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sexta-feira, 14 de novembro de 2025

O Papel Transformador do Cristianismo

 

O Papel Transformador do Cristianismo

        A história oferece diversos exemplos de como a fé cristã influenciou profundamente a transformação de nações e cidades, moldando seus valores, instituições e cultura. Este capítulo examinará três casos notáveis: a Escócia, a Suíça e a Coreia do Sul, destacando como o cristianismo contribuiu para a formação de suas identidades e para o seu desenvolvimento social, político e econômico.

        12.1   A Escócia: O Presbiterianismo e a Formação da Nação - A Reforma Escocesa do século XVI, liderada por John Knox, teve um impacto profundo na história e na cultura da Escócia. O presbiterianismo, com sua ênfase na soberania de Deus, na autoridade das Escrituras e no governo representativo da igreja, moldou não apenas a vida religiosa, mas também a estrutura social e política do país.


A influência do presbiterianismo pode ser vista na valorização da educação, na criação de um sistema educacional público e acessível, e no desenvolvimento de uma forte ética do trabalho, que contribuiu para o desenvolvimento econômico da Escócia. Além disso, os princípios presbiterianos influenciaram o desenvolvimento do sistema legal e político escocês, que se caracterizou por sua ênfase na justiça, na igualdade e na limitação do poder do Estado.

     O historiador Thomas M. Devine, em sua obra The Scottish Nation: A History, 1700–2000, destaca a centralidade do presbiterianismo na formação da identidade escocesa:

 O presbiterianismo não foi apenas uma força religiosa na Escócia, mas também um fator crucial na formação de sua identidade nacional e no desenvolvimento de suas instituições. A ênfase na educação, na ética do trabalho e no governo representativo moldou profundamente a sociedade escocesa e contribuiu para o seu sucesso nos séculos seguintes" (DEVINE, 1999, p. 45).

      Além disso, a influência do presbiterianismo na Escócia pode ser vista na ênfase dada à responsabilidade social e ao cuidado com os pobres. A igreja presbiteriana desempenhou um papel ativo na criação de instituições de caridade e no desenvolvimento de políticas sociais que visavam aliviar a pobreza e promover o bem-estar social.

W. Stanford Reid, em Trumpeter of God: A Biography of John Knox, sublinha o impacto de Knox na educação popular:

 Knox e os reformadores escoceses tinham uma visão radical para a educação, propondo uma escola em cada paróquia para garantir que todos, ricos e pobres, meninos e meninas, pudessem ler a Bíblia por si mesmos. Essa visão lançou as bases para o sistema educacional universal que se tornaria uma marca registrada da Escócia" (REID, 1974, p. 270).

Essa dedicação à educação e ao bem-estar social demonstrou a aplicação prática de uma fé que buscava transformar a sociedade em todas as suas dimensões. James Kirk, em Patterns of Reform: Continuity and Change in the Reformation Kirk, também aponta para a visão abrangente dos reformadores escoceses: 


A Reforma na Escócia não foi meramente uma mudança de doutrina, mas uma reordenação completa da sociedade, com a igreja assumindo um papel central na educação, no cuidado social e na moral pública, buscando a transformação de toda a nação sob a Palavra de Deus" (KIRK, 1989, p. 300).

 

     12.2      A Suíça: A Reforma e a Gênese da Democracia Moderna - A Reforma Suíça, liderada por Ulrico Zwinglio em Zurique e João Calvino em Genebra, teve um impacto duradouro não apenas na história da igreja, mas também no desenvolvimento do pensamento político e social ocidental. A ênfase reformada na soberania de Deus, na lei e no pacto influenciou o desenvolvimento de instituições políticas caracterizadas pelo governo limitado, pela separação de poderes e pela proteção dos direitos individuais.

Em Genebra, Calvino estabeleceu uma república que serviu de modelo para o desenvolvimento de outras comunidades reformadas na Europa e na América do Norte. A ética do trabalho calvinista, com sua ênfase na diligência, na frugalidade e no reinvestimento, contribuiu para o desenvolvimento econômico da Suíça e para o surgimento do capitalismo moderno. Além disso, a tradição  reformada  suíça  valorizou  a  educação,  alfabetização e o engajamento cívico, lançando as bases para o desenvolvimento de uma sociedade civil forte e participativa.

       O historiador William G. Naphy, em seu livro Calvin and Geneva, argumenta que a influência de Calvino em Genebra foi fundamental para o desenvolvimento da democracia moderna:

 A experiência de Genebra sob a liderança de Calvino demonstrou a viabilidade de uma forma de governo que combinava princípios bíblicos com ideias políticas inovadoras. A ênfase na lei, no pacto e na participação cidadã lançou as bases para o desenvolvimento da democracia moderna e influenciou o pensamento político em toda a Europa e além" (NAPHY, 2007, p. 189).

