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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

MINHAS IMPRESSÕES SOBRE 15ª CONSCIÊNCIA CRISTÃ


Por Renato Vargens
Terminou ontem a noite em Campina Grande na Paraíba, o XV encontro para uma Consciência Cristã. Durante sete dias, preletores de todo Brasil, ministraram a Palavra de Deus a um público aproximado de sessenta mil pessoas. Na ocasião líderes como Hernandes Dias Lopes, Aurivam Marinho, Geremias do Couto, Mauro Meister, Norma Braga, Joaquim de Andrade, Ricardo Bitum, José Bernardo, Jay Baumann e outros tantos mais abrilhantaram o evento anunciando com profundidade o Evangelho de Jesus.
O Encontro para a Consciência Cristã pode ser considerado o maior da América Latina. Nele são abordados temas como apologética, família, eclesiologia, música, comportamento, politica, dentre tantos outros mais.
Quanto à participação popular tivemos uma enorme multidão participando entusiasticamente de cada seminário, além obviamente de lotar as plenárias noturnas. De fato, Deus se fez presente naquele lugar, abençoando pastores, igrejas e milhares de pessoas de todo Brasil, levando-nos a crêr que em Cristo, podemos desfrutar de momentos preciosos de comunhão e edificação no Senhor.
Nessa Consciência Cristã, eu particularmente fui marcado por dois momentos. O primeiro quando cinco mil pessoas se ajoelharam diante do Eterno, clamando a Deus pelo Brasil e por um avivamento. O segundo quando milhares de irmãos em Jesus, deixaram de lado suas diferenças denominacionais e juntos celebraram a ceia do Senhor. Que momentos preciosos foram aqueles! Deus foi glorificado naquele lugar!
Parabéns a Vinacc e ao povo paraibano pelo XV Encontro para a Consciência Cristã. Minha oração, desejo e expectativa é que em 2014, na XVI edição do evento, a graça de Deus se manifeste de forma especial sobre a Paraíba e o Brasil trazendo sobre essa sofrida nação lampejos de um salutar avivamento.
Soli Deo Gloria!
Renato Vargens
Fonte: Púlpito Cristão

Sobre Espiritualidade, Místicos e Neoliberais

Por 
A espiritualidade, tema antigo da praxis católica, tornou-se ultimamente um assunto da agenda protestante. Quando ouvi pela primeira vez evangélicos propondo a espiritualidade, fiquei curioso, embora não muito interessado. A proposta passava pelos escritos e experiências dos místicos do período medieval (o quadro ao lado é o êxtase de Tereza de Ávila) e eu não via o que podíamos aprender deles nessa área. As justificativas apresentadas para a busca de uma comunhão maior com Deus pareciam ter algum fundamento. Criticou-se a superficialidade da piedade cristã moderna, o desinteresse atual da Igreja por exercícios espirituais como meditação e contemplação, e a influência nefasta daquele tipo de teologia sistemática tradicional que faz uma abordagem mecanicista da realidade e não dedica espaço para a oração. Mas será que os padres místicos medievais poderiam servir de modelo para o avivamento espiritual tão necessário em nossos dias?

Mais tarde, ouvi a mesma proposta vinda de gente que defendia o diálogo com o catolicismo e a Igreja Ortodoxa via misticismo medieval, que funcionaria como uma espécie de ponte para esse diálogo. Depois me inteirei que vários teólogos católicos modernos estão afinados no mesmo discurso. E quando finalmente ouvi neoliberais se dizendo místicos e espirituais, e defendendo a mesma coisa, fiquei de orelha em pé. Por que neoliberais, que acreditam que a verdade evolui e muda, que são críticos ferozes de tudo que é antigo na Igreja, agora resolveram beber no misticismo medieval?

Preciso esclarecer, de saída, que não estou dizendo que todo mundo que defende aspectos da espiritualidade medieval para hoje é neoliberal. Preciso também esclarecer que, a princípio, estou aberto para aprender com os cristãos do passado, ainda que sejam católicos romanos medievais. Também quero acreditar que os atuais proponentes evangélicos da espiritualidade estão examinando tudo e retendo apenas o que é bom. Não sei, contudo, como conseguirão separar a mística medieval da teologia medieval, eivada do catolicismo que foi denunciado pelos Reformadores.

Mas o meu objetivo nesse post é o interesse dos neoliberais no misticismo medieval. Algo não está batendo direito, a não ser que tenham encontrado no misticismo dos monges semelhanças com a espiritualidade em que acreditam.

A primeira pode ser o foco na experiência, a ausência da Bíblia e o conseqüente esvaziamento de conteúdo teológico. Sei que alguns místicos citavam a Bíblia, mas vai uma distância muito grande entre fazer isso e desenvolver uma espiritualidade que seja decorrente da teologia bíblica. A piedade ascética certamente não era moldada pelas Escrituras, a começar pelos votos de abstinência, a auto-flagelação, o isolamento social e uma vida dedicada à contemplação. Para não falar na busca de Deus de forma direta. A mística medieval, com raras e notáveis exceções, é voltada para a experiência interior, para a busca do êxtase, do mistério, de uma comunhão com Deus que não tenha troca de conteúdos, onde o homem não fala teologicamente e Deus também não responde teologicamente. A mesma coisa ocorre com os herdeiros pós-modernos de F. Schleiermacher, o pai do liberalismo protestante. Para ele a religião consistia no senso interior de dependência de Deus, não na aderência a qualquer conteúdo doutrinário. Na mesma linha, Paul Tillich, influenciado pelo místico Meister Eickhart, disse, “se a oração é trazida ao nível de uma conversa entre dois seres, é blasfema e ridícula” (Teologia Sistemática, I, 112). Os neoliberais, ao final, também concordam que o âmago da religião é a experiência individual direta com o inefável. E assim, encontraram nos monges suas almas-gêmeas.

Uma segunda semelhança aparente entre a espiritualidade medieval e a neoliberal é a teologia natural. O Deus que desejam encontrar em suas experiências é aquele de quem podem aprender pela natureza ou dentro de si mesmos. A contemplação meditativa e a comunhão mística com a natureza, seus rios, montanhas, florestas e vales (quem não lembra do “irmão sol” e da “irmã lua” de Francisco de Assis?) colabora para a mística medieval, que nesse ponto não somente é similar à religiosidade neoliberal, mas também à espiritualidade pagã, conforme post de Mauro Meister aqui no blog.

Terceira, a abertura para novas revelações. Grande parte das experiências dos místicos medievais consistia em visões ou contemplações diretas de Deus. A famosa mística medieval, a freira beneditina Hildegard (1098-1179), por exemplo, teve visões de Deus desde os três anos, nas quais Deus revelou-lhe a natureza dele e do universo. Sua obra Scivias, um clássico do misticismo medieval, relata essas visões. Já o famoso Inácio de Loyola, depois de ler o livro Vida de Cristo do monge místico Ludolfo da Saxônia (séc. XIV), experimentou visões místicas de Cristo e da virgem Maria. A própria Teresa de Ávila, ícone da espiritualidade medieval, narra em Castelo Interior como, em uma série de experiências místicas, Jesus veio a ela pessoalmente, a partir das quais ela começou a amá-lo apaixonadamente. Neoliberais não têm visões, mas acreditam que a verdade sempre está evoluindo, que Deus está sempre revelando coisas novas à Igreja. Em ambos os casos, místicos e neoliberais buscam a Deus sem a mediação das Escrituras.

