domingo, 8 de março de 2015

A soberania de Deus: uma doutrina prática e preciosa

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Por John Piper

Usufruindo da soberania de Deus na vida de George Müller

Um dos grandes deleites de ministrar em uma igreja durante vinte anos é que você pode ver as pessoas atravessarem as épocas obscuras da vida, dependendo da bondade soberana de Deus e chegando ao outro lado com fé e gozo inabaláveis. A soberania de Deus é uma doutrina muito preciosa. É o caule vigoroso da árvore que impede que a nossa vida seja abalada pelos ventos da adversidade. É a rocha que se ergue para nós em meio ao dilúvio de incerteza e confusão. É o olho do furacão no qual permanecemos firmes com Deus, olhando para o céu azul de sua maestria, quando tudo está sendo destruído. Conheço um hino que diz: “Quando tudo ao redor de minha alma desaparece”, isto é a minha esperança e firmeza.

A palavra “soberania”, tal como a palavra “trindade”, não ocorre na Bíblia. Estou usando-a para referir a esta verdade: Deus está no controle do mundo, desde o conflito internacional mais amplo até à queda de um pequeno pássaro na floresta. Eis como a Bíblia apresenta a soberania de Deus: “Lembrai-vos das coisas passadas da antiguidade: que eu sou Deus, e não há outro, eu sou Deus, e não há outro semelhante a mim; que desde o princípio anuncio o que há de acontecer e desde a antiguidade, as coisas que ainda não sucederam; que digo: o meu conselho permanecerá de pé, farei toda a minha vontade” (Isaías 46.9-10). “E, segundo a sua vontade, ele [Deus] opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes?” (Daniel 4.35) “Não se vendem dois pardais por um asse? E nenhum deles cairá em terra sem o consentimento de vosso Pai” (Mateus 10.29) “O que ele deseja, isso fará. Pois ele cumprirá o que está ordenado a meu respeito e muitas coisas como estas ainda tem consigo” (Jó 23.13-14). “No céu está o nosso Deus e tudo faz como lhe agrada” (Salmos 115.3). “Aquele que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade” (Efésios 1.11). “Terei misericórdia de quem me aprouver ter misericórdia e compadecer-me-ei de quem me aprouver ter compaixão” (Romanos 9.15). “Devíeis dizer: Se o Senhor quiser, não só viveremos, como também faremos isto ou aquilo” (Tiago 4.15).

Uma das razões por que esta doutrina é tão preciosa para os crentes é o fato de sabermos que o grande desejo de Deus é mostrar misericórdia e bondade para aqueles que confiam nEle. “Farei com eles aliança eterna, segundo a qual não deixarei de lhes fazer o bem; e porei o meu temor no seu coração, para que nunca se apartem de mim. Alegrar-me-ei por causa deles e lhes farei bem... de todo o meu coração e de toda a minha alma” (Jeremias 32.40-41). A soberania de Deus significa que o desígnio dEle a nosso respeito não pode ser frustrado. Nada, absolutamente nada, acontecerá àqueles que Deus ama e que são chamados segundo o seu propósito, exceto o que lhes for profundo e altamente bom. (Romanos 8.28; Salmos 84.11).

Por isso, a misericórdia e a bondade de Deus são os dois pilares de minha vida. São a esperança de meu futuro, a energia de meu serviço, o centro de minha teologia, o vínculo de meu casamento, o melhor remédio para todas as minhas enfermidades, o fortificante de todos os meus desencorajamentos. E, quando eu morrer (em breve ou não), essas duas verdades estarão à minha cabeceira e, com mãos infinitamente fortes e carinhosas, me erguerão à presença de Deus.

George Müller tem sido admirado por cento e cinqüenta anos como um grande homem de fé, por causa das obras que realizou, especialmente os orfanatos em Londres. Nem todos sabem que ele viveu de um modo maravilhoso, em completa dependência da preciosa verdade da soberania de Deus. Quando faleceu a sua esposa, com a qual estava casado havia trinta e nove anos, Müller pregou o sermão do funeral com base no texto de Salmos 119.68: “Tu és bom e fazes o bem”. Ele conta como orou quando descobriu que ela estava com febre reumática:

Sim, meu Pai celestial, os dias de minha querida esposa estão em tuas mãos. Tu farás o que é melhor para ela e para mim, quer seja a vida, quer seja a morte. Se quiseres, restaura a saúde de minha preciosa esposa. Tu és capaz de fazer isso, embora ela esteja tão doente. Mas o que fizeres comigo somente me ajudará a continuar a ser perfeitamente satisfeito com tua santa vontade (Autobiography of George Müller, London: J. Nisbet and Co., 1906, p. 442).

A vontade de Deus foi levá-la. Portanto, com grande confiança na soberana misericórdia de Deus, Müller disse:

Eu aceito. Estou satisfeito com a vontade de meu Pai celestial. Busco perfeita submissão à sua vontade santa, para glorificá-Lo. Honro constantemente Aquele que me afligiu... Sem qualquer esforço, minha alma se regozija na felicidade da amada que partiu. A felicidade dela me dá regozijo... Deus mesmo o fez; estou satisfeito com Ele (Autobiography, p. 444, 440).

Isto expressa a preciosidade da doutrina da soberania de Deus.

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Fonte: desiringGod

sábado, 7 de março de 2015

Dia Mundial da Oração: participe deste movimento de fé



Imagem: Divulgação

O Dia Mundial da Oração (World Day of Prayer) é um movimento global, interdenominacional de mulheres cristãs que escolheram a primeira sexta-feira de março, como um dia comum de oração por missões. O movimento é realizado em mais de 170 países.
A data teve origem por volta do século XIX, quando mulheres cristãs dos Estados Unidos e Canadá resolveram se unir com o intuito de dar apoio à participação de mulheres em obras missionárias, nestes países e em outras partes do mundo. No Brasil a data foi introduzida em 1938, pela Igreja Presbiteriana do Brasil.
Em 2015, o tema do movimento “Jesus disse: “Vocês entenderam o que eu fiz? “, foi preparado por mulheres das Bahamas.
Deixe o seu comentário.
Fonte: World Day of Prayer