   A Suíça, com sua tradição de autonomia local e governo representativo, tornou-se um exemplo de sucesso de como os princípios cristãos podem informar a organização política e social de uma nação. A ética protestante do trabalho, com sua ênfase na diligência, na honestidade e na responsabilidade, também contribuiu para o desenvolvimento econômico da Suíça, que se tornou um centro financeiro e comercial de importância global. Max Weber, em A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo, embora controverso, popularizou a ideia da ligação entre a ética calvinista e o desenvolvimento econômico:

 A ética ascética protestante, especialmente o calvinismo, com sua ênfase na vocação, na diligência e na poupança, criou um 'espírito' que foi altamente favorável ao desenvolvimento do capitalismo moderno" (WEBER, 2004, p. 120).

Benedict E. W. L. B. Spinoza, embora não um reformado, em seu Tratado Teológico-Político, ao discutir a liberdade de pensamento na Holanda, indiretamente aponta para um ambiente influenciado por princípios reformados que valorizavam a liberdade de consciência e a tolerância, elementos cruciais para o desenvolvimento democrático:

A experiência holandesa demonstra que a liberdade de filosofar e de expressar opiniões, longe de perturbar a paz da república, é essencial para a sua prosperidade e para o avanço da piedade e da moralidade. Isso se alinha com a busca por uma sociedade onde a razão e a fé possam coexistir em harmonia" (SPINOZA, 2004, p. 195).

     12.3     A Coreia do Sul: O Cristianismo e a Transformação de uma Nação - A história da Coreia do Sul no século XX é um exemplo notável de como o cristianismo pode desempenhar um papel transformador em uma nação. No início do século, o cristianismo era uma religião minoritária na Coreia, mas cresceu de forma explosiva nas décadas seguintes, influenciando profundamente a sociedade coreana.

O cristianismo desempenhou um papel crucial na luta pela independência da Coreia do domínio japonês, com muitos líderes cristãos envolvidos no movimento de resistência. Após a Guerra da Coreia, a igreja coreana desempenhou um papel fundamental na reconstrução do país, oferecendo ajuda humanitária, educação e apoio espiritual a uma população traumatizada e empobrecida.

      Além disso, o cristianismo contribuiu para o desenvolvimento econômico da Coreia do Sul, com muitos cristãos envolvidos em negócios e empreendimentos que adotaram uma ética de trabalho diligente e honesta. A  ênfase cristã na educação e no desenvolvimento pessoal também ajudou a impulsionar o crescimento intelectual e cultural do país. Hoje, a Coreia do Sul é um dos países mais cristãos da Ásia e um exemplo de sucesso econômico e social.

O sociólogo David Yong-Gi Cho, em seu livro Successful Church Growth, observa o impacto transformador do cristianismo na Coreia do Sul: 

O crescimento explosivo da igreja coreana no século XX foi um fator crucial na transformação da Coreia do Sul. O cristianismo não apenas ofereceu esperança e consolo a um povo sofrido, mas também desempenhou um papel fundamental na promoção da educação, no desenvolvimento econômico e na construção de uma sociedade mais justa e compassiva" (CHO, 1981, p. 98).

        A influência do cristianismo na Coreia do Sul pode ser vista em diversos aspectos da sociedade, desde a ênfase na educação e no serviço social até a promoção da democracia e dos direitos humanos. A igreja coreana tem sido uma voz profética em questões de justiça social e tem desempenhado um papel ativo na defesa dos marginalizados e oprimidos. Bong-ho Son, em Christianity and Korean Society, destaca a contribuição da igreja para a democratização:

A igreja coreana, especialmente durante os períodos de ditadura, serviu como um refúgio para a dissidência e um catalisador para o movimento democrático. Seus líderes e membros estiveram na vanguarda da luta pelos direitos humanos e pela liberdade política" (SON, 2005, p. 150).

       Daniel J. Lee, em Korean Christianity and the Rise of the New Asia, explora a interconexão entre a fé e o desenvolvimento:

 O cristianismo na Coreia do Sul não foi apenas um fenômeno religioso, mas uma força social e cultural que impulsionou a modernização, a educação e o desenvolvimento econômico. A ética protestante do trabalho e o compromisso com a educação foram fatores chave para o 'milagre do rio Han'" (LEE, 2013, p. 88).

