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segunda-feira, 18 de junho de 2012

Igrejas gueto – Uma análise do perfil missionário brasileiro (1ª parte)


O censo de 2010 apresenta um novo perfil religioso brasileiro, que progressivamente vem sendo marcado pelo contexto evangélico. Há 30 ou 40 anos atrás a imagem que se tinha de “crente”, era a pessoa que não faz isto, aquilo, etc. Tal percepção foi o resultado da proliferação dos grupos pentecostais (Assembleia de Deus, principalmente) que a partir da década de 1950 passaram a evangelizar maciçamente a nossa gente (e glória a Deus por ainda fazerem isto). O momento recente, porém, tem sido marcado pela maior e lamentável ascendência dos grupos neopentecostais (igrejas como a Universal do Reino de Deus, Renascer em Cristo, Mundial do Poder de Deus, etc.) que possuem uma teologia distorcida e, por esta razão, difundem uma prática deturpada, e não raro, herética. Se por um lado eles falam da salvação pela fé em Jesus, por outro fazem vergonhosa barganha de bênçãos, quando não escandalizam com a ostentação e mal uso de riquezas1 materiais em um país com milhões de miseráveis.
Notoriamente, as denominações do grupo conhecido como “tradicionais” têm experimentado uma estagnação e diminuição do percentual em relação ao crescimento populacional nacional, como se verifica no caso dos presbiterianos. A história eclesiástica registra amplamente que nossa pátria foi inicialmente evangelizada por evangélicos reformados, e que a costa do Nordeste, por um curto período, teve a forte influência da igreja reformada holandesa durante o tempo do príncipe Maurício de Nassau, influência que foi fortemente perseguida e banida com o retorno do catolicismo do governo português. Lançando um pouco mais de luz sobre o caso do presbiterianismo, em 1959, no centenário da Igreja Presbiteriana do Brasil, Juscelino, então presidente da república, esteve presente ao culto de ação de graças na catedral Presbiteriana do Rio de Janeiro. Naquela época, os presbiterianos eram o maior grupo denominacional do país. Um pouco mais de 50 anos depois, os presbiterianos do Brasil, em termos numéricos, apresentam uma representatividade nacional acentuadamente diminuída. Talvez com uma menor proporcionalidade, praticamente o mesmo ocorreu com a maioria das denominações históricas, com algumas exceções regionalmente localizadas.
Isto nos leva a perguntar: O que aconteceu com as igrejas históricas (Batistas, Presbiterianas, Metodistas, Congregacionais)? Por que não foram elas as comunidades evangélicas que se expandiram e influenciaram mais amplamente o nosso povo? Não estavam elas estabelecidas no início missionário nacional, e não foram bem estruturadas entre nós? O que aconteceu com a teologia de qualidade que não produziu evangelização de quantidade? Deveríamos interpretar este fato como uma ação soberana de Deus ou como uma inércia de nossas igrejas face às outras que cresceram? Será que a prática missionária de igreja local deixou de refletir a obediência à ordem de pregar o evangelho? Nossa proposta aqui não é a de fazer uma avaliação do crescimento denominacional, mas, com sinceridade, avaliarmos o que aconteceu para não repetimos os erros ao pastorearmos a igreja que em primeiro lugar é do Senhor, e com humildade e santidade podermos planejar ações missionárias. Para tanto, o nosso enfoque será o de buscar orientação na Palavra de Deus, nossa única regra de fé e prática, para conhecermos o papel da igreja e do crente no mundo e não apenas sua atuação dentro da igreja.

O perfil evangelístico-teológico
Necessitando estabelecer os trilhos teológicos os quais orientam as nossas reflexões, se faz preciso, além de fincar sólidas e profundas estacas nas Sagradas Escrituras e observá-las unicamente através da hermenêutica da intenção autoral e da interpretação sincrônica, a qual reconhece que há a necessidade de compatibilizar o tempo do autor e nosso tempo atual, deixo claro que opto pela doutrinária reformada calvinista para explicitar a linha diretriz na confecção de uma proposta teológica-prática de missão. Tendo como ponto de partida a posição contemporânea adotada por vários missiólogos que classificam a teologia de missão, a grosso modo, em dois grandes grupos: os evangelicais e os ecumênicos, 2 parece-nos mais coerente e adequado classificar, pelo menos, três grandes posições teológicas quanto a ação da igreja no mundo: “igrejas de gueto”, “igrejas de absorção” e “igrejas peregrinas”. Essas opções não apenas produzem uma linha de ação missionária, mas definem como a igreja age. A terceira posição é aquela que servirá como prática missionária que abraçamos e propomos.

