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quinta-feira, 21 de junho de 2012

Zelo sem entendimento: os problemas do entusiasmo religioso na história do cristianismo


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Por Alderi Souza de Matos

Em todas as religiões existe o fenômeno do fervor espiritual intenso, por vezes extremado, que caracteriza certos indivíduos, grupos e movimentos. O cristianismo não é uma exceção. Um termo técnico usado para descrever essa atitude é “entusiasmo”, palavra cujo sentido original é “ser possuído ou inspirado pela divindade” (de “en” = dentro + “theos” = deus). O entusiasta, em virtude da sua experiência profunda e arrebatadora com o divino, é com freqüência tomado de grande paixão e ardor nos seus sentimentos religiosos. Isso não é necessariamente algo negativo. Na verdade, ao longo dos séculos o fervor religioso tem produzido frutos admiráveis em áreas como a espiritualidade e a obra missionária. Alguns exemplos bem conhecidos são os místicos espanhóis do final da Idade Média e o conde protestante alemãoNikolaus von Zinzendorf, com seus seguidores morávios.

Infelizmente, a história demonstra que muitas vezes o entusiasmo religioso ultrapassa os limites do bom senso e manifesta extravagâncias comportamentais e teológicas. Em alguns casos extremos chega ao fanatismo, com as conseqüências negativas, até mesmo destrutivas, daí advindas. Ironicamente, o entusiasmo mal-dirigido pode proceder de um desejo sincero de glorificar a Deus. Paulo, escrevendo aos romanos acerca de seus compatriotas judeus, afirmou que estes possuíam “zelo por Deus, porém não com entendimento” (Rm 10.2), e ele mesmo, antes de conhecer a Cristo, em seu zelo pela lei de Deus foi um perseguidor da igreja (Fp 3.6; ver Jo 16.2). Uma característica freqüente do entusiasmo religioso cristão é a sua associação com expectativas apocalípticas e com as experiências sobrenaturais ligadas às mesmas, tais como revelações, visões e profecias.

1. Cristandade antiga e medieval

A primeira ocorrência bem documentada de entusiasmo na igreja antiga foi o montanismo. Esse influente movimento teve início no ano 172 quando o jovem Montano começou a chamar a atenção como profeta na Frígia, Ásia Menor. Duas profetizas, Priscila e Maximila, logo se tornaram suas seguidoras e afirmavam ser porta-vozes do Paracleto, o Espírito Santo. Às vezes supostamente Deus falava através deles na primeira pessoa, como através dos profetas do Antigo Testamento. A sua mensagem principal era a proximidade do fim do mundo e da segunda vinda de Cristo. Como preparação para isso, os cristãos eram exortados a praticar um rigoroso ascetismo, abstendo-se de relações conjugais e fazendo numerosos jejuns. Também eram exortados a receber de bom grado as perseguições.

A liderança da igreja sentiu-se ameaçada pela autodenominada “Nova Profecia” e os montanistas acabaram sendo excomungados. Alguns grupos sobreviveram até o século quinto no norte da África e por mais tempo na Frígia. Apesar de alguns excessos, esses antigos cristãos chamaram a atenção da igreja para a pessoa do Espírito Santo e a importância de uma vida disciplinada. Esses fatores atraíram o grande intelectual cristão Tertuliano de Cartago, que se tornou montanista no final da sua vida. A partir dessa época, todas as reivindicações de inspiração direta foram firmemente desencorajadas pela igreja ocidental.

Ainda assim, durante a Idade Média ocorreram alguns casos de maior ou menor impacto. No final do século 12, Joaquim de Fiore, da Calábria, sul da Itália, ensinou que a era do Espírito iria começar no ano 1260 e esboçou com detalhesos eventos dos sessenta anos precedentes. Começando com o Apocalipse, ele e seus muitos discípulos anunciaram novas revelações. Fiore atraiu a atenção de quatro papas e influenciou a nascente ordem franciscana, mas, quando suas predições não se confirmaram, seu movimento se extinguiu. Algum tempo depois, Guilhermina da Boêmia, uma entusiasta lombarda, afirmou ser uma encarnação do Espírito para salvar os judeus, os sarracenos e os falsos cristãos. Logo após a sua morte em 1281, sua seita foi exterminada. Outros exemplos medievais são os flagelantes do norte da Europa (século 14), os taboritas da Boêmia (século 15) e os alumbrados ou illuminati da Espanha (século 16), todos os quais foram fortemente reprimidos pelos poderes constituídos. Os estudiosos apontam para o fato de que, além das motivações religiosas, esses movimentos refletiram reações populares a situações de grande tensão econômica e social.

2. O período da Reforma

A Reforma Protestante desencadeou forças latentes que em diversas ocasiões produziram manifestações de intensa excitação religiosa. No aspecto negativo, o caso mais notório ocorreu na cidade de Münster, na Westfália. Tudo começou com o curtidor Melchior Hofmann, que em 1529 chegou a Estrasburgo e anunciou o iminente fim do mundo, sendo que essa cidade seria a Nova Jerusalém. Dizendo ser o profeta Elias, ele viajou pelo norte da Alemanha e a Holanda, impregnando o movimento anabatista com fortes convicções milenistas. Após a sua prisão, ergueu-se um novo líder na pessoa do padeiro holandês Jan Matthys. Afirmando ser Enoque, ele anunciou que a Nova Jerusalém seria de fato Münster.

Muitos anabatistas afluíram para essa cidade e eventualmente adquiriram o controle político da mesma, implantando uma teocracia.

Quando Matthys morreu numa batalha contra o exército do bispo, seu principal apóstolo, Jan de Leyden, foi logo reconhecido como profeta. Poucos meses depois, mediante uma profecia, ele foi declarado “rei de justiça” e o “governante da nova Sião”. No Ano Novo de 1535, promulgou um novo código legal, concluindo com as palavras: “A voz do Deus vivo declarou-me que esta é uma ordenança do Todo-Poderoso”. Alguns dos profetas do movimento proclamaram que a ética do Antigo Testamento ainda era válida e por isso sentiram-se autorizados a introduzir a poligamia. Em 25 de junho daquele ano, após um cerco prolongado e angustioso, a cidade foi tomada pelo exército episcopal e quase todos os habitantes foram massacrados.

Os reformadores foram críticos dos anabatistas por entenderem que eles ameaçavam a ordem social, uma vez que insistiam em manter-se separados tanto do Estado quanto da coletividade. Outra razão dessa hostilidade era teológica: a liberdade com que alguns grupos interpretavam as Escrituras e o seu apelo a revelações diretas pareciam relativizar a Palavra de Deus. João Calvino, por exemplo, escreveu várias obras contra o movimento, uma das quais intitulada Contra a fanática e furiosa seita dos libertinos que a si mesmos se denominam espirituais (1545). Durante séculos, governos e igrejas exploraram os excessos cometidos por alguns anabatistas isolados, para fazerem do movimento como um todo um sinônimo de fanatismo e desordem.

3. Os grandes despertamentos

Como não poderia deixar de ser, os avivamentos religiosos, com seu poderoso conteúdo emocional, são um terreno fértil para a ocorrência de expressões entusiásticas. Isso se tornou especialmente inevitável no ambiente volátil da fronteira norte-americana nos séculos 18 e 19. No Primeiro Grande Despertamento (décadas de 1720 a 1740), pregadores como Theodore Frelinghuysen, Gilbert Tennent, Jonathan Edwards e George Whitefield souberam manter o equilíbrio e a sobriedade. O mesmo não aconteceu com outros avivalistas, como James Davenport, que apelaram fortemente para o emocionalismo. A conseqüência disto foi o surgimento de uma forte polarização entre os chamados “novas luzes” (favoráveis ao avivamento) e os “velhas luzes” (contrários ao mesmo).

No Segundo Grande Despertamento (1800-1830), mais vasto e explosivo, tornaram-se comuns certas dramáticas manifestações físicas de êxtase religioso: desmaios, rodopios, gargalhadas, grunhidos, convulsões e danças. Mais que isto, o entusiasmo acabou gerando novos movimentos, alguns bastante divergentes do protestantismo histórico, tais como os experimentos comunitários e outros grupos heterodoxos (shakers, mórmons, adventistas, etc.). Isso não quer dizer que não tenha havido muitos aspectos positivos nesses avivamentos. Jonathan Edwards (1703-1758), o pastor e teólogo da Nova Inglaterra que se tornou o grande estudioso desses fenômenos, concluiu que as manifestações físicas podiam ser sinais do poder de Deus ou não. Para se avaliar a autenticidade de um avivamento, era preciso procurar os frutos duradouros, tanto pessoais quanto coletivos, que resultavam dessas intensas experiências espirituais.

