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sábado, 3 de março de 2012

A MORTE DO BISPO ROBINSON CAVALCANTE E A INSENSIBILIDADE HUMANA

Por Renato Vargens

Morreu neste domingo assassinado pelo filho adotivo, o bispo da Igreja Anglicana em Recife Robinson Cavalcanti. A sua esposa também morreu neste crime bárbaro.

A noticia foi divulgada nesta madrugada no site oficial da Igreja Anglicana Diocese do Recife. Naquele momento, ainda não se dispunham de detalhes, apenas se informava que o crime ocorreu neste domingo 26/02/2012 por volta das 22h na residência do casal na cidade de Olinda – Pernambuco.

As 08:10h desta segunda-feira, o Diário de Pernambuco (com informações do repórter Eduardo Araújo da TV Clube) informou que, de acordo com a policia, o autor do crime é o próprio filho adotivo do casal Eduardo Olímpio Cotias Cavalcante, de 29 anos. O rapaz morava nos Estados Unidos desde os 16 anos de idade e teria voltado ao Brasil há cerca de 15 dias depois de ter sido preso no estrangeiro várias vezes por envolvimento com drogas e outros delitos.


Tragédias como a que ocorreu com o bispo anglicano Robinson Cavalcanti me fazem lembrar da advertência de Paulo sobre o comportamento humano nos últimos dias.

“Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, Sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, Traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te. Porque deste número são os que se introduzem pelas casas, e levam cativas mulheres néscias carregadas de pecados, levadas de várias concupiscências; Que aprendem sempre, e nunca podem chegar ao conhecimento da verdade.”2 Timóteo 3:1-7

Ora, claro que eu sei que o homem é mal e que em virtude do seu estado de depravação total ele vive imerso no pecado, no entanto, é claro, nítido e perceptível que vivemos dias em que o amor se esfriou.

No sermão profético proferido por Jesus que trata especificadamente sobre os sinais que apontariam para o fim de todas as coisas, existe um que me chama a atenção de forma especial: trata-se daquele que fala do esfriamento do amor. Jesus disse: “E por se multiplicar a iniqüidade, o amor se esfriará de quase todos” (Mateus 24.12).

Ora, a relação que Jesus apresenta entre a multiplicação do pecado e o esfriamento do amor é absolutamente verdadeira. Na medida em que cresce o pecado em suas mais variadas formas, da corrupção ao crescimento da miséria social, da pornografia a todas as formas de banalização sexual, da violência nos lares a violência urbana, no individualismo exacerbado ao comportamento hedonista, esfria-se o amor genuíno e sincero no ser humano. Isso se percebe claramente nos mais jovens que trocaram o amor pelo sexo descompromissado; entre os mais “maduros” que em nome de um nova “paixão” jogaram na lata do lixo, cônjuges e filhos. Nas relações interpessoais onde o lema de vida é “farinha pouco meu pirão primeiro” Senão bastasse isso os escândalos de corrupção que mais uma vez abalam o país têm, na sua raiz, o mesmo mal. Todos buscam o que é seu e nunca o que é dos outros. A epidemia que hoje toma conta da nação não é a corrupção – ela é apenas mais uma expressão de uma nação, onde a iniqüidade cresceu tanto que fez o amor emurchecer.

Infelizmente, a conseqüência do esfriamento do amor torna-se extremamente perceptível na forma com que nossa sociedade lida com a barbárie.

O frio assassinato de Robinson Cavalcanti e sua esposa pelo filho adotivo aponta nitidamente para o esfriamento do amor. Senão bastasse a tragédia de um filho matar os pais, encontramos inúmeras pessoas lidando com a situação com extrema frieza, tratando da morte do bispo anglicano com desdém e desprezo. Confesso que fico chocado com a forma que muitos lidam com o sofrimento humano!

Lembro que alguns anos atrás, ao sair de casa para o trabalho observei que nas areias da Praia de Icaraí, na provinciana cidade de Niterói, havia um corpo de um homem morto. Sem poder parar em virtude da agenda cheia, continuei o meu trajeto. No entanto, ao regressar para casa algumas horas depois, percebi que o mesmo corpo ainda estava jogado à areia da praia, com uma atenuante: alguns meninos jogavam futebol em volta do morto. Em outra ocasião li em um jornal de grande circulação do Rio de Janeiro, que crianças jogavam “bola” com a cabeça de uma pessoa. Há poucos meses recebi a noticia de um menino de 13 anos que chegou a freqüentar a nossa igreja, que em virtude do seu envolvimento com as drogas foi brutalmente assassinado. Ao contar a noticia para alguns amigos, percebi que a tragédia ocorrida a este adolescente não proporcionou nenhum tipo de comoção ou dor, até porque, os que ouviram a má notícia lidaram com uma frieza de impressionar. Naquele momento refleti sobre a banalização da vida e de como a morte e a tragédia têm se tornado tão natural aos nossos olhos. Na verdade, cenas como essa estão entrando em nosso cotidiano, fazendo que acreditemos que toda “des-graça” que nos cerca é normal e natural.