Igreja gueto
Este é o tipo de comunidade cristã que abraça a teologia do “saia do meio deles”. Agem se fechando em um casulo e encarando todo o resto como externo e desconexo à realidade e responsabilidade do crente. Podemos dizer que algumas igrejas históricas se enquadram neste perfil, se fechando sem assumir deturpações doutrinárias. Ao se analisar as posições missionárias que produzem o gueto, se faz necessário observá-las por dois ângulos.
a) O gueto isolacionista tradicional
Este grupo abraça uma proposta que tem levado cristãos a produzirem uma cidade-igreja dentro da cidade-secular. Ao longo das últimas décadas, foram criados “guetos de artistas, superestrelas e apresentadores, com versões cristãs de tudo que há no mundo”3, para assim ser permitido o envolvimento do cristão em tais atividades. A maior incidência desta postura diz respeito à preservação tradicionalista (que é diferente de preservar uma tradição – 1 Co 11.16) produzida na maioria das igrejas evangélicas históricas e principalmente nas pentecostais mais antigas, onde o descompasso com a realidade da cidade é frequentemente grande e conflitante. Prega-se, por exemplo, que o convertido, de imediato à conversão, deve proceder um completo rompimento das amizades com incrédulos. Tal postura, além de ser antimissionária, lança fora os elos para o testemunho, impondo que o novo cristão imediatamente se desfaça das amizades com os de fora-da-igreja por amor do evangelho. Afinal de contas, dizem eles, “seus amigos-irmãos” agora estão apenas na igreja. Descontextualizando as Escrituras, os defensores do gueto questionam: “que união pode haver entre o crente e o incrédulo?” (2 Co 6.16). Mesmo reservando o espaço da igreja peregrina para fazer a proposta da fé reformada da participação evangelística da igreja no mundo e estabelecer os seus limites, é preciso registrar aqui que o gueto religioso não reflete o ensino bíblico do agir de Jesus, nem tão pouco a estratégia de evangelização e o ensino da participação social do apóstolo Paulo4, nem muito menos satisfaz os requisitos da hermenêutica reformada. Não advogando a parceria ou cumplicidade para com o mal, nem a comunhão ou associação com pecadores para a prática do pecado, reiteramos a afirmação do apóstolo Paulo: “Já em carta vos escrevi que não vos associeis com os impuros; refiro-me, com isso não propriamente aos impuros deste mundo, ou aos avarentos, ou roubadores, ou idólatras; pois, neste caso, teríeis que sair do mundo. Mas agora, vos escrevo que não vos associeis com alguém que, dizendo-se irmão, for impuro, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão ou roubador; com esse tal, nem ainda comais.” (1 Co 5.9-10)
A ação missionária de gueto adotada pelo grupo “tradicional” apresenta fortes cores especialmente em duas áreas: na participação social e na vida cultural. Na primeira área o envolvimento é aceito só se for com entidades sociais evangélicas e com a finalidade de evangelizar. No que se refere às parcerias com a comunidade citadina ou com o governo civil para ações de cunho social, a igreja é levada a não participar, verificando-se exceções quando um líder do governo pertencer à igreja. John Stott bem qualificou este tipo de isolacionismo ao rejeitar a ação social praticada como meio de evangelismo do tipo “açúcar para formiga, isca no anzol”5. Para Stott, a ação missionária biblicamente coerente consiste de “ação social parceira da evangelização”6.
Quanto à questão da participação cultural ou utilização de seus itens na vida cotidiana, a distância se torna quase intransponível. Bem pertinente ao enfoque urbano é a abordagem feita por Michael Horton no seu livro “Cristo e a Cultura” 7. Ele tem como ponto de partida a avaliação de Reinhold Niebuhr 8, sendo a primeira das cinco classificações, “Cristo contra a cultura”, a que melhor define as atitudes da ação missionária de gueto tradicional. A formação de guetos “cristãos contra a cultura” não é coisa nova e pode ser sublinhada em quatro períodos. Logo nos primeiros cristãos, pode-se identificar uma forte reação à cultura, afinal “é difícil ter uma visão otimista do impacto sobre a cultura quando se está sendo jogado aos leões, e as perseguições intensificavam as experiências de deserto desses cristãos primitivos que almejavam uma cidade melhor”.9 Embora não fosse a posição adotada por todos os Pais da igreja, Tertuliano pregava uma franca rejeição da cultura e até à filosofia ao dizer: “O que tem Atenas a ver com Jerusalém?”10, expondo um descompasso do viver cristão proposto pela cidade de Jerusalém em contradição à idolatria praticada em Atenas.
Posteriormente, o segundo momento apresentou o surgimento dos mosteiros. Por crerem que o afastamento do mundo era fator de crescimento espiritual, a prática da clausura tornou-se formadora de guetos por excelência. O monasticismo surgiu com a grande marca da ordem beneditina, também como uma reação ao engessamento eclesiástico. O clericalismo (acessos espirituais e privilégios exclusivo dos clérigos) havia abraçado quase que totalmente o estilo e valores mundanos, tornando a proposta cristã praticamente indissolúvel com a cultura. Contudo, o gueto não foi total; esse movimento monástico marcou definitivamente o trabalho missionário por séculos tanto nas cidades quanto nas áreas rurais. Os monges foram, praticamente, os grandes missionários da Igreja Católica Romana11, e os responsáveis pelo anúncio da fé católica em quase todo continente europeu, tendo atingido também cidades da Ásia.12
O terceiro “avivamento” do gueto cristão tradicional se deu com os grupos anabatistas na época da Reforma do século 16. Eles reagiram não apenas contra Roma, mas também contra a “tolerância” dos reformadores com a igreja romana. Eles rejeitaram qualquer semelhança com os rituais e práticas católicas, tais como o batismo por aspersão, formas de culto, vestimentas, relação próxima com o estado, etc. Tal postura produziu uma visão separatista da igreja e sua relação com a sociedade não cristã. O gueto mais uma vez se instalou. O quarto movimento diz respeito à época de hoje e tem se instalado nas cidades sem produzir barreiras geográficas. Para a “igreja gueto” do século 21 a expansão do Reino de Deus é, via de regra, interpretada como a construção de um império cristão dentro da cidade pagã. No contexto urbano atual, grupos de igrejas evangélicas de tendência exclusivista, abraçam o gueto missionário que a Reforma procurou desfazer13. Alguns chegam ao extremo de recusar servir o exército ou participar de cargos públicos, como fizeram os anabatistas separando-se fisicamente da cidade-do-homem, ao tempo que estabeleciam utopias espirituais dentro e fora dos limites das cidades.14 Nas palavras de Horton: “Eventualmente, chegamos ao ponto de possuir nossas próprias estações de rádio e televisão, cinemas, ‘show de entrevistas’, cruzeiros, estrelas de rock, divertimentos e outros apetrechos do hedonismo moderno, sem ter que se preocupar com deixar o gueto. Chamamos isto de evangelismo e talvez até intencionássemos que fosse evangelismo, mas acabou criando apenas mais uma igreja que é do mundo, mas não está no mundo, ao invés de estar no mundo e não ser do mundo.”15.
b) O gueto isolacionista radical
O outro grande grupo da ação missionária de gueto é uma contradição, pois defende o “isolacionismo radical”. Ele é formado por aqueles que defendem e radicalizam a posição da igreja como o “porto seguro” e ao mesmo tempo o quartel general divino das operações da “batalha espiritual”contra o domínio territorial de Satanás. Radicalismo é o termo que melhor define este tipo de ação missionária. A cidade é vista como dominada por principados e potestades demoníacos que são chamados de “governadores espirituais territoriais”. O contexto urbano é entendido como lugar maldito, a cidade é toda perversa, diabólica e odiosa. Ela é o palco de uma guerra entre Deus e Satanás, onde a igreja é o exército divino e os habitantes da cidade os “filhos de Magogue”16.
Os que defendem esta “missiologia de guerra” reduzem a prática missionária à tarefa de levar a igreja a fazer incursões de sobrevivência para si mesma na cidade e planejar uma estratégia para “amarrar” e “destronar” os demônios que governam a cidade, antes de efetuar embates e resgates que produzam “libertação espiritual”. Claramente é pregado, embora dê-se ênfase no poder do Espírito Santo, que a salvação de muitas pessoas na cidade dependerá de como a igreja age contra os principados urbanos do mal. O método assume maior poder do que a própria soberania de Deus. Paradoxalmente, verifica-se que tal posição priva a igreja da participação social e política na cidade, ação que é vista como associar-se ao inimigo ou conceder-lhe trégua. Por outro lado, aceitam-se participações e doações mundanas que venham a beneficiar a “cidade-igreja”, afinal “guerra é guerra”.
O gueto cristão radical, ao abraçar o dualismo entre o secular e o sagrado, torna quase que imperceptível a doutrina da graça comum, limita a extensão da vitória de Jesus sobre o reino de trevas ao contexto da igreja e confere a esta uma missão que difere da Missio Dei (Missão de Deus). Não é à toa que o missiólogo M. A. C. Warren constata: “Nossa teologia de missões tem sido muito, demasiadamente, relacionada com o resgate de almas e fazer continuar flutuando a pequena arca de salvação, e muito, muito pouco com a segurança dos direitos da Cruz do Redentor em todas as partes do seu domínio. Temos tido uma pobre visão da graça e limitadíssima percepção do pecado.”17.
Seja qual for o tipo de isolacionismo, a opção pelo gueto missionário produz na igreja um grande distanciamento do seu campo missionário e rejeita a proposta do Cristo que se fez gente e viveu a sua realidade urbana. Ao viver e apreciar a sua “ostra missionária”, a igreja volta-se tanto para si mesma que deixa de perceber e praticar sua natureza missionária de ir ao mundo e produzir um encontro com uma mensagem de boas notícias. Ecoa para nós ainda hoje a observação feita por Hendrick Kraemer: “No exato momento em que uma igreja principia a afastar-se da introversão em que está imersa, por aceitar que basicamente é uma instituição estruturada, e olha para o verdadeiro campo, o mundo, um novo realismo se desperta. Um sem-número de perguntas imediatamente assalta tal igreja, perguntas como: O que sou? Para que fim existo? Estou alcançando plenamente esse objetivo? Onde e como vivo? Num gueto ou em contato com o mundo? O mundo escuta quando lhe falo; em caso negativo, por que não? Estou ou não proclamando de fato o evangelho? Por que se levantou esse muro de separação entre o mundo e aquilo que devo representar? Conheço ou não o mundo em que as pessoas vivem? Por que visivelmente me consideram vestígios de um mundo que pertence irrevogavelmente ao passado?” 18.
A teologia de gueto pode produzir pelo menos cinco graves conseqüências para a igreja, e podem ser identificadas como verdadeiras fábricas de cristãos defeituosos.
1. Os Et’s do Céu
Alegando que o crente “não é deste mundo”, este tipo de gueto desenvolve um estilo de vida que produz uma verdadeira alienação do contexto onde a igreja está inserida. Só se tem amigos na igreja, as pessoas do mundo são inimigas. Na verdade, acreditamos que o afastamento do mundo é bíblico e correto quando se refere ao sistema diabólico e a não participação do crente nas suas corrupções, violências, injustiças e imoralidades. Contudo, o gueto missionário torna-se inaceitável quando prega a total exclusão de qualquer participação social; quando incentiva a ruptura de relacionamentos, mesmo que íntegros, com os incrédulos; quando não se crer que Deus também é Deus das cidades tipo “Babilônia”; quando se vive esperando apenas o “ir para o céu” e em quanto isto vive como um “alienígena celeste” entre os humanos da terra que não se compadece nem chora os seus pecados.
2. Quase tudo é do Diabo
É frequente encontrar na igreja tipo gueto uma forte ênfase no poder e ação de Satanás. Apenas a igreja é a “ilha de paz e segurança”. Fora da igreja é “batalha espiritual”. Há grupos que chegam ao extremo de ver demônios em quase tudo (plantas, locais da casa, pneus de carro, doenças), ou então se dedicam a descobrir quais são as “entidades” que governam um estado, uma cidade ou um bairro. Parece que o Salmo 24 não faz parte da Bíblia, e que Jesus na Cruz e por sua ressurreição, não destruiu de vez o poder de Satanás (Cl 2.13-15; Hb 2.14-14; 1 Pe 3.22).
3. A igreja é a ilha de salvação
Ao fechar-se como comunidade isolada do mundo, a igreja que abraça o gueto se posiciona como uma espécie de “única ilha de salvação”, e os crentes vão ao mundo para “salvar alguns perdidos” e trazê-los para dentro da ilha e, geralmente, quando chegam, lhes são exigidas penosas regras do tipo “pode-não-pode” que, frequentemente, vão além das recomendações bíblicas.
4. Paranoia espiritual
Não raro encontramos crentes que por “fraqueza espiritual” ou fragilidade de sua base doutrinária, não conseguem dizer “sim” plenamente às imposições que o gueto faz, e por isso vivem uma vida dupla. No mundo eles são e agem com o padrão semidiabólico (não se entregam de todo), na igreja vestem a “farda que todos usam”. É o famoso “um pé no mundo e outro na igreja”. Essa duplicidade produz uma tensão tão violenta e destrutiva que, mais cedo ou mais tarde, termina se rompendo e a enfermidade espiritual fica exposta.
5. Separação do que é sagrado e do que é secular
Geralmente o gueto gera coisas que são sagradas (só para Deus ou propriedade de Deus), e coisas que são profanas ou seculares (propriedade de Satanás ou do mundo). Produzem conceitos tais como o local (templo) onde a igreja se reúne é sagrado, mas a sala da casa e o carro do crente não. Coisas e roupas que não podem ser usadas nas reuniões das igrejas, podem em reuniões equivalentes no mundo, etc. Esta divisão, em parte, é a consequência de uma crença errônea que o Diabo é proprietário da criação de Deus.
Notas:
1. Em fevereiro de 2001, a líder da igreja Renascer em Cristo, foi foco de uma reportagem onde a líder ostentou carros importados e até o casamento suntuoso de sua filha com uma festa para mais de 1000 convidados, e tudo isto como conseqüência de sua ‘fidelidade” e “santidade” diante de Deus. Ver Revista Veja de fev/2001, São Paulo: Editora Abril, 2001.
2. Na verdade não se pode fazer uma distinção muito rigorosa, pois para a classificação “evangelical” há pelo menos 4 ou 5 outras sub-classificações. Ver David Bosch, Witness to the World, 28-9.
3. Michael Scott Horton, O Cristão e a Cultura. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 1998, p. 10.
4. Este aspecto da participação da igreja evangelizando o ambiente urbano é abordado mais amplamente por Joseph Aldrich, que advoga para a igreja na cidade a quebra do paradigma do uso de campanhas de evangelização do tipo “venha e ouça o pastor fulano de tal”. Aldrich alerta que tal abordagem necessita ser trocada pela formação de relacionamentos íntegros com os não evangélicos de tal forma a proporcionarem testemunho cristão relevante, abrindo as portas para a evangelização por amizade. Ver Joseph C. Aldrich, Amizade: A Chave para a Evangelização. São Paulo: Edições Vida Nova, 1987.
5. John R.W. Stott, Christian Mission on the Modern World. Langdom: InterVarsity, 1975, p. 26. Em português, publicado pela Editora Ultimato com o título “A Missão Cristã no Mundo Moderno”.
6. Ibid., p. 27.
7. Horton, O Cristão e a Cultura, p.10.
8. Ibid., 41-7. O autor mesmo não concordando integralmente com a classificação de Niebuhr, a considera útil para organizar as idéias. As cinco classificações são: Cristo contra a cultura; O Cristo da cultura; Cristo acima da cultura; Cristo e cultura em paradoxo; e por fim Cristo o transformador da cultura.
9. Ibid. Grifo nosso.
10. Ibid.
11. Kenneth C. Latourette, A History of Christianity. New York: Harper Collins, 1975, vol 1, p. 233.
12. Joseph Cullen Ayer, A Source Book for Ancient Church History: From The Apostolic Age To The Close Of The Councilar Period. NY, Charles Scribner’s Sons, 1948, p.585.
13. Horton, O Cristão e a Cultura, 139. O autor afirma que o catolicismo medieval sagrou o monge que rejeitava a atividade mundana, porém o protestantismo, em especial o calvinismo, chamava o crente para uma ação dentro do mundo.
14. Ibid., p.42.
15. Ibid., p.141-2.
16. No contexto brasileiro, quem melhor reflete esta visão da cidade, são os grupos neo-pentecostais. Contudo, há grupos evangélicos tradicionais influenciados pela doutrina belicosa de “Batalha espiritual” a qual possui expoentes como o conhecido teólogo norte-americano Peter Wagner, e no Brasil destacam-se, entre outros, Walnice Milhomes e Neusa Itioka no seu artigo “A Missão da Igreja e o Confronto com a Opressão Espiritual e as Práticas Demoníacas” em A Missão da Igreja, Valdir Raul Steuernagel, Org., Belo Horizonte: Missão Editora, 1994, p.197-212. Ver também Augustus Nicodemus Lopes, O Que Você Precisa Saber Sobre Batalha Espiritual. São Paulo: SOCEP, 1998.
17. M. A. C. Warren, The Christian Mission and the Cross em Mission Under the Cross, Norman Goodall, Org., London: Edinburg Press, 1953, p.36.
18. Hendrick Kraemer no seu livro The Communication of The Christian Faith citado por David J. Hesselgrave, A Comunicação Transcultural do Evangelho: Comunicação, Missões e Cultura, vol. 1, São Paulo: Edições Vida Nova, 1996, p. 21. Destaques em itálico nosso.
_________________
Sérgio Paulo Ribeiro Lyra é pastor e coordenador do Consórcio Presbiteriano para Ações Missionárias no Interior. Autor do livro “Cidades para a Glória de Deus” (Visão Mundial). É missiólogo e professor do Seminário Presbiteriano em Recife (PE).
Fonte:ultimatoonline

