domingo, 2 de junho de 2013

“O Egito vive um momento crucial”, diz líder cristão copta

Será o extremismo religioso ou a tolerância que marcará o futuro do Egito? De acordo com o bispo Thomas, da diocese de El-Qussia e Mair no Alto Egito, uma "grande força" está levando o Egito rumo a um maior conservadorismo e extremismo religioso
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Apesar de a maioria dos acontecimentos apontarem para o extremisto religioso, Thomas afirma também que acredita que o Egito possa desfrutar de um tipo diferente de transformação – rumo à verdadeira democracia, à igualdade de gêneros e à tolerância religiosa.
Durante um discurso em Londres, terça-feira (21/05), o bispo alegou que desde a deposição do presidente Hosni Mubarak, há dois anos, o Egito tem desfrutado de maior liberdade de expressão; "enquanto esta liberdade não for tirada, sempre haverá esperança", disse ele.
"Desde que a revolução aconteceu, o povo consegue falar, se expressar, o povo se atreve a dar sua opinião", contou Thomas. "E este foi um grande passo para a sociedade. O dia em que o Egito e o povo egípcio não conseguirem falar, eu perderei as esperanças. Mas eu acredito que este dia não chegará."
O aumento da tensão partidária e a violência entre a minoria cristã copta e a maioria mulçumana têm levado muitos cristãos a fugir do Egito. A World Watch Monitor, agência de notícias da Portas Abertas, informou em abril que, segundo algumas estimativas, milhares de cristãos deixaram o país desde a revolução de 2011.
Contudo, o bispo Thomas diz que espera que mais cristãos decidam-se por permanecer. "Sabemos que algumas pessoas estão migrando por causa da pressão, e isto é normal. São boas pessoas, muito bem instruídas, são os ricos. Mas eu gostaria de pedir a eles: ‘por favor, fiquem; precisamos de vocês agora’."
Para o bispo, o Egito é "um grande país em meio a uma grande confusão", uma vez que seus cidadãos têm de adaptar suas vidas sob o domínio de um novo governo. Apesar disso, ele afirma que a filosofia incorporada de coexistência e hospitalidade no Egito é outra razão para esperar um futuro melhor, uma vez que o país vive um momento crucial, diante de dois caminhos possíveis.
"Ou o Egito tomará o caminho de um extremo conservadorismo fundamentalista ou seguirá na direção de abertura e de uma sociedade civil", pontua. "O que vemos agora é que setores no Alto Egito não estão claramente definidos como cristãos ou mulçumanos. Nem tudo é preto ou branco; cristãos e mulçumanos estão trabalhando juntos."
"Há uma grande força conduzindo e impelindo a sociedade para o conservadorismo. Precisamos unir forças que conduzam à abertura e à sociedade civil", destaca Thomas. O Egito é uma nação que precisa de transformação, uma transformação na forma de três mudanças sociais – democracia, igualdade de gêneros e liberdade religiosa.
A democracia não significa o governo da maioria, comenta Thomas, é responsabilidade dos líderes do país garantirem que todos os membros da sociedade possam expressar-se livremente.
Para o bispo, igualdade de gêneros significa "o dia em que uma família do Alto Egito, em uma área muito pobre, tiver a mesma alegria em dar a luz à uma menina tanto quanto teria se desse à luz a um menino."
A sociedade machista do Egito deve ser transformada em uma sociedade igualitária quanto aos gêneros, disse ele. "Precisamos ensinar os homens a valorizarem as mulheres."
Ele conclui definindo que a liberdade religiosa significa uma transformação da inflexibilidade religiosa para a abertura espiritual: "Desculpe, eu sou um bispo. Não posso dizer que eu quero transformar a sociedade em uma comunidade secular, mas eu desejo que a sociedade respeite e esteja aberta à espiritualidade. Abertura é a palavra-chave para nós."
FontePortas Abertas Internacional
TraduçãoDaniela Cunha
Fonte:Portas Abertas

Uma introdução à Pregação e à Teologia Bíblica

Thomas R. Schreiner

9marks-teologia

Direção – Como Fazer Teologia Bíblica ao Pregar (cont.)