[Mulheres da História] “Katharina Von Bora” por Layse Anglada

Uma das figuras femininas mais importantes da Reforma Protestante do Século XVI foi, sem dúvida, Katharina Von Bora. Não que ela tenha praticado qualquer grande ato heróico, se envolvido pessoalmente em grandes controvérsias ou sido martirizada em virtude da sua fé. No dizer de um de seus biógrafos: “ela não escreveu nenhum livro nem jamais pregou um único sermão, mas seu inestimável auxílio possibilitou que seu marido fizesse tudo isso como poucos na história da igreja.” Estamos falando da Sra. Lutero.
Katharina nasceu em 1499, filha de um nobre alemão que passava por dificuldades financeiras. Aos 3 anos de idade, perdeu sua mãe, e seu pai a levou para estudar na escola do convento Beneditino, onde vivia sua tia Madalena Von Bora. Aos 9 anos, entrou para o convento propriamente dito, tornando-se freira aos 16 anos de idade.
Quando Lutero fixou as suas famosas 95 teses nos portões da Capela de Wittenberg, Katharina estava com 18 anos de idade. Entretanto, ela e outras freiras do convento ouviram falar do ensino bíblico de Lutero, e crendo no que ele pregava, desejaram abandonar a clausura. Escreveram a seus pais, mas eles não tomaram nenhuma atitude no sentido de libertá-las. Decidiram então escrever a Lutero, tendo a carta sido redigida pela própria Katharina. Quando o reformador tomou conhecimento do fato, encorajou um amigo negociante a ajudá-las a escapar. Esse homem, Leonardo Koppe, ia frequentemente ao convento, levando alimentos e todo tipo de mantimentos para abastecer o mosteiro, e uma noite em 1523, ajudou-as a fugir, transportando as 12 noviças em um barril de peixes! Muitas retornaram às suas famílias. Lutero procurou auxiliar a todas, ajudando-as a encontrar moradias, maridos e empregos. Dois anos após a fuga, todas haviam seguido seu destino, exceto Katharina, que morou por um curto período de tempo na casa do pintor Lucas Cranach, autor de seu famoso retrato.
Em 1524, com a aprovação e recomendação de Lutero, Katharina foi cortejada por um dos alunos de Wittenberg, mas seu pai se opôs ao casamento. Neste mesmo ano, Lutero arrumou-lhe um novo pretendente, o Pastor Glatz, mas ela recusou-se a desposá-lo. Ela costumava dizer: “Só me casarei com o Dr. Lutero ou com alguém muito parecido com ele”. Lutero ria ao ouvir isso, pois apesar de, já àquela altura, condenar o celibato, não tinha intenção de casar-se: “nunca farão com que eu me case!”, afirmou ele. Alguns garantem que ele chegou a interessar-se por outra ex-freira, Ave Von Schonfeld, mas o relacionamento parece não ter prosperado.
Porém, gradualmente, tanto pela convivência, como por insistência dos seus amigos e seu pai, Lutero acabou propondo casamento à Katharina. Eles ficaram noivos em 13 de junho de 1525 e casaram no dia 25 de junho daquele mesmo ano, ou seja, doze dias depois! A decisão parece ter causado surpresa, pois o próprio Melanchthon, escrevendo a um amigo, declarou: “Inesperadamente, Lutero desposou Bora sem querer mencionar seus planos ou consultar seus amigos”. Muitos foram contra o casamento, pelos motivos mais variados. Primeiramente porque, àquela altura, ainda não se admitia que os religiosos contraíssem matrimônio: tratava-se de um escândalo! Segundo, pela grande luta que o reformador vinha travando contra Roma: na condição de herege e proscrito, sua vida estava em constante perigo. Outra razão era a diferença de idade: quando casaram, Lutero estava com 42 anos e Katharina com 26! Ela também sofreu difamações pela união com o reformador, mas, felizmente, o casamento ocorreu e eles viveram felizes por cerca de 21 anos, até a morte do reformador. São curiosos alguns escritos de Lutero sobre esse período inicial de sua vida matrimonial. Escrevendo a um amigo ele declarou: “Existem algumas coisas com as quais precisamos nos acostumar no primeiro ano de casamento; o sujeito acorda de manhã e encontra um par de tranças postiças no travesseiro, onde antes não havia nada!” Entretanto, após um ano de casado, escreveu: “Minha Kathe é, em tudo, tão dedicada e encantadora que eu não trocaria minha pobreza pelas maiores riquezas do mundo”. E mais tarde: “Não há na terra um laço tão doce, nem uma separação mais amarga como a que ocorre num bom casamento”. Finalmente, é bem conhecida sua declaração: “Não há relação mais bela, mais amável e mais desejável, nem comunhão e companhia mais agradável do que a de marido e mulher num casamento feliz”.
O príncipe Frederico havia dado de presente a Lutero o prédio do mosteiro agostiniano em Wittemberg, e foi para lá que a família se mudou em 1525. Katharina reformou o mosteiro e o administrou, o que veio a permitir que Lutero gozasse de relativa paz e ordem em sua vida privada. Ela dirigia e administrava as finanças da família, para que ele pudesse dedicar-se às tarefas que essencialmente lhe competiam: escrever, ensinar e pregar. Ela foi uma esposa dedicada e diligente, a quem Lutero freqüentemente se referia como “Kathe, minha patroa (no inglês, my lord)”. Eles tiveram 6 filhos, dos quais 4 sobreviveram até à idade adulta. Além disso, cuidavam de uma parente de Katharina e, em 1529, com a morte da irmã do reformador, mais 6 crianças – agora órfãs – se juntaram à família. Além dos familiares e de um cachorro de estimação, era comum haver mais de 30 pessoas no mosteiro, entre hóspedes, viajantes em trânsito e estudantes (eles costumavam receber estudantes, que pagavam pelos seus estudos, ajudando assim a equilibrar o orçamento doméstico). Desse modo, sua rotina diária era bastante atarefada: ela tinha uma horta, um orquidário, confeccionava material para pescaria, e acabaram, posteriormente, adquirindo uma pequena fazenda onde criavam gado, galinhas e fabricavam cerveja caseira. Ela também gostava de ler e de bordar. Lutero costumava chamá-la de “a estrela da manhã de Wittenberg”, já que diariamente levantava às 4 horas da madrugada para dar conta de suas muitas responsabilidades. Com muita freqüência, o reformador caía enfermo, e Katharina cuidava dele não simplesmente como esposa, mas quase como enfermeira, devido aos grandes conhecimentos médicos que possuía.
Entretanto, sua vida não era somente dedicada a coisas materiais. Seu marido a encorajava em seus estudos bíblicos devocionais e sempre sugeria algumas passagens particulares para que memorizasse. Quando ele se encontrava deprimido, era a sua vez de ajudá-lo: sentava-se ao seu lado e lia a Bíblia para ele, edificando o seu coração. Conta-se que, certa vez, Lutero estava bastante deprimido. Não se alimentava e passava os dias trancafiado em seu quarto. Estava cheio de dúvidas sobre se o que fazia era ou não da vontade de Deus. Katharina vestiu-se de preto e entrou subitamente no aposento. Lutero tomou grande susto, pensando que alguém tinha morrido. Katharina respondeu: “Ao que parece, Deus morreu!” A reação de Lutero foi imediata: levantou-se e saiu do quarto, agradecendo à esposa por fazê-lo retornar à vida.
Em termos de recreação, Lutero gostava de participar de jogos ao ar livre com a família, e também apreciava os jogos de mesa, como o xadrez, além de jardinagem e música. Ele e Katharina eram pais diligentes, “disciplinando seus filhos, em amor”. Seu lar era famoso pela vitalidade e felicidade ali reinantes. Dessa forma, a família do reformador tornou-se um modelo para as famílias cristãs alemãs por muitos anos. Lutero considerava o casamento como a melhor escola para moldar o caráter e a vida familiar um método excelente e apropriado para treinar e desenvolver as virtudes cristãs da firmeza, paciência, bondade e humildade.
Lutero faleceu em 1546, e Katharina ainda viveu por mais 6 anos. Ela chegou a ver seus filhos atingirem a idade adulta, alcançando posições de influência na sociedade, exceto aqueles que morreram na infância, causando grande sofrimento as pais: sua primeira filha (Elizabeth) que morreu aos 8 meses de idade, e a segunda filha (Madalena) que faleceu aos 13 anos. Para termos uma idéia desses sofrimentos, segue um breve relato. Quando Madalena adoeceu gravemente, Lutero orou: “Senhor, eu amo muito a minha filha, mas seja feita a tua vontade”. Ajoelhando-se junto à cabeceira de sua cama, falou: “Madalena, minha menina, eu sei que você gostaria de permanecer aqui com seu pai, e também sei que gostaria de ir encontrar-se com o seu Pai no céu. Ela, sorrindo, respondeu: ‘Sim, papai, como Deus quiser'”. Finalmente, depois de alguns dias, ela faleceu em seus braços, e no seu sepultamento, Lutero disse chorando: “Minha querida e pequena Lena, como você está feliz! Você ressurgirá e brilhará como o Sol e as estrelas… É uma coisa esquisita – eu saber que ela está feliz e em paz, e ainda assim, me sentir tão triste!”
Quanto aos outros filhos, o mais velho (Hans) estudou Direito e tornou-se conselheiro da corte. O segundo (Martin), estudou Teologia. O terceiro (Paul), tornou-se um médico famoso, e a terceira filha (Margareth) casou-se com um rico prussiano. A título de curiosidade: os descendentes de Lutero que ainda vivem, descendem de sua filha Margareth, dentre eles, o ex-presidente da Alemanha, Paul Von Hindenburg.
No mesmo ano da morte de Lutero (1546), Katharina deixou Wittenberg e fugiu para Dessau, devido à guerra smalkaldiana e, em 1552, viajou para Torgau, fugindo de uma peste que grassara em Wittenberg. Ela morreu em 20 de dezembro de 1552 na cidade de Torgau.
Encerro esse breve relato sobre a vida de Katharina citando o último testemunho do seu esposo. Escrevendo, certa vez, a um amigo, ele disse: “Minha querida Kate me mantém jovem, e em boa forma também… Sem ela, eu ficaria totalmente perdido. Ela aceita de bom grado minhas viagens e quando volto, está sempre me aguardando com alegria. Cuida de mim nas minhas depressões e suporta meus acessos de cólera. Ela me ajuda em meu trabalho, e acima de tudo, ama a Cristo. Depois Dele, ela é o maior presente que Deus já me deu nesta vida. Se algum dia, vierem a escrever a historia de tudo o que já tem acontecido (a Reforma), espero que o nome dela apareça junto ao meu. Eu oro por isso…”.
Ao tomar conhecimento dessa declaração, Katharina respondeu: “Tudo o que tenho feito se resume a simplesmente duas coisas: ser esposa e mãe, e tenho certeza que uma das mais felizes de toda a Alemanha!”.
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Este post é um apêndice do livro Grandes Mulheres da Reforma, de James I. Good, escrito e acrescentado na obra pela editora Layse Anglada, re-publicado nesse blog com permissão da Knox Publicações.
* Layse Anglada é dona de casa, secretária da FitRef – Faculdade Internacional de Teologia Reformada e colaboradora da Knox Publicações. Ela é esposa do Dr. Paulo Anglada, pastor daIgreja Presbiteriana Central do Pará, presidente da ARPAV e autor de diversos livros; com quem tem 3 filhos Káris, Paulus e Anna Layse e 6 netos.

