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segunda-feira, 23 de março de 2015

Do Magistrado Civil e a Igreja - Confissão de Fé de Westminster



Por G.I. Williamson

CONFISSÃO DE FÉ DE WESTMINSTER
CAPÍTULO XXIII - DO MAGISTRADO CIVIL
Comentado por G.I. Williamson


Aqui deixamos uma vez mais a ordem da Confissão de Fé para considerar juntas certas seções da Confissão que são difíceis de considerar em relação umas com as outras. Estes capítulos e estas seções são: o capítulo XXIII, 3 e o capítulo XXXI, 1, 2. A dificuldade consiste em definir qual é o poder do magistrado civil com respeito aos assuntos eclesiásticos. A partir deste ponto, primeiro, procederemos discutindo as seções do capítulo XXIII que não são problemáticas; e segundo, as seções dos capítulos XXIII e XXXI que apresentam o problema e terceiro, as porções que ficaram do capítulo XXXI, ou seja, as seções 3, 4, e 5. 

1. Deus o supremo Senhor e Rei de todo o mundo, institui os magistrados civis, para estar abaixo dele e sobre o seu povo, para sua própria gloria e para o bem público; para cujo fim lhes deu autoridade da espada, para defender e estimulo dos bons, e para castigo dos maus.

2. É licito que os cristãos aceitem e desempenhem o oficio de magistrado quando para isso forem vocacionado por Ele. Na administração deste ofício os cristãos devem manter especialmente a piedade, a justiça e a paz de acordo com as leis saudáveis de cada estado. Para tal fim, podem legalmente a luz do NT, fazer guerra em ocasiões justas e necessárias.

3. [...]

4. O povo tem o dever de orar pelos magistrados, honrar suas pessoas, pagar tributos e outros direitos, obedecer aos seus mandamentos legítimos, e estar sujeitos a sua autoridade por causa de sua consciência. A infidelidade, ou a diferença de religião não invalida a justa e legítima autoridade do magistrado, nem exime do povo a devida obediência a ele, do qual as pessoas eclesiásticas não estão excluídas, e muito menos tem o papa poder de jurisdição alguma sobre os magistrados, sobre seus domínios, ou sobre algum de seu povo; e muito menos para priva-los de seu domínio, suas vidas, sejam porque os julguem que são hereges, ou por qualquer outro pretexto.

XXIII, 1,2,3

Estas seções da Confissão de Fé nos ensinam:

1) Que Deus estabeleceu o governo civil sobre a terra.
2) Que seu propósito e sua glória e o nosso bem.
3) Que nos deu os oficiais civis e o poder da espada.
4) Que os cristãos podem de forma lícita ter cargos civis e exercer o poder da espada em ocasiões necessárias e justas.
5) Que Deus requer que os cristãos exerçam o mandato, orem, se submetam aos que licitamente utilizam o seu cargo no governo civil.
6) Que esta responsabilidade não deixa de existir por causa das diferenças religiosas, e
7) Que o papa de Roma não tem nenhum direito sobre o poder civil.

A passagem clássica das Escrituras que trata do estabelecimento do governo civil é:

Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas. De modo que aquele que se opõe à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a devida condenação. Porque os magistrados não são para temor, quando se faz o bem, e sim quando se faz o mal. Queres tu não temer a autoridade? Faze o bem e terás louvor dela, visto que a autoridade é ministro de Deus para teu bem. Entretanto, se fizeres o mal, teme; porque não é sem motivo que ela traz a espada; pois é ministro de Deus, vingador, para castigar o que pratica o mal. É necessário que lhe estejais sujeitos, não somente por causa do temor da punição, mas também por dever de consciência. Por esse motivo, também pagais tributos, porque são ministros de Deus, atendendo, constantemente, a este serviço. Pagai a todos o que lhes é devido: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem respeito, respeito; a quem honra, honra” (Rm 13:1-7).

Nesta passagem clássica das Escrituras se estabelece os ensinos desta seção da Confissão. “Todos devem se sujeitar as autoridades publicas” disse o apóstolo. Sem dúvida se requer do cristão que se submetam aos que estão como autoridades pela vontade de Deus. “Porque não há autoridade que não proceda de Deus, e as autoridades que existem foram por ele instituídas.” A. A. Hodge bem disse: “alguns imaginam que o direito e a autoridade legítima do governo humano tem seu fundamento final na aprovação dos governados,” bem como “na vontade da maioria”, ou, em algum pacto social imaginário feito pelos antepassados da raça na origem da vida social. Mas as Escrituras nos ensinam que o governo civil vem de Deus, e que tem sua autoridade pela vontade de Deus, e assim aprovação dos governos. Isto implica claramente que o cristão deve considerar o governo de fato, de qualquer país particular no qual pode residir como jure. Nenhuma forma de governo civil está designada nas Escrituras. O cristão não tem a liberdade de obedecer ou não dependendo do tipo de governo que exista. “Os poderes que existem foram estabelecidos por Deus”, disse Paulo. E se referia ao governo totalitário do Império Romano. Se Paulo e Jesus ensinaram que deveriam se sujeitar a Cesar, é difícil pensar em algum tipo de governo civil que não deveria ser obedecido pelos cristãos em assuntos civis. A luz deste contexto do período apostólico (quando o governo civil era totalitário), não cremos que os cristãos tivessem o direito de apoiar, ou, de participar na derrota violenta de uma autoridade civil, ou, seja uma monarquia ou democracia (ver Rm 13:2, I Pd 2:13-14, Tt 3:1 etc). Se todo o governo de fato é estabelecido por Deus, e a resistência é uma resistência diante do mandato de Deus então, não existe nenhuma outra conclusão.

