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terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Verdade Absoluta x Verdade Relativa - A arte do humanismo no mundo de hoje

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Por Mike Oppenheimer 


"Cada pessoa e cultura desenvolveu a sua própria definição do que é certo ou errado". Essa teoria é moralmente inaceitável porque implica que um ato pode ser certo para alguém até mesmo se for cruel, odioso ou prejudicial. Cultura ou uma preferência pessoal não dita o que é certo ou errado. Tampouco religião pode, para cada área pode ter sua própria religião que descendeu de gerações anteriores. Deve haver um padrão maior, um que está mais correto e mais seguro para vivermos. Caso contrário somos levados a inventar nossas próprias opiniões que mudarão com o tempo por causa de nossa cultura. 

A definição da verdade relativa - Verdade é verdade em uma única vez e em um único lugar. É verdade para algumas pessoas e não para outras. É verdade hoje mas pode não ter sido verdade no passado e pode não ser novamente no futuro, sempre está sujeito a mudança. Também está sujeito à perspectiva das pessoas. 

A definição de verdade Absoluta - Tudo quanto é verdade uma vez e em um lugar é verdade todo o tempo e em todos os lugares. O que é verdade para uma pessoa é verdade para todas as pessoas. Verdade é verdade se nós acreditamos nela ou não. Verdade é descoberta ou é revelada, não é inventado por uma cultura ou por homens religiosos. 

Há absolutos, toda realidade prova isso. O que achamos é que a visão cristã do mundo é a mais consistente com a realidade. Há verdade e há falsidade e as pessoas podem não saber se estão erradas a menos que tenham um padrão. Deus acredita na verdade objetiva porque Ele é esse padrão. A diferença é que como cristãos acreditamos que Deus determina o que é verdade e certo no que Ele instruiu na Bíblia. Esses que se apegam à posição relativa acreditam que o homem é capaz de fazer sua mudança como ele bem desejar. 

Exemplo de verdade absoluta - todos precisam de ar para respirar, para viver todos precisam de comida e água. Isto é verdade em todos os lugares em todas às vezes para todas as pessoas. Gravidade atua de igual maneira em todos os lugares neste planeta. 

Exemplo: a pessoa não pode estar seca e molhada ao mesmo tempo. Algo não pode ser verdade e mentira ao mesmo tempo, um deve ser falso ou verdadeiro, mas ambos não podem ser verdadeiros. A pessoa não pode ir adiante e para trás ao mesmo tempo. A pessoa não pode viver ao mesmo tempo no passado e no futuro. O tempo avança e não pode retroceder. Ninguém pode ficar mais jovem em vez de mais velho. Você não pode estar entre dois montes sem ter um vale. Você não pode estar ao mesmo tempo adormecido e acordado. 

Exemplo: George Washington foi o primeiro presidente dos EUA, mas hoje ele não é. Quando ele foi o primeiro presidente do EUA era verdade durante todo o tempo para todas as pessoas em todos os lugares. Nunca estar em um lugar a qualquer momento não é verdade. Ele nunca pode ser o 20º presidente. Assim é uma verdade absoluta, mas durante o tempo dele. 

Acreditando em algo que não é verdade 
  
O que é verdade para uma pessoa é verdade para todas as pessoas - se as pessoas de antigamente acreditassem que a terra era plana seria verdade em todos os tempos e em todos os lugares. Nunca será falso que o homem antigo acreditou que a terra era plana. Pode não ser verdade que a terra é plana, mas é verdade que eles acreditaram nisto. Assim esta é a verdade no tempo deles, mas isso não é uma descrição de verdade absoluta. Se um só acredita é então verdade que eles não estão fazendo uma reivindicação da verdade. Declarações de convicção não são declarações de verdade, a pessoa está declarando a suaconvicção simplesmente. Como se alguém dissesse que eu posso voar. Para você essa convicção pode ser verdade, mas não a própria declaração. Verdade é uma convicção justificável. Precisa ser provado pelo menos logicamente e concordar com a realidade. 

Um exemplo religioso: Deus não pode existir e não existir ao mesmo tempo. Uma destas visões somente é a verdade, porque nós estamos lidando com a realidade. Elas são contraditórias e o mundo deveria ser consistente com a realidade. 

Relativismo não pode ser verdade - reivindicações do relativismo dependem de qual ponto de vista o observador está. Se sua posição é à direita ou à esquerda essa se torna a perspectiva do espectador. A pessoa poderia dizer que um evento não aconteceu do ponto de vista dela enquanto outros a experimentaram. 

Se relativismo fosse verdade então o universo poderia conter atualmente condições contraditórias e verdadeiras que são impossíveis. Opostos não podem ser ambos verdadeiros e negam as leis de não contradição. Esta lei é inegável, você pode não empregá-la usando externamente e você pode negar externamente usando-a, assim é literalmente inegável. Contradições não podem ser ao mesmo tempo verdades assim a visão relativa é falsa. Ex. Se relativismo é verdade, para um ateu não existe Deus, mas para um crente Ele existe. Opostos não podem ser ambos a verdade. Se relativismo é verdade então nada poderia ser verdade. Por quê? Para alguém não poder reivindicar que é uma verdade absoluta, que algo é só verdade relativa para ele. Isto é como uma declaração do tipo: eu tenho absolutamente certeza de que tudo é relativo. Então tudo não é relativo se ele tiver absolutamente certeza. Mas se tudo é relativo para cada pessoa, para esse, e aquele, infinitamente, então não há verdade em tudo e todo mundo está acreditando em falsidade. Se relativismo fosse verdade você nunca pode estar equivocado ou errado ou aprenderia qualquer coisa. Porque é verdade para mim naquele momento e pode não ser em outro, por meu próprio padrão até mesmo se eu estou errado é verdadeiro. Você só pode descobrir o erro se algo for verdade. O último padrão de medida tem que ser a verdade. 

O problema mentiroso na raiz do relativismo é dizer que não há nenhuma verdade absoluta. 

Exemplo: 2 + 2 = 4. Mas se alguém lhe falasse que era 5, e 2 + 2 sempre é igual a 4, alguém vem e diz agora 5. Você pode mudar isto, mas não seria consistente com a verdade e a realidade. Para algo ser verdade deve ser verdade antes, tem que ser verdade agora, e tem que ser verdade no futuro. A verdade não muda. Porque é absoluta, especialmente quando vem de Deus. Se você aprendeu 2 + 2 a sua vida inteira, 5 é capaz de virar verdade? Ou foi você que ensinou falsamente. Para alguém aprender de você deve ser verdade, absoluta ou todo o ensino é uma farsa. Você estaria aprendendo e não viria ao conhecimento da verdade (I Tm 3:7) Assim se você levasse 10 anos de aprendizado na faculdade e ao fim voltasse aonde começou não progrediria. Porque o que você soube quando começou era um estado de ignorância nos assuntos a qual você ia ser ensinado, em 10 anos você não progrediu na busca pelo aprender. 

O filósofo grego Protágoras disse que o "homem é a medida de todas as coisas". Isto significa que cada pessoa pode decidir o seu próprio padrão para o certo e o errado. O que é moralmente certo para mim, pode estar errado para outro. Esta é a essência de relativismo. 

Isto significa que crueldade e ódio podem ser certos para alguém praticar. Se a sociedade praticasse isso nós iríamos nos auto destruir. Nossa cultura tem valores de comunidade que são compartilhados para proteger dos danos de outros. 

