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terça-feira, 9 de dezembro de 2025

Ex-muçulmano que se tornou evangelista secreto leva ateus e islâmicos a Jesus

 Imagem ilustrativa. (Foto: Unsplash/Ahmad Bader).

Shahrokh lidera um grupo de recuperação para dependentes químicos. Através do ministério, ele levou muitos a Cristo.

Shahrokh era um muçulmano que lutava contra o vício em drogas, no Irã. Até que ele conheceu o Evangelho e foi liberto por Jesus.

O homem deixou o Islã e se converteu a Cristo. Após ser transformado por Deus, Shahrokh começou a liderar um grupo de recuperação para dependentes químicos. 

Mesmo consciente dos riscos de pregar o Evangelho no país islâmico, ele evangeliza os viciados e já levou muçulmanos e ateus a Jesus.

O Irã possui o maior número per capita de viciados em drogas do mundo. É comum o vício em drogas opiáceas, como heroína, ópio e fentanil. Quase 3% dos iranianos com mais de 15 anos — mais de 2 milhões de pessoas — são viciados em opiáceos e outros tipos de drogas.

No Irã, líderes cristãos como Shahrokh podem ser presos acusados de "agir contra a segurança nacional" caso forem pegos levando muçulmanos a Cristo.

Interrogado 

O evangelista já enfrentou interrogatório por seu ministério com viciados. Certa vez, um oficial convocou o cristão para ir ao seu escritório falar sobre seu trabalho.

O oficial de segurança sabia que Shahrokh havia se convertido e queria impedir que ele evangelizasse outros iranianos. Então, ele tentou incriminar o cristão com perguntas.

Mas, guiado pelo Espírito Santo, Shahrokh se saiu bem no interrogatório e lembrou que seu grupo estava ligado a uma organização internacional que já está registrada no Irã.

Tentando irritar o cristão, o oficial criticou os participantes do seu grupo que haviam se convertido à fé cristã.

"Se algumas dessas pessoas recorrem a Cristo em busca de ajuda e libertação para não retornar ao vício, então elas não fizeram nada de errado", respondeu Shahrokh com ousadia. 

"Você deveria estar feliz que essas pessoas no nosso país não estão mais usando drogas”.

Em seguida, o oficial mostrou uma lista de 400 moradores da cidade que aceitaram Jesus e perguntou se o evangelista os conhecia.

Shahrokh disse que não conhecia aqueles crentes e o oficial perguntou irritado: “Por que está mentindo? Se você e seus amigos não os evangelizaram, como eles se tornaram cristãos?".

E o evangelista assegurou: "Estou pronto para jurar pela Bíblia como minha testemunha que não estou mentindo".

E ainda pediu: “Nos dê os endereços dessas pessoas para que possamos identificá-las e perguntar como se tornaram cristãs".

"Você não pode parar a obra de Deus”

Surpreso com a ousadia de Shahrokh, o oficial se convenceu que ele não conhecia as pessoas da lista e pediu que ele explicasse o motivo de tantos iranianos estarem deixando o Islã para seguir Cristo.

"Você não pode parar a obra de Deus. Se uma pessoa tem um sonho com Jesus ou [se] Deus se revela diretamente em uma visão e a atrai para Si, ou se ela viu um milagre de Cristo e o segue, então ninguém tem culpa aqui. Você não pode bloquear os métodos divinos que Deus usa para encontrar os seres humanos”, declarou o evangelista.

“Você pode fechar atividades sociais cristãs e igrejas domésticas ou colocar líderes cristãos na prisão, mas não pode impedir que as pessoas tenham sonhos ou visões. Você não pode colocar Jesus Cristo na prisão. Você não pode parar a obra do Espírito Santo. Ele está trabalhando, e de diferentes maneiras revela a verdade às pessoas”.

Abalado pelas palavras de Shahrokh, o oficial o liberou e nunca mais o convocou para interrogatório.

O evangelista continua discipulando cerca de 80 pessoas de seu grupo de recuperação. "Glória ao nome do Senhor pela sua grande e ilimitada obra que ocorre acima dos planos dos inimigos e políticos”, celebrou ele.