Via Mulheres Piedosas

terça-feira, 3 de março de 2015

O que vem depois da morte?



Neste vídeo o Rev. Augustus Nicodemus Lopes, com base em Hebreus 9:27-28, fala a respeito da característica principal que identifica o Evangelho como a verdade de Deus, em comparação com outras vozes que soam no mundo religioso pretendendo vir da parte d'Ele. O que vem depois da morte?

Sermão pregado no último domingo, dia 02/03/2015, na Primeira Igreja Presbiteriana de Goiânia. Assista:




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Fonte: PIPG - Primeira Igreja Presbiteriana de Goiânia

segunda-feira, 2 de março de 2015

Por que seu casamento virou uma prisão?


Por Josemar Bessa


Tempos atrás alguém me disse que seu casamento era uma prisão. Como a cultura tem formatado a visão daqueles que dizem ser cristãos em nossos dias. A Bíblia diz:"Alegra-te com a mulher da tua mocidade." - Provérbios 5:18

Como isso é diferente do que nossa cultura ensina a cada dia. A Bíblia não diz: “Alegre-se na sua jovem esposa” – Apesar disso ser verdade também. Mas o que é enfatizado é “alegra-te com a mulher da tua mocidade” – Sim, aquela garota com quem você se casou quando ambos eram jovens. Já passou algum tempo deste então. Talvez tenha passado muito tempo. Mas NADA importante de fato mudou. Ela ainda é aquela garota que se deu a você diante de Deus no dia do seu casamento. Ela colocou-se nos seus braços. Da maneira mais profunda ela fez isso, vulnerável e confiante. Lembre-se disso todos os dias e maravilhe-se com isso. Deus planejou isso. Deus planejou assim o casamento.

Lembre-se daqueles dias, como costumavam rir e se divertir... é tua responsabilidade ter isso de novo e de novo... agora e sempre: "Alegra-te com a mulher da tua mocidade." – Sim, muitas coisas na vida mudam, e certamente mudaram. Vocês viram juntos uma quantidade de problemas e tristezas que jamais sonharam que veriam e sentiriam. Mas você ainda tem aquela garota... e ela conta mais do que todos os problemas do mundo e tristezas que possam ser vividas. Olhe para ela... anos e anos passaram... mas apesar da vida, muito não mudou. Pense sobre a fidelidade a você ao longo dos anos, apesar, você tem que reconhecer, das tuas falhas, fraquezas, defeitos... e tudo isso foi graça de Deus. Tua vida com ela é a expressão da misericórdia de Deus sobre você de muitas e variadas maneiras. Deixe o teu coração derreter de novo e de novo... e se glorie em Deus pelo plano eterno que é manifestado em teu casamento.

