segunda-feira, 21 de abril de 2014

O problema do mal

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Por W. Gary Crampton


Ronald Nash escreveu que “o mais sério desafio ao teísmo foi, é e continuará sendo o problema do mal”.[1] Warren acredita que “parece não haver acusação mais freqüente e forte ao teísmo de tradição judaico-cristã” que a complicação decorrente da existência do mal.[2] E David E. Trueblood sustenta com ousadia que o obstáculo representado pela existência do mal e do sofrimento no mundo é uma “evidência em favor do ateísmo”.[3] 

Os próprios autores bíblicos não fogem do tema da relação entre Deus e o mal. O profeta Habacuque queixou-se, Tu, que tens olhos tão puros que não podes ver o mal, nem contemplar a perversidade, por que olhas para os que procedem traiçoeiramente e te calas enquanto o ímpio destrói aquele que é mais justo do que ele?” (1:13). E Gideão perguntou, Ai, Senhor meu, se o Senhor é conosco, por que todo este [sofrimento] nos sobreveio?” (Juízes 6:13). 

Se, de acordo com a Bíblia, Deus, que é onipotente e bom, decretou desde toda a eternidade tudo o que vem a acontecer, e se Ele, soberana e providencialmente, controla todas as coisas, porque Ele não seria o autor do mal? Como pode o mal existir no mundo? Como justificar as ações de Deus na causação do mal, do sofrimento e da dor? Esta é a questão da “teodicéia”. Esta palavra, que supostamente foi elaborada pelo filósofo alemão Gottfried Leibniz (1646-1716), derivou-se de duas palavras gregas (theos, Deus, e dike, justiça) e está relacionada com a justificação da bondade e correção de Deus em face ao mal no mundo. 

Como nós veremos, entretanto, o problema do mal não é um argumento tão corrosivo quanto parece. Na realidade, como Gordon Clark afirmou, “enquanto diversas outras doutrinas se desintegraram neste ponto, o sistema conhecido como calvinismo e expresso pela Confissão de Fé de Westminster oferece uma resposta satisfatória e completamente lógica”.[4] A resposta, como veremos, repousa no ponto de partida epistemológico do cristianismo: a Palavra de Deus. 

Através dos séculos, tem havido numerosas tentativas quase-cristãs de lidar com este assunto. Mary Baker Eddy, a fundadora da Igreja de Cristo Cientista, simplesmente negava que o mal existisse; ou seja, o mal é ilusório. Mais recentemente, E. S. Brightman e Rabi Harold Kushner optaram por um deus finito. Seu deus é limitado em poder ou inteligência; assim, não pode ser acusado pelo mal existente no mundo. O zoroastrismo e o maniqueísmo, por sua vez, apontam explicitamente para um princípio dualista no universo. O bem e o mal existem tanto co-eterna, como independentemente, na forma de divindades finitas. Nenhuma dessas divindades destruiu a outra até agora. Isto explicaria a mistura de bem e mal no nosso mundo. Leibniz argumentou de forma racionalista que Deus era moralmente obrigado a criar “o melhor dos mundos possíveis”. Assim, em que pese haver mal no mundo, Deus deve ter concluído que este era o melhor de todos os mundos possíveis.

Estas teorias, é claro, estão longe de ser uma teodicéia bíblica. A Bíblia deixa muito claro que o mal não é ilusório. O pecado é real; provocou a queda do homem e a maldição de Deus sobre todo o cosmos.[5] Também Deus não deve ser visto como menos que uma divindade onipotente e onisciente. Ele é o Criador ex nihilo do universo. Mais ainda, o fato de Deus ser o Criador e Sustentador de todas as coisas vai de encontro a qualquer forma de dualismo.[6] Deus não sofre nenhuma concorrência.

Leibniz também está errado. Ele fala da responsabilidade moral de Deus de criar o melhor dentre os mundos possíveis. Leibniz tem uma visão invertida. Deus não escolheu este mundo porque ele é o melhor; ao invés, ele é o melhor porque Deus o escolheu. As escolhas de Deus não são determinadas por nada ou ninguém fora dele mesmo. Calvino claramente entendeu este princípio quando ele escreveu: “Pois a vontade de Deus é de tal modo a regra máxima de retidão que aquilo que Ele deseja, pelo simples fato de que Ele o deseja, deve ser considerado correto. Quando, portanto, alguém quer saber a razão da vontade de Deus, está procurando uma coisa maior e mais elevada que a vontade de Deus, algo que não pode ser encontrado”.[7] 

Do mesmo modo, a visão de Leibniz também tende a eliminar a responsabilidade do homem pelo pecado ao representar o pecado por pouco mais do que um infortúnio que lhe sobreveio. Novamente, a Bíblia é muito clara ao declarar que o homem é responsável pelo seu pecado. Na oração de arrependimento de Davi, no Salmo 51, ele põe a culpa não em Deus, nem em sua mãe, nem em Adão, embora todos fossem elos na cadeia que levava às suas ações pecaminosas. Ao contrário, com sinceridade Davi põe a culpa no pecador: ele mesmo.

Agostinho, bispo de Hipona, também ponderou sobre a natureza do mal. Na suaCidade de Deus, como em seus outros escritos, ele sustentava que desde que Deus criou todas as coisas “boas” (Gêneses 1:31), o mal não pode ter uma existência própria. O mal é a ausência do bem, como a escuridão é a ausência da luz. O mal, portanto, não é a presença positiva de alguma coisa. Desse modo, disse Agostinho, o mal não pode ser a causa eficiente do pecado; trata-se, sim, de uma causa deficiente na criatura. O mal, sendo a ausência do bem, ou a presença de um bem menor, é o resultado de a criatura se afastar dos mandamentos de Deus em direção a algo menos bom: a vontade da criatura. Aqui está a essência do mal: é a criatura, não Deus, o autor do pecado. Mas isto também não nos oferece uma solução. Como Clark escreveu, “causas deficientes, se as há, não explicam porque um Deus bom não abole o pecado e garante ao homem sempre escolher o bem mais elevado”.[8]