    Eun-Sik Yang, em The Korean Pentecost: The Great Revival of 1907, descreve o impacto espiritual que precedeu e impulsionou as mudanças sociais:

 O Grande Avivamento de 1907 não foi apenas um evento espiritual, mas teve profundas implicações sociais e culturais. Ele gerou um fervor missionário e um compromisso com a educação e o serviço social que foram cruciais para a transformação da Coreia do Sul no século XX" (YANG, 2007, p. 120).

      Os exemplos da Escócia, da Suíça e da Coreia do Sul demonstram o poder transformador do cristianismo na história das nações. Em cada caso, a fé cristã, com seus princípios e valores distintos, desempenhou um papel crucial na formação da identidade nacional, no desenvolvimento das instituições políticas e sociais e na promoção do desenvolvimento econômico e cultural. Esses exemplos nos lembram do potencial da igreja para ser uma força para o bem no mundo, influenciando a sociedade de forma positiva e duradoura.

 

Referências:

1-CHO, David Yong-Gi. Successful Church Growth. South Plainfield, NJ: Bridge Publishing, 1981.

2-DEVINE, T. M. The Scottish Nation: A History, 1700–2000. New York: Viking, 1999.

3-KIRK, James. Patterns of Reform: Continuity and Change in the Reformation Kirk. Edinburgh: T&T Clark, 1989. 

4-LEE, Daniel J. Korean Christianity and the Rise of the New Asia: From the Great Revival to the Twenty-First Century. Lanham, MD: Lexington Books, 2013.

5-NAPHY, William G. Calvin and Geneva. Stroud, UK: Tempus, 2007.

6-REID, W. Stanford. Trumpeter of God: A Biography of John Knox. New York: Charles Scribner's Sons, 1974.

7-SON, Bong-ho. Christianity and Korean Society. Seoul: Seoul National University Press, 2005.

8-SPINOZA, Benedictus de. Tratado Teológico-Político. Tradução de Diogo Pires Aurélio. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2004.

9-WEBER, Max. A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo. Tradução de José Marcos Mariani de Macedo. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.

10-YANG, Eun-Sik. The Korean Pentecost: The Great Revival of 1907. Seoul: Presbyterian College and Theological Seminary Press, 2007.


Texto extraído do Livro O CRISTÃO NO MUNDO DE DEUS de Eli Vieira

Cristã em contêiner sem ar na Eritreia vive milagre: ‘Deus providenciou ar para respirar’


 Tuwen Theodros. (Foto: SDOK).

Tuwen Theodros passou 16 anos na prisão sendo torturada, apenas por seguir Jesus e participar de uma igreja secreta na Eritreia.

A cristã Tuwen Theodros passou 16 anos na prisão, sofrendo tortura e solidão, apenas por seguir Jesus na Eritreia.

Conhecida como a “Coreia do Norte da África”, a Eritreia ocupa a 6ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2025 da Portas Abertas.

Apenas quatro religiões são permitidas pelo governo autoritário: o islamismo sunita, a Igreja Ortodoxa da Eritreia, a Igreja Católica Romana e a Igreja Luterana. Igrejas domésticas são proibidas e cristãos são perseguidos constantemente.

Conhecendo o Evangelho

Tuwen cresceu seguindo o catolicismo no país, mas em sua juventude encontrou a verdade do Evangelho ao ler a Bíblia.

“Minha fé consistia em tradições, mas não estava viva. Recebi um Novo Testamento de um padre e ele me aconselhou a ler um capítulo todos os dias. Li Apocalipse e fiquei emocionada com o último capítulo, onde diz que Deus o punirá se você tirar algo e acrescentar à Palavra. Percebi então que muitas coisas ensinadas na Igreja Católica na Eritreia não se baseiam na Bíblia”, contou ela, em entrevista à SDOK (Stichting de Ondergrondse Kerk), uma missão que apoia cristãos perseguidos.

A mulher passou a questionar a profundidade de sua fé. “Fiquei impressionada com a carta a Laodicéia. A igreja não é nem quente nem fria, e Deus diz que vai cuspi-los de sua boca. Um medo entrou em meu coração. Deus vai me cuspir também?", disse.

Tocada pela Palavra, Tuwen começou a frequentar uma igreja evangélica secreta e aceitou Jesus como seu Salvador. Porém, sua família não aceitou sua conversão e confiscou sua Bíblia e seu hinário.

Aos 21 anos, ela foi levada presa durante um culto. "A polícia entrou em nossa igreja doméstica e perguntou se éramos cristãos. Quando concordamos, fomos presos”, lembrou.

“Você não é nem frio nem quente”

Um mês depois, Tuwen foi libertada da prisão ao assinar uma declaração prometendo que não participaria e falaria em grandes reuniões da igreja. “Meu pai prometeu que, se eu assinasse, receberia minha Bíblia e meu hinário de volta”, comentou.