A quarta semelhança pode ser o messianismo não-conformista. Muitos místicos se isolaram em protesto contra a corrupção da Igreja de sua época. Eles queriam reformá-la e livrá-la de suas corrupções. Inconformados, retiraram-se em busca de maior comunhão com Deus. O misticismo deles vem dessa vida de isolamento, dedicado à contemplação, fechados em seus mosteiros ou perdidos em cavernas e desertos. Os neoliberais também são messiânicos e se julgam comissionados a reformar por inteiro a Igreja de seus dias, embora adotem a tática de ficar dentro dela, em vez de sair.

Uma quinta semelhança é a crença última na salvação por obras. O misticismo medieval era ascético – algo bastante diferente da doutrina paulina da justificação pela fé somente. Sua busca da espiritualidade nascia da crença medieval de que o homem colaborava ativamente para a sua salvação e ascensão a Deus. Os neoliberais, da mesma forma, acreditam que a salvação não será pelo sacrifício vicário de Cristo, mas pela evolução pessoal do homem.

A última semelhança é o ateísmo lingüístico. Muitos místicos seguiram a idéia de Plotínio de que Deus está acima da razão e das palavras e que só pode ser conhecido quando alguém transcende esse mundo e se torna um com ele, numa união mística. Não se pode falar sobre Deus e nem se escrever sobre ele. De maneira incrivelmente semelhante, o neoliberalismo rejeita a proposicionalidade da revelação bíblica e insiste que não se pode falar de Deus ou se escrever sobre ele de forma significativa (é por isso que neoliberais acabam se tornando poetas, pois só lhes resta a poesia como forma de comunicação). Uma linguagem onde não se pode falar sobre Deus, ou o ateísmo lingüístico, une as duas espiritualidades.

Não me admira que os neoliberais tenham tanto interesse nos monges. Afinal, são pássaros da mesma plumagem. E não é de estranhar que os Reformadores rejeitaram em geral o misticismo medieval. Calvino e Lutero, tinham profundas diferenças com relação aos conceitos dos místicos sobre Deus, o homem e a salvação.

Como reformado calvinista, ainda tenho escrúpulos quanto a buscar modelos de espiritualidade em místicos ascetas medievais, cuja teologia estava impregnada de conceitos errados sobre essas coisas. Se eles oravam mais, jejuavam mais e contemplavam mais, não me impressiona. Como Calvino, digo que deveriam trabalhar mais para não viver às custas dos outros, enquanto ficavam contemplando, meditando e cantarolando.

Creio que o misticismo bíblico – união com Cristo realizada na sua morte, vivida pelo Espírito, celebrada na Ceia e vivenciada pelo uso dos meios de graça – continua sendo o padrão para os cristãos. O que falta em muitos é a disposição para vivê-lo.

Fonte:O Tempora-O Mores

As aventuras de Pi: pastor Ciro Zibordi diz que o “belíssimo” filme transmite a “mensagem falsa” do ecumenismo. Leia na íntegra


As aventuras de Pi: pastor Ciro Zibordi diz que o “belíssimo” filme transmite a “mensagem falsa” do ecumenismo. Leia na íntegra

O filme As aventuras de Pi, indicado ao Oscar 2013 em onze categorias, foi tema de um artigo do pastor Ciro Zibordi.
A história contada pelo longa-metragem envolve superação e coragem, e retrata a história de um jovem náufrago que precisa conviver com um tigre bengala no meio do oceano.
Zibordi ressalta a beleza da história contada, mas atenta às mensagens implícitas no filme: “Peço ao leitor que não me veja como um estraga-prazeres. Meu objetivo é apenas fazer um alerta, visto que não conformar-se com o mundo denota, também, não se deixar enganar pelas influências filosóficas maléficas prevalecentes no mundo (Rm 12.1,2)”, diz, embasando seus argumentos a partir do ponto de vista bíblico.
Segundo o pastor Zibordi, a proposta da história é promover o ecumenismo: “Fica claro, especialmente no início e na conclusão da história do jovem indiano Pi, que o autor da obra tem como objetivo apresentar a mensagem de que todos os caminhos (ou religiões) levam a Deus”, pontua
Lembrando que o filme foi baseado na obra Life of Pi, de Yann Martel, Ciro Zibordi menciona um trecho do livro para reforçar sua tese.
“No livro — e não no filme — o personagem de Martel, já adulto, afirma: ‘A primeira vez que topei com uma Bíblia na mesinha de cabeceira de um quarto de hotel no Canadá, caí em prantos. Logo no dia seguinte, mandei uma contribuição para os Gideões e incluí um bilhete insistindo para que eles ampliassem a sua rede de distribuição. Pedi que não se limitassem aos quartos de hotéis, mas incluíssem todo e qualquer lugar onde viajantes exaustos e esgotados pudessem deitar a cabeça, e disse ainda que não deviam deixar ali apenas Bíblias, mas também outros escritos sagrados’”, reproduz, como forma de reforçar sua tese.
O livro Life of Pi tornou-se best seller mundial e foi traduzido para mais de 41 idiomas. No Brasil, enfrenta acusações de plágio da obra Max e os Felinos, de autoria de Moacyr Scliar, segundo informações do site Cinema com Rapadura.
Ciro Zibordi lembra que o filme “incentiva a comunhão com Deus”, que “pode ser o Deus dos cristãos, ou o dos muçulmanos, ou os muitos deuses do hinduísmo”, e observa que “essa mensagem é politicamente correta, agradável, pacificadora… Ao mesmo tempo, é falsa”.
Assista no vídeo abaixo, ao trailer do filme As aventuras de Pi, dirigido por Ang Lee:
Confira abaixo, a íntegra do artigo “O que há por trás das aventuras de Pi”, do pastor Ciro Zibordi:
O filme As Aventuras de Pi é muito bonito, divertido, cheio de emoção, efeitos especiais e belíssimas paisagens. A história, realmente muito cativante, gira em torno da inusitada convivência, em alto mar, de um jovem com um tigre-de-bengala! Não é por acaso que o livro já foi traduzido para 41 idiomas e esteve na lista dos mais vendidos do New York Times por mais de um ano.
Não vou contar a história de Pi, pois alguém pode estar interessado em assistir ao filme ou, pelo menos, ler o livro, publicado no Brasil pela Editora Nova Fronteira. Mas farei uma abordagem crítica sobre a mensagem central do autor do romance: o espanhol Yann Martel. Peço ao leitor que não me veja como um estraga-prazeres. Meu objetivo é apenas fazer um alerta, visto que não conformar-se com o mundo denota, também, não se deixar enganar pelas influências filosóficas maléficas prevalecentes no mundo (Rm 12.1,2).
Fica claro, especialmente no início e na conclusão da história do jovem indiano Pi, que o autor da obra tem como objetivo apresentar a mensagem de que todos os caminhos (ou religiões) levam a Deus. Martel advoga o ecumenismo. Para ele, o importante é estar em contato com Deus, que pode ser conhecido através do hinduísmo, do cristianismo, do islamismo, do budismo, etc.
No livro — e não no filme — o personagem de Martel, já adulto, afirma: “A primeira vez que topei com uma Bíblia na mesinha de cabeceira de um quarto de hotel no Canadá, caí em prantos. Logo no dia seguinte, mandei uma contribuição para os Gideões e incluí um bilhete insistindo para que eles ampliassem a sua rede de distribuição. Pedi que não se limitassem aos quartos de hotéis, mas incluíssem todo e qualquer lugar onde viajantes exaustos e esgotados pudessem deitar a cabeça, e disse ainda que não deviam deixar ali apenas Bíblias, mas também outros escritos sagrados”.
A bem da verdade, o belíssimo filme Life of Pi (título original) incentiva a comunhão com Deus. Mas que Deus? Pode ser o Deus dos cristãos, ou o dos muçulmanos, ou os muitos deuses do hinduísmo. O importante é acreditar que existe uma força superior que rege o Universo. Essa mensagem é politicamente correta, agradável, pacificadora… Ao mesmo tempo, é falsa! Por quê? Porque só existe uma única porta para a salvação: Jesus Cristo (Jo 3.16; 14.6).
Mas, além de defender o pseudo-evangelho ecumênico, que contraria a verdade bíblica de que o Senhor Jesus é o único que pode conduzir o homem a Deus (Jo 10.9; 1 Tm 2.5), o personagem Pi opõe-se — acredite — à pregação tradicional do Evangelho, de cima do púlpito. Em outra parte do livro está escrito: “Nada de preleções tonitruantes lá do púlpito, ou condenação de igrejas ruins, nem olhares vigilantes, simplesmente um livro de textos sacros esperando calmamente para dizer olá, tão delicado e poderoso quanto o beijo de uma garotinha no nosso rosto”.
Como se costuma dizer nas redes sociais, fica a dica.
Ciro Sanches Zibordi
Por Tiago Chagas
Fonte: Gospel+

