sábado, 26 de julho de 2014

Uma avaliação do culto



Por W. Robert Godfrey

A preocupação de Deus com respeito a seu culto deve levar os evangélicos a uma avaliação muito mais cautelosa de suas práticas de culto. Primeiramente, os evangélicos precisam reconsiderar os novos elementos introduzidos no culto. Será que elementos visuais como drama, dança e filme são aceitáveis a Deus? Não parecem ser coerentes com a aplicação refletida do Segundo Mandamento. Ao contrário, tem mais semelhança com o fogo estranho oferecido ao Senhor (Lv 10.1). Deus na Escritura nunca aprovou a criatividade ou inovação no culto. Como é que os evangélicos tão impensadamente presumem que Deus aprova as suas novidades? 

Esses elementos têm de ser rigorosamente submetidos às Escrituras. A falha evangélica, de não fazer isso, mostra que a Bíblia não funciona de maneira central na vida e no modo de pensar de muitos. Não devia haver tantos evangélicos se contentando com tirar um tema ou ilustração da Escritura, sem estudar cuidadosamente os detalhes para verificar se estão apresentando uma verdade coerente e sistemática. Os evangélicos precisam ver que o culto deve ser orientado pela Palavra nos detalhes específicos, não de maneira geral e vaga.

Para muitos, a justificativa de sua maneira nova de prestar culto tem raiz na sua sinceridade. O culto certamente precisa ser sincero para ser aceitável a Deus. Mas a sinceridade por si só não torna o culto aceitável a Deus. Os adoradores de Baal nos dias de Elias eram sinceros. Muitos adoradores de Yahweh em Samaria eram sinceros. Mas Deus rejeitou tal adoração como violações do Primeiro ou Segundo Mandamento. A sinceridade não justifica a falsa adoração, como também não justifica a falsa doutrina ou a vida desobediente. 

O culto que é simples e espiritual irá incentivar a vida cristã disciplinada e coerente. Conduzirá os evangélicos de volta à Bíblia. Esse culto realmente edificará o corpo de Cristo na doutrina e na vida. 

Segundo, os evangélicos devem reexaminar quais as formas em que eles mudaram os elementos do culto. Os sermões devem voltar a ser rigorosamente expositivos para que a igreja ouça realmente a Palavra de Deus, e não opiniões humanas. A exposição da Palavra em sua riqueza irá confrontar as nossas idéias, valores e maneiras pecaminosas, assegurando que o culto não seja simplesmente um paliativo confortante. A Bíblia precisa ser lida como ato central do culto: não apenas para informar, mas como um ato de reverência e agradecimento a um Deus que se revelou a si mesmo. A oração deve ser restaurada como privilégio da igreja de falar ao Deus que se aproxima deles. Os sacramentos devem ser vistos como sendo a bondade do Senhor em dar expressão visível ao evangelho. 

Os elementos históricos do culto refletiam um sentimento da grandeza e presença de Deus. Os evangélicos podem retomar o culto profundamente centrado em Deus, e se afastar do seu culto cada vez mais centrado no homem. Como Calvino escreveu: “Não é uma teologia muito acertada a que limita tanto os pensamentos da pessoa a si mesma, e não coloca diante dele, como motivação primária de sua existência, o zelo por ilustrar a glória de Deus. Pois somos nascidos antes de tudo para Deus, e não para nós mesmos”. 

A vida cristã florescerá num contexto em que se cultive um relacionamento vital com Deus de acordo com sua Palavra. Reunir-se com Deus na verdade fortalecerá a vida cristã. 

Terceiro, os evangélicos devem olhar com cuidado a sua música. A música é a maneira-chave de expressar a emoção no culto. Mas o culto contemporâneo por vezes demais se preocupa apenas com a emoção de alegria – e esta de modo bem superficial. A Bíblia da ênfase à alegria, certamente, mas dá ênfase igual à reverência. Diz o Salmo 2.11: “Servi ao Senhor com temor e alegrai-vos nele com tremor”. A reverência e a alegria, ambas, devem ser expressas no culto. 