De forma inocente, a cristã assinou o documento, foi liberta e voltou a trabalhar no exército da Eritreia. Ao entregar uma carta da prisão para seu chefe, Tuwen descobriu que havia sido enganada.

"’Diz aqui que você renunciou à sua fé e não se envolverá mais em atividades cristãs'. Eu gritei: Isso não é verdade! Meu chefe respondeu: 'Olha, sua assinatura está embaixo'. Quando fui ler a carta, realmente li que havia declarado que havia renunciado à minha fé. Eu também teria declarado que voltaria à minha fé católica”, relatou.

“Fiquei chocada, fui para casa e abri meu coração a Deus. Novamente me vieram à mente aquelas palavras de Apocalipse: 'Você não é nem frio nem quente'”.

Naquele momento, a cristã perseguida decidiu entregar toda a sua vida ao Senhor, não se importando com as consequências.

“Eu tive que fazer uma escolha entre ser fria ou quente. Eu estava ajoelhada na frente da minha cama, tive que fazer uma escolha. Eu me perguntei: você está disposta a abandonar pai e mãe? Seus irmãos e irmãs? Seu trabalho? Você está disposta a desistir de sua vida? Cada vez eu respondia sim”, disse.

Presa em contêiner no deserto

Oito meses depois, Tuwen foi detida novamente por participar de cultos da igreja secreta. Durante três anos, ela foi mantida em um contêiner no deserto.

"Durante o dia era extremamente quente, mas à noite era extremamente frio. Inicialmente, fui presa com outros cristãos, mas depois fui colocada em isolamento porque compartilhei o Evangelho com outros prisioneiros”, afirmou. 

“Tentei secretamente fazer contato com os cristãos nos outros contêineres através das aberturas da grade de ventilação. Quando [os oficiais] perceberam isso, viraram os containers e o contato não era mais possível”.

Para convencer a cristã a renunciar sua fé, os guardas fecharam completamente as grades de ventilação de seu contêiner. Sem ar, Tuwen não conseguia respirar mais.

"Lutei pela minha vida, mas era demais e orei: 'Deus, por favor, me ajude!'. Me vieram à mente as palavras da carta de Pedro: ‘Amados, não deixeis que o calor da tribulação entre vós, que serve para a vossa provação, vos surpreenda como se algo estranho vos acontecesse. Mas alegrai-vos segundo a medida em que participastes do sofrimento, para que vos regozijeis e vos regozijeis na revelação da sua glória’”, contou.

Após clamar pelo Senhor, algo sobrenatural aconteceu. “Por um lado, experimentei alegria em Deus, mas ao mesmo tempo foi muito doloroso. Então, de repente, Ele providenciou ar fresco para eu respirar. Eu experimentei a presença do Espírito Santo tão forte. Isso me lembrou dos amigos de Daniel no forno ardente. Deus os salvou do fogo. Eu tive a mesma experiência. O contêiner ficou fechado por cerca de duas horas, mas eu conseguia respirar”, testemunhou Tuwen.

Quando os guardas abriram a porta do contêiner, ficaram surpresos ao encontrarem a cristã em ótimo estado de saúde.

“Outros cristãos disseram que quando me viram sair do contêiner, meu rosto estava radiante”, destacou.

Mantendo a fé firme

Mais tarde, a mulher foi transferida para a prisão, onde viu cristãos serem mortos por sua fé. Ela e outros crentes foram torturados para serem persuadidos a assinar uma declaração negando Jesus.

"Eles usaram um chicote de borracha e um grande bastão. Também tivemos que andar descalços em solo arenoso, cheio de espinhos. Foi muito doloroso. Eu não tive nenhum tato nos pés por dois anos por causa da tortura”, detalhou.

“Eles tentaram se tornar meus amigos, esperando me persuadir a assinar. Eles sempre diziam: 'Pense nisso com calma'. Eu respondia: já pensei nisso e não vou negociar sobre isso”, comentou.

Consolo durante tortura

Tuwen também contou outra experiência sobrenatural que viveu enquanto era torturada. “Em uma visão, vi as estrelas no céu. Elas ficaram cada vez maiores. Era como se um vento fresco soprasse pelo meu rosto. Também ouvi uma bela música, era uma música angelical. Parecia que eu estava flutuando no espaço. Quando abri os olhos, vi as pessoas que estavam me atormentando novamente”, disse.

Com a ajuda de Deus, a cristã permaneceu firme e não abandonou a fé. Após 16 anos na prisão, Tuwen foi libertada no final de 2020, como parte de um acordo de anistia.