Evangelista sem braços e pernas divulga 1ª foto do filho



Apesar de não ter braços e pernas, o evangelista Nick Vujicic corre o mundo testemunhando o amor de Deus
Por meio de sua página oficial do Facebook Nick Vujicic, cristão e evangelista famoso por não ter braços e pernas, divulgou a primeira imagem do seu filho.
Na descrição da foto o evangelista disse: “Muito obrigado a todos por todo seu amor e orações! Kiyoshi James Vujicic nasceu com 3,63 kg e com 55 cm. Mamãe, Kanae, o fez excelente”.
Em agosto do ano passado, Nick anunciou, também por meio da rede social, que seria pai.
O autor de “Vida Sem Membros” se casou com Kanae Miyahara, na Califórnia (EUA). Por não possuir membros inferiores e superiores, Nick usa a aliança como pingente em um cordão.
Nick postou a imagem de seu filho Kiyoshi James Vujicic na rede social
O evangelista nasceu com uma síndrome de tetra-amelia, uma desordem rara caracterizada pela ausência dos quatro membros (braços e pernas).
Apesar de ser portador de deficiência física, Nick, para muitos, se tornou um exemplo de superação e fé.
Superação que o motivou a dar palestras pelo mundo, momento em que ele fala do papel de Deus em sua vida, que antes era cheia de depressão e amargura.
“Eu encontrei o sentido de minha existência e também o propósito de minha circunstância. Porque eu tenho visto muitas pessoas completas por fora, mas que não conhecem a verdade. É a verdade que te liberta e quem o filho liberta é livre de fato”.
Através de sua página no Facebook, Nick recebe, diariamente, milhares de agradecimentos por suas palestras motivacionais e também utiliza a rede social para divulgar mensagens que falam sobre o amor de Deus e toda a sua misericórdia divina.
Deixe o seu comentário.
Fonte: TCP via Verdade Gospel

Ministério da Saúde publica cartilha que ensina aborto passo a passo



Ministério da Saúde patrocinou cartilha de 10 páginas, que instrui como usar medicamento abortivo
Uma cartilha pró-aborto, denominada ‘Protocolo Misoprostol’, foi publicada pelo Ministério da Saúde e ensina passo a passo como realizar um aborto usando o remédio Misoprostol. A publicação foi denunciada pela ONG Brasil Sem Aborto e gerou manifestação de líderes evangélicos, como o pastor Abner Ferreira, Vice-presidente do Conselho dos Ministros Evangélicos do Estado do Rio de Janeiro (COMERJ).
O remédio, mais conhecido pela marca Cyotek, tem a comercialização proibida no Brasil, e na cartilha não há assinatura ou menção a nenhum responsável técnico, o que descumpre padrões estabelecidos para o setor.
Embora os impressos encomendados pelo Ministério da Saúde sejam voltados a obstetras, a linguagem utilizada no trecho que ensina o método abortivo foge ao padrão técnico comumente usado em documentos médicos.
Na nota publicada pela Brasil sem Aborto, o trecho a seguir revela a suspeita da ONG quanto à publicação da cartilha: “Mais do que ao médico que precisa tomar decisões de tratamento, o folheto parece dirigir-se a pessoas que já conseguiram ou pretendem conseguir clandestinamente a droga e tem dúvidas sobre como utilizá-la para realizar o aborto”.
No ano passado, noticiou-se que o Ministério da Saúde estaria preparando uma cartilha de orientação para mulheres que decidissem abortar. A denúncia de agora reforça a tese levantada anteriormente.
Reação
Pr. Abner Ferreira escreve artigo denúncia e pede explicações ao ministro da Saúde
O pastor Abner Ferreira, que também é presidente das Assembleias de Deus do Ministério do Campo de Madureira (RJ), escreveu um artigo denunciando a publicação ‘Protocolo Misoprostol’:
“VEJAM ISTO: UMA CARTILHA ILEGAL, PARA PROMOVER UM REMÉDIO PROIBIDO NO BRASIL, ESTIMULANDO O EXERCÍCIO DE UMA ATIVIDADE ILÍCITA E CRIMINOSA, VISANDO ESTIMULAR O HOMICÍDIO DE CRIANÇAS NO BRASIL”.
No texto, pastor Abner cita que o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, pode ter criado uma situação constrangedora para o Governo. “O ministro está patrocinando através de órgão público, mais precisamente da Secretaria de Atenção a Saúde, um material que instrui o crime de aborto (…) O material dito ‘neutro’ e ‘isento’ ao Governo é vergonhoso e eticamente doloso. É vergonhoso porque se pratica o engajamento mais descarado, mas sem qualquer identificação de pessoas, autores, colaboradores, etc. E é eticamente dolosa porque apela à mentira”.
O responsável pela publicação é o Departamento de Ações Programáticas Estratégicas da Secretaria de Atenção à Saúde e o texto também se encontra disponível na Biblioteca Virtual do Ministério.
“ESTOU NO AGUARDO DA FRENTE PARLAMENTAR EVANGÉLICA, CONVOCAR O SENHOR MINISTRO ALEXANDRE PADILHA, PARA EXPLICAR O PROPÓSITO E A LEGALIDADE DO MINISTÉRIO DA SAÚDE EM PROMOVER ESTA CARTILHA HOMICIDA”, desabafou o pastor.
Em seu artigo, ele também lembra que, quando candidata, “Dilma Rousseff assinou um termo de compromisso com os evangélicos no qual se comprometeu de não encaminhar ao Congresso qualquer proposta que tratasse de alterações de pontos de temas concernentes à família, incluindo o aborto”.
A questão, classificada pelo pastor Abner como “absurdamente inconstitucional” trará, segundo ele, “sérias consequências ao Governo, pois expressa o interesse do senhor ministro Alexandre Padilha em fomentar as políticas de incentivo ao aborto, ou, no caso, da descriminalização da prática”.
Pastor Abner Ferreria encerra sua colocação pedindo ao ministro da Saúde que não traia o compromisso assumido pela presidente Dilma com os envangélicos brasileiros, assim como o juramento feito pelo ministro, que é médico, em favor da vida humana. “RESPEITE A CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA NO BRASIL, QUE PRECONIZA A INVIOLABILIDADE DA VIDA”.
Fonte:Verdade Gospel

Pr. Silas responde a intolerantes Gays que querem cassar seu registro de psicólogo


Em função da polêmica entrevista do pastor Silas Malafaia ao programa “De Frente Com Gabi”, exibida no dia 3 de fevereiro, foi criada uma petição pública online na tentativa de cassar seu registro de psicólogo.