A alegria e a reverência refletem a natureza de Deus, que é justo e misericordioso, santo e amoroso. Culto que é apenas alegre é servir a um Deus despojado da metade de seus atributos. Produz um evangelho que fala de paz quando não há paz. Divorcia a Lei do evangelho e o arrependimento da fé. 

As músicas do culto da igreja devem seguir o modelo do hinário no qual se louva a natureza de Deus, com amor para com Deus como ele realmente é. Abastecerá a mente com verdades sobre as quais meditar. Incentivará o povo de Deus à santidade de vida. 

Quarto, muitos evangélicos diminuíram o papel do pastor na liderança do culto e multiplicaram o número de líderes do culto. São atos alinhados com a cultura democrática, e freqüentemente justificados apelando-se à doutrina do sacerdócio de todos os santos. Mas isso muitas vezes torna líderes pessoas sem a instrução ou experiência devida para a posição. E mais importante, tais pessoas não receberam um chamado nem foram separadas para essa obra pelo corpo da igreja. 

Os evangélicos precisam reassumir uma teologia de dom e ministério. Uma das grandes dádivas de Cristo concedidas à sua igreja, de acordo com Efésios 4, são os dons de pastor e professor. Aqueles que foram dotados e vocacionados por Cristo e sua igreja precisam dirigir o povo de Deus cuidadosamente em seu culto em conformidade com a Palavra. 

Tal liderança irá ajudar os crentes em toda sua maneira de vida a refletir sobre a importância das estruturas e autoridades que Deus nomeia. O declínio do respeito para com as autoridades, quer pais, mestres, empregadores, ou autoridades do governo, é um problema crucial do nosso tempo. A igreja deve ser exemplo para a sociedade no seu respeito para com os ministros e presbíteros que Cristo estabeleceu em sua igreja. 

Quinto, os evangélicos vêm mudando o horário do culto para tornar mais fácil e acessível o culto ao Senhor. Mas será que os evangélicos compreenderam o chamado do Senhor para que se santifique o Dia do Senhor? Existe um dia do Senhor na nova aliança – o de Apocalipse 1.10 – e é santificando-o que o povo de Deus aprende a obedecer e a negar-se a si mesmo. O verdadeiro Cristianismo não é fácil, mas aceita de bom grado a disciplina e bênção do descanso e culto no Dia do Senhor. A fé verdadeira fica feliz de passar tempo com Deus. Aprecia muitíssimo a hora para devoção, aprendizagem e serviço cristão. Não busca terminar logo o culto, mas procura seguir o modelo revelado de um dia com Deus. 

Os evangélicos, com relação ao culto, doutrina e vida, vêm se tornando minimalistas. São pessoas demais perguntando: Qual é o mínimo que posso fazer e qual é a maneira mais fácil de fazê-lo para que eu seja um discípulo de Jesus Cristo? Os evangélicos precisam se lembrar – em primeiro lugar – da Grande Comissão (Mt 28.18-20). Aí Jesus declara o que é o verdadeiro discipulado. Tem uma dimensão doutrinária: Os discípulos devem reconhecer Jesus como possuidor de toda a autoridade no céu e na terra. Tem uma dimensão de culto: Os discípulos devem ser batizados em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Tem uma dimensão de vida: Os discípulos devem obedecer a tudo o que Deus mandou. Os evangélicos precisam captar de novo a plenitude da religião bíblica.

***
Fonte: Reforma Hoje – Uma Convocação Feita Pelos Evangélicos Confessionais. James Boice, Gene Edward Veith, Michael Horton, Sinclair Ferguson Etc. Editora Cultura Cristã.
Via: Monergismo