Hoje, ela mora na Europa e tem compartilhado seu testemunho com outros cristãos. “Do ponto de vista espiritual, isso me deu muita riqueza. Ouço de outros ex-prisioneiros que eles foram encorajados pela minha fé. Eles disseram: 'Temos comida e visitantes, mas você não recebeu nada disso. No entanto, vimos uma grande alegria em você. E através disso conhecemos Jesus’. Deus queria me usar para trazer outros a Jesus”, concluiu.

Fonte: Guiame, com informações de SDOK


Mais de 600 estudantes se ajoelham no altar para aceitar Jesus nos EUA: “Mover de Deus”


 Centenas de estudantes se renderam a Cristo no culto. (Foto: Reprodução/Instagram/Micah MacDonald).

Os adolescentes foram impactados e se renderam a Cristo, em um culto de jovens da Igreja Grand Rapids First.

Mais de 600 adolescentes aceitaram Jesus durante um culto na cidade de Wyoming, Michigan, nos Estados Unidos, no último final de semana.

O evangelista Micah MacDonald, que pregou na reunião da juventude da Igreja Grand Rapids First, testemunhou o agir de Deus entre os estudantes.

Mais de 2.300 adolescentes e jovens adultos participaram do evento. Após a ministração da Palavra de Deus, Micah fez o apelo para aceitar Jesus e uma multidão de 661 estudantes foi depressa até o altar.

Eles se ajoelharam no chão e entregaram suas vidas a Cristo, em um momento marcado por quebrantamento.

“Vou me lembrar para sempre o que Deus fez no Michigan. Há todo um mover de Deus acontecendo nos adolescentes e jovens adultos da América! Quem me dera que todos pudessem ver o que eu estou vendo. É realmente uma coisa linda que Jesus está fazendo”, testemunhou Micah, em postagem no Instagram.

O evangelista também contou que centenas de curas foram registradas e dezenas de jovens se sentiram chamados por Deus.

“Ainda estamos pensando o quão incrível foi este fim de semana! Amamos ver nossos alunos indo atrás de Deus e buscando sua presença com tudo o que têm”, declarou o grupo de jovens da Igreja Grand Rapids First, no Instagram.

Através de seu ministério MacMinistries, o evangelista Micah tem pregado o Evangelho a adolescentes em igrejas e retiros nos EUA. Ele tem presenciado um despertar espiritual entre as novas gerações no país.


Fonte: Guiame

quarta-feira, 12 de novembro de 2025

A Restauração do Filho Perdido


Lucas 15:11-32

A parábola do Filho Perdido, registrada em Lucas 15:11-32, é mais do que uma história moral; é a revelação do coração de Deus em sua busca incessante pela restauração. A narrativa começa com a atitude egoísta e precipitada do filho mais novo, que exige sua herança antes do tempo e a desperdiça em uma vida de excessos em uma "terra distante". Esta jornada de afastamento simboliza a escolha da independência de Deus, onde a bênção é trocada pelo prazer momentâneo e a liberdade é rapidamente substituída pela miséria, culminando na humilhação de desejar a comida dos porcos. Este primeiro ato estabelece o cenário da queda humana e do vazio que o pecado inevitavelmente produz.

O ponto de virada da parábola reside no momento em que o filho "cai em si" e reconhece sua indigência e a superioridade da casa de seu pai. Este não é apenas um lamento por sua situação, mas um ato de arrependimento genuíno, onde ele aceita sua total indignidade e decide voltar, não mais para reivindicar a filiação, mas para implorar por um lugar de servo. Sua volta é motivada pela memória da bondade paterna e pela esperança de, no mínimo, sobreviver. Este segundo movimento ilustra o primeiro passo crucial da fé: o reconhecimento do erro e o humilde retorno à fonte da vida e da provisão.

O clímax emocional e teológico da história se desenrola no encontro. Enquanto o filho ainda estava longe, o pai o viu, moveu-se de compaixão e correu – um gesto que quebrava o decoro social, mas afirmava o primado do amor. O abraço e o beijo do pai interrompem a confissão do filho, demonstrando que o perdão é incondicional e precede qualquer tentativa de merecê-lo. A ordem imediata para trazer as melhores vestes, o anel (símbolo de autoridade) e as sandálias (símbolo da liberdade) não apenas perdoa, mas restaura a totalidade da dignidade e da posição de filho, apagando a condição de miséria.

A celebração que se segue ("Era preciso fazer festa e alegrar-nos") solidifica a mensagem central da parábola: a alegria celestial pela restauração da vida. O Pai declara: "Porque este meu filho estava morto e reviveu, tinha-se perdido e foi achado." Essa declaração não se refere apenas a um retorno físico, mas a um renascimento espiritual. A festa não é apenas uma comemoração; é um ato profético que anuncia a essência do Evangelho: a graça de Deus é suficiente para anular o passado e inaugurar um futuro de comunhão restaurada, celebrando o milagre da vida reencontrada.