No entanto, afirmar que a autoridade civil é de origem divina não é dizer que a mesma não tenha limites. Toda a autoridade divinamente estabelecida, em assuntos humanos, está limitada pelo decreto divino. O magistrado civil é estabelecido por Deus como “ministro” o servo de Deus “para o bem”. A sua responsabilidade é levar a espada do poder físico como terror contra as obras do mal. A sua responsabilidade é como vingador que demonstra a ira de Deus sobre quem fez o mal. Enquanto o governo civil se contenta restringindo e castigando o crime e a violência, proteger o bem e castigar o mal, o cristão deve apoiar, orar e honrar por esse governo. Mas quando esse governo castiga aos retos e recompensa ao malfeitor, tornando-se agressivo militarista, é a responsabilidade do cristão resistir esse poder porque subverte o mandato de Deus. Em muitos casos é sem dúvida, difícil determinar precisamente quando, até que ponto um cristão deve resistir a um governo civil em particular. Não é nossa intenção fazer que esta decisão pareça fácil. Mas certos princípios são muito claros, e se aplicados corretamente, tornará possível para que o indivíduo tome a decisão correta em seu caso particular.

1. Devemos sempre obedecer aos “mandatos legítimos” de nosso governo. Em todas e cada uma das instâncias devemos estar “prontos a fazer toda boa obra” (Tt 3:1).

2. Sempre devemos obedecer a Deus antes que ao homem quando existe um conflito entre os dois. “É necessário obedecer a Deus antes que os homens” (At 5:29).

3. Podemos resistir, tanto ativa como passivamente, se for necessário, para obedecer a Deus. Quando uma autoridade civil se mostra um terror quanto às boas obras e não quanto o mal, cremos que os cristãos tem o direito de defender–se ativamente. Tanto a “sua vida como a sua propriedade” conforme determina a lei “Salmo 82:4, Provérbios 24:11-12, etc.”. Assim “o fim imediato para o qual Deus instituiu os magistrados é o bem público e o fim último a manifestação de sua própria glória.”

Mas, consideremos atentamente certos erros modernos que ganharam um amplo apoio, e que confunde a mente de muitos cristãos.

1. O primeiro que consideraremos é a intenção modernista de descontinuar a prática da pena de morte. Em nossa nação hoje em dia existe uma corrente cada vez mais forte a favor de abolir a pena de morte. E muitos grupos protestantes liberais aprovam esta mudança dizendo que não beneficia a sociedade, não reforma o criminoso nem reflete os ensinos humanitários do Novo Testamento. É dizer, por várias razões, que é muito popular hoje em dia negar ao governo o poder da espada para castigar o mal. Tal posição enquanto autoridade civil está ao menos completamente contra ao ensinamento bíblico. Não pensemos que se possa provar que a pena de morte não seja um benefício para a sociedade. Cremos que seja, embora a única razão seja que a Escritura declara que o cumprimento fiel da justiça é uma punição para o mal e um alento para o bem. Pode ser possível que a pena de morte não reforme o criminoso. Mas, também é possível que a falta de punição contra a maldade também reforme o criminoso. Mas estamos convencidos de que ela promove a maldade. Sobretudo, nos opomos à ideia de que o poder e a autoridade civil devam refletir as ideias modernas de ensino humanitário do “Novo Testamento”. A justiça não é mais “humanitária” no Novo Testamento que no Antigo Testamento. E a instituição do governo civil não foi estabelecida para ensinar o Novo Testamento: é para castigar o crime e proteger os que fazem o bem. Sem motivos duvidamos que o esquema dos liberais que promovem abolição da pena de morte seja “humanitária”. Cremos que muitos dos crimes da atualidade se devem ao fato de que existe demasiada preocupação não bíblica pelo malfeitor e bem pouca preocupação bíblica pelos justos. 

2. Outro ataque moderno contra a instituição do governo civil pode-se observar por aqueles que promovem a corrente pacifista. Os concílios da igreja modernista têm defendido tais coisas:

2.1. O completo desarmamento de nossa nação.
2.2. O desarmamento unilateral [ou seja, somente do cidadão de bem].
2.3. A negociação em vez da defesa armada ao serem confrontados com agressão criminosa. 
2.4. O reconhecimento dos que são agressores sem nenhum tipo de castigo justo.

A Confissão de Fé insiste que os magistrados civis (ainda que sejam pessoas cristãs) “podem legitimamente, conforme o Novo Testamento, fazer atualmente guerra em ocasiões justas e necessárias. Os que apoiam a política que basicamente exige que nosso governo nacional renuncie o poder da espada e renuncie os esforços para ser um punidor dos malfeitores, e que renuncie a execução de vingança sobre eles, pedem nada menos que destruição do mandato de Deus em Romanos 13:1-5. É precisamente porque “se opõem a autoridade” então “se rebelam contra o que Deus instituiu”. Este pecado deve ser denunciado como ele realmente é. É um pecado contra Deus, é um pecado contra o nosso governo.

A última parte da seção número 4 deste capítulo trata dos males históricos associados com a Igreja Católica Romana.