Finalmente, o início do século 20 viu nascer o pentecostalismo, um movimento que, devido a suas peculiaridades intrínsecas, possui uma espiritualidade fervorosa, carregada de emotividade. A ênfase no Espírito Santo e seus dons extraordinários, a linguagem do poder e a expectativa do final dos tempos têm produzido inegável vitalidade e notáveis transformações, mas também podem, quando mal-orientadas, gerar excessos como os associados com a “experiência de Toronto”, bem como distorções teológicas, principalmente na área do culto e da escatologia.

Conclusão

É longa a história do entusiasmo religioso desordenado e seus riscos. Em alguns casos excepcionais, as conseqüências podem ser trágicas. Dois exemplos do Brasil do século 19 foram Canudos e seu profeta Antônio Conselheiro, na Bahia, e a revolta dos muckers, no Rio Grande do Sul. Dois episódios mais recentes em outros países foram o suicídio coletivo dos seguidores de Jim Jones, na Guiana, e a morte da David Koresh e seus simpatizantes em Waco, no Texas. Não se deseja aqui denunciar o entusiasmo religioso per se, que, como foi apontado, tem produzido frutos admiráveis na história do cristianismo. O próprio apóstolo Paulo disse: “No zelo não sejais remissos: sede fervorosos de espírito, servindo ao Senhor” (Rm 12.11). Mas o mesmo escritor inspirado, ao orientar os fiéis de Corinto quanto à sua espiritualidade, acrescentou: “Tudo, porém, seja feito com decência e ordem” (1 Co 14.40).

Perguntas para reflexão:

1. Qual deve ser a relação entre a racionalidade e a emotividade na vida espiritual, quer pessoal, quer coletiva?

2. À luz do ensino bíblico, é correto esperar comunicações diretas e novas revelações de Deus ao seu povo hoje, sem ser através das Escrituras? Por quê?

3. Qual é a relação entre o Espírito Santo e a Palavra de Deus na vida da igreja e do crente?

4. Quais os principais problemas que podem resultar de uma ênfase excessiva no aspecto emocional da religião?

5. Por que a intensidade de sentimentos não deve ser o critério mais importante para se julgar a autenticidade de uma experiência religiosa?

Sugestões bibliográficas:

- GRUDEM, Wayne (Org.). Cessaram os dons espirituais? Quatro pontos de vista. São Paulo: Editora Vida, 2003.
- HANEGRAAFF, Hank. Cristianismo em crise. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 1996.
- LOPES, Augustus Nicodemus. O que você precisa saber sobre batalha espiritual. 2ª ed. São Paulo: Cultura Cristã, 1998.
- MacARTHUR JR., John F. Os carismáticos: um panorama doutrinário. 3ª ed. São José dos Campos, SP: Editora Fiel, 1995.
- MATOS, Alderi S. e outros. Fé cristã e misticismo: uma avaliação bíblica de tendências doutrinárias atuais. São Paulo: Cultura Cristã, 2000.
- PIERATT, Alan B. O evangelho da prosperidade: análise e resposta. São Paulo: Vida Nova, 1993.
- ROMEIRO, Paulo. Evangélicos em crise. São Paulo: Mundo Cristão, 1995.

- Sobre o autor: Alderi Souza de Matos é Professor de História da Igreja, Coordenador da área de Teologia Histórica. Graduou-se em teologia pelo Seminário Presbiteriano de Campinas (1974), sendo também bacharel em Filosofia pela Universidade Católica do Paraná (1979) e em Direito pela Escola de Direito de Curitiba (1983). Após vários anos de ministério no Paraná, fez seu mestrado em Novo Testamento (S.T.M.) na Andover Newton Theological School, em Newton Centre, Massashusetts, EUA (1988) e seu doutorado em História da Igreja na Boston University School of Theology (1996). Em 1997, o Dr. Alderi veio trabalhar no CPAJ, onde também atua como co-editor da revista teológica Fides Reformata. É historiador oficial da Igreja Presbiteriana do Brasil, pastor auxiliar da Igreja Presbiteriana Ebénezer de São Paulo e articulista conhecido em diversos periódicos acadêmicos e populares. Acaba de publicar seu primeiro livro, "Os Pioneiros Presbiterianos do Brasil (1859-1900): Missionários, Pastores e Leigos do Século 19", tendo também dois novos títulos em preparação.

Fonte: [ Mackenzie ]

TEOLOGIA DA PROSPERIDADE - ANÁLISE COMPLETA





A Bíblia Sagrada, conforme os cristãos afirmam, trata-se da única fonte de autoridade, regra de fé e moral; a Palavra de Deus deve ser a bússola que indica se o caminho que estamos seguindo de fato corresponde ao “norte” espiritual.

Em textos anteriores já falei sobre a triste condição da igreja brasileira, que dia-a-dia se deixa contaminar por valores nada cristãos, que nada tem da Palavra de Deus. A Bíblia é muito mal utilizada, e ao invés de trazer edificação e genuíno alimento espiritual, tem sido empregada por homens perversos que fazem dela um instrumento de escravidão, manipulação e tortura espiritual. Tal instrumento de tortura se forma pela distorção de textos isolados que estes falsos mestres fazem, coagindo o povo despreparado, com uma enxurrada de textos descontextualizados.

Modas sempre são bem-vindas neste meio tão sedento por atalhos. Emocionalismo barato vale mais que sã doutrina e os valores do capitalismo passam a fazer parte da igreja, fazendo desta um lucrativo negócio. Neste texto vamos tratar da Teologia da Prosperidade, uma corrente nefasta que tem semeado discórdia e inversão de valores na igreja.


História
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Marca registrada de praticamente todas as igrejas neopentecostais, avançando com força contra as confissões pentecostais e fisgando muitos tradicionais, esta corrente enganosa produz toneladas de livros, manuais, Bíblias de Estudo (estudo?) DVDs, CDs, filmes e até grifes que movimentam muito dinheiro.

Tais materiais e seus divulgadores se tornaram parte do cotidiano de muitoscrentes que estão com os lábios cheios de clichês como “eu profetizo”, “eu determino”, “eu reivindico”, “eu tomo posse”, “eu exijo meus direitos”, “eu resgato” ou o absurdo “eu ordeno minha benção”. Repare que o “eu” é o eixo desta teologia. O antropocentrismo que vemos hoje em dia é também conhecido como movimento da “Confissão Positiva”, “Palavra da Fé” ou “Evangelho da Saúde e da Prosperidade”.

Por se tratar de algo tão nocivo, não é de se estranhar que suas origens são influenciadas por misticismo, esoterismo e heresias. O que hoje é um movimento que tem se espalhado como fogo em palha, possui uma história, um ícone, divulgadores e seguidores.


O precursor: Essek Willian Kenyon
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Poucos dos crentes que abraçam a Teologia da Prosperidade sabem que a ideologia desta remonta a um homem chamado Essek Willian Kenyon (1867-1948).

A conversão de Kenyon ocorreu em sua adolescência. Posteriormente ele se envolveu com movimentos metafísicos e recebeu forte influência de Mary Baker Eddy, fundadora da herética Ciência Cristã. [1]

Kenyon é o pai de uma expressão que se desdobrou com o tempo. É dele a frase “o que eu confesso, eu possuo”. É o embrião da Confissão Positiva.

Como sempre existe alguém disposto a levar adiante uma distorção feita por um falso mestre, coube a Kenneth Hagin divulgar o pensamento de Kenyon.


O proclamador: Kenneth Erwin Hagin
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Muitos acreditam que as origens da Teologia da Prosperidade estavam em Hagin (1917-2003). Fato este devido ao nível de divulgação e influência que Hagin conseguiu, através do vasto material por ele publicado. Após passar por uma experiência miraculosa relacionada à cura de sérios problemas de saúde na infância e adolescência, Hagin passa a militar em favor da filosofia que hoje influencia a vida de muitos crentes.

Hagin acreditava que era necessário seguir passos para a vitória. Era necessário crer, declarar verbalmente a fé e então agir como se já tivesse recebido a benção. [2]

Sua vida foi um apanhado de inúmeras experiências pessoais que, ao serem registradas em livros, folhetos e áudio, viraram regra de fé e prática para milhares de incautos seguidores. Como é de se supor, suas vastas experiências carecem de suporte bíblico, como por exemplo, viagens até o inferno para “provar” da realidade daquele lugar.