Caro leitor, o pecado é a enxada que cava nossas sepulturas. Como muito bem afirmou Hernandes Dias Lopes, o pecado é uma fraude. Promete prazer e paga com o desgosto. Faz propaganda de liberdade, mas escraviza. Levanta a bandeira da vida, mas seu salário é a morte. Tem um aroma sedutor, mas ao fim cheira a enxofre. Só os loucos zombam do pecado. O pecado é perverso. Ele é pior do que a pobreza, do que a solidão, do que a doença. O pecado é pior do que a própria morte.

Pois é, a multiplicação da iniqüidade tem esfriado o amor de muitos…

Maranata!

CASO DE PASTOR IRANIANO UNE AS PESSOAS PELA LIBERDADE RELIGIOSA

A luta para salvar a vida do pastor iraniano Yousef Nadarkhani, que foi condenado a morte no Irã em razão de sua crença em Jesus, está unindo as pessoas de todo o mundo e sensibilizando governos de todos os países.
Em muitas declarações, pessoas apelam para que o governo dos EUA intervenham junto ao governo do Irã para que libertem o pastor Yousef da prisão. Políticos americanos estão se manifestando com relação ao caso e dizem que a prisão de Yousef é “um ultraje contra a humanidade”.
Representantes de diversas religiões também estão se manifestando contra a prisão do pastor evangélico e pressionando o governo americano a ir contra a sentença dada contra Nadarkhani.
O governo brasileiro também se manifestou contrário a pena de morte que Yousef recebeu e já entrou em contato com o governo iraniano. Segundo informações, o pastor iraniano continua vivo e ainda não foi executado, como alguns tinham pensado. Membros da bancada evangélica se reuniram e pediram que o Ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, intervenha pela vida do pastor junto ao governo iraniano.
Nesse final de semana, realizaremos o Shockwave, que serão três dias de oração pelos nossos irmãos que sofrem com a perseguição ao redor do mundo. Por isso, convocamos você a orar pelo pastor Yousef Nadarkhani, para que ele possa ser libertado  o quanto antes.
Para mais informações sobre o Shcokwave, acesse:www.underground.org.br/shockwave
Fonte: Portas Abertas

APÓS GILBERTO CARVALHO, JOSÉ DIRCEU DISPARA CONTRA OS EVANGÉLICOS

Mal assentou a poeira levantada por Gilberto Carvalho, Secretário Geral da Presidência da República, que teria sugerido no Fórum Social em Porto Alegre, em janeiro deste ano, que o PT confronte as mensagens conservadoras pregadas pelos pastores evangélicos, outro petista surge com mais polêmica.
Em mensagem postada nesta sexta-feira em seu blog, o deputado cassado e ex-Ministro Chefe da Casa Civil, José Dirceu (PT) criticou aqueles que politizaram o tema aborto em 2010, por ocasião da eleição presidencial e também, em 2011, o kit gay, proposto pelo MEC sob a gestão de Fernando Haddad, atual candidato do PT à Prefeitura de São Paulo.
Para Dirceu, o ex-Ministro da Educação está certo quando taxou de “torpe” a maneira como as discussões em torno do tema ‘kit gay’ foram encaminhadas e aproveitadas politicamente. “Haddad ressaltou que o kit anti-homofobia surgiu de uma demanda de emenda parlamentar. Ainda assim, devido às críticas da bancada evangélica contra a distribuição do material nas escolas, a iniciativa foi suspensa. Segundo o ex-ministro, no entanto, o kit foi usado em cursos de formação de professores”, escreveu o ex-Chefe da Casa Civil.
José Dirceu destacou que não se deve recuar ante ao que chamou de “violência” e “chantagem” de certos setores evangélicos que querem patrulhar todas as políticas públicas com relação às questões do aborto e da homossexualidade. Para ele, esses grupos evangélicos querem impor ao Brasil uma visão preconceituosa e repressiva e aqueles que lhes dão guarida, prestam um desserviço à democracia e à convivência social.
Mesmo sem ocupar um cargo no legislativo ou executivo, José Dirceu é um dos homens fortes dentro do PT e goza de muita influência. Aproveitando sua força dentro do partido, ele tem sido cortejado por algumas pessoas. Foi o que ocorreu recentemente, quando recebeu um por e-mail assinada por Toni Reis, presidente da ABGLT, tecendo-lhe elogios por sua luta em prol dos ideais dos LGBT e conclamando-o a continuar a lutar pela agenda LGBT.
Um dos trechos da carta escrita por Reis:
“Estamos realmente preocupados com o rumo que está tomando a discussão sobre os direitos das pessoas LGBT no Brasil, particularmente no último ano no executivo e legislativo: 
- o projeto de criminalização da homofobia está parado no Congresso Nacional. 
-houve um veto explícito do material educativo do projeto Escola sem Homofobia, do Ministério da Educação, pela própria presidenta Dilma. 
- houve, agora, um veto/censura à campanha de prevenção de Aids no Carnaval, segundo consta, novamente determinado pela presidenta Dilma. 
Estes são apenas três exemplos de retrocesso na caminhada pela garantia da igualdade entre todas as pessoas, no combate à violência, ao preconceito, à discriminação.
Como diria nosso querido Lula: “nunca antes neste país” o governo federal foi tão pautado por posições das bancadas religiosas fundamentalistas, que não têm compromisso com os direitos humanos”.
Fonte: Holofote