Se toda a verdade é relativa você se sente seguro em deixar seu filho brincar com um pedófilo desde que isso seja a sua verdade. Você permitiria alguém que faz sacrifícios humanos ajudar sua família? Obviamente a verdade relativa às vezes pode ser prejudicial. 

Como descobrimos se o que nós acreditamos é relativo ou absoluto? 

Há padrões que todos usam diariamente em ciência e matemática. Calculamos lançamentos de foguetes ao espaço usando matemática. Na construção civil medimos o material, assim se ajustará de acordo com a planta que define o que está sendo construído. Tudo isso se transfere para idiomas e culturas diferentes, mas nós compartilhamos isso como algo universal. Estas não são verdades absolutas desde que as podemos mudar e ainda podemos compartilhar as mesmas medidas, mas eles são um padrão que todos operamos. Mas há outras leis que se violadas tem consequências drásticas. Não importa seu país ou que raça você é ou que religião você pratica, se você cai de um edifício você baterá no chão mesmo. Assim, a gravidade é um princípio universal para o homem. O mesmo seria a pressão nas profundezas do mar. Se você se abaixa rápido ou em demasia você se encurva. Estas são leis naturaisque respeitamos ou caso contrário podemos ver resultados drásticos. A natureza não pode ser mudada, como a matemática é inalteravelmente aderida as leis porque a natureza foi feita pelo Criador. 

Nós não podemos testar a verdade pelos nossos sentimentos. Você não pode sentir o erro, mas você pode usar sua mente para pensar a verdade. Você não pode distinguir bem e mal por seus sentimentos porque o mal (pecado) se acha bom. 

Verdade não é o oposto de falsidade, é a ausência de falsidade. O mal não é só o oposto do bem, é a ausência do bem. Decidir que algo é mau significa que a pessoa tem que ter um padrão de verdade. Se é a Bíblia ou o seu próprio, eles estão vivendo por algum padrão. 

Nossa sociedade pensa que é capaz de decidir o que é bom. O humanismo está tentando fazer o que é certo sem colocar Deus na equação. O humanista não precisa de religião porque ele confia que o coração do homem é basicamente bom. Embora o humanismo como um "ismo" compartilhe muitos valores práticos comuns com o Cristianismo (a ética?), porém, o conceito humanístico de "bem" está em curso de colisão com a visão de Jesus de "bem." O padrão humanista de bondade deve ser bastante baixo para a pessoa comum poder conhecer essas exigências consistentemente. O padrão de bondade de Deus é a perfeição. Isto é por que um humanista tem que fazer o seu próprio padrão, caso contrário ele não poderá encontrá-lo. É claro que pode fazer mudanças como um capricho. Embora o humanismo possa fazer o mundo melhorar em alguns aspectos, seus padrões ainda são relativos à cultura e ao tempo. Por exemplo: muitas coisas que eram determinadas no passado como curas para doenças seriam rejeitadas hoje como prejudiciais. Mas na ocasião estava com boas intenções. Assim, o humanismo não tem nenhuma cura para o mal nem pode explicá-lo. Cristo que é Deus e o supremo bem é a única resposta. 

"Enganoso é o coração", (incurável) (Jer. 17:9). Deus, o criador, é o único capaz de concertar o que está quebrado no homem. Precisamos de um toque divino do grande médico. O seu remédio é universal para restaurar nossa alienação de Deus e nos limpar de toda a culpa. Deus deu para o gênero humano o sangue de Cristo como a cura para remover o problema inato do pecado. Nenhuma outra religião reivindica resolver o fator do pecado porque eles não acreditam que ele existe, isto inclui o humanismo. O remédio deles é educação e ética. Eu não acredito que esta seja a resposta, algumas das pessoas mais depravadas no mundo são bem educados, com Ph.D.s. Se a pessoa educar um ladrão, você só aumenta a capacidade dele para roubar, educação não é a solução. Nenhum de nós pode fazer um pecador ver qualquer melhora com soluções vindas do homem. Nós não precisamos de um disfarce para nosso estado caído, mas nos descobrir para ver nosso pecado que nos separa de Deus. 

Quando vemos nossa doença nos desesperamos a ponto de buscar a limpeza do pecado. Então estamos abertos à verdade que é achada em um só lugar. 

O que Jesus faz é do exterior para o interior, o que o homem faz é do interior para o exterior do qual nunca pode afetar nossa natureza caída. O humanismo como religião nos dá regras e regulamentos para viver, só Jesus reforma o interior. 

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Traduzido por: Edimilson de Deus Teixeira

O que é a Igreja? Uma visão da teologia reformada

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Por Rev. Augustus Nicodemus Lopes


A igreja de Deus existe e está presente no mundo. O Senhor Jesus falou dela, quando disse aos discípulos que “edificaria sua igreja” (Mt 16.13-20) e quando determinou que os discípulos faltosos fossem corrigidos pela “igreja” (Mt 18.17). Podemos definir a igreja de Cristo como sendo a comunhão de todos os que foram chamados por Deus, mediante a sua Palavra, e que pela ação do Espírito Santo recebem a Cristo como único Salvador e Senhor, que conhecem e adoram a Deus Pai, Filho e Espírito Santo, em verdade, e que participam pela fé dos benefícios gratuitos oferecidos por Cristo. 

A igreja é una, ou seja, só existe uma. Cristo sempre teve somente uma noiva: “Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela” (Ef 5.25). Ao mesmo tempo, ela é universal, está espalhada pelo mundo todo, e tem pessoas de todas as tribos, povos, e raças (Ap 7.9-10). Isto não quer dizer que a igreja de Cristo é do tamanho do mundo. Existe uma diferença radical entre a igreja e o mundo. A igreja está no mundo, mas não é dele. Jesus orou pela igreja mas não pelo mundo (Jo 17.9).

A igreja de Deus sempre existiu e sempre existirá. Deus sempre teve e terá um povo para Si, para o adorar em espírito e em verdade. A igreja de Deus, porém, atravessou duas fases históricas distintas. No período antes de Cristo ela estava grandemente resumida à nação de Israel, e funcionava com rituais, símbolos e ordenanças determinadas por Deus, como figuras e tipos de Cristo. Com a vinda de Cristo e do Espírito no dia de Pentecostes, estas cerimônias foram abolidas, e agora adoramos a Deus de forma mais simples. Porém, é a mesma igreja, o mesmo povo, no Antigo e no Novo Testamentos. Antes de Cristo, os crentes em Israel se salvaram pela fé no Messias que haveria de vir. Depois de Cristo, somos salvos pela fé no Messias que já veio. O autor de Hebreus inclui na mesma relação dos heróis da fé os crentes do Antigo e do Novo Testamento (veja especialmente Hb 11.39-40).

A igreja de Deus, mesmo sendo una e indivisível, existe agora em duas dimensões: (1) a igreja militante, composta dos crentes vivos neste mundo, que ainda estão lutando contra a carne, o pecado, o mundo e Satanás; e (2) a igreja triunfante, composta daqueles fiéis que, tendo vencido a luta, já partiram deste mundo, e hoje desfrutam do triunfo na presença de Deus (Hb12.22-23). Estas duas partes da igreja de Deus se unirão na Vinda do Senhor Jesus, quando houver a ressurreição dos mortos, e nosso encontro com o Senhor, para com Ele ficarmos para sempre, e com nossos irmãos de todas as épocas e de todas as partes do mundo (1Tess 4.16-18). 