Por fim, a parábola é desafiada pela reação do irmão mais velho, que, embora estivesse sempre na casa do pai, revela um coração amargo e preso ao mérito. Ele representa aqueles que cumprem deveres religiosos, mas não entendem a magnitude da graça e se ressentem do perdão oferecido aos menos merecedores. O terno convite do pai ("Filho, tu sempre estás comigo, e tudo o que é meu é teu") estende a mesma graça e amor ao filho ressentido, mostrando que a restauração é um convite aberto a todos: tanto para aqueles que voltam de longe quanto para aqueles que, estando perto, precisam aprender a amar e a celebrar a misericórdia de Deus.

Pr. Eli Vieira

75 mil pessoas ouvem o Evangelho em evento de Franklin Graham na Argentina


 Franklin Graham reúne 75 mil pessoas no Estádio Vélez em duas noites de evangelismo durante o evento “Esperanza Buenos Aires”. (Foto: Associação Evangelística Billy Graham)

O evangelista pregou no evento “Esperanza Buenos Aires”, na capital argentina, 34 anos depois de seu pai realizar uma cruzada no país.

Mais de trinta anos após seu pai anunciar o Evangelho na Argentina, Franklin Graham, filho do falecido evangelista Billy Graham, levou a mensagem de Jesus cerca de 75 mil pessoas no último fim de semana.

O evento, parte de uma ação missionária, foi descrito por um líder religioso como “um milagre vindo do céu”.

Em comunicado divulgado na segunda-feira (10), a Associação Evangelística Billy Graham apresentou um resumo do evento gratuito de duas noites realizado na capital argentina, intitulado “Esperanza Buenos Aires”.

Durante o encontro, Franklin Graham, CEO da associação, falou para quase 75 mil pessoas no Estádio Vélez, compartilhando a mensagem da salvação em Jesus Cristo.

“Deus te ama. Ele te criou, cuida de você e tem um plano para a sua vida”, disse Graham à multidão.

Franklin Graham prega no Estádio Vélez, em Buenos Aires. (Foto: Associação Evangelística Billy Graham)

“Ele quer te perdoar, mas você precisa vir a Seu Filho, Jesus Cristo, em arrependimento e fé.”

A ação evangelística na capital argentina contou com a parceria de 2.500 igrejas.

Billy Graham

Segundo o site oficial do evento Esperanza Buenos Aires, a visita do televangelista ao país ocorre 34 anos após seu pai ter viajado à Argentina para anunciar o Evangelho e incentivar as pessoas a entregarem suas vidas a Jesus Cristo.

Curiosamente, a primeira noite da programação coincidiu com o que seria o 107º aniversário de Billy Graham.

Além da pregação de Graham, o evento contou com apresentações da banda cristã argentina Rescate, do grupo Redimi2 – indicado ao Grammy Latino – e dos músicos americanos Michael W. Smith e Charity Gayle.

Na sexta-feira à noite, cerca de 30 mil pessoas participaram do encontro, número que subiu para 43 mil no sábado.

Testemunhos

Uma frota de 1.000 ônibus levou os participantes até o Estádio Vélez.

Entre eles estava Adriana, de 30 anos, que compartilhou sua experiência e contou como o evento transformou sua vida.

“Ele falou sobre pecados e isso realmente me tocou. O fato de ele estar disposto a falar para todas as pessoas [sobre o pecado], do palco, na frente de tanta gente — eu sei que isso impactou todas as pessoas aqui, não só a mim.”

“Deus está me chamando de volta”, proclamou ela. “Deus falou muito comigo sobre meus pecados, e isso realmente tocou meu coração. Este evento renovou minha fé. Volto para casa muito abençoada e encorajada a seguir a Cristo.”

Valentino afirmou estar confiante de que estava “aqui por um propósito”, acrescentando: “Deus me chamou para estar aqui hoje”. Em seguida, descreveu sua experiência: “Senti o Seu amor, senti alegria”.

Multidão de argentinos acompanha a pregação do Evangelho. (Foto: Associação Evangelística Billy Graham)

“Hoje acredito que Ele é o caminho, a verdade e a vida. Quero começar a seguir a Deus e quero trazer minha família também, porque eles não caminham com Ele”, declarou Valentino.

Ale Neusch, que atuava como coordenador da igreja Esperanza Buenos Aires, afirmou estar “impressionado e surpreso com o número de pessoas que se apresentaram”.

E declarou: “É incrível ver tantas vidas serem transformadas em um único momento aqui neste estádio. É indescritível.”

