sexta-feira, 4 de outubro de 2024

Geórgia aprova lei que proíbe casamento gay e defende ‘valores cristãos’

 


Shalva Papuashvili, presidente do Parlamento da Geórgia, assina projeto anti-LGBT. (Foto: Facebook/Shalva Papuashvili)

Fonte: Guiame, com informações do CNE

A lei de “Proteção dos Valores Familiares e Menores” foi assinada pelo presidente do Parlamento, após a presidente se recusar a sancioná-la.

O presidente do Parlamento da Geórgia, Shalva Papuashvili, sancionou a lei que proíbe o casamento e a adoção de crianças por casais do mesmo sexo.

A Geórgia é um país situado na região do Cáucaso, no limite entre a Europa Oriental e a Ásia Ocidental, e atualmente tem uma população estimada em cerca de 3,7 milhões de habitantes.

O projeto de lei denominado “Proteção dos Valores Familiares e Menores” foi apresentado pelo partido governista Sonho Georgiano e inclui os cuidados de afirmação de gênero e a mudança de gênero em documentos de identidade, além de representações de pessoas gays na mídia.

A lei foi assinada no Parlamento após a presidente Salomé Zurabishvili se recusar a sancioná-la, resultando na devolução do projeto ao Legislativo.

“A lei que estou assinando não reflete ideias e ideologias atuais, temporárias e mutáveis, mas é baseada no senso comum, na experiência histórica e em valores cristãos georgianos e europeus centenários”, escreveu Papuashvili nas redes sociais.

Ele acrescentou que esperava que a lei “causasse críticas de alguns parceiros estrangeiros”, mas disse que os georgianos “nunca tiveram medo” de seguir sua “fé, bom senso e lealdade ao país”.

União Europeia

O principal diplomata da União Europeia, Josep Borrell, já havia alertado que a aprovação de tal lei “compromete os direitos fundamentais do povo georgiano” e “prejudicaria” as aspirações da Geórgia de se tornar membro da UE.

O país obteve o status de candidato à UE no final de 2023, mas sua candidatura à adesão foi congelada em junho devido à introdução de uma lei de “agentes estrangeiros” que espelha a legislação da Rússia, destinada a reprimir a dissidência e restringir a sociedade civil.

A lei anti-LGBTQ+ também espelha a legislação da Rússia, que proíbe representações de “relacionamentos sexuais não tradicionais” desde 2013.

No ano passado, o governo do presidente russo Vladimir Putin apresentou uma moção à Suprema Corte do país para classificar “o movimento LGBT internacional” como extremista.

O partido governista da Geórgia tem se aproximado de Moscou e se afastado do Ocidente, o que levou o Departamento de Estado dos EUA a impor restrições de viagem a importantes políticos do Sonho Georgiano, considerados “cúmplices em minar a democracia na Geórgia”.

Fonte: Guiame, com informações do CNE

quarta-feira, 2 de outubro de 2024

John Knox – O Missionário Destemido

 


Quem visita o campus da Universidade New College, em Edinburgh, como fiz, fica extasiado ao contemplar a grande estátua do Reformador escocês John Knox. Ela representa a força daquele grande homem e servo de Deus que transformou aquela nação numa nação cristã e presbiteriana. Isso lhe custou muita ousadia e muita oração.

Costumo afirmar que Deus sempre usa homens frágeis, mas nunca homens fracos. Deus usa homens “fortes e corajosos”.

Pouco se sabe dos primeiros anos de sua vida. Nasceu entre 1505 e 1515, e foi ordenado padre escocês quando jovem. Na universidade, estudou muito a literatura de Agostinho; conviveu também com Wishard. Essas duas influências fizeram dele um protestante. Por volta de 1546, já era conhecido como um poderoso pregador protestante. Sua grande ênfase era a de que a Igreja Católica Romana era uma Sinagoga de Satanás e que o papa era o anticristo.

Devido a sua pregação revolucionária em 1547, soldados franceses o prenderam por 19 meses. Após sua liberdade, foi para a Inglaterra e permaneceu lá por cinco anos, onde exerceu forte influência. Após a ascensão de Maria “Sanguinária” ao trono da Inglaterra, fugiu para o continente, ficando algum tempo em Frankfurt, depois Genebra, onde se tornou um ardoroso discípulo de João Calvino.

Após ter retornado à Inglaterra, voltou para a Escócia onde pregou por vários meses. A Escócia era um país católico. Pregou sem temor contra a missa, por considera-la uma terrível idolatria. Fez uma petição escrita à rainha-regente, Maria de Guise, suplicando-lhe que fosse favorável à verdade do evangelho, o que lhe foi negado.

Retornou a Genebra. Permaneceu lá por três anos, e aprendeu toda a visão Reformada com o grande mestre João Calvino. Nesse tempo, pregou aos refugiados de fala inglesa e organizou uma igreja entre eles no modelo presbiteriano. Knox retornou para a Escócia em 1559. Além de pregar com poder, começou a organizar a Igreja Presbiteriana na Escócia. A Igreja Católica se lhe opôs, mas ele ficou firme com energia e poder irresistíveis. Foi nesse tempo que ele se agonizava em oração e clamava sem cessar ao Senhor: “Ó Deus, dá-me a Escócia ou eu morro!”.