A igreja militante se expressa aqui neste mundo por meio de igrejas locais. Paulo escreveu cartas a várias destas igrejas, como a de Corinto, Tessalônica, etc. (1Co 1.2; 1Ts 1.1). Igrejas locais são a organização dos crentes, ainda que informal, que se reúnem regularmente para cultuar a Deus, serem instruídos em Sua Palavra, se edificarem mutuamente e celebrar os sacramentos. As igrejas têm direção e liderança espiritual, promovem cultos de adoração, celebram os sacramentos, anunciam o Evangelho e praticam boas obras. Estas igrejas locais podem ter um aspecto estrutural e organizacional, mas jamais devem ser consideradas como um clube ou uma empresa, e nem os interesses organizacionais devem sobrepujar os interesses do Reino de Deus. 

Estas igrejas locais podem ser mais ou menos puras, dependendo de quão pura é a pregação do Evangelho que ocorre ali, a celebração correta dos sacramentos e o exercício da disciplina entre seus membros.

É tarefa de cada igreja particular reformar-se continuamente à luz da Palavra de Deus, procurando cada vez mais aproximar-se do ideal bíblico. São os princípios bíblicos que são imutáveis, não as formas organizacionais e externas. As igrejas locais devem zelar pela pureza da pregação, da celebração dos sacramentos e pela vida espiritual e moral daqueles que ali se congregam.

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Fonte: Rev. Augustus Nicodemus, via Facebook

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

A Classificação da Perseguição Religiosa 2014 está no ar!


Todos os anos, a Portas Abertas publica a Classificação da Perseguição Religiosa, uma pesquisa criteriosa que lista as 50 nações onde a perseguição aos cristãos atinge o nível mais elevado. Nos links a seguir, saiba os lugares onde seguir as palavras do Senhor Jesus pode custar a própria vida
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Há 12 anos consecutivos, a Coreia do Norte está no primeiro lugar da Classificação da Perseguição Religiosa. Isto significa que, durante todo esse tempo, esse tem sido o país onde os cristãos sofrem mais pressões por sua identificação com Cristo.

As outras 49 nações estão listadas de acordo com o grau de intolerância para com aqueles que seguem a Cristo. Todos esses países precisam muito de nossas orações. A Igreja nesses lugares tem lutado para sobreviver.

Mas, isso não é motivo para que os cristãos desistam de sua fé. É justamente nesses países onde a Igreja de Cristo sofre mais restrições, que Deus se revela através de sinais sobrenaturais. Essa é uma das formas pelas quais as pessoas têm se convertido a Cristo.

Vá até a página Cristãos Perseguidos e conheça mais sobre essa realidade. Você encontrará pedidos de oração específicos para cada país; entenderá como a Portas Abertas classifica as nações mais opressoras ao cristianismo; verá à luz da Bíblia o que significa a perseguição e poderá ter acesso a infográficos e um vídeo explicativo. Aproveite as redes sociais e compartilhe!
FontePortas Abertas Brasil

A televisão e nossa família



Por Rev. J. Lewis


Nos idos de 1930 David Saronoff, o presidente da RCA, teve a perspicácia empresarial de investir dinheiro num projeto louco e extravagante chamado televisão. Para dirigir este empenho, a RCA contratou um cientista natural da Rússia chamado Vladimir Kosma Zrvorykin e investiu 50 milhões de dólares de modo que em 1939 a RCA pode televisionar a abertura da feira mundial de Nova York. Mais tarde naquele ano, a RCA adquiriu a licença para patentear a televisão e começou a vendendo aparelhos de televisão aos que eram muito ricos. Antes de 1947 o número de lares com TV poderia ser medido em milhares.

Por volta do final do século XX, 98% dos lares dos Estados Unidos tinham, pelo menos, um aparelho da televisão (Gordman, p. 2). A televisão está aqui para ficar. Qual então deveria ser e reação dos cristãos à televisão? Ela é inerentemente má? É um pecado assistir até mesmo os noticiários da TV? Quanto tempo deve um cristão gastar assistindo televisão? Estas são algumas das perguntas que deveriam levantar-se na mente de qualquer cristão consciencioso e piedoso. Meu ponto de vista não é que a TV está completamente errada, como também o rádio e a internet. Contudo, parece-me que estar no mundo, mas não ser do mundo, perdeu sua distinção em muitos lares cristãos de hoje por relaxar a oposição com o mundo (1 Jo. 2:15). “Não ameis o mundo, nem as coisas que estão no mundo. Se algum homem ama o mundo, a amor do Pai não está nele”. 

Portão – Olho, Portão – Ouvido

No livro–alegórico, Guerra Santa, de Bunyan, somos ensinados que a cidade da alma do Homem (que simboliza o coração do homem) ficou mais vulnerável pelas entradas do Portão-Olho e Portão-Ouvido (sentidos da vista e do som) (p.10). A alma do homem foi eventualmente penetrada pelo diabo e seus comparsas através destes dois portões. Assim é conosco. Para salientar isto não é necessário olhar mais longe do que as indústrias de bilhões de dólares de Hollywood e MTV, onde tudo é de uma certa qualidade visual nos acenando para “vir e comprar”. Mas o que eles estão vendendo? É moralidade e castidade e os frutos do Espírito? Ou são as mercadorias deste mundo?

Isto, então, presenteia o Cristão com um dilema interessante à medida em que ele vive na cultura vigente. Quando a TV é muito? Não acho que exista um número sagrado ou uma resposta precisa que não viole a liberdade do Cristão. Contudo, Jacques Ellul aponta corretamente que “televisão age menos pela criação de noções claras e opiniões precisas e mais por nos envolver em uma neblina” (pg. 336). David F. Wells diz com respeito aos perigos da televisão que “A televisão abre para nós o mundo inteiro, legando-nos uma onisciência virtual” (pg. 230). Através da mídia da televisão nós somos encorajados a ter uma espécie de colonização de experiência onde os pecados e virtudes dos outros são incorporadas dentro de nós. Por meio dos nossos olhos e ouvidos somos incitados a partilhar do pecado dos outros, uma vez removido nosso senso de realidade. O que nós próprios jamais faríamos, prontamente vemos com os nossos olhos e ouvimos com os nossos ouvidos.

A. W. Tozer disse certa vez com relação ao Cristão e à cultura mundial:

Por séculos a Igreja permaneceu solidamente contra toda forma de entretenimento mundano, reconhecendo-o pelo que ele era — um artifício para gastar o tempo, um refúgio contra a perturbadora voz da consciência, um esquema para desviar a atenção da responsabilidade moral. Por isto ela tornou-se redondamente insultada pelos filhos deste mundo. Mas, ultimamente, ela tornou-se cansada do abuso e desistiu do esforço. Ela parece ter decidido que se não pode conquistar o grande deus Diversão, ela pode igualmente juntar forças com ele e fazer dele o uso que puder dos seus poderes (pg. 84).

É bem possível que tenhamos nos tornado acostumados a pecar vicariamente através daquelas coisas que vemos e ouvimos. Porque o homem é corrupto por natureza, nós naturalmente queremos ver quão perto podemos chegar do pecado sem realmente tomar parte nele. Dr. Joel Beeke colocou desta maneira: “Por natureza nossa pergunta é: ‘Até onde eu posso ir sem pecar?’ ao invés de ‘Até onde eu posso fugir do pecado e evitar a própria presença do mal?’. No nosso coração mesmo e no centro do nosso espírito de passatempo, fica a TELEVISÃO. Este é um fato óbvio. Os aparelhos de televisão estão nos lares de 97% dos Americanos hoje e 91% de todo o tempo de televisão é dedicado unicamente ao propósito de entretenimento”.

