sábado, 27 de fevereiro de 2016

'A IGREJA ESTÁ DE PÉ!'



A igreja em Bukoba, uma cidade que fica no noroeste da Tanzânia, às margens do lago Vitória, foi atacada no mês de setembro do ano passado e perdeu três congregações. Infelizmente, esse tipo de incidente não é novidade alguma para os tanzanianos. Desde 2013, mais de 13 igrejas foram incendiadas e ninguém registrou queixa na delegacia de polícia. "Não é fácil para os cristãos que vivem esse tipo de situação se recuperar emocionalmente, sem falar da parte financeira. A perda material é irreparável, mas não é capaz de desanimar os seguidores de Cristo. O que os incendiários destruíram foram só os prédios, mas a fé deles foi ainda mais edificada. A igreja está de pé", observa um dos analistas de perseguição.

Segundo informações locais, o ataque não interrompeu a agenda de cultos a Deus. "Pelo contrário, agora os cristãos celebram a bondade do Senhor com mais entusiasmo e gratidão. Não houve mortos, nem feridos, por isso eles estão alegres", disse um dos colaboradores da Portas Abertas que os visitou. "Eles pediram para que não desistíssemos de orar por eles e agradeceram pela ajuda e apoio de todas as pessoas que estão envolvidas com a igreja da Tanzânia", disse.

A Tanzânia é o 36º país na Classificação da Perseguição Religiosa 2016 e a situação dos cristãos lá é um tanto confusa. O país adotou um regime socialista até 1987. Atualmente, a forma de governo é a República Presidencialista. "O governo da Tanzânia tem trabalhado neste projeto de constituição, mas não conseguiu realizar o referendo como planejado. No projeto existe uma disposição que introduz a Kadhi (sharia), lei religiosa islâmica, em todo o país", comenta o analista. Embora mais de 50% da população seja seguidora do cristianismo, os muçulmanos presentes e os adeptos ao hinduísmo são mais influentes do que os cristãos. Mas isto não tem impedido que a igreja cresça, e muito menos que deixe de ser forte. "A igreja de Cristo sempre vai prevalecer", conclui o analista.
***

RAINHA DA INGLATERRA RECONHECE QUE JESUS É O REI QUE ELA SERVE

Pare, leia e pense!




A rainha da Inglaterra, Elizabeth II, fala sobre o papel central de Jesus em sua vida em um novo livro. Prestes a completar 90 anos, ela está lançando “The Servant Queen and the King She Serves” [A Serva Rainha e o Rei que Ela Serve].

“Eu tenho sido – e continuarei sendo – muito grata pelas suas orações e a Deus por sua benignidade”, escreveu a monarca no prefácio da obra, que deve ser lançada em abril.  “Realmente tenho visto a sua fidelidade”, acrescenta.

Editado conjuntamente pela Sociedade Bíblica, HOPE e o Instituto de Londres Para O Cristianismo Contemporâneo (LICC), serão distribuídas cópias gratuitamente em milhares de templos da Igreja da Inglaterra (Episcopal Anglicana). Elizabeth é, como rainha, a Governadora Suprema da Igreja da Inglaterra.

“Enquanto escrevia este livro e falava sobre ele com meus amigos e familiares que não conhecem a Jesus — e também com meu barbeiro judeu — fiquei impressionado em ver como eles se interessaram em saber mais sobre a fé da rainha”, comemora.Mark Greene, diretor executivo da LICC, é o co-autor da obra biográfica.
“A rainha tem… preocupação com os outros e uma clara dependência em Cristo”, afirma Greene.

O jornal Star Tribune destacou que, além de sua fé, a rainha também aborda a perseguição contínua dos cristãos no Oriente Médio, um assunto que ela tem mencionado nos seus discursos em diversas ocasiões.

Para Roy Crowne, diretor-executivo da HOPE, em 21 de abril, o aniversário de Elizabeth será uma boa oportunidade para os cristãos “agradecerem a Deus e à rainha por sua vida e exemplo de como uma seguidora de Jesus Cristo.” 

***
Com informações de Christian Post via Gospel Prime

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

BEZERROS DE OURO ENTRE CRISTÃOS





Por Maurício Zágari

Você pode não perceber, mas talvez tenha erguido um ou mais bezerros de ouro no seu coração. Se for o caso, gostaria de propor uma reflexão, para que você tente identificar se esse mal de fato ocorre em sua vida e tome providências urgentes para mudar essa visão nociva. Deixe-me perguntar: como você lida com a sua denominação, a igreja em que congrega e seus líderes? Mais importante ainda: como você enxerga as outras denominações, igrejas ou líderes? Existe um mal escondido entre os cristãos, que é o da idolatria denominacional, eclesiástica ou pastoral, que ocorre quando você passa a considerar a sua denominação, a sua igreja ou o(s) seu(s) líder(es) como não deveriam ser considerados — como superiores de algum modo. De forma alguma estou estimulando a rebeldia ou a insubmissão, que são comportamentos pecaminosos e, portanto, eu os rejeito totalmente. A minha proposta é de reflexão, para que você não acabe pecando pela prática da idolatria. Pensemos sobre isso.


Você tem a sua denominação como a mais certa, a única que contém a verdade do cristianismo, irretocável em suas doutrinas? Você estufa o peito com orgulho quando diz “eu sou presbiteriano”, “eu sou batista”, “eu sou assembleiano” ou “eu sou metodista”? E o sintoma mais clássico da idolatria denominacional: você olha com um olhar ligeiramente superior para as outras denominações? Será que você é um pentecostal que chama a igreja presbiteriana de “sorveteriana”? Será que você é um presbiteriano que olha com pena para os pentecostais, como se fossem coitadinhos ignorantes e equivocados? Será que você acha que “os batistas não entendem nada, porque não batizam crianças”? Será que você faz piadas ou trata com superioridade outras denominações, porque não são calvinistas ou arminianas como a sua denominação? Será que, de certo modo, considera que o cristianismo puro e simples só é vivido totalmente na sua denominação e não nas outras? Você se irrita ou se chateia quando alguém aponta os erros ou critica a sua denominação? Cuidado. Se você percebe que tem algum tipo de comportamento ou pensamento como esses, é bem possível que tenha construído um bezerro de ouro denominacional no seu coração. E isso é pecado de idolatria.

O mesmo vale para sua igreja local. Você é apaixonado por ela? Considera a sua congregação um oásis no meio das demais igrejas “desviadas”, “não tão boas” ou “não tão certas”? Tem um indisfarçável orgulho quando enfatiza o pronome possessivo “minha igreja”? Convida pessoas não cristãs não para conhecer Cristo, mas para conhecer “a minha igreja”? Chega ao ponto de lamentar que pessoas cristãs que frequentam outras igrejas não estejam na sua? Você se irrita ou se chateia quando alguém aponta os erros ou critica a sua igreja? Cuidado. Se você percebe que tem algum tipo de comportamento ou pensamento como esses, é bem possível que tenha construído um bezerro de ouro eclesiástico no seu coração. E isso é pecado de idolatria.

E que dizer de seu líder (ou líderes)? Será que você o vê como alguém especial, único, maravilhoso, alguém que se destaca dos demais, de sabedoria ímpar, de conhecimento perfeito ou de santidade inabalável? O que ele diz você acata como um dogma sem jamais se perguntar se ele está certo? O que ele ensina você toma como a única verdade possível? Ao ouvi-lo você se deleita como se estivesse ouvindo o próprio Deus? Quando ele está ausente do culto você desanima porque gostaria que ele estivesse pregando? A figura dele é inquestionável para você? Você convida pessoas não cristãs para ir ao culto a fim de “ouvir o seu pastor” em vez de ser para conhecer Cristo? Você se irrita ou se chateia quando alguém aponta os erros ou critica seu líder? Cuidado. Se você percebe que tem algum tipo de comportamento ou pensamento como esses, é bem possível que tenha construído um bezerro de ouro pastoral no seu coração. E isso é pecado de idolatria.