Perseguição no Irã

O Irã é um país predominante muçulmano e o governo islâmico persegue os cristãos, proibindo igrejas, Bíblias e evangelismo. 

Líderes e cristãos descobertos podem enfrentar prisão e tortura, principalmente se deixaram o Islã para seguir a Cristo, já que renunciar ao islamismo é proibido pela Sharia (lei islâmica).

Apesar da forte perseguição, a igreja iraniana é a que mais cresce no mundo. O país ocupa a 9ª posição da Lista Mundial da Perseguição 2025 da Missão Portas Abertas.


Fonte: Guiame, com informações de Voz dos Mártires

‘Senti o Espírito Santo todos os dias na prisão’, diz pastor chinês libertado após 12 anos


 O pastor Zhang Shaojie cumprindo sua sentença de 12 anos de prisão na China; e após a libertação. (Fotos: China Aid/ Release International)

Preso desde 2013, o pastor Zhang Shaojie agradeceu sua libertação no mês de Ação de Graças, dizendo ser prova da graça de Deus.

O pastor chinês Zhang Shaojie foi libertado em 16 de novembro, após cumprir integralmente a pena de 12 anos de prisão.

Natural da província de Henan e atualmente com 59 anos, ele expressou profunda gratidão pela liberdade, destacando o apoio recebido de organizações internacionais ao longo dos últimos anos.

“Sair da prisão neste mês de Ação de Graças é, para mim, uma prova da graça de Deus”, afirmou Shaojie.

“Senti a presença do Espírito Santo todos os dias durante minha prisão”, foi uma das primeiras coisas que o pastor disse após sua libertação.

Ele explicou que foi isso que o manteve firme. Também agradeceu o apoio internacional, acreditando que “do contrário, talvez não estivesse aqui hoje e poderia ter ‘desaparecido’.”

Zhang foi preso em 2013 após uma disputa por um terreno adquirido pela Igreja Cristã do Condado de Nanle, que ele liderava, para a construção de um templo.

Crescimento da igreja

De acordo com a Release International, os membros da igreja perceberam rapidamente que as autoridades buscavam destituí-lo para assumir o controle da propriedade e conter o crescimento da congregação.

Durante o julgamento, as acusações contra Zhang mudaram: inicialmente, ele foi acusado de obstrução do trabalho oficial e incitação à desordem pública, mas posteriormente a acusação foi reduzida para fraude, segundo a Comissão EUA para a Liberdade Religiosa Internacional.

O caso ganhou repercussão internacional. Em 2017, os políticos americanos Marco Rubio e Chris Smith enviaram uma carta ao então secretário de Estado Rex Tillerson, destacando relatos de abusos durante a custódia.

Segundo o documento, um administrador provincial teria recebido ordens para manter Zhang sob vigilância rigorosa. Ele foi privado de sono e alimentação e permaneceu sob constante observação.

O caso de Zhang não é isolado. Organizações cristãs relatam há anos o aumento da pressão sobre igrejas e fiéis na China.

Comunismo

Observadores afirmam que o Partido Comunista Chinês busca colocar as comunidades religiosas sob controle estatal total. Entre os exemplos citados estão a remoção de cruzes das igrejas, a prisão de pastores e a inclusão de princípios comunistas nos cultos.

Durante uma audiência no Congresso americano, Sam Brownback, ex-governador do Kansas, alertou os legisladores sobre a grave ameaça representada pela ofensiva da China contra a liberdade religiosa.

“A China está em guerra com a fé, e está em guerra conosco”, afirmou Brownback. “A China teme a liberdade religiosa mais do que teme nossos porta-aviões ou nossas armas nucleares. Se o maior Estado autoritário do mundo conseguir erradicar a liberdade religiosa sem consequências, isso minará a autoridade dos valores fundadores da América e sua liderança global.”

Família perseguida

Após a condenação do pastor Zhang em julho de 2014, seus pais idosos foram assediados e ameaçados, e o Departamento de Segurança Pública do Condado de Nanle confiscou um carro pertencente à sua filha mais velha, Zhang ‘Yunyun’ Huixin, hoje conhecida como Esther.

Ela, o marido Sun Zhulei e o bebê Sun ‘Jesse’ Jiexi se esconderam após repetidas ameaças telefônicas de autoridades e, posteriormente, fugiram da China.