Enquanto o mundo acena ao Cristão para juntar-se ao mal, e Escritura nos diz para “Abstermo-nos de toda aparência do mal” (1 Ts. 5:22). Dr. Joel Beeke dá algumas estatísticas surpreendentes.

Dr. Beeke diz:

“Um estudo chegou à conclusão que durante o tempo transcorrido até uma criança chegar aos 14 anos, pelo menos 18.000 assaltos e assassinatos violentos acontecem diante dos seus olhos. Um outro estudo confirmou que a criança média entre cinco e treze anos de idade embebedam-se em 1.300 assassinatos cada ano, de modo que violência, assaltos e assassinatos não mais falam a mensagem do pecado ou as suas consequências. Assassinatos, ódios, ações e palavras violentas assumem o papel de comportamento normal. A média dos programas para crianças contem trinta e oito atos de violência por hora (programa para adultos: vinte)”.

Ele continua a dizer:

“Nos lares americanos 35% dos horários da refeição são gastos na frente do aparelho de TV. Cada noite, centenas de pais percebem que os programas que surgem são desmoralizantes e prejudiciais para seus filhos, contudo eles mesmos estão tão famintos para deleitar-se no pecado que estes programas contêm que frequentemente deixam seus filhos assisti-los também, não tendo qualquer poder de controle”.

Desta forma a TV é um mal e deve ser evitado.


Um Bom Uso da TV

Muitos têm feito objeção ao conteúdo dos programas de televisão (muita violência, sexo, etc) mas, e a própria tecnologia? Foi Marshall McLuhan quem disse com referência a TV: “o meio é a mensagem” (p. 7-21). Não é isto em parte verdade? A televisão acentua as imagens que se movem em contraste com a linguagem escrita e falada (o resultado mais tangível da nossa era pós-moderna). Como uma mídia fundamentada na imagem, a TV não deixa a imaginação da pessoa pintar qualquer quadro na tela de sua mente mas, ao invés, é a TV que pinta a imagem para você (Myers, p. 117). 

Na realidade, nos está sendo ditado, de um modo bem atormentador e subversivo, o que pensar sobre qualquer tipo de problema moral. Além disso, criatividade, pensamento independente e ingenuidade são todos descartados, para se criar uma enorme coleção de dados armazenados num sistema de computador, de tal modo que pode ser facilmente localizado pelo usuário (assistiu à TV à noite passada? Aquilo não foi um grande show!?). Os únicos visionários num show de TV são os produtores e diretores que decidem para a audiência o que lhes será ou não processado. Não pense nem por um momento que eles não estão enviando uma mensagem por meio do que produzem. 

Além disso, o pensamento paralelo é raramente usado pelo telespectador porque o período de tempo que alguém deseja para analisar o que está sendo exibido num modo lógico/racional, e o programa logo passa para sua próxima sequência de acontecimentos visuais. Kenneth Myers diz com relação a isto: “Uma cultura que é enraizada mais em imagens do que em palavras achará cada vez mais difícil sustentar qualquer compromisso com alguma verdade, desde que verdade é uma abstração que requer linguagem” (p. 164).

Isto ajuda a facilitar com que homens, mulheres e crianças sentem em frente da TV como um escape da realidade. O tempo de lazer da TV devora rapidamente o tempo de adoração da família, o tempo de leitura piedosa, o tempo de brincar com os seus filhos e um tempo pessoal de quietude. Alguém pode dizer: “Mas eu posso controlar a minha TV e o meu tempo”. A réplica do Dr. Beeke é: “As pessoas que dizem que podem controlar a TV estão usualmente falando idealisticamente, não realisticamente” (Beeke).

Cristo é Contra a Cultura?

Assim então, o nosso Salvador e Senhor é contra a tecnologia e a cultura? Absolutamente não! Leia Dr. Leland Ryken “Worldly Saints”[1] e veja como mesmo os puritanos foram proponentes de libertar a cultura. Mas quando a mídia pela qual a cultura vem, nos torna culpados dos pecados de outras pessoas, quando ela rouba tempo valiosos de outras coisas importantes e desafia os padrões bíblicos do certo e do errado, talvez deveríamos dar um passo atrás e examinar o valor atual da própria mídia. As palavras de Paulo poderiam vir à tona aqui. “Todas as coisas são lícitas, mas nem todas convém; todas são lícitas, mas nem todas edificam” (1 Co. 10:23).

Richard Sibbes o diz assim, “Tudo o que exterioriza as boas coisas que temos, deveríamos usar de uma maneira reverente, sabendo que a liberdade que temos para usufruí-las é comprada com o sangue de Cristo. Como Davi que quando teve sede das águas de Bethlehem e disse que não as beberia, porque significava o sangue dos três valentes, assim também, embora tenhamos o livre uso das coisas criadas, contudo devemos ser cuidadosos para usá-las com moderação e reverência e tudo para a Glória de Deus.

Conclusão

Finalmente, irmãos, tudo o que é verdade, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é da boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento” (Fp. 4:8). Dr. Martin Lloyd-Jones comenta este verso e diz:

O problema que é proposto a nós por este particular texto é todo o problema de relacionamento entre o cristianismo e a cultura. Agora eu tenho certeza que muitos, senão a maioria do povo cristão, está interessada nessa questão, porque ela é de real significado e importância... Em vista de tudo isto, eu sugeriria a você, o que Paulo estava dizendo aos filipenses: Todo o seu pensamento e todas as suas ações devem ser controlados pelo evangelho... Todo pensamento deve ser trazido em sujeição a ele. Que toda a nossa vida seja um tributo e um testemunho ao louvor do nosso Redentor (págs. 181-189).

Isto seria nossa motivação em cada área da cultura. O Senhor está nos dizendo que nós somos os guarda-portões das nossas próprias almas. Existe então alguma vantagem em assistir TV? Talvez exista. Programas informativos, documentários e alguns (embora poucos) programas de passatempo podem ser de benefício e uti-lizados para o avanço do reino (muitos como a internet). Mas, o tempo é curto. Como cristãos reformados estamos obedecendo ao Senhor e remindo o tempo (Ef.5:16)?

As palavras de Samuel Rutherford são boas para concluir, quando ele diz: “Quando a corrida terminar e o jogo estiver ganho ou perdido e você estiver na última volta e no limite do tempo, e colocar seu pé dentro da marca da eternidade, todas as boas coisas do seu curto sonho noturno lhe parecerão como cinzas de uma fogueira de espinhos e palha” (L. D. E. Thomas).

Remindo o tempo porque os dias são maus”. Ef. 5:16.