Papa: ‘Escândalos sexuais de padres abalaram credibilidade da Igreja’


O papa Bento 16 fez declarações neste domingo (17) referentes aos casos de padres que abusaram sexualmente de crianças na Irlanda. Segundo o pontífice, os “pecados cometidos por sacerdotes e pessoas consagradas contra pessoas confiantes a seus cuidados”, das quais “abusaram” em vez de lhes mostrar o caminho a Cristo, “abalaram a credibilidade da mensagemda Igreja”.
Essas declarações foram feitas em um vídeo enviado por ocasião do encerramento do 50º Congresso Eucarístico Internacional, realizado nos últimos dias em Dublin, Irlanda.
Bento 16 lamentou que “a gratidão e a alegria por uma história tão grande de fé e amor” como a da Igreja na Irlanda, tenham sido “afetadas de maneira terrível com a divulgação dos pecados cometidos por sacerdotes e pessoas consagradas”, em alusão aos casos de abusos sexuais a menores por parte de religiosos no país.
“Como se explica que pessoas que recebem regularmente o corpo do Senhor e confessam seus pecados no sacramento da Penitência tenham pecado desta maneira? Continua sendo um mistério. Mas, evidentemente seu cristianismo não estava alimentado pelo encontro com Cristo”, declarou Bento 16.
No último dia 12 de junho, o cardeal Marc Ouellet, legado pontifício no 50º Congresso Eucarístico Internacional, se reuniu com vítimas de abusos sexuais por parte de clérigos, a quem pediu perdão em nome do papa e da Igreja e expressou “vergonha e remorso”.
Em 2009, foram divulgados dois relatórios oficiais irlandeses que revelaram que durante décadas centenas de crianças desse país sofreram abusos sexuais por parte de sacerdotes.
Após conhecer estes casos, o papa disse que estava “desolado e angustiado” e que compartilhava com os fiéis a “indignação, a traição e a vergonha” por esses delitos sexuais.
Fonte: Folha Gospel

