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terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

"16º ENCONTRO PARA A CONSCIÊNCIA CRISTÃ" TERÁ A PRESENÇA DE PAUL WASHER - SAIBA MAIS SOBRE O EVENTO.

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O município de Campina Grande, na Paraíba, abriga, há 14 anos, o Encontro para a Consciência Cristã. Trata-se de um evento organizado pela VINACC (Visão Nacional para a Consciência Cristã) e consiste na difusão de princípios e valores cristãos, buscando o crescimento do indivíduo na sociedade e na família. A Consciência Cristã acontece de forma independente, com o apoio dos poderes públicos, da maioria das igrejas evangélicas da Paraíba, de instituições locais e nacionais, além da iniciativa privada. Devido às ações realizadas, e principalmente, a participação intensa do público, a Consciência Cristã é considerada o maior evento do gênero na América Latina, sempre se apresentando com o foco de exaltar a Cristo, edificar a Igreja, defender a fé cristã, proclamar o Evangelho e servir ao próximo na sociedade.

Nesta edição estará presente o pastor e missionário norte-americano Paul Washer, mundialmente conhecido por suas pregações contundentes que conclamam à volta da prática do Evangelho genuíno, o qual ministrará em diversas ocasiões. Washer pregará em quatro dos seis cultos programados para o período noturno e ainda marcará sua presença no 11º Encontro para uma Consciência Missionária e no 4º Encontro de Líderes numa Visão Cristocêntrica.

Tema recorrente em suas pregações, Washer irá abordar os perigos do cristianismo nominal que se encontra atualmente inserido em uma cultura específica de uma determinada região ou país. “Por causa da superficialidade do evangelho contemporâneo, e de seu convite antibíblico aos pecadores, muitos erroneamente acreditam que foram realmente convertidos. Este erro é agravado pelo fato da santificação contínua ser raramente apresentada como grande evidência da verdadeira conversão”, explica.

Dentro do cenário evangélico atual, uma pesquisa realizada em 2013 pelo instituto cristão Barna Group entre jovens norte-americanos revelou que 84% das pessoas ouvidas dizem conhecer pessoalmente alguém cristão, mas apenas 15% alegam que o estilo de vida demonstrado por essas pessoas que se dizem cristãs pode ser considerado diferente no sentido de refletirem o caráter de Cristo. Outra pesquisa do mesmo instituto mostrou que a maioria das pessoas que se dizem cristãs são caracterizadas por atitudes que podem ser denominadas farisaicas. Por outro lado, apenas um em cada sete cristãos demonstrou apresentar atitudes e ações que os pesquisadores consideraram consistentes com as de Jesus.

Os temas da pregações de Paul Washer, que terão lugar nos cultos noturnos serão A Obra de Cristo, O Chamado para o Arrependimento e a Fé, A Doutrina da Regeneração (Parte II) e Alerta aos Rebeldes. Os cultos serão ministrados unicamente uma vez ao dia quando dois pregadores serão responsáveis pela pregação da Palavra.

Liderança

No encontro de Pastores e Líderes para uma Visão Cristocêntrica, Washer vai abordar a Doutrina da Regeneração, que trata a respeito da dependência do Espírito Santo no processo de transformação pessoal após a entrega da vida a Cristo. “O pecador é radicalmente depravado, espiritualmente morto e e completamente dependente da obra do Espírito Santo, que dá a vida (…). O Espírito Santo pode salvar o homem e fazê-lo crescer. E como líderes, nós temos que fazer tudo que podemos para empregar os meios bíblicos por meio dos quais as Escrituras prometem que o Espírito tem prazer em trabalhar”, ressalta o pregador. Outro tema a ser trabalhado pelo norte-americano junto aos líderes presentes será Segurança Bíblica.

Com ampla experiência no campo missionário, tendo passado mais de dez anos plantando igrejas no Peru, Washer também irá levar seus ensinamentos ao 11º Encontro para uma Consciência Missionária, por meio do tema A santidade de Deus e a depravação do homem. “O Cristianismo é a verdadeira religião e a Grande Comissão existe para fazer a verdade conhecida ao mundo. Portanto, nossa Comissão não trata de enviar missionários, mas sim de levar a verdade de Deus revelada nas Escrituras através destes missionários. O missionário deve ser um escriba que estuda as escrituras, um pregador que a proclame, um imitador que as viva, e um intercessor que ore”, define Washer.

A participação no 16º Consciência Cristã pode ser feita com a inscrição prévia e gratuita pelo site do ConsciênciaCristã. A inscrição também dá direito ao participante de assistir aos demais eventos paralelos da 16ª edição do encontro, que acontecerá de 27 de fevereiro a 04 de março de 2014, em Campina Grande, Paraíba.

Sobre o Consciência Cristã

Campina Grande (PB) abriga há 15 anos o Encontro para a Consciência Cristã, um evento essencialmente voltado ao desenvolvimento da igreja e à propagação dos valores cristãos entre toda a sociedade. Ao longo de suas edições, ganhou força e notoriedade não só no cenário nordestino, mas nacional e internacionalmente, sempre apresentando líderes e temas da mais alta relevância para o meio cristão.
Tabernáculo montado no Parque do Povo com a estrutura completa do evento

A participação intensa do público contribuiu significativamente para o crescimento do encontro, e todos os anos, a VINACC realiza levantamentos e pesquisas com o foco em aprimorar e oferecer a melhor organização, visando ainda a seleção de líderes e preletores que fazem a diferença para o meio evangélico. 

Sobre a VINACC

Responsável pela organização do Encontro para a Consciência Cristã, a VINACC realiza o evento todos os anos no período do feriado de Carnaval. Difunde ainda outros projetos de evangelização e campanhas a respeito de temas do interesse da família e da comunidade cristã.

Com escritório em Campina Grande, a VINACC opera como uma instituição sem fins lucrativos e por meio de seus projetos, mantido por ofertas voluntárias, vem contribuindo significativamente para a propagação do Evangelho genuíno no Brasil. 

Abaixo, confira a lista completa dos palestrantes do 16º Consciência Cristã:

1. Pr. Paul Washer (Heart Cry/EUA) 
2. Pr. Hernandes Dias Lopes (IPB/ES) 
3. Dr. Russell Shedd (IB/SP) 
4. Pr. Augustus Nicodemus (IPB/SP) 
5. Pr. Ronaldo Lidório (Inst. Antropos/DF) 
6. Dr. Heber Campos Jr. (Mackenzie/SP) 
7. Pr. Jonas Madureira (Fac. Teo. Batista/SP) 
8. Pb. Solano Portela Neto (IPB/SP) 
9. Prof. Adauto Lourenço (IPB/SP) 
10. Pr. Joide Miranda (MEI/MT) 
11. Pr. José Bernardo (AMME/SP) 
12. Dra. Norma Braga (IPB/CE) 
13. Pr. Renato Vargens (ICA/SP) 
14. Pr. Geremias Couto (AD/SP) 
15. Prof. Ricardo Marques (IBC/CE) 
16. Pr. Joaquim de Andrade (CREIA/SP) 
17. Miss. Gleydice Bernardes (ACEV/PB) 
18. Miss. Socorro Teles (IPB/PB) 
19. Pr. Jorge Noda (ILEST/PB) 
20. Pr. Robson Tavares (ICNV/PB) 
21. Pb. José Mário (IPB/PB) 
22. Pr. Luiz Vieira (ICNV/PB) 
23. Pr. Valter Vandilson (ICD/PB) 
24. Pr. José Américo (IB/PB) 
25. Pr. José Pontes (IN/PB) 
26. Miss. Joyce Clayton (IC/PE) 
27. Profª. Janeide Andrade (OBPC/PB) 
28. Miss. Edna Miranda (MEI/MT) 
29. Dra. Josipléssis Marques (IPB/PB) 
30. Miss. Rosali Melo (IC/PB) 
31. Dra. Paumarisa Vieira (IPB/PB) 
32. Pr. Weber Alves (ICES/PB) 
33. Jorn. JosuéSylvestre (AD/PR)

***

O Púlpito Cristão estará presente na VINACC fazendo a cobertura de todo evento. Acompanhe nossas atualizações.