O Parlamento Escocês se reuniu em 1º de agosto de 1560. John Knox e outros líderes estavam lá para apresentar sua defesa do protestantismo. Foi requisitado de Knox e mais cinco outros irmãos que preparassem uma Confissão de Fé e a submetessem ao Parlamento para consideração. Dentro de quatro dias, estava pronta a Confissão de Fé Escocesa. Era totalmente calvinista. O parlamento examinou artigo por artigo e a adotou como credo para o povo da Escócia. A partir daí, toda e qualquer doutrina contrária era proibida. A jurisdição de Roma foi abolida. A prática da missa foi proibida e com promessas de penas severas. Na terceira infração haveria pena de morte. O país, a partir de agora, era um país presbiteriano. Em dezembro do mesmo ano, houve a primeira reunião da Assembleia Geral da Igreja Presbiteriana da Escócia sob a presidência de John Knox.

Posteriormente, elaborou-se o “Livro de Ordem da Igreja”, um dos maiores documentos da história do presbiterianismo. Nessa constituição incluiu-se o “Livro de Disciplina”. Foi estabelecido um grande programa educacional em que ao lado de cada igreja deveria haver uma escola, com o precípuo propósito de ensinar Latim, Gramática e Catecismo e que se estabelecesse escolas desde o primeiro grau até à universidade em todo o país. Foi incluída a educação moral do povo.

Knox deixou uma igreja que sobreviveu fielmente por mais de trezentos e cinquenta anos na Escócia. Dois elementos fizeram de Knox um grande homem: a ousadia para enfrentar as oposições e uma vida poderosa em oração. Deus deu a Escócia para John Knox.

Todo missionário precisa se vestir dessa coragem e de piedade até que Deus mude a nação. Todos precisamos ser “fortes e corajosos” até que o Reino de Deus se estabeleça.

Rev. José João de Paula

Fonte:https://apmt.org.br/blog/10062-john-knox-o-missionario-destemido

Líder do Movimento Lausanne diz que escândalos e desunião impedem o avanço da Igreja

 


Michael Oh no Congresso Lausanne, na Coreia do Sul. (Foto: Flickr/Lausanne Movement).

Michael Oh exortou os cristãos a se arrependerem de seu orgulho e trabalharem juntos na evangelização do mundo, no Congresso Lausanne, na Coreia do Sul.

O diretor executivo global do Movimento Lausanne, Michael Oh, exortou os cristãos a se arrependerem de seu orgulho e trabalharem juntos na evangelização do mundo, durante o 4° Congresso Lausanne, na Coreia do Sul, na semana passada.

Em uma ministração aos 5 mil participantes de mais de 200 países, Michael falou sobre quatro ações que impedem a Igreja atual de completar a Grande Comissão: orgulho, paroquialismo, isolamento e arrogância.

Michael, que já serviu como missionário no Japão, chamou os cristãos a se arrependerem dessas falhas que estão prejudicando o impacto e o bom testemunho da Igreja global hoje.

“Vamos nos arrepender não tanto de dizer com nossas palavras, mas de sentir em nosso coração ou mostrar através de nossas ações daquelas quatro palavras perigosas que Paulo usa em 1 Coríntios 12 (21-27): ‘Eu não preciso de você’. E nós dissemos isso um ao outro, e dissemos isso a Deus. Mas Deus nos lembra: ‘sem mim nada podeis fazer’ (João 15:5)”, afirmou o líder.

Competição entre ministérios



Congresso Lausanne, na Coreia do Sul. (Foto: Flickr/Lausanne Movement). 

Ele lamentou o “isolamento” e a “competição” entre vários grupos ministeriais e lembrou que a falta de união entre o Corpo de Cristo afeta o sucesso da evangelização.

“Ser tão auto-focado, autoconfiante, auto-sustentado e talvez totalmente egoísta está fazendo com que os crentes percam a vantagem de trabalhar com outros ministérios, outras empresas, outras escolas, outras denominações ou outras partes do Corpo”, alertou.

Segundo Michael, a competição dentro da Igreja, em vez da colaboração, “levou a uma luta por recursos financeiros e, em última análise, à ineficácia e feiura do Corpo de Cristo”.

“Uma das maiores razões para a ineficácia do Corpo é o fracasso em incorporar todo o Corpo na missão de Deus”, comentou.

O diretor destacou que a colaboração produz grandes frutos para o Reino de Deus, citando o exemplo do Congresso Lausanne 1, realizado em Lausanne, Suíça, em 1974, onde a Igreja global se comprometeu a pregar o Evangelho a grupos de povos não alcançados.

A união de esforços levou à evangelização de 9.000 grupos de povos não alcançados nos últimos 50 anos, e ao crescimento de igrejas na África, Ásia e América Latina.

Escândalos de orgulho, poder e impureza

Michael Oh ainda mencionou como os vários escândalos de “orgulho, poder e impureza” entre os líderes cristãos abalaram a Igreja e comprometeram o testemunho do Corpo de Cristo.