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Nota:
[1] - Santos no Mundo, Editora Fiel, 1992
Bibliografia: 
• Beeke. Joel. “Fair Dinkum.” Free Australians Magazine. issue 52. File retrieved on Friday June 12. 20m from www.thedinkum.comliss.htm.
• Bunyan. John. The Holv War. Choteau: Old Paths Gospel Press. 1999.
• Jacques Ellul. The Technological Bluff Grand Rapids: Eerdmans, 1990.
• Grodman. Tom. Television: Glorious Past, Uncertain Future. Analytical Paper Series. 1996. PDF file retrieved on Friday June 12. 203 from www.statcan.caJcgi-bin/downpub/listpub.cgi?catno=63FD002XIB1995006.
• Marshall McL.uhan, Understanding Media: The Extensions of Man. Cambridge: MIT Press, reprint 1994.
• Myers, Kenneth. AI! God’s Children and Blue Suede Shoes. Christians and Popular Cu1ture. Westchester: Crossway, 1989.
• Thomas. I.D.E. A Puritan Golden Treasury. Banner of Truth. 1989.
• Tozer. AW The Root of the Righteous. Harrisburg. PA: Christian Publications, 1955.
• Sibbes, Richard. Works of Richard Sibbes. Banner of Truth, 1990.
• 10. Wells. David F. The Present Evangelical Crisis. Wheaton: Crossway Books, 1998

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Fonte: Os Puritanos

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Justiça condena ex-missionário por tirar fotos pornográficas de crianças na Amazônia


Ele confessou o crime e ficará 58 anos preso nos Estados Unidos
por Leiliane Roberta Lopes

Justiça condena ex-missionário por tirar fotos pornográficas de crianças na AmazôniaJustiça condena ex-missionário por tirar fotos pornográficas de crianças
A Justiça americana condenou nesta terça-feira (28) o ex-missionário Warren Scott Kennell, 45 anos, a 58 anos de prisão.
Kennell confessou ter tirado fotos pornográficas de crianças enquanto trabalhava como missionário em uma tribo indígena da Amazônia.
O crime foi cometido entre 2008 e 2011 e o ex-missionário confessou que além de produzir o material ele chegou a abusar sexualmente das crianças.
O ex-missionário estava no Brasil atuando pela Missão Novas Tribos de Sanford, na Flórida, em maio passado, ao ser parado e revistado no Aeroporto Internacional de Orlando, ele foi pego com 940 imagens pornográficas em um disco rígido externo.
O caso deixou a organização evangélica em choque. “Estamos deprimidos”, disse Pam McCurdy, da Missão Novas Tribos. O grupo firmou um compromisso para investigar e impedir que novos casos aconteçam e agradeceu as autoridades por ter descoberto o ex-missionário.
Na sentença a juíza-chefe distrital de Tampa, Anne Conway, destacou que Kennell abusou da confiança que tinha da população para cometer os crimes. Com informações UOL.
Fonte:gospelprime

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Um pastor e outros 19 cristãos são presos na China

Em 15 de janeiro, o advogado do pastor Zhang Shaojie obteve permissão para visitá-lo, dois meses após sua primeira detenção em 16 de novembro de 2013. De acordo com a Asia News, o pastor foi acusado de "fraude" e "perturbação da ordem pública"
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O Pr. Zhang foi detido pela polícia, sem qualquer documentação formal. Através de uma postagem na mídia social, o advogado Liu Weiguo disse que tinha se encontrado com o Pr. Zhang no dia 15 de janeiro, e descreveu alguns dos obstáculos que ele e outros advogados encontraram em tentar contatá-lo desde sua prisão.
O pastor, de 48 anos, pertence à Igreja Cristã de Nanle County, ligada ao Movimento Patriótico Three-Self, sancionado pelo Estado. Em 15 de novembro, vários membros da igreja foram detidos após argumentarem com uma autoridade superior acerca da disputa pela posse de uma terra envolvendo a igreja. Um dia depois, o Pr. Zhang foi detido. As irmãs de Zhang e outros membros da igreja também foram presos, e vários outros foram convocados aos escritórios do governo. A polícia prendeu 20 membros da igreja no total.
De acordo com relatos do China Aid, nove membros da igreja continuam detidos e mais três estão desaparecidos após terem sido levados pela polícia. Uma das cristãs, Yang Miling, foi notoriamente espancada enquanto presa. Seu filho de 17 anos foi interceptado a caminho do hospital, quando tentava visitar a mãe, e também foi gravemente agredido.
Há relatos não confirmados de que seis dentre os detidos receberão sentença antes do Ano Novo Chinês. Os advogados Liu Weiguo e Xia Jun contaram à Asia News que o julgamento do Pr. Zhang também acontecerá logo.
FonteCSW
TraduçãoJorge Alberto - ANAJURE

Ordenação feminina: Afinal mulheres podem ser pastoras?

AsMulheresPodemSerPastoras

Uma questão que permanece forte nos dias de hoje é a questão da ordenação feminina. Afinal, mulheres podem ser pastoras? Nós do VE acreditamos que tanto os homens quanto as mulheres foram criado à imagem de Deus, porém Deus deu funções distintas a cada um. Em Efésios 5 vemos que o homem é o cabeça da esposa, como Cristo é o cabeça da igreja. Da mesma forma, na igreja, Deus deu a função de liderança pastoral aos homens.
Já abordamos este assunto no VE, mas se torna necessário novamente enfatizá-lo:
Neste video, Augustus Nicodemus resume o assunto:
Por Augustus Nicodemus. Original: Pastorado Feminino (Augustus Nicodemus)
Por fim, no texto abaixo, Nicodemus fornece 19 respostas a argumentos usados em favor da ordenação de mulheres (clique para expandir).

Respostas a Argumentos Usados em Favor da Ordenação de Mulheres

19 Respostas a Argumentos Usados em Favor da Ordenação de Mulheres

Oferecemos aqui respostas aos argumentos geralmente empregados em favor da ordenação de mulheres para o ministério pastoral.

1. Deus não criou originalmente o homem e a mulher iguais? Qual a base, pois, para impedir que a mulher seja ordenada? 

Resposta: De fato, lemos em Gênesis 1 que Deus criou o homem e a mulher à sua imagem e semelhança. Entretanto, lemos no relato mais detalhado de Gênesis 2 que Deus lhes atribuiu papéis diferentes, dando ao homem o papel de liderar e cuidar da mulher e à mulher o papel de ser sua ajudadora, em submissão. Esta diferenciação é percebida por Paulo na ordem em que foram criados (primeiro o homem e depois a mulher, 1Tm 2.13), na forma como foram criados (a mulher foi criada do homem, 1Co 11.8) e no propósito para o que foram criados (a mulher foi criada por causa do homem, 1Co 11.9). A igualdade da criação, portanto, não anula a diferenciação de funções estabelecida na própria criação.

2. A subordinação feminina não é parte da maldição por causa da queda? E Cristo não aboliu a maldição do pecado? Por que, então, as mulheres cristãs não podem exercer o ministério em igualdade com os homens?

Resposta: Sem dúvida um dos castigos impostos por Deus à mulher foi o agravamento da sua condição de submissão. Entretanto, a subordinação feminina tem origem antes da queda, ainda na própria criação. O homem não foi feito da mulher, mas a mulher foi feita do homem. O homem não foi criado por causa da mulher, mas sim a mulher por causa do homem (1Co 11.8-9). Quanto à obra de Cristo, lembremos que seus efeitos não são total e exaustivamente aplicados por Deus aqui e agora. Por exemplo, mesmo que Cristo já tenha vencido o pecado e a morte, ainda pecamos e morremos. Outros efeitos da maldição impostos por Deus após a queda ainda continuam, como a morte, o sofrimento no trabalho e o parto penoso das mulheres. Além do mais, desde que os diferentes papéis do homem e da mulher já haviam sido determinados na criação, antes da queda, segue-se que continuam válidos. O que o Cristianismo faz é reformar esta relação de submissão para que a mesma seja exercida em amor mútuo e reflita assim mais exatamente a relação entre Cristo e a Igreja.