É tempo de interceder pela Síria

Há quase três anos, o país vive assolado por uma guerra civil que já matou mais de 100 mil pessoas. Os cristãos que continuam em suas casas enfrentam não somente o perigo dos conflitos, como também a hostilidade provocada pela intolerância religiosa. O medo vem de todos os lados e a única esperança que eles têm é Deus
Syria prayer.jpg
De acordo com fontes da Portas Abertas, na Síria, o número de pessoas assassinadas, desde que as conversações de Genebra II tiveram início, subiu para mais de 200 mortos por dia. Os líderes da Igreja no país esperam que, ao final, a conferência de Genebra chegue a um bom resultado, apesar de vários deles não parecerem muito otimistas quanto ao fim da luta que se intensificou nas últimas semanas.

Ore para que a conferência resulte em algo bom para todos os sírios, especialmente os cristãos, que sofrem duplamente por causa da guerra e da perseguição. Na parte antiga da cidade sitiada de Homs, há ainda um pequeno grupo de 28 cristãos que permanece firme apesar das circunstâncias. Apesar do perigo e da fome, eles não querem deixar o seu bairro. Interceda por eles.

Peça a Deus também por apoio (alimentos, medicamentos, roupas); a Portas Abertas está doando aos necessitados através de várias igrejas em todo o país. Todos os meses, cerca de oito mil famílias são ajudadas.

Leia também
Ore pela conferência de Genebra II sobre a Síria
FontePortas Abertas Internacional
TraduçãoAna Luíza Vastag

Diversas igrejas são atacadas e saqueadas no Sudão do Sul

No último mês, mulheres que escapavam do ataque de rebeldes e se esconderam no complexo de uma igreja na cidade de Bor,  região central do Sudão do Sul, foram encontradas, agredidas, estupradas e baleadas
Sudão do Sul.jpg
“As mulheres pertenciam a diferentes congregações e haviam se reunido em uma delas quando foram mortas”, disse ao World Watch Monitor, o bispo anglicano de Bor, Ruben Akurdit Ngong. “Isso é muito doloroso. Eles destruíram a maior parte de nossas igrejas, mas Deus é conosco”.

Cinco das vítimas – Dorcas Abuol Bouny e Akut Mayem Yar (ambas com 72 anos), Tabitha Akuang (60 anos), Mary Alek Akech e Martha Agok Mabior (ambas com 70 anos) – trabalhavam como pastoras na igreja. Uma proeminente líder, Agel Mabior (72 anos), também foi morta. “Elas eram da liderança. Todas trabalhavam na igreja. Tinham diferentes atribuições, inclusive a leitura bíblica”, disse o arcebispo anglicano sul-sudanês Daniel Deng Bul à imprensa local.

O Sudão do Sul tem estado em conflito desde 15 de dezembro, quando uma disputa dentro do exército deflagrou uma intensa batalha na capital Juba. A luta se alastrou rapidamente pelo país e logo tomou proporções étnicas, após o presidente Salva Kiir alegar quee que seu antigo vice-presidente, Riek Machar, estava planejando um golpe. A luta colocou as forças armadas, leais ao presidente Kiir, membro da tribo Dinka, contra as forças rebeldes aliadas a Machar, membro da tribo Nuer.

A tribo Dinka é a maior no Sudão do Sul; a Nuer é a segunda maior e impulsiona uma milícia tribal letal conhecida como White Army (Exército Branco) porque seus combatentes esfregam cinza branca em seus corpos, extraída do excremento de gado queimado. Historicamente, o papel principal do White Army na comunidade tem sido o de tocar gado e proteger a comunidade, mas, recentemente, eles se transformaram em uma milícia usada para obtenção de ganho político.

White Army é suspeito de ter promovido o massacre das mulheres e mais de dois mil e quinhentos outros em Bor, cidade majoritariamente Dinka.

“Acredito que o White Army atacou e matou as mulheres escondidas no complexo da igreja. É muito perturbadora a ideia de que elas foram abusadas antes de morrerem”, disse o Pr. Mark Akec-Cien, subsecretário geral do Conselho Sul-sudanês de Igrejas, por telefone. “A milícia também atacou, pilhou e destruiu lojas, empresas, casas e outras igrejas”.

Desde a erupção do conflito, muitas outras igrejas têm sido atacadas e pilhadas e pastores têm sido assediados, de acordo com Akec-Cien. Em Malakal, ao norte do país, o complexo da Igreja Católica St. Francis foi atacado e saqueado em meados de janeiro, e seu padre foi assaltado.

As áreas mais afetadas são os estados de Jonglei, Unity e Upper Nile. Bor, a capital do estado de Jonglei, foi totalmente destruída, com casas, supermercados, lojas, bancos e igrejas queimados e pilhados.

As Nações Unidas disseram em 5 de fevereiro que mais de sete milhões de pessoas, quase dois terços da população do país, estavam em risco de algum tipo de insegurança, com 3,7 milhões de pessoas em estado de emergência. Cerca de novecentas mil pessoas abandonaram seus lares desde dezembro.

Embora o conflito seja amplamente entendido em termos étnicos, líderes de igrejas clamaram por paz e reconciliação, e enfatizaram que as raízes da crise são políticas. Tanto o exército quanto as forças rebeldes foram acusadas de abusos.
FonteWorld Watch Monitor
TraduçãoWalkíria de Moraes – ANAJURE

Você provavelmente é a regra

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Por Renato César


Existe uma notória atratividade que certos personagens bíblicos exercem sobre os cristãos, e não por acaso são largamente tomados como paradigmas por pregadores. Em geral, são citados como exemplos bem sucedidos a serem copiados e cujas bênçãos alcançadas devem ser também buscadas pelos crentes de hoje.

Davi está entre os prediletos. Chavões como “assim como o rei Davi venceu todas as suas batalhas, Deus fará você vencer também” são repetidos por muitos pregadores, com algumas variantes. Abraão, Jacó e Jó não ficam atrás, servindo de fundamento bíblico para que os crentes busquem dia após dia a prosperidade que o “Pai das bênçãos tem reservada para aqueles que são fiéis”. Existem ainda as promessas divinas retiradas da Bíblia, e de seu contexto imediato, indiscriminadamente aplicadas aos crentes nos dias atuais, tais como “Todo o lugar que pisar a planta do vosso pé, vo-lo tenho dado”, em Jusué 1:3.

