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segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Série Mês da Reforma – Graça Irresistível – R. C. Sproul (10/12)


TeologiaReformada10

No mês de outubro é comemorado o aniversário da Reforma Protestante. Com isso, nós comemoraremos essa importante data postando uma série de 12 aulas, com R. C. Sproul, sobre Teologia Reformada. Hoje seguiremos a série com a décima aula, “Graça Irresistível”:
Confira, também, o guia de estudos: Download do Guia de Estudos
Encontre o DVD aqui: DVD O que é Teologia Reformada?

Por R. C. Sproul. © 2013 Editora Fiel. Website: www.editorafiel.com.br e www.ministeriofiel.com.br. Original: Série Mês da Reforma – Graça Irresistível – R. C. Sproul (10/12) de R. C. Sproul

domingo, 17 de novembro de 2013

Jesus é o Senhor do sábado

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por Isaltino Gomes Coelho Filho


Marcos contou que quando Jesus passou com os discípulos por uma plantação, eles, com fome, pegaram algumas espigas e as comeram. Os fariseus os censuraram porque era sábado e eles estavam fazendo o que não deviam. A história está em Marcos 2.23-28.

A censura não foi porque eles comeram as espigas. Isso era permitido. A “lei da respiga” permitia aos pobres e aos que estivessem com fome pegarem espigas que caíssem quando da colheita. Os colhedores não podiam pegá-las, e assim os necessitados vinham atrás colhendo. A censura dos fariseus foi porque era sábado e eles estavam debulhando as espigas (Lc 6.1). Isto era trabalho e no sábado não se trabalhava. Que coisa, não é?

Em resposta, Jesus citou um episódio do Antigo Testamento, e concluiu: “… o Filho do homem é senhor também do sábado”. O episódio que ele citou não tem a ver com espigas, mas mostra que pessoas que tinham fome transgrediram um princípio religioso. Jesus ensinou que as pessoas valem mais que regras que não têm um significado tão relevante como pensamos. E sua última frase encerra a discussão. Ele é senhor do sábado.

Jesus deu uma lição aos fariseus. Eles respeitavam o sábado. Ele é maior que o sábado e senhor dele. Por que não o respeitavam? Por que faziam “pegadinhas” e queriam derrubá-lo? Respeitavam o sábado? Que o respeitassem, porque ele era senhor dele.

Os fariseus diziam que Deus fizera o mundo para que houvesse sábado. Como eles, há gente que quase cultua o sábado, tendo-lhe um respeito idolátrico. E dizem que temos a marca da Besta porque guardamos o domingo. Constantino, imperador romano, mudou o dia de culto e ele representava a Besta. Guardar o domingo é obedecer à mudança que um líder político fez. Estamos errados por que guardamos o domingo? Temos mesmo o sinal da Besta?

Esta afirmação é uma ignorância do Novo Testamento e da história.

O domingo se tornou o dia em que os cristãos passaram a se reunir. Jesus ressuscitou num domingo (Jo 20.1) e lhes apareceu na tarde daquele dia, quando eles estavam reunidos (Jo 20.19). Oito dias depois, um domingo, lhes apareceu de novo “quando estavam outra vez ali reunidos” (Jo 20.16). Os judeus contavam um pedaço do dia como um dia (Jesus foi sepultado na sexta e ressuscitou do domingo, três dias: sexta, sábado e domingo). Foi um dia tão marcante que, mais tarde, eles celebravam a ceia do Senhor num domingo (At 20.7). E em um culto, pois Paulo pregou. No princípio, os apóstolos iam às sinagogas para pregar. Mas depois de Atos 15, quando o cristianismo assumiu sua identidade diferente do judaísmo, os cristãos seguiram seu caminho.

O que diz a história? O primeiro testemunho a invocar  vem da Didaquê,  uma obra que foi escrita para ajudar a doutrinar os novos cristãos, numa época bem antiga da Igreja. Seu conteúdo mostra que ela  está calcada no evangelho de Mateus, conhece o de Lucas e parece desconhecer o evangelho de João (que deve ter surgido no ano 90 ou 95). Por isso, alguns acham que ela é anterior ao quarto evangelho. Uma coisa é certa: foi escrita antes do ano 100, quando a Igreja ainda era produto de um contexto em que viveu a segunda geração de cristãos. Nela lemos em 14.1: “Reunindo-vos no dia do Senhor, parti o pão e dai graças, depois de haver confessado vossas transgressões, para que o vosso sacrifício seja puro”. O dia do Senhor, o domingo,  era o dia da celebração da ceia do Senhor (“parti o pão”). Não estou afirmando que esta epístola é inspirada, mas vendo-a como um documento histórico que deve ser considerado. É uma voz da história.

Na Epístola aos Magnesianos (escrita ao redor do ano 107), Inácio de Antioquia declarou, em 9.1: “Assim os que andavam na velha ordem das coisas chegaram à novidade da esperança, não mais observando o sábado, mas vivendo segundo o dia do Senhor”. A declaração é bem clara. Mais uma vez temos um testemunho histórico com a posição da Igreja primitiva. Inácio faz outra declaração bem firme: “Não vos deixeis iludir pelas doutrinas heterodoxas, nem pelos velhos mitos sem utilidade. Pois se agora vivemos conforme o judaísmo, confessamos não ter recebido a graça” (8.1). Estas palavras devem ser lidas em conexão com Colossenses 2.16-23, e bem pensadas.