A manifestação que pretende reunir cerca de 100 mil assinaturas será destinada a Vivian de Almeida Fraga, presidente do Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro (CRP/RJ).
Pr. Silas Malafaia comenta:
Na entrevista com a Gabi, como também nos meus programas, eu nunca me apresento como psicólogo, e sim como pastor, e os próprios entrevistadores assim me reconhecem, é só verificar. Eu pergunto:
O que o conselho de psicologia tem a ver com isto? Estou garantido pela Constituição Federal no seu artigo 5º que me garante liberdade para expressar meus pensamentos, e não posso ser privado por convicções políticas, filosóficas, e religiosas. Os que se dizem injustiçados se tornaram os maiores intolerantes. Querem criminalizar a opinião.
Peço a sua ajuda para fazer parte de um abaixo assinado para enviar ao CFP pela não cassação do meu registro de psicólogo. Não podemos nos omitir. Eles querem calar a nossa voz. Acesse, preencha seus dados e assine. É simples e rápido : CLIQUE AQUI.
Fonte:Verdade Gospel

Queda de meteorito na Rússia é sinal do Apocalipse?



Mais de 500 feridos no local do acidente
por Jarbas Aragão

Queda de meteorito na Rússia é sinal do Apocalipse?Queda de meteorito na Rússia é sinal do Apocalipse?

Nesta sexta-feira ocorreu a queda de um meteorito na região dos Montes Urais, na Rússia. Até o momento foram registradas 514 pessoas feridas, 34 das quais tiveram de ser hospitalizadas, incluindo duas crianças.  A maioria dos feridos não precisou de hospitalização.
Especialistas não sabem precisar se foi apenas um meteorito ou se foram vários. O porta-voz do Ministério para Situações de Emergência da Rússia explicou que o desastre ocorreu a cerca de 80 quilómetros da região de Chelyabinsk. Os fragmentos rochosos provocaram prejuízos em diversos edifícios de seis cidades dos Urais.
Serguei Smirnov, do Observatório de Pulkovski em São Petersburgo, afirmou: “Era uma bola muito brilhante, muito visível no céu da manhã, um objeto com uma massa bastante grande, de muitas dezenas de toneladas”.
Com isso, aumentou o temor da população em geral porque a NASA divulgou dias atrás que um asteroide com 45 metros de diâmetro passaria hoje (15) a apenas 27 mil km da Terra.
Chamado de asteroide 2012 DA14, nunca antes um objeto tão grande passou tão próximo da Terra.  Os especialistas garantiram que não há risco de colisão com a Terra, mas não está claro se o meteorito que caiu na Rússia era um fragmento do DA14.
O teólogo Paul Bagley, especializado em escatologia, publicou um vídeo em seu canal do Youtube onde afirma que o fato de isso ter ocorrido poucos dias após o anúncio da renúncia de Bento 16 são sinais claros que as profecias do Apocalipse estão se cumprindo em nossos dias. Para ele, esse é apenas o primeiro do que podem ser vários corpos estelares caindo sobre a terra.
Assista:
Fonte:gospelprime

A Primazia da Glória de Deus


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Por  Matt Chandler


Ao examinarmos o que é a criação, em toda sua maravilha e diversidade, e ponderarmos como essa criação veio a existir, temos de nos lembrar de que toda a complexidade e beleza do Universo não foi feita com a intenção de acabar em si mesma, mas sim, traçar sua origem ao Criador.

Deus criou tudo, e tudo que fez era bom, mas aquilo que criou para ser bom não era um fim em si mesmo, foi-nos dado como bom para que nós fôssemos impelidos a adorá-lo. Noutras palavras, quando você e eu tomamos um bocado de comida, isso deveria nos induzir à adoração – não da comida, claro, mas do Criador dos alimentos. Quando eu ou você sentimos o calor do abraço de nosso filho, isso deveria atiçar em nós a adoração. Ao sentir o calor do sol em nosso rosto, isso deveria criar adoração. Quando sentimos o cheiro da chuva, isso deveria fazer com que adorássemos quem a fez. Poderíamos continuar com exemplo após exemplo, sem fim. A bondade da criação não é para declarar a si mesma, mas agir como sinaleiro que aponte para o céu. Por esta razão é que Paulo podia dizer: "Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus" (1Co 10.31). Ele trabalha com o pressuposto de que qualquer coisa que façamos pode ser feito para a glória de Deus.

Afinal, nunca estamos em estado de não adoração. É fácil ver que fomos criados para adorar. Somos totalmente desesperados por isso. Desde o fanatismo nos esportes até os tablóides das celebridades, e todas as outras espécies devoyeurismos que hoje em dia são normais em nossa cultura, evidenciamos que fomos criados para olhar para algo além de nós mesmos e nos maravilharmos, desejarmos, gostarmos com zelo, amarmos com afeto. Nossos pensamentos, nossos desejos, nossos comportamentos são sempre orientados a alguma coisa, ou seja, sempre estamos adorando – atribuindo valor a algo. Se não for Deus, o alvo desse culto é algum ídolo. Mas de qualquer jeito, não há como desligar o interruptor de adoração de nossos corações. Tim Keller escreve:

Quando o seu significado na vida é endireitar a vida de outro, pode ser que chamem isso de "codependência", mas na verdade, é idolatria. Um ídolo é aquilo que você vê e diz no fundo do coração: se eu tiver isso, sentirei que minha vida tem propósito, saberei que tenho valor, obterei significado e segurança. Existem muitas maneiras de descrever essa espécie de relação com alguma coisa, mas talvez a melhor delas seja a palavra adoração.

Na verdade, cada vez que orientamos o âmago de nosso coração a alguma coisa, estaremos adorando essa coisa. O alvo das Escrituras é dirigir nossa adoração ao único Deus verdadeiro do Universo, e o próprio Universo foi projetado, não para ocupar nosso culto, mas para mover o mais íntimo de nosso coração a contemplar o seu Deus. Os céus, afinal, não proclamam a glória de si mesmos, mas a glória de Deus.

Sendo assim, a criação nos leva a olhar algo além de nós e nos maravilharmos disso. Toda a criação nos foi dada para que contemplássemos o tremendo Deus que tudo criou e o fez bom. João Calvino escreve:

Desde a criação do Universo, ele criou as insígnias pelas quais mostra-nos sua glória em todo tempo e todo lugar que lançarmos os olhos... Como a glória de seu poder e sabedoria brilham mais no alto, o céu muitas vezes é chamado de seu palácio... No entanto, onde quer que lancemos os olhos, não existe um único lugar no Universo onde não possamos discernir pelo menos algumas centelhas de sua glória.