3. Há abundantes provas na Bíblia de que as mulheres desempenharam papéis cruciais, ocupando funções de destaque e sendo instrumento de bênção para o povo de Deus. Isto não prova que elas, hoje, podem ser ordenadas e exercer liderança?

Resposta: Estas provas demonstram apenas a tremenda importância do ministério feminino, mas não a existência do ministério feminino ordenado. Nenhuma destas mulheres era apóstola, pastora, presbítera ou diaconisa. Jesus não chamou nenhuma mulher para ser apóstola. As qualificações dos pastores em 1Timóteo 3 e Tito 1 deixam claro que era função a ser exercida por homens cristãos. O fato de que as mulheres sempre foram extremamente ativas e exerceram muitas e diferentes atividades e serviços na Igreja Cristã não traz como corolário que elas tenham sido, ou tenham que ser, ordenadas para tal.

4. Há evidência na Bíblia de que Hulda, Débora, Priscila e Febe eram líderes e exerciam autoridade. Isto não é prova bíblica suficiente para ordenação de mulheres?

Resposta: Há dois pontos a se ter em mente quanto ao ministério destas mulheres: (1) O fato de que a Bíblia descreve como Deus usou determinadas pessoas em épocas específicas para propósitos especiais não faz disto uma norma. Lembremos da utilíssima distinção entre o descritivo e o normativo na Bíblia. Deus usou o falso profeta Balaão (Nm 22.35). O desobediente rei Saul também profetizou em várias ocasiões (1Sm 10.10; 19.23), bem como os mensageiros que enviou a Samuel (1Sm 19.20,21). A descrição destes casos não estabelece uma norma a ser seguida pelas igrejas na ordenação de oficiais. O fato de que Deus transmitiu sua mensagem através de uma mulher não faz dela um oficial da Igreja. Há outros requisitos no Novo Testamento para o oficialato conforme lemos nas especificações explícitas que temos em 1Timóteo 3 e Tito 1.
 (2) Os profetas de Israel não recebiam um ofício mediante imposição de mãos para exercer uma autoridade eclesiástica oficial. Os reis e sacerdotes, ao contrário, eram “ordenados” para aquelas funções e as exerciam com autoridade. Não há sacerdotisas “ordenadas” em Israel, pelo menos nas épocas onde prevalecia o culto verdadeiro. Hulda foi uma profetiza em Israel, recebendo consultas em sua casa (2Re 22.13-15). A mesma coisa pode ser dita de Débora, que foi juíza em Israel numa época em que não havia reis e nem o sacerdócio funcionava, quando todos faziam o que parecia bem aos seus olhos. Seu ministério foi uma denúncia da fraqueza e falta de coragem dos homens daquela época (Jz 4.4-9; compare com Is 3.12). Sobre Priscila, sua liderança parece evidente, porém menos evidente é se ela era pastora ou presbítera. Quanto à Febe, ver a pergunta sobre ela mais adiante.

5. Podemos afirmar que o patriarcado, conforme o encontramos na Bíblia, especialmente no Antigo Testamento, é uma instituição nociva e perversa que denigre, inferioriza e humilha a mulher?

Resposta: O patriarcado, como o encontramos na Bíblia, especialmente no Antigo Testamento, não é simplesmente uma afirmação da masculinidade, não é jamais sinônimo de domínio macho ou um sistema de valores no qual o homem trata a mulher com descaso, desvalorizando-a e super valorizando-se. Muito menos sinônimo de exploração e domínio, como afirma o feminismo. Patriarcado é o sistema no qual os pais cuidam de suas famílias. A imagem do pai no Velho Testamento não é primariamente daquele que exerce autoridade e poder, mas do amor adotivo, dos laços pactuais de bondade e compaixão. Somente nas Escrituras hebraicas podemos encontrar um Deus Pai Todo-Poderoso e Todo-Bondoso. Os patriarcas refletem a paternidade de Deus, ainda que muito pobremente. O Deus dos Hebreus não é como os deuses masculinos irresponsáveis das culturas pagãs das cercanias de Israel, porque ele jamais abandona os filhos que gera, antes, deles cuida. Os patriarcas seguem o exemplo de Deus. Naquela cultura ensinava-se ao homem judeu que ele não era simplesmente um animal, agressivo, assertivo e violento, mas pai, cuja agressividade deveria ser transformada pela responsabilidade, que haveria de manifestar a gentileza e o cuidado pelos filhos e a expressão da completa masculinidade, que haveria de se unir com o ser feminino e o mundo feminino da família, ainda que mantivesse a separação necessária para o exercício da autoridade. O machismo é uma versão deturpada de alguns aspectos do patriarcado, e oprime as mulheres. Devemos lutar contra o machismo, e não deixar de reconhecer a verdade sobre o patriarcado.

6. Febe não era uma diaconisa, conforme Romanos 16.1-2? Isto não prova que as mulheres podem exercer autoridade eclesiástica na Igreja?

Resposta: Temos de considerar os seguintes aspectos.
(1) Não é claro se Febe era realmente uma diaconisa. Muito embora no original grego Paulo empregue o termo “diácono” para se referir a ela, lembremos que este termo no Novo Testamento nem sempre significa o ofício de diácono. Pode ser traduzido como servo, ministro, etc. Portanto, nossa tradução “Recomendo-vos a nossa irmã Febe, que está servindo à igreja de Cencréia” é perfeitamente possível e não é uma tradução preconceituosa.
(2) Mesmo que houvesse diaconisas na Igreja apostólica, é certo que elas não exerceriam qualquer autoridade sobre as igrejas e sobre os homens – a presidência era dos presbíteros, cf. 1Tm 5.17; o trabalho delas seria provavelmente com outras mulheres (Tt 2.3-4) e relacionado com assistência aos pobres. É interessante que a primeira referência que existe na história da Igreja sobre o trabalho de mulheres, diz assim: “A mulher deve servir às mulheres” (Didascalia Apostolorum). Isto queria dizer que elas instruíam as outras que iam se batizar, ajudavam no enterro de mulheres, cuidavam das pobres e doentes. Não há qualquer indício de que tais mulheres eram ordenadas para o exercício da autoridade eclesiástica.

7. O que fazer quando mulheres possuem visão pastoral, liderança, habilidades para o ensino ou capacidade administrativa, dons de evangelismo ou profecia?

Resposta: Que exerçam estas habilidades e dons dentro das possibilidades existentes nas Igrejas. Elas não precisam ser ordenadas para desenvolver seus ministérios e manifestar seus dons.

8. A resistência em ordenar mulheres hoje não decorre da reafirmação através dos séculos da inferioridade da mulher, feita por importantes teólogos e líderes da Igreja?

Resposta: A Igreja deve andar pelo ensino das Escrituras Sagradas. Se teólogos e líderes antigos defenderam idéias erradas sobre a inferioridade da mulher, cabe à Igreja corrigi-las à luz das Escrituras, que mostram que Deus criou o homem e a mulher iguais. Porém, corrigir os erros dos antigos neste ponto não significa ordenar mulheres, pois aí estaríamos cometendo um outro erro. Certamente as mulheres não são e nunca foram inferiores aos homens, mas daí a abolirmos os papéis distintos que lhes foram determinados por Deus na criação vai uma grande distância.