O legado de Hagin e os desdobramentos no Brasil
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Muitos são os pregadores da fé que deram continuidade naquilo que Kenyon criou e que Hagin difundiu, e destes, a grande maioria é muito conhecida no Brasil, onde seus ensinos são divulgados por livros, programas de TV, DVDs e congressos.

Nomes internacionais como Kenneth Copeland, Benny Hinn, Frederick Price, Paul (David) Yonggi Cho, Mike Murdock e Morris Cerulo fazem parte do cotidiano de muitos líderes da igreja brasileira, que por força da sua influência, tem levado o membro comum a achar que este tipo de literatura é boa, quando na verdade são materiais e ensinos cheios de sofismas e engano.

No Brasil, também existe uma relação de nomes que são responsáveis pela divulgação deste veneno espiritual: Edir Macedo, René Terranova, R.R. Soares, Valnice Milhomens, Cristiano Netto e tantos outros que no seu anonimato continuam a propagar este falso evangelho de riquezas.

Como o povo brasileiro em geral, e o crente em específico, são amantes de novidades, modinhas e métodos que servem como atalho, a Teologia da Prosperidade veio importada dos EUA encontrando solo fértil por aqui, infelizmente.


Males da Teologia da Prosperidade: minha vivência
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Minha conversão se deu numa denominação que apregoa demasiadamente a Teologia da Prosperidade e seus métodos falaciosos. Agradeço ao Senhor pois - ainda no erro - pude conhecê-Lo, e na medida que a verdade me confrontava, o engano era retirado de minha vida, ao ponto de romper definitivamente com coisas que não encontram conformidade com o genuíno Evangelho de Cristo. A maravilhosa graça do Pai me alcançou, e hoje reconheço inteiramente que o mérito em tudo é de Cristo, e que não posso fazer do Reino de Deus um negócio. A Teologia da Prosperidade que outrora movia minha vida, hoje faz parte de um passado distante.

Não tenho por costume cuspir no prato onde comi – isso é deselegante e antiético. Mas minha conversão não teve por conseqüência o suicídio da razão, sendo assim, tenho plena liberdade de discordar das coisas que são apregoadas sem o respaldo bíblico. A discordância não representa um meio de menosprezar e ridicularizar a crença alheia, mas nos motiva a desmascarar o erro por amor e benefício do próximo. Nos primeiros passos como cristão, vi e vivi muito dos ensinos da Teologia da Prosperidade, e sei, na prática, do potencial maléfico que ela tem.

Participei de dezenas das famosas “campanhas” de fé e finanças, onde a mola mestra era a barganha com Deus. Tudo girava em torno dos “sacrifícios” financeiros onde até mesmo valores mínimos de oferta eram exigidos. Pregadores negavam a suficiência da cruz e o Sacrifício Supremo de Jesus e estabeleciam parâmetros esdrúxulos, ao ponto de dizer: “EU não aceito menos de R$ 30,00 neste envelope (por exemplo)”. Quanto maior o sacrifício, maior a profecia, a benção, a visão, a unção - como se Deus fosse um menino que Se vende por agrados.

Os “valentes” recebiam doses especiais de poder e seu ego era alimentado por fazer parte da classe dos que faziam sacrifícios acima da média. Expressões como “se garantir a festa na casa de Deus, Deus garante a festa na minha casa”, ou “o valor que você der de oferta vai determinar o valor que Deus dará ao seu próximo ano”, além de anti-bíblicas, manipulam, enchem de medo e apartam o cristão redimido no sangue de Cristo das genuínas benesses do Calvário.

Para variar, o Novo Testamento era praticamente esquecido em tais campanhas, e textos mal-emendados da Antiga Aliança – e promessas exclusivas do povo judeu naquele contexto – eram “liberadas” sobre a igreja – desnutrida e mal alimentada da Palavra. Desta forma, o palco para apostasia fica completo.

Num contexto como esse, não é de se admirar que muitos se apartaram, partindo para pastos onde alimento genuíno é servido. Infelizmente, muitos dos que receberam uma avalanche de promessas nunca cumpridas – e irresponsavelmente “liberadas” – fazem parte do contingente de decepcionados com Deus e com a igreja. Um contingente que cresce de modo alarmante. Assim como disse Karl Kepler, isso faz parte de uma neurose:

“Com o fenômeno das igrejas neopentecostais, uma nova safra de crentes evangélicos inundou o Brasil e, à medida que os anos passam e as promessas de prosperidade não se cumprem, uma nova safra de ex-crentes decepcionados deve estar voltando para as ruas”[3]

E ainda pude constatar uma coisa neste tempo: a Teologia da Prosperidade funciona muito bem, mas apenas para aqueles que a pregam. Nas palavras de Hank Hanegraaff:


“Basta caminhar pelo estacionamento dessas conferências ou mesmo dum culto dominical, ligado ao movimento da Fé, para responder à pergunta: ‘Esse tipo de ensino realmente funciona?’ Fi-lo recentemente no quartel-general e igreja dum dos principais mestres da Fé e obtive minha resposta. Havia Cadillacs, Mercedes e uns poucos reluzentes Lexus ali estacionados – todos eles porém, nos lugares reservados aos pastores e seu pessoal. No mais, entretanto, o parque de estacionamento parecia com qualquer outro, numa grande variedade de cupês, pick-ups e furgões. Ouça cuidadosamente: Era como qualquer outro parque de estacionamento da cidade. Ora, como é que pode ser isso?” [4]


Muito simples: a Teologia da Prosperidade é falaciosa. Doutra forma, todos que a seguem deveriam ser CEO de multinacionais, possuir jatinho próprio, carros importados e mansão em Miami, afinal, devem ser cabeça e não cauda! Mas a realidade é diferente do mundo encantado apregoado pelos mestres da riqueza. Enquanto eles se deleitam na gordura do sacrifício alheio, estão cegos para as verdades espirituais, tal como o sacerdote Eli (1Sm 1 e 2).


Comerciantes da Fé
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Tenho uma graduação em Ciências Econômicas, e através desta ciência aprendi sobre a Lei de Mercado ou Lei de Oferta e Demanda, que pode ser assim definida: “conjunto de conceitos que designam a disponibilidade de bens e serviços à venda no mercado, por um lado, e sua demanda solvável, por outro”[5]. Em resumo, para que o mercado da fé exista, é necessário que existam os que ofertam o serviço e os que demandam o serviço, ou seja, os “profetas” da prosperidade são os agentes de oferta, e os crentes imaturos são os agentes de demanda. Cada qual com sua responsabilidade neste emaranhado de erros.

O modelo a seguir representa o que temos visto nos dias de hoje em muitos templos e denominações “evangélicas”:



Fico pasmo em saber que isso é tão somente a ponta do iceberg. Ao ver declarações como as que seguem abaixo, fico a me perguntar até que ponto os pregadores de riquezas chagarão um dia:

“Deus está falando que a benção será triplicada, O seu salário vai se multiplicar por três. Quando você receber seu salário ainda terá do antigo para gastar. É tempo de fartura. É tempo de Deus. Todos os moradores da terra receberão a notícia de que é tempo de restituição.”[6]

“Faça esta oração: Senhor meu Deus, ao ler este livro, aprendi que, se desejo receber muito dinheiro, devo plantar o equivalente em Tua obra no mundo.” [7]

“Mais uma vez, como profeta de prosperidade para estes negros dias de crise, eu afirmo: DEUS ESTÁ INTERESSADO NO BOM ANDAMENTO DE SUAS FINANÇAS. Acredite nisso. Ele é um Pai amoroso. Pare um pouco, respire fundo e repita em voz audível e com convicção, por três vezes: DEUS ESTÁ INTERESSADO EM MEU SUCESSO FINANCEIRO. Agora repita em voz alta, como um brado de vitória: DEUS VAI MUDAR MINHA VIDA FINANCEIRA PARA MELHOR (ênfase do autor)” [8]

“Muitas pessoas acreditam que Jesus Cristo foi muito ‘pobrezinho’ mas a verdade é que Jesus foi a pessoa mais próspera que já pisou sobre a face da Terra. (...) Ele andava montado num burro, que era o ‘cadilac’ da época.” [9]