Teu casamento não é uma prisão... teu casamento, apesar do que afirma toda uma cultura a tua volta, que é voltada para o ego, não é uma sentença de morte – O casamento só é uma sentença de morte para o teu egoísmo. Teu casamento é uma fonte de alegria que flui da bondade e misericórdia de Deus. Que maravilha o plano de Deus no casamento, que cada dia mais visa a libertação do inferno do ego para um caminho de alegria que começa agora em nossa vida, e depois continua indefinidamente naquilo que ele representa na união de Cristo com sua igreja. Aqui essa alegria deve ser mais profunda e maior a medida que envelhecemos juntos e compartilhamos essa graça enquanto vivemos – esposa e esposo. A ordem não é só seguir adiante, é se alegrar: "Alegra-te com a mulher da tua mocidade."

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Fonte: Fides Reformata
Via Bereianos

sábado, 28 de fevereiro de 2015

A santificação é Monergística ou Sinergista? Uma análise reformada


Por Kevin DeYoung


Os termos monergismo e sinergismo se referem à obra de Deus na regeneração. Monergismo ensina que nós nascemos de novo somente através da obra de um (a palavra mono tem origem no grego e significa ‘um’, erg vem do grego e significa trabalho’). Sinergismo ensina que nós nascemos de novo através da cooperação humana com a graça de Deus (o prefixo sin vem do grego e significa “com”). Os reformadores se opuseram fortemente contra todo o conceito sinergístico para o novo nascimento. Eles acreditavam que dada a morte espiritual, a falha moral do homem, nossa regeneração é devido inteiramente a soberana obra de Deus. Nós não cooperamos e não contribuímos para nosso novo nascimento. Três vivas para o monergismo!

Mas o que nós deveríamos dizer sobre a santificação? Por um lado, cristãos reformados detestam a palavra sinergismo. Não queremos de maneira alguma sugerir que a graça de Deus é de algum modo desprezível na santificação. Nem queremos sugerir que o duro trabalho de crescimento em piedade não é um dom sobrenatural de Deus. Por outro lado, estamos em um terreno perigoso se afirmarmos que somos passivos na santificação da mesma forma que somos passivos na regeneração. Não queremos sugerir que Deus é o único agente ativo em nossa progressiva santificação. Então a questão é: A santificação é monergística ou sinergística?

Eu acho que é melhor ficar longe de ambos os termos. A distinção é muito útil (e muito importante) quando falamos acerca da regeneração, mas esses termos teológicos restritos confundem quando se fala acerca da santificação. Sinergismo soa como um palavrão para os reformados, então ninguém quer dizer isso. E ainda, monergismo também não é uma palavra adequada. Para transformá-la em uma palavra conveniente, nós temos que providenciar uma definição diferente da qual nós damos quando discutimos acerca do novo nascimento. O que significa dizer que regeneração e santificação são ambos monergísticos se nós estamos inteiramente passivos em um e ativos em outro?

Aqueles que dizem que santificação é monergística querem proteger a graça, a natureza sobrenatural da santificação. Aqueles que dizem que a ela é sinergística, querem enfatizar que devemos cooperar ativamente com a graça. Esses exemplos estão ambos corretos. Eu acredito ainda que é melhor defender esses dois pontos com uma cuidadosa explicação do que com termos que normalmente tem sido usados em polêmicas teológicas. Santificação é, ao mesmo tempo, um dom gracioso de Deus, e requer nossa ativa cooperação. Eu tentei mostrar em artigos anteriores que essas duas verdades são bíblicas. Nesse artigo eu quero mostrar que essas duas verdades são também notavelmente reformadas.

Deixe me dar alguns breves exemplos:

João Calvino (1509-64)

No Comentário de 2 Pedro 1:5 (“E vós também, pondo nisto mesmo toda a diligência, acrescentai à vossa fé…”), Calvino diz:

Visto que isso é um grande e árduo trabalho, eliminar a corrupção que há em nós, ele nos ordena a atacar e fazer todo o esforço possível para atingir esse propósito. Ele intima que não se deve dar lugar à preguiça, e que nós devemos obedecer ao chamado de Deus não brandamente ou descuidadosamente, mas que haja necessidade de diligência; conforme ele disse: “Empenhe todos os esforços, e faça seu zelo ser manifestado a todos.

Para Calvino, crescer em piedade é um trabalho difícil. Não há lugar para preguiça. Nós devemos nos esforçar para  obedecer com rapidez e diligência. O crente não é nada passivo na santificação.


Mas depois, enquanto comentava no mesmo verso, Calvino também adverte contra “o delírio” de que nós tornamos os movimentos de Deus eficazes, como se a obra de Deus não pudesse ser feita a menos que nós O permitíssemos fazer. Pelo contrário, “desejos santos são criados em nós por Deus, e são reproduzidos por Ele eficazmente.” Na verdade, “todo nosso progresso e perseverança provém de Deus.” Sabedoria, amor, paciência – todos eles são “dons de Deus e do Espírito”. Então, quando Pedro nos diz para empregar toda nossa diligência, “ele não está querendo dizer que [essas virtudes] são realizadas pelos nossos próprios esforços, mas somente mostra que devemos ter e que deve ser feito.

Francisco Turretini (1623-87)

Turretini emprega santificação como um termo teológico “usado estritamente para uma real e interna renovação do homem.” Nessa renovação, nós somos tanto receptores da graça de Deus quanto atores ativos dela.

[Santificação] segue a justificação e se inicia pela regeneração e é promovida pelo exercício da santidade e das boas obras, até que uma seja consumada na outra pela glória. Nesse sentido, ela é passiva, na medida em que é operada por Deus em nós, e em outro sentido é ativa, na medida em que deve ser feito por nós. Deus realiza seu trabalho em nós e através de nós. (Institutes of Elenctic Theology 2.17.1)

Quando se trata da graça de Deus na regeneração, Turrentini se opõe a “todos os sinergistas”. Ele tem em mente os Socinianos, Remonstrantes, Pelagianos, Semipelagianos, e especialmente os Católicos Romanos, que anatematizaram: “Eles dizem que o livre arbítrio do homem, movido e estimulado por Deus, coopera de alguma forma” no chamado eficaz (Concílio de Trento). Turrentini foi feliz em ser o tipo de monergista que foi contra Trento. Entretanto, ele faz um esclarecimento:

Esse assunto não diz respeito ao segundo estágio da conversão, em que é certo que o homem não é meramente passivo, mas coopera com Deus (ou melhor, opera em submissão a Ele). Na verdade, ele realmente acredita e se converte a Deus; se move ao exercício da nova vida. Antes, essa questão diz respeito ao primeiro momento quando ele é convertido e recebe nova vida na regeneração. Nós afirmamos que ele é meramente passivo nesse caso, como um sujeito que recebe e não como um princípio ativo (2.15.5).