É claro que temos muito o que aprender com os grandes personagens bíblicos, e é evidente que as palavras e promessas contidas nas Sagradas Escrituras devem servir, de alguma forma, para os crentes de hoje, se não a Palavra de Deus estaria ultrapassada. O problema, então, não está na Bíblia, mas na aplicação que se tem feito de seus ensinamentos. Mais especificamente, o desvio teológico contido em pregações e chavões evangélicos diz respeito à ênfase dada às recompensas em detrimento dos sacrifícios exigidos daqueles que servem a Deus.

Houve apenas um rei Davi, enquanto muitos milhares eram súditos. Igualmente, Deus não está atrás de alguém que carregue suas promessas para que ele possa constituir um povo para si. Este homem foi Abraão, e depois dele Isaque e Jacó. Os outros milhares, herdeiros dessa promessa, foram apenas pessoas comuns, assim como eu e você. A mesma lógica vale para todos os exemplos retirados da Bíblia e aplicados de modo genérico aos cristãos, como se todos tivessem acesso às mesmas bênçãos e promessas dos grandes nomes bíblicos.

Os pregadores parecem esquecer que enquanto Jó teve tudo que possuía antes de suas desventuras restituído em dobro, seus primeiros dez filhos morreram. Já em 2Sm 24:15 vemos o relato de que setenta mil homens morreram por conta do pecado cometido por Davi. Não seria, então, mais provável que estivéssemos no lugar destes que morreram que no lugar de Jó ou do rei Davi? Entretanto, somos frequentemente induzidos a nos colocarmos no lugar daqueles que foram materialmente abençoados ou de alguma forma bem sucedidos aos olhos humanos. E é essa falácia que fundamenta também heresias como a Teologia da Prosperidade.

O Rei dos reis nasceu num estábulo, foi pobre a vida inteira, rejeitado pelos seus e cravado numa cruz. A vitória de Cristo veio por meio de uma derrota aos olhos dos homens. Ser um profeta obediente a Deus, no Antigo Testamento, foi quase sempre sinônimo de sofrimento, e a coisa não mudou com João Batista, que se vestia com pelo de camelo e alimentava-se com mel silvestre até ser decapitado na prisão. E o que dizer de Estêvão, apedrejado por ser fiel a Cristo, ou de Paulo, cujos sofrimentos são por ele mesmo relatados em 2Co 11:24-28?

Muitos pregadores simplesmente desconsideram o sofrimento desses e tantos outros personagens bíblicos quando querem apresentar um evangelho de promessas de vitórias e prosperidade para os ouvintes. O lado difícil do serviço a Deus é descaradamente suplantado pelas bênçãos materiais registradas nas Escrituras e pelos exemplos que satisfaçam as intenções daqueles que por desonestidade ou ingenuidade apregoam uma vida cristã livre de perdas, doenças e tristezas.

Não podemos nos orientar por exceções. Tomemos os grandes nomes da Bíblia como exemplos, aprendamos com seus erros e acertos, mas sem deixar que a tentação de querer ser a exceção nos torne cegos diante da realidade de que quase certamente somos regra. 

***
Sobre o autor: Renato César é cristão reformado, formado em administração de empresas e teologia, membro da IPB - Fortaleza/CE. Contatos: renatocesarmg@hotmail.com

Divulgação: Bereianos

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Materialismo: um salto de fé

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Por Jorge Fernandes Isah


Sempre entendi que um darwinista baseia todas as suas convicções e conceitos não na ciência, muito menos na comprovação científica ou empirismo, mas na falsa premissa da não existência de Deus.

O que os move não é o conhecimento científico, nem as descobertas que “poderiam” apontar para a não existência de Deus, mas o contrário, eles direcionam e acomodam a ciência para dentro do seu escopo filosófico, o qual se evidencia metodologicamente corrompido pela forma como se manipulam, burlam, gerenciam as informações a fim de se ratificar o pressuposto filosófico da não existência de Deus.

A ciência torna-se apenas o veículo para a corroboração da crença na descrença; o meio pelo qual eles dão vazão aos seus pressupostos através da falsa ideia de que estão à procura da razão e da verdade; quando a ciência transforma-se no meio de propagação doutrinária, a despeito do seu apelo pseudo-racional querer excluir a fé, quando, na verdade, ela está arraigada na fé. É o discurso panfletário idealizando-se anti-panfletário, como se fosse possível condenar o proselitismo religioso usando-se do proselitismo para difundir o materialismo, uma nova religião tão ou mais radical como nenhuma outra já foi.

No fundo, o cético faz da ciência e de si mesmo os seus “deuses”; esses são os elementos forjadores da cosmovisão materialista, e ao rejeitarem o Criador simplesmente o substituem por Suas criaturas [sim, a ciência não é criação humana, mas parte da criação divina, assim como o homem]. É o que Paulo alerta: “Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos… Pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém” [Rm 1.22, 25]. Na verdade, esse trecho da Escritura explica muito bem o que acontece atualmente: o homem se entregando à pregação, ao discurso, em favor do autonomismo, e assim excluí-se o teocentrismo para, em seu lugar, erguer altares antropocêntricos.

Em suas argumentações e sofismas, os crédulos ateus utilizam-se do fato da ciência não ser neutra para contaminá-la com sua filosofia naturalista, e assim dizer que agem em neutralidade. Parecendo racionais são levianos, e forçam até a exaustão o rótulo de inconsistentes, místicos e preconceituosos aos outros crédulos [em especial, os cristãos] quando suas concepções estão viciadas exatamente pela inconsistência, pelo misticismo, preconceitos e uma metodologia completamente corrompida. Verdadeiramente os naturalistas não estão a serviço da ciência, mas servem-se dela para atingir seus objetivos; usam-na como “ambiente” para disseminar e estabelecer seus dogmas. Em sua maioria são tão fundamentalistas como os fundamentalistas que atacam e execram, pois não estão dispostos ao diálogo, mas à doutrinação mais agressiva que se possa estabelecer e exercitar, e ela começa pelo pressuposto de desqualificar e rejeitar qualquer premissa que não seja igual a “Deus não existe” [não que haja algum benefício em dialogar com eles, pois se encontram de tal maneira presos em seu círculo vicioso que a menor hipótese de liberdade intelectual parecem-lhes pior do que o ferrolho a prender-lhes pés e mãos].

Afinal, quem é mais crédulo? O crente ou o ateu?

É interessante que o “novo ateísmo”[1] proclama a liberdade do homem de todas as formas de opressão religiosa, e o faça direcionando-o explicitamente ao materialismo filosófico, como única e última opção. Ou seja, prega-se uma “libertação”, mas essa libertação somente existirá se o liberto tornar-se ateu. Não é interessante? Quer dizer que para se ser livre o homem somente o será se a liberdade o levar ao âmago do sistema ateísta? E até onde será possível ir em defesa dessa liberdade? Como reagirão diante daqueles que se recusarem  a aceitá-la? Os neo-ateístas não estarão revivendo tudo aquilo que dizem combater, mas que é bem possível repetir em nome da sua fé? Ao final, o que teremos serão homens enjaulados, sem sequer uma réstia de luz.

Esse método se assemelha, ou melhor, é idêntico ao discurso marxista. Ao livrar o homem do capitalismo, fatalmente a única opção passa a ser o comunismo. O homem é livre para escolher o comunismo, e tão somente ele; e, chegando lá, estará invariavelmente aprisionado ao sistema, sem nenhuma chance de volta ou outra opção de escolha. A menos que se auto-imploda por ineficiência ou fragilidade, por sua própria inexiquilidade. Em nada é diferente da liberdade que bois e porcos têm no “corredor da morte” em direção ao matadouro. Não há escolha nem salvação. Essa é a liberdade do ateísmo e do marxismo… Mais uma mentira vergonhosa, em que o homem está preso pela suposta liberdade de querer se manter preso.