Outra filha, Zhang ‘Shanshan’ Lingxin, foi sequestrada de forma violenta por agentes e mantida detida por mais de uma semana.

A irmã do pastor, Zhang Cuijuan, cumpriu uma pena de 18 meses de prisão por sua participação nos protestos da igreja.

A esposa do pastor, Wang Fengrui, é portadora de deficiência.

Para o pastor Shaojie, sua libertação representa uma notícia extraordinária e a oportunidade de recomeçar. Ao mesmo tempo, sua trajetória evidencia que a pressão sobre os cristãos na China continua a se intensificar.

A China entrou para o Índice Global de Perseguição da International Christian Concern (ICC) em 2025 e, no ano anterior, foi classificada pelo Departamento de Estado dos EUA como “País de Preocupação Particular”.


Fonte: Guiame, com informações da Roys Report e ChinaAid

sexta-feira, 28 de novembro de 2025

França alerta para crescente ameaça islâmica contra cristãos

 

Na França, houve diversas agressões contra cristãos e ataques a locais de culto. (Foto: Marion Lhn / Unsplash)

O relatório da Direção Geral de Segurança Interna evidencia como a retórica anticristã se converteu em violência concreta, com inúmeros ataques recentes.

A inteligência interna da França emitiu um alerta sobre o aumento da ameaça às comunidades cristãs, segundo um relatório confidencial obtido pelo Le Figaro, que relaciona os recentes ataques na Europa a décadas de propaganda jihadista.

O alerta foi emitido após o ataque de 10 de setembro, em Lyon, contra Ashur Sarnaya, um cristão iraquiano que usa cadeira de rodas, episódio que, segundo os investigadores, evidencia a persistente obsessão jihadista em atacar cristãos.

Segundo a Direção Geral de Segurança Interna (DGSI), grupos islâmicos têm reiteradamente mirado os cristãos, os classificando como “infiéis” ou “idólatras”.

O relatório aponta que essa narrativa se apoia em propaganda antiga que retrata os cristãos como “cruzados” e recorre a referências às Cruzadas, à colonização europeia e às recentes operações militares ocidentais.

Retórica anticristã

O documento da DGSI evidencia como a retórica anticristã se converteu em violência concreta.

Em 1998, Osama bin Laden, líder da Al-Qaeda, publicou uma fatwa conclamando ataques contra “judeus e cruzados”.

Ashur Sarnaya era muito ativo nas redes sociais e publicava vídeos regularmente sobre sua fé cristã. (Foto: Reprodução/Eastern christians)

A fatwa é uma decisão ou parecer jurídico emitido por um estudioso islâmico (mufti) sobre questões religiosas, sociais ou legais, com base na interpretação da sharia (lei islâmica).

O sucessor de bin Laden, Ayman al-Zawahiri, reforçou essa visão ao descrever o cenário global como um confronto entre “os cruzados e seus aliados” e os muçulmanos.

O Estado Islâmico recorreu diversas vezes a uma retórica semelhante, prometendo em 2014 que “conquistaremos sua Roma, quebraremos suas cruzes e escravizaremos suas mulheres... Elas venderão seus filhos no mercado de escravos”.

Em 2015, a revista em língua francesa do grupo, Dar al-Islam, incentivou ataques a igrejas para “incutir medo em seus corações”, enquanto a agência jihadista Thabat divulgou, em árabe, uma declaração condenando a “islamofobia” e conclamando o uso de facas ou veículos como armas, com foco específico em locais cristãos de culto.

Efeitos devastadores

Na Argélia, durante os anos 1990, o Grupo Islâmico Armado assassinou pelo menos 19 líderes religiosos.

No Paquistão, nos anos 2000, a Al-Qaeda atacou comunidades cristãs locais. Já em 2015, o Estado Islâmico executou 21 cristãos coptas egípcios na Líbia.

A Europa também foi alvo de ataques: o atentado que matou 12 pessoas no mercado de Natal de Berlim em 2016, o assassinato do padre Jacques Hamel em Saint-Étienne-du-Rouvray, e o ataque à basílica de Nice em 2020 – todos evidenciam a vulnerabilidade do continente.