Dada essa ressalva, é difícil pensar que Turrentini se sentisse confortável em dizer que santificação é monergística, embora ele certamente acreditasse que a santidade é trabalhada no crente por Deus.

Wilhelmus A Brakel (1635-1711)

Semelhantemente a Turrentini e Calvino, A Brakel deixa claro que a santificação é um trabalho de Deus. Somente Deus é sua causa” ele escreve: “Assim como o homem não pode contribuir para sua regeneração, fé e justificação, da mesma forma não pode contribuir para sua santificação” (The Christian’s Reasonable Service, 3.4). Isso pode soar como se fôssemos completamente passivos na santidade, mas não é o que A Brakel quer dizer:

Crentes odeiam o pecado, amam a Deus, e são obedientes, e fazem boas obras. Entretanto, eles não fazem isso por conta própria nem independentemente de Deus; antes, o Espírito Santo, tendo infundido vida neles na regeneração, Ele mantém essa vida pela Sua contínua influência, despertando, ativando e fazendo com que ela funcione em harmonia com sua natureza espiritual. (3.4)

Nós não contribuímos em nada para santificação, e o crescimento em piedade é um dom de Deus. No entanto, nós devemos ser ativos no exercício desse dom. A Brakel vai ainda além quando diz: “Homem, sendo assim movido pela influência do Espírito de Deus, age, santifica a si mesmo, se compromete na atividade a qual sua nova natureza deseja e na direção que ela está disposta, e faz o que ele sabe que é seu dever” (3.4, grifo do autor). É por isso que A Brakel depois exorta seus leitores a “fazer um diligente esforço para se purificar de toda contaminação da carne e da mente, aperfeiçoando sua santificação no temor a Deus. Permita me despertá-lo para a obra santa; incline seu ouvido e permita que essas exortações endereçadas a você entrem seu coração” (3.24). Então em um certo sentido (no nível da causa e da origem) nós não contribuímos em nada para santificação e em outro sentido (no nível da atividade e esforço) nós santificamos a nós mesmos.

Charles Hodge (1797-1878)

Nós achamos os mesmos temas – santificação como um dom e santificação como uma ativa cooperação – em um grande sistematizador de Princeton. Hodge enfatiza que a santificação é “sobrenatural” e que as santas virtudes na vida de um crente não podem “ser produzidas pelo poder da sua vontade”, ou por todos os recursos do homem, embora possam ser prolongadas no seu exercício. Elas são presentes de Deus, fruto do Espírito” (Systematic Theology, 3.215).

Entretanto, Hodge é rápido em acrescentar que essa obra sobrenatural da santificação não exclui “a cooperação como causa secundária” Ele explica:

Quando Cristo abriu os olhos dos cegos, nenhuma causa secundária se interpôs entre sua vontade e o efeito. Mas os homens desenvolvem sua própria salvação, enquanto Deus trabalha neles o querer e o fazer, de acordo com Sua própria vontade. No trabalho da regeneração, a alma é passiva. Ela não pode cooperar. Mas na conversão, o arrependimento, a fé, e o crescimento em graça, todos seus poderes são chamados a entrar em exercício. Quando, porém, os efeitos produzidos superam a eficiência de nossa natureza caída, isso se deve a atividade do Espírito, e a santificação não deixa de ser sobrenatural, ou uma obra da graça, porque a alma é ativa e coopera no processo (3.215).

Há muitas idéias importantes no resumo do Hodge. Primeiro, ele afirma que a santificação é uma obra da graça sobrenatural. Isso não é algo que vem de nós ou poderia ser efetuado por nós. Segundo, ele sugere que a alma é passiva (monergismo) na regeneração, mas não no restante de nossa vida espiritual (nota: “conversão” nesse trecho significa seguir Cristo, não se refere ao novo nascimento). Terceiro, ele não hesita em usar a linguagem da cooperação. Nós somos ativos no processo de santificação com Cristo enquanto Ele trabalha em nós.


Herman Bavinck (1854-1921)

Mais do que Hodge, e da mesma forma que Calvino, Bavinck enfatiza a natureza “em Cristo” da santificação. Ele quer que vejamos que não somos “santificados pelo que realizamos por nós mesmos”. Antes, a santificação evangélica “consiste na realidade de que, em Cristo, Deus também nos garante, junto com justiça, plena santificação, e não apenas atribui, mas também nos concede pela obra regeneradora e renovadora do Espírito Santo até que nós tenhamos sido completamente conformados à imagem de seu Filho” (Reformed Dogmatics, 4.248). Bavinck continua ao dizer que a doutrina romana da “justiça imputada” não está incorreta como tal. Os Crentes “realmente obtém a justiça de Cristo por imputação”. O problema é que Roma faz dessa justiça, um motivo para o perdão. A nós é dado o dom da justiça ( por Cristo “vindo habitar em nós pelo Espírito Santo e nos renovar a Sua imagem”), mas nós somos declarados justos somente pelo dom da justiça imputada (4.249).

Santificação, para Bavinck, é antes de tudo o que Deus faz em e por nós. Mas isso não é tudo que devemos dizer acerca da santificação:

É admitido, em primeiro lugar que [santificação] é uma obra e dom de Deus (Fp 1:5; 1Tess 5:23); um processo no qual se inicia na regeneração. Embora essa obra seja estabelecida nos homens, ela alcança, em segundo lugar, um sentido ativo, e as próprias pessoas são chamadas e capacitadas a santificar a si mesmas e a devotarem completamente suas vidas a Deus. (Rom. 12:1; 2 Cor. 7:1; 1 Tess. 4:3; Heb. 12:14; e assim por diante). (4.253)

Enquanto Bavinck pode estar mais decidido a enfatizar a natureza passiva da santificação do que usar a linguagem de cooperação, no final ele ataca os mesmos tópicos que nós vimos em Calvino, Turrentini, A Brakel, e Hodge. Bavinck não vê conflito “entre essa atividade de Deus realizada em graça e a busca da santificação pelos cristãos” (4.254). Ele exorta que os cristãos perdem o foco quando não conseguem conciliar esses dois significados. Santificação é um dom de Deus, e nós somos ativos nesse dom.

Louis Berkhof (1873-1857)

Nós percebemos em Berkhof a mesma tendência de se resguardar contra qualquer ideia de auto-ajuda por um lado e a inatividade humana por outro.