Vídeo: porque Pr. Silas vai apoiar Pr. Everaldo para presidente



Imagem: Divulgação

Pastor Silas Malafaia oficializa seu apoio ao pastor Everaldo Pereira (PSC) para o cargo de presidente da República nas próximas eleições (confira o vídeo abaixo).
“Sou cidadão e tenho direito de expressar minhas opiniões. Estou no estado democrático de direito, tenho o direito de indicar pessoas e você tem o direito de aceitar ou rejeitar o que eu falo”, declara o pastor Silas em seu depoimento. Ele também deu instruções sobre a importância do voto no primeiro e no segundo turno. “Temos que marcar posição”, frisou pastor Silas.
No início deste mês, na sede da Editora Central Gospel, no Rio de Janeiro, pastor Silas recebeu pastor Everaldo, senador Magno Malta (PR-ES) e outras lideranças evangélicas, que também garantiram apoio a candidatura de Everaldo Pereira à presidência da República.
Veja algumas fotos desse encontro e assista abaixo o vídeo.
Imagem: Divulgação
Imagem: Divulgação
Imagem: Divulgação
Confira o vídeo e deixe o seu comentário.

Fonte:Verdadegospel

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Nova Logomarca da IPB



A reunião do Supremo Concílio 2014 em Natal aprovou a Nova logomarca da IPB segundo informações do nosso irmão Ricardo Moraes pelo facebook.

PARTE DOS EX-ALUNOS DO SPN NA REUNIÃO DO SUPREMO CONCÍLIO 2014 EM NATAL

Parte dos ex-alunos do SPN presentes ao XXXVIII Reunião Ordinária do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil.

CurtirFonte: Facebook Rev. Marcos André


IGREJA PRESBITERIANA DO BRASIL EMITE NOTA CONSIDERANDO A DENOMINAÇÃO 'VERBO DA VIDA' COMO HERÉTICA



Por Antognoni Misael

Recentemente alguns internautas, cristãos, vinculados a Igreja Presbiteriana do Brasil, divulgaram nas redes sociais um posicionamento da Igreja Presbiteriana do Brasil em relação a igreja "Verbo da Vida". Tivemos dúvida antes de publicar a matéria, mas após consultar o site se.icalvino.net o colunista do blog UMP da Quarta, Guilherme Barros, confirmou a notícia e nos mandou um print da página a qual teve acesso.

Não é a primeira vez que Igreja Presbiteriana do Brasil emite opinião sobre denominações  de teologia duvidosa. Em 2010 ela também se pronunciou em relação as igrejas IURD e Mundial, considerando-as seitas. Agora, novamente depõe em relação a denominação Verbo da Vida, a qual tem estreita ligação com Kenneth Hagim, representante do movimento Palavra de fé, onde a confissão positiva, teologia da prosperidade e outras heresias foram veiculadas dentro do cenário eclesiástico brasileiro. Veja na íntegra o conteúdo.

Posicionamento oficial da Igreja Presbiteriana do Brasil quanto a Igreja Verbo da Vida. Considerando:

1) Que a Igreja Verbo da Vida é ligada ao Kenneth Hagim Ministries;

2) Que a Igreja é defensora e praticante do "evangelho da saúde e da prosperidade" também conhecido como "Teologia da Prosperidade", "Confissão Positiva", "Palavra da fé" e "Movimento da Fé";

3) Que a igreja verbo da vida foi implantada no Brasil pelo "apóstolo" Bud Wright, e em seu blog existem afirmações que apontam as convicções e ensino da referida igreja;

4) Que a Igreja em seus encontros apresenta práticas muitos similares das que são praticadas na IURD - Igreja Universal do Reino de Deus - fato facilmente constatado nos vídeos espalhados na internet; O SC/IPB 2014 RESOLVE:

1. Reconhecer que a Igreja Verbo da vida apresenta uma orientação teológica neo-pentecostal e com muitos elementos característicos de seita;

2. Determinar aos concílios inferiores que se abstenham de relações intereclesiásticas com a Igreja Verbo da Vida e só recebam por batismo e profissão de fé;

3. Responder ao concílio consulente que a Igreja verbo da vida não pode ser tratada como igreja co-irmã.
Imagem do texto no site se.icalvino.net.

***

Antognoni Misael, da redação do Púlpito Cristão.