“Você estará colhendo de acordo com a espécie que você mesmo determinar. Lembre-se: Se você plantar carro, vai nascer carro! Se você plantar emprego, nascerá emprego! Se você plantar uma casa própria, nascerá uma casa própria! Você acredita na Palavra de Deus?”[10]

“Agora, você já sabe que é você quem determina, fixa os limites e diz o que você terá ou não. Por isso, pare de orar chorando, de se lamentar, suplicando que Deus, com Sua bondade, lembre-se de você. Esse tipo de oração pode parecer espiritual. Alguém pode achar lindo orar assim, mas isso não ter valor algum.” [11]

Reparou como as declarações destes homens se aproximam muito daquilo que Essek W. Kenyon entendia (o que eu confesso, eu possuo)? E o que mais espanta são as declarações a seguir:


“Estejam ou não a par disso, são seus pensamentos predominantes de riqueza que lhe trazem riqueza” [12]

“Como em todas as leis da natureza, nessa também a perfeição é absoluta. Você cria sua vida. Você colherá tudo o que semear! Seus pensamentos são sementes, e sua colheita dependerá do que plantar.”[13]

“Esta é a sua vida, e está esperando que você a descubra! Até agora você talvez tenha pensado que a vida é dura, uma luta, e, portanto, pela lei da atração, deve ter sentido a vida como dura e uma luta. Comece imediatamente a gritar para o Universo: “A vida é tão fácil! A vida é tão boa! Todas as coisas boas vêm até mim”. [14]

“O que de fato você quer? Sente-se e escreva numa folha de papel, usando o presente do indicativo. Você poderia começar assim: ‘Eu estou tão feliz e grato neste momento que...’ E então explique como você quer que sua vida seja, em qualquer área.” [15]

“Mas, se você quer uma máquina de costura, guarde a imagem dela com a certeza absoluta de que ela está sendo feita ou de que está a caminho. Depois de formar o pensamento uma vez, acredite absoluta e definitivamente que a máquina de costura está a caminho. Nunca pense ou fale nela a não ser com a certeza de que vai chegar. Afirme que ela já é sua”. [16]

“Nunca olhe para as provisões invisíveis; olhe sempre para as riquezas ilimitadas na Substância Informe e SAIBA que elas estão vindo em sua direção tão depressa quanto você pode recebê-las e usá-las”. [17]

Se você ainda não conferiu as notas no final deste estudo, eu pergunto: de qual pregador de prosperidade são as declarações acima? Infelizmente, são declarações de obras de cunho esotérico, mas que se forem “cristianizadas” por um dos mestres da riqueza (e muitas já o são), facilmente se tornarão Best Sellers nas fileiras do gospel Brasil. Realmente é chocante a semelhança entre o pensamento positivo dos esotéricos e do positivismo e determinismo apregoado pela Teologia da Prosperidade. E esta semelhança se dá, pois ambos têm o mesmo foco: o eu do homem. O homem é o centro. O ego é deus.

Enquanto a Bíblia nos adverte a focar os esforços nas coisas eternas e atemporais (sem tratar com relaxo das coisas temporais, evidentemente), os profetas da riqueza direcionam o rebanho a focar os esforços naquilo que é passageiro e que a ferrugem e a traça devoram.

A recente crise econômica mundial (2008-2009) afetou diversos setores da economia. Vimos conglomerados financeiros sendo derrubados como castelos de cartas, impérios de poder ruindo como castelos de areia a beira-mar, massas de pessoas sendo demitidas. Será que no meio destas milhares – ou milhões – de pessoas não tínhamos sequer um cristão? Será que nenhum crente em Jesus perdeu seu emprego? Endividou-se? Entrou no vermelho? Creio piamente que Deus cuida dos Seus. Creio que no meio de tantas lutas Ele provém sustento, mas chega ao ponto do ridículo imaginar que crises não atingem crentes. Mas ainda assim os profetas da riqueza, tomados pela ganância, lançaram correntes e campanhas para amarrar a crise e prosperar os crentes.

Este episódio me lembra de dois personagens bíblicos. Jeremias e Hananinas. Veja este exemplo:


“O problema não é de hoje. É multissecular. O profeta Jeremias fazia o que podia para convencer os reis e o povo de Israel da famosa tríade que estava para chegar a qualquer momento: a guerra, a fome e a peste (Jr 14.12; 21.7; 24.10; 27.8; 29.17; 32.24; 34.17; 38.2; 42.17; 44.13). Enquanto isso, o profeta Hananias, no mesmo lugar e para o mesmo público, profetizava “prosperidade” (Jr 28.9, NVI e BP), ou “paz” (NTLH, ARA e BV), ou “felicidade” (Tradução da CNBB). Um e outro usavam a mesma introdução: ‘Assim diz o Senhor’”. [17]

E como já falamos muito sobre história, é hora de, partindo por estes dois exemplos, refutar, de modo bíblico e definitivo, a falaciosa Teologia da Prosperidade.


A Verdade Bíblica

Quando observamos as verdades Bíblicas nos confrontamos de modo profundo com aquilo que é ensinado pela Teologia da Prosperidade. A bem da verdade, muitos de nós já ouviram por aí absurdos sem fim para defender que o crente deve ter riquezas e uma saúde de ferro, e claro, aqueles que assim ensinam tentam respaldar-se na Bíblia. De fato, se tomarmos meia dúzia de textos isolados (principalmente promessas de bênçãos materiais feitas aos judeus), poderemos com base na Bíblia criar extravagâncias e aberrações diversas. Muitas são as seitas que aplicam este método falacioso. São muitos os problemas que a ignorância bíblica pode produzir no rebanho e essa sonolência espiritual tem permitido a entrada de falsos mestres e falsos ensinos no meio da igreja. Concordo plenamente com John MacArthur quando afirma que:


“Talvez a igreja hoje seja bem mais suscetível aos falsos mestres, aos pervertedores de doutrinas e ao terrorismo espiritual do que em qualquer outra geração na história da igreja. A ignorância bíblica dentro da igreja talvez seja muito mais profunda e mais generalizada do que em qualquer outra época desde a Reforma Protestante. Se você duvida disso, escolha aleatoriamente um dos sermões de qualquer dos principais pregadores evangélicos anteriores a 1850 e o compare com o sermão típico de hoje. Além disso, compare a literatura cristã de hoje com qualquer obra publicada há cem anos ou mais, pelas editoras evangélicas. (...) Os temas característicos dos sermões estão carregados de questões centralizadas no homem (tais como relacionamentos pessoais, vida bem-sucedida, auto-estima, listas de ‘como fazer’ e assim por diante) – a ponto de excluir muitos pontos da doutrina bíblica que exaltam doutrinários nas Escrituras que enaltecem a Cristo.” [18]

Pois bem, se você chegou até aqui, percebeu que os problemas mencionados nos seguintes textos bíblicos são reais em nossos dias:


“Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína. Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores.” 1Tm 6.9-10

“E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição. E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade. E por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita.” 2Pe 2.1-3

Entendendo que o amor ao dinheiro e poder está no coração dos pregadores da Teologia da Prosperidade e que eles estão no nosso meio, pois o joio cresce com o trigo (Mt 13.30), passamos a examinar as palavras do Senhor Jesus sobre as questões materiais.

Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam; Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam. (Mt 6.19-20)

Creio que as palavras de Russel N. Champlin caem como uma luva neste contexto, quando diz que “o deus Mamom atrai mais que o Cristo da Galiléia”[19]. Forte e duro, mas real. Será que o modelo de vida seguido por Jesus está ultrapassado para a igreja pós-moderna (ou hiper-moderna?)?

Se os membros destas igrejas se dessem ao trabalho de examinar as Escrituras, descobririam que nossa riqueza está em boas obras (1Tm 6.18), na fé (Tg 2.5) e que somos herdeiros das insondáveis riquezas que estão em Cristo (Ef 3.8). Os divulgadores da Teologia da Prosperidade estão cegos em suas ambições materialistas e não percebem que Jesus deixou muito claro que as riquezas não são o alvo da igreja. Jesus não morreu para que nós O fizéssemos um banqueiro. É triste constatar isso, mas muitas das igrejas evangélicas, e muitos dos que carregam o rótulo de “evangélico” não estão mais adorando ao Deus Vivo, mas estão prestando culto à Mamom. Muitas igrejas nos dias de hoje são altares dedicados à Mamom.