[Santificação] é uma obra sobrenatural de Deus. Alguns tem a ideia equivocada de que santificação consiste apenas no alongamento da nova vida, inserida na alma pela regeneração, apresentando motivos convincentes para o desejo. Mas isso não é verdade. Isso consiste fundamentalmente e principalmente em uma divina operação na alma, por meio da qual, uma santa disposição é originada na regeneração e fortalecida e as boas obras são aperfeiçoadas. (Systematic Theology, 532).

Em outras palavras, santificação é essencialmente uma obra de Deus. Embora seja também “uma obra no qual crentes cooperam.” Quando é dito que o homem participa na obra da santificação, isso não significa que o homem seja um agente independente nesse esforço, de forma que parte seria trabalho de Deus e parte do homem, mas significa apenas que Deus efetua a obra através do homem como um ser racional, requerendo dele uma cooperação piedosa e inteligente com o Espírito. (534)

Conclusão

Então o que vemos nessa breve análise de teólogos reformados. Para começar, não vimos exatamente as palavras monergismo ou sinergismo aplicada à santificação. Em segundo lugar, percebemos que, dadas certas restrições, cada termo pode ser usado com mérito.

“Monergismo” pode funcionar porque santificação é um dom de Deus, Sua obra sobrenatural atuando em nós.

“Sinergismo” também pode, pois nós cooperamos com Deus na santificação e ativamente nós esforçamos para crescer em piedade.

Em terceiro lugar, vemos nessa análise reformada a necessidade de sermos cautelosos com nossas palavras. Por exemplo, “passivo” pode descrever nosso papel na santificação, mas somente se nós também dissermos que há um sentido no qual somos ativos. Do mesmo modo, nós podemos usar a linguagem da cooperação desde que entendamos que santificação não depende fundamentalmente de nós. E se tudo isso parece confuso, você pode simplesmente dizer: nós desenvolvemos nossa santificação assim como Deus trabalha em nós (Fp 2:12-13). Essa são duas verdades que devemos proteger: o dom de Deus na santificação e a atividade do homem. Nós buscamos o dom, é como John Webster coloca. Eu atuo o milagre, é uma frase de Piper. Ambos estão dizendo a mesma coisa. Deus nos santifica e nós também santificamos a nós mesmos. Com certas restrições e definições, eu creio que Calvino, Turrentini, A Brakel, Hodge, Bavinck, e Berkhof concordariam plenamente.

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Fonte: The Gospel Coalition 
Tradução: Henderson Fonteneles

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Sexo: Vale tudo entre quatro paredes?



Por Renato Vargens


Definitivamente vivemos em dias onde o relativismo se transformou numa das principais caracteristicas dessa geração. Nessa perspectiva, uma grande quantidade de crentes em Jesus tem considerado normal o que as Escrituras condenam ultrapassando aquilo que a Palavra de Deus aprova. 

Para nossa tristeza já existem sex shop gospel (veja aqui), troca de casais gospel (veja aqui), além é claro de todo tipo de incentivo a promiscuidade sexual. 

Se não bastasse isso, tornou-se comum ouvir de pastores que na relação sexual do casal, tudo é lícito e tudo pode.  Volta e meia eu ouço alguém dizendo: "pare de caretice “Deus não se importa com o que o casal faz entre quatro paredes, desde que seja feito com amor, tudo é válido." 

Pois é, segundo estes, Deus não está preocupado se o casal é adpeto de sadomasoquismo, ou troca de parceiros, ou até mesmo se usa vibradores ou "brinquedos eróticos" Para os liberais da fé e comportamento o que importa é ser feliz e nada mais. Junta-se a isso que  tais pessoas defendem o s práticas que efetivamente ferem os principios deixados pelas Escrituras, como por exemplo, o sexo anal.

Ora, antes que alguém me apedreje me chamando de conservador ou fundamentalista, afirmo que sei que o sexo é bênção na vida do casal, e que o Criador criou homem e mulher para que além de procriarem, desfrutassem do prazer sexual. Contudo, a Bíblia não incentiva o homem a extrapolar os limites estabelecidos por Deus, antes pelo contrário, as Escrituras nos ensinam que o leito do matrimônio deve ser sem mácula. (Hebreus 13:04) 

Vale a pena ressaltar que a palavra grega "leito" é "koite" de onde vem nossa palavra "coito". Essa expressão não trata especificamente da cama onde o casal tem a relação íntima, mas da relação em si. Segundo a Bíblia o sexo só é permitido entre marido e mulher, contudo, mesmo entre marido e mulher a relação íntima precisa ser pura e santa, o que exclui comportamentos sadomosoquistas, sexo bestial, inversão de papeis, bem como qualquer outro tipo de pratica sexual que fira a Palavra de Deus.

Caro leitor, sexo é santo, maravilhoso e um presente de Deus para os casados. Isto posto, desfrute dele, sem contudo, banalizá-lo ou transformá-lo num comportamento que fere a santidade de Deus.

Por fim, lembre-se que do ponto de vista bíblico, liberdade, não significa libertinagem, como também, sexo não aponta para a castração do prazer; antes pelo contrário, sexo no casamento é uma dádiva divina  além é claro de glorificar a Deus

Pense nisso!

Renato Vargens

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

GRANDE ENCONTRO DE EX-ALUNOS DO IBN


COMEMORAÇÃO DOS 70 ANOS DO IBN.
dias 1º e 2 de Maio de 2015.
Na sexta (dia 1º) o dia todo será para a chegada dos ex-alunos e suas famílias e à noite teremos uma deliciosa "Social" no IBN com a participação de ex-alunos de várias gerações.
No sábado (dia 2) pela manhã teremos um "Compartilhar" no anfiteatro, com testemunhos de várias gerações sobre oque foi o IBN em sua vida e o que cada um está fazendo atualmente. A tarde será livre para passeio e confraternização. À noite teremos o Culto Solene na Igreja Presbiteriana Central onde o pregador será o Rev. Norval Oliveira, ex-aluno dos anos 1981-83,Missionário transcultural entre os índios há 26 anos.