O arminianismo, como um sistema quase-cristão, também falha em nos dar a solução. Os teólogos arminianos atribuem a origem do mal ao livre arbítrio do homem, em vez de à vontade de Deus, estabelecendo um outro tipo de dualismo. Na sua liberdade, Adão escolheu pecar, à parte da vontade soberana de Deus. Adão tinha uma “liberdade de indiferença” em relação à vontade de Deus. Deus “apenas permitiu” que o homem pecasse. Esta visão, contudo, não resolve o problema. Clark explicou: “Apesar de a idéia de que Deus permite o mal, sem decretá-lo, parecer absolvê-lO da acusação de ser o autor do pecado, deve se ter cuidado tanto em relação à lógica do argumento, como em relação ao conteúdo das Escrituras. Deus permitiu Satã afligir Jó, mas, uma vez que Satã não poderia ter agido sem a Sua aprovação, a idéia de permissão dificilmente exonera Deus. Afinal, a santidade perfeita é mais compatível com a aprovação ou a permissão do mal satânico? Se Deus pudesse ter evitado, não apenas a provação de Jó, mas todos os outros pecados e tentações a que a humanidade está sujeita – e, ao contrário, Ele os previu e decidiu deixá-los ocorrer – seria Ele menos repreensível [nesta perspectiva] do que se positivamente os decretasse? Se um homem pudesse salvar um bebê de uma casa em chamas, mas decidisse permitir que o bebê morresse queimado, quem se atreveria a dizer que ele fora moralmente perfeito na sua decisão?”.[9]

Um conceito tão pouco cristão de permissão e livre arbítrio não pode coexistir com o atributo da onipotência. Nem o ponto de vista arminiano sobre o livre arbítrio é compatível com a onisciência de Deus, uma vez que onisciência resulta num futuro fixo. Se Deus prevê todas as coisas, então necessariamente elas ocorrerão; de outro modo, elas não poderiam ser “previstas”. Deus previu e até mesmo preordenou a crucificação de Seu Filho pelas mãos de pecadores. Os homens que levaram a cabo o ato são responsáveis pelos seus pecados (Atos 2:22-23; 4:27-28). Poderiam eles ter agido de modo diferente? Poderia Judas Iscariotes não ter traído Jesus Cristo? Perguntar estas questões é respondê-las. 

A teologia cristã não nega que Adão (como aliás, todos os homens após ele) tenha tido “livre arbítrio” enquanto “agente moral livre”. Homens não são rochas nem máquinas. Todos os homens pensam e escolhem (neste sentido do termo); de outro modo, não poderiam agir. Os homens escolhem o que querem pensar e fazer; na realidade, eles não podem fazer mais que escolher. O que a teologia cristã faz é negar que o homem tenha a “liberdade de indiferença”. Sua capacidade de escolher está sempre governada por fatores, como o seu intelecto, os seus hábitos e assim por diante. Todas as suas escolhas são determinadas pelos decretos eternos de Deus.

Isto não é apenas verdade em relação ao homem pós-Queda, como também em relação ao Adão anterior a Gênesis 3. A maior diferença é que o homem pós-Queda, apesar de permanecer um agente moral, perdeu o que Adão possuía originalmente: a capacidade de escolher o que Deus requer. O homem caído, no seu estado de total depravação, sempre escolhe aquilo que deseja, mas sua mente pecaminosa e em revolta contra Deus determina que ele sempre escolha o mal (Rm 3:9-18; 8:7-8; Ef 4:17-19). A capacidade de escolher o bem só é restaurada através da regeneração.

Assim, o homem nunca se encontra indiferente na sua vontade de fazer alguma coisa. Deus determinou todas as coisas que venham a ocorrer. A soberania de Deus não mina, mas, ao invés, estabelece a responsabilidade do homem. AConfissão de Fé de Westminster (3:1, 5:2, 4), afirma com razão que:
“Desde toda a eternidade, Deus, pelo conselho sábio e santo de Sua própria vontade, livre e imutavelmente, ordenou tudo o que venha a ocorrer: ainda assim, nem Deus é o autor do pecado, nem a vontade das criaturas é violentada, nem a liberdade ou contingência das causas secundárias deixa de existir, sendo, ao invés, estabelecida. Apesar de que, pela presciência e pelo decreto de Deus – a primeira causa –, todas as coisas venham a ocorrer de modo imutável e infalível; ainda assim, pela mesma providência, Ele ordena que elas aconteçam de acordo com a natureza das causas secundárias, seja de modo obrigatório, ou livre, ou contingencial. O poder ilimitado, a sabedoria insondável e a bondade infinita de Deus, manifestam-se na Sua providência, que inclui até mesmo a primeira Queda e todos os outros pecados de anjos e homens, não como uma simples permissão, mas de modo tal que reúne a sabedoria e o poder limitante de Deus, que os ordena e governa para os Seus objetivos sagrados; e ainda assim, a pecaminosidade do ato procede apenas da criatura e não de Deus, que, sendo o mais santo e justo, nem é nem pode ser o autor ou aprovador do pecado.”

Deus, afirma a Confissão, é a causa soberana primeira de todas as coisas, muitas das quais ocorrem através das ações livres dos homens. O fim decretado por Deus nunca deve ser separado dos meios que Ele também decretou como causas secundárias. Deus, escreveu Clark, “não dispõe as coisas nem controla a história à parte das causas secundárias... Deus não decreta [o fim] sem os meios. Ele decreta que o fim deve realizar-se através dos meios”.[10]

Esta é a explicação, de acordo com a Confissão, para Deus não ser considerado “o autor ou aprovador do pecado”. Deus é a causa soberana primeira do pecado, mas não é o seu autor. Apenas as criaturas podem cometer e de fato cometem pecado. Esta visão, ensinada pela Confissão de Westminster, é o conceito calvinista de determinismo. A palavra determinismo geralmente carrega uma conotação ruim, mas não deveria ser assim. Determinismo expressa uma visão de Deus bastante bíblica e elevada, além de oferecer a única teodicéiaplausível. Deus determina ou decreta cada acontecimento da história e cada ação de suas criaturas, inclusive o homem.