Terroristas do Boko Haram cumprem ameaças, atacam igrejas e matam cristãos



Um carro queima depois da explosão de uma bomba na Igreja Católica de Santa Teresa em Madalla, Suleja, na Nigéria, em 25 de dezembro de 2011
Após atendados a bomba contra cinco igrejas cristãs do estado de Kaduna, no norte da Nigéria, um novo atentado matou e feriu dezenas de pessoas neste domingo (17) em Jos, também localizada no norte do país.
Um homem do grupo Boko Haram detonou explosivos fora de uma igreja, e, no mesmo dia em outra localidade, homens armados abriram fogo contra fiéis em outra igreja.
Testemunhas afirmaram que houve muitos mortos. “Podemos afirmar que dezenas de pessoas morreram nessa explosão de violência”, declarou à AFP um porta-voz da Agência Nacional de Emergências (Nema), Yushau Shuaib, segundo publicação no G1.
No primeiro ataque, um carro-bomba foi em direção à Igreja Cristo de Deus em Jos. A bomba foi detonada nas proximidades da comunidade cristã, o choque do carro e a explosão derrubou parte do prédio, ferindo mais de 40 pessoas e causando a morte de outras cinco, incluindo o homem bomba.
No segundo ataque, que ocorreu no mesmo dia, homens armados abriram fogo contra fiéis dentro da igreja, duas pessoas foram mortas e algumas ficaram feridas.
No norte da Nigéria, região onde foi decretado o estado de emergência, opera a grupo radical islâmico Boko Haram, que recentemente advertiu que todos aos cristãos que vivem no norte do país devem sair para o sul, onde a maioria da população é cristã.
Os cristãos tornaram-se o principal alvo do Boko Haram, após a vitória do presidente Jonathan nas eleições de abril de 2011. Um cristão do sul é líder do partido democrático do povo.
O grupo Boko Haram assumiu a autoria dos atentados cometidos há uma semana contra duas igrejas, delegacias e civis. O movimento radical luta para impor a lei islâmica na Nigéria, de maioria muçulmana no norte e cristã no sul.
Boko Haram, cujo nome significa ‘a educação não islâmica é pecado’, iniciou sua campanha violenta em 2009, quando o seu fundador, Mohammed Yousef, morreu sob custódia policial.
O grupo terrorista já foi responsabilizado pela morte de cerca de 1,2 mil pessoas, a maioria em ataques no norte da Nigéria, segundo o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas nigerianas, Oluseyi Petinrin.
Fonte: The Christian Post

ENCONTRO DE JOVENS: 1º SEM JOÃO, COM CRISTO


          No próximo sábado  dia 23 de Junho de 2012 às 19:30 os Jovens da Igreja Presbiteriana Filadélfia de Garanhuns estarão promovendo o " I SEM JOÃO, COM CRISTO" . O Encontro de Jovens será realizado pela UMP e UPA da Igreja. Venha participar conosco deste momento, quando estaremos proclamando somente a Glória de Jesus.

Local: Rua Tobias Barreto, 30 - Jardim Petrópolis,  Garanhuns-PE




Após resposta de Silas Malafaia, blogueiros rebatem afirmações do pastor: “Ilustre desconhecido ou corrupto conhecido?”


Após resposta de Silas Malafaia, blogueiros rebatem afirmações do pastor: “Ilustre desconhecido ou corrupto conhecido?”