“A reputação da noiva de Cristo em muitos lugares ao redor do mundo não é boa”, observou.

“Em vez das pessoas tropeçarem na mensagem do Evangelho, como vemos em Romanos 9, muitas estão tropeçando nos mensageiros. Nossos fracassos hoje em um mundo de mídia social são mais públicos e profundamente sentidos e vistos globalmente do que nunca”.

Apesar das falhas cometidas nos últimos 50 anos, Michael encorajou os cristãos a viverem pela fé, a não serem arrogantes, mas humildes. E incentivou a Igreja a abandonar a mentalidade de competição e se unir, colaborando para cumprir o Ide de Cristo.

“Devemos ser expressivos, lindamente expressivos, biblicamente expressivos, claramente expressivos com a mensagem do Evangelho, de forma personalizada, contextualizada, compassiva e convincente com palavras de vida e amor”, concluiu ele, citando a passagem bíblica de 1 Coríntios 12:12, que diz: 

“Porque, assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros do corpo, embora muitos, sejam um só corpo, assim é com Cristo”.

Congresso Lausanne

O Quarto Congresso Lausanne foi realizado em parceria com centenas de igrejas sul-coreanas. Cerca de 4.000 cristãos em todo o país se uniram para orar pelo sucesso do evento.

Representantes de mais de 200 países foram capacitados de 22 a 28 de setembro, na Songdo Convensia na cidade de Incheon.

Com o tema “Que a Igreja declare e mostre Cristo juntos”, os participantes aprenderam em mais de 50 palestras sobre pontos-chave que afetam a Igreja e as missões globais nos dias atuais, como ministério intergeracional, tecnologia, missão urbana, missões em áreas de conflito, missões no local de trabalho e perseguição religiosa.

Fonte: Guiame, com informações de The Christian Post

Perseguição aos cristãos é maior em países com governos corruptos, mostra estudo


 Protesto contra a perseguição a cristãos na Nigéria. (Foto: Imagem ilustrativa/ACN International).

A pesquisa do International Christian Concern revelou que a corrupção permite discriminação e violência contra cristãos, sem punição legal.

Uma pesquisa recente revelou que a perseguição contra cristãos é maior em países com governos corruptos.

O estudo “Corrupção e Perseguição Cristã”, do International Christian Concern (ICC), organização que monitora a perseguição no mundo, foi divulgado em setembro e mostrou como a corrupção dentro de órgãos governamentais geram políticas discriminatórias contra os seguidores de Cristo.

O relatório cita exemplos de países classificados como as piores nações para ser um cristão. 

No Afeganistão, a corrupção generalizada no governo permitiu que interpretações extremistas da lei islâmica ganhassem espaço, colocando os ex-muçulmanos que se convertem em grave risco.

Muitos cristãos convertidos enfrentam ameaças de morte e exclusão social, enquanto as autoridades toleram esses crimes ao invés de proteger os direitos legais das minorias religiosas no país de maioria islâmica.

Na Nigéria, a corrupção dos governantes afeta diretamente a proteção da comunidade cristã, que é vítima da violência extremista há anos.

Segundo o estudo, a corrupção facilitou a falta de responsabilização por crimes violentos contra cristãos, que representam quase 70% dos assassinatos religiosos no país. A negligência em proteger os crentes nigerianos está ligada a relações corruptas entre autoridades locais e grupos extremistas.

A situação é semelhante no Azerbaijão, onde os militares assumiram o controle de Nagorno-Karabakh – uma região habitada por 120.000 cristãos armênios étnicos – no ano passado.

“A economia do país, particularmente sua indústria de petróleo e gás, é suscetível a práticas corruptas, com relatos de clientelismo generalizado entre funcionários do governo e elites empresariais”, afirmou o relatório do ICC.

Na Índia, a combinação da ideologia nacionalista hindu e da corrupção governamental promove a opressão das minorias religiosas, incluindo os cristãos. A população cristã é tratada de forma discriminatória na aplicação da lei e a polícia é desinteressada em proteger seus direitos.

Repressão a fé cristã

Na Eritreia, a corrupção generalizada entre funcionários do governo facilitou a forte repressão ao cristianismo, de acordo com a pesquisa. No país, cristãos são vítimas de graves violações dos direitos humanos. Eles são detidos em condições desumanas sem julgamento.

Já na China, a corrupção permite que cristãos enfrentem vigilância, detenção arbitrária e punições severas sem nenhum processo legal, com o governo comunista trabalhando cada vez mais para reprimir o cristianismo na nação.

O estudo também menciona o papel das narrativas controladas pelo Estado e das ações corruptas da imprensa na intolerância e na discriminação contra os cristãos, em países do Oriente Médio.

Resposta internacional

Para o ICC, é necessário uma resposta internacional específica para combater a corrupção e a perseguição.

A organização pediu que grupos de defesa de direitos religiosos e organismos internacionais imponham mais sanções contra funcionários corruptos e governos que perseguem cristãos.

O International Christian Concern também pediu mais parcerias internacionais que ofereçam asilo e apoio a cristãos perseguidos.

Fonte: Guiame, com informações de The Christian Post

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