3. O primeiro destes males é que lhes outorga um status privilegiado aos oficiais da igreja em assuntos civis. Existem em alguns países que são dominados pela Igreja Romana nos quais os sacerdotes não podem ser julgados nas cortes civis por seus crimes. Existe talvez um pouco de humor nos relatos tradicionais da vergonha da polícia irlandesa quando se deu conta de que havia prendido um sacerdote por excesso de velocidade. No entanto, as Escrituras ensinam que os cristãos, sejam oficiais da igreja ou não, não devem se considerar acima do poder civil. Cremos que a Confissão de Fé concorda com a Escritura quando diz que “as pessoas eclesiásticas não estão excluídas desta autoridade”. E a infidelidade, ou diferença de religião entre os cidadãos cristãos e o governo civil “não invalida a justa e legítima autoridade do magistrado”.

4. O outro mal que outorga autoridade ao Papa de Roma. Este foi e continua sendo uma reivindicação do Pontífice Romano, ele insiste que exerce tanto a espada espiritual como a temporal do poder e a autoridade. “Segundo a posição ultramontana estritamente lógica, sendo toda nação, em todos seus membros, uma porção da igreja universal, a organização civil está compreendida dentro da igreja para certos fins subordinados para o grande fim para o qual existe a igreja e assim, portanto, finalmente responsável diante dela para execução da autoridade delegada. Quando enfim o Papa se coloca na condição de exigir a sua autoridade, pondo o reino debaixo de edito emitido aos súditos exigindo o seu voto de fidelidade (civil), e demonstrando aos soberanos, baseando-se na suposta heresia da insubordinação dos líderes civis no país”. (A A. Hodge, Ibid., p. 276). A Escritura anunciou o que a história demonstrou, ou seja, que tal usurpação resulta na perseguição aos verdadeiros crentes (Ap 13; 18:24).

Perguntas para estudo

1. Qual o fundamento da autoridade do governo civil? Prove biblicamente.
2. Que tipo de governo vem da autoridade divina?
3. Deve um cristão promover a derrota violenta de um governo civil?
4. Deve um cristão resistir licitamente ao governo?
5. Quando é que os cristãos devem obedecer ao seu governo?
6. Quando é que os cristãos devem desobedecer ao seu governo?
7. Enumere os erros modernos promovidos por cristãos liberais que estão contra a instituição divina do governo civil?
8. Por que estes estão contra a instituição divina do governo civil?
9. Quais são os erros refutados na seção número 4 da Confissão de Fé?


***
Fonte: G.I. Williamson, La Confesión de Fe de Westminster (Carlisle, El Estandarte de la Verdad, 2003), pp. 355-360.
Tradução: Rev. Gaspar de Souza
Revisão: Rev. Ewerton B. Tokashiki
Via: Estudantes de Teologia

• Para consultar a Confissão de Fé de Westminster, clique aqui!

PASTOR OSTENTAÇÃO: NOVO MODISMO EVANGÉLICO


Por Leonardo Gonçalves


No Jardim Paulista, bairro nobre da zona oeste de São Paulo, uma cena chama atenção: Uma limosine branca se aproxima do galpão improvisado, local de reuniões da Igreja Batista do Jardim São Paulo. O bispo Paulo Ortencio Filho desce do veículo e é recebido com ovações dos fiéis. Ele é filho do "bispo patriarca" Paulo Ortencio, e junto ao pai ajuda a liderar o ministério que tem forte enfase na teologia da prosperidade e confissão positiva.


PASTOR OSTENTAÇÃO, SÓ ANDA DE CARRÃO



Vídeo: pastor ostentação chegando na igreja em Limosine. Fiéis ovacionam!

Cenas como estas podem paracer chocantes, mas os membros desta igreja acreditam que é um privilégio ter um pastor tão "próspero". Eles acreditam que a riqueza da liderança é resultado direto da benção especial de Deus, e ser pastoreado por alguém tão grandemente abençoado representa uma grande probabilidade de bençãos semelhantes cairem sobre a vida dos seguidores. O pensamento predominante é: "Quanto mais rico for o pastor, maior a chance da ovelha prosperar".

PASTOR OSTENTAÇÃO SÓ PENSA EM MILHÃO




O mercado religioso tem crescido de maneira impressionante no Brasil, e com o aumento de igrejas, tem aumentado também a fortuna dos seus principais líderes. Há um ano a revista Forbes publicou uma matéria sobre os pastores mais ricos do Brasil. Encabeçando a lista aparece o bispo da Universal, Edir Macedo, com um patrimonio de 2 bilhões de reais, seguido de Valdomiro Santiago da Igreja Mundial do Poder de Deus (400 milhões), Silas Malafaia (*), lider do ministério Vitória em Cristo (300 milhões), RR Soares, da Igreja da Graça (250 milhões), e Estevam e Sônia Hernandes, fundadores da Igreja Renascer (120 milhões). O que todos estes líderes tem em comum, além do patrimonio? Todos afirmam que a riqueza que possuem é resultado direto da intervanção divina, e que o desejo de Deus é enriquecer pela fé a cada um dos seus servos.

PASTOR OSTENTAÇÃO FAZ A OBRA DE AVIÃO


Foto: King Air 350, avião particular do RR Soares e Renê Terra Nova


Juntamente com a pregação de prosperidade, está o estilo de vida "ostentação" destes pastores. Além de mansões ao redor do mundo, Edir Macedo é próprietario de um jato bimotor particular, de modelo Bombardier Global Express XRS, estimado em R$ 90 milhões. Já Valdemiro se desloca em um veículo mais modesto, um helicóptero Agusta A109-C, comprado pela Mundial em setembro de 2009, por R$ 5,1 milhões. Silas Malafaia tem à sua disposição um belo aeromodelo, um jato executivo modelo Cessna, de propriedade do ministério Vitória em Cristo, avaliado em 12 milhões de dólares. R.R.Soares é proprietário de um turboélice King Air 350, avaliado em cerca de R$ 9 milhões. Segundo eles, as aeronaves são instrumentos indispensáveis para fazer a "obra de Deus".
Vídeo: Apóstolo Valdemiro Santiago chega para pregar de helicóptero, no maior estilo "ostentação"