Isso coloca sobre nós a responsabilidade de exercer domínio sobre a criação para a glória de Deus, não para nossa própria glória nem pela própria criação. Porque Deus declarou boa a criação, temos a responsabilidade, como mordomos, de cuidar bem dela, não como servos da criação, mas como servos de Deus. Isso torna o que muitas vezes chamamos de "cuidados da criação" um aspecto válido da responsabilidade de sermos bons mordomos da boa dádiva de Deus, mas torna a adoração da criatura ou criação algo totalmente fora dos limites aceitos por Deus. Assim, os que colocam o mundo natural, seja ela a flora ou fauna, em valor maior do que os seres humanos estão envolvidos em idolatria. Igualmente, quem coloca um objeto de culto – quer o chamem de deus ou deusa ou qualquer outra coisa – dentro da própria criação, está envolvendo idolatria. Dessa espécie de disfunção de adoração, temos desde a espiritualidade da Nova Era até o panteísmo e até o eco-terrorismo anárquico. Qualquer pessoa que quer queimar um prédio onde moram pessoas para salvar árvores, ou arpoar um marinheiro para salvar as baleias, está presa a uma adoração pervertida.

Contudo, fomos feitos para adorar, planejados para dar glória a algo bem maior que nós mesmos. Sendo assim, interagimos com a terra de modo a sempre mover o coração e mente quanto à bondade, beleza e graça de Deus naquilo que ele nos deu, desde sua criatividade na invenção de sabores até sua beneficência em dar-nos o calor do Sol. O testemunho consistente das Escrituras é este: a principal empreitada de Deus é para sua própria glória. Conforme aprendemos no primeiro capítulo, o ponto principal da Bíblia é o glorioso respeito devido a Deus. Assim, o propósito principal da vida humana deve ser considerar a glória de Deus.

Imagino que a maioria dos que leem este livro terá pelo menos três refeições no dia, ou no mínimo, poderia comer se quisesse. Perdemos de vista que a maior parte do resto do mundo não consegue fazer isso. Assim, em vez de fazer uma oração trivial de agradecimento a Deus pedindo que abençoe o alimento, por que não entrar em cheia e dizer: "Obrigado, Deus, porque o Senhor provê isso, e o fez de modo a requerer muito pouco esforço da minha parte, e porque o Senhor poderia tirar tudo isso em um único instante, mas não o faz"? Que tal gratidão pela provisão de Deus acima da gratidão pela glória criativa de Deus na criação de sabores e em como tudo combina?

É a razão da criação de Deus. A razão da bondade de sua criação. Nosso reconhecimento e prazer na glória de Deus.

Fonte: Trecho do livro "O Evangelho Explícito", publicado pela Editora Fiel em 2013
Tradução: Elizabeth Gomes
Revisão: Márcia Gomes
Divulgação: Bereianos

A conturbada história dos papas


 

A propósito da renúncia do papa Bento 16, elaboramos uma breve cronologia da história dos papados. A cronologia é baseada no capítulo 3 ("O Papado: sua origem, evolução histórica e significado atual") de A Caminhada Cristã na História, do historiador e colunista da revista Ultimato Alderi Souza de Matos.

“Do ponto de vista protestante, o papado não é uma instituição de origem divina, mas resultou de um longo e complexo processo histórico. (...) Ao mesmo tempo, não se pode deixar de reconhecer que ainda na igreja antiga os bispos de Roma alcançaram grande preeminência, que o papado em muitas ocasiões prestou serviços crucialmente relevantes à igreja e à sociedade e que muitos papas foram homens de grande piedade, integridade moral, saber teológico e habilidade administrativa”, lembra Alderi. 

Breve cronologia do papado
Século 1: cresce a importância da igreja local de Roma.

Século 2: Surge a tradição de que os apóstolos Paulo e Pedro teriam sido martirizados em Roma.

Século 5: Leão I, considerado por muitos “o primeiro papa”.

Século 6: Gregório I é o primeiro monge a ocupar o trono papal.

Século 9: O papa Leão III coroa Carlos Magno como sacro imperador romano.

Século 9 (final) e século 11 (início): período sombrio do papado, marcado por imoralidade e corrupção. Um terço dos papas dessa época morreu de forma violenta.

Século 11 (meados): papas reformadores que procuraram moralizar a administração da igreja. O mais notável foi Hildebrando ou Gregório VII (1073-1085), que se notabilizou por sua luta contra a simonia, ou seja, o comércio de cargos eclesiásticos, e ficou célebre por sua confrontação com o imperador alemão Henrique IV.

Entre séculos 14 e 15: novo período de declínio e desmoralização do papado.

Século 16
- Leão X teria dito: “Agora que Deus nos deu o papado, vamos desfrutá-lo”. Foi ele quem despertou a indignação de Martinho Lutero.
- Reforma Protestante, Contra-Reforma e Reforma Católica.
- Concilio de Trento (1545-1563). O concílio reafirmou o papel dominante dos papas na vida da igreja.

Séculos 17 e 18
- Centralização do poder papal. Conflito entre os “ultramontanistas” (defensores da centralização) e os “galicanistas” (opositores).
- Revolução Francesa (1789). Profundo conflito entre a Igreja e o ideário republicano da revolução. Dois papas foram presos neste período: Pio VI (1775-1799) e Pio VII (1800-1823).

Século 19: Pio IX atuou por 32 anos (1846-1878). Foi o mais longo pontificado da história. Foi ele quem proclamou, por meio da bula “Ineffabilis”, e sem a realização de um concílio, o dogma da imaculada concepção de Maria (1854). Já no Concílio Vaticano I (1870), Pio IX, proclamou, através do decreto “Pastor aeternus”, o controvertido dogma da infalibilidade papal “ex cathedra”, ou seja, no exercício oficial do seu cargo.

Século 20: duas guerra mundiais. Período conturbado para a Igreja Católica. Em sua repulsa do comunismo anti-religioso e ateu, e em sua preocupação com a defesa dos interesses da igreja, os pontífices do período acabaram estabelecendo fortes laços com regimes de extrema direita em diversos países da Europa. Na segunda guerra, houve absurdo silêncio do papa Pio XII.

1962-1965: João XXIII convoca o Concílio Vaticano II. Esse importante concílio, que teve expressiva participação de bispos do terceiro mundo, aprovou resoluções sem precedentes nas áreas de renovação litúrgica, preocupação com os pobres e diálogo interconfessional.

1978: O polonês João Paulo II (Karol Jozef Wojtyla) é o primeiro papa não italiano desde o século 16. 

19 de abril de 2005: Bento 16 é escolhido papa, após a morte de João Paulo II.

11 de fevereiro de 2013: Para surpresa de todos, Bento 16 anuncia sua renúncia que acontecerá no dia 28.

Fonte:ultimatoonline

O papado: do renascimento até João Paulo II



Alderi Souza de Matos

A Reforma Protestante do século 16 despertou a cúpula da Igreja Católica do estado de letargia espiritual e omissão pastoral em que se encontrava. A reação católica teve duas manifestações complementares. Por um lado, Roma empenhou-se em combater o novo movimento, detendo o seu crescimento e procurando suprimi-lo onde fosse possível, como aconteceu na Espanha e na Polônia. Esse esforço recebeu o nome de Contra-Reforma. Por outro lado, a Igreja Romana, consciente das distorções espirituais e morais apontadas pelos reformadores, fez uma autocrítica rigorosa e um esforço sério no sentido de corrigir seus erros, aperfeiçoar sua estrutura e explicitar melhor sua fé. Esse aspecto é denominado pelos historiadores de Reforma Católica. Nos dois esforços, os papas tiveram uma atuação destacada.