Na Epístola a Diogneto, que é datada da segunda metade do século dois (ao redor do ano 150), lemos: “Não será proveitoso, a meu ver, ouvires de mim o referente à meticulosidade acerca de alimentos, à superstição a respeito dos sábados, à jactância por causa da circuncisão em torno de jejuns e neomênias, porque ridículas e indignas de menção” (4.1). A questão do sábado foi minimizada e tratada como superstição, pois fazia parte da velha ordem, que ficou para trás.

Outro documento, “A Tradição Apostólica de Hipólito de Roma”  (ao redor do ano 230), diz em 1.15: “Seja ordenado bispo aquele que, irrepreensível  tiver sido  eleito por todo o povo. E, quando houver sido chamado pelo nome e aceito por todos, reúna-se o povo juntamente com o presbyterium e os bispos presentes, no domingo”.  Não diz para trocar o sábado pelo domingo, mas mostra, de novo,  a presença do primeiro dia da semana na vida da Igreja. E num evento tão significativo, como a ordenação ao ministério.

Esta mesma obra diz, em 60.1: “No domingo de manhã, o bispo, se puder, distribuirá a comunhão a todo o povo, com as próprias mãos, partindo os diáconos o pão…”. O testemunho da história é que a Igreja se reunia no domingo, para celebrar o memorial da ceia do Senhor.

Você pode ver que todos esses documentos são anteriores a Constantino, que viveu do ano 300 em diante. Ele não obrigou os cristãos a guardarem o domingo, mas viu que os cristãos guardavam o domingo e o tornou em dia de descanso em todo o Império Romano. Os cristãos não copiaram os pagãos, mas os pagãos passaram a imitar os cristãos.

Alguém disse que encontrou a palavra “sábado” várias vezes na Bíblia, mas que não encontrou a palavra “domingo”. Baalen deu uma boa resposta: “Procuras pelo domingo? Procura por Cristo! Encontrá-lo-ás junto aos cristãos no domingo e não junto aos judeus no sábado”.

Por isso, celebre o domingo como dia do Senhor. Use-o bem. Não o use para ir a estádio de futebol, shopping, cinema ou praia. Use para ir à igreja, para ler sua Bíblia, congraçar-se com os demais de sua fé, na sua igreja. O domingo é o dia do Senhor, o dia em que Jesus ressuscitou dos mortos. Consagre este dia para ele. E saiba de uma coisa: quanto mais você consagrar o dia do Senhor ao Senhor, melhor sua vida espiritual será.

Alegre-se no domingo, dia do Senhor!

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Fonte: Blog do autor
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Bispo Crivella da IURD ministrando em uma IPB?

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Leia, pare e pense!
Por Ev. Anderson Thiago David Rocha

Clique na figura p/ ampliar. Fonte: Fanpage da IP de Manguinhos.

Entrei em contanto com o Rev. Uziel Lima para saber de fato se aquilo era verdade ou uma pegadinha. O Reverendo me respondeu dizendo que não era pegadinha nenhuma, mas que era verdade e que seu Presbitério e Sínodo sabiam, inclusive Deus. Muitos irmãos ficaram tão assustados quanto eu. Eis os motivos do nosso susto:

1. Creio que todos vocês saibam quem é Marcelo Crivella. Se não, eis algumas informações: Ele é Bispo da Igreja Universal do Reino de Deus, aquela mesma do famoso e controverso Bispo Edir Macedo. Ele também é senador (mandato 2011-2019) e, atualmente, é Ministro da Pesca e Aquicultura do governo Dilma.

2. A Igreja da qual Crivella faz parte é, assim como seu líder (Edir Macedo), marcada por controvérsias doutrinárias e financeiras. Os escândalos financeiros não são minha preocupação. Apenas desejo expor as doutrinas heréticas adotadas por esta suposta denominação evangélica:

a) Promessas de riqueza e saúde perfeita para todos;
b) Misticismo (rosa mística, oração dos 318 pastores, óleo ungido, entre outros).

Como membro da Igreja Universal, Crivella subscreve todas estas perversões doutrinárias. Ou seja, ele é tão herege quanto sua igreja. Poderia ele pregar numa igreja que vela pela sã doutrina?

3. Vejamos agora o posicionamento da IPB acerca da Igreja Universal:

SC - 2010 - DOC. XIX: Quanto ao documento 244 - Proposta de classificação da Igreja Universal Reino de Deus: O SC/IPB - 2010 RESOLVE:
1) com base no Relatório da Comissão Especial (CE-2007), determinada pela Resolução SC/IPB - 2006-006, enquadrar a Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) como seita;
2) com base na resolução do SC/IPB - 2006-006, que reafirma a posição do SC/IPB - 1998-117 e no relatório especial CE-2007, determinar que os membros oriundos da IURD deverão ser aceitos mediante batismo e profissão de fé.