Por exemplo, Richard Dawkins[2] propõe a mesma libertação comunista: a de aprisionar o homem no ateísmo, no materialismo. E somente estando-se ali ele será, no seu conceito esdrúxulo, livre. Mas livre de quê? De algum tipo de fé? De algum tipo de sistema autoritário e despótico? De algum tipo de jogo onde as cartas estejam marcadas? E depois nos chamam de burros, de cegos. Ou querem enganar a quem além de si mesmos? Como esses homens podem conviver com tanta incoerência e ilogicidade? Somente a desonestidade intelectual como resposta. Ou seria uma fé equivocada? Ao ponto em que o “neo-ateísmo” esforça-se em excluir a história da própria História?

O modelo que desejam para a sociedade é, basicamente, o modelo marxista implementado na extinta URSS por Lenin e Stalin, na China por Mao, em Cuba por Fidel, no Camboja por Pol Pot, e em tantos outros lugares; é o mesmo projetado pelo ateísmo moderno: para aniquilar a ideia de Deus é preciso exterminar o homem, ao não permitir que ele pense, racionalize, mas tenha seus pensamentos reduzidos a um padrão de indiferença, onde todos estarão confinados a um modelo unificado de comportamento e expressão: a submissão cega. Milhões de pessoas sentiram na pele a ideologia marxista, o controle do Estado sobre a sociedade e o indivíduo; a impossibilidade de se “escapar” com vida desse sistema a não ser rendendo-se incondicionalmente; ser controlado completamente pelas forças de “libertação”, ou seja, fazer do homem uma simples máquina a serviço da vontade burocrática. Isso é fruto de um irracionalismo voluntário, da falta de discernimento analítico, o aniquilamento do senso crítico, da razão, tornando homens em manadas de idiotas.

O Estado não serve, precisa ser servido em sua voracidade perversa; o Estado não admite Deus, mas quer se fazer um; o Estado não pretende ter cidadãos, mas escravos; não aceita nada menos do que o seu ideal maníaco de onipotência e onipresença. Da mesma forma, o gene egoísta é a nova desculpa para que o Estado controle, domine e subjugue o homem. E a desculpa é sempre a mesma escandalosa mentira: assim é melhor!… Mas para quem?

A loucura doentia do neo-ateísmo, que simplesmente revive conceitos experimentados e fracassados à exaustão, como se fossem novidade, é ser essencialmente aquilo que diz combater. Será que os novos ateus pretendem reescrever a História, ou ficarão apenas na idade média, em especial no período negro da inquisição? Se o falso cristianismo existe e é injusto, há contudo o verdadeiro cristianismo, o qual é justo. Mas o que dizer do marxismo? Que nada mais é do que o materialismo levado às últimas consequências? O naturalismo em sua expressão mais virulenta e odiosa? Em qual lugar houve justiça? Ele apenas promoveu e ainda promove a injustiça em sua sanha destrutiva, em sua descrença em Deus e nos valores cristãos. Ateísmo e marxismo são irmãos siameses a serviço do mesmo senhor: o diabo!

E como tal, não prescinde a fé, mas vive por ela… equivocadamente, diga-se de passagem, posta num ídolo de barro.

______________
Notas:

[1] Novo ateísmo ou antiteísmo é a oposição ativa ao teísmo, ao ponto em que não basta rejeitar a Deus, mas lutar para o extermínio de qualquer crença divina, pois, assim o mundo seria muito melhor. Ou seja, eles crêem que não crendo tudo caminhará para a perfeição, mas, além da crença em si mesmo e em suas idéias, o que têm de concreto?
[2] Clinton Richard Dawkins é o maior expoente do neo-ateísmo na atualidade. Ele conclama os ateus a “sairem do armário” e ir à luta contra as religiões e seus deuses, e militarem por um mundo melhor, onde não há espaço para as religiões.

- Este texto tem como ponto de partida o “Bate-Papo com André Venâncio” e os vários comentários à postagem, e a leitura do ótimo livro “Cartas para Dawkins”, da Editora Monergismo.

- Para o título, utilizei-me de uma expressão do filósofo e teólogo dinamarquês, considerado o pai do existencialismo, Soren Kierkegaard, “o salto da fé”, o qual para ele a fé é uma aposta, uma aventura arrojada, um mergulho no desconhecido, um salto arriscado, em que a fé se opõe à razão, de tal forma que são mutuamente exclusivas. Acredito que o darwinismo é mais ou menos isso: uma fé-cega a lançar o homem na treva mais densa que a mente humana pode conceber.

***
Fonte: NAPEC
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Pastor que usava cobras em culto morre após ser picado


Fiéis chegaram a acionar a ambulância, mas ele recusou o atendimento médico e faleceu em sua residência
por Leiliane Roberta Lopes

Pastor que usava cobras em culto morre após ser picadoPastor que usava cobras em culto morre após ser picado
O pastor Jamie Coots, conhecido internacionalmente por usar cobras durante os cultos, morreu neste sábado (15) depois de ser picado por uma das cobras.
A morte do religioso foi confirmada pelo  Departamento de Polícia de Middlesboro, em Kentucky (Estados Unidos), que recebeu uma chamada de emergência vinda da própria igreja onde o pastor pregava naquela noite.
Após ser picado pelo cobra, o pastor não quis esperar o socorro e foi para sua casa. As equipes de emergência chegaram até a residência de Coots, mas ele recusou o tratamento e uma hora depois faleceu.
O pastor usava as cobras para testar a fé dos fiéis durante o culto e manipulava os animais para tentar provar o poder de Deus. Em alguns cultos os fiéis precisavam segurar esses animais nas mãos enquanto recebiam uma oração de Coots.
A forma como ele pregava chegou a ser tema de uma reportagem do canal National Geographic no episódio “Snake Salvation”.
Jamie Coots também ganhou destaque nacional quando foi pego em flagrante transportando três cascavéis e duas copperheads de Knoxville, no Tennessee, para o estado de Kentucky, onde morava. O caso aconteceu em janeiro de 2013 e os policiais confiscaram as cobras e prenderam o pastor por posse ilegal de animais selvagens.  Por conta desse crime, ele foi condenado e recebeu um ano de liberdade condicional sem supervisão.
Fonte:gospelprime

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Calvinistas Sarcásticos – Derek Rishmawy


calvinistas-sarcasticos

Eu sou bem novo na tradição reformada e ainda estou juntando todas as peças, especialmente quando se trata das questões espinhosas da eleição e da soberania. De certa maneira, sou um calvinista relutante; ainda prefiro palavras como “mais ou menos reformado” para descrever a mim mesmo; porque me identifico sim com a tradição em geral, mas também por causa da lentidão com que tenho sido atraído. Sendo assim, ainda me lembro de como é achar o calvinismo e os calvinistas completamente irritantes.
Havia diferentes razões para essa desconfiança.