O IBN oferecerá hospedagem econômica a custo de R$ 80,00 por pessoaincluindo as refeições (do almoço da sexta ao café da manhã do domingo) para os 50 primeiros a fazerem sua inscrição (trazendo roupa de cama e lembrando que não dispomos de alojamentos para casal).
Para os demais, há uma vasta rede hoteleira em Garanhuns. Aqui segue algumas sugestões de Hotel:
Hotel Tavares Correia. TEL (87) 3762-8700   E-mail >reservas@tavarescorreia.com Garanhuns Palace Hotel (87) 3762-8750 E-mail >reservas@garanhunspalace.com.br Hotel Rodrigues. (87) 3761-0441 E-mail >hotelrodrigues@hotmail.com Hotel Village Confort.  (87) 3761-3624  reservas@hoteisvillage.com.br Hotel Vivo Permanente. (87) 3762-9080  E-mail >hotelpermanente@hotmail.com Mael Plaza Hotel (87) 3762- 1222 E-mail >hotelmaelplaza@hotmail.com
Ou procure outros em http://www.hotelinsite.com.br/resultado.asp?742/garanhuns
Divulgue, programe-se, agende. VENHA. Vai ser inesquecível.
Mais informações no IBN pelo telefone (87) 3762-1678  Tim 9621-7777  Oi 8838-4034

Fonte: Site do IBN

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

A IGREJA É O REFLEXO DO SEU PASTOR



Por Silas Alves Figueira

A Igreja é o reflexo do seu pastor e, se o pastor se espelha nas Escrituras Sagradas, a igreja que ele pastoreia irá refletir esta mesma imagem. Mas o que temos visto por aí nesses últimos anos é uma total descrença no ministério pastoral, pois muitos não estão refletindo a imagem de Cristo. Foi feita uma pesquisa a respeito das três classes que estão mais desacreditadas e a conclusão que se chegou foi: os políticos, a polícia e os pastores. Isso tem ocorrido porque os pastores estão deixando de ser aquilo que pregam. Muitos estão mais envolvidos com as coisas dessa terra do que com o seu chamado. Charles Spurgeon dizia para os seus alunos: “Meus filhos, se a rainha da Inglaterra vos convidar para serdes embaixadores em qualquer país do mundo, não vos rebaixeis de posto, deixando de ser embaixadores do Reis dos reis e do Senhor dos senhores”. 

A crise que tem atingido a sociedade tem respingado na Igreja, e o pior, tem chegado até o púlpito. Embora estejamos vivenciando um crescimento numérico na Igreja Brasileira, não temos visto a transformação da nossa sociedade. Tudo isso é um reflexo de que a Igreja não tem tido uma mensagem transformadora, mas uma mensagem moldadora. Uma mensagem que faz bem aos ouvidos, mas que não transforma o coração. E tudo isso, infelizmente, vem do púlpito. Outros por medo de perderem o seu lugar na igreja local se tornam boca do povo para Deus e não boca de Deus para o povo, ou seja, pregam o que o povo quer ouvir e não o que eles precisam ouvir. 

Pastores que agem assim são, geralmente, pastores com muita “unção”, mas sem nenhum caráter. É bom lembrar que o caráter sustenta a unção e não vice versa. Há uma crise pastoral e ela precisa ser sanada muito rapidamente, para que a próxima geração não esteja totalmente perdida. Estamos vivendo uma crise ministerial isso é um fato. E isso começa com a teologia que muitos seguem. Muitos estão abraçando várias teologias, menos a bíblica. Vejamos o que tem atuado em muitas igrejas hoje: 

O Evangelho da Prosperidade – onde a benção e a graça de Deus sobre a pessoa é medida pelos bens que ela possui. Teologia esta que está na maioria dos púlpitos das igrejas pentecostais e neopentecostais. Descobri recentemente um detalhe interessante nesta teologia, que Cristo morreu na Cruz do Calvário para que eu tivesse muita saúde, carro zero, casa na praia e ser muito rico, ou seja, Jesus não passa de um gênio da lâmpada. 

Teologia Inclusiva – A Teologia Inclusiva, como a própria denominação sugere, é um ramo da teologia tradicional voltado para a inclusão, prioritariamente, dos homossexuais. Segundo os seus adeptos, a Teologia Inclusiva contempla uma lacuna deixada pelas estruturas religiosas tradicionais do Cristianismo, pois, por meio da Bíblia, compreende que todos os que compõem a diversidade humana, seja ela qual for, têm livre acesso a Deus por meio do sacrifício de Jesus Cristo na cruz. É o famoso venha como está e fique como está. 

Alguns textos que condenam o homossexualismo: Gn 19; Lv 18.22, 20.13; Rm 1.24-28,32; 1Co 6.9,10; 1Tm 1.8-10. Mas Deus é poderoso para mudar a vida dessas pessoas. 

Teísmo Aberto ou Teologia Relacional – O atributo mais importante de Deus é o amor. Todos os demais estão subordinados a este. Isto significa que Deus é sensível e se comove com os dramas de suas criaturas. Deus não é soberano. Deus ignora o futuro, pois Ele vive no tempo, e não fora dele. Ele aprende com o passar do tempo. Deus se arrisca. Ao criar seres racionais livres, Deus estava se arriscando, pois não sabia qual seria a decisão dos anjos e de Adão e Eva. E continua a se arriscar diariamente. Deus corre riscos porque ama suas criaturas, respeita a liberdade delas e deseja relacionar-se com elas de forma significativa. 

Igrejas Emergentes – As igrejas emergentes estão mais preocupadas com o ouvinte do que com a mensagem em si, e em seu desejo de pregar um evangelho que seja “aceitável” ao homem pós-moderno, acabam por negligenciar os pressupostos básicos do cristianismo, chegando mesmo a negar a literalidade do nascimento virginal de Cristo, seus milagres, a ressurreição de Jesus e a existência do inferno eterno. É “a preferência pela vivência correta ao invés da doutrina correta”. Teologia passa longe dessas igrejas. 

Missão Integral – Esse evangelho não passa de uma variante protestante da Teologia da Libertação. Os que defendem essa teologia são líderes cristãos que continuam trancados no armário do socialismo.[1] 

Teologia Liberal (Liberalismo Teológico) – A “Teologia Liberal é um movimento que, iniciado no final do século XIX na Europa e Estados Unidos, tinha como objetivo extirpar da Bíblia todo elemento sobrenatural, submetendo as Escrituras ao crivo da crítica científica (leia-se ciências humanas) e humanista. No liberalismo teológico, geralmente, não há espaço para os milagres, profecias e a divindade de Cristo Jesus”. Relativizando a autoridade da Bíblia, o liberalismo teológico estabeleceu uma mescla da doutrina bíblica com a filosofia e as ciências da religião. Ainda hoje, um autor que não reconhece a autoridade final da Bíblia em termos de fé e doutrina é denominado, pelo protestantismo ortodoxo, de “teólogo liberal”. Um pequeno exemplo nós encontramos em relação à existência de Jó. Para os liberais ele não passa de uma alegoria, mas então eu me questiono porque que em Ez 14.14, 20; Tg 5.11 falam dele como se ele fosse um personagem real? Então eu fico com a Bíblia e não com os defensores dessa teologia. Bem disse Jesus “Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus” (Mt 22.29). 

