quarta-feira, 11 de setembro de 2024

Argentina faz parceria com evangélicos em trabalho nas prisões: “Momento histórico”

 

Christian Hooft, presidente da ACIERA, e Felicitas Beccar, subsecretaria de Assuntos Penitenciários, durante assinatura do acordo. (Foto: ACIERA)

O acordo de cooperação foi assinado entre Aliança Evangélica e o Ministério da Segurança da Argentina.

Aliança Cristã de Igrejas Evangélicas da Argentina (ACIERA) firmou um acordo de cooperação com o Ministério da Segurança do país, visando desenvolver atividades e projetos que promovam a integração social de pessoas privadas de liberdade, ex-presidiários e suas famílias.

O acordo foi assinado pelo presidente da ACIERA, Christian Hooft, e pela diretora nacional de Reinserção Social, Felicitas Beccar, da subsecretaria de Assuntos Penitenciários.

Com a assinatura deste acordo, as ações e projetos contarão com objetivos claros, planos de trabalho, prazos de execução, além de recursos humanos, técnicos e financeiros, bem como outros aportes e especificações exigidos por cada plano ou projeto.

Inserção em vez de reinserção

Para Hooft, “é um grande desafio, pois há mais de 1000 pessoas por ano que voltam à liberdade, seja porque receberam liberdade condicional, cumpriram sua pena ou por diferentes razões”.

“Preferimos falar em inserção do que em reinserção, porque as pessoas privadas de liberdade não tinham nada. Se falamos em reinserção na educação, elas não tiveram educação; se falamos em trabalho, elas nunca tiveram um emprego. Se falamos em família, elas também nunca tiveram uma família”, acrescentou.

Hooft destacou que “junto com a Diretoria Nacional de Reinserção Social, podemos ajudar a criar vínculos de emprego, cuidado fraternal e, acima de tudo, apoio baseado na fé”.

Os líderes dos conselhos pastorais e representantes dos ministérios prisionais participaram da assinatura. (Foto: ACIERA)

“Hoje temos pessoas aqui que estão trabalhando nesses programas (…) prontas para aceitá-los e dizer: você tem uma oportunidade, um espaço, pessoas que acreditam que você pode avançar, e que Deus realiza essa obra, não pensando no que aconteceu, mas com esperança no futuro, de que você pode ser uma pessoa diferente, deixando para trás a vida de crime e drogas.”

“Esse trabalho sério de reinserção é um momento histórico, porque a igreja tem atuado nas prisões há anos. Como ACIERA, nunca havíamos assinado oficialmente um acordo com o estado para trabalhar. Para nós, isso é um reconhecimento significativo, uma imensa alegria assinar este acordo”, enfatizou Hooft.

Reconhecimento público

Felicitas Beccar agradeceu à igreja evangélica pelo trabalho que tem desenvolvido em todo o país.

“Eu acredito profundamente na missão que vocês realizam, e para nós é uma grande rede e um apoio no nosso trabalho, que às vezes também enfrenta suas deficiências e complicações, e que, se não fossem organizações como a sua, seria bastante incompleto”, afirmou.

Beccar enfatizou que estava “convencida do que estamos fazendo hoje com vocês, sabemos do trabalho realizado nas prisões e de como, quando eles saem, vocês os acolhem, apoiam”, e “pronta para continuar trabalhando e aprendendo com vocês não apenas sobre o que fazem dentro das prisões, mas também sobre o que fazem com base na fé. Obrigada pela oportunidade de fazer parte dessa jornada.”

O acordo-quadro entrou em vigor imediatamente após a assinatura e terá validade por dois anos. Será renovado automaticamente, a menos que uma das partes notifique a outra sobre a intenção de rescindi-lo com pelo menos trinta dias de antecedência.

Assinatura do acordo

A assinatura ocorreu no salão principal da Aliança, com a presença de membros da diretoria nacional da ACIERA, incluindo Graciela Giménez, que será responsável pela coordenação e implementação do acordo.

Ela estava acompanhada pelos líderes dos conselhos pastorais e representantes dos diversos ministérios que há décadas atuam nas prisões do país.

“É possível seguir em frente”

Mais tarde, durante um momento informal, um membro da equipe do pastor Giménez compartilhou seu depoimento:

“Meu nome é David Castillo. Passei 17 anos na prisão. Graças aos cuidadores da prisão e às pessoas que vinham me visitar, pude receber treinamento na prisão. Concluí o ensino fundamental e médio e comecei a universidade.

Quando saí e ninguém acreditava em mim, nem mesmo minha família, o Pastor Tejeda, o diretor da prisão onde estive, me disse: ‘Aqui está sua chance de mudar, você pode mudar. Aproveite tudo isso.’