domingo, 26 de fevereiro de 2012

MARLENE MATTOS ACEITA JESUS NA ASSEMBLÉIA DE DEUS DOS ÚLTIMOS DIAS


No vídeo Marlene Mattos aparece repetindo uma oração aceitando a Jesus como único Salvador
Foi divulgado no Youtube um culto da Assembleia de Deus dos Últimos Dias (ADSUD), liderada pelo pastor Marcos Pereira, do Rio de Janeiro, onde a ex-empresária da Xuxa, Marlene Mattos, participa e faz a oração de conversão.
O cantor Waguinho, missionário da ADUD, foi quem apresentou Marlene aos presentes no culto do dia 19 de dezembro de 2011. A ex-empresária ficou em pé e o cantor a agradeceu por ter lhe dado oportunidades na época em que era cantor secular. “Eu devo agradecer muito a Deus pelas portas que você abriu para minha carreira”, disse o Waguinho.
Na hora da palavra o pastor Marcos Pereira disse que anos atrás ele foi até a Rede Globo e fez uma oração pela empresária, e naquele momento ele profetizou que um dia ela seria cheia do Espírito Santo. “Pra mim foi uma surpresa quando minha assessoria me ligou dizendo que a senhora viria para cá”, afirmou o pastor.
Na oração de apelo a ex-empresária da apresentadora Xuxa repetiu a oração em seu lugar conforme mostra o vídeo editado e postado na internet.
A ADUD é um ministério bastante conhecido no Rio de Janeiro. O pastor Marcos Pereira já foi entrevistado em muitos programas de televisão mostrando o seu trabalho de libertação de jovens drogados das comunidades carentes da capital.
Fonte: Gospel Prime
Assista ao vídeo:

sábado, 25 de fevereiro de 2012

POLÍTICA: UM MINISTÉRIO ESQUECIDO

Ministério e política parecem duas palavras que não aceitam harmonia. Talvez pelo conceito eclesiástico restrito que se tem acerca do que é um ministro da igreja, conceito que se restringe para aqueles que têm a vocação pastoral, ou que estão a maior parte do tempo direcionados a atividades eclesiásticas. Trafego pelos trilhos da doutrina do sacerdócio universal de todos os que fazem parte do povo de Deus; logo quem pertence ao povo de Deus é ministro dele. Servir ministerialmente a Deus não pode abraçar o dualismo inaceitável entre o profano e o sagrado, posição que cria uma separação que chega a ser pecaminosa. A Bíblia não nos deixa uma área de sombras, ela explicita claramente princípios que identificam atividades pecaminosas e outras que são lícitas e agradáveis a Deus. Isto se aplica diretamente ao que desejo tecer sobre ministério cristão e a ação política, fazendo algumas breves considerações.
A maioria das pessoas, em particular os evangélicos históricos, vê a ação política como atividade indigna de um cristão consagrado e comprometido com os valores das Escrituras. Quando um membro de igreja se apresenta como candidato a um cargo público eletivo, é com frequência tido como um “oportunizador”, mais um que visa apenas seus interesses pessoais.
Diametralmente oposta a essa “alergia” política da igreja contemporânea, está a nossa história eclesiástica. A partir da Reforma Protestante, encontramos uma igreja com membros politicamente participativos. Um bom exemplo da política como área ministerial foi o reformador João Calvino. Ele desenvolvia em sua igreja um programa de treinamento de membros para serem bons políticos para a cidade de Genebra, e ao mesmo tempo procurava influenciar a elaboração das leis da cidade com princípios bíblicos. Sua influência produziu leis sobre juros justos, obrigação de banheiros públicos, educação e saúde pública para todos, comércio honesto, etc.
Outro nome registrado na história é o de William Wilberforce. Ele era um cidadão inglês que iniciou na política em 1780, porém só veio a converter-se a fé cristã em 1785 aos 26 anos. Seus esforços e habilidades políticos, marcados pelos princípios cristãos de liberdade e igualdade, deram um grave golpe no mercado de escravos e na escravidão na Inglaterra. Sua ação como político cristão foi inspiração para a produção cinematográfica Jornada pela Liberdade (Amazing Grace).
Entretanto se é preciso apresentar na história um modelo cristão de envolvimento ministerial político eficiente e comprometido com as Escrituras Sagradas, sobressai-se o nome Abraham Kuyper, o qual foi pastor da Igreja Reformada Holandesa, ordenado em 1863. Ele voltou-se para a política após ser incomodado pelas questões sociais e pela forma como a política era tratada em seu país, a Holanda. Para se candidatar ele deixou o pastorado da igreja, mas sem abrir de sua proposta ministerial, e em 1874 chegou ao parlamento holandês. Sua convicção ministerial não mudou quando perdeu suas duas primeiras participações em eleições. A sua visão política ministerial o levou a dizer após a sua segunda derrota eleitoral consecutiva: “Conosco, o que importa não é a influência que temos agora, mas a que teremos daqui a cinquenta anos… Quantos da próxima geração serão seguidores dos nossos princípios?” Após 27 anos de ação ministerial política, Kuyper foi eleito primeiro ministro da Holanda (1901). Como marca maior de conduta podemos destacar:
- A sua busca de evidenciar a soberania de Deus em todas as esferas das ações humanas, inclusive em situações de injustiças e até mesmo em um estado totalitário. Kuyper cria que nada escapava ao controle soberano de Deus.
- A sua percepção da ação divina não excluiu a responsabilidade do estado, da família nem do indivíduo. Por várias vezes ele publicou que em primeiro lugar a responsabilidade se dá perante Deus, depois no contexto de sua área de ação responsável.
- O seu propósito politicamente norteado era ser um instrumento nas mãos de Deus para fazer com que a justiça divina marcasse a sociedade humana. No final da sua vida em 1920, Kuyper afirmou: “O medo da política não é cristão e não é ético”.
Acredito que se a política é área da ação humana que está corrompida e tenta corromper quem dela se aproxima, o instrumento divino para a sua restauração é a igreja. Não a igreja como instituição, mas como povo de Deus que é sal e luz no mundo (Mt 5.13-14). Alguns poderiam alegar que essas minhas afirmações podem parecer ou generalistas demais ou simplistas ao extremo, pois não abordam nem expõem o conteúdo mais profundo da questão. Todavia, afirmo que estamos diante de conceitos falsos acerca do ser cristão, daí a forte tendência evangélica de exclusão da política como uma atividade ministerial agradável aos olhos de Deus. Se nos atermos ao que Jesus queria afirmar no Sermão da Montanha (Mt 5-7), não é difícil perceber que dois fatores estavam envolvidos em ser luz e sal: O fator presença e o fator influência. Não importa quanta escuridão exista, luz sempre será luz, fraca ou forte, nunca se misturará com as trevas, pois sua presença sempre será notada. O mesmo se dá com o sal. Onde ele for colocado, a sua presença fará com que o processo de degeneração seja interrompido, dependendo da quantidade. Quanto à influência, o sabor do sal sempre será notado, seja pela sua presença, seja pela sua ausência.
Considerando a necessidade de também entender a área política como esfera da ação humana que precisa ser marcada pelos valores de justiça e verdade reveladas nas Escrituras, julgo oportuno que servos de Deus, tanto homens quanto mulheres, capacitados para tal ação, se apresentem como instrumentos para implementação dos valores do reino de Deus no mundo político (Rm 6.10-13). Por outro lado, não acredito que o desempenho ministerial cristão na política possa prosperar no solo em que hoje a política atual floresce. Tal solo está poluído, às vezes envenenado, às vezes até minado. Daí acreditar que sem restauração da atual maneira de se fazer política, é muitíssimo improvável haver uma ação política cristã sadia. Sou plenamente convicto e consciente de que o bom desempenho da atuação política cristã precisar ser ética e submissa aos padrões da Bíblia, e isto requer uma verdadeira reforma política, cuja proposta, talvez, até soe como revolução.
Um cristão autêntico que almeje a militância política deve se preparar para possuir os requisitos humanos capacitantes necessários, como qualquer outra profissão requer. É aqui que se insere a ciência política. Entretanto, quando se trata de ministério cristão, o desempenho das ações precisa acoplar outros trilhos e estabelecer outros padrões. É neste locus de ação cristã que faço algumas propostas ao político cristão para servir de plataforma de discussão na busca de resgatar a ação política como ministério de serviço a Deus no mundo.
(1) Fidelidade a Deus e obediência aos princípios da Sua Palavra acima de tudo e de qualquer proposta ou posição partidária.
(2) Construção da base eleitoral na comunidade não cristã através do caráter, honestidade, competência e bom testemunho de quem exerce a ação política.
(3) Composição de cargos nos moldes do caráter cristão, da competência e da confiança.
(4) Prestação de contas e consulta das ações políticas a um comitê missionário.
(5) Estabelecimento pessoal de teto sócio-econômico.
(6) Atuação ampla, dentro e fora do contexto cristão, com visão da abrangência de suas decisões, rejeitando o clientelismo, benefícios e favoritismos eclesiásticos.
(7) Exclusão plena de favorecimentos pessoais e conchavos interesseiros.
(8) Exposição pessoal clara e firme dos princípios cristãos que regem a sua atuação política, permeando os discursos, pareceres e votos.
Reafirmo minha franca oposição aos que defendem a exclusão do povo de Deus da ação política como ministério, e rejeitando equipará-la às demais vocações. Fazê-lo seria agir com conivência pacífica e muda às práticas políticas corruptas, injustas e perversas, tal como procedeu o povo de Israel que deu ouvidos as propostas favoritistas de Abimeleque (Jz 9.1-2). Este não teve escrúpulos nem de poupar a vida de seus irmãos para poder governar (Jz 9.5). Ressalto que ele gozou do apoio político e financeiro dos moradores das cidades de Siquém e Bete-Milo (Jz 9.6). Contra aquela postura política inaceitável do povo de Israel, soa, ainda hoje, a advertência feita por Jotão, filho de Gideão (Juízes 9.8-15):
Uma vez as árvores resolveram procurar um rei para elas. Então disseram à oliveira: “Seja o nosso rei.” E a oliveira respondeu: “Para governar vocês, eu teria de parar de dar o meu azeite, usado para honrar os deuses e os seres humanos.”
—Aí as árvores pediram à figueira: “Venha ser o nosso rei.”
Mas a figueira respondeu: “Para governar vocês, eu teria de parar de dar os meus figos tão doces.”
—Então as árvores disseram à parreira: “Venha ser o nosso rei.”
Mas a parreira respondeu: “Para governar vocês, eu teria de parar de dar o meu vinho, que alegra os deuses e os seres humanos.”
—Aí todas as árvores pediram ao espinheiro: “Venha ser o nosso rei.”
E o espinheiro respondeu: “Se vocês querem mesmo me fazer o seu rei, venham e fiquem debaixo da minha sombra. Se vocês não fizerem isso, sairá fogo do espinheiro e queimará os cedros do Líbano.”.
Quando as “boas árvores” não querem se dispor ao processo de governo, então “a floresta” pede ao espinheiro que reine. Oro ao bom Deus para que desperte a sua igreja no século 21 e levante na ação política homens e mulheres, servos dedicados e consagrados, impedindo que os espinheiros reinem!
A Deus seja a glória.
__________
Sérgio Paulo Ribeiro Lyra é pastor e coordenador do Consórcio Presbiteriano para Ações Missionárias no Interior. Autor do livro Cidades para a Glória de Deus, publicado pela Visão Mundial. É missiólogo e professor do Seminário Presbiteriano em Recife (PE).