E disse-lhes: Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui. (Lc 12.15)

Certa feita, ouvi de um destes profetas da riqueza que acabara de comprar um bem de alto valor, que tal fato tinha ocorrido por ser um presente de Deus para ele. Ressalva: creio que Deus concede dádivas aos Seus filhos, porém dentro da Sua soberania e vontade, e nunca na nossa vontade. No entanto, em tom de superioridade, estes pregadores cortam o coração das ovelhas ao dizer que são merecedores de tais dádivas mais que os meros mortais do rebanho, ou seja, Deus tem nestes homens Seus filhinhos preferidos, a ponto de conceder presentinhos a uns, mantendo outros em angustia.

Outro destes profetas comprou, com recursos eclesiásticos, um automóvel importado de quase R$ 100.000,00 para que, através do uso “pastoral” pudesse ostentar quão abençoado ele é. O problema surgiu quando as fontes da igreja começaram a minguar, sendo rapidamente achada a solução: levantar, durante os cultos, apelos de gordas ofertas para quitação das parcelas do veículo de uso “pastoral”. Mais uma vez, ovelhas manipuladas como fantoches financiando a carruagem de ministros de impérios e reinos próprios. Um ultrage à cruz de Cristo e ao puro Evangelho da Graça.

Como o texto bíblico acima mencionado diz, é preciso tomar muito cuidado com a avareza e com o amor pela ostentação. A vida cristã é muito mais que isso. É infinitamente mais que isso.

O anseio por uma vida de luxo e riquezas traz de “brinde” a atrofia espiritual e desvirtua o cristão do seu caminho.


Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo. (Jo 16.33)

Talvez você foi mal orientado e “programado” que deve orar demasiadamente por algo. Talvez tenha sido ensinado a sempre “profetizar”, “determinar”, “tomar posse”, “exigir seus direitos” e as coisas nem sempre aconteceram como você queria. Ao invés da tão esperada benção, houve um silêncio incomensurável. Mas não se desespere! O modelo dos pregadores da Teologia da Prosperidade não segue o modelo bíblico e não condiz com o que Jesus ensinou.

As tribulações existem. Elas virão sobre muitos cristãos. Ainda assim não devemos desanimar, pois estamos ligados nEle independente de circunstancias externas (2Co 4.8-9). Se Deus deu o privilégio de todos desfrutarem do Sol e da chuva (Mt 5.45), por que pensar que sendo cristãos não teríamos problemas, lutas e tribulações? Se Cristo passou pelo que passou, seus discípulos não passariam? Tente imaginar esta mensagem de saúde de ferro e prosperidade financeira sendo pregada no contexto da Igreja Primitiva ou – em nossos dias – em países como Afeganistão, Sudão e Coréia do Norte, onde o simples viver é a maior de todas as bênçãos?! As prioridades foram invertidas, as raízes do cristianismo bíblico precisam ser expostas.

Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. (Mt 6.33)

Este versículo é o supra-sumo, conclusão, síntese daquilo que Jesus deixou como a verdadeira prioridade de vida para o cristão. O propósito sublime está no Reino de Deus. É impossível que um pregador da Teologia da Prosperidade não se incomode com a verdade explícita registrada neste versículo.

Se tais homens realmente tivessem o Reino de Deus e Sua justiça impregnados no coração, de modo algum estariam propagando as mensagens que assombram a igreja, seja nos templos, na TV, no rádio, internet ou livros. É hora de dar um basta nisso! Se você ainda é um seguidor de tal teologia, faço um apelo que leia imediatamente o capítulo seis do Evangelho de Mateus e veja que Jesus faz ali um verdadeiro manifesto contra o materialismo; peça que o Espírito Santo lhe dirija na busca e descoberta da verdade do Reino de Deus. O Consolador te levará ao Senhor Jesus, e nunca a Mamom. Em seu comentário bíblico, disse William MacDonald sobre este versículo específico:


“O Senhor, portanto, faz um pacto com seus seguidores. Em resumo, ele diz: ‘Se você colocar os interesses de Deus em primeiro lugar na sua vida, eu garantirei suas necessidades futuras. Se você buscar,pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, então eu cuidarei para que nunca lhe falte as necessidades da vida’” (destaque do autor) [20]

Dada a exposição das Escrituras, não vamos nos ater tão somente a mostrar o problema e expor a ferida. Propomos uma solução à questão.


Solucionando o Problema

Alguns se conformam com a existência desta falsa teologia e de seus mestres simplesmente por considerar que isso é parte da apostasia do tempo do fim. Ignorar este problema é um grave erro.

Outros acham que o crente não pode, em hipótese alguma almejar um equilíbrio em sua vida. Estes são os adeptos da “Teologia da Miséria”, pois bradam em alta voz que “crente bom, é crente miserável”. Não! Este também não é o caminho. Acredito que o equilíbrio é o ideal. Nem oito nem oitenta.

Acredito também que ficarmos tão somente apontando problemas sem indicar soluções é perda de tempo. Por isso, proponho o seguinte:


1. Equilíbrio, moderação e bom senso: Todos nós ansiamos por coisas boas, isso é um fato. A grande maioria trabalha duro, estuda, se especializa com o objetivo de desenvolver carreira profissional e um bom salário, e nisso não há pecado algum. É evidente que quando projetamos tal aspecto em nossas vidas ansiamos em dar melhores condições de para nossos familiares e devemos almejar alcançar os aflitos com estes recursos. Se não fosse assim, tornar-nos-íamos ascetas nômades que tocariam a vida no modelo socioeconômico do escambo.

O que moldará a diferença em nossas vidas é o principal objetivo, é aquilo que está no centro de nosso coração. Nosso alvo deve ser acima de tudo e de todos, o Senhor Deus. O texto a seguir resume o que quero dizer: “não me dês nem a pobreza nem a riqueza; mantém-me do pão da minha porção de costume; para que, porventura, estando farto não te negue, e venha a dizer: Quem é o SENHOR? Ou que, empobrecendo, não venha a furtar, e tome o nome de Deus em vão”. (Pv 30.8-9).

Ou ainda, nas palavras de Craig L. Blomberg: “O principio de moderação explica as preocupações de Jesus e Paulo por uma vida simples, particularmente quando envolvidos no ministério, para não dar brecha desnecessária à má reputação do Evangelho”. [21]


2. Ensino Bíblico em todas as áreas da igreja local: O ensino sadio é algo de fundamental importância para que nossas igrejas sejam realmente sadias. Discutimos isso em maior amplitude no texto “Tripé Básico do Cristianismo – Parte 2: Ensinar”, mas quero ressaltar aqui que o ensino não está condicionado a uma estrutura de classe em Escola Bíblica.

O púlpito deve ser um local de exclusiva exposição clara da verdade da Palavra de Deus. Os informativos e jornais locais devem ser mais que um calendário de eventos e datas de aniversário, podendo ser um instrumento de edificação e evangelismo quando trouxer breves reflexões e devocionais bíblicos. O louvor deve glorificar o Senhor e ser carregado da mensagem cristã.

Desta forma, proponho banir de uma vez por todas o triunfalismo barato que invadiu os púlpitos, retornando a exposição clara das verdades contidas na Palavra de Deus, sem manipulação ou adulteração, para todo o que a ouve possa chegar ao conhecimento da verdade (2Co 4.2).

3. Mergulhar na graça e soberania divina: A graça é um favor de Deus para nós. A graça do Senhor soberano sobre tudo e todos nos foi concedida. Imagine só! O Deus todo-poderoso se importou conosco no mais sublime de Sua soberania (Mc 14.36; Mt 26.42; 1Jo 5.14).

Durante muito tempo minha vida foi aterrorizada pelo fantasma do merecimento, do legalismo e da autojustificação. Pensava que precisava fazer obras para me justificar diante de Deus e então passar a receber boas coisas da parte dEle. Pensava que os famosos sacrifícios, propósitos, votos, dos mais variados meios e formas, dos mais distintos valores, eram uma espécie de meio de troca dos favores de Deus para com o homem.

Até que um dia a venda da religiosidade caiu, e pude contemplar a graça de Deus em minha vida. Compreendi que acima de quem sou ou faço o Senhor Excelso cuida de mim, zela por mim, provê em minha vida e me sustém em Sua mão. Confio nEle. Que Ele faça o que quer em mim e por mim. Sigo o exemplo de Cristo: faça Sua vontade Deus, e não a minha. A benção da graça precisa ser capturada pelo coração dos crentes.