PASTOR OSTENTAÇÃO, A BÍBLIA É A SOLUÇÃO

O ensino dos pregadores da teologia da prosperidade é anti-biblico, pois afirma que o proposito de Deus é enriquecer pela fé (e mediante o depósito das "sementes") a todos os seus filhos. É claro que não é pecado ser rico, porém os ricos deste mundo devem ser exortados a não colocar sua esperança na vaidade das riquezas, mas em Deus (1Tm 6.17). As riquezas também podem e devem ser usadas para suprir as necessidades dos nossos irmãos carentes (1Jo 3.17), bem como daqueles - em todo o mundo - que são afligidos pela escassez, pois é quando doamos ao próximo afligido (e não quando depositamos as sementes no ministerio dos televanvangelistas) que nós realmente ofertamos a Deus (Mt 25.35-40).

É claro que a igreja cristã tem necessidades que devem ser supridas pelo corpo. A familia pastoral precisa ser cuidada com dignidade, tendo suficiente para sua provisão, cuidados medicos, vestidos, etc. Cuidar dos seus pastores é biblico (Lc 10.17, 1Tm 5.17-18), e é lícito ofertar para esta causa (1Co 9.11). No entanto, a provisão digna e necessaria de um obreiro cristão nada tem a ver com o estilo nababesco de vida dos "pastores ostentação". 

À luz do ensino bíblico sobre as riquezas, soa-me no mínimo discrepante a ideia de que um ministro do evangelho viva uma vida de ostentação enquanto muitos em sua comunidade e ao redor do mundo não possuem sequer um pão para comer. Muito pior, porém, é aquele que vivendo opulentamente à expensas da fé alheia, ensina a grei que o proposito da cruz foi enriquecer os crentes, instigando neles o materialismo com a promessa espúria de que se pode usar a religião para ficar rico, promessa essa que apesar de estar "se cumprindo" na vida dos grandes líderes eclesiásticos (como mostrou a revista Forbes), está muito distante da vida dos fieis que frequentam seus templos e lhes sustentam os luxos.

Leia também:
Valdemiro Santiago negocia avião de 48 milhões de dólares


BONUS TRACK

Reality show americano sobre o estilo de vida "ostentação" dos ´pastores. Aqui as riquezas são apresentadas mais uma vez como premio pelo ministério "bem sucedido". Eles simplesmente não tem mais vergonha, mas usam a fortuna conquistada como modo de atrair aqueles que, sem examinar as Escrituras e com o coração cheio de cobiça, buscam enriquecer de maneira rápida, fácil, ignorando totalmente o meio estabelecido por Deus para nossa provisão, isto é, o trabalho.
Reality show americano mostra o dia-a-dia dos pastores "ostentação" dos EUA.



***
Postou Leonardo Gonçalves, missionário no Peru e editor deste blog que é uma pedra no sapato dos hereges e mascates da fé.

Nota: 
(*) Silas Malafaia contestou a revista Forbes em seu programa, dizendo que não é o dono da fortuna atribuida a ele. Ele também ameaçou processar judicialmente a revista Forbes pela materia em questão.

Fonte: Púlpito Cristão

sábado, 21 de março de 2015

Igreja Presbiteriana Central de Garanhuns 115 anos Servindo ao Senhor

Hoje, 21/03/2014 e amanhã, estaremos comemorando os 115 anos da Igreja Presbiteriana Central de Garanhuns, e agradecendo a Deus por todas as bênçãos que Ele tem derramado sobre esta casa de oração. O culto hoje começará às 19h30 e amanhã, 22/03/2015, será às 19h, como ocorre todos os domingos. Teremos o privilégio de ouvir o Reverendo Sérgio Vitalino, que virá transmitir o recado do Senhor pra nós. Todos estão cordialmente convidados para cultuarem a Deus juntamente conosco. ATÉ AQUI NOS AJUDOU O SENHOR.
Fonte: Facebook- Viviene Camelo

Frente Parlamentar Evangélica repudia novela da Rede Globo

Em nota parlamentares criticam a imposição da
ideologia de gênero no país.
por Michael Caceres       







Bancada Evangélica repudia novela da Rede Globo

A Frente Parlamentar Evangélica, presidida pelo deputado federal João Campos (PSDB/GO) divulgou nota de repúdio contra a cena do beijo gay entre as atrizes Fernanda Montenegro e Nathalia Timberg na novela Babilônia, da Rede Globo de Televisão.
Na nota assinada pelo presidente do colegiado, a Frente Parlamentar Evangélica critica a emissora por “afrontar os cristãos” e tentar impor suas ideologias sobre a sociedade. Ao longo dos últimos anos a emissora carioca tem sido a principal promotora da agenda LGBT no país, atacando diretamente os costumes e valores da sociedade.
“Essa é a forma encontrada para disseminar a ideologia de gênero, atacando diretamente a família natural e aqueles que eles denominam de ‘conservadores’, pelo simples fato de não coadunarem com essas práticas”, continua o texto.
A nota convoca ainda os evangélicos, cristãos e pessoas que se sentem violentadas a boicotarem a emissora e diz ainda que trata-se de um “estupro moral imposto pela mídia liberal” as tentativas de promover a agenda LGBT.
Desconstrução da Heteronormatividade
A ideologia de gênero é um movimento que defende que a criança nasce sem um sexo definido, mas que após uma determinada idade ela decidirá entre a sexualidade masculina ou feminina.
A desconstrução da heteronormatividade defende que a heterossexualidade é imposta pela sociedade e que deve ser substituída, por imposição, pelo comportamento homossexual, tornando-se este último predominante.