Três Homens em Conflito

Primeiro, havia as razões tolas como orgulho pessoal e ignorância. É triste dizer que quando se tratava de calvinismo, eu pensava que sabia exatamente do que estava falando e o que estava rejeitando, sem de fato estar familiarizado com a tradição. Houve um tempo em que eu era um anticalvinista instintivo que zombava toda vez que o reformador genebrês era sequer mencionado, tudo sem ter aberto uma página das Institutas. Ah, a ironia.
Depois havia o que eu chamava de boas razões: objeções de boa-fé que repousavam em perguntas legítimas da filosofia, da doutrina de Deus e de sã exegese bíblica. Essas são razões com as quais eu ainda luto, razões pelas quais oro, razões que eu penso que podem sempre estar no fundo da minha mente. O que você faz com toda a linguagem bíblica sugerindo escolha legítima? O que significa “amor” se é uma conclusão pré-existente? Ou como Deus pode ser verdadeiramente todo-benevolente se seu amor salvífico é exclusivo para os “eleitos”? E como é justo que alguém nascido em pecado, sem esperança de se voltar para Deus por si mesmo, seja condenado por uma escolha que nunca foi, de fato, dada a ele? Então o Deus que “ordena todas as coisas” é o autor do mal?
Claro, eu sei que há objeções em conceber essas perguntas dessa maneira (objeções que agora compartilho). Mas ainda são boas perguntas à primeira vista que outros cristãos que leem a Bíblia, amam a Jesus e odeiam o pecado lutam para entender — e frequentemente as respondem diferentemente por razões sãs, piedosas e inteligentes. O fato é que muito da teologia reformada é contra intuitivo e difícil de abraçar de primeira, especialmente para aqueles de nós que foram criados no ocidente moderno.
Alguns de vocês podem estar se perguntando: “Por que se dar ao trabalho de falar disso? Isso é óbvio. Quem questionaria isso?” Sejamos honestos: muitos calvinistas não admitem essa dificuldade, e isso vem da maneira condescendente, agressiva, desagradável e que em nada ajuda que eles discutem teologia com pessoas de quem discordam. Você sabe do que estou falando. Você os encontra nos estudos bíblicos, seções de comentários de blogs, igrejas reformadas insulares que ninguém visita; o arquetípico novato que apresenta repetições remendadas de doutrinas reformadas, como se elas fossem as mais óbvias verdades de Deus que apenas um tolo perversamente obstinado não perceberia; o especialista irritadiço que acrescenta condescendência e sarcasmo somente o suficiente para contradizer toda a sua fala a respeito da graça. (“Apenas assista este sermão em Romanos 9 e você vai me agradecer por te mostrar o quão burro você é”).
Essa foi minha razão final para me irritar com o calvinismo: calvinistas realmente arrogantes, cabeças-duras, (frequentemente jovens) sabe-tudo e sarcásticos. Quem quer ser plantado em um solo que produz tais frutos? A longo prazo, essa não é a melhor razão para rejeitar uma doutrina, assim como outra versão da comum objeção ateísta: “Se o cristianismo fosse verdade, então os cristãos deveriam ser ótimos, mas todos os cristãos que eu conheço são uns babacas, então o cristianismo deve ser falso” (vide C.S. Lewis em Cristianismo Puro e Simples). Ainda assim, ainda há algo a considerar dada a declaração do próprio Cristo de que as pessoas são conhecidas por seus frutos.

Um Apelo à Útil Humildade

Estou fazendo um apelo retórico aos meus irmãos e irmãs reformados por paciência (ou uma “útil humildade”) para com aqueles que não abraçam os distintivos da teologia reformada, o calvinismo, e àqueles de nós para com aqueles que abraçam.
Como eu disse, eu abracei muito lentamente a tradição reformada. Levou anos de leitura de diferentes textos, trabalhando questões pesadas de metafísica, pensando profundamente através das implicações da distinção entre Criador e criatura, e chegando a apreciar a tradição reformada além de sua soteriologia. Eu fui trazido à sua mais rica tradição de espiritualidade através de uma apreciação de sua ênfase em uma constelação de doutrinas bíblicas como a revelação, a união com Cristo, a providência, a expiação e a Ceia do Senhor, que formam o contexto apropriado para seu ensino sobre a eleição.
Contudo, esse processo não aconteceu em um vácuo. Dois amigos pacientes incorporaram a útil humildade para comigo conforme eu passava pelas questões. Eles eram prontos a celebrar as verdades as quais compartilhávamos. Eles argumentavam graciosamente comigo nos momentos certos, mas nunca questionaram minha fé ou minha inteligência. Eles me apontavam bons recursos e eram dispostos a ler alguns que eu apontava a eles. Essencialmente, eles se preocupavam em ouvir e entender meus problemas conforme discutíamos. Mais do que isso, eles honestamente tentaram estender a livre graça que eles criam ter recebido de Deus sem nenhum mérito deles mesmos.
Por favor, não entenda este artigo como um chamado a abandonar a discussão teológica ou a clara pregação da verdade — mesmo dos pontos distintivos — ou a uma espécie de cristianismo molenga de menor denominador comum. É simplesmente um lembrete de que, sim, muitas dessas coisas são estranhas e contraintuitivas no início, então devemos ser compreensivos, especialmente se queremos ser ouvidos.
Deixe-me colocar da seguinte maneira: se você é realmente um calvinista e crê que você recebeu o conhecimento da verdade pela absoluta graça de Deus, que é o que ensina a visão reformada de conhecimento, então seja paciente com aqueles que não veem da mesma maneira. Deus foi (e continua sendo) paciente com você em alguma área também. Então pare de ser sarcástico e peça a Deus para torná-lo humilde o suficiente para ser útil para com aqueles ofendidos por (ou que lutam para entender) aquelas doutrinas que você agora preza.
Derek Rishmawy é o diretor do ministério de universitários e jovens adultos na Trinity United Presbyterian Church em Orange County, Califórnia, onde disputa jovens universitários para Cristo. Ele recebeu seu bacharelado em filosofia na Universidade da Califórnia, Irvine, e seu mestrado em estudos teológicos na Azusa Pacific University.
O blog do Derek é o Reformedish. Você pode segui-lo no Twitter.
Por: Derek Rishmawy. © 2014 The Gospel Coalition. Website: The Gospel Coalition; Original: Sneering Calvinists
Tradução: Alan Cristie; © 2014 Voltemos ao Evangelho. Original: Calvinistas Sarcásticos – Derek Rishmawy;

João 3:16, Desejos do Homem e Novo Nascimento

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por John Hendryx


Tendo Deus ressuscitado o seu Servo, enviou-o primeiramente a vocês, para abençoá-los, convertendo cada um de vocês das suas maldades” (Atos 3:26).

Uma pessoa só pode receber o que lhe é dado dos céus” (João 3:27) .

Freqüentemente me pego debatendo com cristãos que acreditam que homem e Deus têm papéis iguais na regeneração (sinergistas) e que nossa escolha é osine qua non do novo nascimento. Eles argumentam que Deus dá a todos a graça preveniente, mas o homem pode exercer seu livre-arbítrio autônomo para fazer a graça eficaz. Estes cristãos ensinam que o homem escolhe a Cristo apesar de seus desejos e isso é o que faz sua vontade livre. Escolher algo diferente de seus desejos constitui verdadeira liberdade para eles, já que a liberdade está acima e é independente de todas as outras influências. Mas é isto o que a Bíblia ensina? 