Enfim, o materialismo da Teologia da Prosperidade é uma grande prova de apostasia. Entendemos sim que somos mordomos daquilo que Ele nos concedeu cuidado e que se Ele quiser proverá coisas boas em nossas vidas, porém nunca nos deixaremos dominar pelo materialismo.

Deus não é fantoche de ninguém e não pode ser manipulado por Suas criaturas.

Seja você um cristão genuinamente bíblico e deixe de procurar por mensagens agradáveis que você e seu ego desejam, mas busque aquilo que o Senhor quer para você, lembrando sempre:


“Não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas.” 2Co 4.18

Toda honra e glória ao Senhor!

Notas:
[1] Fundada por Mary Baker Eddy, a Ciência Cristã ensina – baseada no conceito dualista grego – que toda matéria é má, que o mundo material é uma ilusão e que a mente é a única realidade. Deus é um conceito estranho, relacionada a mente; Jesus foi uma figura histórica apenas; o pecado não existe e o inferno não passa de um mau estado mental.
[2] MATOS, Alderi de Souza. Raízes Históricas da Teologia da Prosperidade. Site Revista Ultimato
[3] KEPLER, Karl. Neuroses Eclesiásticas. Arte Editorial. São Paulo, SP: 2009. p.18
[4] HANEGRAAFF, Hank. Cristianismo em Crise. CPAD. Rio de Janeiro, RJ: 1996. p.235-236
[5] SANDRONI, Paulo. Novíssimo Dicionário de Economia. Editora Best Seller. São Paulo, SP: 2001. p.336
[6] ENGEL, Joel. A Festa do Jubileu, 3ªed. Ministério Engel. Sobradinho, RS: 2004. p.77
[7] NETTO, Cristiano. Como Prosperar em Tempos de Crise, 6ªed. Edição do Autor. Curitiba, PR: 2003. p.64
[8] NETTO, Cristiano. Como Prosperar em Tempos de Crise. p.20.
[9] NETTO, Cristiano. O Melhor Vencedor do Mundo, 5ª ed. Ed. e Distr. Provisão e Vida. Curitiba, PR: 2003. p.90
[10] SOUZA, Raul de. A Lei da Semeadura. Épta Produções. Curitiba, PR: 2005. p.46
[11] SOARES, R.R. Como Tomar Posse da Benção. Graça Editorial. Rio de Janeiro, RJ: 2004. p.47-48
[12] BYRNE, Rhonda. O Segredo. Ediouro. Rio de Janeiro, RJ: 2007. p.6
[13] BYRNE, Rhonda. O Segredo. p.17
[14] BYRNE, Rhonda. O Segredo. p.41
[15] BYRNE, Rhonda. O Segredo. p.47
[16] WATTLES, Wallace Delois, A Ciência de Ficar Rico, 6ªed. Editora Best Seller. Rio de Janeiro, RJ: 2008. p.41
[16] WATTLES, Wallace Delois, A Ciência de Ficar Rico. p.38
[17] Texto “Hananias, o mago da prosperidade”. Site Revista Ultimato
[18] MACARTHUR, John F. A Guerra pela Verdade. Editora Fiel. São José dos Campos, SP: 2008. p.200-201
[19] CHAMPLIN, Russel Norman. O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo, vol. 1. Editora Hagnos São Paulo, SP: 2002. p.326
[20] MACDONALD, William. Comentário Bíblico Popular – Novo Testamento. Ed. Mundo Crsitão. São Paulo, SP: 2008. p.31
[21] BLOMBERG, Craig L. Nem riqueza, nem pobreza. Editora Esperança. Curitiba, PR: 2009. p.245-246


Autor: João Rodrigo Weronka 
Fonte: [ NAPEC ] Bereanos
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Aramaico bíblico volta a ser falado e ensinado em Israel

Tentativa de ressuscitar a língua considerada extinta conta com apoio da Suécia
Duas pequenas aldeias da comunidade cristã que habita de Israel estão ensinando aramaico, num ambicioso esforço para ressuscitar uma das línguas que Jesus falava, séculos depois de ela ter praticamente desaparecido do Oriente Médio.
O novo foco colocado sobre a língua dominante na região há 2 mil anos atrás faz uso da tecnologia moderna: um canal de TV totalmente em aramaico é transmitido a partir da Suécia, onde uma comunidade de imigrantes manteve esta língua viva.
Na aldeia palestina de Beit Jala, uma geração mais velha de pessoas que falam aramaico está tentando ensinar a língua com seus netos. Beit Jala fica na região de Belém, onde o Novo Testamento afirma que Jesus nasceu.
Também na aldeia árabe-israelense de Jish, nos montes da Galiléia, onde Jesus viveu e pregou, as crianças do ensino fundamental estão tendo aulas em aramaico. A maioria das crianças pertencem à comunidade cristã maronita. A tradição religiosa maronita tem sua liturgia toda entoada em aramaico, mas poucos entendem as suas orações cantadas.
“Queremos falar a língua que Jesus falava” – disse Carla Hadad, uma menina de 10 anos moradora de Jish, que animadamente respondia as questões em aramaico feitas pela professora Mona durante uma aula recente.
“Nós falávamos essa língua há muito tempo atrás”, lembrou ela, referindo-se e aos seus antepassados. Durante uma aula, cerca de uma dúzia de crianças repetia uma oração cristã in aramaico. Elas também aprendem a dizer “elefante”, “como está?” e “montanha” em aramaico. Algumas crianças desenhavam cuidadosamente as letras aramaicas em seus cadernos que mais parecem manuscritos antigos.
O dialeto ensinado em Jish e Beit Jala e o “siríaco”, que era falado pelos seus antepassados cristãos e que se assemelha ao dialeto galileu que Jesus teria usado, segundo uma opinião de Steven Fassberg, perito em aramaico da Universidade Hebraica de Jerusalém.
“Eles provavelmente teriam conseguidos se comunicar com as pessoas daquela ápoca, caso se encontrassem hoje”, acredita Fassberg.
Em Jish, são 80 crianças do primeiro ao quinto ano que estudam aramaico duas horas por semana como matéria voluntária. Segundo Reem Khatieb-Zuabi, diretor da escola, o ministério da educação de Israel já providenciou verbas para que em breve as aulas se estendam até o oitavo ano.
Alguns muçulmanos moradores de Jish se opunham aos estudos de aramaico, informou o porta-voz Khatieb Zuabi. Eles temiam que isso fosse uma tentativa disfarçada de impor o cristianismo a suas crianças. Os cristãos afirmam que trata-se apenas de uma tentativa de reafirmar sua identidade árabe. Numa região marcada por tantos conflitos, muitos muçulmanos e cristãos de Israel preferem ser identificados pela sua etnia e não pela sua fé religiosa.
Segundo o ministério da educação, a escola de Jish hoje é a única escola pública de Israel onde o aramaico é ensinado. A escola Mar Afram, de Beit Jala é particular, dirigida pela igreja ortodoxa síria e os sacerdotes ensinado a língua aramaica e 320 alunos nos últimos cinco anos. Cerca de 360 famílias da região descendem de refugiados que falavam aramaico e chegaram à região na década de 1920, fugindo dos conflitos em Tur Abdin, na Turquia.
O sacerdote Butros Nimeh explica que os mais idosos ainda falam a língua, mas que ao longo dos anos ela foi se perdendo e eles esperam que agora essa nova geração venha a valorizar suas raízes.
Mesmo tendo a língua em comum, a igreja ortodoxa síria e os maronitas são do dois grupos religiosos distintos.
Os maronitas são a igreja cristã dominante no vizinho Líbano, mas são uma minoria entre os cerca de 210.000 cristãos que vivem na Terra Santa. Os cristãos ortodoxos sírios de Israel não passam de 2.000, informou Nimeh.
Além dos programas de televisão da rede Soryoyo Sat, a comunidade de fala aramaica que vive na Suécia pode chegar a 80 mil pessoas. Eles enviam para Israel o jornal “Bahro Suryoyo”, panfletos e livros infantis, informou Alan Arzu, representante da federação siríaca aramaica da Suécia.
Tudo isso tem ajudado na tentativa de ressuscitar o aramaico dos tempos bíblicos. “Quando ouvimos (a língua), podemos falá-la”, disse Issa, uma professora da rede pública.
Segundo Fassberg, o aramaicos foi a língua predominante na região desde 500 anos antes de Cristo. Mas no século 6, o árabe, língua falada pelos conquistadores muçulmanos da península arábica se tornou o idioma dominante e permanece assim até hoje.
Traduzido e adaptado de Ksnt.com
Fonte:gospelprime

A Heresia Biblicista

por Augustus Nicodemus Lopes
            Pois é, li recentemente um comentário na internet de que os "fundamentalistas" são culpados da "heresia biblicista", que é responsável por matar as igrejas no Brasil. Como a acusação veio de um liberal, é claro que por "fundamentalistas" ele quer dizer "conservadores", aqueles crentes que crêem que a Bíblia é a Palavra de Deus. E é óbvio que ele estava se referindo a duas cosas: (1) que os conservadores defendem que a Bíblia é a única fonte de conhecimento salvador acerca de Deus e de Jesus Cristo e que (2) ela é inerrante e infalível. O liberal erra quando diz que nós, conservadores, colocamos a Bíblia como mediadora entre os homens e Deus, deixando Cristo de lado, mas está certo ao dizer que, de fato, cremos na exclusividade e na inerrância das Escrituras. Depois vou escrever mais sobre isto.
            Mas, por enquanto, para deixar mais claro o que eu - e só posso falar por mim - penso sobre a inerrância da Bíblia, vai esta aula dada no curso 9 Marcas da Editora Fiel.