Olhe para o Todo – Pregação Canônica

Como pregadores, nós não devemos nos limitar apenas à teologia antecedente. Nós também devemos considerar o todo da Escritura, o testemunho canônico que agora possuímos no ministério, morte e ressurreição de Jesus Cristo. Se nós pregarmos apenas a teologia antecedente, não estaremos dividindo acuradamente a palavra de Deus; tampouco estaremos levando a mensagem do Senhor ao povo de nossos dias.
Quando pregamos nos primeiros capítulos de Gênesis, portanto, nós também devemos proclamar que a semente da mulher é Jesus Cristo, e que a queda da criação na futilidade será revertida por meio da obra de Jesus Cristo (Rm 8.18-25). Nossos ouvintes devem ver que a velha criação não é a palavra final, mas que há uma nova criação em Cristo Jesus. Nós devemos mostrar-lhes pelo livro de Apocalipse que o fim é melhor do que o começo, e que as bênçãos da criação original serão alargadas (por assim dizer) na nova criação.
Do mesmo modo, o que nós como pregadores diremos ao pregar em Levítico, se não pregarmos Levítico à luz do cumprimento havido em Jesus Cristo? Certamente nós devemos proclamar que os sacrifícios do AT se cumpriram na obra de Jesus Cristo na cruz.
Além disso, os regulamentos concernentes às leis alimentares e à purificação devem ser interpretados canonicamente, de modo a compreendermos que o Senhor não nos chama para seguirmos as leis alimentares ou os regulamentos de purificação. Esses regulamentos apontam para algo maior: a santidade e a nova vida que devemos possuir como crentes (1Co 5.6-8; 1Pe 1.15-16).
Tampouco é o caso, como o Novo Testamento claramente ensina, de que os crentes ainda estejam sob a lei Mosaica (Gl 3.15-4.7; 2Co 3.7-18). A antiga aliança foi planejada para estar em vigor por um período determinado na história da salvação. Agora que o cumprimento em Cristo se manifestou, não estamos mais sob a aliança que o Senhor instituiu com Israel. Então, é um erro pensar que as leis às quais Israel estava obrigado como nação deveriam servir como paradigma para os estados nacionais atualmente – como defendem os teonomistas em nossos dias. Nós devemos reconhecer, em nossa pregação, a diferença entre Israel como povo de Deus e a igreja de Jesus Cristo. Israel era o povo teocrático de Deus, representando tanto o povo da aliança de Deus como um ente política. Mas a igreja de Jesus Cristo não é um ente político com um código de leis para os estados nacionais. A igreja é composta de pessoas de todo povo, língua, tribo e nação. Uma falha em compreender essa diferença entre a antiga e a nova aliança devastaria nossas congregações.
Se nós não entendermos as diferenças entre a antiga aliança e a nova, teremos dificuldade, por exemplo, em proclamar a conquista da terra em Josué. Certamente, a promessa para a igreja de Jesus Cristo não é que nós possuiremos a terra de Canaã algum dia! Diversamente, ao lermos o Novo Testamento, nós aprendemos que a promessa da terra é entendida tipologicamente e também expandida para um cumprimento final no Novo Testamento. A epístola aos Hebreus explica que o descanso prometido sob Josué nunca foi planejado pra ser o descanso final para o povo de Deus (Hb 3.7-4.13). Paulo explica que a promessa da terra a Abraão não pode ser confinada a Canaã, mas se universaliza para incluir o mundo inteiro (Rm 4.13). Descobrimos em Hebreus que nós, como cristãos, não aguardamos uma cidade terrena, mas uma cidade celestial (Hb 11.10; 14.16; 13.14), uma cidade por vir. Ou, como João coloca em Apocalipse 21-22, nós aguardamos a Jerusalém celestial, a qual não é outra coisa senão uma nova criação. E, outras palavras, se nós pregarmos em Josué e não enfatizarmos a nossa herança em Cristo e a nova criação, então teremos falhado miseravelmente em comunicar o enredo da Escritura na exposição do livro. Teremos truncado a sua mensagem de modo que o nosso povo falhará em ver como toda a Escritura se cumpre em Cristo, e como todas as promessas de Deus são “sim” e “amém” em Cristo Jesus (2Co 1.20).
Se nós pregarmos as Escrituras canonicamente, usando a teologia bíblica, então proclamaremos Cristo tanto a partir do Antigo Testamento como do Novo Testamento. Devemos evitar o perigo, é claro, de fazer alegorias simplistas ou conexões forçadas entre os testamentos. Nós não cairemos em tais erros se tivermos realizado adequadamente o trabalho da teologia bíblica e seguido a hermenêutica dos próprios escritores apostólicos. Os escritores apostólicos, afinal, criam que o Antigo Testamento apontava para Cristo e se cumpria nele. E eles aprenderam essa hermenêutica do próprio Jesus Cristo, no momento em que ele abriu as Escrituras para Cleopas e seu amigo no caminho de Emaús (Lc 24). Sob esse aspecto, alguns têm defendido que a hermenêutica dos apóstolos era inspirada, mas não deveria ser imitada hoje. [2] Tal visão não se sustenta porque sugere que o cumprimento do Antigo Testamento visto pelos apóstolos não confere com o que os textos verdadeiramente significam. Se esse é o caso, as conexões apontadas entre os testamentos são arbitrárias, e os apóstolos (e o próprio Cristo!) não servem como modelos de interpretação do Antigo Testamento hoje.
Se nós cremos, contudo, que os apóstolos foram leitores inspirados e sábios do Antigo Testamento, então nós temos um padrão para lermos todo o Antigo Testamento à luz do cumprimento realizado em Jesus Cristo. O enredo e as estruturas do Antigo Testamento todos apontam para ele e são aperfeiçoados nele. [3] Quando nós lemos sobre a promessa de Abraão no Antigo Testamento, nós percebemos que ela se cumpriu em Cristo Jesus. As sombras dos sacrifícios do Antigo Testamento encontram a sua substância em Cristo. Por exemplo:
  • Festas como a Páscoa, o Pentecostes e os Tabernáculos apontavam para Cristo como o sacrifício pascal, para o dom do Espírito e para Jesus como a Luz do mundo.
  • Os crentes não estão mais obrigados à observância do shabbat, pois ele também era uma das sombras da antiga aliança (Cl 2.16-17; cf. Rm 14.5) e pertence à aliança do Sinai que não está mais em vigor para os crentes (Gl 3.15-4.7; 2Co 3.4-18; Hb 7.11-10.18). O shabbat aponta para o descanso que já começou para nós em Cristo e que será consumado no descanso celestial do último dia (Hb 3.12-4.11).
  • O templo antecipa Cristo como o verdadeiro templo, enquanto a circuncisão é consumada na circuncisão do coração ancorado na cruz de Cristo e protegido pela obra do Espírito.
  • Davi, como rei de Israel e um homem segundo o coração de Deus, não representa o ápice do reino; Davi é um tipo de Jesus Cristo. Cristo, o superior Davi, era impecável. Ele é o rei messiânico que, por meio de seu ministério, morte e ressurreição, inaugurou as promessas que Deus fizera ao seu povo.
Se não pregarmos o Antigo Testamento considerando todo o cânon, nós estaremos nos restringindo a lições morais do Antigo Testamento, ou, o que é igualmente provável, nós raramente pregaremos no Antigo Testamento. Como cristãos, nós sabemos que muito do Antigo Testamento não fala mais diretamente à nossa situação hoje. Por exemplo, Deus não prometeu nos libertar da escravidão política como libertou Israel do Egito. A terra de Israel é politicamente volátil nestes dias, mas os cristãos não creem que a sua alegria virá pelo fato de viverem em Israel, tampouco pensam que a adoração consiste em ir ao templo para oferecer sacrifício. Contudo, se não pregarmos o Antigo Testamento canonicamente, à luz da teologia bíblica, ele frequentemente será negligenciado na pregação cristã. E, ao fazê-lo, nós não apenas nos privamos de maravilhosos tesouros da palavra de Deus, mas também falhamos em ver o caráter profundo e multifacetado da revelação bíblica. Nós nos colocamos em uma posição na qual não lemos o Antigo Testamento do modo como Jesus e os apóstolos faziam, e assim não vemos que as promessas de Deus são “sim” e “amém” em Jesus Cristo.
Ler o Antigo Testamento canonicamente não significa que o Antigo Testamento não seja lido em seu contexto histórico-cultural. A primeira tarefa de todo intérprete é ler o Antigo Testamento em si mesmo, discernindo o significado pretendido pelo autor bíblico ao escrevê-lo.              Além disso, como defendemos acima, cada livro do AT deve ser lido à luz de sua teologia antecedente, de modo que o enredo da Escritura é compreendido. Mas nós também devemos ler toda a Escritura canonicamente, de modo que o Antigo Testamento é lido à luz da história completa – o cumprimento que veio em Jesus Cristo.
Em resumo, nós deveríamos sempre considerar a perspectiva do todo – do autor divino – ao fazer teologia bíblica e ao pregar a Palavra de Deus. Nós deveríamos ler as Escrituras tanto de frente para trás como de trás para frente. Nós deveríamos sempre considerar a história que está se desenvolvendo bem como o fim da história.