9. Existe algum texto na Bíblia que diga claramente “é proibido que as mulheres sejam ordenadas ao ministério”?

Resposta: Nenhuma das passagens usadas contra a ordenação feminina diz explicitamente que mulheres não podem ser ordenadas ao ministério. Entretanto, todas elas impõem restrições ao ministério feminino, e exigem que as mulheres cristãs estejam submissas à liderança cristã masculina. Essas restrições têm a ver primariamente com o ensino por parte de mulheres nas igrejas. Já que o governo das igrejas e o ensino público oficial nas mesmas são funções de presbíteros e pastores (cf. 1Tm 3.2,4-5; 5.17; Tt 1.9), infere-se que tais funções não fazem parte do chamado cristão das mulheres. Ainda, se o argumento do silêncio for usado, ele se vira contra a ordenação feminina, pois não há texto algum que diga que as mulheres devem ser ordenadas ao ministério da Palavra e ao governo eclesiástico, enquanto que as Escrituras atribuem ao homem cristão o exercício da autoridade eclesiástica e na família.

10. Se as mulheres recebem os mesmos dons espirituais que os homens, não é uma prova de que Deus deseja que elas sejam ordenadas ao ministério?

Resposta: Não. As condições para o oficialato na Igreja apostólica estão prescritas em 1Timóteo e Tito 1. Percebe-se que o dom do ensino é apenas um dos requisitos. Há outros, como por exemplo, governar a própria casa e ser marido de uma só mulher, que não podem ser preenchidos por mulheres cristãs, por mais dons que tenham.

11. O ensino de Paulo sobre as mulheres na Igreja se aplica hoje? Não estava ele influenciado pela cultura daquela época, que era muito diferente da nossa?

Resposta: É necessário fazer a distinção entre o princípio teológico supra cultural e aexpressão cultural deste princípio. Há coisas no ensino de Paulo que são claramente culturais, como a determinação para o uso do véu em 1Coríntios 11. Porém, enquanto que o uso do véu é claramente um costume cultural, ao mesmo tempo expressa um princípio que não está condicionado a nenhuma cultura em particular, que é o da diferença funcional entre o homem e a mulher. O que Paulo está defendendo naquela passagem é a vigência desta diferença no culto público — o véu é apenas a forma pela qual isto ocorreria normalmente em cidades gregas do século I. Notemos ainda que Paulo defende a participação diferenciada da mulher no culto usando argumentos permanentes, que transcendem cultura, tempo e sociedade, como a distribuição ou economia da Trindade (1Co 11.3) e o modo pelo qual Deus criou o homem (1Co 11.8-9).

12. Paulo escreveu suas cartas para atender a problemas locais e específicos. Como podemos aplicar hoje o que Paulo escreveu, se a situação e o contexto são diferentes?

Resposta: Quase todos os livros do Novo Testamento foram escritos em resposta a uma situação específica de uma ou mais comunidades cristãs do século I, e nem por isto os que querem a ordenação feminina defendem que nada do Novo Testamento se aplica às igrejas cristãs de hoje. A carta aos Gálatas, por exemplo, onde Paulo expõe a doutrina da justificação pela fé somente, foi escrita para combater o legalismo dos judaizantes que procuravam minar as igrejas gentílicas da Galácia, em meados do século I. Ousaríamos dizer que o ensino de Paulo sobre a justificação pela fé não tem mais relevância para as igrejas do final do século XX, por ter sido exposto em reação a uma heresia que afligia igrejas locais no século I? O ponto é que existem princípios e verdades permanentes que foram expressos para atender a questões locais, culturais e passageiras. Passam as circunstâncias históricas, mas o princípio teológico permanece. Assim, o comportamento inadequado das mulheres das igrejas de Corinto e de Éfeso, às quais Paulo escreveu determinando que ficassem caladas na Igreja, foi um momento histórico definido, mas osprincípios aplicados por Paulo para resolver os problemas causados por estas atitudes permanecem válidos. Ou seja, o ensino de que as mulheres devem estar submissas à liderança masculina nas igrejas e na família, sem ocupar posições de liderança e governo, é o princípio permanente e válido para todas as épocas e culturas.

13. Onde está na Bíblia que somente homens podem ser pastores, presbíteros e diáconos?

Resposta: Os textos mais explícitos da Bíblia são Atos 6.1-7; 1Timóteo 2.11-15; 1Coríntios 14.34-36 e 1Coríntios 11. 2-16. Algumas destas passagens foram analisadas com mais profundidade em outra parte deste caderno. Além disto, a relação intrínseca entre a família e a Igreja mostra que aquele que é cabeça na família (Efésios 5.21-33) também deve exercer a liderança na Igreja.

14. Onde está na Bíblia que os homens devem ser o cabeça da família?

Resposta: Há diversas passagens no Novo Testamento onde se trata dos papéis do homem e da mulher na família: Efésios 5.21-33; Colossenses 3.18-19; 1 Pedro 3.1-7; Tito 2.5. Em todos eles, a liderança da família é atribuída ao homem.

15. Os argumentos usados hoje para defender a submissão da mulher não são os mesmos usados no século passado por muitos cristãos para defender a escravidão?

Resposta: O fato de que no passado a Bíblia foi usada de forma errada para defender a escravidão não significa que a defesa da subordinação feminina seja igualmente feita de forma errada. Não devemos pensar que a relação entre o homem e a mulher na família e na igreja está no mesmo pé de igualdade que a escravidão. Primeiro, os papéis distintos do homem e da mulher estão enraizados na própria criação, enquanto que a escravidão não está. Segundo, o fato de que Paulo faz recomendações aos escravos cristãos para que sejam bons escravos não significa que ele aprovava a escravidão. Na verdade, as recomendações que ele dá aos cristãos que eram donos de escravos já traziam embutidas a idéia da dissolução do sistema de escravidão (Fm 16; Ef 6.9; Cl 4.1; 1Tm 6.1-2).

16. Havia uma mulher chamada Júnias que Paulo considera como apóstola, em Romanos 16.7. Se havia apóstolas, por que não pastoras, presbíteras e diaconisas? 

Resposta: A passagem diz o seguinte: Saudai a Andrônico e a Júnias, meus parentes e companheiros de prisão, os quais são notáveis entre os apóstolos, e estavam em Cristo antes de mim” (Rm 16.7). Não é tão simples assim deduzir que Júnias era uma apóstola. Há várias questões relacionadas com a interpretação deste texto. Júnias é um nome masculino ou feminino? Existe muita disputa sobre isto, embora a evidência aponte para um nome masculino. Outra coisa, a expressão “notável entre os apóstolos” significa que Júniasera um dos apóstolos, já antes de Paulo, e um apóstolo notável, ou apenas que os apóstolos, antes de Paulo, tinham Júnias em alta conta? A última possibilidade é a mais provável. Em última análise, só podemos afirmar com certeza, a partir de Romanos 16.7, que, quem quer que tenha sido, Júnias era uma pessoa tida em alta conta por Paulo, e que ajudou o apóstolo em seu ministério. Não se pode afirmar com segurança que era uma mulher, nem que era uma “apóstola”, e muito menos uma como os Doze ou Paulo. A passagem não serve como evidência bíblica para a ordenação feminina no período apostólico. E essa conclusão está em harmonia com o fato de que Jesus não escolheu mulheres para serem apóstolos. Não há nenhuma referência indisputável a uma “apóstola” no Novo Testamento.