Até o início da década de 1530, o trono pontifício continuou a ser ocupado por homens excessivamente envolvidos em questões seculares e políticas. Essa situação mudou quando Alessandro Farnese tornou-se o papa Paulo III (1534-1549). Farnese nomeou uma comissão de cardeais que avaliou a situação da igreja e propôs medidas saneadoras, entre elas que o papado se concentrasse nas suas tarefas espirituais e deixasse em segundo plano a preocupação com o poder, a opulência e a dignidade terrena. Outras duas grandes realizações de Paulo III foram a aprovação formal da nova ordem dos jesuítas ou Companhia de Jesus (1540) e a convocação do Concílio de Trento (1545-1563).

Esse famoso concílio afastou definitivamente qualquer possibilidade de conciliação com os protestantes. Desde então, o catolicismo conservador e militante tem sido designado como “tridentino” (de Trento). Entre as suas muitas e importantes resoluções, o concílio reafirmou o papel dominante dos papas na vida da igreja. Outros destacados pontífices da era de Trento foram Giovanni Pietro Caraffa (Paulo IV, 1555-1559) e Giovanni Angelo Medici (Pio IV, 1559-1565). Este último tem seu nome ligado a uma importante declaração de fé católica, o Credo de Pio IV ou Profissão de Fé Tridentina, que deve ser afirmada por todos os convertidos ao catolicismo. Esses papas reformadores contribuíram decisivamente para tornar a Igreja Católica uma instituição mais coesa, organizada e disciplinada, bem como dotada de uma clara identidade doutrinária. Um fato revelador é que por mais de trezentos anos nenhum outro grande concílio seria convocado até o Vaticano I.

Nos séculos 17 e 18, as antigas ligações entre a Igreja Católica e as autoridades seculares continuaram a criar problemas para os papas. O Concílio de Trento contribuiu para a centralização do poder no papado e isso não foi bem recebido em muitas partes da Europa devido ao crescente nacionalismo e ao absolutismo real. A oposição ao conceito de uma igreja centralizada sob a autoridade papal recebeu o nome de galicanismo, por haver se manifestado mais fortemente na França, a antiga Gália. Assim, somente em 1615, os decretos de Trento foram promulgados nesse país. Até mesmo dentro da Igreja houve galicanos, isto é, aqueles que acreditavam que a autoridade eclesiástica residia nos bispos, e não no papa. Por outro lado, os defensores da autoridade suprema dos papas foram chamados de ultramontanistas, porque buscavam essa autoridade “além das montanhas” (os Alpes). Outro golpe recebido pelo poder papal foi a supressão da ordem dos jesuítas, um poderoso instrumento das políticas pontifícias. Após ser expulsa de Portugal, Espanha e França, bem como de suas colônias latino-americanas, a Sociedade de Jesus foi dissolvida em 1773 pelo papa Clemente XIV. Assim, ironicamente, enquanto os papas insistiam na sua jurisdição universal, eles estavam de fato perdendo poder e autoridade.

Um golpe ainda mais devastador contra o papado foi desferido pela Revolução Francesa (1789). Desde o início houve um profundo conflito entre a Igreja e o ideário republicano da revolução. Assim, logo que tomou o poder, o novo governo procurou enfraquecer o papado e suprimir a Igreja na França. Dois papas da época sofreram bastante nas mãos do novo regime. O primeiro foi Giovanni Angelo Braschi ou Pio VI (1775-1799). Em 1798, o exército francês ocupou Roma, proclamou uma república e declarou que o papa não mais era o governante temporal da cidade. Pio VI morreu no ano seguinte, virtualmente como prisioneiro dos franceses. Seu sucessor, Barnaba Chiaramonte, eleito papa Pio VII (1800-1823), inicialmente foi deixado em paz. Todavia, em 1808, Napoleão tomou a cidade de Roma e o papa foi feito prisioneiro por vários anos, até a queda do soberano francês em 1814. Pouco depois de retornar a Roma, Pio VI restaurou a Sociedade de Jesus.

A memória da Revolução Francesa reforçou o conservadorismo político e teológico dos papas e sua conseqüente oposição às idéias republicanas e democráticas que viriam a ser cada vez mais amplamente aceitas no mundo ocidental. Essa atitude alcançou a sua expressão máxima no cardeal Giovanni Maria Mastai-Ferretti, que, como papa Pio IX, teve o mais longo pontificado da história (1846-1878). Pio IX enfrentou um novo problema, que foi o nacionalismo italiano e a luta pela unificação da Itália, até então subdividida em muitos principados, um dos quais eram os antigos estados pontifícios. Um desses líderes nacionalistas foi Giuseppe Garibaldi, que casou-se com a brasileira Anita Garibaldi. Em 1870, as tropas do novo Reino da Itália tomaram os estados papais e assim chegou ao fim o poder temporal dos papas, que havia atingido o seu auge no pontificado de Inocêncio III, no século 13.

Ao mesmo tempo que perdia o seu poder político, Pio IX acentuou fortemente as suas prerrogativas na área religiosa. Sua ousadia tornou-se patente quando, pela bula Ineffabilis, proclamou o dogma da imaculada concepção de Maria (1854). Com isso, ele foi o primeiro pontífice a definir um dogma por si mesmo, sem o apoio de um concílio. Dez anos depois, Pio promulgou a encíclica Quanta cura (1864) e seu famoso apêndice, o Sílabo de Erros. Suas oitenta proposições condenaram explicitamente, entre outras coisas, o protestantismo, a maçonaria, a liberdade de consciência, a liberdade de culto, a separação entre a igreja e o estado, a educação leiga e, em geral, o progresso e a civilização moderna. Sua última grande realização foi o Concílio Vaticano I (1870), o qual, através do decreto Pastor aeternus, proclamou o controvertido dogma da infalibilidade papal. Essa infalibilidade ocorreria quando o papa fala ex cathedra, isto é, no exercício oficial do seu cargo, definindo questões de fé e moral. Não por coincidência, isso ocorreu no mesmo ano em que a Itália anexou os estados pontifícios.

A Igreja Católica e seus pontífices começaram lentamente a aceitar o mundo moderno com o papa Leão XIII (1878-1903). Embora ainda marcadamente conservador, a ponto de declarar na bula Immortale Dei que a democracia era incompatível com a autoridade da igreja, ele deu uma série de passos construtivos no relacionamento com diversos governos europeus. Sua realização mais notável foi a encíclica Rerum novarum (1891), na qual expressou o pensamento social da Igreja e fez uma corajosa defesa dos direitos dos trabalhadores no contexto da revolução industrial e do capitalismo em expansão.

Um período especialmente conturbado para a Igreja Católica e para os seus líderes foi a época das duas guerras mundiais. Em sua repulsa do comunismo anti-religioso e ateu, e em sua preocupação com a defesa dos interesses da igreja, os pontífices do período acabaram estabelecendo fortes laços com regimes de extrema direita em diversos países da Europa. Em 1929, Pio XI (1922-1939) assinou uma concordata com o ditador fascista Benito Mussolini, o Tratado de Latrão, mediante a qual foi criado o Estado do Vaticano. Ele também apoiou o regime de Francisco Franco na Espanha. Mais problemática foi a concordata com Adolf Hitler em 1933, vista por muitos observadores internacionais como uma aprovação tácita do regime nazista. Todavia, em 1937, Pio XI publicou a encíclica Mit brennender Sorge (“com viva ansiedade”), contendo severas críticas ao nacional-socialismo.