Dados do Observatório sobre Intolerância e Discriminação contra Cristãos na Europa (OIDAC) apontam para uma crescente onda de violência anticristã no continente.

Apenas em 2024, a Alemanha registrou 337 incidentes, incluindo 33 incêndios criminosos em igrejas.

Na França, houve diversas agressões contra fiéis e ataques a locais históricos, como o incêndio em Saint-Omer e o uso de gás lacrimogêneo durante cultos adventistas em Dijon.


Fonte: Guiame, com informações do European Conservative

Presidente de El Salvador diz que queda de gangues é fruto de oração: “Guerra espiritual”

 Nayib Bukele. (Foto: Wikimedia Commons/Casa Presidencial).

Nayib Bukele afirmou que sua principal estratégia para combater o crime foi orar, em meio a uma guerra espiritual.

Durante décadas, El Salvador foi conhecida como a "capital do crime" do mundo, devido a gangues que aterrorizaram a população.

As facções MS-13 e Barrio 18 controlavam áreas urbanas e rurais, incluindo parte da capital San Salvador. 

No seu auge, as duas facções chegaram a ter 70.000 integrantes. Os criminosos eram temidos por seus métodos de crueldade e enriqueciam extorquindo comerciantes locais — estima-se que o crime prejudicava 16% do PIB nacional.

Após vencer as eleições presidenciais em 2019, Nayib Bukele iniciou o "Plano de Controle Territorial", com o objetivo de combater o crime e diminuir o número de assassinatos.

O presidente estabeleceu um regime de exceção e realizou prisões em massa, com mais de 80.000 supostos membros de gangues capturados.

O plano do presidente Bukele fez o número de assassinatos cair de 36 assassinatos para 1,9 a cada 100. 000 habitantes. A taxa é a menor da América Latina e mais de dez vezes inferior à do Brasil.  

Guerra espiritual

Em uma entrevista ao jornalista americano Tucker Carlson, transmitida no ano passado, ele afirmou que o sucesso de sua "guerra" contra as facções foi fortalecer a polícia e dobrar o Exército, mas que a verdadeira chave foi a oração.

Conforme o presidente, foi um milagre pacificar El Salvador e que sua principal estratégia para combater as gangues foi orar.

“Em algumas semanas, o país foi transformado. O verdadeiro segredo era a oração. Nossa vitória impressionante se deve ao fato de termos vencido a guerra espiritual de maneira muito rápida", testemunhou.

Bukele recordou que estava em seu escritório de madrugada, observando o que acontecia e tentando decidir o que fazer "porque, quando querem criar terror, podem atacar qualquer pessoa" e tinham "6 milhões de alvos possíveis".

"Era uma tarefa impossível, porque tínhamos que ir atrás deles, e eles estavam entremeados com a população em todos os lugares, matando aleatoriamente. Tentamos descobrir o que fazer e eu disse: 'Estamos diante de uma missão impossível. Então oramos'”, revelou.

Nayib Bukele, que está em seu segundo mandato, ainda afirmou que as gangues que atuam em El Salvador são satânicas e realizam sacrifícios de bebês à “Besta”.

"À medida que a organização crescia, tornou-se satânica. Começaram a fazer rituais satânicos", explicou.


Fonte: Guiame, com informações de The Tucker Carlson Interview e Veja

A Soberania e a Bondade do Senhor

 


A Soberania e a Bondade do Senhor

Naum 1:7

O livro do profeta Naum, embora trate primariamente do julgamento iminente de Nínive, a capital do império Assírio, apresenta no versículo 7 de seu primeiro capítulo uma das mais belas e reconfortantes declarações sobre o caráter de Deus. A passagem afirma: "O Senhor é bom, um refúgio em tempos de angústia. Ele conhece aqueles que nele confiam" (Naum 1:7). Este versículo serve como um farol de esperança em meio às densas nuvens de condenação. Ele revela a natureza dual e perfeitamente equilibrada do Criador: Ele é o Juiz soberano que executa a justiça, mas também o guardião compassivo que oferece abrigo e segurança aos Seus fiéis.