Diante desta resolução, algumas perguntas são necessárias: Como o Pastor da Igreja Presbiteriana de Manguinhos permite que um membro da Igreja Universal pregue numa Igreja Presbiteriana? Além disso, ele afirma que o Presbitério e o Sínodo estão cientes do evento. Como, portanto, Conselho, Presbitério e Sínodo toleram tal situação? Não seria isto desobediência às autoridades da Igreja, que elaboraram a resolução supracitada?

4. Sei que existem meios ordinários para fazer denúncias. Mas como a postagem foi pública e já há posicionamento oficial da IPB sobre o assunto, decidi, como membro, mostrar minha oposição publicamente também. Opiniões públicas podem ser rebatidas publicamente. Paulo, por exemplo, rebateu Pedro publicamente por falhas cometidas em público (Gálatas 2). O mesmo Paulo diz que os Presbíteros que laboram em erro devem ser repreendidos publicamente para temor dos demais (2 Timóteo 5.20).

5. Acerca dos irmãos que repudiaram minha posição, tenho algumas observações:

a) É dever dos Presbíteros (pastores) convencer os que se contradizem e calar os que se opõem à sã doutrina (Tito 1.9,11). O problema é que em vez de calá-los, eles se calam.

b) Homens, como o Reverendo Uziel Lima, existem pela falta de um presbiterato forte e que guarda a sã doutrina. Mas aqueles que devem combater o falso ensino, como verdadeiros guardiões da doutrina, tornaram-se omissos.

c) Muitos dizem que não serei ordenado em razão do meu posicionamento. Afirmam que farei o seminário e depois ficarei de molho. Que duas coisas sejam esclarecidas: Primeiro, tenho certeza da minha vocação pastoral; segundo, quem sustenta minha família é o Senhor. Por isso, não venderei minhas convicções para agradar a todos e não correr o risco de não ser ordenado.

6. Aos membros da Igreja Presbiteriana de Manguinhos, conforme a Constituição Interna da IPB:

Art.14 - São deveres dos membros da Igreja, conforme o ensino e o espírito de Nosso Senhor Jesus Cristo:
d) obedecer as autoridades da Igreja, enquanto estas permanecerem fiéis às Sagradas Escrituras.

Isso significa que os membros devem questionar a posição do Reverendo Uziel.

7. Ao Reverendo Uziel Lima, peço que reveja sua posição acerca do dia 23 de Novembro e a participação de Marcelo Crivella, membro de uma seita herege, num culto da IPB como pregador. Ou então, tenha humildade e honestidade para sair da IPB se não quiser obedecer as autoridades dela. Abra sua própria igreja e poderá convidar Crivella, Edir Macedo, Valdomiro Santiago, R. R. Soares, Benny Hinn, Valnice Milhomens e o Rev. Marcos Batista Amaral e isso não prejudicará uma denominação inteira.

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Anderson Thiago David Rocha é casado e serve ao Senhor como Evangelista na 5ª IPB de Montes Claros/MG

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Artigo enviado por e-mail.

Nota do Blog Bereianos: Foi com muita preocupação que recebemos essa denúncia através do Ev. Anderson da IPB. Não é a primeira vez que uma IPB disponibiliza espaço litúrgico no púlpito para o Bispo da Igreja Universal, fato ocorrido também em 2012, na Catedral Presbiteriana do Rio:



Veja mais informações sobre este "sermão iurdiano" na Catedral Presbiteriana do Rio, aqui.
Tais fatos são injustificáveis! Espero que esta incompatibilidade não ocorra (novamente) em um púlpito reformado de nossa querida IPB.

Ruy Marinho
Fonte:Bereianos

Meus irmãos a Programação da IP de Manguinhos foi alterada conforme o um novo cartaz