Fonte:Gospelprime

sexta-feira, 20 de março de 2015

HERNANDES DIAS LOPES PARTICIPARÁ DA 18ª CONSCIÊNCIA CRISTÃ



Desde 1999, acontece na cidade de Campina Grande -- Paraíba, o Encontro para a Consciência Cristã. Para 18ª edição do evento, a ser realizada nos dias 4 a 9 de fevereiro de 2016, os organizadores já divulgaram alguns preletores que estão confirmados, a exemplo de Hernandes Dias Lopes, que há 12 anos participa do evento, e retornará na Consciência Cristã no próximo ano.

O Reverendo Hernandes Dias Lopes é diretor executivo do projeto Luz para o Caminho – LPC, com sede em Campinas - SP; apresenta o programa Verdade e Vida na emissora de Televisão Rede TV; é bacharel em Teologia e tem doutorado em Ministério no Reformed Theological Seminary, em Jackson, Mississippi, nos Estados Unidos. Autor de mais de 100 obras, e busca através de seu ministério, levar a igreja a se tornar mais autêntica, piedosa, fiel a Deus e comprometida com as verdades da sua Palavra. 

Entre os livros de Hernandes, destacam-se: Avivamento Urgente; Como Passar Pelo Vale Das Provas; Como Transformar o sofrimento em triunfo; A Pedagogia do Milagre de Jesus, entre outros.

Alem de Hernandes, outros nomes já estão confirmados, como Augustus Nicodemus, Russell Shedd, Heber Campos Jr., Jonas Madureira, Ciro Sanches Zibordi, Solano Portela, Sillas Campos, Geremias Couto e Ricardo Bitun.

Você pode acompanhar as novidades sobre o evento no site www.conscienciacrista.org.br.
Fonte: Pulpito Cristão

A Igreja Presbiteriana do Brasil também aceita casamentos homossexuais e homossexuais como seus pastores?




Da mesma forma que houve grande confusão em Junho de 2014 nos Estados Unidos, houve agora também no Brasil.

Há pouco conversei com uma senhora de nossa Igreja – Igreja Presbiteriana do Brasil – aqui em Campinas, que me abordou e disse: “Pastor, tenho uma notícia triste. Acabei de ver no ‘hora 1’ [jornal das 5:00h da rede globo] que a Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos está aceitando casais homossexuais.” Ela estava preocupada com duas coisas:

1. Que isso chegue aqui e a mesma atitude seja tomada pela Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB)

2. Que pessoas desatentas e desavisadas pensassem que a IPB tem o mesmo posicionamento.

Rapidamente expliquei a ela que já faz décadas que a IPB rompeu relações com a Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos, conhecida como PCUSA.

Outra confusão é pensar que há apenas uma Igreja Presbiteriana nos Estados Unidos. Isto não é verdade. Deve-se notar que o termo presbiteriano diz respeito, primeiramente, à sua forma de governo, uma igreja governada por presbíteros. Por isso, igrejas que adotam essa forma de governo, geralmente tomam este nome. É o que acontece no Brasil com Igreja Presbiteriana Renovada e Independente por exemplo.

Voltando aos Estados Unidos, em 1973 a Igreja Presbiteriana na América (PCA) separou-se da Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos (PCUSA) por não concordar com sua teologia liberal a qual negava a divindade de Jesus Cristo, bem como a inerrância e autoridade da Escritura Sagrada.
Para evidenciar a diferença entre essas duas denominações nos USA listamos aqui alguns pontos cruciais e divergentes entre elas:



ORDENAÇÃO

PCUSA: Permite que sejam ordenados homens e mulheres, incluindo homossexuais não celibatários, ou seja, que tenham seus parceiros.
PCA: Só ordena homens em obediência ao padrão do Novo Testamento para aqueles que governam a igreja e ensinam sua doutrina.

INERRÂNCIA DA ESCRITURA

PCUSA: Não ensina que a Escritura é inerrante.
PCA: Ensina que a Escritura é inerrante.

ALGUNS ASSUNTOS SOCIAIS

Aborto

PCUSA: Ensina que o aborto pode ser moralmente aceitável embora devesse ser a última opção. Quando não houvesse mais recursos.
PCA: Ensina que todas as formas de aborto são erradas. Por exemplo: "O aborto acabaria com a vida de um indivíduo , um portador da imagem de Deus , que está sendo divinamente formado e preparado para um papel dado por Deus no mundo."

DIVÓRCIO

PCUSA: Em 1952 em sua Assembleia Geral a PCUSA fez uma emend numa das sessões da Confissão de Westminster eliminando a expressão “partes inocentes” ampliando o terreno para incluir o termo divórcio “sem culpa”.
PCA: Ensina que o divórcio é um pecado, exceto em caso de adultério ou deserção. O que está previsto na Confissão de Fé de Westminster.


HOMOSSEXUALIDADE

PCUSA: Na reunião de sua Assembleia Geral de 2010 resolveu que não há consenso entre os líderes da igreja sobre as interpretações da Escritura relacionados a prática homossexual. Atualmente, homossexuais, celibatários ou não podem ser ministros nas igrejas bem como fazer cerimônias de casamento entre pessoas do mesmo sexo. A Assembleia Geral também alterou um de seus manuais religiosos redefinindo o casamento como sendo “entre duas pessoas”, não mais entre um homem e uma mulher, permitindo assim que os ministros façam os casamentos legais entre pessoas do mesmo sexo.
PCA: Ensina que a prática homossexual é pecado.