Mais ainda, o que Deus decreta é certo, simplesmente porque Deus decreta; Deus não comete erros. Deus, afirma as Escrituras, não se justifica perante ninguém: “Ele não presta contas de Seus atos” (Jó 33:13). Ele é o legislador (Is 33:22); o homem está sob a lei. Deus não tem que se explicar com ninguém; Ele é ex lex (“acima da lei”), enquanto o homem está sub lego (“debaixo da lei”). Os Dez Mandamentos são obrigação para o homem, não para Deus. A única precondição para a responsabilidade é que um legislador – neste caso, Deus. Desse modo, o homem é necessariamente responsável pelo seu pecado, porque Deus o tem como responsável; o que Deus faz, é justo por definição, e Deus encontra-se completamente livre da acusação de ser o autor do pecado.

O determinismo expresso nos enunciados da Confissão de Westminster não é o mesmo que fatalismo ou behaviorismo (comportamentalismo). No fatalismo, deus, ou os deuses, ou o destino, determinam alguns, se não todos os resultados, aparentemente sem relação com os meios. No behaviorismo, as ações do homem são determinadas não por Deus, mas pela química no cérebro e nos músculos. 

Alguém poderá objetar: “Assassinar não é pecado e contra a vontade de Deus? Então, como pode Deus desejar isto?” A resposta está em Deuterononômio 29:29: As coisas encobertas pertencem ao Senhor nosso Deus, mas as reveladas nos pertencem a nós e a nossos filhos para sempre, para que observemos todas as palavras desta lei.” Aqui, Moisés distingue entre a vontade decretiva de Deus (“coisas encobertas”) e Sua vontade normativa (“as coisas reveladas”). A vontade decretiva (os decretos de Deus) determina o que vai acontecer; a vontade normativa (os mandamentos de Deus) é a lei que os homens são obrigados a obedecer. A vontade decretiva está, em sua maior parte, escondida na mente de Deus; não cabe ao homem conhecê-la, a não ser que Deus a revele. A vontade normativa, por sua vez, encontra-se inteiramente revelada nas Escrituras. Trata-se da vontade de Deus para o homem, segundo a qual ele deve viver. Assim sendo, cabe a nós e a nossos filhos conhecê-la e obedecê-la. Na realidade, a palavra vontade é ambígua, sendo preferível falar de mandamentos e decretos de Deus. O homem é considerado responsável pela sua desobediência aos mandamentos de Deus, e não aos decretos de Deus. O homem não pode desobedecer aos decretos de Deus, uma vez que Deus é soberano. No exemplo já citado, Deus decretou, desde toda a eternidade, a crucificação de Cristo, e, ainda assim, quando levada a cabo pelas mãos de pecadores, ela foi contrária à lei moral, isto é, aos mandamentos de Deus.

Assim, sentados sobre a “fundação de rocha” que é a Palavra de Deus, o nosso ponto de partida axiomático (Mt 7:24-25), nós temos uma resposta ao problema do mal. Deus, que é totalmente santo e perfeito, soberanamente decreta que o mal ocorra para os Seus próprios bons propósitos (Is 45:7). Apenas porque Ele decretou, Sua ação é correta. Como observou Jerome Zanchius:

“A vontade de Deus é de tal modo a causa de todas as coisas, quanto ela própria não tem causa, uma vez que não há nada que possa ser a causa daquilo que causa todas as coisas. Assim, nós encontramos todo assunto resolvido, em última instância, na simples satisfação soberana de Deus. Ele não tem outro motivo para aquilo que faz, além da ‘ipsa voluntas’ , Sua mera vontade – vontade esta tão longe de ser injusta, quanto ela é a própria justiça”.[11]

O pecado e o mal existem, portanto, por boas razões: Deus os decretou como parte do Seu plano eterno e eles ocorrem não apenas para a Sua própria glória, mas também para o bem do Seu povo. Com essa premissa bíblica na mente, é fácil responder a anti-teístas, tais como David Hume, que argumentam que a presença do mal no mundo milita contra a existência do Deus cristão. Hume, por exemplo, argumenta do seguinte modo:

      1. Um deus bom evitaria a ocorrência de todo o mal.
      2. Um deus onisciente e onipotente pode evitar todo o mal
      3. O mal existe no mundo
      4. Assim, ou Deus não é bom, ou não é onisciente, ou não é onipotente.[12]

Um dos problemas com o argumento de Hume é o seu ponto de partida. Sua primeira premissa é falsa. Assumindo, para o bem do argumento, que Hume possa definir coerentemente “bem”, “mal” e “bom”, não se segue que um deus bom prevenirá todo o mal de ocorrer. Hume assume que um deus bom é bom para todas as suas criaturas, mas as Escrituras explicitamente negam esta premissa. Todas as coisas operam juntas para o bem, não de todas as criaturas, mas apenas daqueles que foram chamados segundo o Seu propósito.

Encontrar solução para o problema do mal é uma questão de adotar o ponto de partida correto. Com a Bíblia como nosso ponto de partida axiomático, a existência do mal não é, de modo algum, um problema significante. Na realidade, a existência do mal é um assunto bem mais problemático na visão do não crente. Sem um padrão coerente de certo e errado, bem e mal, como pode alguém definir o mal? O problema do mal não pode ser coerentemente resolvido em terrenos não-cristãos. Apenas em terrenos cristãos e com fundamentos cristãos, i.e., as Escrituras, pode-se explicar o propósito do mal no mundo. 