Conclusão

A nossa tarefa como pregadores é proclamar todo o conselho de Deus. Nós não cumpriremos o nosso chamado se, como pregadores, nós falharmos em fazer teologia bíblica. Nós podemos receber muitos elogios de nosso povo por nossas lições morais e nossas ilustrações, mas não estamos servindo nossas congregações fielmente se elas não entendem como toda a Escritura aponta para Cristo, e se elas não obtêm de nós um melhor entendimento do enredo da Bíblia. Que Deus nos ajude a sermos mestres e pastores fieis, de modo que cada pessoa sob nossos cuidados seja apresentada perfeita em Cristo.

2. Richard N. Longenecker, Biblical Exegesis in the Apostolic Period (2. ed.; Grand Rapids: Eerdmans, 1999).
3. Sobre a importância da centralidade em Cristo na nossa pregação, ver Graeme Goldsworthy, Preaching the Whole Bible as Christian Scripture: The Application of Biblical Theology to Expository Preaching (Grand Rapids: Eerdmans, 2000); Sidney Greidanus, Preaching Christ from the Old Testament: A Contemporary Hermeneutical Method (Grand Rapids: Eerdmans, 1999); Edmund P. Clowney, Preaching Christ in All of Scripture (Wheaton: Crossway, 2003). [N.T.: Dentre tais obras, apenas o livro de Sidney Greidanus foi publicado em português, pela Editora Cultura Cristã, com o título Pregando Cristo a partir do Antigo Testamento.]

Este artigo foi extraído e adaptado do The Southern Baptist Journal of Theology [Jornal de Teologia Batista do Sul] 10.2 (2006) e é usado com permissão. Thomas Schreiner serve como pastor de pregação na Clifton Baptist Church em Louisville, Kentucky. Ele é também professor de Novo Testamento no Southern Baptist Theological Seminary [Seminário Teológico Batista do Sul] e escreveu Romans [Romanos] (Baker, 1998) e Paul, Apostle of God’s Glory in Christ: A Pauline Theology [Paulo, o Apóstolo da Glória de Deus em Cristo: Uma Teologia Paulina](InterVarsity, 2001), entre muitos outros títulos.

Por Thomas R. Schreiner. Extraído do site www.9marks.org. Copyright © 2013 9Marks. Usado com Permissão. Original: Preaching and Biblical Theology 101
Tradução: Vinícius Silva Pimentel – Ministério Fiel © Todos os direitos reservados. Website:www.MinisterioFiel.com.br / www.VoltemosAoEvangelho.com. Original: Uma introdução à Pregação e à Teologia Bíblica (Thomas R. Schreiner)

Carta a um pastor pentecostal que virou reformado

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Por Augustus Nicodemus Lopes


*Embora a situação e o destinatário dessa carta sejam fictícios, ela se baseia em fatos reais.

Meu caro Fernando,

Fiquei muito feliz em saber que você vem se fortalecendo mais e mais nas doutrinas da Reforma. Lembro-me bem das suas interrogações e de seus conflitos quando você começou a ler Martin Lloyd-Jones, Spurgeon e outros autores reformados e se deparou com a visão reformada de mundo e com as doutrinas da soberania de Deus, da graça absoluta e da nossa profunda depravação. Quantas perguntas e quantas interrogações! Pelo que entendi da sua carta, esse período inicial de conflito interior e de "arrumação" da mente já passou e agora você enfrenta uma outra fase, que é o antagonismo de colegas pastores da sua denominação e de membros da sua igreja para com o novo conteúdo das suas pregações e do seu ensino.

Você me perguntou se temos espaço em nossa igreja para pastores como você, que é pentecostal e que recentemente encontrou as doutrinas reformadas. Estou vendo essa possibilidade com alguns outros colegas pastores, mas eu pessoalmente não creio que a solução seria você sair de sua igreja e passar para uma reformada. Creio que você deveria tentar ficar onde está o máximo de tempo que puder. Os reformadores, como Lutero, a princípio não pretendiam sair da Igreja Católica, mas ficar e reformá-la de dentro para fora. Somente após algum tempo é que ficou claro que isso era impossível. No caso de Lutero, o papa se encarregou de expulsá-lo com a excomunhão. Seu caso é diferente, pois é um absurdo comparar a situação de um reformado dentro da Igreja Católica com a situação de um reformado dentro de uma igreja pentecostal. Portanto, minha sugestão é que você permaneça o máximo que puder, só saia se for obrigado a isso. Deixe-me dar alguns conselhos nessa direção.

1. Mantenha sempre em mente que apesar das diferenças que existem em doutrinas e práticas (nem sempre discutidas de maneira cristã), os reformados no Brasil sempre reconheceram os pentecostais históricos como genuínos irmãos em Cristo. Nós chegamos ao Brasil primeiro. Vocês vieram depois. É verdade que a princípio houve relutância em reconhecê-los como evangélicos por causa da estranheza com as práticas e doutrinas pentecostais, mas apesar delas, eventualmente vieram a ser reconhecidos como irmãos dentro da fraternidade evangélica.

2. Existem muitos pontos de convergência entre os reformados e os pentecostais. Além dos pontos fundamentais contidos, por exemplo, no Credo Apostólico, compartilhamos com eles ainda o apreço pelas Escrituras, o reconhecimento da necessidade de uma vida santa, a busca da glória de Deus, o desejo de um legítimo avivamento espiritual e o zelo pela doutrina. Nesses pontos e em outros, pentecostais e reformados sempre se alinharam contra liberais e libertinos. Tente se concentrar nesses pontos comuns nas suas pregações e no seu ensino.

3. Enquanto permanecer em sua igreja, responda sempre com mansidão e humildade aos que questionarem as "novas doutrinas" que você agora professa. Diga que as doutrinas ensinadas pelos reformados são muito mais antigas que a própria Reforma e que remontam ao ensino de Jesus e dos apóstolos. Elas têm sido adotadas e ensinadas por pastores e pregadores de todos os continentes e de muitas denominações diferentes. Elas serviram de base para o surgimento da democracia, da visão social, das universidades e da ciência moderna, e vêm abençoando a vida de milhões de pessoas ao redor do mundo. Naturalmente, o que vai realmente fazer a diferença em sua resposta é sua habilidade de mostrar biblicamente que você não está abraçando nenhuma heresia ou doutrina nova. Para isso, é necessário que você estude as Escrituras e que se familiarize com sua mensagem, especialmente com as passagens e porções que tratam mais diretamente das doutrinas características da Reforma.