sábado, 16 de novembro de 2013

A Reforma do Século 16 e Educação – O Efeito Libertador

Presb. Solano Portela
Desde que pisamos nesta terra vivemos um dilema no que diz respeito aos caminhos do conhecimento humano. Quer tenhamos sido encaminhados em lares cristãos, quer tenhamos sido alvo de conversão posterior, encontramos dificuldade em reconciliar o chamado e os princípios cristãos – as determinações e ensinamentos da Palavra de Deus – com a aquisição progressiva de conhecimentos a que somos submetidos desde a nossa tenra idade e à qual nos dedicamos, depois de firmarmos nossos próprios horizontes e interesses.
Desenvolvemos com muita facilidade o pensamento de que as coisas espirituais, as questões da igreja, as determinações da Palavra dizem respeito ao nosso futuro espiritual. Enquanto isso, absorvemos conhecimentos diversos, seguimos uma carreira, educamos os nosso filhos e somos educados em um universo estanque, distanciado e divorciado dos conceitos das Escrituras.
Não é que duvidemos da veracidade da Bíblia – até aceitamos tudo e aceitamos doutrinas contidas na Palavra que, muitas vezes, não entendemos plenamente, mas as recebemos tão somente pela fé. No entanto, deixamos que essas convicções não perturbem muito a nossa vida diária, nem as carreiras e profissões que escolhemos. Elas são segregadas àquelas épocas e ocasiões que dedicamos à expressão de nossa religiosidade – cultos públicos e devoções privadas.
Se analisarmos com honestidade a nossa postura de vida, vamos nos encontrar, na realidade, em uma situação de ESCRAVIDÃO em muitos sentidos: Justamente por sermos cristãos e desejarmos estar no seio da “vontade de Deus” somos escravos de um complexo de culpa por nos dedicarmos a atividades várias, às demandas da nossa profissão, quando a igreja e o “trabalho do Senhor” clamam por atenção, ação e envolvimento. Somos, portanto:
  • escravos de uma visão que separa o secular do sagrado; o ganha-pão da adoração; a honestidade da vida e prática cristã da desonestidade e descaminho dos negócios.
  • escravos de uma visão curta que não enxerga a amplitude dos princípios apresentados nas Escrituras – de um Deus que é todo o poderoso, criador e mantenedor do universo; que não nos deu, na Palavra, apenas um manual acanhado de Escola Dominical, mas um conceito e uma compreensão de vida que deve permear toda a nossa existência.
  • escravos de uma postura eclesiástica que declara a existência de duas categorias de servos de Deus – os que estão envolvidos em seu trabalho e os que estão servindo ao mundo.
  • escravos de uma postura profissional que nos coloca como alienados no meio de uma classe de pessoas perfeitamente integradas com o seu meio, enquanto que nós nos debatemos com contradições metafísicas, em vez de tranqüilamente agirmos na redenção da área em que estamos atuando.
No meio desse dilema e dessas tensões, cabe relembrar a força libertadora dessa escravidão e opressão intelectual que foi a Reforma do Século 16. É exatamente a fé reformada, que é acusada por tantos de promover a escravidão das pessoas, pela sua rigidez doutrinária e subordinação ao conhecimento transcendente encontrado nas Escrituras, que nos liberta desse dilema.
A Reforma do Século 16 reapresentou a pessoa de Deus em toda a sua soberania e majestade, aos fiéis que estavam cegos pelo humanismo e obscurantismo reinante na igreja Católica. A Fé Reformada não tratou simplesmente, de realizar uma INTEGRAÇÃO entre o secular e sagrado, mas de demonstrar a abrangência das raízes espirituais de cada atividade, tornando o todo do conhecimento e das atividades humanas algo abrigado e aprovado pela providência divina, subsistindo o próprio Deus como fonte de todo o verdadeiro conhecimento e sabedoria.
É nesse contexto que se desenvolve a idéia e conceito da Educação Escolar Cristã. Uma proposta de educação que se harmoniza em sua totalidade com a revelação especial de um Deus soberano que tem na humanidade a coroa da criação e a quem delegou a absorção do conhecimento necessário a administrá-la. Educar, nesse sentido, não significa apenas transmissão de conhecimentos, ou instrução relacionada especificamente com religiosidade ou adoração. Difere da apreensão de princípios bíblicos recebidos na Escola Dominical ou da presença nos trabalhos eclesiásticos dos domingos. A esse tipo de instrução caberia o nome mais adequado de “educação religiosa”.
Educação Escolar Cristã significa o processo de penetração em todas as áreas do conhecimento humano, como preparo para o exercício de toda atividade moralmente legítima, sob a perspectiva de que Deus tem soberania sobre cada uma dessa áreas. Nenhuma área do saber pode ser adequadamente compreendida quando estudada ou transmitida divorciada do conceito escriturístico de Deus. Quando praticada adequadamente, esta herança maravilhosa da Reforma do Século 16 nos apresenta um esse  grande aspecto libertador: A Libertação pela Legitimidade de Envolvimento com todas as Áreas de Conhecimento –  Em Gênesis 1.28, temos a seguinte diretriz do Criador: “... Sede fecundos e multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo o animal que rasteja pela terra”. Esse mandamento, pelo qual recebemos a delegação de dominar a terra e sujeitá-la, tanto em seus aspectos físicos como no que diz respeito à vida biológica que ela contém, tem sido chamado, por teólogos reformados do “Mandato Cultural” recebido pelo homem. A implicação é que tal sujeição e domínio envolvem e só se tornam possíveis mediante a aquisição de conhecimentos sobre a criação que deve ser subjugada pela humanidade para a glória de Deus. Ou seja, a aquisição de conhecimentos, o envolvimento em todas as profissões e áreas de esforço intelectual e físico, da parte do homem, constitui-se em atividade legítima, para preenchimento da prescrição divina. E esse é um conceito libertador. Profissionais cristãos não precisam achar que são “crentes de segunda categoria”, mas devem visualizar-se a si mesmos como portadores de um chamado especial, para atuar em seus campos de conhecimento e realizações trazendo glória ao Criador de tudo e de todos.
Abraham Kuyper, em seu livro “Calvinismo”[1] apresenta a harmonia desse entendimento – de que todas as esferas de conhecimento devem ser trazidas à sujeição ao Criador, com a Fé Reformada. Ele diz:
a. O amor à ciência... que objetiva uma visão unitária de conhecimento de todo o cosmo, é eficazmente assegurado pela nossa crença calvinista, na pré-ordenação de Deus (p. 68).
b. A crença nos decretos de Deus significa que a existência e o curso de todas as coisas, isto é, de todo o cosmo, em vez de ser uma frívola seqüência do capricho e da chance, obedece à lei e à ordem. Existe uma firme vontade que executa os desígnios tanto na natureza, como na história (p. 69).
c. Somos forçados a confessar que existe estabilidade regularidade regendo todas as coisas... O universo, em vez de ser um amontoado de pedras - ajuntadas aleatoriamente - apresenta-se às nossas mentes como um monumental edifício erguido num estilo coerentemente austero (p. 69).
d. ...sem esta visão, não há interconexão, desenvolvimento, continuidade. Temos uma crônica, mas não história (p. 67).[2]
Foi a teologia da reforma que enfatizou a educação sob esse prisma e que demonstrou o entrelaçamento da divindade com todos os aspectos da nossa existência. É ela que libertou o intelecto humano – na essência e verdade dessa expressão. O homem moderno e pós-moderno se julga liberto “dos dogmas da religião”, mas prossegue se aprofundando na escravidão do pecado, embotando os seus sentidos.         
Ao longo da história, expoentes da teologia reformada, têm enfatizado a importância da educação, desde o seu precursor, Agostinho, que escreveu De Doctrina Christiana – um tratado sobre educação, sua importância e seus métodos – até os reformadores propriamente ditos.
Martinho Lutero disse: “Não aconselho ninguém a enviar os seus filhos para essas escolas onde as Sagradas Escrituras não reinam. Qualquer um que não se ocupe incessantemente com a Palavra de Deus, certamente se tornará corrupto. Conseqüentemente, devemos estar sempre vigiando o que acontecerá com as pessoas que estão nas escolas superiores... Temo que essas instituições de educação superior são portas abertas para o inferno, se não ensinarem diligentemente as Sagradas Escrituras e as colocarem nas mentes dos jovens”.[3]
João Calvino fundou em Genebra a “Academia Cristã” – uma instituição de ensino superior, demonstrando, mais uma vez, a importância da Educação e o seu papel chave na libertação do homem da opressão do pecado e de seu intelecto.
Abraham Kuyper, o estadista e teólogo holandês do século 19, ao fundar a Universidade Livre de Amsterdã, baseou a sua palestra inaugural em Isaías 48.11 – “A minha glória não a dou a outrem”, indicando que quando nos omitimos na esfera educacional, deixando que sejam proclamadas as filosofias anti-Deus – características do adversário – sem qualquer posicionamento e contestação de nossa parte, enquanto passiva e retraidamente assistimos aos seus avanços em todas as esferas e áreas do conhecimento humano, estamos fazendo exatamente o que Deus expressa não permitir: estamos deixando que a sua glória seja dada a outrem e que a escravidão à ignorância espiritual e intelectual seja perpetuada.
Agradeçamos a Deus a libertação ampla, geral e irrestrita que a salvação nos proporciona – fundamentada em sua graça e misericórdia. Abracemos, em toda a sua amplitude, a liberdade de entendimento que foi reavivada pela Reforma do Século 16. Pratiquemos o verdadeiro conceito da Educação Escolar Cristã.