CONCLUSÃO

1. Cuidado para não colocar todos os que se chamam “PRESBITERIANOS” num “balaio” só. Procure conhecer as denominações, principalmente seus posicionamentos teológicos frente às principais doutrinas da fé cristã, bem como diante dos assuntos sociais.

2. A IPB mantém relação fraterna com a PCA, tendo compatibilidade com sua teologia e posicionamentos diante dos temas citados. Portanto crê que a prática homossexual é um pecado e que, por isso, não aceita que seus ministros mantenham essa prática, bem como não realiza casamento entre pessoas do mesmo sexo. Cremos que o casamento, segundo a Escritura, deve ser entre um homem e uma mulher.

3. Não foi nosso objetivo tratar da questão da homossexualidade neste artigo, mas tão somente esclarecer a posição e a relação da Igreja Presbiteriana do Brasil frente à notícia veiculada pelos jornais recentemente.

4. Esperamos que Deus nos ajude a manter-nos fieis a Escritura Sagrada mesmo em momentos de grande secularismo e pluralismo.

Deus os abençoe!

Pr. Ricardo Rennó


19-03-15

Abaixo há alguns links pesquisados e disponíveis para aprofundarem no assunto.



http://www.thegospelcoalition.org/article/how-to-tell-the-difference-between-the-pca-and-pcusa
http://tempora-mores.blogspot.com.br/2015/03/a-apostasia-crescente-da-pcusa.html
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/03/igreja-presbiteriana-dos-eua-aprova-casais-do-mesmo-sexo.html
https://www.pcusa.org/
http://www.pcanet.org/
http://www.executivaipb.com.br/Atas_CE_SC/SC/SC%202010/doc31_320.pdf

João Calvino orou a Philip Melanchton após a morte deste?

.


Por Rev. Alan Rennê Alexandrino Lima


Hoje me deparei com um texto num blog católico romano, que afirmava que o reformador francês João Calvino, num determinado momento da sua vida, fez uma súplica a outro reformador que já se encontrava morto naquela ocasião, a saber, Philip Melanchthon (Aqui). O que chamou a minha atenção foi o fato de tal texto ter sido compartilhado no Facebook por um pastor protestante de orientação soteriológica arminiana. O que parece é que, neste caso, vigorou o princípio do "o inimigo do meu inimigo é meu amigo". Lamentavelmente, na ânsia de se opor ao calvinismo há muitos que recorrem a subterfúgios escusos, a ataques à pessoa do reformador francês, mesmo que tais ataques tenham a sua origem nos romanistas. O que importa é se há um texto falando mal de Calvino ou "revelando" algo negro da sua história e do seu pensamento teológico. Destoam estes da postura do próprio Jacobus Arminius que, não obstante a rejeição do calvinismo, sabia reconhecer os pontos positivos do pensamento de João Calvino, a ponto de recomendar aos seus alunos a leitura dos comentários de Calvino, pois, de acordo com Arminius:
"Depois da leitura das Escrituras, e mais do que qualquer outra coisa, eu recomendo a leitura dos comentários de Calvino, pois afirmo que na interpretação das Escrituras Calvino é incomparável, e que seus comentários são mais valiosos do que qualquer coisa que nos tenha sido legada nos escritos dos pais - tanto assim, que atribuo a ele certo espírito de profecia no qual ele se encontra numa posição distinta acima de outros, acima da maioria, na verdade, acima de todos" (Em carta enviada a Sebastian Egbertsz).

De acordo com a postagem, a "súplica" de Calvino a Melanchthon foi a seguinte:

"Ó, Philip Melancthon, pois eu apelo a ti, que estais agora vivendo no seio de Deus, onde tu esperas por nós até que nós estejamos reunidos contigo no Santo Descanso. Uma centena de vezes tu dissesse, fadigado com o trabalho, e oprimido com a tristeza, tu deitastes em meu peito como um irmão, ‘Que eu possa morrer neste peito!’ Desde então eu tenho milhares de vezes desejado que isso fosse nosso destino para estarmos juntos" (Clear Explanation of the Holy Supper, in Reid’s Theological Treatises of John Calvin, S.C.M., London, p. 258).

Visando apresentar uma refutação a tal acusação, compartilho um texto escrito por James Swan, editor do Blog Beggars All: Reformation & Apologetics, intitulado John Calvin Prayed to Philip Melanchthon?

***


Aqui está um daqueles boatos estranhos que tem circulado pela Internet já há alguns anos. É dito que Calvino orou a Melanchthon após a morte deste. Calvino declarou: “Ó Philip Melanchthon!... Eu apelo a você que vive na presença de Deus, com Cristo, e aguarda por nós ali até que estejamos unidos a você no abençoado descanso... Eu tenho desejado mil vezes que nosso destino fosse estarmos juntos!” Um contexto para esta citação pode ser encontrado 
aqui.