4. Evite dar a falsa impressão de que ser reformado é cantar somente salmos sem instrumentos musicais, não ter corais nem grupos de louvor, proibir as mulheres de orar em público e não levantar as mãos ou bater palmas no culto. Concentre-se nos pontos essenciais, como a soberania de Deus, a sua graça absoluta na salvação de pecadores, a depravação total e a inabilidade do homem voltar-se para Deus por si mesmo, a necessidade de conversão e arrependimento e a centralidade das Escrituras na experiência cristã.

5. Quando chegar ao tema do livre arbítrio, escolha com cuidado as suas palavras. Você sabe que a posição reformada clássica é de que a soberania de Deus e a responsabilidade humana são duas verdades igualmente ensinadas na Bíblia, muito embora não saibamos como elas se reconciliam logicamente. Deixe claro que você em momento algum está anulando a responsabilidade do homem para com as decisões que ele toma, e que, quando ele toma essas decisões, ele as toma porque quer tomá-las. Ele é, portanto, responsável pelo que faz e pelo que escolhe, mesmo que, ao final, o plano de Deus sempre prevalecerá e será realizado. Não tente resolver o mistério dessa equação. Seja humilde o suficiente para dizer que você reconhece o aparente paradoxo dessa posição e que não consegue eliminar nenhum dos seus dois pontos. Mantê-los juntos em permanente tensão é o caminho da Reforma, e um caminho que muitos pentecostais vão entender e apreciar. O que eles receiam é que se acabe por eliminar a responsabilidade do homem e reduzi-lo a um mero autômato. Deixe claro que não é isso que os reformados defendem.

6. Creio que será muito útil você estar familiarizado com as experiências espirituais vividas por John Flavel, Lloyd-Jones, Jonathan Edwards, David Brainerd, George Whitefield e muitos outros reformados. Os reformados e particularmente os puritanos deram grande ênfase à religião experimental, isto é, ao fato de que os cristãos deveriam ter profundas experiências com Deus. Nossos irmãos pentecostais apreciam essa ênfase, pois o surgimento do pentecostalismo, entre outros fatores, foi uma reação contra a frieza e a formalidade de muitas igrejas históricas do início do século XX nos Estados Unidos e Europa.

7. Tente ainda mostrar que as doutrinas da graça, aquelas da Reforma, são as que mais tendem a glorificar a Deus, visto que exaltam a sua soberania e humilham o homem, colocando-o no devido lugar. Todo cristão genuíno tem anseios de dar a glória a Deus e de vê-lo exaltado. Nossos irmãos pentecostais buscam a glória de Deus, e quando entendem que as doutrinas da graça tendem a exaltá-lo mais que outras, passam a ter uma atitude de reflexão e abertura para com elas.

8. Um outro conselho. Pregue a Palavra, exponha as Escrituras com fidelidade. Ao fazer isso, você estará pregando as grandes doutrinas da graça em vez de pregar sobre a Reforma. Evite citar autores reformados o tempo todo. Muitos pregadores reformados estragaram seu ministério porque dão a impressão que conhecem Lutero, Calvino, Spurgeon e os puritanos mais do que o apóstolo Paulo, pela quantidade de vezes que ficam citando autores reformados em seus sermões. Evite clichés evangélicos e reformados. Pregue a Palavra e deixe que seus ouvintes concluam que as doutrinas reformadas são, na realidade, bíblicas.

9. Não estou dizendo que você deve "esconder o jogo" para evitar ser colocado para fora de sua igreja. Faz parte da integridade e da honestidade cristãs assumirmos o que pensamos. Assuma sua posição, mas de forma inteligente e sábia, de forma que muitos entendam a mudança que ocorreu em você. Por outro lado, evite a síndrome de mártir. Eu pessoalmente detesto essa atitude que por vezes alguns reformados adotam quando estão em minoria e estão sofrendo resistência. Se ao final não tiver jeito e você tiver mesmo de sair da sua igreja, saia com dignidade, não saia atirando nem acusando as pessoas.

10. Não veja as perseguições que você tem sofrido dentro de sua igreja como algo pessoal, mas como a reação de irmãos sinceros do outro lado de um conflito que já dura séculos dentro da igreja cristã, que é aquele entre semipelagianos-erasmianos-arminianos, de um lado, e agostinianos-calvinistas-puritanos, de outro. Lembre que em ambos os lados há crentes verdadeiros e sinceros.

Por fim, existem já no Brasil várias igrejas pentecostais-reformadas, pequenas, é verdade, ainda nascentes. Mas, mesmo não sendo pentecostal, profetizo que esse movimento pode crescer muito no Brasil. Muitas igrejas históricas já são pós-reformadas e é muito triste ver o esquecimento das suas heranças e como vai ficando cada vez mais difícil um retorno verdadeiro. Quem sabe os pentecostais não estejam predestinados a avançar bastante a teologia da Reforma no Brasil?

Fique em paz. Um abraço do seu irmão e amigo,

Augustus

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Pastor Ciro Zibordi afirma que visita do papa Francisco ao Brasil é tentativa de “conter o avanço da Igreja Evangélica”; Leia na íntegra

Pastor Ciro Zibordi afirma que visita do papa Francisco ao Brasil é tentativa de “conter o avanço da Igreja Evangélica”; Leia na íntegra