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

CASO DE PASTOR CONDENADO À MORTE GANHA REPERCUSSÃO NACIONAL

Na edição de ontem (23) do Jornal Nacional uma matéria de Luís Fernando Silva Pinto apresenta a eminente execução do pastor Yousef Nadarkhani noticiado pela Portas Abertas desde setembro de 2011.
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Foi uma surpresa ver uma matéria sobre o caso do pastor iraniano em um canal de grande porte da TV aberta.
Que o Senhor use esta matéria para motivar muitos irmãos no Brasil a interceder pelo pastor Yousef e sua família.
Assista a matéria na íntegra:
http://g1.globo.com/jornal-nacional/videos/t/edicoes/v/homem-que-se-converteu-ao-cristianismo-e-condenado-a-morte-no-ira/1826948/
Entenda o caso:
O tribunal da província de Gilan determinou que o pastor Nadarkhani devia negar sua fé em Jesus Cristo, pois ele vem de uma família de ascendência islâmica. O Supremo Tribunal do Irã disse anteriormente que não deveriam determinar se o pastor Yousef tinha sido muçulmano ou não em sua conversão.
No entanto, os juízes exigiram que ele se retratasse de sua fé em Cristo antes mesmo de terem provas contra ele. Os juízes afirmaram que,  embora o julgamento vá contra as atuais leis iranianas e internacionais, eles precisam manter a decisão do Tribunal Supremo em Qom.
Quando pediram a ele para que se “arrependesse” diante dos juízes, Yousef disse: “Arrependimento significar voltar. Eu devo voltar para o quê? Para a blasfêmia que vivia antes de conhecer a Cristo?” Os juízes responderam: “você deve voltar para a religião dos seus antepassados, deve voltar ao Islã”. Yousef ouviu e respondeu: “Eu não posso fazer isso.”
Segundo o Centro Americano de Lei e Justiça - uma organização que defende a liberdade religiosa nos Estados Unidos e acompanha o caso de Yousef - a sentença foi confirmada pelo governo iraniano e a ordem de execução foi dada.
Jordan Sekulow, diretor do centro, vem divulgando em um programa de rádio a perseguição contra Nadarkhani.
"Não sabemos se ele ainda está vivo nesse momento" diz Sekulow. "A ordem de execução não é divulgada publicamente. A única coisa que pode salvar Nadarkhani", ele diz "é a pressão internacional, principalmente de países como o Brasil, que tem boas relações diplomáticas com o Irã".
Você pode agir em favor do pastor Yousef! Ore, divulgue e use sua liberdade!
Participe também do abaixo-assinado pela libertação do pastor Yousef Nadarkhani clicando aqui
Fonte:portasabertas

POR QUE SEMINARISTAS COSTUMAM PERDER A FÉ DURANTE OS ESTUDOS TEOLÓGICOS?S

Não quero dizer que acontece com todos. Mas, acontece com muitos. Conheço vários casos, inclusive próximos a mim, de jovens cristãos fervorosos, dedicados, crentes, compromissados com Deus, que gostavam de orar e ler a Biblia, que evangelizavam em tempo e fora de tempo, e que depois de entrar no seminário ou faculdade de teologia, esfriaram na fé, se tornaram confusos, críticos, incertos e até cínicos. Como Tomé, não conseguem crer (espero que ao final venham a crer, como graciosamente aconteceu com Tomé).