Finalmente, uma teodicéia bíblica sustenta, como afirma a Confissão de Fé de Westminster, que tudo que Deus decreta e providencialmente faz acontecer é “para louvar a Sua gloriosa graça...para a Sua própria glória”. Robert Reymond observa corretamente que “a visão de todas as Escrituras é que o propósito supralapsariano de Deus, ao criar o mundo, era que Ele fosse glorificado (Is 43:7,21; Ef 1:6-14) através da glorificação do Seu Filho, como o primogênito entre os irmãos (Rm 8:29) e o Senhor da Sua igreja (Fl 2:11; Cl 1:18). A raison d’être [razão de ser] da criação é, portanto, servir aos propósitos redentores de Deus”.[13]

Desse modo, é logicamente consistente que a Queda da humanidade tenha ocorrido, em última instância, para que Deus seja glorificado através da glorificação de Seu Filho. Ou seja, a Sua predeterminação da Queda, como a Sua ação providencial no sentido de torná-la realidade, foram necessários. Deus os planejou para a Sua própria glória. Em Rm 5:12-19, o apóstolo Paulo toca neste ponto. Ali nós lemos que Adão e Cristo são as cabeças capitais de duas espécies de pacto. Torna-se necessário postular que, se Adão tivesse passado com sucesso na sua provação no Jardim (ou seja, o pacto das obras), ele teria sido confirmado por Deus na sua retidão positiva. Ele teria passado do estado de posse pecare (possível de pecar) para o estado de non posse pecare (não possível de pecar). A retidão de Adão seria então imputada a todos os seus descendentes (ou seja, a toda a raça humana). E toda a raça humana olharia agradecida a ele, e não a Cristo, o Salvador. Para toda a eternidade, Deus então repartiria Sua glória com a Sua criatura: Adão. Ironicamente, a obediência de Adão conduziria à idolatria. Desse modo, este mundo alternativo é logicamente impossível. Apenas o mundo atual, em que ocorreu a Queda do homem, é logicamente possível e resulta na glória única de Deus. Tivesse Adão obedecido, não haveria papel para Jesus Cristo como o “o primogênito entre os muitos irmãos” e o Senhor da Sua igreja. E o Pai não receberia a glória pela Sua obra através do Filho.

Parece, assim, que a visão supralapsariana do propósito da criação está de acordo com a perspectiva de muitos puritanos, que referiam-se ao evento descrito em Gênesis 3 como “a afortunada Queda”. Não apenas trata-se do único universo logicamente consistente em que o mal existe para os propósitos de Deus, como o povo de Deus se torna bem mais abençoado por causa da encarnação de Cristo do que ele poderia ser através de um Adão obediente.

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Notas:

[1] Faith and Reason (Zondervan, 1988), 177.
[2] Thomas B. Warren, Have Atheists Proved There is No God? (Gospel Advocate Co., 1972), vii.
[3] Philosophy of Religion (Harper and Row Publishers, 1957), 231.
[4] God and Evil (The Trinity Foundation, 1996), 7.
[5] Mesmo que o mal fosse ilusório (que não é), existiria ilusões que teriam de ser contabilizadas como ilusões do mal.
[6] Na realidade, o sistema filosófico chamado dualismo é um absurdo. Se houvesse duas divindades co-eternas e co-iguais, não poderíamos dizer que uma era boa e outra mal. Ou seja, sem um padrão superior para determinar o que é o bem e o que é mal, o bem e o mal não podem ser dito de qualquer coisa. Mas, se houver um padrão tão superior (isto é, algo acima das duas divindades), então não há dualidade final.
[7] Institutes of the Christian Religion. Translated by Ford Lewis Battles (Westminster, 1960), III:23:2.
[8] God and Evil, 9.
[9] Gordon H. Clark, First Corinthians (The Trinity Foundation, 1975, 1991), 156-157.
[10] Gordon H. Clark, What Do Presbyterians Believe? (Presbyterian and Reformed, 1956, 1965), 38.
[11] Cited in Gordon H. Clark, An Introduction to Christian Philosophy (The Trinity Foundation, 1993), 113-114.
[12] David Hume, Dialogues Concerning Natural Religion, in God and Evil, edited by Nelson Pike (Prentice Hall, 1964).
[13] Robert L. Reymond, God and Man in Holy Scripture (unpublished syllabus, Covenant Theological Seminary, 1990), 126, 127, 142.

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Fonte: The Trinity Foundation
Tradução: Claudia Bessa
Via: O Calvinismo
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SERVOS DE DEUS, MAIS UMA EXCELENTE OBRA DE FRANKLIN FERREIRA


A Editora Fiel acabou de lançar mais uma obra do autor Franklin Ferreira. 

O livro ‘Servos de Deus é um rico estudo da espiritualidade cristã, feito a partir da biografia de trinta e dois importantes personagens da história da igreja, cujas vidas serviram e servem de edificação, desafio, correção, conforto e estímulo para a peregrinação do cristão hoje. 

Na minha opinião, Franklin  pode ser considerado um dos melhores escritores do Brasil. Seus livros além de ricos e profundos, estão encharcados de vida e piedade. 

Louvo a Deus pela vida de Franklin que com profundidade, graça e sabedoria, brinda a igreja brasileira com mais um excelente livro. 

Veja abaixo um vídeo em que o autor fala da sua obra!

Recomendo a todos!