O pastor Ciro Sanches Zibordi publicou um artigo comentando as motivações da visita do papa Francisco ao Brasil, que acontecerá durante a Jornada Mundial da Juventude, que será realizada no Rio de Janeiro no mês de julho.
De acordo com o texto de Zibordi, publicado no site da Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD), a intenção de Francisco ao visitar o país é reduzir o crescimento dos evangélicos.
“Sua prioridade, ao visitar os países Brasil, Argentina e Chile, neste ano, é conter o avanço da Igreja Evangélica. Ele tentará convencer os cidadãos brasileiros da importância da Igreja Católica, mostrando a eles que não existe uma diferença essencial ou significativa entre a confissão católica e a evangélica”, escreveu o pastor assembleiano.
Segundo Zibordi, o pontífice católico trará uma mensagem de ecumenismo, tentando aproximar as duas vertentes cristãs de maior expressão: “O simpático papa Francisco pregará no Brasil a velha mensagem ecumênica, na esperança de ver o sonho de seus antecessores Bento XVI e João Paulo II realizado. Estes tiveram o privilégio de presenciarem a derrocada do comunismo e o fracasso das fileiras da Teologia da Libertação, mas não conseguiram parar o avanço da fé evangélica no Brasil”.
Zibordi pondera que o crescimento evangélico se deu por brechas da própria Igreja Católica, e que esse fenômeno social já havia sido destacado há muitos anos através da imprensa: “Lembro-me de que, há uns quinze anos, a revista Veja enfatizou a razão do crescimento dos evangélicos, destacando a alfabetização de adultos, o estímulo à leitura, a realização de trabalhos de recuperação de dependentes de drogas e a prestação de ajuda a necessitados. A reportagem foi, claramente, uma alfinetada na Igreja Católica, que desde então vem assumindo um papel semelhante ao dos segmentos evangélicos”, contextualizou.
Segundo o pastor, “a estratégia de unir as vertentes protestante, espírita e católica, com o intuito de somar forças contra inimigos comuns, nunca dará certo”, pois esses “segmentos possuem objetivos, credos e motivações completamente diferentes”.
Ciro Zibordi destaca que os “evangélicos adoram ao Jesus da Bíblia, que é o verdadeiro Deus e a vida eterna (1 Jo 5.20), enquanto os católicos e os espíritas acreditam em um ‘outro Jesus’ (2 Co 11.4), que recebe menos honra do que Maria. Esta, segundo a Bíblia, foi apenas uma crente fiel agraciada por Deus, que precisava do Salvador (Lc 1.47), e não mediadora ou redentora (1 Tm 2.5)”, frisa.
Confira a íntegra do artigo “O que o papa Francisco vem fazer no Brasil?”, de Ciro Zibordi no site da CPAD:
Jesus Cristo é o único Mediador e Salvador
O que o papa vem fazer no Brasil? De acordo com o censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2010, o rebanho do catolicismo atinge 123 milhões de adeptos, no Brasil, um número ainda expressivo, mas que vem diminuindo, nos últimos anos, gerando uma crise profunda e aparentemente irreversível para o romanismo. A grande maioria dos católicos brasileiros é nominal, e uma boa parte tende para a prática do espiritismo. A fidelidade dos católicos também tem diminuído. Há alguns anos, a Igreja Católica exibia em cadeia nacional, na quarta-feira de cinzas, a fala do papa. Hoje, o pronunciamento é gravado, e as emissoras o exibem quando querem.
Em julho, o papa Francisco — o argentino Jorge Mario Bergoglio — vem ao Brasil para participar da Jornada Mundial da Juventude. Seu staff já deixou claro que a sua prioridade, ao visitar os países Brasil, Argentina e Chile, neste ano, é conter o avanço da Igreja Evangélica. Ele tentará convencer os cidadãos brasileiros da importância da Igreja Católica, mostrando a eles que não existe uma diferença essencial ou significativa entre a confissão católica e a evangélica. Como sempre, a principal razão da visita do papa ao Brasil é avivar o romanismo, combatendo o extraordinário progresso numérico dos evangélicos, especialmente do segmento neopentecostal.
O simpático papa Francisco pregará no Brasil a velha mensagem ecumênica, na esperança de ver o sonho de seus antecessores Bento XVI e João Paulo II realizado. Estes tiveram o privilégio de presenciarem a derrocada do comunismo e o fracasso das fileiras da Teologia da Libertação, mas não conseguiram parar o avanço da fé evangélica no Brasil.
Para alcançar seu objetivo, o romanismo tem empregado duas estratégias: a evangelização entre as comunidades pobres e a tentativa do estabelecimento de uma convivência ecumênica entre evangélicos, católicos e espíritas. A CNBB propaga, há um bom tempo, textos alegóricos em favor do ecumenismo. Em um deles, Jesus visita um centro espírita e, ao deparar-se com uma mãe-de-santo, afirma: “o Reino de Deus já está aqui no meio de vocês”. E ela responde: “Muito obrigada, Jesus! Mas isso a gente já sabia… Você deve ter um orixá muito bom. Vamos dançar, para que ele venha nos ajudar”. Ademais, é grande a aproximação entre astros gospel e cantores da música católica, que cantam juntos em eventos e programas de televisão.
Lembro-me de que, há uns quinze anos, a revista Veja enfatizou a razão do crescimento dos evangélicos, destacando a alfabetização de adultos, o estímulo à leitura, a realização de trabalhos de recuperação de dependentes de drogas e a prestação de ajuda a necessitados. A reportagem foi, claramente, uma alfinetada na Igreja Católica, que desde então vem assumindo um papel semelhante ao dos segmentos evangélicos.
Há alguns anos, o Vaticano abriu as portas para receber a visita do saudoso Nilson do Amaral Fanini, então pastor da Primeira Igreja Batista de Niterói, Rio de Janeiro. O objetivo da visita do respeitado líder evangélico, na época, foi traçar com o papa uma estratégia que visava a resolver antigos problemas entre católicos e evangélicos. Fanini chegou a dizer que a Igreja Batista, por ser anterior à Reforma Protestante, não deveria ser considerada uma seita evangélica pelo catolicismo.
Mas a estratégia de unir as vertentes protestante, espírita e católica, com o intuito de somar forças contra inimigos comuns, nunca dará certo. Esses três segmentos possuem objetivos, credos e motivações completamente diferentes. O evangélicos adoram ao Jesus da Bíblia, que é o verdadeiro Deus e a vida eterna (1 Jo 5.20), enquanto os católicos e os espíritas acreditam em um “outro Jesus” (2 Co 11.4), que recebe menos honra do que Maria. Esta, segundo a Bíblia, foi apenas uma crente fiel agraciada por Deus, que precisava do Salvador (Lc 1.47), e não mediadora ou redentora (1 Tm 2.5).
Na verdade, todo esse esforço do romanismo para ganhar adeptos de outras religiões, nos últimos anos, leva-nos refletir sobre o que Jesus disse em Mateus 7.13,14. A porta para a salvação é estreita, e são poucos os que entram por ela. O ecumenismo da Igreja Católica pode até envolver muitos crentes nominais, porém os poucos fiéis (Sl 12.1; 101.6) permanecerão firmes; jamais negarão a sua fé, haja o que houver (Ap 2.10; 3.11). Deus não prioriza crescimento numérico (Jo 6.60-69), a não ser que este decorra da pregação da verdade. O Senhor só tem compromisso com quem está disposto a segui-lo, andando como Ele andou (Lc 9.23; 1 Jo 2.6).
Ciro Sanches Zibordi
Por Tiago Chagas
Fonte:Gospel+

sábado, 1 de junho de 2013

Parada gay terá trio elétrico contra Malafaia e Feliciano

Pare, leia e pense!