contato: solano@portela.com


[1] Editora Cultura Cristã, 2002.
[2] Paginação e tradução extraída de edição norte-americana.
[3] Ewald M. Plass, What Luther Says (St. Louis, Missouri: Concordia, 1959)

Relatos da violência contra cristãos na República Centro-Africana – Parte 1

Pastors_CAR.jpg
Há quase um ano, rebeldes Seleka atravessaram 682 km até Ndéle, ao norte de Bangui, capital da República Centro-Africana, expulsaram todos os funcionários do governo e se estabeleceram como nova autoridade na cidade. Dois dias depois, eles passaram a saquear a comunidade cristã da tribo Banga, ao leste de Ndéle, assim como em outras localidades

Rebeldes fortemente armados controlavam as ruas e foram de casa em casa, em igrejas e instituições cristãs para saquear e destruir. Eles fizeram isso na Igreja Batista e na casa de seu pastor, Pierre Makossa; na Igreja Apostólica e no lar de seu pastor, Noel Koko; na residência do pastor Eric Soumaine; no Centro de Missões e nas acomodações do pastor Jean Bosco Ndakouzou.
Ao avançarem para Bambari, 388 km a leste de Bangui, em meados de dezembro, eles novamente não pouparam os cristãos e as igrejas. A Portas Abertas foi informada de que os rebeldes atiraram em uma jornalista enquanto ela estava transmitindo notícias, porém, não foram fornecidos mais detalhes do caso. Eles expulsaram os líderes e, em seguida, saquearam e destruíram outra igreja.
Nas congregações protestantes, seguiram o mesmo padrão: roubaram tudo o que podiam, desde carros a instrumentos musicais, equipamentos de som, motocicletas, máquinas de costura, bombas de água, geradores e frigoríficos. As pessoas foram impelidas a sair.