Renato Vargens




Fonte: Blog de Renato Vargens

A adoração dos santos e das imagens

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Eu sou o Senhor teu Deus (…) Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem esculpida (…) Não te encurvarás diante delas, nem as servirás (…)
Êxodo 20.2-5
Conta-se que Pompeu ficou muito admirado ao ver que o Templo de Jerusalém não continha imagens, nem mesmo a do Deus Jeová, e a grande perseguição por parte do imperador filósofo Marco Aurélio, segundo o historiador luterano Moshein, ocorreu por serem os cristãos “considerados ateus, porque não possuíam templos, nem altares, nem vítimas, nem sacerdotes, nem pompa alguma na qual o povo julgava consistir a essência da religião”.
Como dissemos, a hierarquia deve ter recebido de bom grado o ato de tolerância de Constantino, produzido com a manifesta intenção de aumentar os seus adeptos, influência e poderio. Muitos ídolos do paganismo incorporaram-se à Igreja Católica, e hoje sobre­vivem com outros nomes:
A estátua de Pedro que se venera no Vaticano é a de Júpiter Tonante (o principal “deus” da mitologia romana), e muitas estátuas há, também, como as de Juno, Cibele, Vénus, Diana, que foram balizadas com o nome de Maria e de outras santas. Do nome de uma matrona romana — Undecimilia — fizeram as “Onze Mil Virgens”, consequência da etimologia da palavra latina.
Foi no sétimo concílio da Igreja, reunido em Nicéia, em 787, o segundo ali realizado, convocado pela Imperatriz Irene, que se assentou definitivamente o culto aos santos e às imagens, num sinal evidente de que a paganização avançava, e a Igreja se afas­tava cada vez mais da Lei de Deus. Hoje, embora a Bíblia de tradução católica não deixe de possuir o texto que encabeça este capítulo (Êxodo 20), com a sua total proibição, os ensinos erró­neos continuam, e muitos católicos confiam mais nos santos do que no próprio Senhor Jesus.
Santo Agostinho, na sua obra Cidade de Deus condena tal prática: “Não tenhamos religião que preste culto aos mortos; não lhes construamos templos”; pois ele já notava certa tendência à acentuação desse grande erro. Toda idolatria é condenada pela Palavra de Deus.
Quando se lhes condenam a adoração dos santos, sofismam: “Não. Nós não adoramos imagens. Tributamos diante das imagens um culto de veneração aos santos que as imagens representam”. Mas a Palavra de Deus é clara quando diz: “Não farás para ti imagem esculpida, nem figura alguma do que há em cima no céu, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás diante delas, nem as servirás (…)” (Ex 20.4,5).
Para justificar o erro, o jesuitismo teve a sutileza, a artimanha, o sofisma de dividir o culto em três categorias: latria, dulia e hiper-dulia. Para Deus, para os santos e para a Virgem Maria. Mas o culto às imagens confirma-se até pelo próprio papa. O Papa Paulo VI foi à Cova da Iria em comemoração ao cinquentenário das “aparições” de Fátima, onde, de joelhos, cultuou a imagem da santa. Não se pode negar que seja adoração a ídolo.55
A Bíblia condena com veemência a idolatria de um modo geral, sendo até difícil citar um entre tantos textos. A Bíblia Cató­lica tem dois Salmos 10 e dois 113, talvez com a intenção deliberada de confundir. O segundo 113 corresponde ao 115 de todas as demais Bíblias, que diz (Versão Revisada, IBB):
Porque perguntariam as nações: Onde está o seu Deus?Mas o nosso Deus está nos céus; ele faz tudo o que lhe apraz. Os ídolos deles são prata e ouro, obra das mãos do homem.
Têm boca, mas não falam; têm olhos, mas não vêem; têm ouvidos, mas não ouvem; têm nariz, mas não cheiram; têm mãos, mas não apalpam; têm pés, mas não andam; nem som algum sai da sua garganta. Semelhantes a eles sejam os que os fazem, e todos os que neles confiam.
A perturbação das nações, os infortúnios, as intempéries, o desgoverno, as falcatruas na administração, a corrupção, toda es­pécie de males que acontecem, umas nações mais infelizes, outras menos, tudo isso está inquestionavelmente relacionado com a alma do povo. “Bem-aventurada é a nação cujo Deus é o Senhor, o povo que ele escolheu para sua herança. O Senhor olha lá do céu; vê todos os filhos dos homens; da sua morada observa todos os mora dores da terra (…)” (SI 33.12 em diante). Esse maravilhoso Salmo prossegue enaltecendo o amor de Deus e o cuidado que ele tem com as nações que o respeitam. Não é preciso que uma pessoa tenha cultura acima da média para notar a diferença de desenvolvimento entre as nações de maioria protestante e as de maioria católica. (Este assunto é tratado de forma mais extensa no capitulo 18.)
O Papa João XV, cujo pontificado estendeu-se de 985 a 996, canonizou o primeiro santo da Igreja, Ulderico, bispo de Hamburgo, falecido em 973. Depois disso foram canonizados centenas deles, de modo que há, no mínimo, um santo para cada dia, e, não raro, muitos são comemorados num mesmo dia.
Há poucos anos, o Papa Paulo VI retirou do calendário alguns deles, “pouco conhecidos ou duvidosos”, como Santa Catarina de Alexandria e “São” Jorge, este considerado padroeiro da Inglaterra e, como se sabe, venerado também no Brasil (mais tarde, em outro ato, São Jorge ficou “valendo” só para a Inglaterra; isto é, foi “recon­duzido”). Pergunta-se: e como ficam as igrejas católicas que têm o nome do “santo cassado? e que servem ao sincretismo e sobretudo ao espiritismo? Estarão os seus devotos adorando santo que não existe? Também foram proscritos Nicolau, padroeiro dos mari­nheiros; Cristóvão, dos motoristas; Bárbara, dos fogueteiros e artilheiros; Praxedes, Prudêncio, Isabel de Portugal, Euzébio, Sabina, Anastácia, Crisógomo e outros. Como fica a infalibilida­de diante dos papas que canonizaram esses santos? Ou não foram canonizados e assim mesmo pertenciam à liturgia? E se não perten­ciam à liturgia, como eram eles reverenciados? E se continuarem reverenciados depois de suprimidos? Como ficam as igrejas de São Jorge, principalmente onde predominam o espiritismo e as seitas de origem africana? E os padroeiros de Nápoles, da Universidade de Paris, dos motoristas? Como fica a obediência ao papa?
Um fato profundamente lamentável são as duas faces da Igreja Católica. Todo mundo sabe que há dois catolicismos. Um para o homem rude e outro para os cultos; um para as pessoas ricas e outro para as pessoas pobres, para os ingénuos e para os menos ingénuos. E mais: a Igreja Romana fomenta as superstições. Mas há um ditado: “Conhecerás o grau de tua civilização pelo número de tuas superstições”.
Não existe um crente evangélico ou protestante supersticioso. É a condição indispensável. Os que se dizem crentes e são supers­ticiosos não crêem na Bíblia, não têm a fé exigida pelas Escrituras. Estão mentindo, enganando-se a si próprios.
Os padres são homens cultos, estudam muitos anos, passam por duras provas, têm que “provar” que o pão e o vinho se transubstanciam. Devemos considerá-los “pouco civilizados?” Ou têm certeza de seus erros, dos erros do catolicismo, e continuam a contri­buir para o desenvolvimento das superstições? Com que finalidade? Alguém em sã consciência pode conceber uma medalha milagrosa? Na Rua Santa Amélia, no Rio de Janeiro, existe um “Santuário da Medalha Milagrosa”. Que poderes terá essa medalha? De onde virá esse poder milagreiro?
Um ex-padre informou que certo bispo da cidade de Mariana, em sua presença, depois de pregar na igreja sobre Maria, e expli­cando a súplica: “Ó Maria, rogai por nós que recorremos a vós”, distribuiu umas tiras de papel com as iniciais dessa invocação, entre as senhoras da cidade, conhecida como a “Atenas de Minas Gerais”, aconselhando-as — e isso do púlpito, da tribuna sagrada — a engolir aquela oração quando se achassem em dificuldades de parto, para serem felizes.
Há muitas coisas que desprestigiam e desmoralizam a Igreja que se diz fundada por Jesus, principalmente no âmbito da supers­tição: o valor dos ídolos, antes e depois do benzimento, os patuás, as verônicas, as “aparições”, as santas que choram. (Há alguns anos, num bairro de classe média do Rio de Janeiro, havia uma igreja de Fátima, cuja imagem “chorava”; descoberto o embuste, veio a confissão do padre: “precisava de dinheiro para a construção do templo”.) Mas em muitas ocasiões os próprios padres não acre­ditam no que ensinam. Por exemplo: Toda igreja que se preza possui um pára-raios. Ora, o pára-raios foi inventado por um “maldito” protestante. Porém mais vale o invento do protestante do que o poder do “santo” ou “santa” padroeira, seja do Carmo, de Fátima, de Aparecida, ou outro santo qualquer. É uma confissão de impo­tência dos santos.
Extraído do livro “O Catolicismo Romano Através dos Tempos”, Alcides Conejeiro Peres, Ed. JUERP
Via: Cacp