Os pastores serão hostilizados por suas opiniões a respeito da homossexualidade
por Leiliane Roberta Lopes

Parada gay terá trio elétrico contra Malafaia e FelicianoTrio elétrico na Parada Gay em SP.
No próximo domingo (2) acontecerá em São Paulo a 17ª Parada do Orgulho Gay que deve atrair milhares de pessoas. O evento deste ano terá um trio elétrico com protestos contra o deputado pastor Marco Feliciano (PSC-SP), o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) e o pastor Silas Malafaia.
A opinião dessas três figuras públicas é criticada pelos ativistas do movimento LGBT que os consideram como inimigos da comunidade gay.
Feliciano e Malafaia são pastores evangélicos e contrários ao homossexualismo. O discurso religioso é considerado pelos participantes da Parada como “fundamentalismo” e por este motivo os religiosos serão hostilizados durante o evento.
O diretor institucional da APOLGBT (Associação da Parada do Orgulho LGBT), Nelson Matias Pereira, chega a dizer que o fundamentalismo religioso é um retrocesso para a sociedade e que os brasileiros precisam “abrir os olhos” para impedir que isso aconteça.
“O fundamentalismo evangélico é outro grande problema, que coloca em risco não apenas as conquistas da população LGBT mas as conquistas da democracia. É um perigo a todos. Caminhamos para um grande retrocesso caso a sociedade não abra o olho”, disse Pereira para o portal UOL.
A quantidade de parlamentares evangélicos e católicos que juntos tentam barrar a quantidade de projetos que oferecem privilégios aos homossexuais também é criticada pelo diretor do APOLGBT.
“A bancada evangélica esta tomando conta do nosso Congresso Nacional. Eles são organizados e ocupam os espaços. É um crescimento assustador. Eles se aliam com outras bancadas conservadoras, como a ruralista e a católica, e impedem a aprovação de projetos positivos para a comunidade LGBT”.

A Bíblia e o cânon - perspectiva calvinista

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Por H. Henry Meeter


O calvinista sustenta que a autoridade da Bíblia é absoluta. Não considera a Bíblia simplesmente como um livro de bons conselhos que o homem pode adotar livremente, se assim o considera conveniente, ou rejeitar se assim lhe parece mais oportuno. A Bíblia é para o calvinista uma norma absoluta à que deve submeter-se totalmente. A Bíblia lhe dita o que deve crer e o que deve fazer; fala com força imperativa. Calvino era muito enfático neste ponto. Se a Bíblia fala, somente há uma alternativa: obedecer.

A razão que explica este alto conceito da Bíblia procede, naturalmente, do que é a Palavra de Deus. Tendo Deus falado e em sua revelação nos mostrou a sua vontade para as nossas vidas, consequentemente, devemos obedecê-la. Para o calvinista ao contrário do modernista, a Bíblia não é uma mera interpretação pessoal da religião e a vida dada em diferentes modelos religiosos, senão que detrás dos escritores da Bíblia descobre a infalível mão de Deus. Quando pensa na maneira como estes homens escreveram a Bíblia, o calvinista insiste no fato de que estes foram organicamente – não mecanicamente – inspirados; significando com isto que Deus serviu-se destes homens e de seus dons para dar-nos a sua revelação; e de tal maneira, isto foi assim, que o que escreveram era nada menos do que os pensamentos de Deus. Quando o calvinista contempla o conteúdo da Bíblia mantém que esta foi verbalmente e realmente inspirada; e, quando pensa no propósito que moveu Deus a impulsionar a estes homens a escrever, o calvinista descobre uma inspiração plena, ou seja, uma inspiração que inclui de um modo completo tudo o que Deus havia proposto revelar.

Aqui surge uma importante pergunta: como sabe o calvinista que a Bíblia é a Palavra de Deus? Sobre que base se apoia para afirmar que a Bíblia é um livro divino? Esta é uma pergunta muito importante e que a consideraremos no próximo capítulo.

Extraído de H. Henry Meeter, La Iglesia y el Estado (Grand Rapids, TELL, 1963), pp. 31-32. Este livro originalmente foi publicado sob o título de THE BASIC IDEAS OF CALVINISM.

SBB e JMN se unem para evangelizar na Copa das Confederações


Missionários voluntários estarão levando a Palavra de Deus para estrangeiros e brasileiros que gostam de esporte.
por Leiliane Roberta Lopes

SBB e JMN se unem para evangelizar na Copa das ConfederaçõesSBB e JMN se unem para evangelizar na Copa das Confederações
A Junta de Missões Nacionais e a Sociedade Bíblica do Brasil (SBB) estão juntas no Projeto Avança Brasil que irá realizar a mobilização Jesus Transforma durante a Copa das Confederações que acontecerá entre os dias 15 e 30 de junho no Brasil.
O projeto conta com missionários voluntários que irão aproveitar os jogos esportivos para evangelizar tanto brasileiros como estrangeiros.
Chamado de Trans Copa das Confederações o projeto evangelístico será realizado nas seis cidades onde acontecerão os jogos: Brasília, Belo Horizonte, Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro e Salvador.
Algumas ações serão usadas pelos voluntários para atrair o público e mostrar a Palavra de Deus, entre elas o “Golden Goal” que no Brasil será chamado de “Gol de Ouro”, um sistema de desempate de futebol no qual o primeiro time que marca um gol em uma prorrogação vence a partida. Para os missionários o Gol de Ouro é um estilo de evangelização pessoal e direta, quando o público será contatado diretamente pelos missionários.
“Partimos da consideração de que talvez não tenhamos uma segunda chance para semear o Evangelho no coração das pessoas que visitarão o Brasil. Assim, os voluntários serão treinados para desenvolver um diálogo com brasileiros e estrangeiros – se possível, no idioma deles –, através do qual pregarão a boa-nova de maneira clara e direta”, afirma Maurício Martins, gerente Operacional de Evangelismo da Junta de Missões Nacionais da CBB.
Folhetos especialmente criados para turistas serão entregues pelos missionários que também contarão com as igrejas próximas aos estádios que oferecerão aos brasileiros e estrangeiros uma programação contextualizada e interativa, pregando o Evangelho no idioma desses turistas.
Para saber mais sobre este projeto acesse www.avancabrasil.org.

