo que recebeu da parte de Deus.

Oração fofoca – quando a pessoa conta na oração um problema que alguém está passando, geralmente algo escandaloso.

Oração anúncio – quando se ora anunciando algum evento da igreja.

Parece brincadeira, mas o que mais temos visto por aí são esses tipos de oração, menos oração. Sempre há alguém orando dessa forma em nossas igrejas e sempre haverá.

A nossa justiça pode se tornar idolatria:

4º Quando nos ufanamos diante das nossas boas ações (Lc 18.11,12). O fariseu mostrou o quanto estava distante de Deus quando exaltou suas próprias obras como sendo, na visão dele, o motivo de Deus o “aceitar” em Sua presença. Porém, ele apenas mostrou o quanto adorava a si mesmo e não a Deus. 

Leon L. Morris diz que “aquilo que o fariseu dizia acerca de si mesmo era verdadeiro. Seu problema não era que não tinha progredido suficientemente ao longo da estrada, era que estava na estrada totalmente errada [...] e que o espírito da sua oração era totalmente errado” [4].

Muitos vão fazer isso, não na oração, mas, diante do Tribunal de Deus, como nos diz Jesus em Mt 7.21-23:

“Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniquidade”.

Queridos, diante de Deus nós somos injustificáveis, no entanto esse fariseu se via em pé de igualdade com Deus.

Nem Jó escapou desse engano doloroso que é a justiça própria. Quando toda aquela provação lhe sobreveio, sua atitude central foi de defender, irredutivelmente, a sua reputação. Apesar de Jó ter um testemunho inquestionável, as obras esmeradas e uma conduta aparentemente irrepreensível, havia algo errado que precisava ser mudado.

A grande mensagem do livro de Jó é que o homem mais justo da face da terra (Jó 1.8) era injusto, devido à sua justiça própria. Não pense você que foi fácil Jó conseguir enxergar isso. Tanto que ele passa o tempo todo se defendendo.
Jô se considerava justo demais e tão perfeito, que se resentiu ao ponto de culpar a Deus pela sua trágica situação. Então, é quando Deus revela a condição da sua justiça própria:

“Acaso, anularás tu, de fato, o meu juízo? Ou me condenarás, para te justificares?” (Jó 40.8 – ARA).
“Você vai pôr em dúvida a minha justiça? Vai condenar-me para justificar-se?” (Jó 40.8 – NVI).
“Será que você está querendo provar que sou injusto, que eu sou culpado, e você é inocente?” (Jó 40.8 – NTLH).

“Porventura também tornarás tu vão o meu juízo, ou tu me condenarás, para te justificares?” (Jó 40.8 – ARCF).

Quanta cegueira havia em Jó! Ele foi uma das pessoas que Deus precisou tratar mais duramente na Bíblia. Uma terrível crise que atingiu sua família, bens, saúde e, principalmente, sua reputação. Antes de Deus revelar sua justiça a Jó, ele precisava quebrar toda aquela casca de justiça própria com a qual sutilmente ele se gloriava.

Só uma provação tão forte como essa poderia levar alguém, que se achava tão infalivelmente justo, a discernir seu próprio orgulho e enxergar a injustiça própria. A Palavra de Deus diz que toda perfeição tem seu limite (Sl 119.96).

Mas depois de ser confrontado pelo Senhor, Jó finalmente entendeu o seu estado e pode se enxergar como na verdade ele era aos olhos de Deus:

“Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te veem. Por isso, me abomino e me arrependo no pó e na cinza” (Jó 42.5,6).

Só depois disso que Jó pode orar e abençoar a vida de seus amigos. 

A SEGUNDA LIÇÃO QUE APRENDO É SÓ PODEMOS SER JUSTIFICADOS PELO SENHOR QUANDO RECONHECEMOS E NOS ARREPENDEMOS DOS NOSSOS PECADOS (Lc 18.13,14).

Justificação é o ato (instantâneo, completo e definitivo) JUDICIAL de Deus ao declarar que o pecador (que se arrependeu e creu em Cristo, e à conta da penalidade sobre Este como seu substituto): 1) não mais será punido; 2) será considerado como sendo JUSTO; e 3) está restaurado ao Seu favor.
Somos justificados pelo Senhor:

1º Quando nos apresentamos diante de Deus com humildade.Enquanto a religiosidade do fariseu o afastou de Deus, a humildade do publicano o levou a receber a justificação do Senhor. O publicano sequer tinha coragem de olhar para o céu, mas batia no peito, pois reconhecia o seu pecado. Os adoradores, entre os judeus, usualmente elevavam os olhos, mas aquele publicano sentia vergonha de ser tão ousado na presença de Deus.

Recentemente ouvi uma frase que dizia assim: “Tem gente que é tão humilde que tem orgulho de ser humilde”, não era o caso deste publicano.