Após a resposta do pastor Silas Malafaia aos blogueiros que criticaram o desafio lançado por ele, de refutar a teologia da prosperidade, novos artigos, rebatendo as palavras do líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, foram publicados.
Malafaia afirmou, em um texto assinado por ele e publicado em seu site, que “ilustres desconhecidos” o estavam criticando e difamando.
Em resposta, o pastor Márcio de Souza, colunista do Gospel+, respondeu dizendo que “para algumas pessoas, mais vale o poder de vomitar besteiras boca à fora, prevalecendo através de bens materiais recebidos através de trocas de favor espúrias do que estar no centro da vontade de Deus”.
O colunista afirma ainda que apesar de “não ser famoso, não ter jatinho, nem carro blindado ou relógio de ouro, jamais carregarei sobre as minhas costas o peso de entregar o nosso povo, nem de fazer aliança com quem não tem aliança com Deus”
Leia a íntegra do artigo “Ilustre desconhecido ou corrupto conhecido?”, do pastor Márcio de Souza neste link.
O blogueiro Ruy Marinho publicou no Bereianos o artigo “Resposta de um ‘ilustre desconhecido’ a um famoso corrompido”,  em repercussão à mesma afirmação de Malafaia. Segundo ele, a postura do pastor demonstra incapacidade de responder às refutações feitas por blogueiros como ele à teologia da prosperidade.
-Considero a resposta  do Pr. Silas como vazia e infundada, além do tom ofensivo e de deboche, com palavras que somente pessoas psicologicamente abaladas podem pronunciar. Posso deduzir que tal atitude partiu do fato de que ele não foi capaz de replicar o que apontamos na própria Bíblia – escreveu Marinho.
Em outra publicação, Marinho afirma que “há alguns anos o tele-pastor desvirtuou-se de sua posição clássica contrária aos modismos e heresias, inclusive que ele mesmo criticava e condenava, para aderir à perniciosa teologia da prosperidade”.
Nessa publicação, Marinho rebate a pregação do pastor Silas Malafaia ponto a ponto, e ressalta que Silas Malafaia “vem promovendo uma série de distorções bíblicas e heresias gravíssimas, além de abrir a porta para pregadores heréticos da tal teologia mercantilista vindos de outros países”.
Confira abaixo a íntegra do artigo “Refutação Bíblica a palavra do Silas Malafaia sobre ‘Uma Vida de Prosperidade’”:
Recentemente, o tele-pastor Silas Malafaia veio a público desafiar os ”blogueiros, críticos de meia-tigela e sites de bandidos travestidos de evangélicos… quem planta notícia em internet, invejosos, caluniadores…” [1], a mostrar biblicamente onde é que se encontram as falhas teológicas de sua pregação sobre a teologia da prosperidade, que “ele prega e crê” [2].
Talvez o título dessa postagem fosse mais conveniente com a frase: Ensinando Silas Malafaia a deixar a colher e comer de garfo! Seria uma resposta a própria afirmação dele de que, quem o critica “come de colher e quer ensiná-lo a comer de garfo”. Porém, não posso deixar de lado o que a Bíblia diz em 1 Pedro 3.14-17:
“Ora, quem é que vos há de maltratar, se fordes zelosos do que é bom? Mas, ainda que venhais a sofrer por causa da justiça, bem aventurados sois, Não vos amedronteis, portanto, com as suas ameaças, nem fiqueis alarmados, Antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração, estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pede razão da esperança que há em vós, fazendo-o, todavia, com mansidão e temor, com boa consciência, de modo que, naquilo em que falam contra vós outros, fiquem envergonhados os que difamam o vosso bom procedimento em Cristo, porque, se for da vontade de Deus, é melhor que sofrais por praticardes o que é bom do que praticando o mal.” (negrito do autor)
É de conhecimento de todos que, há alguns anos o tele-pastor desvirtuou-se de sua posição clássica contrária aos modismos e heresias, inclusive que ele mesmo criticava e condenava [3], para aderir à perniciosa teologia da prosperidade. Com isso, o mesmo vem promovendo uma série de distorções bíblicas e heresias gravíssimas, além de abrir a porta para pregadores heréticos da tal teologia mercantilista vindos de outros países. Basta pesquisar aqui no blog para constatar que existem inúmeros artigos de refutação e denúncias das práticas anti-bíblicas de Silas. Inclusive, destaco um ótimo resumo crítico que foi publicado recentemente no Púlpito Cristão, no qual você pode ver aqui!
Embora Silas Malafaia tenha feito o desafio com um tom ofensivo de deboche e covardia, eu farei a refutação de sua palavra supra-citada não pelo desafio em si, mas pelo dever em defender o evangelho, aja visto ter detectado em sua pregação várias distorções bíblicas e conclusões errôneas feitas pelo tele-pastor, referentes ao que ele defende. Portanto, para ser mais direto e categórico, vou me conter em refutar somente a pregação do Silas Malafaia neste programa específico, onde ele desafia os blogueiros (dos quais incluo-me).
A primeira parte de sua pregação – com base na teologia da prosperidade – denominada “uma vida de prosperidade”, foi ao ar no último sábado, dia 2 de maio de 2012. Veja abaixo:
Em sua pregação, para começar ele cita três pontos que serão abordados: o que é a oferta, características de um ofertante e o resultado na vida do ofertante. Silas utiliza 2Co 9.1-15 de uma maneira desconexa e fragmentada, utilizando somente de alguns versículos desta passagem para fazer a sua defesa da teologia da prosperidade, algo normal de uma pessoa que prega tal conceito, pois não há o costume de utilizar uma pregação expositiva equilibrada. Ele ainda afirma que esta passagem é o “melhor compêndio no Novo Testamento sobre o assunto”.
Porém, ao sair do círculo fechado e fragmentado que Silas arma em torno de 2Co 9.1-15, afirmando a prosperidade financeira como recompensa para todos os crentes que ofertam, não tem como ignorar todo o contexto bíblico que trata de dinheiro, principalmente as passagens que afirmam o contrário do que Silas defende. Como harmonizar, por exemplo, a sementeira e a colheita de 2Co 9 com esta outra passagem que diz “Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes. Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição. Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores.” (I Tm 6.8-10, ARA) ?
O que dizer então das palavras do Mestre: “Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam; porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração. São os olhos a lâmpada do corpo. Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso; se, porém, os teus olhos forem maus, todo o teu corpo estará em trevas. Portanto, caso a luz que em ti há sejam trevas, que grandes trevas serão! Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas.” (Mt 6.19-24, ARA ) ?
Enquanto uma passagem supostamente afirma (segundo Silas) que podemos ofertar com a promessa de prosperidade financeira plena, outras afirmam exatamente o contrário, que não devemos enfatizar a prosperidade financeira! Tem alguma coisa errada aí! Será que Silas Malafaia está pregando algo correto à luz do contexto bíblico? Será que Deus ficaria preso na condição de obrigação em recompensar financeiramente quem oferta?
2Co 9.1-15 pode ser o “melhor compêndio” sobre o assunto conforme ele afirma, porém não é o único, principalmente no Novo Testamento! Não se pode interpretar uma passagem isolada de outras que tratam do mesmo assunto (regra básica de hermenêutica).
Quando desfragmentamos os versículos isolados que Silas utiliza e analisamos a luz do contexto imediato desta passagem, veremos facilmente que o foco de Paulo não é a prosperidade financeira para os crentes em resposta ao ato de ofertar, mas sim a necessidade de ajudar financeiramente – com alegria e deliberadamente – os irmãos mais pobres. Paulo usa como exemplo aos Coríntios (uma igreja com membros financeiramente estáveis) de como os irmãos macedônios foram generosos nas ofertas enviadas à igreja de Jerusalém. Mesmo com sérias limitações financeiras (profunda pobreza, 2Co 8.2) eles tiveram alegria em ajudar os irmãos pobres. Este exemplo deve ser aplicado a nós nos dias de hoje com total significância. Porém, não com o objetivo de barganhar com Deus, esperando algo em troca.
Uma pergunta que devemos fazer: será que as ofertas e desafios financeiros que, tanto Silas Malafaia, quanto os demais tele-pastores fazem em seus programas são destinados aos pobres da Igreja? Não, pois eles categoricamente afirmam qual é o destino do dinheiro doado em suas coletas: sustentar os programas de TV (valores milionários), viagens nacionais e internacionais, mega-cruzadas caríssimas, jatinho particular etc. Posso estar errado, mas eu nunca vi Silas fazendo um desafio financeiro para ajudar os pobres da Igreja.
Continuando a análise ao vídeo, Silas comete outro erro grave: ao citar 2Co 9.4, ele afirma que “a oferta tem sólida base no mundo espiritual”. Para chegar a esta conclusão, ele utiliza a tradução bíblica Almeida Corrigida Fiel onde diz na parte final “…firme fundamento de glória”[4]. Porém, ao analisar melhor outras traduções da bíblia (inclusive o grego original), bem como o contexto direto (vs 1 a 4), veremos exatamente o que Paulo afirma: “Não tenho necessidade de escrever-lhes a respeito dessa assistência aos santos. Reconheço a sua disposição em ajudar e já mostrei aos macedônios o orgulho que tenho de vocês, dizendo-lhes que, desde o ano passado, vocês da Acaia estavam prontos a contribuir; e a dedicação de vocês motivou a muitos. Contudo, estou enviando os irmãos para que o orgulho que temos de vocês a esse respeito não seja em vão, mas que vocês estejam preparados, como eu disse que estariam, a fim de que, se alguns macedônios forem comigo e os encontrarem despreparados, nós, para não mencionar vocês, não fiquemos envergonhados por tanta confiança que tivemos.”(NVI, grifo meu)
Portanto, concluímos facilmente duas coisas: primeiro, que não se deve fazer uma exegese profunda em um texto bíblico considerando somente uma tradução da bíblia; segundo, que a passagem em si não há, absolutamente, nada de super sobrenatural como Silas afirma, mas a passagem narra a demonstração de confiança e orgulho que Paulo tinha pelos crentes de Corinto, na certeza dos mesmos ajudarem através das ofertas os irmãos pobres da Judéia, conforme fizeram os irmãos da Macedônia.
Mais um erro teológico de Silas: Ele cita, estranhamente de forma fragmentada parte de 2Co 9.5, onde diz “…e preparassem de antemão a vossa bênção” [negrito meu], afirmando que a palavra “benção” nesta passagem significa “um meio de receber favor Divino e meio de felicidade”. Ou seja, segundo Silas, em resposta a oferta haverá uma ação direta de Deus em abençoar os ofertantes! Isto é uma distorção forçada do texto, pois no contexto direto a palavra bençãoestá direcionada a uma ação direta dos ofertantes aos que receberiam as ofertas! Embora reconheça que Deus pode, segundo a vontade Dele, abençoar a vida financeira de quem ajuda, não é o que este versículo em si afirma. Os “abençoados” são os que recebem as ofertas e não os que ofertam!
Veja a mesma passagem em outra tradução: “…concluam os preparativos para a contribuição que vocês prometeram. Então ela estará pronta como oferta generosa, e não como algo dado com avareza.” (NVI, negrito meu) No original grego, a palavra utilizada é eulogia (benção), empregada neste contexto como”generosidade” [5]. Lembrando que o significado da palavra “benção” é variável, no caso desta passagem se enquadra na definição de “expressão ou gesto com que se abençoa. Benefício, favor especial.” [6]