O primeiro alvo deste texto é provar pelas Escrituras que nós sempre escolhemos o que nós queremos (desejamos) mais e que isso é baseado em nossa natureza. Nós escolhemos alguma coisa porque nós a desejamos. Em outras palavras, nós acreditamos em Jesus porque nosso desejo por Cristo se torna maior que nosso desejo pelo pecado. O segundo alvo é explorar de onde esse desejo vem. Ele vem de nossa natureza degenerada (como os sinergistas crêem) ou ele é um dom incondicional de Deus? Meus amigos sinergistas dizem que, utilizando a graça de Deus, apesar de nossos desejos, nossa vontade autônoma definitivamente determinará nosso destino final. Eu argumentarei porque essa posição é fatal para seu sistema teológico inteiro. 

Nós Escolhemos O Que Nós Desejamos Mais 

Vamos começar com alguns textos bíblicos que ensinam que nossa natureza determina nossos desejos e nossos desejos determinam nossas escolhas. Cristo diz:

O homem bom tira coisas boas do bom tesouro que está em seu coração, e o homem mau tira coisas más do mal que está em seu coração, porque a sua boca fala do que está cheio o coração” (Lucas 6:45).

O que Jesus diz aqui é claro – a água não corre contra a correnteza. Nossa decisão de dizer algo bom ou ruim é somente determinada pela condição de nosso coração. Há uma grande evidência para o mesmo conceito em Mateus 7:18. 

A árvore boa não pode dar frutos ruins, nem a árvore ruim pode dar frutos bons”.

Aqui, Jesus está ensinando que é a natureza da árvore que determina o que virá dela. Somente aquele que tem uma boa natureza é capaz de criar um pensamento correto, gerar uma afeição correta, ou originar uma volição correta. Jesus martela novamente o mesmo conceito nos judeus incrédulos, quando discute se eles são ou não descendentes de Abraão: 

Por que a minha linguagem não é clara para vocês? Porque são incapazes de ouvir o que eu digo. Vocês pertencem ao pai de vocês, o Diabo, e querem realizar o desejo dele. Ele foi homicida desde o princípio e não se apegou à verdade, pois não há verdade nele. Quando mente, fala a sua própria língua, pois é mentiroso e pai da mentira (...) Aquele que pertence a Deus ouve o que Deus diz. Vocês não o ouvem porque não pertencem a Deus”. (João 8:43,44,47)

Na passagem acima, os judeus não puderam ouvir a palavra de Deus porque eles pertenciam ao diabo (suas naturezas) e isso aumentou suas vontades de fazer o que desejavam. Suas naturezas os tornaram moralmente impotentes para ouvir as palavras de Jesus. Mais tarde, Jesus ensina que antes de alguém ouvir as palavras de Deus, ele deve ser de Deus. Em outras palavras, uma pessoa não entenderá o evangelho enquanto permanecer em seu estado não-regenerado e decaído.

Deus Exige Perfeição 

Na história do jovem rico, Jesus o ensina que se ele obedecer todos os mandamentos, ele terá a vida eterna. Todos nós sabemos que esta história foi contada para expôr nossa inabilidade de cumprir tudo isso. Mas o jovem (equivocadamente) confiava que ele guardou tudo desde sua juventude. Jesus, conhecendo seu coração e onde ele vacilaria, ordena que o rapaz venda todas suas posses, dê aos pobres e o siga. Em outras palavras, Jesus lhe disse que o arrependimento de sua ganância e a fé em Cristo eram onde ele ainda falhava. Mas ele se afastou entristecido. Jesus então diz a seus discípulos que é mais difícil que um homem rico entre no Paraíso que um camelo passar por um buraco de agulha. “Quem então poderá ser salvo?”, os discípulos perguntam, sabendo que Jesus está dizendo que o caminho para o céu está fechado a todos os homens – um padrão santo que ninguém poderia alcançar. A resposta que Jesus dá é “Para o homem é impossível [arrependimento e fé], mas para Deus todas as coisas são possíveis”. A natureza do jovem não poderia se colocar acima de seus desejos e Jesus diz que isso é impossível para todos os homens. Apenas Deus tem a capacidade de fazer isto. A Bíblia é recheada com exemplos assim. É realmente um mito que o homem em seu estado natural está genuinamente buscando a Deus. Homens podem procurar um deus, mas eles não procuram o verdadeiro Deus, revelado nas Escrituras. Exceto pelo novo nascimento, ninguém vem à luz do verdadeiro Deus, mas suprimi a verdade pela injustiça. 

A Bíblia, por esta razão, ensina além de qualquer dúvida que nós agimos ou escolhemos de acordo com nosso maior desejo, que é baseado é nossa natureza. Jesus, como notamos acima, ensina que é impossível ser de outra forma. Mais ainda, como uma conseqüência da morte física de Adão e seus descendentes (Gn 2:17) existem muitos outros problemas com a natureza do homem em seu estado decaído, incluindo sua incapacidade de entender Deus (Salmos 50:21; Jó 11:7,8; Rm 3:11); ver coisas espirituais (Jo 3:3); conhecer seu próprio coração (Jr 17:9); direcionar os próprios passos no caminho da vida (Jr 10:23; Pv 14:12); libertar a si mesmo da maldição da Lei (Gl 3:10); receber o Espírito Santo (Jo 14:17); nascer por si só na família de Deus (Jo 1:13; Rm 9:15,16); produzir arrependimento e fé em Jesus Cristo (Ef 2:8,9; Jo 6:64.65; 2 Ts 3:2; Fp 1:29; 2 Tm 2:25); ir a Cristo (Jo 10:26; Jo 6:44); e agradar a Deus (Rm 8:5,8,9). Estas conseqüências da desobediência de Adão em seus descendentes são o que os teólogos freqüentemente se referem como a total depravação do homem. Sem uma mudança de disposição, o amor de Deus e Sua lei não é a mais profunda motivação e princípio do homem natural. 

O Que Tudo Isso Tem a Ver com João 3:16?

Sinergistas freqüentemente me dizem: “Predestinacionistas acreditam em um Deus que requer mais do que Ele capacita ou permite os homens alcançarem. Este é o tipo de Deus em quem eles acreditam”. Nisto eles estão parcialmente corretos, mas a falha está no homem, não em Deus... porque a natureza de Deus nunca mudou, mas a nossa muda. A Lei de Deus é perfeita porque Ele é perfeito. Ele não pode diminuir Seus padrões por nós ou Ele não mais seria Deus. Por esta razão, Deus teve um propósito específico em exigir perfeição moral em nós e isso inclui o mandamento de crer em Cristo. 

Declarações bíblicas como “se tu o buscares” e “todo aquele que nele crer” como em João 3:16 estão num modo hipotético. Um gramático explicaria que há uma declaração condicional, que não expressa nada de forma indicativa. Nesta passagem o que nós “deveríamos” fazer não implica necessariamente que nós “podemos” fazer. Os dez mandamentos, da mesma forma, falam do que nós deveríamos fazer mas eles não implicam que nós temos a habilidade moral de cumprí-los. Os mandamentos de Deus nunca serviram para nos fortalecer, mas para arrancar nossa confiança em nossas próprias capacidades de tal forma que seria o fim de nós mesmos. Com uma clareza pungente, Paulo ensina que este é o intento da legislação divina (Rm 3:20, 5:20; Gl 3:19,24). Se alguém está tentado a argumentar que essa crença é meramente um convite, e não um mandamento, leia 1 João 3:23: “E este é o seu mandamento: que creiamos no nome de seu Filho Jesus Cristo...”. Então, eu creio que aqueles que sustentam a idéia de que Deus ordena aos homens decaídos e não-regenerados a fazerem algo que já são capazes de fazê-lo estão impondo uma teoria antibíblica no texto. Um mandamento ou convite com uma afirmação abertamente hipotética, como João 3:16 faz não implica na capacidade de cumpri-lo. Isto é especialmente verdadeiro à luz de textos como Jo 1:13, Rm 9:16, Jo 6:37, 44, 63-65, Mt 5:16-16, 1 Co 2:14 e muitos outros que mostram a incapacidade moral do homem no estado decaído em crer no Evangelho. Em nossa natureza não-regenerada nós não podemos fazer nada a não ser amar as trevas e nunca nos aproximarmos da luz.