VEM AÍ 16ª EDIÇÃO DO ENCONTRO PARA CONSCIÊNCIA CRISTÃ


Os preparativos da 16ª edição do Encontro para Consciência Cristã já estão a todo vapor. O evento acontecerá em 2014, de 27 de fevereiro a 04 de março, em Campina Grande, Paraíba. Neste sábado, foi lançado o vídeo institucional do encontro, por meio do canal oficial da VINACC no YouTube e das demais páginas de redes sociais da instituição.

O objetivo do vídeo é divulgar brevemente o trabalho desenvolvido durante a Consciência Cristã, que acontece todos os anos no período do Carnaval em Campina Grande, na Paraíba.

Assista, divulgue e participe conosco da 16ª Consciência Cristã, de 27 de fevereiro a 04 de março, em Campina Grande!


Fonte:Renato Vargens

Bangladesh: islâmicos acusam cristãos de conversão forçada

A primeira-ministra afirma que a oposição usou reivindicações islâmicas para desestabilizar o governo. Em 2012, Bangladesh figurava na 49ª posição da Classificação de países por perseguição. Os cristãos enfrentam oposição de seus familiares e comunidade. A própria polícia os discrimina e os pastores são vítimas de ameaças e violência. Esse ano, porém, Bangladesh não entrou na Classificação*
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No dia 17 de maio, a primeira-ministra de Bangladesh, Sheikh Hasina, declarou que o partido da oposição, Partido Nacionalista de Bangladesh (Bangladesh Nationalist Party - BNP), foi o responsável por uma conspiração para tirar o governo do poder através de violentos protestos que abalaram Bangladesh e foram liderados pelo grupo islâmico Hefazat-e-Islam (Protetorado do Islã).
"O partido da oposição tentou se utilizar do Hefazat para tomar o poder. Mas se há apoio público do povo ao nosso lado, nenhuma conspiração pode funcionar, seja ela nacional ou internacional," afirma.
Um líder do BNP alegou que a decisão da primeira-ministra de "banir" comícios políticos em Daca, no próximo mês, é uma manobra para preparar terreno para a imposição de um estado de emergência.
"Eles baniram os comícios e reuniões para reprimir a oposição. Tudo o que nos resta é impor um estado de emergência," declarou MK Anwar na segunda-feira, 20 de maio, enquanto a decisão de Sheikh Hasina recebia duras críticas, vindas até mesmo de seu próprio partido, a Liga Awami de Bangladesh (Awami League).
Um porta-voz do Hefazat-e-Islam prometeu uma trégua nos seus protestos em massa, mas continua acusando missionários cristãos de ter os pobres como "alvo" e "pressioná-los para que se convertam".
Após a prisão de três líderes do Hefazat no domingo (19 de maio), Maulana Ashraf Ali Nizampuri disse à World Watch Monitor, agência de notícias da Portas Abertas, que o grupo islâmico "não tem planos" de realizar outros protestos. "Muitos de nossos líderes têm sido presos e uma onda de medo tem atingido a todos, de forma que (já) adiamos uma greve nacional," diz.
Os três líderes Hefazat presos, em 19 de maio, foram acusados de assassinato, roubo e posse de explosivos depois de terem armado um cerco na capital Daca, em 5 de maio, onde morreram, pelo menos, 11 pessoas.
Human Rights Watch, organização com base nos EUA, declarou no dia 11 de maio que o número preciso de mortos é "incerto, com valores que variam de 22 mortes em todo o país, número oficial do governo, a milhares, segundo estimativa do Hefazat". Fontes independentes de notícias apontam um número de mortos de aproximadamente 50, incluindo vários agentes da lei.
Em abril, os ativistas do Hefazat organizaram o maior encontro político em décadas no país para publicar um estatuto com 13 pontos de reivindicações, incluindo a criação de uma lei referente a blasfêmias, a fim de punir aqueles que profanam o Islã e seu profeta Maomé.
Quatro blogueiros foram presos, em abril, por supostamente terem escrito conteúdos difamatórios e anti-islâmicos em seus blogs. De acordo com a lei vigente em Bangladesh, qualquer pessoa condenada por difamar a religião na Internet pode cumprir pena de até 10 anos.
O assunto dos blogs virou um problema, depois que um grupo de ativistas online tomou as ruas de Daca para exigir a pena de morte ao líder do Jamaat-e-Islami (o maior partido islâmico em Bangladesh), Abdul Kader Mullah. Ele havia sido condenado à prisão perpétua em 5 de fevereiro por assassinatos em massa, estupros, saques e outros crimes contra a humanidade durante a guerra de libertação de Bangladesh contra o Paquistão em 1971.
Antes do cerco em Daca, Sheikh Hasina deixou clara a posição do governo a respeito da proibição da conversão religiosa e outras reivindicações do Hefazat. "Em Bangladesh, todos possuem liberdade religiosa," declarou Hasina durante uma conferência de imprensa em sua residência oficial na noite antes do cerco.
A constituição de Bangladesh diz que todo cidadão tem o direito de "professar, praticar e propagar" qualquer religião, e toda comunidade religiosa ou denominação tem o direito de estabelecer, manter e gerir suas instituições religiosas.
Contudo, Hasina disse que a conversão forçada de uma religião para outra é um crime passível de punição por lei e salienta que o governo está monitorando as ações de organizações estrangeiras. "Os agentes da lei estão vigiando as ONGs (organizações não governamentais) que supostamente estão tirando proveito de pessoas pobres para a conversão", afirma Hasina.
No entanto, apesar de prometerem não realizarem mais protestos em massa, Nizampuri do Hefazat-e-Islam continua a acusar os missionários cristãos de terem as pessoas pobres como "alvo" oferecendo-lhes dinheiro para "pressioná-las" a mudar de religião.
"Os missionários cristãos não estão convertendo as pessoas à força," diz o Rev. Karmoker, secretário geral da National Christian Fellowship of Bangladesh. "É propaganda do Hefazat." Ele continua: "A conversão não é um evento em que os missionários dão dinheiro e as pessoas se convertem. É um processo longo. Quando a fé em Cristo cresce nas pessoas através de um longo processo de disseminação, quando declaram a fé em Cristo, só então é que vamos discorrer as formalidades de conversão. Se a conversão fosse feita à força provavelmente haveria um tumulto."
Sheikh Hasina tem exercido um governo secular, de maioria mulçumana, desde 2009. A declaração de Hasina a favor da implementação de reformas visando a liberdade religiosa foi outra razão para que Bangladesh fosse retirado da Classificação de países por perseguição (leia em seguida a primeira razão).
Dos 152,5 milhões de habitantes de Bangladesh, os mulçumanos perfazem 88% sendo a porcentagem restante uma mistura de cristãos (1%), budistas e hinduístas.
*Alterações nas posições da Classificação de países por perseguição de 2012 para 2013 não significam, necessariamente, uma melhora na perseguição religiosa; mas, sim, uma mudança na forma de classificar a perseguição. Em alguns lugares a perseguição religiosa é maior do que em outras nações, o que fez com que muitos países descessem ou desaparecessem do ranking sem que a hostilidade aos cristãos tivesse diminuído de fato.
FonteWorld Watch Monitor
TraduçãoDaniela Cunha