Seu secretário de estado, o cardeal Eugenio Pacelli, sucedeu-o no trono pontifício como papa Pio XII (1939-1958), ao mesmo tempo em que eclodia a II Guerra Mundial. Esse papa tem sido severamente criticado por seu silêncio diante das atrocidades cometidas pelos nazistas contra os judeus, mesmo convertidos ao catolicismo. No campo doutrinário, ele proclamou o dogma da assunção corporal de Maria (1950). Paradoxalmente, esse papa conservador tomou iniciativas que contribuíram para as grandes mudanças que viriam a acontecer na igreja após a sua morte. Ele incentivou o uso dos novos métodos de estudo bíblico por meio da encíclica Divino afflante Spiritu (1943), bem como valorizou e estimulou as igrejas localizadas fora da Europa.

Um dos períodos mais extraordinários da história da igreja e do papado teve início com a eleição do idoso cardeal Angelo Giuseppe Roncalli como papa João XXIII (1958-1963). Convencido da necessidade de uma ampla atualização (aggiornamento) da igreja, ele convocou o Concílio Vaticano II, formalmente instalado no dia 11 de outubro de 1962. Esse importante concílio, que teve expressiva participação de bispos do terceiro mundo, aprovou resoluções sem precedentes nas áreas de renovação litúrgica, preocupação com os pobres e diálogo interconfessional. As duas últimas preocupações já haviam sido expressas respectivamente na encíclica Mater et Magistra e na criação do Secretariado para a Promoção da Unidade Cristã. Seu sucessor, o cardeal Giovanni Battista Montini (Paulo VI, 1963-1978), embora mais contido, deu continuidade ao Concílio Vaticano II, no interesse de “construir uma ponte entre a Igreja e o mundo moderno”. A “Constituição Pastoral sobre a Igreja no Mundo Moderno” foi o documento mais longo já produzido por um concílio e contrastou profundamente com certas ênfases do século anterior. Paulo VI também publicou a controvertida encíclica Humanae vitae (1968), que proibiu aos católicos o uso dos métodos de controle artificial da natalidade.

A eleição do último papa do século 20, em 1978, foi um acontecimento não menos momentoso para a Igreja Católica e para o mundo ocidental. O polonês João Paulo II (Karol Jozef Wojtyla) é o primeiro papa não italiano desde o século 16. Sua atuação corajosa contribuiu para a derrocada do comunismo em sua pátria e no Leste Europeu. Em 1981, ele sobreviveu a um grave atentado na Praça de São Pedro. É também o papa que mais se deslocou pelo mundo afora, tendo feito quase uma centena de viagens internacionais. Dotado de sólido preparo intelectual, tem publicado inúmeras encíclicas, abordando temas éticos, sociais e teológicos: Redemptor hominis (1979), Dives in misericordia (1980), Sollicitudo rei socialis (1988), Veritatis splendor (1993), Evangelium vitae (1995), Ut unum sint (1995). Por outro lado, representa um recuo conservador em relação aos seus predecessores, como ficou evidenciado na sua atitude em relação à teologia da libertação, nas suas interferências diretas em muitas organizações da igreja e, em geral, no seu entendimento exaltado da autoridade papal.

No seu conjunto, o papado tem sido uma instituição predominantemente benéfica para a Igreja Católica, dando-lhe um notável senso de unidade, propósito e identidade. Muitos pronunciamentos papais sobre temas sociais e éticos têm sido altamente relevantes em um mundo secularizado e materialista. Suas fraquezas têm sido o envolvimento político e um estilo de liderança nem sempre condizente com as normas dadas por Cristo aos pastores do seu rebanho. Finalmente, é de se lamentar que justamente essa instituição seja o maior obstáculo para uma maior aproximação entre os cristãos, visto que a autoridade pontifícia é rejeitada não somente pelos protestantes, mas pela Igreja oriental, que tem raízes tão antigas e apostólicas quanto a Igreja latina.




Alderi Souza de Matos é doutor em história da igreja e professor do Centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper, em São Paulo, SP.

O papado — dos primórdios ao Renascimento



Alderi Souza de Matos

Desde uma perspectiva protestante, o papado não é uma instituição de origem divina, mas resultou de um longo e complexo processo histórico. As Escrituras não dão apoio a essa instituição como uma ordenança de Cristo à sua igreja. É verdade que o Senhor proferiu a Pedro as bem conhecidas palavras: “Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja” (Mt 16.18). Todavia, isto está muito longe de declarar que Pedro seria o chefe universal da igreja (o primado de Pedro) e que a sua autoridade seria transmitida aos seus sucessores (sucessão apostólica). As primeiras gerações de cristãos não entenderam as palavras de Cristo dessa maneira. Tanto é que em todo o Novo Testamento não se vê noção de que Pedro tenha ocupado uma função especial de liderança na igreja primitiva. No chamado “Concílio de Jerusalém”, narrado no capítulo 15 de Atos dos Apóstolos, isso não aconteceu, e o próprio Pedro não reivindica essa posição em suas duas epístolas. Antes, ele se apresenta como apóstolo de Jesus Cristo e como um presbítero entre outros (1 Pe 1.1; 5.1).

Mais difícil ainda é estabelecer uma relação inequívoca entre Pedro e os bispos de Roma. Os historiadores não vêem uma base absolutamente segura para afirmar que Pedro tenha estado em Roma, quanto mais para admitir que ele tenha sido o primeiro bispo daquela igreja. Ademais, é um fato bem estabelecido que não houve episcopado monárquico no primeiro século. As igrejas eram governadas por colegiados de bispos ou presbíteros (ver At 20.17, 28; Tt 1.5, 7). 

Ao mesmo tempo, não se pode deixar de reconhecer que ainda na igreja antiga os bispos de Roma alcançaram grande preeminência, que em muitas ocasiões o papado prestou serviços crucialmente relevantes à igreja e à sociedade e que muitos papas foram homens de grande piedade, integridade moral, saber teológico e habilidade administrativa. Ao longo dos séculos, muitos dos principais eventos da história da igreja nas áreas da teologia, organização eclesiástica e relações entre a igreja e a sociedade tiveram conexão com a instituição papal. Originalmente, a palavra grega papas ou a latina papa foi aplicada a altos oficiais eclesiásticos de todos os tipos, especialmente aos bispos. A partir de meados do quinto século passou a ser aplicada quase que exclusivamente aos bispos de Roma. Foram múltiplos e complexos os fatores que levaram ao reconhecimento de que esses bispos detinham autoridade suprema sobre a igreja ocidental. 

Em primeiro lugar, há que se destacar a importância crescente da igreja local de Roma desde o primeiro século. O livro de Atos dos Apóstolos termina com a chegada de Paulo a Roma. O apóstolo aos gentios escreveu a principal de suas epístolas a essa igreja e no segundo século surgiu uma tradição insistente de que tanto Paulo como Pedro, os dois apóstolos mais destacados, haviam sido martirizados naquela cidade. Além disso, já numa época remota, a igreja de Roma tornou-se a maior, a mais rica e a mais respeitada de toda a cristandade ocidental. Outro fator que contribuiu para a ascendência da igreja romana e do seu líder foi a própria centralidade e importância da capital do Império Romano. Ao contrário da região oriental, em que várias igrejas (Alexandria, Jerusalém, Antioquia e Constantinopla) competiam pela supremacia em virtude de sua antigüidade e conexões apostólicas, no Ocidente a igreja de Roma, desde o início, foi praticamente a líder inconteste. Outrossim, a partir de Constantino, muitos imperadores romanos fizeram generosas concessões àquela igreja, buscaram o conselho dos seus bispos e promulgaram leis que ampliaram a autoridade deles. 