Essas foram ferramentas que eu não tive quando era criança. Quando eu era pequeno, fiz seis meses de ensino fundamental e meu pai me disse que eu havia aprendido a ler e escrever e que era suficiente.

Quando saí da prisão, os pastores me deram a oportunidade de trabalhar em uma fazenda e hoje trabalhamos juntos na reinserção social.

Você pode seguir em frente, mas precisa de uma equipe inteira de pessoas para ser seus mentores. É possível avançar quando há oportunidades e ferramentas essenciais, e nós testemunhamos isso. A assinatura do acordo de hoje é fundamental.”

Fonte: Guiame, com informações do Evangelical Focus

Pastor preso na Coreia do Norte diz que guardas foram transformados pela Palavra de Deus

 

Hyeon Soo Lim. (Foto: Reprodução/YouTube/Liberty University)

Hyeon Soo Lim testemunhou que os guardas da prisão ouviram suas pregações e foram transformados pelo Evangelho.

Um pastor perseguido que recebeu uma sentença de prisão perpétua na Coreia do Norte testemunhou que, durante os trabalhos forçados na detenção, evangelizou seus agressores e eles foram transformados pelo Evangelho.

Na última sexta-feira (6), o pastor canadense Hyeon Soo Lim, nascido na Coreia do Sul, contou seu testemunho durante um evento evangelístico da Liberty University na Virgínia, Estados Unidos.

Relembrando o tempo no cativeiro, o pastor contou: “Eu não conseguia dar um único passo livremente. Eu era um escravo. Eles retribuíram o bem com o mal até o fim, tudo por causa de um ditador”.

Em 2015, Lim foi condenado a uma vida de trabalhos forçados depois que a Coreia do Norte o acusou de tentar derrubar o regime. Ele foi libertado em 2017 por motivos humanitários e continua compartilhando o Evangelho.

Antes de sua prisão, a Igreja Presbiteriana Coreana Luz, localizada em Ontário, no Canadá, realizou 100 visitas à Coreia do Norte desde 1997 e contribuiu para a criação de um orfanato e de uma casa de repouso.

“Então, um dia em 2013, durante um sermão nos Estados Unidos, eu preguei que a razão pela qual a Coreia do Norte é amaldiçoada é porque eles ergueram muitas estátuas de Kim Il-sung, e eu declarei que a Coreia do Norte só seria salva se essas estátuas fossem derrubadas”, disse o pastor. 

E continuou: “Eu também preguei que a Coreia do Norte se envolve continuamente em política violenta”.

‘A fé vem pelo ouvir’

Na prisão, Lim recebeu pouca comida e foi submetido a abuso verbal, o que lhe causou tanto estresse que acabou sofrendo de diarreia. O pastor também relatou que suas refeições eram compostas principalmente de repolho e arroz misturado com pedras.

Como parte do trabalho forçado, no inverno, Lim tinha que quebrar carvão congelado. Por isso, seus dedos das mãos e dos pés também sofreram lesões.

Embora os guardas o proibissem de assistir televisão, ouvir rádio ou ler livros, era permitido. Então, Lim pôde ler a Bíblia e comparou à “alegria de encontrar água viva no deserto”. 

Ele passava os dias orando e lendo a Palavra de Deus enquanto seus agressores tentavam encontrar informações sobre ele. No entanto, tudo o que conseguiram encontrar foram as pregações do pastor. 

Depois que os guardas da prisão ouviram os sermões, Lim testemunhou uma mudança notável no comportamento deles em relação a ele, incluindo começar a lhe trazer mais comida. 

A mudança continuou por mais três anos, e alguns dos guardas até começaram a procurar o pastor para pedir aconselhamento familiar.

Dos oficiais de mais alta patente aos de menor patente, ele disse que notou a mudança em quase “todos”.

“Ao ver essa mudança, percebi mais claramente que a fé vem pelo ouvir, e o ouvir por meio da Palavra de Cristo”, declarou Lim.

“Vendo tal transformação nos principais líderes do Partido Comunista, fiquei certo de que um dia, quando a Coreia do Norte se abrir e o Evangelho for espalhado, ela será transformada no exército do Senhor. Quando as pessoas que espalharão o Evangelho no país estiverem prontas, Deus abrirá as portas. Se a Coreia é o fim da terra para a evangelização mundial, devemos ir até os confins da terra para pregar a Palavra”, acrescentou.

Esperança

Na ocasião, o pastor contou que Deus o abençoou com “visões incríveis”. Três meses antes de sua libertação, enquanto trabalhava em cativeiro, Lim teve uma visão da evangelização na Coreia do Norte. 