E isso pode acontecer até mesmo em seminários cujos professores são conservadores, que acreditam na Bíblia de capa a capa. Esse quase foi o meu caso. Após minha conversão em 1977, depois de uma vida desregrada e dissoluta, dediquei-me à pregação do Evangelho e a plantar igrejas. Larguei meu curso de Desenho Industrial na Universidade Federal de Pernambuco e fui trabalhar como obreiro no litoral de Olinda, pregando a uma comunidade de pescadores, depois no interior de Pernambuco entre plantadores de cana e finalmente entre viciados em droga em Recife. Todos me aconselhavam a fazer o curso de seminário e a me tornar pastor. Eu resistia, pois tinha receio de que quatro anos em um seminário iriam esfriar o meu ânimo, meu zelo, minha paixão pelas almas perdidas. Eu conhecia vários seminaristas e não tinha a menor intenção de me tornar como eles. Finalmente cedi. Entrei no seminário aos 24 anos de idade, provavelmente como um dos mais relutantes candidatos ao ministério que passara por aquelas portas. Tive professores muito abençoados que me ensinaram teologia, Bíblia, história, aconselhamento. Eram todos, sem exceção, homens de Deus, comprometidos com a infalibilidade das Escrituras e com a teologia reformada.

Tenho tenho que confessar, porém, que nesse período, esfriei bastante. Perdi em parte aquele zelo evangelístico, a prática de dedicar várias horas diárias para ler a Bíblia e orar. O contato com a história da Igreja, a história das doutrinas, as controvérsias, afora a carga tremenda de leituras e trabalhos a serem feitos, tudo isso teve impacto na minha vida devocional. Pela graça de Deus, durante esse período me mantive ligado ao trabalho evangelístico, à pregação. Mantive-me em comunhão com outros colegas que também amavam o Senhor e juntos orávamos, discutíamos, compartilhávamos nossas angústias, alegrias, dificuldades e planos futuros. Saí do seminário arranhado.

Infelizmente esse não é o caso de muitos. Se o Mauro Meister quisesse, ele poderia dar testemunho aqui de como quase perdeu a fé em Deus e na Palavra quando entrou no seminário da denominação à qual ele pertencia antes de ser presbiteriano. Ele teve que tomar uma decisão: ficar e perder a fé, ou sair. Preferiu sair -- pelo que todos nós somos gratos! -- e fazer outro seminário. Além desses dois casos que eu mencionei, conheço vários outros de seminaristas, estudantes de teologia, que perderam a fé, o zelo, o fervor, a confiança, e que saíram do seminário totalmente diferentes daqueles jovens entusiasmados, evangelistas, que um dia entraram na sala de aula ansiosos por aprender mais de Deus e da sua Palavra.

Existem algumas razões pelas quais essa história tem se tornado cada vez mais comum. Coloco aqui as que considero mais relevantes, sempre lembrando que muitos seminários e escolas de teologia levam muito a sério a questão da ortodoxia bíblica e do cultivo da vida espiritual de seus alunos. Não é a eles a que me refiro aqui.

1) Acho que tudo começa quando as denominações mandam para os seminários e faculdades de teologia jovens que não têm absolutamente a menor condição de serem pastores, professores, obreiros e pregadores. Muitos são enviados sem qualquer preparo intelectual, espiritual e emocional. Alguns mal fizeram 17 anos e foram enviados simplesmente porque eram líderes destacados dos adolescentes de sua igreja, eram líderes do grupo de louvor ou filhos de pessoas influentes da igreja. Não é sem razão que Paulo orienta que o líder não pode ser neófito, isto é, novo na fé (1Tim 3.6). Eles não têm a menor estrutura intelectual, bíblica e emocional para interagir criticamente com os livros dos liberais e com os professores liberais que vão encontrar aos montes em algumas das instituições para onde serão mandados. Não estarão inoculados preventivamente contra o veneno que professores liberais costumam destilar em sala de aula. E nem têm ainda maturidade para estudar teologia como se fosse uma disciplina qualquer, até mesmo quando ensinada por professores conservadores que mal oram em sala de aula.