Continuando, Silas cita 2Co 9.10 “Ora, aquele que dá a semente ao que semeia, e pão para comer, também multiplicará a vossa sementeira, e aumentará os frutos da vossa justiça”, afirmando que Deus nos dá a semente para ofertar. Está correto! Afinal, Deus é o provedor de tudo, o homem não dá do que é propriamente seu, e sim daquilo que Deus lhe tem dado (veja At 17.25). Mas, para quê serve esta semente que Deus nos dá? Para sustentar ministérios milionários de tele-pastores que cada vez mais ficam ricos para esbanjar “prosperidade”, em troca de uma suposta benção financeira sobrenatural? Não!
A semente que provém de Deus é para ajudar os pobres da igreja para que todos sejam abençoados e Deus seja glorificado! Veja o contexto direto no versículo 9: “Como está escrito: Distribuiu, deu aos pobres, a sua justiça permanece para sempre” (ACF, negrito meu), uma citação que Paulo faz de Salmos 112.9 para mostrar que a generosidade à quem precisa é característica de todo Cristão. Deus abençoa a nossa vida para “aumentar os frutos da nossa justiça”(vs9), para “toda a generosidade”(vs11) e para “suprir as necessidades dos santos” (vs10). Ou seja, Deus pode, segundo a vontade Dele, prover em nossas vidas quando ajudamos os pobres da Igreja, principalmente para aumentar a possibilidade desta ajuda continuar cada vez mais: “Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e devemos dar nossa vida pelos irmãos. Ora, aquele que possuir recursos deste mundo, e vir a seu irmão padecer necessidade, e fechar-lhe o seu coração, como pode permanecer nele o amor de Deus?” (1Jo 3.16-17, ARA)
Mais um erro de Silas: Ele cita parte do VS 12 “…porque a administração deste serviço”, para afirmar que a oferta é um serviço para Deus. Logo em seguida, ele cita 1Co 15.58 que diz “que o nosso trabalho não é em vão” para afirmar que, se é um trabalho, Deus vai recompensar. Ainda cita Jr 21.14 que diz “o Senhor recompensará a cada um segundo o fruto das tuas ações”. E termina afirmando que: “se a oferta é um serviço para Deus, Ele vai nos recompensar da mesma forma que alguém trabalha e tem que receber salário.”
Errado Pr. Silas! O contexto de 1Co 15.58 em nenhum momento é formalizado um contrato de trabalho entre nós e Deus com promessa de honorários financeiros, muito pelo contrário, fala da esperança que os Coríntios deveriam ter no dia da ressurreição para continuarem perseverando na fé, mesmo sob ensinos falsos e várias tentações, sabendo que os esforços para o serviço à Deus nunca será em vão (veja Is 65:17-25).
Segue o contexto direto da passagem em questão: “Isto afirmo, irmãos, que a carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus, nem a corrupção herdar a incorrupção. Eis que vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque é necessário que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista da imortalidade. E, quando este corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir de imortalidade, então, se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte pela vitória. Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?  O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão.” [1Co 15.50-58, ACF, negrito do autor].
E sobre Jeremias 21.14, veja o que diz: “Eu vos castigarei segundo o fruto das vossas ações, diz o SENHOR; e acenderei o fogo no seu bosque, que consumirá a tudo o que está em redor dela.” (ACF) O texto fala de castigo e não de recompensa financeira! Que distorção bíblica grosseira Pastor Silas!
Dando continuidade na análise do vídeo, Silas agora discorre para os resultados na vida de um ofertante. Logo de cara ele afirma que “Deus trabalha com a lei da recompensa”. Para tal afirmativa, ainda divide esta lei em “5 leis que funcionam na vida de um ofertante”. Chamo a atenção para algo gravíssimo: colocar a condição de lei para Deus é neutralizar a onisciência Dele! É afirmar que Deus trabalha somente em troca do nosso dinheiro! Afinal, se temos que cumprir esta lei, Deus também tem o dever de cumpri-la. Estaria Deus amarrado em uma condição humana?
Para a 1ª lei, Silas utiliza 2Co 9.6 afirmando a “lei da semeadura”: “E digo isto: o que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia em abundância, em abundância também ceifará.” Esta passagem está em conexão com todo o contexto direto, no qual já tratamos nesse artigo (veja explicação acima sobre os versos 9 e 10).
Se esta suposta lei da semeadura financeira funcionasse como Silas afirma, porque existem cristãos pobres que precisam de ajuda da própria Igreja? Falta de fé para ofertar o que não tem? Porque então Paulo organizou esta coleta de ofertas aos Pobres da Judeia, ao invés de fazer um desafio financeiro para eles serem abençoados com a lei da semeadura? Inclusive o próprio Paulo passou por muitas necessidades ( Fp 4.10-20, 2Co 11.27). Porque Jesus se fez pobre durante seu ministério na terra (2 Co 8.9) não tendo sequer aonde reclinar a cabeça (Mt 8.20)? Porque Jesus também disse que dificilmente entraria um rico no reino dos Céus (Mt 19.23-24), e ainda disse para não juntar tesouros na terra, mas no Céu (Mt 6.19-24)? Estaria Paulo pregando uma teologia contrária à Bíblia e entrando em contradição consigo próprio? Claro que não! A teologia contrária a Bíblia é a que Silas Malafaia tenta defender sem êxito.
Paulo cita esta metáfora baseada na vida agrícola para mostrar que, aquilo que é doado nunca se perde, é semeado. Embora Deus, às vezes, proveja uma colheita generosa no terreno físico, principalmente para aumentar as possibilidades de ajuda aos pobres da Igreja, esse não é o padrão e nem é a promessa do Novo Testamento, muito pelo contrário, veja: 2 Co 8:9, 11:27, Lc 6:20-21, 24:25, Tg 2:5.
Tentando justificar a demora na “colheita” de muitos, Silas ainda faz uma analogia entre o tempo de cumprimento da “lei da semeadura” com as sementes de frutas naturais. Dentre várias frutas, ele cita tamarindo, uma fruta que demora até 60 anos para começar a dar frutos. Com isso, ele justifica que pode demorar muito para alguém receber o pagamento da tal “lei da semeadura”. Ou seja, o que você ofertar, talvez nem receba de Deus nesta vida. Na verdade, trata-se da famosa “desculpa espiritual” dos adeptos da teologia da prosperidade para os que não receberam a sua colheita, mesmo depois de ofertar. Engraçado que na hora dos desafios televisivos é exaustivamente enfatizado que Deus vai nos abençoar, que vamos colher cem vezes mais, que vamos ter uma vida próspera, que vamos pagar nossas contas e ter prosperidade em abundância etc.
Na 2ª lei, Silas cita 2 Co9.7 onde diz “…porque Deus ama a quem dá com alegria”, o que seria a “lei do amor de Deus sobre o ofertante”. Logo após, solta uma pérola histórica: “você não vê Deus usando essa palavra de amor pra salvação” E ainda pede para avisá-lo se alguém souber de outra passagem bíblica que utiliza esta expressão de amor de Deus, pois ele não sabe de tudo da Bíblia.
Sinceramente, alguém que faz tal afirmação deixa-me mais desconfiado ainda do quanto a pessoa é desprovida de conhecimento Bíblico, veja: Jo 3.16 “PorqueDeus amou o mundo de tal maneira que deu o seu filho unigênito para que todo que Nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. (negrito meu) Leia também 1Jo 4.9 e Rm 5.8.
A 3ª lei, segundo Silas, consta no versículo 8, onde diz: “Deus pode fazer-vos abundar em toda graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, ampla suficiência, superabundeis em toda boa obra,”(ARA) o que seria a “lei total do favor de Deus, a graça”. Silas afirma – corretamente – que a graça é o favor imerecido, benevolente e amoroso de Deus para o homem. Mas comete um erro gravíssimo afirmando que “a oferta chama a graça de Deus para nós”. Ora, se a graça é um favor imerecido, como pode ser merecido ao mesmo tempo?
Para piorar, segundo este pensamento Silas afirma que através da oferta nós podemos obter soluções de problemas emocionais, curas e soluções de problemas financeiros. Enfim, erros gravíssimos e infantis que nem um aluno novo de Escola Bíblica dominical confunde.
O versículo em questão não dá margem para esta interpretação incorreta. No verso 8 diz que Deus pode nos abençoar para sermos um instrumento de sua graça, fazendo que tenhamos o suficiente para continuar ajudando os pobres. Quando os santos carentes recebem uma generosa doação de outros crentes, eles reconhecem que Deus é a fonte da generosidade, reconhecendo o dom inefável de Deus (vs 15). E assim eles respondem com ações de graças e louvor a Deus por Sua graça em suas vidas (v. 11). E isto acontece segundo a vontade Dele e não por nosso merecimento. Nós não merecemos e nunca vamos merecer a graça Dele, é Ele quem nos ama e nos concede a sua graça, segundo o Seu querer.
A 4ª lei que Silas cita, segundo 2Co 9.9 é a “lei da multiplicação”, que na verdade é o mesmo que a “lei da semeadura”. Ou seja, a refutação para a 1ª lei serve para esta 4ª lei também.
Enfim, a 5ª lei. Silas cita o verso 11 que diz “para que tudo enriqueçais para toda a beneficência, a qual faz que por nós se dêem graças a Deus”, para fundamentar a “lei da abundância”. Com isso, Silas afirma que Deus é um Deus de sobra, sem mesquinharia.
Obviamente, ele utiliza este argumento para justificar a suposta abundância da teologia da prosperidade. Mas, ao contrário que ele afirma, o que esta passagem mostra é que, quando Deus nos dá uma provisão financeira, mesmo sendo com sobras, não é para o proveito próprio, e sim para ser usada em generosidade aos necessitados, para a glória de Deus. O versículo é claro quando afirma “…para toda a beneficência”(ACF), “para toda generosidade”(ARA). Veja como viviam os convertidos naquela época: “Todos os que creram estavam juntos e tinham tudo em comum. Vendiam as suas propriedades e bens, distribuindo o produto entre todos, à medida que alguém tinha necessidade.” (At 2.44-45, ARA) Este conceito de abundância financeira é, de fato, o mais claro sinal de avareza na vida de alguém: “Tende cuidado e guardai-vos de toda e qualquer avareza; porque a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui” (Mt 12.15, ARA)
Silas ainda cita exemplos do que aconteceu com Adão e Eva no jardim do Éden e a prosperidade de Abraão para afirmar que Deus fará o mesmo com quem ofertar. Isto é um absurdo! Afinal, estes são casos isolados em que Deus agiu com um propósito específico e exclusivo para cumprir os seus planos! Por exemplo: não é porque Deus sustentou o povo no deserto enviando o maná dos céus (Ex 16:35) que ele fará o mesmo hoje da mesma forma conosco. Vai deixar de trabalhar esperando o maná para ver o que acontece!
Para terminar, mostro na Bíblia a verdadeira prosperidade para o Cristão:
“Também, irmãos, vos fazemos conhecer a graça de Deus concedida às igrejas da Macedônia; porque, no meio de muita prova de tribulação, manifestaram abundância de alegria, e a profunda pobreza deles superabundou em grande riqueza da sua generosidade. Porque eles, testemunho eu, na medida de suas posses e mesmo acima delas, se mostraram voluntários”. (2Co 8.1-3).
Antigamente, Silas Malafaia concordava que esta passagem nos mostra a verdadeira prosperidade bíblica, veja o que ele disse muitos anos atrás: ”Os pobres da Macedônia dividiram o pouco que tinham com os pobres da Judeia. Isto é prosperidade. Prosperidade é você compartilhar com o outro… é viver bem com aquilo que Deus tem te dado… é mesmo você tendo pouco, você ainda tem forças e capacidade de ajudar alguém que está pior do que você.” [7]
Fico na esperança de que esse artigo sirva de alerta para todos aqueles que ainda acreditam na teologia da prosperidade, onde infelizmente nos últimos anos muita gente se corrompeu, contaminando-se nas heresias importadas da teologia de Mamon.
Espero de coração que Silas Malafaia se arrependa verdadeiramente, voltando ao evangelho puro e verdadeiro. Não existe nada mais nobre para um Cristão do que assumir sua condição de pecador e humildemente reconhecer os seus erros para nunca mais praticá-los.
Soli Deo Gloria!
Ruy Marinho [ Bereianos ]
Fonte: Gospel+