Somos justificados pelo Senhor:

2º Quando reconhecemos o nosso pecado. Davi no Salmo 32 nos fala da bem-aventurança de quem recebe o perdão. Foi isso que ocorreu com este publicano.

O publicano agia totalmente contrário do fariseu. Ele depreciava a si mesmo, por avaliar corretamente a sua condição de pecador. Ele não olhou para o fariseu e o acusou de ser também um pecador e muito menos o chamou de santo; ele olhou para dentro de si somente.

Diante de Deus nós só contemplamos os nossos pecados e não os pecados alheios. Veja por exemplo o que ocorreu com Isaías 6.1-5:

“No ano da morte do rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as abas de suas vestes enchiam o templo. Serafins estavam por cima dele; cada um tinha seis asas: com duas cobria o rosto, com duas cobria os seus pés e com duas voava. E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo, santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória. As bases do limiar se moveram à voz do que clamava, e a casa se encheu de fumaça. Então, disse eu: ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o SENHOR dos Exércitos!”

Diante de Deus eu só posso ver as minhas falhas e não os meus acertos. Diante de Deus temo e tremo. veja por exemplo o que ocorreu com Daniel depois que teve a visão no rio Tigre (Dn 10.4-8). Outro exemplo é a do apóstolo João na ilha de Patmos (Ap 1.12-17).

Diante de Deus somos reputados por nada, mas tem gente que se acha.

Somos justificados pelo Senhor:

3º Quando buscamos a misericórdia de Deus para nossa vida. “Ó Deus sê propício a mim, pecador!”. O publicano batia no peito, num ato de tristeza extrema, que demonstrava a sua sinceridade na oração. Ele quando busca o perdão é porque reconhece o que merece, e ele merecia a condena

Como nos fala o Salmo 51.17:

“Sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado; coração compungido e contrito, não o desprezarás, ó Deus”. 

Quem busca o perdão de Deus com sinceridade de coração encontra o Senhor pronto a perdoar. Enquanto o publicano sabia da enormidade dos seus pecados, o fariseu não fazia ideia do que havia dentro do seu coração. Warren W. Wiersbe diz que esta é outra versão da história do filho pródigo e de seu irmão mais velho [5].

CONCLUSÃO

O Senhor conclui a sua parábola dizendo: “Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque todo o que se exalta será humilhado; mas o que se humilha será exaltado” (Lc 18.14).

A petição dele foi aceita. O publicano voltou para casa justificado, ou seja, alcançou o perdão que havia pedido a Deus, pois este se humilhou debaixo da potente mão do Senhor. No entanto, o fariseu nada alcançou, pois não se via como pecador.

O princípio por trás de tudo isto é o que se exalta, será humilhado. Ninguém tem coisa alguma da qual se pode jactar diante de Deus. Por contraste, o que se humilha, será exaltado. O pecador arrependido que humildemente procura a misericórdia de Deus, a achará [6].

Um jovem, recém-formado em seu curso de Teologia, chegou ao púlpito, impecavelmente vestido e mostrando-se muito confiante em si mesmo. Ele começou a pregar o seu primeiro sermão naquela que era a sua primeira igreja e as palavras simplesmente não saíam. Sentindo-se envergonhado e derramando lágrimas, ele deixou a plataforma onde estava pregando. Duas senhoras, já idosas, que estavam sentadas na primeira fila da igreja, comentaram entre si: "Se ele entrasse como ele saiu, ele sairia como ele entrou." Muitas vezes perdemos grandes bênçãos exatamente por nos julgarmos autossuficientes e por acharmos que não dependemos de Deus para nada.

Como você tem se chegado a Deus, como o fariseu ou como o publicano? De acordo com a sua resposta você saberá como retornará para sua casa.
Pense nisso!

Notas:

1 – Champlin, R. N. O Novo Testamento Interpretado – versículo por versículo – Lucas. Editora Candeia, São Paulo, SP. 10ª reimpressão, 1998, p. 175.
2 – Wiersbe, Warren W. Comentário Bíblico Expositivo – Novo Testamento 1. Geográfica, Santo André, SP, 1ª Edição, 2012, p. 323. 
3 – Borges, Marcos de Souza. Cura e edificação do líder, Editora Jocum, Paraná, PR, sexta edição 2013, p. 68.
4 – Morris. L. Leon. Lucas, introdução e comentário. Ed. Mundo Cristão, Edições Vida Nova, Cidade Dutra, SP. 1986, p. 248, 9.
5 – Wiersbe, Warren W. Comentário Bíblico Expositivo – Novo Testamento 1. Geográfica, Santo André, SP, 1ª Edição, 2012, p. 323.
6 – Morris. L. Leon. Lucas, introdução e comentário. Ed. Mundo Cristão, Edições Vida Nova, Cidade Dutra, SP. 1986, p. 249.  

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