Meu irmão, minha irmã, o ser humano é imperfeito. Absolutamente todo ser humano peca. Todo indivíduo se equivoca. Consequentemente, qualquer estrutura ou instituição formada por pessoas certamente terá erros. Esse é o perigo da idolatria denominacional, eclesiástica ou pastoral: depositar uma paixão inquestionável em algo ou alguém que jamais seria inquestionável, uma vez que é homem ou formado por homens.

O cristianismo como um todo não cabe em uma única denominação. Abraçar um pacote de doutrinas e práticas da denominação A ou B como inerrante, sem considerar que pode haver falhas nele é divinizar algo que é apenas uma forma humana de enxergar e viver a fé. Presbiterianismo não é o cristianismo em sua totalidade, é uma das muitas formas de se ver e praticar o evangelho do único Caminho. Pentecostalismo não é o cristianismo em sua totalidade, é uma das muitas formas de se ver e praticar o evangelho do único Caminho. Metodismo não é o cristianismo em sua totalidade, é uma das muitas formas de se ver e praticar o evangelho do único Caminho. E assim por diante. Discordar disso é tornar-se um mero religioso, alguém que enxerga métodos, doutrinas e liturgias como evangelho. E não são. São apenas meios humanos de lidar com o divino. Ouvir isso te incomoda? Hmmm… cuidado com os bezerros de ouro.

O mesmo vale para sua igreja local. Acredite: ela não é perfeita. Os membros são, todos, pessoas que pecam, erram e são incapazes de compreender Deus em sua plenitude sem incorrer em distorções. Congregar em uma família de fé é imprescindível, não concordo com a igreja dos desigrejados. Mas não é por isso que enxergo qualquer igreja local como perfeita — simplesmente porque nenhuma é. Viver em igreja é fundamental, pois a congregação é o local onde se praticam as ordenanças (batismo e ceia), onde os membros se encontram com propósitos mútuos de edificação, onde a assembleia se reúne para louvar coletivamente o Senhor e ouvir a exposição da Palavra, onde ações sociais podem nascer pela conjunção de corações amorosos, e muito mais. A igreja local é imprescindível. Mas cuidado. Enxergue-a como uma comunidade de pessoas que pecam e erram e estão ali para buscar o único que é Perfeito. Uma igreja não deve ser vista com admiração, mas com gratidão e humildade, por ser o local mais propício para sermos afiados, lapidados e conformados à imagem de Cristo. Ajude sua igreja a ser o melhor que ela puder, sem jamais deixar de enxergá-la como o que ela é: um ajuntamento de pecadores em processo de santificação, em busca de Deus. Mas ela não é a única boa, não é a melhor, não é nem de longe um paraíso. Ouvir isso te incomoda? Hmmm… cuidado com os bezerros de ouro.

Que dizer, então, dos líderes? Homens de carne e osso, sujeitos ao pecado e ao erro. Necessitados da graça de Deus, formados do mesmo pó que eu e você. São pessoas cheias de problemas, dúvidas, questionamentos, fraquezas, imperfeições, pecados ocultos, tentações e arrependimentos. Muitos lutam com questões internas, dificuldades conjugais, períodos de aridez, depressão, equívocos. O seu líder precisa do seu apoio e do seu amor, da sua parceria e da sua lealdade, mas tudo de que ele não precisa de jeito nenhum é que você se torne um seguidor cego e irracional de quem ele é e faz, pois isso o tornaria um ídolo — e Deus não tolera ídolos. Nem mesmo o anjo suportou que João se prostrasse ante ele, na visão do Apocalipse. Quer fazer mal ao seu líder? Enxergue-o e trate-o como alguém que tem algum tipo de superioridade, seja espiritual, seja moral, seja qual for. Pois ele não é superior: é igualzinho a você, com a diferença que Deus o chamou para liderar. Só. Ouvir isso te incomoda? Hmmm… cuidado com os bezerros de ouro.

Meu irmão, minha irmã, não despreze as denominações, as igrejas locais e os líderes. Eles existem com bons propósitos e ajudam a vivermos bem o evangelho. Eles proporcionam ordem, estrutura, direcionamento e são coisas boas. Devemos fazer parte de uma igreja (o que, em muitos casos, mas não necessariamente, pressupõe uma denominação) e precisamos de pastores. Deus quer que congreguemos e foi Deus quem estabeleceu os pastores, os mestres e os outros líderes. Devemos congregar e precisamos ser pastoreados, isso é agradável ao Senhor, é indispensável. Mas nunca, jamais, devemos ser cegos. Deus não quer que você se apaixone pela sua denominação, quer que ame a ele. Deus não quer que você venere a sua igreja local, quer que venere a ele. Deus não quer que você considere seu pastor como uma figura quase divina, quer que você reconheça Deus como o único ser divino. O que foge um milímetro disso torna-se um bezerro de ouro.

idolatria 5
Lembre-se de que Pedro e Paulo cometeram pecados e erraram muito e que eles discordaram um do outro. Ambos eram cristãos e líderes, mas nenhum dos dois estava plenamente certo e era inerrante – assim como quaisquer denominações e líderes. Ai de quem tomasse Pedro ou Paulo como plenamente certos, pois teria errado. E foi esse mesmo Paulo quem escreveu em poucas palavras um ensinamento brilhante e inspirado pelo divino Espírito acerca de bezerros de ouro denominacionais, eclasiásticos ou pastorais (um pecado que, guardado o devido contexto, já havia no século primeiro, devido à mania humana de compartimentalizar o evangelho): “Irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo suplico a todos vocês que concordem uns com os outros no que falam, para que não haja divisões entre vocês; antes, que todos estejam unidos num só pensamento e num só parecer. Meus irmãos, fui informado por alguns da casa de Cloe de que há divisões entre vocês. Com isso quero dizer que algum de vocês afirma: “Eu sou de Paulo”; ou “Eu sou de Apolo”; ou “Eu sou de Pedro”; ou ainda “Eu sou de Cristo”. Acaso Cristo está dividido? Foi Paulo crucificado em favor de vocês? Foram vocês batizados em nome de Paulo?” (1Co 1.10-13).

Cuide de você e dos seus irmãos: tenha o entendimento óbvio de que nenhuma pessoa ou estrutura eclesiástica é inerrante e irretocável. Portanto, pressuponha que há erros. Há falhas. Contribua para o serviço de sua igreja e para fazer dela um lugar cada vez melhor (pois toda igreja sempre pode melhorar). Também seja leal e ajudador do irmão em Cristo que ocupa a árdua tarefa que é ser pastor. Mas enxergue-os como são: humanos. Isso evitará que você viva sem perceber em pecado de idolatria e que contribua para a idolatria de seres e instituições que Deus não quer que sejam idolatrados. Aceite de bom grado as críticas a eles. Tenha olhar positivamente crítico, como os bereanos. Suas eventuais críticas, desde que amorosas e graciosas, serão muito mais valiosas do que a sua cegueira ou o seu fanatismo. Porque Deus não quer religiosos fanáticos, quer filhos radicais – o que é muito, mas muito diferente.

***
Maurício Zágari no blog Apenas

LUTERO, UM DIA DE ANGÚSTIA E A BÊNÇÃO DE TER UMA ESPOSA SÁBIA




Por Renato Vargens

Conta-se que o reformador alemão Martinho Lutero certa ocasião encontrava-se tão deprimido que a sua esposa, Catharina Von Bora ficou demasiadamente preocupada com ele. 

Sendo uma mulher sensata e sábia,  a esposa do reformador usou um interessante estratagema para despertar a atenção de Lutero e, desta forma, retirá-lo daquele estado perigoso de angústia e prostração. Vestindo-se totalmente de preto, a cor do luto, Catarina apareceu diante do seu esposo. 