Fonte:O Tempo, O Mores

CAIO FÁBIO E A SERPENTE DO ÉDEN





Por Wilson Porte Jr.

Como pode alguém afirmar que Jesus é a Palavra e 
depois afirmar que a Palavra contêm muitos erros?

No Éden, a Serpente teve a sagacidade de debater com Eva sobre a Palavra de Deus. Naquele momento, a Palavra de Deus se resumia a poucas palavras ditas à Adão e sua esposa. Em Gênesis 3.1-5, a Serpente debateu teologia, Bíblia, Palavra de Deus com Eva. 

A Serpente argumenta (v.1,4-5) e Eva responde (v. 2-3). Mas a palavra da Serpente pareceu interessante e coerente para Eva. Satanás convenceu Eva. E, seu marido, ao invés de lutar pela Palavra e apegar-se à ela, cedeu sem questionar! Pareceu-lhe desejável. Lá, eles comeram duas coisas: a fruta e a bela argumentação filosófica da Serpente.

Assim como no Éden, ainda hoje Satanás tenta perverter a Palavra de Deus por meio de argumentos aparentemente coerentes e belos. Pessoas bem dotadas na oratória têm sido usadas para desviar cristãos do "caminho reto", ou, do "ensino reto" de Deus. Isso não é novidade. O que nos choca, é por meio de quem a argumentação vem. 

Aqueles que mais têm argumentado que a Bíblia não é a Palavra de Deus são os teólogos liberais. Para os liberais, a Bíblia não é a Palavra de Deus. Ela contêm a Palavra de Deus. Para eles, a Bíblia está cheia de erros, de mitos, e o grande serviço que eles "prestam" ao mundo é a demitologizar a Bíblia (veja este livro onde Rudolf Bultmann, um liberal, defende que a Bíblia está cheia de mitos).

Se você nunca ouviu um teólogo liberal falando, assista o vídeo abaixo (embora esse aí é um liberal fraquinho). Ouçam-no afirmando que a Bíblia NÃO é a Palavra de Deus, afirmando que ela está cheia de erros, e que ... ahahahaha (eu preciso rir!) ... que o Cristianismo nunca teve Jesus como a chave hermenêutica! 

"O Cristianismo NUNCA leu a Bíblia tendo Jesus como a chave hermenêutica"(02:05, no vídeo abaixo) - Caio Fábio.

Ou seja, graças a Deus o Caio Fábio nasceu! Já pensou? Se ele não tivesse nascido, nós ainda estaríamos interpretando a Bíblia de modo errado. Talvez, sem o Caio Fábio, o cristianismo nunca teria descoberto isso!

Norma Braga bem afirmou em seu perfil no facebook:

"Incrível: em dois mil anos de história, NINGUÉM leu a Bíblia tendo Cristo como chave hermenêutica... só o Caio Fábio :-D E assim a fileira pós-moderna de megalôs é perpetuada, cada um asseverando que tem a verdade inteira e essencial que ninguém tem!"

Veja o que mais Caio Fábio diz no vídeo:

"Palavra de Deus é Jesus; Ele é o Verbo"(04:40); "A Bíblia não é inerrante" (03:15); "A Bíblia é um livro do homem; ela não é nem o livro de Deus" (03:43); "O livro (Bíblia) não é suficiente" (04:35).

Enfim, poderia continuar escrevendo, mas... 

A idolatria à pessoa de Caio Fábio é tamanha que, em breve, acharão desculpas para o que ele afirmou. Logo sairão fiéis seguidores em sua defesa (jamais em defesa da Bíblia). O mais triste, e pelo que devemos orar, é que a opinião de muita gente séria e que ama ao Senhor e que, até então, cria que a Bíblia é a Palavra de Deus, passará a questionar (só porque o brilhante e inerrante Caio falou).

Muitos tentarão maquiar o que o Caio disse. Porém, eu creio que Caio Fábio atacou uma das bases de nossa fé. Creio ser impossível separar Jesus de TODA a Bíblia. Creio que TODA a Bíblia é inspirada e inerrante. E creio que ela é suficiente (Salmo 19.7). E não ficarei aqui tentando provar que ela é inerrante. Creio que ela não precisa disso!

Como pode alguém afirmar que Jesus é a Palavra e depois afirmar que a Palavra contêm muitos erros? Como pode alguém afirmar que Jesus é o Verbo, a Palavra de Deus, e depois afirmar que a Palavra não é de Deus, mas de homens? A resposta a estas perguntas é: quando tal pessoa possui uma língua de serpente, pode!

"A fé cambaleará se a autoridade das Escrituras vacilar"
Agostinho de Hipona

Em vídeo, Caio Fábio afirma que Bíblia contém erros e é mal interpretada; Pastores discordam: “declaração infeliz e simplista”


Em vídeo, Caio Fábio afirma que Bíblia contém erros e é mal interpretada; Pastores discordam: “declaração infeliz e simplista”