Muitas igrejas tiveram grandes perdas. A Igreja da Cooperação e a Igreja Apostólica perderam todo o equipamento de som, apesar das tentativas de protegê-lo, guardando-o em um lugar escondido. Casas de pastores e cristãos foram saqueadas e destruídas e seus proprietários obrigados a fugir. Prédios administrativos e escolas também foram atacados. Nas aldeias próximas, confiscaram alimentos e armas. Durante o caos, crianças foram separadas de seus pais.
O mesmo padrão foi seguido conforme os rebeldes progrediam através das cidades de Basse-Koto, como: Alindao, Kongho, Mingala, Kembé e a capital regional Mobaye, a 614 km a sudeste de Bangui. Em Alindao, destruíram o centro administrativo. Em seguida, saquearam a Faculdade Teológica, esvaziando alojamentos de alunos e funcionários e expulsando-os a tiros.

O presidente da União das Igrejas Elim, pastor Enoch Tagba, e sua família estavam entre eles. As ações violentas foram repetidas no Centro para a Tradução da Bíblia nas línguas locais de Alindao. A equipe foi ameaçada e teve de fugir em massa, deixando tudo para trás. Os rebeldes roubaram carros, motos e grandes somas de dinheiro, destruíram casas e profanaram as igrejas.
O pastor Damas Sambia, da igreja de Cooperação em Alindao, foi perseguido por quatro horas. Rebeldes suspeitavam que ele estivesse escondendo documentos importantes e uma grande soma de dinheiro em sua casa. Quando, finalmente, encontraram a caixa de dinheiro, nela continha apenas sete mil francos centro-africanos (o equivalente a 33 reais). Irritados, eles dispararam tiros contra o pastor e ordenaram que ele os levasse para o local onde seus familiares estavam escondidos. Nesse exato momento, um policial chegou e libertou o pastor.

Pedido de oração
  • Ore pelos cristãos da República Centro-Africana! Peça ao Senhor para que derrame da sua misericórdia e amor sobre a comunidade cristã que enfrenta perseguição; e também abra os olhos e corações dos rebeldes e perseguidores, para que eles sejam alcançados pelo evangelho.

Leia a segunda parte desse relato amanhã (17/11).
FontePortas Abertas Internacional
TraduçãoTamires Marques

Nas suas orações de hoje, lembre-se das Filipinas

Segundo notícia da Agência Brasil, a Organização das Nações Unidas (ONU) estima que mais de 10 mil pessoas morreram, nas Filipinas, vítimas da passagem do Tufão Haiyan. A ONU advertiu que o mundo deve "esperar pelo pior" em relação ao número total de vítimas.

"Foi tudo muito rápido. Em menos de um minuto eu estava com a água pelo pescoço. Peguei minha mãe no colo e a levei para o terraço. Quando chegamos, a casa já estava toda inundada", contou uma vítima ao jornal Folha de SP. Leia a matéria na íntegra.

Ajude-nos a mobilizar o Corpo de Cristo em oração para que:
  • A presença de Deus conforte as famílias que perderam seus entes queridos e suas casas.
  • A paz de Deus restaure a ordem nas áreas afetadas pelo tufão (a imprensa local tem noticiado o sequestro de caminhões que transportam mercadorias de socorro na estrada).
  • O poder de Deus permita que o governo filipino distribua ajuda o mais rápido possível, e mobilize um grande número de igrejas filipinas na prestação de socorro e aconselhamento para as famílias devastadas. 
Foto: Ted Aljibe-10.nov.13/AFP
FontePortas Abertas Internacional
TraduçãoAna Luíza Vastag

Todos serão salvos no final?

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Por Rev. Augustus Nicodemus Lopes


Os que acreditam que Deus, no final, vai perdoar, receber e dar a vida eterna a todos os seres humanos são geralmente chamados de universalista ou restauracionistas. Esta última expressão vem de apokatastasis, termo grego tirado de Atos 3:21. Ali, o apóstolo Pedro fala da “restauração de todas as coisas”. Apesar de Pedro estar se referindo à restauração da criação, os universalistas entendem que a salvação de toda a raça humana está incluída no processo. 

O universalismo, portanto, é a crença de que, ao final da história deste mundo, Deus haverá de salvar todos os seres humanos, reconciliando-os consigo mesmo mediante Jesus Cristo. Nesta crença, não há lugar para a doutrina da punição eterna, a saber, a ideia de um inferno onde os pecadores condenados haverão de sofrer eternamente por seus pecados.

Muitos podem pensar que o universalismo é coisa recente de pastores modernos, como o famoso Rob Bell, por exemplo. Todavia, a salvação universal de todos é uma ideia muito antiga. O conceito já era encontrado entre os primeiros mestres gnósticos, e constituiu uma heresia que ameaçou o Cristianismo no primeiro século. Cerca de cem anos depois de Cristo, pais da Igreja como Clemente de Alexandria e seu famoso discípulo Orígenes defendiam explicitamente o universalismo. Orígenes acreditava, inclusive, que o próprio diabo seria salvo no final. Já na Reforma do século 16, Lutero, Calvino e os demais protagonistas das mudanças na Igreja igualmente rejeitaram a ideia da salvação universal de todos ao final. 

O principal argumento usado em defesa do universalismo é que a Bíblia descreve Deus como sendo essencialmente amor: A consequência lógica é que o amor de Deus haverá de vencer ao final, salvando todos os homens da condenação merecida por seus pecados. 