Na Cruz Deus Nos Dá o que Ele Exige de Nós

Como isso pode ser boa-nova se os homens nunca se encontrarão naturalmente desejando se submeter em fé aos humilhantes termos do Evangelho de Cristo? (Rm 3:11; Jo 6:64,65; 2 Ts 3:2). Porque Deus nos deu graciosamente o que Ele exige de nós. No evangelho, Deus nos revela a mesma justiça e fé que Ele exige de nós. O que nós deveríamos ter, mas não poderíamos criar ou alcançar ou cumprir, Deus nos garante livremente, como é chamada, a justiça de Deus (2 Co 5:21) e a fé de Cristo. Ele revela, como um dom em Cristo Jesus, a fé e a justiça que antes era somente uma exigência. Fé não é algo com que o pecador contribui para pagar o preço de Sua salvação. Jesus já pagou todo o preço por nós. Fé é nosso primeiro fôlego na respiração de nosso novo nascimento, antes de falar. É uma testemunha da obra da graça de Deus que tomou seu lugar dentro de nós (Ef 2:5,8; 2 Tm 2:25).

Romanos 3:11,12 diz “não há ninguém que busque a Deus, ninguém” e 1 Co 2:14 diz que o homem natural não consegue entender as coisas do Espírito, que são loucura para ele e não é possível que sejam aceitas porque devem ser discernidas espiritualmente. Mesmo Pedro teve de ser revelado pelo Pai que Jesus era o Cristo. Os arminianos e nós concordamos que “todo aquele que crer” tem a vida eterna, mas a questão vai além disso – o que leva alguém a crer?

C.H. Spurgeon, em seu sermão Incapacidade Humana expõe isso com grande clareza:

"Oh", diz o Arminiano, "os homens podem serem salvos se quiserem." Nós replicamos: "Meu querido senhor, todos nós cremos nisto; mas é precisamente no se eles quiserem onde está a dificuldade. Afirmamos que ninguém quer vir a Cristo, a menos que ele seja trazido; pelo contrário, nós não afirmamos isto, mas o próprio Cristo o declara: "Mas não quereis vir a mim para terdes vida"; e enquanto este "não quereis" permanecer registrado na Santa Escritura, não seremos inclinados a crer em qualquer doutrina da liberdade da vontade humana. É estranho como as pessoas, quando falam sobre o livre-arbítrio, discutem de coisas que eles não tem nenhum entendimento. "Ora", diz alguém, "eu creio que os homens podem ser salvos se eles quiserem." Meu querido senhor, de modo algum é esta a questão. A questão é: os homens alguma vez são encontrados naturalmente dispostos a submeterem-se aos termos humilhantes do evangelho de Cristo? Declaramos, sob a autoridade das Escrituras, que o homem está tão desesperadamente em ruína, tão depravado, e tão inclinado a tudo o que é mal, e tão oposto a tudo o que é bom, que sem a poderosa, sobrenatural e irresistível influência do Espírito Santo, nenhum ser humano quererá jamais ser constrangido para Cristo. Você replica, que os homens algumas vezes estão desejosos, sem a ajuda do Espírito Santo. Eu respondo: Você encontrou alguma vez alguma pessoa que estivesse?

Eu argumentaria que este é o porquê de Jesus enfatizar o novo nascimento durante toda a passagem de João 3. Nicodemos não podia entender a linguagem de Jesus: “O que nasce da carne é carne, mas o que nasce do Espírito é espírito”. Assim como somos passivos em nosso nascimento físico, também no nascimento espiritual o somos. Nós não participamos ativamente de qualquer nascimento com nossos esforços. O Espírito é semelhante ao vento nesta passagem, que não se sabe se está indo ou vindo – assim é todo aquele nascido em espírito. O trabalho do Espírito é soberano e sobrenatural. Assim como um cego não enxergará se você lançar uma luz nos seus olhos, ordenando a ele tudo que você quiser. Não é de luz que ele precisa, mas de um novo par de olhos. É assim que o novo nascimento parece. Antes da regeneração, Satanás nos tornou cativos de sua vontade. Ele nos cegou para a verdade. Nós devemos ser libertos de nossos próprios desejos e o cativo somente é completamente livre pelo dedo de Deus através do trabalho final de Cristo.

Em João 3:19-20, no mesmo contexto de 3:16 (três versos depois), Jesus qualifica Seu “todo aquele que crê” com a seguinte afirmação: “Este é o julgamento: a luz veio ao mundo, mas os homens amaram as trevas, e não a luz, porque as suas obras eram más. Quem pratica o mal odeia a luz e não se aproxima da luz, temendo que as suas obras sejam manifestas”. (Isto é para todos nós anterior à regeneração)

Mas todos nós sabemos que alguns virão para a luz. Leia o que João 3:20-21 diz sobre eles. “Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que seja manifesto que as suas obras são feitas em Deus”. Então, veja que existe aqueles que vêm para a luz; e suas obras são o trabalho de Deus. “Feitas em Deus” significa trabalhado em e por Deus. A não ser pelo gracioso trabalho divino de regeneração, todos os homens odeiam a luz de Deus e não irão até ela.

Ao invés de balançar nossas cabeças para o versículo que se encaixa em nosso sistema particular de teologia, nós devemos interpretar escritura com escritura, especialmente no contexto da passagem. Agora que nós vimos João 3 por completo, o verdadeiro significado do texto se torna claro. João 1:10-12 é também um dos favoritos dos sinergistas quando anunciam o evangelho:

Ele estava no mundo, e o embora mundo tenha sido feito por intermédio dele, o mundo não o reconheceu. Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam. Contudo, aos que o receberam, aos que creram em seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus”.

Grande passagem, eu também adoro usar estes versos, mas nós não podemos parar aqui. Nós precisamos reconhecer que devemos adicionar a qualidade do verso 13:

os quais não nasceram por descendência natural, nem pela vontade da carne nem pela vontade de algum homem, mas nasceram de Deus” (João 1:13).