Segundo ele, uma das visões incluía Lim liderando um movimento de 1 milhão de missionários para entrar no país. Outra visão mostrou o estabelecimento de 10.000 escolas que permitiriam que famílias e igrejas ensinassem a Bíblia às crianças. 

Então, o pastor encorajou os ouvintes a ajudar a igreja norte-coreana a se juntar a ele: “Qualquer um que esteja preparado para amar e servir aos outros é bem-vindo”. 

“A evangelização da Coreia do Norte é o atalho para a evangelização mundial. A Coreia do Norte é o solo mais fértil para espalhar o Evangelho. Precisamos da força da América. Quem irá? Quando Ele perguntar, que você e eu possamos responder: ‘Aqui estou'”, concluiu o pastor.

A Coreia do Norte ficou em 1º lugar na Lista Mundial da Perseguição da Missão Portas Abertas de 2024 dos lugares mais difíceis para ser cristão.

Fonte: Guiame, com informações de The Christian Post

Ativistas pró-vida denunciam abortos de bebês com mais de 6 meses na Colômbia

Primeira Convenção Nacional Pró-Vida no Congresso da Colômbia. (Foto: Evangélico Digital).

A denúncia foi feita durante a Primeira Convenção Nacional Pró-Vida, que reuniu organizações pró-vida e líderes religiosos no Congresso colombiano.

Ativistas pró-vida denunciaram que abortos de bebês com mais de 6 meses estão sendo realizados na Colômbia.

A denúncia foi feita durante a Primeira Convenção Nacional Pró-Vida, que reuniu organizações pró-vida, líderes religiosos e políticos conservadores no Congresso colombiano, nos dias 4 e 5 de setembro.

Durante o evento, o senador Miguel López denunciou que abortos com mais de 24 semanas de gestação estão sendo feitos no país. 

“A Corte, por meio de sanções, quer implementar o aborto em toda a Colômbia, em entidades territoriais, em hospitais”, criticou Miguel.

Em 2022, o Supremo Tribunal da Colômbia legalizou o aborto até a 24ª semana (5 meses) de gravidez, sem a mulher precisar apresentar nenhuma justificativa. Depois da 24ª semana, o aborto ainda sofre restrições segundo a lei.

Apesar da legalização pela Suprema Corte, o aborto tem sido uma pauta controversa no país, onde a maioria da população é católica.

Manifesto em defesa da vida

Os participantes da Primeira Convenção Nacional Pró-Vida assinaram um manifesto para “defender a vida desde a concepção” e rejeitando a “cultura da morte” na sociedade colombiana.

“Reafirmamos nosso compromisso irrestrito com a defesa da Vida, da Família e da Fé em nosso país. Acreditamos que toda vida é sagrada e merece ser protegida desde a concepção até a morte natural. Rejeitamos a cultura da morte que promove o aborto, a eutanásia e a destruição da família. Em vez disso, queremos que a Colômbia promova uma cultura da vida que valorize a dignidade de cada pessoa, independentemente da idade, condição ou circunstâncias”, afirmou o manifesto.

Os participantes dos evento discutiram estratégias para lutar contra o aborto e defender a vida.

“Hoje a Colômbia Pró-Vida fez história, com a Primeira Convenção Nacional Pró-Vida e por ser a primeira vez que uma bandeira Pró-Vida é hasteada na fachada do Capitólio Nacional do Congresso da República. Hoje fizemos mesas de trabalho, ouvimos deputados da Bancada, tivemos uma discussão sobre questões legislativas para trabalhar pela Vida”, relatou o senador Luis Miguel López Aristizábal, um dos organizadores do evento.

Fonte: Guiame, com informações de Evangélico Digital

sexta-feira, 6 de setembro de 2024

Viva Com Propósito

 


Vocês não sabem que dentre todos os que correm no estádio, apenas um ganha o prêmio? Corram de tal modo que alcancem o prêmio. 1° Coríntios 9:24

A analogia feita por Paulo sobre a vida cristã como sendo uma corrida em que apenas um ganha o prêmio é, na verdade, um convite para refletirmos sobre o propósito da nossa fé.
Segundo o apóstolo, assim como numa maratona, quem corre sem propósito nunca será vencedor. Observe por exemplo a Corrida de São Silvestre, exceto pelos atletas profissionais, a maioria corre sem propósito, apenas pelo prazer de participar, o que explica o fato de nunca nenhum destes ter vencido a corrida.
Correr com propósito significa traçar metas significativas, cultivar disciplina e manter o foco. Cada passo deve nos aproximar do nosso alvo. E neste sentido, o próprio Paulo nos orienta: “…corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus…”.
Viver com o propósito de seguir a Cristo torna nosso esforço valioso, pois, ao final da maratona da vida, há um prêmio glorioso à nossa espera, independentemente da colocação em que chegarmos.