“Isso não é comum”, disse ele. “Não estamos acostumados a ver coisas como o que acabou de acontecer. É um milagre do Céu, e agradecemos a Deus por cada pessoa cuja vida foi transformada ao aceitar Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador pessoal.”

‘Deus os ama’

Graham compartilhou reflexões sobre sua estadia em Buenos Aires em uma série de postagens nas redes sociais.

Em uma declaração publicada no domingo, acompanhada de fotos do evento Esperanza Buenos Aires da noite anterior, ele escreveu: “Vim a Buenos Aires para dizer ao povo argentino que Deus os ama e deseja ter um relacionamento com eles.”

“Compartilhei que só existe uma maneira de ter um relacionamento pessoal com Deus – e essa maneira é depositando nossa confiança em Jesus Cristo. Ele pagou o preço pelos nossos pecados. Agradecemos a Deus pelas centenas de pessoas que responderam ao Seu convite para virem a Ele em arrependimento e fé!”

O evento “Esperanza Buenos Aires” faz parte de uma série de viagens internacionais planejadas por Graham. Nos próximos meses, ele pretende visitar Nagaland, na Índia; Siem Reap, no Camboja; Lima, no Peru; e Madri, na Espanha.


Fonte: Guiame, com informações do Christian Post e Associação Billy Graham

sexta-feira, 31 de outubro de 2025

Novas imagens de genocídio cristão na Nigéria chocam: “Famílias inteiras em caixões”

 Centenas de caixões sendo carregados em meio à onda de violência no país. (Foto: Reprodução/Instagram/Hananya Naftali)

Um vídeo que viralizou nas redes sociais mostra dezenas de caixões sendo carregados enquanto uma multidão clama por justiça.

Novas imagens do genocídio de cristãos que está ocorrendo na Nigéria chocaram as redes sociais. Famílias inteiras aparecem carregando dezenas de caixões enquanto uma multidão clama por justiça em meio à extrema violência no país.

“Cenas de partir o coração do genocídio cristão na Nigéria: famílias inteiras em caixões. Nenhuma indignação. Nenhuma cobertura da mídia. Apenas silêncio. Eu me recuso a ficar em silêncio! Orem comigo”, compartilhou o jornalista israelense Hananya Naftali, no Instagram.

A influenciadora Naz Hashem, afirmou: “Dentro de cada caixão está uma criança, um pai, um irmão, um amigo  famílias inteiras dizimadas, aldeias apagadas. E, no entanto, o sofrimento deles não está nas mídias”. 

E continuou: “Não há ativistas ambientais ou celebridades se mobilizando publicamente. Nenhum ator de Hollywood está exigindo justiça. Nenhuma feminista está chorando por paz. Para o mundo, eles simplesmente não existem”.

“Porque o mundo está silencioso quando os cristãos na Nigéria e no Sudão estão sendo massacrados? Mulheres, crianças e idosos por grupos de Extremistas Islâmicos. Cadê a indignação?”, disse a influenciadora Melissa Mayo.

Nos comentários, muitos manifestaram indignação com a indiferença da mídia e do governo nigeriano. Além disso, declararam paz sobre a nação e afirmaram que estão orando pela Igreja Perseguida nigeriana.

Genocídio de cristãos na Nigéria

Organizações internacionais e líderes cristãos têm denunciado a escalada de violência contra comunidades cristãs na Nigéria, classificando a crise como um genocídio silencioso.

Cristãos têm sido alvos de ataques constantes de terroristas fulani, especialmente nos estados de Benue, Plateau, Kaduna e Níger. Milhares foram mortos ou sequestrados, e centenas de igrejas destruídas.

Um relatório da Sociedade Internacional para Liberdades Civis e Estado de Direito (Intersociety) revelou que, entre janeiro e agosto de 2025, 7.087 cristãos foram assassinados e 7.800 sequestrados. Segundo o documento, o país registra em média 30 mortes por dia — mais de uma por hora.

Desde 2009, estima-se que 185 mil nigerianos tenham sido mortos por grupos extremistas, sendo 125 mil cristãos e 60 mil muçulmanos liberais. Nesse período, 19 mil igrejas foram destruídas, mais de 1.100 comunidades cristãs saqueadas e 600 líderes sequestrados.

Organizações acusam o governo nigeriano de não proteger os cristãos e de falhar na punição dos terroristas. Apesar das denúncias, o governo insiste que a violência se trata de “conflitos entre agricultores e pastores fulani”, e não de perseguição religiosa.

Com isso, a crise humanitária se agrava: milhares de deslocados vivem em escolas, igrejas e abrigos improvisados, enfrentando escassez de água, alimentos e atendimento médico.