Intrigado com a repentina aparição da esposa naqueles trajes inusitados, por um momento Lutero esqueceu suas próprias desventuras e indagou à esposa: "Quem foi que morreu?" A resposta da esposa atingiu o paladino da Justificação Pela Fé com a precisão de uma lança: "Deus, Deus morreu!" 
Refeito do susto provocado pela resposta, Lutero travou o seguinte diálogo com a esposa: 

_ Mas, Deus não morre! O que você quer dizer com isso? 

_ Ah, é... Lutero! Olha, eu o vi tão cabisbaixo, triste e desanimado, que pensei que Deus tivesse morrido! 

A história conta que, neste momento, tendo assimilado a preciosa lição, Martinho Lutero abraçou carinhosamente a esposa e, em lágrimas, agradeceu a Deus por tê-la usado como instrumento para restauração da sua fé e confiança na direção divina em sua vida. 

Caro leitor, uma esposa sábia faz toda diferença não é verdade? Provérbios nos ensina  que a mulher sábia edifica a sua casa, mas com as próprias mãos a insensata destrói o seu lar. (Provérbios 14:01) 

Por acaso você já se deu conta que ao contrário de Catharina existem inúmeras mulheres que  em vez de ajudarem seus maridos em meio a crise, os afundam mais em conflitos? 

Pois é, mulheres sábias podem ser bênçãos da parte de Deus na vida de seus maridos, todavia, mulheres tolas, podem contribuir com a ruína de suas casas. 

Pense nisso! 

***
Do blog o autor, Renato Vargens

Evangelismo moderno: tem algo errado nesta receita

image from google


Imagine que um grupo de pessoas começa um novo empreendimento na área alimentícia. A produção vai de vento em popa e os resultados financeiros que foram programados em longo prazo começam a serem vistos em curto tempo. O grupo se encontra extasiado com o sucesso e só falam em prosseguir com a produção e as vendas. Porém, um imprevisto ocorre. Pessoas começam adoecer ao ingerir aquele alimento produzido, passar mal e muitos começam a dar entrada em hospitais diversos. O caos é notório. Qual deveria ser o procedimento daquele referido grupo de empreendedores em relação à sua produção? temos três alternativas:

1) Continuar a todo vapor as vendas, mesmo sabendo que seus clientes vão passar mal e correr risco de morte. 
2) Parar a produção e refletir sobre os ingredientes da receita, encontrar os possíveis erros, pois antes não ocorria este tipo de problema, corrigi-los e retornar às atividades de venda. 
3) Abandonar tudo e decretar falência.

Qual você escolheria?


Nossa opinião recai sobre a alternativa de número 2. Pois, a partir de uma base reflexiva se encontraria o problema e este seria corrigido. Com isso as vendas regressariam e, consequentemente, todo o sucesso anterior seria retomado.

A grande pergunta que vos faço a partir desta pequena analogia é a seguinte: Por que não se age assim em relação à prática do Evangelismo moderno? O produto está sendo fornecido com algum erro na receita que tem levado muitos a adoecerem. O Evangelismo contemporâneo tem sido marcado muito pelo aspecto emocional e não pelo aspecto teológico-reflexivo. É preciso sentir menos a presença de Deus e vivê-la mais. Quem sente, logo logo não sente mais, é igual a dor de dente, às vezes demora, mas passa. A presença de Deus precisa ser vivida, pois viver é diferente de sentir. 

Os clichês e jargões têm permeado todo o ambiente do evangelho brasileiro, com isso, a prática do evangelismo moderno também é afetada. Um dos clichês mais utilizados na evangelização moderna é este: “Deus tem um grande plano para realizar na sua vida”. Meus irmãos, bem possível seja que quem profira estas palavras em direção a alguém na evangelização esteja repleto de boa vontade e até com o coração puro – boas intenções. Porém, boa vontade, boa intenção e coração puro só são de bom proveito no reino de Deus quando se coadunam com a vontade de Deus expressa nas Sagradas Escrituras. Será que Davi não estava cheio de boas intenções e com o coração puro quando carregou a Arca da Aliança sobre bois, em festejo pelo regresso da Arca que estava sob domínio filisteu (1º Crônicas 13: 6-8)? Será que Uzá não estava repleto de boa vontade e de coração puro quando tentou livrar da queda a Arca da Aliança a segurando (1º Crônicas 13: 9-10)? A resposta é sim, mas a Arca da Aliança não era nem para ser carregada por bois (e Davi conhecia o preceito divino [1º Crônicas 15: 1-2]), nem muito menos ser tocada por mãos humanas. As consequências destes atos foram trágicas, mesmo mediante a boa intenção, boa vontade e coração puro dos personagens em questão. Parece-nos que o ambiente de festa suprime todo e qualquer senso reflexivo, como já mencionamos; Davi e seu séquito estava festejando o regresso da Arca do Senhor do domínio dos filisteus para o domínio israelita, motivo suficiente para comemoração, mas comemorar não significa deixar a emoção sobrepujar à razão, mas é o que mais ocorre. Não quero aqui colocar a razão no trono e vê-la como a rainha soberana. Mas um bom senso reflexivo em todas as áreas da vida, juntamente canja de galinha, não faz mal a ninguém – e isso faltou a Davi na ocasião mencionada.

O Evangelismo moderno, sobre tudo aquele que envolve os jovens, é marcado por uma verdadeira festa nas ruas, mais parece um carnaval fora de época. Grupos de jovens nos semáforos, muitos deles com a face pintada, outros até segurando faixas com dizeres cristãos enquanto o semáforo está vermelho, outros entregando literaturas etc. Sabe-se de igrejas que formam grupos e estipulam metas evangelísticas para estes grupos; quem entregar mais panfletos e quem conseguir maior número de conversões é o campeão, e no final do dia, ainda rola um lanchinho para o grupo vencedor enquanto o grupo perdedor vai servir os campeões. Deva ser por este ambiente festivo que envolve a evangelização moderna, sobre tudo a que se utiliza de pessoas jovens sem o devido treinamento, que muitos pontos principais do evangelho em si, e a capacidade reflexiva, são suprimidos. Se, se erra no início, tudo mais que vier após isso, estará errado também. Ou seja, aparentes conversões, aparentes novos cristãos e um aparente “Evangelho” sendo alimentado. Um “Evangelho do Falso”: falsas conversões, que gera falsos cristãos, que gera falsa adoração, que gera uma falsa compreensão da genuína Fé Cristã. Como dizíamos anteriormente, o clichê que “Deus tem um plano para realizar na sua vida” é grande prova disso. Está carregado de emocionalismo de festejo, mas de pouco senso de reflexão bíblico-teológica. Na realidade, Deus não tem plano nenhum para realizar na vida de seu ninguém. Sabe por quê? Porque Ele já realizou! O plano redentivo da salvação já fora realizado por Deus na vida de sua igreja e esta notícia é muito mais atrativa do que àquela anterior (de que o plano ainda estar por ser feito). É muito melhor saber que alguém já fez algo de bom para nós do que saber que ainda vai fazer.

Parafraseando o professor Leandro Karnal, “o maior desafio dos cristãos modernos é cristianizar os próprios cristãos”. Entendemos que é muito melhor propagar uma fé bem digerida do que propagar uma fé inacabada ou com uma falha na receita principal que adoece pessoas. Uma fé bem digerida, ruminada e processada gerará frutos com sementes, e não frutos ocos sem conteúdos. Algumas alas cristãs de nosso país precisam, de fato, cessar com a propagação de uma fé mal digerida, que mais adoece do que faz bem. Parar com a propagação de um evangelho que se distingue da receita principal. Precisam regressar ao ambiente interno, rever o que está errado, corrigir, e depois voltar às ruas propagando uma fé bem digerida e que gera saúde espiritual. Não se pode continuar fornecendo um alimento que faz mal por tempo prolongado! Os consumidores correm risco eminente de morte! E em muitos casos, o óbito já fora atestado!
***
Autor: Thiago Azevedo
Divulgação: Bereianos
.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

NAS MALDIVAS QUEM SE TORNA CRISTÃO É EXPATRIADO




Quem olha as belezas naturais das Ilhas Maldivas não imagina que só pode viver lá quem for muçulmano. Oficialmente não há um único cristão no país, pois os que decidem seguir a Cristo são expatriados.