SECRETÁRIA GERAL DO TRABALHO FEMININO 2014 - 2018

Eleita  na Reunião do Supremo Concílio da IPB, Niracy Henriques Bueno,  como  Secretária Geral do Trabalho Feminino para o Quadriênio 2014-2018. Niracy já exerceu na CNSAFs os cargos de Presidente e Vice-presidente para a região Sul.
“Deus nos abençoe nessa nova fase da CNSAFs junto com todas as nossas SAFs.
Coloquem os joelhos no chão para agradecer a Deus porque já temos Secretária Geral para o novo quadriênio.
O SC/IPB pela misericórdia de Deus escolheu a irmã Niracy Bueno.
Oremos por ela para Deus a ajude a nos ajudar nesse grande desafio de ser SAF e servir a Jesus como suas auxiliadoras em nossa amada Igreja Presbiteriana do Brasil.
Com carinho e nosso abracinho”.
Ana Maria

A HISTÓRIA DAS SAFs CENTENÁRIAS NOS 130 ANOS DA SAF

SAF CENTENÁRIA

Nos 130 Anos do Trabalho Feminino da IPB será lançado um livro contando a história das SAFs Centenárias.
A SAF  que já completou 100 anos, ou vai completar este ano,  terá sua história registrada neste livro especial.
O tempo está passando, envie  os registros da SAF para anasprados@gmail.com.
Não deixe a história de sua SAF de fora!!!
CULTO EM AÇÕES DE GRAÇAS  – 130 Anos  da SAF/IPB
Comemorações em nível da CNSAFs
A SAF/IPB fará em 11 de novembro de 2014, 130 anos de serviços aos pés do Senhor. As comemorações serão em todos os níveis do Trabalho Feminino em todo o país. Todos os irmãos e irmãs presbiterianas estão convidados a agradecer ao Senhor junto com a SAF pela sua existência e tributar aos pés do Senhor todas as honras, glórias e louvores pelas vitórias em Cristo usufruídas pela SAF. Conclamamos todas as irmãs que fazem as SAFs a participar das comemorações e a orar pedindo a Deus as bênçãos para esse santo serviço.
Em nível nacional a CNSAFs comemorará no Estado de Pernambuco. Todos os irmãos e irmãs dos demais Estados que desejarem participar serão bem-vindos em nome do Senhor Jesus. Todos os irmãos e irmãs dos Sínodos do Estado de Pernambuco estão convidados.
Em Cristo, o Senhor da Igreja

Ana Maria Prado

INFORMAÇÕES
Dia - 08 de novembro de 2014
Início - 16 horas
Local - Quadra da Escola Modelo Manoel Davi Vieira da Costa
Localização: às margens da BR 101 (estrada antiga) - Ponte dos Carvalhos
Cabo de Santo Agostinho – PE
Ponto de referência
Seguir no sentido Recife para o Cabo de Santo Agostinho, pela BR antiga. A quadra fica na própria BR antiga (lado direito de quem vai de Recife – Cabo) antes da Cidade do Cabo, no Distrito Ponte dos Carvalhos.
Informações sobre as opções de hotéis em Recife para quem vem de outros Estados:
Mary Loide Brunet
Fones – 0xx -81 34689268/99741978
Margarida Miranda
Fones – 0xx 81 33276405/88316405
Dalva Sá
Fones – 0xx 81 33437952/99757844

130 anos - NOVA-1
Fonte: Site da CNSFs

SAF: conheça o tema do próximo quadriênio


Assista ao vídeo com a palavra da presidente da confederação nacional de SAF’s da IPB, sobre o tema do próximo quadriênio.

O pior lugar do mundo para os cristãos


A Coreia do Norte não é um local atrativo para se viver. Estrangeiros ou turistas são a minoria no país. Isolada do mundo, a Coreia é um dos piores lugares do mundo para se viver.