17. O Novo Testamento diz que, em Cristo, não há homem nem mulher, todos são iguais diante de Deus (Gl 3.28). Proibir as mulheres de serem oficiais da Igreja não é fazer uma distinção baseada em sexo?

Resposta: Não se pode discordar de que o Evangelho é o poder de Deus para abolir as injustiças, o preconceito, a opressão, o racismo, a discriminação social, bem como a exploração machista. E nem se pode discordar de que Cristo veio nos resgatar da maldição imposta pela queda. A pergunta é se Paulo está falando da abolição da subordinação feminina e de igualdade de funções nesta passagem. Está o apóstolo dizendo que as mulheres podem exercer os mesmos cargos e funções que os homens na Igreja, já que são todos aceitos sem distinção por Deus através de Cristo, pela fé? Entendemos que a resposta é não. Gálatas 3.28 não está ensinando a igualdade para o exercício de funções, mas a unidade de todos os cristãos em Cristo. Veja a análise desta passagem acima.

18. O conceito da submissão feminina ensinado na Bíblia não acarreta inevitavelmente o conceito de que o homem é melhor e superior à mulher?

Resposta: Infelizmente muitos têm chegado a esta conclusão, mas ela certamente é equivocada. O ensino bíblico é que Deus criou homem e mulher iguais porém com diferentes atribuições e funções. A Bíblia ensina que Deus tem autoridade sobre Cristo, Cristo tem autoridade sobre o homem, e o homem tem autoridade sobre a mulher. É uma cadeia hierárquica que começa na Trindade e continua na igreja e na família. Podemos inferir (guardadas as devidas proporções) que, da mesma forma como a subordinação de Cristo ao Pai não o torna inferior — como afirma a fé reformada em sua doutrina da Trindade — a subordinação da mulher ao homem não a torna inferior. Assim como Pai e Filho, que são iguais em poder, honra e glória, desempenham papéis diferentes na economia da salvação (o Filho submete-se ao Pai), homem e mulher se complementam no exercício de diferentes funções, sem que nisto haja qualquer desvalorização ou inferiorização da mulher. Em várias ocasiões o Novo Testamento determina que os crentes se sujeitem às autoridades civis (Rm 13.1-5; 1 Pe 2.13-17). Em nenhum momento, entretanto, este mandamento implica que os crentes são inferiores ou têm menos valor que os governantes. Igualmente, os filhos não são inferiores aos seus pais, simplesmente porque devem submeter-se à liderança deles (Ef 6.1). O conceito de subordinação de uns a outros tem a ver apenas com a maneira pela qual Deus estruturou e ordenou a sociedade, a família e a igreja.

19. Em 1Timóteo 3.11, ao descrever as qualificações do diácono, Paulo se refere às mulheres: “Da mesma sorte, quanto a mulheres, é necessário que sejam elas respeitáveis, não maldizentes, temperantes e fiéis em tudo”. Este versículo não prova que havia diaconisas nas igrejas apostólicas?

Resposta: Não necessariamente. Esta passagem tem sido entendida de diferentes modos: (1) Paulo pode estar se referindo às mulheres dos diáconos (Calvino). Porém, ele emprega para elas a expressão “é necessário” (1Tm 3.11), que foi a mesma que empregou para os presbíteros (3.2) e os diáconos (3.8), ao descrever suas qualificações. Logo, não nos parece que o apóstolo se refira às mulheres dos diáconos. (2) Paulo pode estar se referindo à todas as mulheres da igreja; entretanto, é bastante estranho que ele tenha colocado instruções para todas as mulheres bem no meio das instruções aos diáconos! (3) Paulo pode estar se referindo às assistentes dos diáconos, mulheres piedosas, que prestavam assistência em obras de misericórdia aos necessitados das igrejas (Hendriksen). (4) Paulo se referia à diaconisas. Porém, é no mínimo estranho que Paulo não empregou o termo apropriado para descrever a função delas (diaconisas), já que ele vinha falando de presbíteros e diáconos. A opção 3 nos parece a melhor e mais provável: havia mulheres piedosas nas igrejas apostólicas, não ordenadas como “diaconisas”, que ajudavam os diáconos nas obras de misericórdia, trabalhando diretamente com as mulheres carentes e necessitadas. É a estas que Paulo aqui se refere.

Evangélicos nas novelas da Rede Globo

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Por Thomas Magnum


Acho muito interessante do ponto de vista sociológico o interesse da Globo em posicionar a religião Evangélica em suas novelas. Visto também seu interesse pelos artistas do meio gospel, e até produzindo um selo fonográfico que atenda essa fatia do mercado brasileiro. O segmento "Evangélico" brasileiro causa um interesse mercadológico considerável, visto que o explosivo crescimento de igrejas no Brasil, desde o surgimento da segunda e terceira ondas evangélicas no país. Com o avanço do neopentecostalismo e de movimentos cristãos protestantes no país realmente se tem despertado crescente interesse da mídia pelos evangélicos. 

Por esse tema, temos ouvido muitos comentários sobre o aparecimento de artistas evangélicos na novela "Amor a Vida", para muitos, isso seria um ponto positivo pois a emissora estaria dando espaço a esse fragmento da população brasileira, e observando a fragmentação do mercado que esboça demanda de "produto evangélico". Mas, é interessante notarmos também como os noveleiros posicionam os evangélicos em suas novelas, quem já viu um kardecista pobre numa novela da Globo? Quem já viu um evangélico rico numa novela da globo? Em que novela se tinha um personagem evangélico financeiramente bem sucedido? Ou um pastor com passado obscuro ou um patife? Em que novela ouve algum personagem evangélico com uma vasta formação acadêmica? 

Bom, a Globo retrata indiscutivelmente e laboratorialmente um retrato de igrejas suburbanas e de cunho pentecostal ou neopentecostal, algumas vezes "respeitosamente" outras não. Pintando um quadro geral que os evangélicos em sua maioria são pessoas pobres e incultas que buscam na religião um escape para os sofrimentos da vida e retratam a velha fala marxista de que a religião é o ópio do povo, as igrejas sempre são em bairros pobres ou favelas. É claro que sociologicamente a pequisa global é consideravelmente verdadeira, mas, acaba-se retratando com vertigens erradas o protestantismo e a ideologia social, politica e educacional que ele tem desde a reforma protestante. 

Ao retratarmos a história das igrejas brasileiras com Robert e Sara Kalley fundadores do congregacionalismo no Brasil e Ashbel Green Simonton fundador do presbiterianismo vemos a enorme contribuição socioeducativa que esses personagens da história da igreja brasileira deram a nação. A ignorância histórica a respeito da importância dos protestantes no Brasil é enorme, visto a grande contribuição holandesa calvinista em nossa terra, estreitamente em Pernambuco, e a grande contribuição das igrejas pentecostais principalmente da Assembléia de Deus no sertão brasileiro, de fato não são consideradas pelo interesse midiático. Portanto devemos ser críticos e demasiadamente críticos, não simplesmente com os meios de comunicação, mais o que está por trás disso.

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Sobre o autor: Thomas Magnum é formado em teologia e graduando em jornalismo, pesquisador na área de religiosidade brasileira, é casado a oito anos com Kelly Gleyssy e mora em Recife.

Divulgação: Bereianos

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