domingo, 17 de junho de 2012

MENTE CRISTÃ


 por Daniel 

cabeça fechada
O que se passa na sua mente? Naquele lugar seguro, onde ninguém mais enxerga o que está se passando? Quais pensamentos transitam por sua cabeça e influenciam suas decisões, seus relacionamentos, e suas atitudes?
Muitas vezes não percebemos mas a nossa mente está bem ativa! Na verdade, as vezes ativa até demais… Quantas coisas pensamos que nunca gostariamos que outros soubessem? Quantas maldades já planejamos e executamos secretamente em nossa mente?
Sabe por que isso acontece? Porque a mente geralmente é o último território a qual queremos ceder para Deus. Ele sabe de tudo que se passa lá dentro, mas mesmo assim nós nos agarramos a isso  como se fosse o único lugar onde podemos ser “nós mesmos”. Na verdade, um cristão que entende que é pecador, caído, e que seu coração é maligno deveria saber que provavelmente a pior parte de si, está em sua mente.
Algumas pessoas chegam até a usar máscaras externas… Quantos já não conhecemos que na nossa frente dentro da igreja eram uma coisa, e fora da igreja outra pessoa completamente diferente? Mas uma coisa que nunca mudou é que na sua mente, elas eram a mesma pessoa o tempo todo, pensando e raciocinando da forma mais verdadeira conforme a realidade do seu coração… Não existe máscara na mente de uma pessoa!
Quando alguém entrega sua vida para Cristo, deve entender que TODOS os aspectos de sua vida estão debaixo de seu senhorio… Não somente alguns, mas sim todos os aspectos! O seu corpo, suas vontades, seus sentimentos, seu trabalho, sua família, seus bens, e também a sua MENTE pertencem agora a Jesus. Por isso, um cristão deve se esforçar continuamente para ter uma verdadeira mente cristã.
E você pode se perguntar: como conseguimos ter uma mente cristã? A Bíblia nos dá a dica em Romanos 12:2 – “Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.”
Uma mente cristã busca sempre estar refletindo na pessoa de Cristo e no sacrificio que ele fez por nós. Uma mente cristã está sempre se renovando através da leitura da palavra e da oração. Se quisermos mesmo andarmos com Deus, devemos preencher a nossa mente com as coisas dEle, só assim poderemos fazer a sua boa, agradável e perfeita vontade! E só assim conhecemos a verdadeira transformação.
Você já entregou a sua mente por completo para Cristo? Já se arrependou daqueles seus pecados de estimação que moram dentro da sua cabeça? Entregue sua mente para Cristo, deixe ele dominar todo o seu ser! Só assim você realmente experimentará o que é a verdadeira paz na vida ao caminhar lado a lado com Deus.
Fonte:mastigue.com

sábado, 16 de junho de 2012

800 mil pessoas participam da gravação do Diante do Trono 15 em Manaus


O evento superou as expectativas dos organizadores e deixou não só os espectadores como também os músicos emocionados
                                                                                    Por Leiliane Roberta Lopes
Assim que acabou a Marcha para Jesus de Manaus, no último sábado (9), cerca de 800 mil pessoas continuaram no Sambódromo para acompanhar a gravação do 15º álbum do grupo de louvor Diante do Trono.
Uma superprodução foi organizada para essa apresentação pra lá de especial por comemorar 15 anos do maior ministério de louvor da América Latina.
Assim que pisou no palco para iniciar as gravações Ana Paula Valadão, líder do grupo, acompanhada dos músicos cantou a música “Águas Purificadoras” e em seguida falou sobre a emoção de gravar na capital amazonense.
“Estamos como quem sonha. Há três anos Manaus está no nosso coração e nos sentimos tão acolhidos. Queremos agradecer a cada pessoa, a cada servo que se dispôs a ajudar”, disse ela.
As canções foram arranjadas com fortes batidas de percussão para lembrar os sons da floresta, simbolizando as tribos indígenas. Cada nova canção que era apresentada emocionava não só os espectadores como também os cantores e bandas que não continham as lágrimas.
CD e o DVD “Creio” será lançado pela Som Livre nos próximos meses, o material segue agora para o período de pós produção e em breve estará em todas as lojas do ramo.