Para os cristãos, os campos de concentração norte-coreanos são considerados os piores lugares do mundo. Todos os dias nesses campos de prisão cerca de 30.000 cristãos enfrentam uma jornada árdua de trabalho de mais de 15 horas. Refeições escassas e dormir em um chão de concreto intensificam o sofrimento. Outros cristãos não são tão afortunados. Em vez de trabalhar por horas no trabalho árduo sob o olhar de guardas cruéis, eles estão trancados em câmaras de tortura e prisões subterrâneas. “Fui fechado em uma jaula como animal, sendo obrigado a ficar durante horas em posições tortuosas. Fui espancado até vomitar sangue”, relata um dos sobreviventes desses campos de prisão norte-coreanos.

Cerca de 200 mil norte-coreanos estão detidos nesses campos de prisioneiros. O governo comunista é cuidadoso em esconder detalhes sobre os campos do mundo exterior. Os acampamentos são disfarçados como instalações militares ou agrícolas e só são permitidas entradas de funcionários com autorização especial de segurança.

As condições nos campos são tão ruins que quase 40% dos reclusos morrem de fome, enquanto outros comumente perdem até metade do seu peso corporal. Os presos falam de comer grama e ratos para sobreviver.

A adesão à fé cristã é um crime político no país. A segurança do Estado faz um esforço concentrado para identificar os cristãos e o acesso a Bíblias e materiais cristãos é extremamente difícil.  
Os agentes são treinados para reprimir atividades religiosas e de interrogar sistematicamente cidadãos repatriados sobre seu contato com as Igrejas e missionários fora da Coréia do Norte.

Cerca de 30.000 crentes nestes campos de concentração são prisioneiros de uma guerra que está sendo travada contra os cristãos. É uma guerra que começou em 1948, quando a Coréia do Norte foi estabelecida como um Estado.

Os nossos irmãos norte-coreanos precisam de nossas orações. Vamos juntos continuar levantando o nosso clamor em favor de uma mudança radical no regime comunista norte-coreano.

Mas em meio a uma situação de risco, muitos cristãos norte-coreanos sobreviventes dos campos de concentração e de prisões estão contando ao mundo o desrespeito aos direitos humanos por eles enfrentados.

PROJETO ABRAÃO: ORANDO PELA COREIA DO NORTE 
Como ser um intercessor
Se você deseja fazer parte desse exército, por favor, envie um e-mail para projetoabraao@gmail.com, fornecendo seu nome completo, telefone, igreja e e-mail. Se preferir, envie estes dados pelo correio para o endereço: PROJETO
ABRAÃO - Rua Goiás, nº 631 - Parque Nacional - Juquiá, SP - CEP 11800-000.
Acesse o blog: http://projetoabraao.blogspot.com.br/
FONTE: O.F 


Os Cinco Contraditórios Pontos do Arminianismo

.


Por Jailson Serafim

a) O dogma do livre arbítrio

Como resultado da queda de Adão no Éden, a Bíblia diz que n'Ele, toda a raça humana está espiritualmente morta (Gn 2:17; Ef 2:1,5; Cl 2:13). Estando espiritualmente mortos, todos os filhos de Adão tendem a refletir a atitude de seu pai, ou seja, fugirem da presença de Deus (Gm 3:8-10) e não se reconhecerem como culpados (pecadores) diante de Deus (Gn 3:11-13), razão pela qual o Espírito Santo têm que convencê-los de seu pecado (Jo 16:7-9). Ora, se houvesse após a queda a capacidade de escolher a Deus por parte do homem espiritualmente morto, certamente Adão procuraria a Deus, e não Deus a Adão! E o resultado da queda de Adão sobre os seus descendentes é que segundo a Bíblia, "viu o SENHOR... que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração ERA SÓ MÁ continuamente" (Gn 6:5 ACF). Embora as Escrituras digam que após a queda no Éden o homem está completamente morto (totalmente depravado) e arruinado, todavia, à revelia da Bíblia, os arminianos dizem que "a natureza humana foi indubitavelmente prejudicada pelo pecado, porém não arruinada totalmente" (Rev. José G. Salvador; Arminianismo e Metodismo, p.87). 