Cem mil cristãos são mortos por ano por razões ligadas à fé


Oriente Médio, África e Ásia são as regiões onde ocorrem o maior número de violações contra a liberdade religiosa, segundo o Vaticano
por Leiliane Roberta Lopes

Cem mil cristãos são mortos por ano por razões ligadas à féCem mil cristãos são mortos por ano por razões ligadas à fé
O Vaticano divulgou esta semana um relatório que aponta para o número alarmante de mais 100 mil cristãos mortos todos os anos por razões relacionadas à fé. O anúncio foi feito pela Rádio Vaticano com base nos dados levantados pelo observador permanente da Santa Sé nas Nações Unidas.
O monsenhor Silvano Maria Tomasi anunciou que “mais de 100 mil pessoas são mortas por ano, por motivos que têm alguma relação com sua fé”. Ele lembrou da violência em que estes cristãos são submetidos e que são obrigados a renunciar a sua fé.
Sequestros de líderes religiosos também foi citado por monsenhor Tomasi que lembrou do caso de dois padres ortodoxos que foram sequestrados na Síria.
O relatório foi mostrado durante a 23ª sessão do diálogo interativo entre o Conselho dos Direitos Humanos e o alto comissário, quando o Tomasi afirmou que os dados apresentados chegavam a uma “conclusão chocante”.
As investigações do Vaticano apontam o Oriente Médio, África e Ásia como as regiões onde ocorrem o maior número de violações contra a liberdade religiosa, o mapa bate com os anunciados por outras instituições como o Ministério Portas Abertas.
Fonte:gospelprime

Feira Literária Cristã reúne as melhores editoras do ramo em SP


Serão quatro dias de atividades, lançamentos e promoções de livros voltados ao público cristão
por Leiliane Roberta Lopes

Feira Literária Cristã reúne as melhores editoras do ramo em SPFeira Literária Cristã reúne as melhores editoras do ramo em SP
O Centro de Convenções do Anhembi receberá entre os dias 5 e 8 de junho a segunda edição da Feira Literária Cristã (FLIC), evento que reúne as principais editoras cristãs do país.
Durante esses quatro dias editoras, livreiros e consumidores em geral poderão ter acesso aos lançamentos e grandes títulos voltados ao público evangélico.
Organizado pela ASEC – Associação dos Editores Cristãos, a FLIC também reservou fóruns temáticos para abordar assuntos ligados ao segmento editorial, ensino e outros.
Quem passar pelo Hall Nobre 2 e 3 do Anhembi também vai poder conferir atividades missionárias, encontros com autores, workshops e contação de histórias para o público infantil. Outro momento aguardado no evento é o Café da manhã do Conselho de Pastores que vai acontecer na manhã do dia 7 de junho tendo o reverendo Hernandes Dias Lopes como preletor.
Para facilitar o acesso do público ao evento, a FLIC estará disponibilizando micro-ônibus gratuitos que sairão da estação Portuguesa-Tietê, na saída da esquina Rua Marechal Odílio Denys com a Rua Voluntários da Pátria, 530.
Para saber mais sobre o evento e conferir a lista de atividades que serão realizadas, acesse o site da FLIC: www.feiraflic.com.br.
Fonte:gospelprime

Como identificar falsos profetas?

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Por John Owen (1616-1683)


"...O maior dom do Espírito Santo no Antigo Testamento era o de profecia. Contudo, quantos falsos profetas havia! Alguns deles serviam a outros deuses (1Rs 18.26-29). A mente deles era na verdade possuída pelo diabo, que os capacitava a declarar aquilo que outros homens desconheciam (1Co 10.20;2Co 4.4).

Outros professavam falar em nome e pela inspiração do Espírito do Senhor, o único verdadeiro e santo Deus, mas eram falsos profetas (Jr 28.1-4; Ez 13, 14).

Em tempos de perigo e de ameaça de calamidades sempre há os que afirmam ter revelações extraordinárias. O diabo os instiga a encher os homens de falsas esperanças para conservá-los no pecado e em segurança enganosa. Quando então vem o juízo do Senhor, são apanhados de surpresa. Portanto, todo aquele que diz ter revelações extraordinárias, encorajando os homens a se sentirem seguros vivendo pecaminosamente, faz a obra do diabo, pois tudo aquilo que encoraja os homens a se sentir seguros em seus pecados procede do diabo (Jr 5.30, 31; 23.9-33).

No Novo Testamento o evangelho também foi revelado aos apóstolos pelo Espírito. Foi pregado com o seu auxílio e tornado eficaz para a salvação de almas pela sua obra e poder. Na igreja primitiva a pregação do evangelho era acompanhada dos milagres realizados pelos apóstolos. Contudo, Pedro adverte a igreja de que assim como na igreja do Antigo Testamento havia falsos profetas, do mesmo modo existiriam falsos mestres no Novo (2Pe 2.1).

João nos diz como devemos testar esses falsos mestres (1Jo 4.1-3). Primeiramente ele nos adverte a não dar crédito a todo espírito, e em segundo lugar, a prová-los por sua doutrina. Não devemos ser persuadidos pelos extraordinários milagres que possam fazer, mas pela doutrina que ensinam (Ap 2.2). Esta é uma regra apostólica (Gl 1.8).

Deus deu à igreja primitiva dois recursos para se protegerem dos falsos profetas e mestres: a sua Palavra, e a capacidade de discernir os espíritos. Contudo, ao cessarem os dons extraordinários do Espírito Santo, o dom de discernir espíritos também cessou. Agora, nos restou apenas a Palavra para testarmos as falsas doutrinas."...

Fonte: John Owen - O Espírito Santo, Editora Puritanos, Capítulo 1

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