O livro retratado é intitulado Melanchthon in Europe: His Work and Influence Beyond Wittenberg (Melanchthon na Europa: Sua Obra e Influência Além de Wittenberg). Um dos capítulos mais fascinantes é o de Timothy Wengert, “We Will Feast in Heaven Forever: The Epistolary Friendship of John Calvin and Philip Melanchthon” (“Nós Festejaremos no Céu para Sempre: A Amizade Epistolar de João Calvino e Philip Melanchthon”). O capítulo de Wengert desafia o paradigma popular que diz que Calvino e Melanchthon eram amigos, apesar das suas diferenças. Wengert analisa a correspondência entre esses dois Reformadores dentro do contexto da etiqueta da escrita de cartas no período do Renascimento, concluindo que esses homens não eram tão amigos como parece. Ele argumenta que a amizade entre eles era “uma ficção literária imposta pelos próprios autores, especialmente Calvino, que tinha uma rede muito complexa de interações, as quais nem todas eram amigáveis” (p. 22).

A respeito dessa alegada oração de Calvino a Melanchthon, Wengert afirma:
Mesmo a reminiscência frequentemente citada de Calvino sobre a recente partida de Melanchthon deve ser vista estritamente dentro do contexto do Renascimento e da Reforma, onde ela apareceu. Calvino escreveu:
Ó Philip Melanchthon! Eu apelo a ti que agora vives com Cristo, no seio de Deus, e ali esperas por nós, até que sejamos reunidos contigo no abençoado repouso. Umas cem vezes, quando desgastado com labores e oprimido com tantos problemas, quiseste repousar familiarmente tua cabeça no meu peito, e dizer: “Que eu possa morrer neste peito!” Desde então, durante mil vezes, tenho desejado que seja concedido a nós viver juntos, pois certamente tu querias, então, ter tido mais coragem para as inevitáveis lutas, e terias sido mais forte para desprezares a inveja, e para reputares como nada todas as acusações. Assim, também a malícia de muitos, que com audácia reuniram para seus ataques, teria sido restringida pela tua gentileza, que eles chamam de fraqueza.
De fato, Calvino estava aludindo a certas tensões em seu relacionamento: a suposta tendência de Melanchthon a capitular e seu fracasso em apoiar Calvino diretamente. Calvino presumia força, e a maldade dos acusadores de Melanchthon. No entanto, vindo como veio, dentro de um tratado sobre a Eucaristia, também era uma tentativa de Calvino de descrever Melanchthon como um defensor da teologia eucarística do genebrino, algo que Melanchthon nunca foi durante a sua vida (p. 23).

Como demonstrado acima, ignorar contextos históricos pode levar a distorções. Eu apontei casos semelhantes deste tipo de erro há alguns anos: Carta de Lutero ao Papa Leão: “Eu reconheço a tua voz como a voz de Cristo” e a carta imaginária de Lutero ao Papa Leão X, em 6 de janeiro de 1519. Devemos lembrar de considerar a política e as polêmicas da Reforma quando mergulhamos profundamente na história. Aquilo que pode parecer dizer algo pode, na verdade, estar dizendo algo bem diferente.

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Comento: É lamentável que, na ânsia de se opor ao pensamento teológico de Calvino haja quem apele para leviandades. Como observei em outro lugar:

1. É interessante a citação que o próprio blog católico compartilha de um texto de Francis Nigel Lee: "Sobre a morte de Philipp, Calvino comoventemente LAMENTOU". Acredito que este lamento - não oração - pode ser entendido nos moldes da minha segunda observação:

2. O lamento de Davi por Absalão (2Samuel 18.33): "Meu filho Absalão, meu filho, meu filho Absalão! Quem me dera que eu morrera por ti, Absalão, meu filho, meu filho!"

Ambos os lamentos expressam um desejo:

1. "Desde então eu tenho milhares de vezes desejado que isso fosse nosso destino para estarmos juntos" (Calvino).

2. "Quem me dera que eu morrera por ti, Absalão, meu filho, meu filho!" (Davi).

Acredito que, em relação à segunda, ninguém vá afirmar que trata-se de uma oração. Por que fazer diferente em relação à primeira?

O historiador Philip Schaff, na sua obra History of the Christian Church, Vol. 8, § 90, reporta-se ao episódio não dando evidência alguma de entender que aqui Calvino estava orando a Melanchthon. Ele diz:
No dia 19 de abril de 1560, Melanchthon foi libertado da "fúria dos teólogos" e de todas as suas angústias. Um ano após a sua morte, Calvino, que ainda lutaria a batalha da fé por mais quatro anos, durante a fúria renovada da controvérsia eucarística com o fanático Heshusius, dirigiu este tocante apelo ao seu amigo santo no céu:
Ó Philip Melanchthon! Eu apelo a ti que agora vives com Cristo, no seio de Deus, e ali esperas por nós, até que sejamos reunidos contigo no abençoado repouso. Umas cem vezes, quando desgastado com labores e oprimido com tantos problemas, quiseste repousar familiarmente tua cabeça no meu peito, e dizer: “Que eu possa morrer neste peito!” Desde então, durante mil vezes, tenho desejado que seja concedido a nós viver juntos, pois certamente tu querias, então, ter tido mais coragem para as inevitáveis lutas, e terias sido mais forte para desprezares a inveja, e para reputares como nada todas as acusações. Assim, também a malícia de muitos, que com audácia reuniram para seus ataques, teria sido restringida pela tua gentileza, que eles chamam de fraqueza.
Quem, tendo em vista essa amizade, que era mais forte que a morte, pode acusar Calvino de falta de coração e de terna afeição?

Para Schaff, não se trata de uma oração, mas de tocante apelo feito em tom de lamento. 