Congregação Cristã no Brasil (CCB)

Resultado de imagem para Congregação Cristã do Brasil


Pare, Leia e Pense!


Movimento Contraditório ou Seita? 
Introdução:
A Congregação Cristã no Brasil (CCB) é vista por alguns como uma seita, por outros, como um movimento contraditório. Nosso objetivo nesta lição é demonstrar o caráter sectarista e exclusivista desta denomiação religiosa. Também mostraremos que suas doutrinas são fundamentadas em versículos isolados das Escrituras e mal interpretados.


É preciso salientar que quem vive a destilar acusações contra as demais igrejas evangélicas são os membros da CCB – Inclusive gostam de classificar os pastores protestantes de bodes.
O breve escopo mostrará que o mal da CCB é que eles não sabem que não sabem!
1. Fundador:
Luis Francescon , nascido em 29 de março de l866, na comarca de Cavasso Nuovo, província de Udine, Itália. Imigrou para os E.U.A. após servir ao exército, chegando à cidade de Chicago, Estado de Illinois em 1890. No mesmo ano começou a ter conhecimento do Evangelho através da pregação do irmão Miguel Nardi. Em 1891 teve compreensão do novo nascimento e aceitou a Cristo como seu Salvador. Em março de ano seguinte, junto ao grupo evangelizado pelo irmão Nardi e algumas famílias da Igreja Valdense, fundaram a Primeira Igreja Presbiteriana Italiana, tendo sido eleito Filippo Grili como pastor e Francescon como diácono e, após alguns anos, ancião dessa Igreja.


a) Sua experiência com o novo batismo.

Conforme o próprio relato de Luis Francescon, após três anos de freqüência e organização da Igreja Presbiteriana Italiana, enquanto lia a Bíblia Sagrada, em Cl 2,12 Sepultados com ele no batismo, nele também ressuscitastes pela fé no poder de Deus, que o ressuscitou dos mortos. No momento da leitura ouviu duas vezes as seguintes palavras Tu não obedecestes a este meu mandamento. A partir daí, inicia o questionamento do batismo por aspersão praticado pelo Igreja Presbiteriana Italiana.
b) Rompimento com a Igreja Presbiteriana. 
Com a viagem do Pastor Filippo Grilli para a Itália, coube a Francescon, como ancião, presidir à reunião no dia 6 de setembro de l903 ,(domingo), oportunidade em que, após 9 anos da revelação acerca do batismo, falou com a Igreja acerca deste assunto, o que fez, convidando a todos os membros da Igreja Presbiteriana para assistir ao seu batismo por imersão. O batismo foi realizado no dia 7 de setembro de l903, onde compareceram cerca de 25 irmãos, dos quais 18, incluindo Francescon, foram batizados. Com a chegada do Pastor Filippo Grilli, da Itália, Francescon não pode fazer outra coisa que pedir seu desligamento daquela Igreja, e o grupo batizado, juntamente com ele, também se desligou, mesmo a revelia. Assim estabeleceram uma pequena comunidade evangélica livre reunindo-se na casa dos irmãos.


c) O Batismo com Espírito Santo: 
Em fins de l907, o grupo liderado por Francescon tomou contato com o nascente movimento pentecostal, participando das reuniões realizadas na missão localizada na West North Avenue,943, que tinha como pastor William H. Durhan, oriundo do movimento Azuza, de Los Angeles. No dia 25 de agosto de l907, naquela missão, Luis Francescon afirma que recebeu o Batismo com Espírito Santo. Algum tempo depois o Pr Durham informou a ele que o Senhor o tinha chamado para levar sua mensagem à colônia Italiana, e o movimento foi se expandindo.


2. O Estabelecimento da Igreja no Brasil 
Depois de ter estabelecido o trabalho na Argentina, Francescon e Giacomo Lombardi dirigiram-se ao Brasil em 8 de março de l910, com destino a São Paulo. No segundo dia de estada no Brasil encontraram um italiano chamado Vicenzo Pievani, na Praça da Luz, onde pregaram o evangelho. Parece, todavia, que de início seu trabalho foi pouco promissor, até que em 18 de abril, G. Lombardi partiu para Buenos Aires, e Francescon foi para Santo Antonio da Platina, no Paraná, chegando lá em 20 de abril de l910, e deixou estabelecido ali um pequeno grupo de crentes pentecostais, o primeiro grupo desse segmento no Brasil.