Não só o dogma do livre arbítrio é falso e blasfemo, mas também contraditório. Ele entra em contradição com o segundo ponto do arminianismo - a eleição condicional. Os arminianos dizem que "desde a fundação do mundo, Deus sabia quem iria crer ou não crer em Cristo. Assim, com base nessa presciência, elegeu os que iriam crer para a salvação, e da mesma forma, predestinou, designou, recusou ou reprovou de antemão [desde a eternidade] os que não iriam crer para a condenação" (Pr. Raimundo Ferreira de Oliveira; Lições Bíblicas [CPAD], Quarto Trimestre de 1987, pp.32-33). Com base nisto, perguntamos: Aqueles que, pela presciência de Deus, não crerão em Cristo e que foram de antemão por Deus predestinados, designados e reprovados para a condenação possuem a capacidade de escolherem a Deus? Se Possuem essa capacidade, onde fica, então, a presciência de Deus?

Harpa Cristã, hinário das Assembleias de Deus, canta a doce melodia da total depravação do homem (esmigalhando o dogma do livre arbítrio), dizendo: "Longe do Senhor, andava no caminho do horror, por Jesus não perguntava, nem queria o seu amor no juízo não pensava, nem na minha perdição, nem na minha alma desejava a eterna salvação" (169:1,2).

Tais frases refletem o ensino bíblico. Os ímpios, antes de serem regenerados pelo Senhor, não tem nenhum interesse por Deus (Rm 10:20). Nenhum deles tem ou podem ter qualquer desejo de ir até a Cristo (Jo 3:20; 5:40; Jó 21:14-15). O ímpio não pensa no juízo nem em sua perdição, uma vez que, em seu estado de total morte espiritual, ele não se julga um pecador (Mt 23:30; Lc 18:11-12). Por conta de seu estado caído (a sua natureza pecaminosa), ele não entende que o juízo de Deus está sobre ele (Pv 28:5 compare com Sl 7:11; Rm 1:18). E por que os ímpios não estão convencidos de que estão debaixo do juízo (ira) de Deus? Porque estando espiritualmente mortos, "eles nada sabem, nem entendem; vagueiam em trevas" (Sl 82:5 ARA); "Os perversos são inimigos da luz, não conhecem os seus caminhos" (Jó 24:13 ARA). Os ímpios estão totalmente impossibilitados e incapacitados de chegarem a esta conclusão por si mesmos. O Espírito Santo têm que convencê-los disso (Jo 16:7-8). Agora imaginem alguém que têm condições de chegar as suas próprias conclusões necessitar da ajuda de outro alguém para chegar a estas conclusões? Complicado, não é? Os ímpios não podem jamais desejar a salvação, visto que eles odeiam tanto a Deus (Rm 5:10; 8:7; Cl 1:21) e reputam as trevas como "luz" (Is 5:20). Em suma, o dogma do livre arbítrio não encontra respaldo nas Escrituras!

(b) O dogma da eleição condicional

A Bíblia diz que a eterna eleição para a salvação (Ef 1:4) é "a eleição da graça" (Rm 11:5,6), e se "graça" é "favor imerecido", como ela pode ser condicionada a qualquer futura atitude do homem? Embora a Bíblia diga que a eleição é da graça (isto é, incondicional = At 13:48), os arminianos, contrapondo as Escrituras, dizem que ela é condicional. Não só este dogma é blasfemo e antibíblico, como também contraria o terceiro ponto do arminianismo. Ora, se em sua presciência, Deus já sabia quem vai crer e quem não vai crer em Cristo, elegendo os futuros crentes em Cristo para a salvação, bem como predestinando, designando, recusando ou reprovando de antemão os que não crerão em Cristo, como, então, Cristo poderia morrer por aqueles que de antemão Ele próprio havia predestinado, designado, recusado e reprovado para a condenação? Poderia Cristo morrer por aqueles que de antemão sabia que jamais creriam n'Ele? Morreria Cristo em vão? E onde estaria a sua presciência? Justamente por isso, cantamos com a Harpa Cristã a doce melodia da eleição incondicional (que é a eleição da graça): "Fomos nós predestinados, para crermos em Jesus" (236:3)

As palavras da Harpa Cristã ensinam o que a Bíblia ensina: A fé é a consequência, não a causa da eleição para a salvação. Em outras palavras - fomos eleitos para crermos, e não porque creríamos (At 13:48). 