Mas, será que a Bíblia diz que o Senhor é somente amor? Encontramos no Novo Testamento quatro afirmações sobre o que Deus é, e três delas são feitas por João: Deus é “espírito” (João 4.24); “luz” (1João 1.5); e “amor” (1João 4.8,16). A quarta é contundente: “Deus é fogo consumidor” (Hebreus 12.29, reiterando o texto de Deuteronômio 4.24). É claro que essas afirmações não são definições completas de Deus – não têm como defini-lo no sentido estrito do termo –, mas revelam o que ele é em sua natureza. “Deus é amor” significa que ele não somente é a fonte de todo amor, mas é amor em sua própria essência. É importante, entretanto, reconhecer que, se Deus é amor, ele também é espírito, luz e fogo consumidor. 

É preciso manter em harmonia esses aspectos do ser de Deus, pois só assim é possível compreendê-lo como um Senhor que é amor e castiga os ímpios com ira eterna. “Fogo” e “luz” são metáforas, é verdade; porém, metáforas apontam para realidades. No caso, elas querem simplesmente dizer: “Deus é santo e verdadeiro; ele se ira contra o pecado e não vai tolerar a mentira. E punirá os pecadores impenitentes.”

O maior problema que os universalistas enfrentam é lidar com as passagens da Bíblia onde, claramente, se estabelece uma divisão na humanidade entre salvos e perdidos e aquelas outras onde, abertamente, se anuncia o inferno como o destino final dos pecadores não arrependidos. A divisão da humanidade em salvos e perdidos é central nas Escrituras do Antigo Testamento (Deuteronômio 30.15-20; Jeremias 21.8; Salmo 1; Daniel 12.2 e muitas outras). Foi o próprio Jesus quem anunciou esta divisão de maneira clara no seu sermão escatológico, ao profetizar o juízo final onde a humanidade será repartida entre ovelhas e cabritos – sendo os segundos destinados ao fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos, ao contrário daqueles destinados à felicidade eterna (Mateus 25.31-46). 

Foi o próprio Jesus quem anunciou a realidade do inferno, mais do que qualquer outro personagem do Novo Testamento: “Se o teu olho direito te faz tropeçar, arranca-o e lança-o de ti; pois te convém que se perca um dos teus membros, e não seja todo o teu corpo lançado no inferno” (Mateus 5.29); “Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei, antes, aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo” (10.28). Mais adiante, no capítulo 23 do evangelho de Mateus, a advertência de Cristo é clara: “Serpentes, raça de víboras! Como escapareis da condenação do inferno?

No evangelho de Marcos, uma série de admoestações alerta sobre a realidade do inferno. Ao longo de três versículos do capítulo 9, o Mestre diz que é melhor ao fiel perder uma mão, um pé ou um dos olhos a ser “lançado no inferno”, caso aqueles membros o levem ao pecado. Já Lucas registra um diálogo travado entre Abraão, o patriarca, e um homem rico e impiedoso que foi lançado no fogo eterno, descrito como um lugar de “choro e ranger de dentes”. E, finalmente, uma passagem do evangelho de João explica bem a diferença entre morrer crendo ou rejeitando a salvação: “Se alguém não permanecer em mim, será lançado fora, à semelhança do ramo, e secará; e o apanham, lançam no fogo e o queimam” (João 15.6).

O universalismo é um erro teológico grave. Na verdade, mais que isso, é uma perigosa heresia. Além de não pertencer ao mundo teológico dos autores do Antigo Testamento e do Novo Testamento, a ideia da salvação universal traz diversos riscos. 

Em primeiro lugar, por enfraquecer e, finalmente, extinguir todo espírito missionário e evangelístico. Se todos serão salvos ao final – inclusive os ímpios renitentes, pecadores não convertidos, incrédulos e agnósticos –, por que pregar-lhes o Evangelho? Os universalistas transformam a chamada ao arrependimento da Igreja num simples anúncio auspicioso de que todos já estão salvos em Cristo, e traveste sua missão em apenas ação social. 

Segundo, porque essa doutrina falsa, levada às últimas conseqüências, acarreta necessariamente no ecumenismo com todas as demais religiões mundiais. Se todos serão salvos, as religiões que professam não podem mais ser consideradas certas ou erradas, e se tornam uma questão indiferente. Logo, o correto seria buscar uma união de todos, pois ao final teremos todos o mesmo destino.

Por último, o universalismo é um forte incentivo a uma vida imoral. Por mais que sejamos refratários à ideia das pessoas fazerem o que é certo por terem medo do castigo de Deus, ainda assim, temer “aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma quanto o corpo” (na descrição de Mateus 10.28) ainda é um dos mais poderosos incentivos de Jesus para que vivamos vida santa e reta. A tendência natural do pecador que está seguro de que não sofrerá as consequências de seus pecados é mergulhar ainda mais neles. Assim, o universalismo retira os freios da consciência e abre as portas para uma vida sem preocupações com Deus.

O fato de que eu defendo a verdade bíblica do sofrimento eterno dos ímpios não significa que eu tenha prazer nisto. Só deveríamos falar deste assunto com lágrimas nos olhos e uma oração pelos perdidos em nossos lábios.