A Nigéria ocupa o 7º lugar na Lista Mundial da Perseguição 2025, segundo a Missão Portas Abertas. Para organizações de direitos humanos, o silêncio internacional diante da tragédia representa uma falha grave, especialmente no país considerado estratégico para a segurança da região do Sahel. 

Segundo a International Christian Concern (ICC) — organização sem fins lucrativos que se dedica a defender o direito de cristãos perseguidos no mundo — e líderes cristãos americanos, reconhecer a crise oficialmente é fundamental para que os culpados sejam punidos.

“Trata-se de um genocídio silencioso. A liberdade religiosa só existe quando há vontade política de protegê-la”, afirmou um porta-voz da ICC.

Recentemente, Parlamentares dos Estados Unidos pediram que a Nigéria volte à lista de “Países de Preocupação Particular (CPC), que inclui as nações com graves violações da liberdade religiosa.

Relatórios indicam que 82% dos cristãos mortos por perseguição entre 2022 e 2023 estavam na Nigéria — descrita pela ICC como “o lugar mais perigoso do mundo para os cristãos”.

“Cristãos estão sendo perseguidos e mortos por professarem sua fé em nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo”, declarou o deputado Riley Moore na rede X.

Fonte: Guiame

quarta-feira, 29 de outubro de 2025

SOMENTE CRISTO: O Verbo Encarnado e Único Salvador


O princípio reformado de Solus Christus (Somente Cristo) encontra seu fundamento mais profundo na combinação da teologia da encarnação em João 1:1-14 e a declaração de exclusividade em Atos 4:12. O Evangelho de João inicia com a afirmação solene da divindade eterna de Jesus: "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus" (João 1:1). Este Verbo (Logos), que não é uma mera palavra falada, mas a expressão racional e criadora de Deus, estava presente na Criação, sendo o agente através do qual "todas as coisas foram feitas" (João 1:3). Esta passagem estabelece que Jesus Cristo é co-eterno com o Pai, distinto em pessoa, mas idêntico em essência divina.

A teologia de João avança, revelando a singularidade de Jesus como a própria fonte de vida e luz. "Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens" (João 1:4). Ele é a luz verdadeira que, ao vir ao mundo, oferece a salvação, mas que foi rejeitada pelos seus (João 1:10-11). No entanto, a passagem culmina no milagre da Encarnação: "E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade" (João 1:14). A plena divindade (o Verbo) e a plena humanidade (se fez carne) se uniram em uma só Pessoa, Jesus de Nazaré. Esta união hipostática é o que confere a Ele a autoridade e a capacidade únicas de ser o mediador e o salvador.

A necessidade de um Salvador que fosse verdadeiramente Deus e verdadeiramente Homem é confirmada pela declaração ousada e inegável do apóstolo Pedro diante do Sinédrio, após curar um homem coxo. Em Atos 4:12, ele proclama: "E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos". Esta é a declaração de exclusividade que decorre diretamente da singularidade de Cristo. A salvação não é encontrada em filosofias, ritos religiosos, moralidade humana, ou em qualquer outra figura histórica ou espiritual.

O Nome de Jesus não é apenas um título, mas representa a sua Pessoa, sua obra e seu poder. O Verbo Eterno que se fez carne é o único que pôde viver uma vida perfeita, morrer como sacrifício substitutivo e ressuscitar, vencendo a morte. Somente Ele pôde construir a ponte sobre o abismo do pecado que separa o homem de um Deus santo. Portanto, Atos 4:12 é o corolário lógico de João 1:1-14: por ser Ele o Verbo Divino que se fez o sacrifício humano perfeito, Ele é, por necessidade divina e exclusividade de ofício, o único caminho para a redenção e a reconciliação com Deus.

Assim sendo, a doutrina do Somente Cristo não é um mero dogma, mas o cerne da identidade de Jesus e da sua missão. Ele é o Deus eterno que se tornou um ser humano para nos salvar. A sua singularidade como o "Verbo" e a sua obra salvífica o estabelecem como o "único nome" debaixo do céu capaz de outorgar a salvação. Esta verdade central sustenta toda a fé cristã: a salvação é inteiramente dependente da Pessoa e da Obra de Jesus Cristo, e de mais ninguém.

Em conclusão, a doutrina do Somente Cristo é a pedra angular da fé. Ela une a teologia sublime de João 1-14, que apresenta Jesus como Deus manifestado na carne, com a proclamação inegociável de Atos 4:12, que o declara como o único Salvador. Para o cristão, não há plano B, nem alternativa, nem pluralidade de caminhos: a vida eterna é acessível "somente" através da fé no Verbo Encarnado, o Único e Suficiente Salvador.

Pr. Eli Vieira

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