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Fonte: Cristão Reformado
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segunda-feira, 16 de março de 2015

As 7 coisas que você não pode fazer como um relativista moral

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Por Greg Koukl


Então, você decidiu se converter num relativista moral? Que bom para você! O que poderia ser melhor do que fazer o que te pareça correto? O que poderia ser pior do que deixar que outro te diga o que deve ou não fazer? Além do mais, esta é uma das cosmovisões mais fáceis de adotar: somente deixa os demais em paz, e lhes pede que façam o mesmo consigo, e você nunca terá que voltar a se preocupar se suas ações são boas ou más. De fato, só há sete coisas que não poderá fazer como um relativista moral. Simplesmente siga a estas regras e você será livre de absolutos para sempre!

Regra#1: Os relativistas não podem acusar os outros de fazerem o que é mal.

O relativismo torna impossível criticar o comportamento dos outros porque, em última instância, nega que exista o que se chama atuar mal. Em outras palavras, se você crê que a moral deve ser definida de forma individual, então, jamais poderá julgar as ações alheias. Os relativistas nem sequer podem objetar o racismo em termos morais. Afinal, em que sentido se pode ter a opinião «é algo mal a discriminação racial» se isto vem de alguém que não crê em categoria absoluta de bondade e maldade ética? Com que justificação poderia intervir? Certamente não com os direitos humanos, pois para ele tal coisa não existe. O relativismo é a máxima postura a favor da livre escolha moral, porque aceita todas as decisões pessoais — mesmo que seja a de ser um racista —.

Regra #2: Os relativistas não podem reclamar do problema do mal.

A realidade do mal no mundo é uma das principais objeções que levantam contra a existência de Deus. O argumento é que, se Deus fosse absolutamente poderoso e em última instância bom, então ele eliminaria o mal. Mas o mal existe, a realidade deve corresponder a um destes três cenários possíveis: (1) Deus é demasiadamente fraco para opor-se ao mal; (2) Deus é demasiadamente indiferente como para preocupar-se com o mal; ou (3) Deus simplesmente não existe. Evidentemente, promover qualquer um destes argumentos implica, também, crer no mal, coisa que um relativista não poderia fazer. De fato, nada pode ser qualificado como mal — nem mesmo o Holocausto — porque fazê-lo equivaleria afirmar que existe alguma espécie de regra moral.

Regra #3: Os relativistas não podem culpar, nem aceitar elogios.

Dentro do relativismo os conceitos de elogio e reprovação carecem completamente de sentido porque não há uma regra moral com que se possa julgar se algo deveria ser aplaudido ou condenado. Sem absolutos, nada é realmente mal, deplorável, trágico, ou digno de reprovação. Tampouco podemos dizer que algo seja realmente bom, honroso, nobre, ou digno de elogio. Tudo se perde numa dimensão desconhecida de um vácuo moral. Quase sempre os que dizem ser relativistas se contradizem neste ponto (evadindo a reprovação, mas aceitando de bom tom o elogio), assim, seja cuidadoso!

Regra #4: Os relativistas não podem afirmar que algo é injusto.

Sob o relativismo a justiça é um conceito que não tem sentido algum. Para começar a própria palavra não significa nada: esta sugere que as pessoas merecem um trato igualitário baseado num padrão externo de que está bem, e como o disse em várias oportunidades, os relativistas não podem crer em algo bom e mal. Em segundo lugar, não existe o que chamamos de culpa. A justiça implica castigar aos culpados, e a culpa supõe ter algo que reprovar — o qual, como demostrei, não existe no relativismo —.

Regra #5: Os relativistas não podem fazer progressos morais.

Com o relativismo é impossível progredir moralmente. Os relativistas podem modificar a sua ética pessoal, isso é seguro, mas nunca poderão se transformar em pessoas morais. Uma reforma moral supõe uma espécie de regra de conduta objetiva que sirva como um padrão que se aspira. Todavia, esta regra é exatamente o que os relativistas negam. Sem um caminho melhor não se pode progredir, e além do mais, tampouco há uma motivação para fazê-lo. O relativismo destrói o impulso moral que leva as pessoas a se superarem, pois não há nada «superior» para se alcançar. Para que mudar o seu ponto de vista moral, se o que você tem favorece o seu próprio interesse e, no momento, faz com você se sinta bem?

Regra #6: Os relativistas não podem sustentar discussões morais significativas.

O relativismo torna impossível falar de moral. Do que se poderia falar? Uma discussão ética implica comparar os méritos de dois pontos de vista diferentes para descobrir qual é melhor. Mas, se a moral é completamente relativa e todas as posturas são igualmente válidas, então nenhuma ideologia é melhor do que outra. Nenhuma postura moral pode ser julgada como adequada, deficiente, irracional, inaceitável, ou mesmo bárbara. De fato, se as discussões éticas só tem sentido quando a moral é objetiva, então só se pode ser um relativista consequente vivendo em silêncio. Nem sequer poderia dizer: «é algo mal impor a sua moral a outros».

Regra #7: Os relativistas não podem promover a obrigação de ser tolerantes.

Finalmente, no relativismo não há tolerância porque a obrigação moral de ser tolerante transgride as regras. O princípio da tolerância é frequentemente considerado como uma das virtudes chaves do relativismo. A moral é pessoal e, portanto, deveríamos tolerar os pontos de vista dos demais abstendo-nos de julgar a sua conduta, ou atitude. Todavia, deveria ser óbvio que este princípio caia numa contradição. Se as regras morais não existem, não pode haver uma regra que exija a tolerância como um princípio moral. E de fato, se não há absolutos morais, por que haveríamos de sequer ser tolerantes? Por que não impor a sua moral a outros se é o que você deseja e sua ética pessoal o permite? Somente tenha certeza de não falar quando não puder suportar.

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Fonte: Acceso Directo 
Tradução: Rev. Ewerton B. Tokashiki

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