Outro elemento importante é que desde cedo a igreja romana e os seus líderes reivindicaram, direta ou indiretamente, certas prerrogativas especiais. No final do primeiro século (ano 96), o bispo Clemente enviou em nome da igreja de Roma uma carta à igreja de Corinto para aconselhá-la e exortá-la quanto a alguns problemas que esta vinha enfrentando. Um século depois, o bispo Vítor (189-198) exerceu considerável influência na fixação de uma data comum para a Páscoa, algo muito importante face à centralidade da liturgia na vida da igreja. As consultas entre outros bispos e Roma também datam de uma época antiga, embora a primeira decretal oficial (carta normativa de um bispo de Roma em resposta formal à consulta de outro bispo) só tenha surgido em 385, com o papa Sirício. Por volta de 255, o bispo Estêvão utilizou a passagem de Mateus 16.18 para defender as suas idéias numa disputa com Cipriano de Cartago. E Dâmaso I (366-84) tentou oferecer uma definição formal da superioridade do bispo romano sobre todos os demais.

Essas raízes da supremacia eclesiástica romana foram alimentadas pelas atividades capazes de muitos papas. No quinto século destaca-se sobremaneira a figura de Leão I (440-61), considerado por muitos “o primeiro papa”. Leão exerceu um papel estratégico na defesa de Roma contra as invasões bárbaras e escreveu um importante documento teológico sobre a pessoa de Cristo (o Tomo), que teve influência decisiva nas resoluções do Concílio de Calcedônia (451). Além disso, ele defendeu explicitamente a autoridade papal, articulando mais plenamente o texto de Mateus 16.18 como fundamento da autoridade dos bispos de Roma como sucessores de Pedro. Seu sucessor Gelásio I (492-96) expôs a célebre teoria das duas espadas: dos dois poderes legítimos que Deus criou para governar no mundo, o poder espiritual — representado pelo papa — tinha supremacia sobre o poder secular sempre que os dois entravam em conflito.

O apogeu do papado antigo ocorreu no pontificado do notável Gregório I ou Gregório Magno (590-604), o primeiro monge a ocupar o trono papal. Sua lista de realizações é impressionante. Ele supervisionou as defesas romanas contra os ataques dos lombardos, realizou complicadas negociações com o imperador bizantino, saneou as finanças da igreja e reorganizou os limites e responsabilidades das dioceses ocidentais. Ele foi também um dedicado estudioso das Escrituras. Suas exposições bíblicas, especialmente um comentário do livro de Jó, foram muito lidas em toda a Idade Média. Seus escritos sobre os deveres dos bispos deram forte ênfase ao cuidado pastoral como uma atividade prioritária. Ele reformou a liturgia, regularizou as celebrações do calendário cristão e promoveu a música sacra (“canto gregoriano”). Finalmente, Gregório foi um grande promotor de missões, enviando missionários para vários centros estratégicos do norte e do oeste da Europa e expandindo a área de jurisdição do papado.

Um momento especialmente significativo na evolução do papado ocorreu no Natal do ano 800, quando o papa Leão III coroou Carlos Magno como sacro imperador romano. A essa altura, a complexa associação dos elementos citados (e outros mais) havia criado uma situação na qual o bispo romano era amplamente considerado o principal personagem eclesiástico do Ocidente, bem como o representante do cristianismo ocidental perante o Oriente. Algumas décadas antes, o pai de Carlos Magno havia cedido à igreja os amplos territórios do centro e norte da Itália, que vieram a constituir os estados pontifícios. Isso fez dos papas governantes seculares como os demais soberanos europeus. Por vários séculos, os papas teriam um relacionamento estreito e muitas vezes altamente conflitivo com esses soberanos. Mas a sua autoridade como líderes máximos da igreja ocidental não seria questionada.

O papado teve também seus períodos sombrios, marcados por imoralidade e corrupção. Um desses períodos foi entre o final do século IX e o início do século XI, quando a instituição papal foi controlada por poderosas famílias italianas. A história revela que um terço dos papas dessa época morreu de forma violenta: João VIII (872-882) foi espancado até a morte por seu próprio séquito; Estêvão VI (885-891) foi estrangulado; Leão V (903-904) foi assassinado por seu sucessor, Sérgio III (904-911); João X (914-928) morreu asfixiado; e Estêvão VIII (928-931) foi horrivelmente mutilado, para não citar outros fatos deploráveis. Parte desse período é tradicionalmente conhecida pelos historiadores como “pornocracia”, numa referência a certas práticas que predominavam na corte papal.

A partir de meados do século XI, surgiram vários papas reformadores, que procuraram moralizar a administração da igreja, lutando contra diversos males que a assolavam. O mais notável foi Hildebrando ou Gregório VII (1073-1085), que notabilizou-se por sua luta contra a simonia, ou seja, o comércio de cargos eclesiásticos, e ficou célebre por sua confrontação com o imperador alemão Henrique IV. Ele escolheu como lema do seu pontificado o texto de Jeremias 48.10: “Maldito aquele que fizer a obra do Senhor relaxadamente”. Todavia, o ápice do poder papal ocorreu no pontificado de Inocêncio III (1198-1216), considerado o papa mais poderoso de todos os tempos, aquele que, mais do que qualquer outro, concretizou o ideal da “cristandade”, ou seja, uma sociedade plenamente integrada sob a autoridade dos reis e especialmente dos papas. Ele foi o primeiro a usar o título “vigário de Cristo”, ou seja, o papa era não somente o representante de Pedro, mas do próprio Senhor. Seus sucessores continuaram por algum tempo a fazer ousadas reivindicações de autoridade sobre toda a sociedade, sem contudo transformá-las em realidade como o fizera Inocêncio.

Novo período de declínio e desmoralização do papado ocorreu no século XIV e início do século XV. Primeiro, os papas moraram na cidade de Avinhão, ao sul da França, por mais de setenta anos (1305-1378), colocando-se sob a influência dos reis franceses. Esse período ficou conhecido como “o cativeiro babilônico da igreja”. Em seguida, por outros quarenta anos (1378-1417), houve dois e, finalmente, três papas simultâneos (em Roma, Avinhão e Pisa), no que ficou conhecido como “o grande cisma”. Essa situação embaraçosa foi sanada por vários concílios reformadores, especialmente o de Constança, que reivindicaram autoridade igual ou mesmo superior à dos papas. Em reação, estes reafirmaram ainda mais enfaticamente a sua autoridade suprema sobre a igreja.

O final do século XV e início do XVI testemunhou o pontificado dos chamados “papas do Renascimento”, os quais, ao contrário de muitos de seus predecessores ou sucessores, tiveram escassas preocupações espirituais e pastorais. Como papa Alexandre VI (1492-1503), o espanhol Rodrigo Borja dedicou-se prioritariamente a promover as artes e a embelezar a cidade de Roma; Júlio II (1503-1513) foi um papa guerreiro, comandando pessoalmente o seu exército; e Leão X (1513-1521) teria dito ao ser eleito: “Agora que Deus nos deu o papado, vamos desfrutá-lo”. Foi ele quem despertou a indignação do monge agostiniano Martinho Lutero ao autorizar a venda de indulgências para concluir as obras da Catedral de São Pedro. O resultado dessa indignação é conhecido de todos.




Alderi Souza de Matos, doutor em história da igreja, é historiador oficial da Igreja Presbiteriana do Brasil.

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