Eu acho estranho muitos deixarem esse versículo de fora de sua evangelização: todos os versículos caminham juntos. Isso repete um tema constante nas Escrituras: que nós somos ordenados a nos arrepender e crer no evangelho, mas adicionalmente, que nós somos moralmente incapazes de fazer tanto sem o eficaz trabalho do Espírito Santo. A oferta de “todo aquele que nele crer” é para todos os homens e verdadeiramente oferecida a todos os homens, mas nenhum homem natural deseja a Deus. TODOS rejeitam este dom, mas o que nós não podemos fazer por nós mesmos, Deus faz por nós. Aqueles que vêm a Deus dão glórias a Ele porque Ele tem preparado seu coração, dando-lhes um desejo por Cristo que é maior que o desejo de permanecer no pecado. Isto é o que Ele fez por Lídia através da pregação de Paulo, no livro de Atos: “O Senhor abriu seu coração para atender à mensagem de Paulo”. O que aconteceu a Lídia é o que acontece a todo aquele que vem para a fé em Cristo. Se o Senhor abrir nosso coração, nós desejaremos crer, e nenhuma resistência existe, porque nós não desejaremos resistir. Nossas novas naturezas vivificadas pelo Espírito Santo têm novos desejos e disposições, que não poderíamos produzir por nós mesmos. Se o Senhor abriu o coração de Lídia para ela atender à mensagem e ela resistisse, isto seria uma afirmação contraditória. Note que Deus abriu seu coração para “atender à mensagem”. Se Deus desarmou a hostilidade de Lídia de forma que ela creria, então não deveria haver mais debates de como Ele faz com todos aqueles que têm fé. Apesar do fato de nós termos uma crença real em nós mesmos, pelo esquema sinergista, no entanto, o homem volta sua afeição e fé para Deus enquanto ainda está em sua caída e degenerada condição de coração petrificado. Mas o homem deve primeiro ter uma nova natureza para crer – ou seja, a Escritura ensina que o homem sem o Espírito não deseja, entende, tampouco é capaz de obedecer ou se voltar a Deus (1 Co 2:14, Rm 8:7, Rm 3:11). Se nós iremos acreditar, Deus deve primeiramente transformar nosso coração de pedra em um coração de carne:

Darei a vocês um coração novo e porei um espírito novo em vocês; tirarei de vocês o coração de pedra e lhes darei um coração de carne. Porei o meu Espírito em vocês e os levarei a agirem segundo os meus decretos e a obedecerem fielmente às minhas leis” (Ezequiel 36:26,27).

Os sinergistas acreditam que o grande desejo por fé, pelo qual nós creremos no Deus que justifica pecadores, pertence a nós por natureza e não por um dom da graça, que está, pela inspiração do Espírito Santo, aumentando nossa vontade e tirando ela da descrença para fé e da falta de Deus para Deus. Mas o Apóstolo Paulo diz: “Estou convencido de que aquele que começou boa obra em vocês, vai completá-la até o dia de Cristo Jesus” (Fl 1:6). E novamente, “Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus” (Ef 2:8). Pior ainda, os sinergistas ensinam que Deus tem misericórdia de nós quando, a partir da graça regeneradora, nós acreditamos, queremos e desejamos, mas não confessam que é através do trabalho e inspiração do Espírito Santo em nós que teremos a fé, a vontade ou força para fazer todas estas coisas. Se eles fazem a ajuda da graça depender de nossa humildade ou obediência, mas não concordam que é um dom da própria graça que nós sejamos obedientes e humildes, eles contradizem a Bíblia, que diz “O que você tem que não tenha recebido?” (1 Co 4:7) e “Mas, pela graça de Deus, sou o que sou” (1 Co 15:10).

Então vamos perguntar a nossos amigos sinergistas porque um homem crê e outro não?

Pelo esquema arminiano, Deus dá ao homem graça suficiente para colocá-lo numa posição de decidir por si mesmo se irá ou não crer. Então um homem será mais inteligente, mais sábio e mais humilde? Se este fosse o caso, Deus nos salvaria com base na personalidade gerada por nós mesmos e não pela graça. Pergunte a eles como seus olhos se voltaram a Deus. Um homem usa a graça dada a ele e outro não. O que no homem determina sua escolha e por quê? Isso nos deixa com salvação pelo mérito, desde que um homem que tem pensamentos e afeições por Deus O escolhe enquanto o outro não. Não já provamos que as Escrituras ensinam que fazemos nossas escolhas baseados no que mais desejamos? Onde o homem conseguiu sabedoria e inclinação a Deus, enquanto o outro permaneceu endurecido? Como um homem criou um pensamento reto, afeição reta, ou originou volição reta? Se não veio de seus desejos, então veio de onde? As escolhas são baseadas no que nós somos. Um homem natural nunca escolheria a Deus por si mesmo sem a graça regeneradora. Então Deus sobrenaturalmente enxerta a obra regeneradora do espírito ao despertar a fé de Seus eleitos.

Então, porque alguns homens rejeitam a Deus?  

Resposta muito simples: Porque eles são malignos. “Ele fará uso de todas as formas de engano da injustiça para os que estão perecendo, porquanto rejeitaram o amor à verdade que os poderia salvar” (2 Ts 2:10). Eles odeiam a Deus e não O querem, como toda pessoa sem o Espírito. Cristo diz “vocês não crêem, porque não são minhas ovelhas”. Jesus claramente mostra que a natureza da pessoa determina as escolhas que faz. Ele não diz “vocês não crêem, por isso não são minhas ovelhas” . Não, Ele diz “vocês não são minhas ovelhas, (POR ISSO) vocês não crêem”. A Bíblia afirma claramente porque alguns crêem e outros não. Nossa natureza determina nossas escolhas. Descrença é conseqüência da maldade, segundo as Escrituras. Crer é conseqüência da misericordiosa mudança na disposição do coração (em direção a Deus) através da rápida ação do Espírito Santo. O esquema sinergista deixa cada pessoa decidir por elas mesmas enquanto ainda estão em sua natureza decaída. O homem em seu estado não-regenerado decide baseado em um princípio dentro dele. Nossa vontade por si só não é autônoma, mas controlada por quem somos naturalmente. Nós nunca escolhemos o que nós não queremos ou odiamos. Em nosso estado não-regenerado nós ainda somos hostis para com Deus, amamos as trevas e somos cegos pelo diabo, tomados cativos para fazer a vontade dele, e não desejamos ou queremos coisas espirituais.

Se a graça preveniente dos arminianos somente faz o coração neutro, como eles admitem, então o homem não é motivado nem desmotivado para crer ou descrer – conseqüentemente a única opção é pelo acaso que alguém creia ou não. Eles irão argumentar ardentemente contra isso mas não encontrarão outra alternativa bíblica. Nossa escolha, qual seja, é baseada em nosso caráter interior, não pelo acaso. Um homem escolhe e o outro não, porque um foi renovado pelo gracioso trabalho de Deus. Apenas isso dá toda glória a Deus pela salvação.

O Espírito dá vida; a carne não produz nada que se aproveite. As palavras que eu lhes disse são espírito e vida. Contudo, há alguns de vocês que não crêem” (...) E prosseguiu: "É por isso que eu lhes disse que ninguém pode vir a mim, a não ser que isto lhe seja dado pelo Pai” (João 6:63-65).

Concluindo, minha oração é que a igreja do século XXI finalmente aprenda a doutrina “somente pela graça” corretamente. Oh! Que nós entendamos a pobreza da condição do homem perdido e a glória da misericórdia e graça divinas, e que não nos preocupemos em proclamá-las. Acredito que percorreremos um longo caminho parar criarmos uma postura de adoração que dê completa honra a Deus, em que Seu povo terá pensamentos corretos sobre Ele e alcançará um estágio de verdadeiro reavivamento. Esta tem sido uma longa batalha desenhada através da História da igreja (Agostinho/Pelágio, Lutero/Erasmo, Calvino/Armínio, Wesley/Whitefield) mas eu permaneço muito otimista quanto ao futuro crescimento do reino de Deus.

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Tradução livre: Josaías Cardoso Ribeiro Jr.
Fonte: Monergismo

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