Segundo a Classificação da Perseguição Religiosa de 2016, organizada pelo Portas Abertas, a Maldivas é o 13º mais perigoso para os cristãos.

O governo protege o islã e quem não segue essa religião e quer adorar a Deus, acaba se arriscando e frequentando cultos em igrejas subterrâneas.

Em meio ao medo, os cristãos encontram forças na fé para continuarem firmes. “Jesus dá-me forças para suportar tudo em seu nome. Essa é minha oração diária. E por que não devo estar feliz? Eu encontrei a paz por meio dele”, compartilha um cristão maldivo secreto.
Segundo o Portas Abertas, a “pressão psicológica e moral é praticada dentro de casa e na comunidade de forma tão eficaz que nenhuma outra violência se faz necessária para inibir o crescimento da comunidade cristã”.

Quem é descoberto precisa fugir para o exterior, deixando família, amigos, bens e trabalho para trás.


sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

CARTA ABERTA A MULHERES CONSIDERANDO O ABORTO




Por Jordan Standridge

Semana passada, eu participei da marcha pela vida em Washington D.C., um protesto pacífico anual contra a decisão Roe vs. Wade de 1973. Enquanto estávamos marchando pela estrada, com a neve caindo e milhares de pessoas e cartazes por todo lugar, meus olhos captaram um cartaz que fez o evento inteiro ganhar vida para mim

Uma mulher de meia-idade estava segurando uma placa com uma incrível confiança e alegria indescritível. O cartaz tinha uma mensagem curta, porém profunda:

Mãe por causa de estupro. Eu amo meu filho!

Eu nunca esquecerei o rosto daquela mulher. A alegria nos olhos dela era contagiante. Era óbvio que essa mulher não tinha acreditado na mentira, a mentira de que ela era impotente e inútil. Que não somente ela era uma vítima, mas que ela tinha que viver como vítima pelo resto de sua vida. Ela era forte. Ela era capacitada. Ela era uma mulher.

Enquanto marchávamos pela vida, não pude deixar de pensar sobre a verdade óbvia de que ser pró-vida é, na verdade, a mesma coisa que ser pró-mulher. De fato, o contrário também é verdade. Ser pró-morte é congruente com ser anti-mulher.

No dia anterior à marcha, eu tive a oportunidade de ouvir muitos líderes diferentes do movimento pró-vida e, embora eu tenha pensado bastante sobre questões pró-vida no ano passado (muito por causa daqueles vídeos reveladores sobre a Planned Parenthood), eu saí da Marcha pela Vida com uma convicção maior sobre ser pró-vida por causa da grande verdade de que ser pró-vida é ser pró-mulher.

O mundo mente. Ele sempre mente. Centenas de milhares marcharam comigo naquele dia, mas muito poucos – se alguém – noticiou isso. Você pode dizer que eles tinham algo mais importante para noticiar, como a tempestade de neve. A nevasca-recorde que, apesar de sua ameaça, foi incapaz de impedir todas aquelas pessoas de marchar.

A indústria do aborto é maligna. E, acima de tudo, apesar de suas alegações, é anti-mulher. Ela mente para você, e distorce a verdade ou para satisfazer seu desejo insaciável de arrancar seu dinheiro ou, em auto-ilusão, pensa que está ajudando mulheres porque elas creem nessas mentiras. Três grandes mentiras para ser exato.

A primeira mentira em que a indústria do aborto quer que você acredite é que você não tem o que é preciso para cuidar de seu bebê! Jovens confusas, que são muito vulneráveis, vão a um negócio cuja renda depende do dinheiro que elas pagarão para que eles despedacem o bebê em seus úteros. E, em vez de eles dizerem a elas sobre quão fortes e perfeitamente capazes elas são para fazer o que Deus as projetou para fazer, elas ouvem que são fracas, que são incapazes, que são inadequadas para cuidar do ser humano que carregam em seus corpos. Se isso não funciona, elas são convencidas de que o humano crescendo em seu corpo não somente não é humano ainda, como também é o equivalente de um apêndice desnecessário. Ainda assim, eles agem como se fossem pró-mulheres. Eles pensam que são os únicos que estão impulsionando mulheres a voos mais altos. Que mentira!

A verdade é que Deus fez você capaz de cuidar do seu bebê! Deus, em Sua eterna sabedoria, concedeu um poder incrível às mães. Não creia na mentira. Você pode cuidar do bebê crescendo em seu corpo. Ele te capacitou não apenas com a habilidade de cuidar do bebê, mas com um amor incrível por ele. Em 1 Reis 3.16-28, nós vemos uma história em que o bebê de uma mãe morreu durante a noite quando ela deitou sobre ele. Durante a noite, ela roubou o bebê de outra mulher e colocou em sua cama. Salomão, que era o rei de Israel na época e, provavelmente, o homem mais sábio que já viveu, tinha que descobrir quem estava contando a verdade. Assim, sabendo que a verdadeira mãe gostaria que o bebê vivesse, ele pediu uma espada para dividir a criança ao meio. Obviamente, uma mulher estava animada com isso e a outra não, então aquela que queria que o bebê vivesse foi quem recebeu o bebê. Salomão sabia que o amor que uma mãe tinha por seu bebê não poderia ser copiado. É um poderoso sentimento que não tem igual nesta vida. É por isso que um aborto geralmente é seguido de depressão. Em Isaías 49.15, Deus, ao falar sobre Israel, diz que Seu amor por Israel é maior que o amor de uma mãe por seu bebê. Ele pensa no mais improvável dos cenários, uma mãe se esquecendo de seu filho, e diz que Ele se lembrará de Israel mais que uma mãe se lembrará de seu bebê.  O fato é que no seu íntimo você sabe que ama o bebê que depende de você, e finalizar a vida do bebê é não apenas assassinato, mas uma negação da capacidade e amor por essa criança que Deus lhe deu.

A segunda mentira é que você só pode ter sucesso se imitar os homens. O movimento feminista de hoje parece realmente estar ensinando as mulheres que elas precisam ser como homens para ter sucesso. Em vez de celebrar as diferenças óbvias, eles estão gritando que você faça o melhor para ser como um homem. Há uma diferença central entre homens e mulheres. A capacidade de carregar um bebê dentro de você. E eles lhe dizem que isso é uma doença! Em vez de celebrar essa importante diferença, eles te convencem que, para ter sucesso, você precisa negligenciar essa bênção. Eles também querem convencer você de que, para ter sucesso, você precisa da capacidade de fazer sexo sem as consequências da gravidez. Eles tentam persuadir você de que, para ter sucesso, você deveria poder ter tanto sexo quanto quisesse e com a frequência que quisesse sem o “risco” de ter um bebê. Essa mentalidade degrada você ao nível de homens adúlteros e lascivos que veem as mulheres como algo a ser usado, em vez de amadas e servidas.