O debate sobre a Bíblia e sua coerência literária, cronológica e doutrinária foi acirrado com declarações do reverendo Caio Fábio, que numa entrevista, afirmou que “o cristianismo nunca leu a Bíblia tendo Jesus como chave hermenêutica”.
Em sua opinião, a Bíblia deve ser lida a partir da perspectiva de Jesus, e todo o restante, interpretado sob esse ponto de vista.
O vídeo com as declarações do reverendo Caio Fábio está fazendo sucesso nas redes sociais, após a divulgação por parte de pastores.
Questionado sobre quais seriam os motivos de os concílios que decidiram o tamanho, formato e conteúdo da Bíblia não terem corrigido ou extraído questões do Velho Testamento que foram anuladas por Jesus após seu sacrifício, Caio Fábio afirmou que “o que prevaleceu foi a hermenêutica ‘Constantiniana’”, fazendo referência à tentativa de moldar a Bíblia de forma linear e coerente.
Sobre a Bíblia, Caio Fábio disse que no livro, foi aplicada uma “hermenêutica que tenta sistematizar a Bíblia inteira, para fazê-la ser um livro coerente consigo mesmo tempo todo, em cada página, em cada verso, em cada letra”, e emenda dizendo que “é impossível, e quem diz que ela consegue [ser coerente] está mentindo”.
O reverendo frisa em sua argumentação sobre a incoerência da Bíblia e afirma que “ela não é inerrante”, e aponta as falhas que enxerga no livro: “Ela tem erros literários, tem erros cronológicos, dá saltos generacionais e só fica em cima das figuras pivotais mais importantes para marcar a história”.
Caio Fábio é incisivo ao falar que a Bíblia foi um livro feito por homens: “[A Bíblia] não quer ser um livro de ciência para saber como o mundo começou. Ela é um livro do homem. Ela não é nem o livro de Deus, porque sinceramente, Deus tem livros infinitamente melhores do que a Bíblia para escrever, só que a gente não compreende”.
Complementando sua declaração a respeito da Bíblia, Caio Fábio afirma que ela “é o livro possível para minha compreensão. Não só a minha de hoje, mas a compreensão da humanidade nos últimos quatro mil anos. É o livro possível. O grande milagre da Bíblia é carregar esse conteúdo divino, na relatividade de um livro, preso ao tempo, espaço, escrito por homens”.
Contrariando a opinião de Caio Fábio, o pastor Márcio de Souza, colunista do Gospel+, afirmou que “o Pastor Caio foi infeliz e simplista ao dizer que a Bíblia quanto a literatura, cronologia e genealogia não é inerrante. Nunca pensei que iria ver o Reverendo Caio Fábio dizer isso de forma tão leviana e embasado em argumentos tão fracos. Afirmar que a Bíblia é do homem é contradizer a própria Bíblia quando em  2 Tim 3:16 o apóstolo Paulo afirma categoricamente que a Escritura é divinamente inspirada”.
Souza repudia as declarações do reverendo e afirma que a “argumentação do senhor Caio Fábio é satanicamente inspirada, proveitosa para criar confusão e contenda, pronta para desviar gente inocente que o ouve do Caminho da Graça e é injusta com Deus. Ele deveria saber o quão admirado foi pelo povo que hoje despreza, e quantas pessoas  influencia com suas falácias. Porém, hoje, diante desse vergonhoso vídeo que não desconstrói o que ele fez no passado, mas distorce suas falas antigas numa espécie de releitura cega, preciso afirmar com todas as letras e sem simplismo que as Escrituras falam contra ele e sua argumentação relativista”.
Outro que discorda de Caio Fábio é Paulo Teixeira, do Holofote, afirmando que “Caio Fábio está fazendo de tudo para sair do ostracismo, não é novidade para ninguém, todavia tudo tem limites”.
Teixeira classifica de “loucuras” as ideias de Fábio a respeito da Bíblia, e diz que “só existe um que tenta incansavelmente desacreditar a Palavra de Deus, Satã. Será que Caio Fábio decidiu fazer parceria com ele? Caio Fábio precisa de oração! Precisa parar com essas palhaçadas de querer ‘sair da toca’ atacando tudo e todos, e o pior, sem limites. Precisa se arrepender. Imagine um neófito na fé nas mãos de um homem deste!”, conjectura.
Já Daniel Simoncelos, colunista do Gospel+, defende os argumentos de Caio Fábio, e contextualiza as declarações do reverendo: “Ele está certíssimo em dizer que devemos ler o Velho Testamento à luz do Novo, sempre olhando para Cristo. Quando ele diz que a escritura não é inerrante quanto à cronologias, a questão é que as escrituras não se propõem a colocar todos os nomes de uma árvore genealógica, mas sim os principais. Isso não é erro, e sim uma escolha do autor. Quanto a erros na cronologia, novamente não é uma questão de erros e sim de prioridade do autor. Eu posso contar minha história de traz pra frente caso queira”.
Simoncelos pondera dizendo que “de fato, a bíblia é um livro humano, porém jamais poderíamos afirmar que é um livro meramente humano, mas também divinamente inspirado por Deus. Jamais conseguiríamos compreender as escrituras caso fosse apenas divina, pois quem conheceu a mente do Senhor? Imagine só se Deus resolvesse nos contar como foi que Ele criou o mundo de verdade? Não iríamos entender nem uma linha. Imagine tentar compreender todas as leis do universo? Teríamos que ter um HD infinito dentro de nossa cabeça”.
Para Simoncelos, o reverendo está correto em seu ponto de vista sobre a função da Bíblia: “Caio afirma corretamente que Bíblia não se preocupa em explicar a criação do mundo, e eu creio que a Bíblia é a palavra de Deus, e através dela podemos nos ler como pecadores e merecedores da condenação e ao mesmo tempo ler a história de amor de Deus com a humanidade por meio da reconciliação que podemos ter por meio de Jesus. É uma história de Redenção da Humanidade por meio de Jesus Cristo. Com relação a isto ela é completamente inerrante, infalível e perspicaz, não se contradiz nunca em essência”, pontua.
Assista abaixo ao vídeo com as declarações de Caio Fábio:
Fonte: Gospel+

Programa infantil da Palestina ensina crianças a odiarem judeus e cristãos


Vídeo com menina declamando poema revoltou os judeus
Por Jarbas Aragão
Programa infantil da Palestina ensina crianças a odiarem judeus e cristãos
O site Palwatch.org, especializado em assuntos da mídia palestina chamou atenção para um programa infantil de TVonde uma jovem recita um poema  onde diz que os judeus e os cristãos são “inferiores, covardes e desprezíveis” e apela para que os muçulmanos se levantem contra os seus inimigos.
As traduções para o inglês do programa, originalmente em árabe, foram fornecidas pela Palestinian Media Watch, quedescreveu o poema da menina como “incitação ao ódio” e afirma em seu site que os filhos dos palestinos são ensinados desde cedo a odiar os judeus e cristãos. O PMW é um instituto de pesquisa israelense que estuda a sociedade palestina, monitorando as mensagens que ele transmite.
Uma dona de casa abre o programa de televisão da Autoridade Palestina em uma transmissão que foi ao ar em maio e reapresentado em junho. “Você irá recitar um poema que também ensina sobre responsabilidade e pertença”, diz a senhora.
A câmera foca uma jovem chamada Lara, que começa a dizer:
“Os ocupantes roubaram a minha terra e a terra do meu avô. Onde está a sua espada, Khaled [guerreiro árabe]? Onde está a vossa coragem, Saladino [conquistador muçulmano]? Mas ninguém me respondeu onde está… a minha arma eu achei. Uma pedra eu peguei e joguei contra os inimigos do meu destino. Eu ensino ao mundo que os muçulmanos em nome de Deus não podem ser derrotados… Eles nos desafiam com a Casa Branca, e nós os desafiamos com o despertar [islâmico] ea Kaaba [local sagrado em Meca]. Eles não são mais fortes que Khosrau e César [governantes da Pérsia e do império Bizantino]. Eles [os cristãos e judeus] são inferiores e menores, mais covardes e desprezíveis. Eles são os remanescentes das Cruzadas e do Khaibar [aldeia judaica destruída pelos muçulmanos em 629] … Oh muçulmanos do mundo: Despertem, você tem dormido por muito tempo. Seus pais e seus filhos estão sendo massacrados, a Al-Aqsa [Mesquita] está contaminada e destruída “.
Em outro clipe, a mesma menina aparece dizendo: “Nosso inimigo, Sião, é Satanás com uma cauda. Nossa divisão é causada por suas mãos [governantes árabes]. Que suas mãos sejam cortadas. Estamos fartos de nossa divisão, enquanto todas as pessoas estão se unindo”. Ao final, os apresentadores aplaudem o seu poema.
O PMW afirma que a mídia palestina, controlada pelo Estado, muitas vezes demoniza o Ocidente e as religiões como o cristianismo e o judaísmo, e têm como alvo as crianças desde os primeiros anos, ensinando-os a odiar e lutar contra os “inimigos da Palestina”.
Traduzido e adaptado de Christian Post e Palwatch

Líder autointitulado “Jesus Cristo Homem” inicia contagem regressiva para “transformação que o tornará imortal”


Líder autointitulado “Jesus Cristo Homem” inicia contagem regressiva para “transformação que o tornará imortal”
O líder da seita Crescendo em Graça, José Luiz de Jesus Miranda, autointitulado “Jesus Cristo Homem” anunciou no site de sua denominação que daqui a dez dias ocorrerá uma “transformação” em seu corpo, transformando-o em imortal.
O anúncio, de acordo com informações do The Christian Post, apresenta uma contagem regressiva para a transformação: “Hoje, Deus mesmo, o único e grande Deus, o que conhece o porvir desde o princípio, Jesus Cristo Homem, anuncia que estamos em contagem regressiva para que o evento de transformação ocorra”.
Um dos bispos da denominação, que está presente em dez países, incluindo o Brasil e os Estados Unidos, afirmou que “o corpo de José Luis de Jesus, que é um ser humano como você e eu, será transformado e sua carne será imortal. Ele vai ser viver para sempre. E isso vai acontecer com ele e também com todos os seus seguidores. Todos os que não creem nisso serão destruídos”.
A afirmação do bispo canadense Alex Poessy dá o contexto do “fim do mundo” anunciado pelo líder da denominação. Segundo a seita, apenas os seguidores de “Jesus Cristo Homem” sobreviverão, e terão um governo que tornará o mundo em um lugar “sem maldade, sem hipocrisia, sem engano, sem pobreza, sem enfermidade”.
Assista no vídeo abaixo, em espanhol, a despedida de José Luiz de Miranda para sua transformação:
Fonte: Gospel+

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