a) O trabalho em São Paulo. 
Ao retornar em 20 de junho para são Paulo, após um contato inicial com a Igreja Presbiteriana do Brás, onde alguns membros aceitaram a mensagem pentecostal, bem como alguns batistas, metodistas e católicos romanos, surge à primeira “Congregação Cristã” organizada no país. Já, no mês de setembro, Francescon segue novamente para o Paraná, deixando ali a novel igreja sem maior respaldo. A partir daí, o trabalho da Congregação Cristã espalha-se por onde existem colônias italianas, notadamente na região sudeste do país, principalmente nos Estados de São Paulo e Paraná, onde até hoje se concentram. Seu fundador, o ancião Louis Francescon, faleceu em 7 de setembro de l964, na cidade de Oak Park, Illinois, USA.


b) O desenvolvimento da Igreja. 
Diante dos relatos acima, podemos ver que a história da Congregação Cristã não traz maiores diferenças que possam explicar sua posição sectária de hoje, mas no decorrer do tempo foram se adequando a certos individualismos. Baseados na história narrada pelo próprio Francescon, podemos declarar que o comportamento da Congregação Cristã hoje é bem diferente de seu fundador; pois o mesmo mantinha comunhão com irmãos de denominações diferentes. Gunnar Vingrem narrou em seu diário o encontro com Francescon em um clima de muita comunhão e espiritualidade em 1920 em São Bernardo do Campo.


c) Causas do individualismo. 
Primeiramente, devemos ter em mente que a Congregação Cristã teve origem num ambiente teológico, onde dominava a doutrina da predestinação, de onde veio seu fundador e boa parte de seus primeiros membros. Isso, somado ao fato de que algumas profecias davam conta de que lhe seriam enviados os que haveriam de se salvar, além do fato de o ancião Francescon não ficar continuamente junto aos novos grupos, mas, como ele mesmo escreveu, esteve em nosso País cerca de dez vezes, em períodos intercalados. Esses fatos Com certeza causaram grandes vácuos na interpretação e orientação da liderança nacional, levando a surgir uma interpretação extremista dos conceitos calvinistas.


3. Doutrinas Da Congregação Cristã no Brasil: 
Ao analisar o pensamento doutrinário da Congregação Cristã no Brasil, temos a impressão de que seus líderes criaram um Evangelho segundo a CCB. A maioria de seus adeptos defendem o pensamento errôneo de que a salvação só é possível na sua própria Igreja:“A gloriosa Congregação”. Desenvolveram inconscientemente a doutrina da auto-salvação, ou da religião salvífica, e conseqüentemente, por tabela o monopólio da salvação, com todos os direitos reservados à CCB, uma espécie de “copyrigth”.
a) Sobre o estudo da Bíblia. 
A CCB ensina que o Espírito Santo dirige tudo, e não é necessário se preparar, examinar ou meditar nas Escrituras Sagradas. Sem dúvidas, o Espírito Santo opera poderosamente na vida de sua Igreja, mas isto não significa que devemos desprezar o estudo das Escrituras. É uma postura que desvirtua um dos propósitos de Deus, que é o exame de sua Palavra. “Bem-aventurado o varão que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detêm no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite”. ( Sl 1.1); Veja ainda: 2 Tm 2.15; Sl 119.105; Pv 7.1-3; Dt 6.6-9; 1 Tm 4.13; 2 Tm 4.13; Pv 9.9; Sl 119.9-16; Sl 19.7-8; Sl 1.1-2. Essas referências já são suficientes para provar que o pensamento da CCB é contrário a Palavra de Deus. Os membros da CCB não conhecem a Palavra de Deus e fazem questão de dizer que não sabem para dar a entender que tudo que falam provém do Espírito Santo. Uma atitude completamente contrária a de seu fundador.


b) Sobre o Batismo: 
A CCB não conhece a Batismo efetuado por ministros do Evangelho de outras denominações, mesmo que seja por imersão em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo ( Mt 28.19). Na verdade não dá para concordar com a maneira ou forma pela qual ela ministra nas águas às pessoas sem preparo algum, todavia não desmerecemos tal batismo, mas reconhecemos que sua validade depende mais do batizado. A CCB diz não reconhecer o Batismo de outras denominações pelos seguintes argumentos: “o batismo de outras denominações cristãs está errado, porque utilizam a expressão “eu te batizo”. A CCB entende que ao dizer “eu te batizo” é a carne que opera e o homem se coloca na frente de Deus. “O Batismo só é válido se efetuado com esta fórmula: Em nome do Senhor Jesus te batizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”. “O Batismo da CCB purifica o homem do pecado”. Parece que a CCB, além de não conhecer a Bíblia, desconhece também, a língua portuguesa. Que diferença há em dizer: “Eu te batizo” ou ”Te Batizo”. O sujeito não está oculto? Além do mais, se, pelo fato de utilizar a expressão “eu te batizo”, estivermos aborrecendo a Deus , então João Batista teria ofendido a Deus, pois ele dizia ”eu vos batizo com água…” Será que a CCB acha que João Batista era carnal e se colocava na frente de Deus?


c) Sobre o uso do véu para as mulheres. 
Se a CCB tivesse adotado a prática de suas mulheres usarem o véu, mas não condenasse as que não usam, não teríamos nada a dizer. Convém salientar que o uso do vestuário no culto, tal como véu, chapéu, roupas etc, depende de cada cultura, pois “os costumes se alteram e as exigências também”: Essa questão do véu transformou-se em polêmica por parte de alguns, mas, porém, basta estudar a questão cultural dos orientais para se perceber que é apenas um costume local.