(c) Expiação Geral

Enquanto a Bíblia explicitamente diz que Cristo não morreu por todos os homens, sem exceção (Mt 26:28; Mc 14:24), e que seu sangue foi derramado em favor apenas dos eleitos (1 Pe 1:2), os arminianos, contradizendo as Escrituras, dizem que Ele morreu por todos os homens sem exceção, isto é, por cada indivíduo. Tal dogma arminiano é uma blasfêmia, pois se é verdade que era parte do plano de Deus que Cristo morresse por toda a raça humana sem exceção (com o objetivo de salvar à todos), e se todos não serão salvos, então o plano de Deus foi frustrado e não alcançou o seu objetivo, que é a salvação de todos. Porém, de acordo com a Bíblia, nenhum plano de Deus ficou sem ter o seu objetivo alcançado; antes, todos os seus planos se realizaram perfeitamente (Jó 42:2; Sl 135:6; Is 46:10). Além do mais, a Bíblia diz que Cristo ficaria satisfeito com o resultado de sua obra expiatória (Is 53:11). E qual foi o motivo desta satisfação? O plano de Deus era que Cristo morresse pelos eleitos para que estes obtivessem a vida eterna, que foi algo que eficazmente ocorreu (Is 53:11; Dn 12:10; Mt 20:28; Jo 17:2,4,6). 

Agora, não só o dogma arminiano (expiação geral) é blasfemo e antibíblico como também entra em contradição com o quarto ponto do arminianismo. Ora, o quarto ponto do arminianismo (resistibilidade da graça divina) ensina que a graça de Deus pode ser resistida não só por uma parte da raça humana (os eleitos), mas por toda as duas partes (eleitos e não eleitos [reprovados]). Neste sentido, se Cristo morreu por toda a raça humana para dar-lhe a vida eterna, e se qualquer uma das partes da humanidade (os eleitos ou os reprovados) pode resistir ao seu chamado interno, isto faria com que o Salvador morresse em vão!

Ao contrário do terceiro ponto do arminianismo, prefiro abrir a Harpa Cristã e cantar a doce melodia da "Expiação Particular", que diz: 

"Só mesmo o tão profundo amor Do nosso bendito Deus, mandava ao mundo de horror, o Seu Filho, para salvar os seus" (475:4).

"Por Ele abençoada é toda a nação, que foi predestinada a grande vocação" (135:3).

"Já dantes desta criação me preparava a mais perfeita salvação; Oh! Quanto a mim amava" (219:2).

A estrofe 3, do hino 135, ensina que somente a nação predestinada (ou escolhida) por Deus recebia a benção da vida eterna, como diz a Bíblia (1 Cr 17:21-22; 2 Sm 7:23). A estrofe 4, do hino 465, ensina que Cristo foi enviado para morrer pelos eleitos conforme diz a Bíblia (Jo 10:11,14-16; 17:2,6,9). A estrofe 2, do hino 219, nos ensina que Cristo amou os seus escolhidos bem antes da fundação do mundo com o amor de um Salvador, conforme diz mais uma vez a Bíblia.

(d) Graça resistível

A Bíblia diz que, dentre a raça humana, apenas alguns são escolhidos para a vida eterna, e que aqueles que foram escolhidos para este fim não resistirão ao chamado interno do Espírito Santo e certamente virão a Cristo (Jo 6:37; 10:14). 

Contudo, à revelia da Bíblia, os arminianos dizem que todos (inclusive os eleitos) podem resistir ao chamado interno do Espirito Santo, frustrando, assim, os propósitos de Deus. Todavia, este dogma arminiano não só é blasfemo e antibíblico, mas também contraria o segundo ponto do arminianismo. 

Ora, se é verdade que desde a eternidade Deus já sabia quem iria crer em Cristo, e que com base nesta presciência elegeu estes para a salvação, como, então, estes podem resistir ao chamado interno do Espírito Santo? Este dogma resultaria em negar a presciência de Deus bem como todo o dogma da eleição condicional para a salvação.