O fato é que Deus lhe deu uma dádiva singular. Essa singularidade deveria ser celebrada, e não desafiada. Deus dotou as mulheres com a importante responsabilidade de suscitar a próxima geração! Pense sobre isso por um segundo. Deus dá às mulheres a oportunidade moldar seus filhos mais do que qualquer homem e melhor do que qualquer homem poderia. Veja: isso não é dizer que um marido não é necessário no desenvolvimento dos filhos. Maridos são mais que necessários no bem-estar e crescimento dos filhos, mas a mulher tem um impacto tremendo sobre seus filhos. Mulheres que desobedecem a Deus e abusam do dom divino do sexo fora do contexto do casamento expõem seus filhos a não terem um pai. Mas, mesmo em meio ao pecado, mesmo que o namorado a abandone, ou ela engravide por causa de um caso de uma noite, Deus ainda pode usar a mãe que corajosamente vai contra a corrente e decide não acreditar na mentira sobre o aborto. A Bíblia diz: “Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele” (Provérbios 22.6). Salmo 127.3-4 diz: “Eis que os filhos são herança do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão. Como flechas na mão de um homem poderoso, assim são os filhos da mocidade”. Não mate o dom que Deus lhe deu.

A terceira mentira é que você só será feliz se tiver bens materiais. Talvez a principal razões para mulheres fazerem abortos é que elas não estão prontas, elas não podem cuidar de seus bebês. Elas precisam terminar a escola! Elas precisam de um emprego melhor! Elas querem esperar até que possam viajar um pouco. Elas dizem que há muito mais na vida que ficar em casa com um bebê! Embora eu saiba que o mundo está lhe dizendo que matar seu bebê é a solução para seu dilema, no fundo você sabe que matar seu bebê só tornará as coisas piores. Você nunca alcançará felicidade fazendo seu “erro” desaparecer, porque esse “erro” é um ser humano com uma alma que nunca morrerá e que, um dia, você terá que encarar.

A verdade é que a felicidade não se encontra em coisas materiais; antes, você só experimentará alegria duradoura quando viver uma vida glorificando seu Criador! Veja, Deus a criou para adorar e, apesar de Ele ser eterno, perfeito e grande, nós escolhemos adorar a nós mesmos desde o berço. E essa é uma das razões porque conseguimos viver em um país onde o aborto não é apenas é um ato impune, mas encorajado. Enquanto mulheres normalmente estão dispostas a morrer por seus filhos, nós vivemos em uma sociedade onde elas os matam por razões egoístas. Isso somente escancara o fato de que o pecado abunda em cada um de nós.  E nós precisamos ser punidos por nosso pecado; Deus é muito perfeito e justo para ignorá-lo. Nosso pecado é grande demais para ser corrigido por meio de boas obras (Ef 2.8-9), mas Deus, que é tão misericordioso, enviou Seu Filho Jesus para a terra, para viver como um homem, para viver uma vida perfeita, para ser morto e ressuscitar dos mortos para que eu e você pudéssemos viver com Ele para sempre, se nos arrependermos dos nossos pecados e colocarmos nossa fé e confiança nEle. Não importa quão terrível pecadora é você – se Deus perdoou o soldado que colocou pregos nas mãos de Jesus, ele pode perdoá-la. A verdadeira alegria não pode vir de bens materiais, ela vem somente quando você reconhece seu pecado e começa a viver para Jesus.

Jesus é o único que pode lhe dar alegria duradoura! Eu oro para que não somente você não creia nas mentiras do mundo – sobre estar melhor sem seu bebê, ser como um homem e somente satisfeita com coisas materiais – mas que você sabiamente entregue sua vida a Cristo e abrace a bênção dessa criança que está em seu útero.

***
Traduzido por Josaías Jr no Reforma21

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Crescimento numérico é evidência do favor de Deus?

image from google


A mentalidade de que crescimento numérico é evidência do favor de Deus domina o meio evangélico há várias décadas. Tanto é assim, que a qualidade do ministério de um pastor ou o suposto grau de aprovação de uma igreja diante de Deus são medidos, muitas vezes, exclusivamente com base nesse critério. Por causa disso, se a gente apontar para os desvios doutrinários absurdos, o mundanismo, a falta de real devoção e os escândalos tão comuns nas megaigrejas que há por aí, logo aparece um "santarrão espiritualóide" dizendo: "Se esse pastor e essa igreja são tão ruins como você fala, por que Deus os tem abençoado tanto? Você já viu como seus cultos são lotados?".

É evidente que falta a muitas dessas pessoas o discernimento espiritual necessário para aprovar as coisas excelentes (Fp 1.9-10). Falta-lhes também o conhecimento bíblico que realça que nos últimos dias, os homens buscariam mestres "segundo as suas próprias cobiças" (2Tm 4.3). Esse versículo, diga-se de passagem, deixa evidente porque quem prega e velha e apodrecida doutrina do sucesso financeiro sempre tem seguidores aos milhares!

Falta, porém, algo mais àqueles que associam crescimento numérico à bênção de Deus. Desculpem a sinceridade, mas, a meu ver, falta-lhes também capacidade de percepção ou de raciocínio. Digo isso porque não é preciso ter um cérebro de Einstein para perceber que muitos movimentos absolutamente contrários à fé crescem numericamente num ritmo assustador. Isso é tão evidente que eu fico até com medo de dar alguns exemplos e ser acusado de gastar tempo dizendo obviedades. Mesmo assim, vou citar alguns...

Observem o crescimento do nazismo na primeira metade do século 20. Praticamente toda a Alemanhã abraçou essa "idelologia" que se expandiu além de sua "pátria mãe", encontrando apoio em diversos países. Aliás, o nazismo, que alguns pensam ingenuamente estar morto, continua ativo e crescerá ainda mais, especialmente agora que o livro de Hitler, o Mein Kampf (Minha Luta), caiu em domínio público. Acaso isso prova que o nazismo é aprovado por Deus?

Observem ainda o islamismo. Todos percebem claramente a ameaça que essa crença representa para a liberdade religiosa ou para qualquer outro tipo de liberdade. Quanta tolice é crer que somente os "radicais islâmicos", com seus atos de terrorismo, são perigosos para a sociedade ocidental! Muçulmanos em geral coisificam as mulheres, são favoráveis à pena de morte aplicada aos homossexuais, aprovam o casamento de garotinhas de dez anos com marmanjos de quarenta... Mesmo assim, essa religião cresce numericamente. Na verdade, algumas estatísticas afirmam que é a religião que mais cresce no mundo! Será que esse crescimento decorre da bênção de Deus? Ora, por favor!

Considerem finalmente o movimento LGBT. A Bíblia condena expressamente o homossexualismo e é contrária à ideia de que os homossexuais "nascem assim". Segundo as Escrituras, a responsabilidade pelos atos homossexuais são da própria pessoa que os pratica, sendo certo que essa pessoa prestará contas desses atos ao próprio Deus. Ademais, o simples senso natural repugna a prática e a "filosofia" homossexual. É, de fato, um grande agravo ao decoro e à decência tudo o que se vê, por exemplo, numa "Parada Gay". Zombarias grosseiras dirigidas contra a fé cristã, atos indecorosos praticados em público sob a luz do dia, exibições de corpos mutilados ou modificados por chocantes protuberâncias artificiais... Tudo isso é o que se vê nesses desfiles. No entanto, ainda que o número de pessoas que comparecem às paradas gays tenha caído vertiginosamente, segundo alguma pesquisas, o fato é que o movimento LGBT cresce a cada dia em número de indivíduos que o apoiam. Até crianças hoje em dia defendem o homossexualismo! Seria esse crescimento numérico uma prova do favor de Deus. Óbvio que não.

A grande realidade que se depreende das Escrituras é que o crescimento numérico em si não significa muita coisa. Na verdade, conforme visto, o mero crescimento numérico de um partido ou mesmo de uma igreja pode ter como causa fatores ruins, capazes de atrair um número imenso de homens maus. Por isso, é necessário que o crescimento de uma igreja esteja associado a outros elementos para que seja considerado saudável e também seja visto como resultado da ação graciosa de Deus. Que outros elementos são esses? A resposta a essa pergunta está em Atos 9.31: "A igreja, na verdade, tinha paz por toda a Judéia, Galiléia e Samaria, edificando-se e caminhando no temor do Senhor, e, no conforto do Espírito Santo, crescia em número".