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Fonte: Augustus Nicodemus, via Facebook
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sexta-feira, 15 de novembro de 2013

PLC 122 ganha nova versão e deve ir a votação em menos de uma semana; Leia o novo projeto na íntegra

PLC 122 ganha nova versão e deve ir a votação em menos de uma semana; Leia o novo projeto na íntegra

Nessa quarta feira o senador Paulo Pain (PT-RS), apresentou seu substitutivo ao PLC 122/06 à Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH). Ao entregar o texto, o senador afirmou ter buscado ouvir todos os segmentos da sociedade e ressalta que incluiu na PLC o combate a todo tipo de preconceito, para evitar críticas de que a futura lei só buscaria acabar com a discriminação contra a orientação sexual.
Pain, que assumiu a relatoria do projeto no final de 2012, disse ainda que o texto “não entra na polêmica” da definição de homofobia e que poderá ser preso aquele que praticar crime de racismo, de discriminação contra idoso, contra deficiente, contra índios e em função da orientação sexual.
- Entrou na lei geral. Todo crime de agressão, seja verbal ou física, vai ter que responder um processo legal – afirmou o senador, segundo a Agência Senado.
O senador anunciou ainda que a votação do projeto poderá acontecer já na próxima quarta-feira (20), e frisou a inclusão de um parágrafo que tem por objetivo, segundo ele, “resguardar o respeito devido aos espaços religiosos”.
- Dentro dos cultos religiosos, temos que respeitar a livre opinião que tem cada um. Por exemplo, você não pode condenar alguém por, num templo religioso, ter dito que o casamento só deve ser entre homem e mulher. É uma opinião que tem que ser respeitada. – explicou, ressaltando que o objetivo da lei é “o combate ao ódio, à intolerância e à violência de um ser humano contra o outro”.
Através do Twitter, o deputado pastor Marco Feliciano (PSC-SP), tido como um dos maiores opositores ao texto inicial do projeto de lei, comentou o anúncio feito pelo senador e afirmou que o substitutivo deverá ser estudado novamente pela Câmara dos Deputados.
- Pelo que li o Senador Paim fez alterações no PL122 apresentando um substitutivo. O teor do substitutivo ainda não foi divulgado. Todavia o fato de haver um substitutivo e se ele for aprovado fará o PL 122 voltar a Câmara dos Deputados. Uma vez aqui estudaremos o PL. – afirmou o parlamentar, que alertou ainda para que o PT não vote o projeto “na surdina”, como fez anteriormente.
- Caso volte, espero q o PT não faça como fez antes, votar o PL 122 na surdina, em acordo de líderes sem anuência dos parlamentares. – completou Feliciano.

Leia na íntegra o texto do substitutivo:

EMENDA Nº – CDH (SUBSTITUTIVO)
PROJETO DE LEI DA CÂMARA Nº 122, de 2006
Altera a Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, e o § 3º do art. 140 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), para definir e punir os crimes de ódio e intolerância resultantes de discriminação ou preconceito.
O CONGRESSO NACIONAL decreta:
Art. 1º A ementa da Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, passa a vigorar com a seguinte redação:
“Define e pune os crimes de ódio e intolerância resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião, origem, gênero, sexo, orientação sexual, identidade de gênero ou condição de pessoa idosa ou com deficiência. (NR)”
Art. 2º Os arts. 1º, 3º, 4º, 8º e 20 da Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, passam a vigorar com a seguinte redação:
Art. 1º Serão punidos, na forma desta Lei, os crimes de ódio e intolerância resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião, origem, gênero, sexo, orientação sexual, identidade de gênero ou condição de pessoa idosa ou com deficiência. (NR)”
Art. 3º ……………………………………………………………………………..
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem, por motivo de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião, origem, gênero, sexo, orientação sexual, identidade de gênero ou condição de pessoa idosa ou com deficiência, obstar a promoção funcional.
……………………………………………………………………………….” (NR)
Art. 4º ……………………………………………………………………………..
§ 1º Incorre na mesma pena quem, por motivo de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião, origem, gênero, sexo, orientação sexual, identidade de gênero ou condição de pessoa idosa ou com deficiência:
……………………………………………………………………………….. (NR)”
Art. 8º Impedir o acesso ou recusar atendimento em estabelecimentos comerciais ou locais abertos ao público
………………………………………………………………………………………….
Parágrafo único: Incide na mesma pena quem impedir ou restringir a manifestação de afetividade de qualquer pessoa em local público ou privado aberto ao público, resguardado o respeito devido aos espaços religiosos. (NR)”
Art. 20. Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou o preconceito de raça, cor, etnia, religião, origem, gênero, sexo, orientação sexual, identidade de gênero ou condição de pessoa idosa ou com deficiência:
……………………………………………………………………………….. (NR)”
Art. 3º O § 3º do art. 140 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, passa a vigorar com a seguinte redação:
Art. 140. ………………………………………………………………………….
§ 3º Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem, gênero, sexo, orientação sexual, identidade de gênero ou condição de pessoa idosa ou com deficiência:
…………………………………………………………………….. (NR)”
Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Por Dan Martins, para o Gospel+

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