Fotos

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Fiéis da Crescendo em Graça creem que em 15 dias o Jesus Cristo Homem será transformado


O líder da seita que se autoafirma como "o próprio Deus" diz que seu corpo será transformado no dia 30 de junho

  • por Leiliane Roberta Lopes

    Fiéis da Crescendo em Graça creem que em 15 dias o Jesus Cristo Homem será transformado
    A contagem regressiva para a transformação de José Luis de Jesus Miranda está marcando 15 dias e algumas horas. Os membros da seita Crescendo em Graça aguardam pela transformação de seu líder, marcada para acontecer no dia 30 de junho.
    Para quem não sabe, ao afirmar que é a encarnação de Jesus, o mexicano que prega o número 666 como sendo o número de Deus, diz que todos verão seu corpo ser transformado e então saberão que ele é realmente “o próprio Deus em sua última manifestação aqui na Terra”.
    A transformação é explicada para os membros dessa seita como sendo a única forma para que Jesus Cristo Homem consiga fazer a grande mudança que esse mundo precisa. Por isso seu corpo se tornará indestrutível.
    “Sem a transformação o mal triunfaria para sempre”, explica um vídeo postado no site da Crescendo em Graça do Brasil onde José Luis de Jesus Miranda possui milhares de fiéis.
    No mesmo vídeo ele critica os outros líderes religiosos cristãos, principalmente católicos, dizendo que são lobos vestidos de cordeiros, que são homens maus e perversos. Até mesmo Cristovão Colombo é criticado, quando o vídeo diz que a história conspira contra o propósito de Deus na Terra.
    Citando diversos versículos bíblicos eles explicam que depois da transformação tudo será mudado na Terra e quem crê governará o mundo ao lado de Jesus Cristo Homem, que trará justiça.
    “É necessária a transformação porque a criação está em dores, clamando por mudança e o ímpio será tirado da Terra”, diz o estudo feito e transmitido para os membros da igreja.
    Fonte:gospelprime

    Parlamentares evangélicos vão cobrar da presidente Dilma compromisso de campanha no qual ela prometeu não legalizar o aborto


    Parlamentares evangélicos vão cobrar da presidente Dilma compromisso de campanha no qual ela prometeu não legalizar o aborto

    Uma proposta que está em discussão no Ministério da Saúde, que pretende implantar umapolítica de redução de danos e riscos para o aborto ilegal, está causando fortes reações entre os parlamentares evangélicos. Parlamentares como o deputado João Campos (PSDB-GO), presidente da Frente Parlamentar Evangélica já manifestaram seu descontentamento com a proposta, e agora os evangélicos afirmam que vão cobrar da presidente Dilma uma postura sobre o assunto pautada em um compromisso que ela assinou durante a campanha eleitoral.
    Em 2010 a então candidata Dilma Rousseff assinou uma carta, comprometendo-se em não tomar medidas em direção à legalização do aborto em seu governo, caso eleita, e afirmou ser pessoalmente contra a prática.
    Porém as lideranças evangélicas afirmam que, desde a posse de Eleonora Menicucci na Secretaria de Políticas para as Mulheres, esse compromisso firmado pela presidente vem sendo ignorado, e as políticas do governo tem caminhado em direção à legalização do aborto.
    Diante desse cenário, Campos afirmou através de seu perfil no Twitter que os parlamentares evangélicos iriam cobrar da presidente seu compromisso em não tomar iniciativas sobre o assunto.
    O deputado afirmou também que a Frente Parlamentar Evangélica vai propor a criação de uma CPI para investigar clínicas, o comércio de remédios abortivos e o financiamento do aborto.
    Veja abaixo uma reprodução da carta de compromisso assinada pela presidente:
    Fonte: Gospel+

    DEVEMOS LUTAR CONTRA O DIABO, NÃO CONTRA OS MUÇULMANOS


    Os ataques comandados pelo grupo radical Boko Haram, contra as igrejas no norte da Nígeria, continuam aumentando e, os cristãos são cada vez mais desafiados a demonstrar o amor e perdão de Deus para aqueles que os perseguem
    "O coral estava cantando e eu estava envolto com o louvor, preparando minha mente para o sermão depois da música. De repente, do nada, ouvimos um barulho como um trovão, então vi a parede da nossa igreja caindo. A igreja foi tomada pela fumaça e pelo fogo. Pedaços de metal estavam espalhados por toda parte. Eu gritava para que, todo mundo se deitasse, pois parecia um ataque à bomba. Nós ficamos por alguns minutos no chão, clamando pelo nome de Jesus, até a fumaça diminuir. Fomos para fora e vimos cadáveres espalhados. Havia sangue por todo o lugar. Este foi realmente um dia terrível", disse Mbami Godiya, pastor da pequena igreja, onde o carro com um homem-bomba explodiu.
    Em três de junho, em uma área predominantemente cristã, o culto de adoração na Igreja Fé Viva, em Yelwan Tudu, chegou ao fim quando um militante islâmico detonou um carro-bomba do lado de fora da igreja.
    Alguns membros mocidade, e alguns políciais notaram um carro em alta velocidade se aproximando do portão da igreja, eles rapidamente o trancaram. O motorista não conseguiu parar e o carro bateu no portão. Eles, então, correram em direção ao carro e descobriram que o motorista, um estranho para eles, era um homem-bomba em missão suicída.
    Enquanto eles faziam perguntas ao motorista, ele detonou as bombas, matando a si mesmo e quase todas as pessoas ao seu redor. Cerca de 20 pessoas sofreram lesões de diferentes graus, outras 13 morreram na hora. Os feridos foram levados para diferentes hospitais para primeiros socorros.
    Minutos depois os jovens cristãos que presenciaram a explosão não podiam conter sua dor, se reuniram e tomaram as ruas. Eles decidiram marchar para o escritório do governador para demonstrar sua dor pela morte cruel de seus irmãos.
    Soldados foram mobilizados na área para acalmar os ânimos, cerca de 100 metros do local do escritório e ordenaram aos jovens que voltassem para suas casas. Quando eles insistiram e tentaram prosseguir, um dos soldados, abriu fogo contra os jovens cristãos, matando nove deles, assim, o número de mortos subiu para 21.
    Revolta
    Várias mães, que perderam seus filhos, foram vistas rolando no chão, enquanto lamentavam a morte de seus entes queridos. Jovens de diferentes igrejas que compareceram ao enterro das vítimas, desejavam se vingar.
    O Reverendo Pokti Lewi, presidente da Associação Cristã da Nigéria (CAN) no Estado de Bauchi, que também não pôde segurar as lágrimas, salientou a necessidade de os cristãos não fazerem justiça com as próprias mãos;
    "Meus queridos jovens, não devemos nos vingar pelo que aconteceu, permitam que Deus lute por nós e que Ele faça justiça. Nós não vamos apoiá-lo se você decidir tomar o caminho da vingança. Nós precisamos nos manter unidos neste momento, pois nossa luta é contra o diabo e seus demônios e não contra os muçulmanos".
    A Portas Abertas Internacional (Open Doors International) foi uma das primeiras organizações cristãs a visitar as vítimas, em mais de cinco hospitais. Durante a visita, uma ajuda monetária foi levada para aqueles que precisavam pagar a conta do hospital.
    As duas igrejas afetadas também foram visitadas e os pastores foram muito encorajados através das medidas tomadas pelo ODI de ir e ouvir suas histórias. Em resposta, o pastor Mbami Godiya, da Igreja Campo de Colheita, disse: "É encorajador vê-los aqui neste momento. Estamos muito felizes em saber que vocês se importam conosco. A nossa oração é que o bom Deus abençoe o ministério de vocês".
    Pedidos de oração
    • Ore para que as autoridades nigerianas consigam repelir as ações do Boko Haram, no norte do país.
    • Peça a Deus que dê sabedoria às lideranças cristãs, da região, para lidar com a situação de medo e de revolta que toma conta da Igreja, e no tratar com os jovens.
    • Ore pelos jovens cristãos nigerianos, para que ao invés do ódio e sentimento de vingança, eles possam mostrar o perdão e amor de Deus aos muçulmanos.
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    FontePortas Abertas
    TraduçãoMarcelo Peixoto

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