Note que o crescimento saudável da igreja primitiva era uma bênção de Deus associada ao viver digno e santo de crentes que andavam no temor do Senhor e que eram edificados enquanto viviam assim. Ora, é evidente que a vida vivida sob o temor do Senhor se afasta de escândalos, imoralidades, palavreado sujo, desonestidades, mentiras, fraudes e hipocrisias. O texto indica, portanto, que a igreja primitiva em geral tinha um testemunho maravilhoso, sendo encorajada pelo Espírito Santo (a palavra traduzida como "conforto" pode significar também encorajamento ou assistência) que lhe dava ousadia, direção, sabedoria e disposição para o serviço. Então, como resultado disso tudo, a igreja "crescia em número".

Eis aí o crescimento numérico desejável, decorrente da aprovação de Deus. Por isso, é preciso destacar que, se uma igreja cresce enquanto seus membros não andam e nem são edificados no temor do Senhor, há, sem dúvida, algo muito errado com essa igreja. Talvez ela esteja oferecendo coisas ruins e, por isso, esteja atraindo homens ruins; talvez esteja proclamando ideias e realizando programações que se harmonizam com as expectativas perversas dos incrédulos; talvez tenha mestres que anunciam doutrinas em total sintonia com a cobiça dos iníquos; ou talvez esteja usando meras estratégias de marketing, adotando técnicas que nada têm a ver com a construção de uma igreja realmente bíblica. Lembrem-se: Onde estiverem os cadáveres do falso ensino e dos artifícios humanos, aí se ajuntarão os abutres, saltando alegremente em meio à carniça.

Tenhamos, pois, cuidado. Avaliemos as coisas com mais precisão e inteligência. Também supliquemos ao Senhor que sua igreja aumente mais e mais suas fileiras. Peçamos, porém, que esse aumento não ocorra a qualquer custo. Que o santo cordeiro da verdade e da pureza não seja sacrificado no altar do crescimento numérico. Que os salões lotados durante os cultos sejam reflexos de igrejas que andam no temor do Senhor e não de comunidades que criam atrações mundanas. Se não for assim, então que continuemos a ser, nas palavras de Jesus, um "pequenino rebanho", tentando ajustar a vida ao que ele quer, a fim de que o aumento saudável e verdadeiro aconteça no tempo devido.

***
Autor: Pr. Marcos Granconato
Fonte: Perfil do autor no Facebook

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Seja fiel, a tua aliança principal é com Deus!

image from google


O texto em Malaquias 2.10-16 apresenta a terceira resposta de Deus para a pergunta: “Em que desprezamos o teu nome?”, feita em Malaquias 1.6. O problema central deste texto é a deslealdade do povo. O termos hebraico para deslealdade é “בגד” (bagad) e ele aparece 5 vezes nesses versículos, sendo traduzido, às vezes, como desleal e, às vezes, como infiel. O problema é apresentado no versículo 10 e desenvolvido em duas áreas distintas nos demais versículos:

Não temos nós todos o mesmo Pai? Não nos criou o mesmo Deus? Por que seremos desleais uns para com os outros, profanando a aliança de nossos pais?” (Malaquias 2.10)

Com essas perguntas retóricas, Malaquias (O Mensageiro de Yahweh) relembra o povo de Israel que Deus era o seu pai e criador e por decisão de Deus (ainda que eles não tivessem mérito nisso). Deus também havia entrado em uma aliança de amor com Israel. Vemos essa decisão de Deus, por exemplo:

Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança, então, sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos; porque toda a terra é minha; vós me sereis reino de sacerdotes e nação santa. São estas as palavras que falarás aos filhos de Israel.” (Êxodo 19.5)

Mas a vós outros vos tenho dito: em herança possuireis a sua terra, e eu vo-la darei para a possuirdes, terra que mana leite e mel. Eu sou o SENHOR, vosso Deus, que vos separei dos povos. Ser-me-eis santos, porque eu, o SENHOR, sou santo e separei-vos dos povos, para serdes meus.” (Levítico 20.24 e 26)

Quando o SENHOR, teu Deus, te introduzir na terra a qual passas a possuir, e tiver lançado muitas nações de diante de ti, os heteus, e os girgaseus, e os amorreus, e os cananeus, e os ferezeus, e os heveus, e os jebuseus, sete nações mais numerosas e mais poderosas do que tu; e o SENHOR, teu Deus, as tiver dado diante de ti, para as ferir, totalmente as destruirás; não farás com elas aliança, nem terás piedade delas; nem contrairás matrimônio com os filhos dessas nações; não darás tuas filhas a seus filhos, nem tomarás suas filhas para teus filhos…” (Deuteronômio 7.1-3)

Esse texto mostra que a aliança de Deus estava sendo profanada pelos judeus daquela época em duas áreas específicas, nos casamentos mistos e na infidelidade conjugal:

1 – Profanação da Aliança no Casamento Misto (11-12)

Judá tem sido desleal, e abominação se tem cometido em Israel e em Jerusalém; porque Judá profanou o santuário do SENHOR, o qual ele ama, e se casou com adoradora de deus estranho. O SENHOR eliminará das tendas de Jacó o homem que fizer tal, seja quem for, e o que apresenta ofertas ao SENHOR dos Exércitos. (Malaquias 2.11-12)

O casamento de um judeu com alguém de fora de Israel era proibido por Deus, não por uma questão racial, mas por causa da desobediência e idolatria que vinham em consequência dos casamentos mistos. Deus advertiu sobre isso em textos como Êxodo 34.16 e Deuteronômio 7.4

e tomes mulheres das suas filhas para os teus filhos, e suas filhas, prostituindo-se com seus deuses, façam que também os teus filhos se prostituam com seus deuses. (Êxodo 34.16)

…nem contrairás matrimônio com os filhos dessas nações; não darás tuas filhas a seus filhos, nem tomarás suas filhas para teus filhos pois elas fariam desviar teus filhos de mim, para que servissem a outros deuses; e a ira do SENHOR se acenderia contra vós outros e depressa vos destruiria.” (Deuteronômio 7.3-4 )

Infelizmente, o povo que voltou do exílio não observou esse mandamento de Deus, o que vemos na época de Neemias e Esdras:

Então, Secanias, filho de Jeiel, um dos filhos de Elão, tomou a palavra e disse a Esdras: Nós temos transgredido contra o nosso Deus, casando com mulheres estrangeiras, dos povos de outras terras, mas, no tocante a isto, ainda há esperança para Israel. Agora, pois, façamos aliança com o nosso Deus, de que despediremos todas as mulheres e os seus filhos, segundo o conselho do Senhor e o dos que tremem ao mandado do nosso Deus; e faça-se segundo a Lei.” (Esdras 10.2-3)

Vi também, naqueles dias, que judeus haviam casado com mulheres asdoditas, amonitas e moabitas. Seus filhos falavam meio asdodita e não sabiam falar judaico, mas a língua de seu respectivo povo. Contendi com eles, e os amaldiçoei, e espanquei alguns deles, e lhes arranquei os cabelos, e os conjurei por Deus, dizendo: Não dareis mais vossas filhas a seus filhos e não tomareis mais suas filhas, nem para vossos filhos nem para vós mesmos.” (Neemias 13.23-25)

Malaquias é mais ou menos contemporâneo de Esdras e Neemias e lida com o mesmo problema: a deslealdade do povo contra Deus ao se casarem com pessoas que não eram do povo de Deus e que, consequentemente, levavam o povo para longe do Senhor.

Mas havia um segundo problema: a infidelidade dos casados.