2) Acho também que a culpa é das denominações que mantêm professores liberais ou conservadores frios espiritualmente nas cátedras de suas escolas de teologia. O que um professor que não acredita em Deus, nem que a Bíblia é a Palavra de Deus, não ora, tem para ensinar a jovens que estão na sala de aula para aprender mais de Deus e de sua Palavra? Há seminários e escolas de teologia que mantêm no corpo docente professores que nem vão mais à uma igreja local, que usam o título de pastor apenas para ocupar uma vaga na cátedra dos seminários. Nunca levaram ninguém a Cristo e nem estão interessados nisso. Não têm vida de oração, de piedade. Que exemplo eles poderão dar aos jovens que sentam nas salas de aula com a mente aberta, ansiosos e desejosos de ter modelos, exemplos de líderes para começar seus próprios ministérios?

3) Alguns desses professores têm como alvo pessoal destruir a fé de todos os seus estudantes antes mesmo que terminem o primeiro ano de estudos. Começam desconstruindo o conceito de que a Bíblia é a infalível e inspirada Palavra de Deus. Com grandes demonstrações de sapiência e erudição, eles mostram os erros da Bíblia e o engano da Igreja Cristã, influenciada pela filosofia grega, em elaborar doutrinas como a Trindade, a Divindade de Cristo, a Expiação. Mesmo sem usar linguagem direta -- alguns usam, todavia -- lançam dúvidas sobre a ressurreição literal de Cristo de entre os mortos. A pá de cal na sepultura da fé desses meninos é a vida desses professores. Além de não terem vida devocional alguma, alguns deles ensinam os seus pobres alunos a beber, fumar e freqüentar baladas e outros locais. Eles até lideram o grupo Noé (que se encheu de vinho) e o grupo Isaías ("e a casa se encheu de fumo") nos seminários!!

4) Bom, acredito que uma fé que pode ser destruída deve ser destruída mesmo, pois não era autêntica e nem sólida. Quanto mais cedo ela for destruída e substituída por uma fé robusta, enraizada na Palavra de Deus, melhor. Acontece que os professores liberais e os professores conservadores mortos só sabem destruir; eles não têm a menor idéia de como ajudar jovens candidatos ao ministério pastoral a cultivar uma mente educada, uma fé robusta e uma vida de devoção e consagração a Deus: os primeiros, porque lhes falta fé; os segundos, devoção. Ao fim de quatro anos de estudo com professores assim, vários desses jovens saem para serem pastores, mas intimamente -- alguns, abertamente -- estão cheios de dúvidas quanto à Bíblia, quanto a Deus e quanto às principais doutrinas da fé cristã. Estão confusos teologicamente, incertos doutrinariamente e cínicos devocionalmente. Quando entraram nos estudos teológicos, eram jovens que tinham como a missão principal de sua vida pregar o Evangelho, glorificar a Deus e ganhar o mundo para Cristo. Agora, após quatro anos debaixo de professores liberais ou conservadores mortos, seu único alvo é conseguir campo para ganhar o pão de cada dia e sustentar-se e à família. Esse tipo de motivação destrói igrejas em curto espaço de tempo.

5) Não podemos deixar de lembrar que ao final, se trata de uma guerra espiritual feroz, em que Satanás tenta de todos os modos corromper a singeleza e sinceridade da fé em Cristo, atacando a mente e o coração dos futuros pastores (2Cor 11:3). Usando professores sem fé e professores sem vida espiritual, ele procura minar as convicções, a certeza, o fervor e a dedicação dos jovens que se preparam para o ministério. Aqui é pertinente o lema de Calvino, orare et labutare. Pela oração, os seminaristas poderão escapar da tendência dos estudos teológicos de transformar nossa fé em um esquema doutrinário seco. E pela labuta nos estudos poderão se livrar das mentiras dos professores liberais, neo-ortodoxos, libertinos e marxistas.

Eu daria as seguintes sugestões a quem pensa em fazer teologia e depois seguir a carreira pastoral.
  • Verifique suas motivações. O que lhe leva a desejar o pastorado? Muitos querem ser pastores porque não conseguem ser mais nada na vida. Não conseguem passar no vestibular para outras carreiras e nem conseguem emprego. Vêem o pastorado como um caminho fácil para ter um emprego.
  • Procure saber qual a opinião de seus pais, de seus pastores, e de seus amigos mais chegados, que terão coragem de lhe dizer a verdade.
  • Seja honesto consigo mesmo e responda: você já levou alguém a Cristo? Você tem liderança? Você tem facilidade de comunicação em público e em particular?
  • Você tem uma vida devocional firme, constante, sólida, em que lê a Bíblia e ora, buscando a face de Deus, com zelo e fervor? Cultiva uma vida santa e reta diante de Deus, odeia o pecado e almeja ser mais e mais santo em seu caminhar?
Um colega de seminário me lembrou recentemente que uma das coisas que o impediram de perder a fé e o fervor durante o tempo de estudos foi que ele tenazmente se aproximou dos professores conservadores que eram espirituais, dedicados, fervorosos, que valorizavam a vida com Deus e a santidade. A comunhão com esses homens de Deus foi um refrigério para ele, e funcionou como uma âncora nos momentos de tentação e crise.