Rejeitando este dogma arminiano (resistibilidade da graça divina), preferimos abrir a Harpa Cristã e cantar a doce melodia da "irresistibilidade da graça divina" (para os eleitos), dizendo:

- "Hoje é o dia aprazível,
- Vem a Jesus, teu Salvador
- o Seu amor é irresistível" (238:4).

A estrofe 4, do hino 238, nos ensina que, uma vez amados por Jesus desde a eternidade, os eleitos irresistivelmente passam a amá-lo neste mundo no momento da regeneração (1 Jo 4:19).

(e) Cair da graça ou perder a salvação

A Bíblia ensina explicitamente que é impossível um cristão ser enganado pelos ministros de Satã a vida toda, porém, o engano pode ocorrer temporariamente (Jo 10:4,5). O verdadeiro cristão não pode ser arrebatado das mãos de Cristo e do Pai (Jo 10:28-29) e que não podem ser derrotados pelo maligno e pelo mundo (1 Jo 5:4). Entretanto, em oposição às Escrituras, os arminianos (especialmente os wesleyanos) dizem que é possível um cristão perder a salvação. Todavia, este dogma arminiano, não só é falso e blasfemo, como também entra em contradição com o segundo ponto do arminianismo. Ora, se desde a eternidade Deus sabia quem iria crer nele e perseverar até o fim, e com base nesta presciência, os elegeu para a salvação, como é possível eles se perderem? Este dogma resultaria tanto em negar a presciência de Deus como também negar o dogma arminiano da eleição condicional. Mas, rejeitando o quinto dogma arminiano (remonstrante), prefiro abrir a Harpa Cristã e cantar a doce melodia do "uma vez salvo, para sempre salvo", que afirma:

"Nunca jamais hei de perecer" (146:2)

"Me guardarás por teu amor, fiel até o fim" (229:3)

"Vem a Cristo, sem tardar,Com seus dons te quer fartar, com riquezas que jamais se perderão" (281:3)

"Pra escravidão do Egito nunca mais voltarei" (316:3)

"Jesus para sempre me salvou" (424).

A estrofe 2, do hino 146, revela que é impossível um cristão perecer (Jo 10:28). A estrofe 3, do hino 281, revela que é impossível as riquezas da salvação serem perdidas. E sabe por quê? Porque se a nossa eleição para a salvação e se a nossa vocação para a salvação são dons de Deus (Ef 2:8-9; 2 Tm 1:9), e se "os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis" (Rm 11:29 ARA), como, então, poderia Deus anular o seu chamado (interno) e anular a própria salvação? Como poderia Ele retirar de nós a fé salvífica? (Hb 12:2). A estrofe 3, do hino 316, diz que uma vez libertos da escravidão do pecado jamais poderemos outra vez nos tornarmos seus escravos totalmente (Jo 8:36; 2 Co 3:17). Paulo chega até a ensinar que os verdadeiros cristãos jamais se desviam para a perdição (Hb 10:39). O hino 424 simplesmente está ensinando e afirmando: "Uma vez salvos, para sempre salvos" (Jo 5:24; 10:28-29). A estrofe 3, do hino 229, nos ensina a coroa da doutrina reformada-protestante da perseverança dos santos. Tal estrofe nos diz que a nossa perseverança final não é produto de nossos esforços, mas da graça de Deus (Jr 32:40; Fl 1:6; 1 Co 1:8).

Portanto, concluímos que, além dos quatro pontos do arminanismo remonstrante não se sustentarem biblicamente e de serem uma herança da Contra Reforma (através dos cânones do Concílio de Trento, 1547 d.C), para piorar ainda mais a sua situação vexatória, ambos contradizem a si mesmos e se excluem. 

Que Deus abençoe a todos!

***
Fonte: Presbiterianos Calvinistas
Imagem: Contradição, flor crescendo em uma pedra - Crazy Ivan. | Arte: Bereianos
.

Formulário de contato

Nome

E-mail *

Mensagem *