2 – Profanação da Aliança no Adultério (13-16)

Ainda fazeis isto: cobris o altar do SENHOR de lágrimas, de choro e de gemidos, de sorte que ele já não olha para a oferta, nem a aceita com prazer da vossa mão. E perguntais: Por quê? Porque o SENHOR foi testemunha da aliança entre ti e a mulher da tua mocidade, com a qual tu foste desleal, sendo ela a tua companheira e a mulher da tua aliança. Não fez o SENHOR um, mesmo que havendo nele um pouco de espírito? E por que somente um? Ele buscava a descendência que prometera. Portanto, cuidai de vós mesmos, e ninguém seja infiel para com a mulher da sua mocidade. Porque o SENHOR, Deus de Israel, diz que odeia o repúdio e também aquele que cobre de violência as suas vestes, diz o SENHOR dos Exércitos; portanto, cuidai de vós mesmos e não sejais infiéis.” (Malaquias 2.13-16)

Em todo o livro de Malaquias, fica claro que o povo não estava vivendo uma rebeldia declarada contra o Senhor, pelo contrário, as aparências eram de um povo muito fiel a Deus. Eles continuavam prestando culto, dando ofertas, orando e se derramando em lágrimas diante de Deus. As atitudes externas de religiosidade eram muito boas, mas o problema estava no coração.

Nesse trecho Deus começa dizendo que não iria aceitar as ofertas deles e nem as suas orações chorosas. Por que? Deus reponde, porque vocês estão sendo infiéis no casamento de vocês. Essa infidelidade se mostrava em infidelidade conjugal, divórcios e violência dentro do casamento. Então, Deus apresenta 5 argumentos pelos quais eles não deveriam continuar sendo infiéis: (1) Eu, Yahweh, fui testemunha da aliança entre você e seu cônjuge; (2) A tua esposa é a mulher da tua mocidade, a tua companheira, a mulher da tua aliança; (3) eu, Yahweh, é quem uni vocês dois em um só e meu Espírito atuou nessa união; (4) meu objetivo, diz Deus, é levantar uma descendência abençoada por meio das famílias da aliança. (5) O quinto argumento é uma espécie de conclusão para todo o trecho: “Porque o SENHOR, Deus de Israel, diz que odeia o repúdio e também aquele que cobre de violência as suas vestes, diz o SENHOR dos Exércitos; portanto, cuidai de vós mesmos e não sejais infiéis.

Nesse texto Deus afirma que odeia o divórcio e coloca no mesmo nível a violência dentro do casamento. Cometer esses atos, portanto, é desafiar a Deus, aquele com quem temos a nossa principal aliança. Assim, Não adianta tentar manter a vida ‘espiritual’ em ordem se não estou sendo leal para com meu cônjuge. Deus não aceita sacrifícios de cônjuges que estão em pecado no casamento.

Maridos, vós, igualmente, vivei a vida comum do lar, com discernimento; e, tendo consideração para com a vossa mulher como parte mais frágil, tratai-a com dignidade, porque sois, juntamente, herdeiros da mesma graça de vida, para que não se interrompam as vossas orações.” (1 Pedro 3.7)

Conclusão


Deus está intimamente interessado em nossa vida matrimonial! A aliança entre um homem e uma mulher cristãos é, necessariamente, uma aliança diante de Deus e com o próprio Deus. A decisão de se casar, não pode ser irresponsável, como se Deus não se importasse com quem eu me caso. A principal aliança entre um homem e uma mulher, tem que ser feita dentro dos padrões da aliança espiritual que os cristãos tem com o Senhor. Assim, se você é um cristão solteiro, você não pode considerar a possibilidade de se casar com alguém que não ame a Jesus Cristo. Se você é um cristão casado, lembre-se que o mesmo Deus que foi testemunha do seu casamento, está avaliando como está o seu desempenho como cônjuge. E aqueles cristãos que, hoje, estão casados com alguém que não teme ao Senhor? A Bíblia fala que o bom procedimento do cristão santifica e pode até mesmo salvar aquele que não teme ao Senhor. Continue firme em oração e prática cristã (Leia 1 Coríntios 7)!

Solteiro(a), peça a graça de Deus para te ajudar a somente namorar e casar com alguém que seja fiel a Jesus Cristo e aja neste sentido. Casado(a), peça a graça de Deus para seu fiel a Ele como cônjuge e aja neste sentido. Se é pelo Senhor, o teu amado, qualquer sacrifício vale a pena.

Desafios Práticos
  • Comece a ver a si mesmo como o maior problema do seu casamento. 
  • Confesse a Deus e ao seu cônjuge. Tome atitudes práticas de mudança.
  • Faça a sua devocional diariamente.
  • Faça o culto familiar.
  • Termine qualquer relacionamento com o sexo oposto que não está agradando ao Senhor.

***
Autor: Rev. João Paulo Thomaz de Aquino 
Fonte: Blog Logos Português

domingo, 14 de fevereiro de 2016

O mito de que o culto precisa ser transformado em show para a conversão dos incrédulos



A indústria do entretenimento tem tomado conta de inúmeras igrejas. Nessa perspectiva, pastores e lideres tem entendido que o culto a Cristo, precisa ser mais light, menos pesado, com uma pregação positiva, além é claro de proporcionar ao visitante a possibilidade de desfrutar de um ambiente com muita música, arte, teatro e shows.

Volta e meia eu ouço alguém dizer: 

"Mas, pastor se não transformarmos o culto num grande show as pessoas não se converterão, por isso, precisamos criar estratégias para que os incrédulos se convertam.

Caro leitor, em que lugar nas Escrituras nós encontramos o Senhor ou os apóstolos orientando a igreja a promover entretenimento com vistas a salvação dos perdidos?

Charles Spurgeon, o príncipe dos pregadores, em pleno século XIX disse que Escrituras não afirmam, em nenhuma de suas passagens, que prover entretenimento para as pessoas é uma função da igreja. Se esta é uma obra cristã, afirmou o pastor do Tabernáculo Metropolitano, por que o Senhor Jesus não falou sobre ela? “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura” (Mc 16.15) — isso é bastante claro. Se Ele tivesse acrescentado: “E oferecei entretenimento para aqueles que não gostam do evangelho”, assim teria acontecido. No entanto, tais palavras não se encontram na Bíblia. Sequer ocorreram à mente do Senhor Jesus. E mais: “Ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres” (Ef 4.11). Onde aparecem nesse versículo os que providenciariam entretenimento? O Espírito Santo silenciou a respeito deles. Os profetas foram perseguidos porque divertiam as pessoas ou porque recusavam-se a fazê-lo? Os concertos de música não têm um rol de mártires. 

Spurgeon também dizia que prover entretenimento está em direto antagonismo ao ensino e à vida de Cristo e de seus apóstolos. Qual era a atitude da igreja em relação ao mundo? “Vós sois o sal”, não o “docinho”, algo que o mundo desprezará. Pungente e curta foi a afirmação de nosso Senhor: “Deixa aos mortos o sepultar os seus próprios mortos” (Lc 9.60). Ele estava falando com terrível seriedade! 

Prezado amigo, fomos chamados a pregar a Palavra, nada além da Palavra. O que temos visto hoje em boa parte das igrejas deste país é o que denomino de "mundanização" do evangelho. Em nome da contextualização os pastores trocaram Escrituras pela música, o louvor pelo show e a pregação por ministrações de autoajuda e bem estar humano. Senão bastasse isso, nos cultos destas igrejas não há espaço para pregar sobre o pecado, sobre o juízo eterno bem como a salvação pela graça mediante a fé em Cristo. Para piorar a situação, os pastores são performáticos, os ministros de louvor, artistas e a igreja um grande teatro.