O que temos visto hoje em dia, são muitos pastores confusos teologicamente em seus ministérios. O Rev. Hernandes Dias Lopes nos fala que a igreja evangélica brasileira vive um fenômeno estranho. Estamos crescendo explosivamente, mas ao mesmo tempo estamos perdendo vergonhosamente a identidade de evangélicos. O que na verdade está crescendo em nosso país não é o evangelho, mas outro evangelho, um evangelho híbrido, sincrético e místico. Vemos prosperar nessa terra uma igreja que se diz evangélica, mas que não tem evangelho. Prega sobre prosperidade, e não sobre salvação. Fala de tesouros na terra, e não de tesouros no céu. 

Nessa babel de novidades no mercado da fé, o Rev. Hernandes Dias Lopes identifica alguns tipos de pastores:[2] 

Primeiro, há pastores que são mentores de novidades. São pastores marqueteiros. Quando um pastor entra por esse caminho, precisa ter muita criatividade, pois uma novidade é atraente por algum tempo, mas logo perde seu impacto. Aí é preciso inventar outra novidade. É como chiclete. No começo você mastiga, ele é doce, mas depois você começa a mastigar borracha. 

Segundo, há pastores que são massa de manobra. São pastores sem rebanho que estão a serviço de causas particulares de obreiros fraudulentos. 

Terceiro, há pastores que deliberadamente abandonaram a sã doutrina. Muitos pastores inexperientes, discipulados por esses mestres do engano, abandonam o caminho da verdade e se capitulam à heresia. É importante afirmar que o liberalismo é um veneno mortífero. Aonde ele chega, mata a igreja. Há muitas igrejas mortas na Europa, na América do Norte e, agora, há igrejas que estão flertando com esse instrumento de morte também no Brasil. Não temos nenhum registro de um liberal que tenha edificado uma igreja saudável. Não temos nenhum registro de um liberal que tenha sido instrumento de Deus para um grande reavivamento espiritual. 

Quando uma igreja chega ao ponto de abandonar sua confiança na inerrância e suficiência das Escrituras, seu destino é caminhar rapidamente para a destruição. 

A teologia define o caráter e à medida que o pastor se afasta da teologia bíblica, automaticamente ele irá se afastar de Deus e seguir outra direção. Mudar a mensagem para agradar aos ouvintes é mercadejar a Palavra de Deus. Os bancos não podem controlar o púlpito. O pastor não pode ser seduzido pelas leis do mercado, mas deve ser um fiel despenseiro de Deus (1Co 4.1,2). O dever do pregador não é encher o auditório, mas encher o púlpito. Querendo as pessoas ou não ouvir a verdade, não temos que fazer marketing religioso e de falar apenas o que elas querem ouvir. A crise moral e espiritual está por demais enraizadas para ser solucionada com remendos superficiais. Por isso precisamos urgentemente reavaliar a nossa teologia, a nossa fé e o nosso ministério para não cairmos também no descrédito assim como muitos tem caído. 

Notas: [1] Venâncio, Norma Braga. A Mente de Cristo Conversão e Cosmovisão Cristã. Ed. Vida Nova, São Paulo, SP, 2012: p. 49. [2] Lopes, Hernandes Dias. De: Pastor A: Pastor. Ed. Hagnos, São Paulo, SP, 2008: p. 22,23.

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Pastor Silas Figueira é colunista do blog NAPECMistério Beréia e colaborador do Púlpito Cristão

A ambiguidade da ambivalência pós-moderna

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Por Thomas Magnum


Ao falarmos de pós-modernidade estamos pisando no campo do incerto, da absolutização da relatividade, estamos focando numa tensão de valores e conceitos que estão além da permanência do conceito de dogma; seja no campo cultural, filosófico ou teológico. A pós-modernidade é somente uma questão epistemológica? É somente uma simbiose antitética? Não, é uma questão que envolve verdade. A pós-modernidade põe em jogo a questão da verdade absoluta, a pós-modernidade é a ascensão do relativismo - ético, filosófico, político, religioso. Quem é o maior inimigo do cristianismo, a pós-modernidade ou a modernidade? No leito da modernidade que era antagônico ao cristianismo ainda víamos distinções claras na antítese, a ambivalência aparente, na pós-modernidade a mistura é perniciosa e venenosa à igreja. Da era pós-moderna emerge uma besta fera axiomática ambivalente.

Na era da informação contemplamos o conteúdo, da expressão fotográfica, da vida pública internáutica e do derretimento dos icebergs da moral e da ética. Na discussão de validade de neologismos ideais e neoplatônicos, quem sai perdendo é o conceito, a definição, a delimitação, a verdade. Kant estaria certo juntamente com Schopenhauer, mesmo sendo antagônicos? Ou incluiríamos Friedrich Engels também como portador da verdade relativizada e contrastada com Kant e Schopenhauer?

Ao apontar uma ambiguidade pós-moderna, mostramos o absurdo, o contraditório, o inconsequente. O que mede a ética pós-moderna? Qual é sua fonte de autoridade? O pós-modernismo acusa o cristianismo de dogmatizar, de recorrer a sua fonte de autoridade, a Bíblia. Mas não teria o pós-modernismo uma fonte de autoridade? A nossa é externa, a deles interna, divinizando a autonomia da razão, seu empirismo os arrasta a um abismo semântico, e também ao que Schaeffer chamou de misticismo semântico. Seu salto é no desconstrutivismo de Derrida ou no fundacionismo de Descartes. E o que garante sua autoridade acima da Palavra do Deus eterno?

O pós-moderno diz que Jesus estava certo, mas, que Maomé também. Diz que Nietzche está correto e que Chersterton também. Diz que o Darwin estava certo e Pascal também. O que vale é absorver na esponja do plural, do relativo. No entanto o cristianismo é contracultural e supracultural. Jesus ensinava – Em verdade vos digo, e os Fariseus questionavam essa autoridade autônoma que Ele carregava em seus ensinos, a autonomia pertencente à deidade. Jesus ensinou ser Ele A verdade, O Caminho e A Vida. O cristianismo é exclusivista e não negocia a verdade em partículas contraditórias como o pós-moderno, o cristianismo apregoa a revelação do Deus triúno, o Deus da verdade, e não dilacera seu ensino misturando tudo num liquidificador filosófico/Pluralista/Relativista. O Cristianismo é Cristo, Cristo é a Verdade. Nesse conhecer do conceito de absoluto, está o Deus que tudo criou e que nos deu sua Palavra e somente por meio dela teremos as lentes certas para entender a cultura, as artes, a política, a ciência, a religião. Quem paga o peço da ambivalência dos pós-modernos? Eles mesmos.

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Fonte: Bereianos

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