4. Outros erros doutrinários da CCB
De acordo com o exposto, a CCB não suportaria um exame sério das Escrituras, fato característico das seitas; porque sua interpretação foge às regras da hermenêutica sagradas. Tudo que acontece nessa Igreja está relacionado ao sentimento. É sempre necessário sentir para se realizar alguma obra ou até mesmo para orar por alguém. Essa teologia do sentimento afasta o homem de Deus e da Bíblia, como prova sua própria história.


a) A Saudação da CCB. 
A CCB nos acusa de saudar com a “paz do Senhor”. Citam para justificar esse conceito a seguinte expressão: devemos saudar com a paz de Deus, e nunca com a Paz do Senhor, porque existem muitos senhores, mas Deus é só um. Essa acusação da CCB se desfaz em pó com somente um versículo que Paulo escreveu na primeira carta aos Coríntios 8.5,6, que diz: Porque, ainda que haja também alguns que se chamam deuses, quer no céu como na terra( como há muitos deuses e muitos senhores). Todavia para nós há um só Deus, Pai, de quem é tudo e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós por Ele. A CCB não consegue entender que quando saudamos com a paz do Senhor estamos saudando com a paz do nosso grande Senhor Jesus Cristo. (Conf. Jo 14.27).
b) O Ósculo Santo. 
A CCB insiste em adotar costumes orientais, muitos deles registrados na Bíblia, como é o caso do ósculo santo, pensando com isto estar em posição espiritual superior à dos outros. Esse é um costume que perdura até hoje no oriente. O ósculo era uma maneira comum de saudar no oriente, muito antes do estabelecimento do cristianismo. Tem servido igualmente como parte da expressão judaica em suas saudações, tanto nas despedidas como também na forma de demonstração geral de afeto. Ver Gn 29.11; 33.4. Também parece ter sido um sinal de homenagem entre os israelitas conf. 1 Sm 10.1. O ósculo dado aos ungidos de Deus, por semelhante modo, parece ter-se revestido de significação religiosa, o que também se verifica entre outras culturas. Quando Paulo recomendou que se saudassem uns aos outros com ósculo santo, simplesmente estava falando de um costume existente. Caso fosse ao Brasil, certamente seria mencionado o aperto de mão ou o abraço. Essa é uma questão cultural, que também não é compreendida pela CCB.


c) O Dízimo: 
CCB da ao César o que é de César, mas quando é para dar a Deus inventam muitos argumentos e obstáculos. Ensinam os Anciãos da CCB que o dízimo é da lei e que é maldito e hipócrita aquele que dá e aquele que o recebe.
A Bíblia ensina que o dízimo é santo; a CCB ensina que é profano. A Bíblia ensina que o dizimo é do Senhor (Lv 27.30); a CCB ensina que o dízimo é para ladrões. Jesus não condenou a prática do dízimo (Mt 23.33); condenou, sim, os hipócritas que desprezavam os principais preceitos da Lei de Deus, mas não condenou o dízimo praticado até pelo pai dos crentes, Abraão ( Gn 14.20). O Autor da epístola aos Hebreus falou sobre a prática do dizimo na atual dispensação ( Hb 7.8-9).
É preciso salientar também que o dízimo, no período da Graça de Cristo, não é dado com o objetivo de salvação, mas é dado com amor, pois Deus ama aos que ofertam com alegria (II Cor. 9:7). Cada oferta é como se fosse uma semente de bênçãos que na hora certa todos colheremos (II Co. 9:10)


Conclusão: 
Procuramos destacar alguns pontos contraditórios da Congregação Cristã, ainda que sucintamente, mas cremos ser o suficiente para mostrar que essa denominação é exclusivista. Parece que o céu foi feito só para eles e que a salvação só existe em sua denominação e em questão de Bíblia só a interpretação deles é válida. Para eles somente sua liderança é Bíblica, somente sua maneira de orar é válida e a pregação do evangelho só é correta através de seus membros. Sem dúvidas, a Congregação Cristã No Brasil está completamente desviada de seus propósitos iniciais. Precisa urgentemente voltar ao primeiro amor conf. Ap 2. 4,5
Extraído: http://solascriptura-tt.org/Seitas/CongCristaBrasil-PlanetaEv.htm

Via:Cacp

domingo, 20 de abril de 2014

Vergonha! SBT cede à pressão e ‘censura’ Rachel Sheherazade; Pr. Silas comenta

Imagem: Reprodução/SBT

Depois de todas as polêmicas envolvendo o nome da jornalista Rachel Sheherazade, âncora do “SBT Brasil” que tinha carta branca para emitir sua própria opinião no vídeo, o canal de Silvio Santos resolveu moderar a participação da apresentadora. Em nota divulgada na tarde desta segunda-feira (15), o SBT informa que a partir de agora os comentários em forma de editorial em seus telejornais serão de responsabilidade do canal.
A assessoria do canal informa ainda que a apresentadora poderá ler comentários que não serão mais de sua autoria.
Leia nota na íntegra:
“Em razão do atual cenário criado recentemente em torno de nossa apresentadora Rachel Sheherazade, o SBT decidiu que os comentários em seus telejornais serão feitos unicamente pelo Jornalismo da emissora em forma de Editorial. Essa medida tem como objetivo preservar nossos apresentadores Rachel Sheherazade e Joseval Peixoto, que continuam no comando do SBT Brasil”.
Imagem: DivulgaçãoPr. Silas comenta:
Que vergonha! Que ridículo! O SBT ceder às pressões de partidos, tais como PSOL, PC do B e do PT. Partidos esses, que idolatram Fidel Castro, o governo da Venezuela e suas ideologias baseadas em Marx. Na verdade, de democráticos eles não tem nada. Usam a democracia para se estabelecerem, mas querem calar qualquer que tenha a liberdade de se expressar.
A DEMOCRACIA DO BRASIL CORRE GRANDE PERIGO! Uma jornalista, na maior cara de pau, é silenciada. Liberdade de expressão para todo mundo falar a mesma coisa é ditadura da opinião.
Sabe qual é a verdade que está por detrás dessa questão? É que o SBT recebe milhões de verbas publicitárias do governo, e ter uma jornalista independente é um perigo!
Imagine Sheherazade agora falando da roubalheira da Petrobras. É o governo silenciando a jornalista!
SBT, que vergonha!
UM ALERTA AO POVO DE DEUS: HOJE ESTÃO SILENCIANDO UMA JORNALISTA, AMANHÃ VÃO QUERER SILENCIAR OS PASTORES.
Em 2011, no fórum de Porto Alegre, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, que é um dos ideólogos do PT, disse: “Temos que fazer uma disputa com os pastores evangélicos pelas classes C e D”.
Depois não digam que eu não avisei!
Quem tem Fidel Castro como ídolo, como o partido que governa o Brasil, imagina o que eles pretendem fazer em relação à igreja evangélica brasileira.
Sheherazade é a prova contundente e clara da pressão desses partidos, que de democráticos não tem nada, apenas a usam para seus fins ideológicos.
Fonte:Verdade Gospel

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