Concluo este texto afirmando que aqueles que transformam a igreja num teatro ou casa de show com certeza lotam seus templos de visitantes, todavia, isso em hipótese alguma significa dizer que os frequentadores deste tipo de igreja nasceram de novo. Na verdade, se formos olhar os frutos destas aparentes conversões ruborizaremos de vergonha, mesmo porque, shows não regeneram ninguém. Alias, a regeneração de um pecador se dá mediante o Espírito Santo que mediante decreto do Eterno, determinou os homens seriam salvos mediante a pregação do Evangelho.

Pense nisso!

Renato Vargens

sábado, 13 de fevereiro de 2016

Carta de um diabão sobre a teologia da prosperidade.

Por Renato Vargens


Odiado Cramulhão Encardido Junior,

Espero que esteja comendo o pão que o nosso maldoso pai amassou. Escrevo-lhe esta missiva com vistas a lhe orientar quanto a melhor forma de complicar a vida dos pastores.

Primeiramente procure incutir na cabeça do pastor que ele precisa pregar sobre dinheiro. Incentive-o a falar sobre riquezas durante todo o culto.

Horroroso sobrinho, conduza a liturgia dos cultos sugerindo aos pastores que aqueles que depositam sua esperança no adversário precisam ser prósperos e endinheirados.

Maldito capeta, para tanto gostaria lhe ordenar algumas idéias mirabolantes:

1- Institucionalize os jargões no culto. Faça-os repetir versos soltos daquele horroroso livro. Use expressões como você é cabeça e não calda; tudo posso naquele que me fortalece, tá amarrado, rajada de glória e outras mais.

2- Leve-os adorar o nosso primo Mamom. Nosso primo precisa ser adorado. Tire o foco do nosso adversário e leve-os a cultuar nosso maléfico companheiro.

3- Instigue-os ao consumo. Faça-os consumir cada vez mais, endivide-os até a alma.

4- Incentive-os a criar novas doutrinas relacionadas ao dinheiro. Faça-os a acreditarem na doutrina das primícias e que precisam honrar seus líderes com suas riquezas.
Maldito Cramulhão, para ser bem sucedido nessa maféfica missão é fundamental que você incuta na mente deles valores diferentes daquele livro cujo nome não gosto nem de mencionar. (Só de pensar na Bíblia, meu ser estremece!)

Infeliz sobrinho, escravize-os ao dinheiro fazendo-os amar as riquezas desse mundo!

Espero que cumpra com esmero minhas recomendações.

Termino esta carta, desejando todo tipo de maldade,

Com ódio,

Seu tio diabão
Nota explicativa:

Há alguns anos, o conhecido autor evangélico C. S. Lewis, professor da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, escreveu uma série de artigos sob o título: "The Screwtape Letters" , ou seja, "Cartas do Inferno" , Edições Vida Nova SP, e os publicou no jornal "Guardian", conhecido órgão da imprensa britânica, lá pelos idos de 1940. Depois, essas cartas foram reunidas em um livro com o mesmo título, que se tornou a obra mais popular desse eminente escritor de temas cristãos. Nessas cartas, o autor imagina uma série de conselhos que Roldão, experiente oficial da hierarquia diabólica, envia a seu sobrinho Lusbim, um diabo neófito que recebeu a incumbência de corromper a fé de um homem que se tornara cristão. Visto que, daquela época para cá, tem-se multiplicado as artimanhas satânicas, é lícito imaginar mais alguns terríveis conselhos enviados pelo sinistro oficial ao seu infernal emissário, em plena ação diabólica para desviar os fiéis do caminho estreito. Usando os mesmos personagens, apenas mudamos os nomes, e tomando emprestado o gênero literário do autor mencionado, aqui apresentamos aos amados leitores uma nova carta imaginária, vinda dos abismos infernais.

Carta de Campina Grande 2016

Pare, leia e Pense!


Nós, membros da igreja de Jesus Cristo, participantes do 18º Encontro para a Consciência Cristã, celebramos a comunhão que desfrutamos como povo de Deus, e unidos ao redor do evangelho de Cristo afirmamos:

1-) Que a mensagem pregada pelos apóstolos tinha por conteúdo exclusivo a verdade inequívoca de que Jesus Cristo era o único capaz de salvar os homens de seus delitos e pecados, e que fora dele absolutamente ninguém pode ser salvo(Atos 4:12).

2-) Afirmamos também que através da morte de Cristo na Cruz todo escrito de dívida que era contra nós foi cancelado (Colossenses 2:13-14) e que, devido a isso, não existe nenhuma maldição ou condenação que possa prevalecer, amedrontar ou escravizar aqueles que por Ele foram salvos.

3-) Afirmamos que o sacrifício de Cristo na cruz do Calvário foi suficiente para livrar o crente de toda condenação do pecado.Em virtude disso, tornam-se desnecessárias ações humanas cujo foco destina-se a quebra de maldições hereditárias, repreensão de espíritos familiares que escravizam os homens ou até mesmo a observância de elementos místicos cujos conceitos não estão fundamentados nas Sagradas Escrituras. Ao contrário disso, afirmamos veementemente que cremos que a morte de Cristo na cruz foi suficiente para libertar os salvos das garras de Satanás dando a estes, vida eterna (Colossenses 1:13-14).

4-) Afirmamos que Cristo é suficiente para a salvação do pecador. Em virtude disso, não existe nada, nem ninguém, nem tampouco nenhuma observância religiosa capaz de corroborar com a salvação dos homens. Acreditamos que a salvação não se deve a uma conquista humana, mas é uma dádiva de Deus.Não nos é possível alcança-la por mérito, mas sim por graça, e que também não é um tipo de troféu que erguemos como fruto do nosso esforço pessoal, mas um presente imerecido (Efésios 2:1-10).

5-) Afirmamos que o evangelho é a boa notícia da salvação graciosa de Deus de que somente pela fé em Jesus Cristo o homem pode ser salvo e que ninguém pode ser justificado por suas obras, visto que todos pecaram e distanciaram-se da glória de Deus (Romanos 3:23; 6:23; Efésios 2:8-9), tornando-se assim incapazes de se autojustificarem diante de Deus (Romanos 3:10-11).

Diante do exposto, concluímos:

Estamos convictos de que fora de Cristo absolutamente ninguém pode ser salvo, portanto, com coração contrito, afirmamosque rejeitamos todo tipo de doutrina, ensino ou conceito teológico que afirme a possibilidade de salvação do pecador fora de Cristo.

Declaramos também, como discípulos do Senhor, que assumimos o compromisso de proclamar Cristoa todos os povos, tribos, línguas e nações, como o único capaz de salvar o homem de seus delitos e pecados(João 10:6; 11:25; 14:6).

Portanto, confiantes na graça de Deus, assumimos este compromisso diante do Todo-poderoso e de Seu povo, a fim de vermos em nossa nação um poderoso progresso do Evangelho de Cristo.
 
Pr. Euder Faber Guedes Ferreira (presidente da VINACC) 
Pr. Augustus Nicodemus (IPB/GO)
Pr. Aurivan Marinho (IC/PE)
Prof. Brenno Douettes (IB/PR)
Pr. Calvino Rocha (IPB/PB)
Pr. Ciro Sanches Zibordi (AD/RJ)
Pr. Conrad Mbewe (KBC/ZAM)
Pr. Franklin Ferreira (IB/SP)
Pr. Gaspar de Souza (IPB/PE)
Pr. Geremias Couto (AD/RJ)
Pr. Joaquim de Andrade (CREIA/SP)
Pr. Jonas Madureira (IB/SP)
Pr. Jorge Noda (ILEST/PB)
Pr. José Bernardo (AMME/SP)
Pr. Marcos Gladstone (SBB/SP)
Prof.ª Norma Braga (IPB/RN)
Pb. Solano Portela (IPB/SP)
Pr. Renato Vargens (ICA/RJ)
Miss. Rosali Melo (IC/PB)
Miss. Thomaz Litz (Juvep/PB)
Pr. Tiago Santos (IB/SP)

Formulário de contato

Nome

E-mail *

Mensagem *