Lamento pelos jovens que perdem sua fé ou seu amor a Deus durante os anos de estudos teológicos. Lamento mais ainda pelas igrejas onde eles vão trabalhar e onde plantarão as mesmas sementes de incredulidade e frieza que foram semeadas em sua mentes abertas e despreparadas por professores que não tinham fé ou não tinham zelo.
Fonte: o tempora! o mores

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

A PORNO-CORINTO


Situada no istmo de mesmo nome, no sul da Grécia, Corinto era, no início do primeiro século, a cidade mais antiga, mais importante, mais rica, mais comercialmente próspera, mais populosa (250 mil habitantes) e mais obcecada por sexo da Europa Oriental. Ali se realizavam os Jogos Ístmicos, quase tão importantes quanto os Jogos Olímpicos, que eram mais antigos e surgiram em Olímpia, mais a oeste. Por ser uma cidade portuária (um porto no mar Egeu e outro no mar Mediterrâneo) e o elo entre Roma e o Oriente, Corinto abrigava uma grande mistura de raças, línguas e culturas (gregos, latinos, sírios, asiáticos, egípcios e judeus), de classes sociais (escravos e libertos, burgueses e pobres) e de profissões (investidores, mercadores, ambulantes, marinheiros, filósofos, ex-soldados, atletas e “promotores de todas as formas de vícios”).
 
Considerada a capital da licenciosidade, Corinto era notável por sua independência moral. À semelhança dos hebreus na época dos juízes, cada um fazia o que bem desejava (Jz 21.25). Não havia a quem prestar contas nem leis para obedecer, senão a lei dos desejos. Os impulsos sexuais eram um fenômeno biológico como a fome e, portanto, deveriam ser satisfeitos.
 
Em Corinto havia muitos templos. No templo dedicado a Afrodite, a deusa do amor (a mesma Vênus dos romanos), havia mil prostitutos e prostitutas, que ofereciam seus serviços ao pôr-do-sol. No templo dedicado a Apolo, o deus que representava o ideal de beleza masculina, havia “estátuas de Apolo nu, em diversas posturas, que exibiam sua virilidade, inflamavam seus adoradores masculinos a prestarem devoção por meio de demonstrações físicas com os belos rapazes a serviço da divindade” (David Prior, “A Mensagem de 1 Coríntios”). O problema das tais “imoralidades sexuais” (1Co 7.2) entre os coríntios era tal que um dos verbos gregos que significava “fornicar” era “corintizar”, ou seja, viver uma vida coríntia. 
 
Esse descaso com a moral sexual vinha de longe. Demóstenes, o famoso orador grego (384-322 a.C.), escreveu: “Temos amantes para nos regozijarmos com elas, depois escravas compradas para cuidar de nossos corpos e, finalmente, esposas, que devem conceder-nos filhos legítimos e estão encarregadas de supervisionar todos os nossos misteres domiciliares”. Trezentos anos antes, na mesma época dos profetas Daniel e Habacuque (600 a.C.), Safo, a não menos famosa poetisa grega, teria levado várias jovens sob sua influência à prática do lesbianismo. Por essa razão, e por viver em Metilene, capital da ilha grega de Lesbos, próxima ao litoral da Turquia, chama-se lésbica (lésbia ou lesbiana) a mulher homossexual. “Tanto no mundo grego como no mundo romano, a parceria homossexual entre um homem mais velho e um jovem era considerada parte da educação do rapaz”, lembra Amy Orr-Ewing no livro Por Que Confiar na Bíblia?.
 
Foi em sua segunda grande viagem missionária que Paulo começou a evangelizar a cidade de Corinto (51 d.C.). Muitos convertidos renunciaram sua vida pregressa e tornaram-se novas criaturas em Cristo (2Co 5.17). Entre eles havia imorais, adúlteros e homossexuais passivos e ativos, como vemos na Primeira Epístola de Paulo aos Coríntios (6.9-11), escrita no ano 55. Para se referir aos homossexuais ativos, o apóstolo usa a palavra grega “arsenokoitai”, aquele que toma a iniciativa, traduzida também por sodomita (por causa do que aconteceu em Sodoma, Gn 19). Para se referir aos homossexuais passivos, usa a palavra grega “malakoi”, aquele que se permite usar, traduzida também por efeminado. Para Calvino (1509-1564), os “malakoi” são “aqueles que, enquanto não podem tornar-se prostitutos publicamente, revelam quão impudicos são no emprego da linguagem ignóbil, no maneirismo e vestuário femininos, bem como em outros meios de atrair a atenção”.
 
Esse trecho da Carta de Paulo aos Coríntios é a melhor passagem das Escrituras para mostrar a possibilidade de mudança de comportamento mediante uma experiência autêntica de conversão, não importando o estilo de vida anterior.
 
Corinto foi três vezes destruída: em 146 antes de Cristo pelos exércitos romanos, em 501 por um terremoto, e em 1858 por outro terremoto, bem mais devastador que o primeiro. Hoje, Corinto não passa de uma aldeia.
 

Nota
Artigo publicado na revista Ultimato 325 (julho-agosto/2010).

 

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