Pb. Levi Almeida

‘Continuarei até a morte’, diz jornalista cristão preso por noticiar perseguição na Nigéria

 

Luka Binniyat foi preso diversas vezes. (Foto: Luka Binniyat)

Luka Binniyat, de 58 anos, continua denunciando os ataques Funali contra comunidades cristãs, apesar das ameaças e processos judiciais.

O jornalista cristão Luka Binniyat, de 58 anos, tem noticiado corajosamente a perseguição violenta contra cristãos no estado de Kaduna, na Nigéria.

Por causa disso, Luka se tornou alvo do governo nigeriano, que o acusou de espalhar informações falsas e de “cyberstalking” — ou seja, por usar a tecnologia para perseguir ou ameaçar as autoridades. A falsa acusação é frequentemente usada pelo governo negeriano para silenciar a imprensa.

O jornalista já foi preso três vezes por cobrir os massacres de comunidades cristãs rurais por radicais islâmicos Fulani. 

Condições precárias na prisão

Luka foi preso pela primeira vez em 2017 e enfrentou dois processos judiciais, que dura até hoje, passando por seis juízes.

“Eu tinha lido muito sobre as condições horríveis e aterrorizantes das prisões da Nigéria e sempre estremeci com a ideia de ser um preso. Essa foi minha primeira introdução às condições da prisão”, confessou ele.

O cristão enfrentou condições precárias e insalubres. “A cela, que foi construída para 20 detentos com uma fileira de camas de dois andares, tinha 85 de nós, e apenas dois conjuntos de camas de dois andares eram destinados aos chefes da cela sombria. O ar estava denso com fumaça de cigarro e de maconha, mas os presos pareciam acostumados com isso”, descreveu.

A cela ainda era infestada de baratas e percevejos, e cheirava a urina e fezes. Já a comida da penitenciária era servida em recipientes imundos.

Denunciando o descaso do governo com os cristãos

Após 93 dias detido, Luka foi solto sob fiança. Em 2021, ele foi preso novamente por publicar a matéria “Na Nigéria, a polícia considera os massacres ‘perversos’, mas não faz nenhuma prisão” no Epoch Times, denunciando a falta de ação do governo para deter os ataques contra cristãos.

Na matéria, Luka criticou a classificação, feita pelo comissário de Segurança Interna e Assuntos Internos de Kaduna, Samuel Aruwan, de um ataque a fazendeiros cristãos como apenas um “confronto rural”.

O governo nigeriano tem refutado as denúncias de organizações de direitos humanos de que um genocídio religioso tem acontecido nos estados do Cinturão Médio da Nigéria, onde pastores fulanis tem invadido e atacado comunidades cristãs. Segundo as autoridades, a perseguição violenta é parte do conflito de décadas entre agricultores e pastores.

“Passei mais 96 dias na prisão de Kaduna, sofrendo muito devido à artrite incapacitante e pressão alta”, lembrou o cristão.

Luka foi libertado em 5 de janeiro de 2023 após pagamento de fiança. Dias depois, sua própria aldeia, Zamandabo, no sul de Kaduna, foi atacada e incendiada por fulanis. 12 pessoas foram mortas, incluindo um primo e uma tia do jornalista.

Perseverando em sua missão

Apesar de enfrentar ações judiciais e já ter sido preso várias vezes, Luka Binniyat continua comprometido com sua missão de noticiar a verdade.

“Relatar a perseguição aos cristãos na Nigéria se tornou uma obsessão. Apesar das ameaças, não vou parar. Por amor de Cristo Jesus, continuarei relatando até a morte. Esse é o legado que quero deixar para trás”, declarou ele.

Hoje, ele trabalha como jornalista freelancer, cobrindo os ataques armados contra comunidades cristãs no Cinturão Médio da Nigéria por pastores Fulani.

Luka também se tornou o porta-voz nacional da União do Povo do Sul de Kaduna (SOKAPU), representando 67 grupos étnicos cristãos.

“A história de Luka Binniyat é uma prova da coragem e resiliência daqueles que se opõem à injustiça, apesar de enfrentarem consequências terríveis. Também destaca os desafios contínuos para jornalistas e ativistas na Nigéria, particularmente aqueles que se atrevem a falar contra a perseguição aos cristãos”, comentou um funcionário da International Christian Concern (ICC).

A Nigéria ocupa a 6ª posição da Lista Mundial da Perseguição 2024 da Missão Portas Abertas, de países mais difíceis para ser um cristão.

Fonte: Guiame, com informações de International Christian Concern

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