A primeira parte da declaração, "O Senhor é bom," estabelece o fundamento de Sua relação com a humanidade. Esta bondade não é apenas uma característica superficial, mas a essência de Seu ser. É por causa de Sua bondade intrínseca que Ele pode ser um Refúgio confiável. O termo "refúgio" evoca a imagem de um lugar inexpugnável, uma fortaleza segura contra as tempestades da vida.Em um contexto de guerra e opressão, como era a ameaça assíria, a promessa de um abrigo divino em "tempos de angústia" era uma âncora vital para o povo de Judá. Isso ensina que, mesmo quando o caos prevalece no mundo, há uma fonte de paz e proteção que permanece inabalável.

A promessa de refúgio se torna ainda mais pessoal e significativa com a afirmação: "Ele conhece aqueles que nele confiam." O verbo hebraico para "conhecer" (yada) é rico em significado e vai além de um mero reconhecimento intelectual; ele implica um relacionamento íntimo, pessoal e de cuidado profundo. O Senhor não apenas sabe quem são Seus fiéis, mas está ativamente ciente de suas lutas, necessidades e caminhos. Essa proximidade divina é a garantia de que o refúgio prometido não é aleatório, mas é direcionado especificamente para aqueles que escolhem a confiança (hāsāh) n'Ele.

A confiança, portanto, é a condição essencial para acessar a bondade e o refúgio de Deus. No contexto profético, confiar no Senhor significava rejeitar a tentação de buscar alianças políticas com nações vizinhas ou depender da própria força militar para escapar da ameaça assíria. Significava colocar a fé na Sua soberania e poder de livramento, independentemente das circunstâncias visíveis. Naum 1:7, ao destacar esta confiança, traça uma clara linha de demarcação entre os ímpios — que enfrentarão o Seu julgamento (descrito nos versículos circundantes) — e os justos, que serão resguardados.

Portanto, Naum 1:7 é um versículo de profundo conforto teológico. Ele oferece um contraponto crucial à mensagem de condenação que o livro carrega, transformando o temor do Juiz na segurança do Guardião. A bondade do Senhor é a Sua natureza imutável; o refúgio é Sua provisão garantida; e o conhecimento íntimo é a Sua conexão pessoal com os fiéis. Para os leitores de hoje, a mensagem permanece a mesma: em meio a crises, incertezas e adversidades pessoais ou globais, a melhor e única resposta verdadeira é a confiança inabalável naquele que é bom e que tem o controle de todas as coisas.

Pr. Eli Vieira - SDG

quinta-feira, 27 de novembro de 2025

O Poder da Gratidão Além das Circunstâncias


O Dia de Ação de Graças nos convida anualmente a uma pausa reflexiva. No cerne desta celebração, encontramos um princípio atemporal e profundamente desafiador, encapsulado em 1 Tessalonicenses 5.18: "Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco." Esta passagem eleva a gratidão de um mero sentimento de cortesia a um imperativo existencial e espiritual. Ela sugere que a verdadeira força do espírito humano reside na capacidade de agradecer, não apenas por eventos favoráveis, mas em meio a todas as circunstâncias da vida.

Naturalmente, encontramos facilidade em expressar gratidão quando a mesa está farta, a saúde está plena e os planos se concretizam. Agradecer pela colheita, pela família reunida e pelo sucesso alcançado é um reflexo espontâneo da alma. Contudo, o texto bíblico nos lança um desafio muito maior ao utilizar a expressão "em tudo". Este mandamento impede que a nossa gratidão seja condicional, presa à flutuação das marés da prosperidade. Ele nos força a reconhecer que a vida é composta de altos e baixos, e que a fé se manifesta plenamente quando o nosso louvor persiste, mesmo quando o cenário externo é desfavorável.

A gratidão exigida não é um convite à ingenuidade ou à negação da dor. Dar graças em tudo não significa dar graças pelas tragédias ou pelo sofrimento em si. Significa, sim, que no momento da provação, escolhemos reconhecer a presença sustentadora, a lição aprendida ou o fortalecimento de nosso caráter. É a decisão consciente de enxergar além da crise imediata, encontrando o fio da esperança e da resiliência. Essa postura é um ato de profunda fé, pois exige que confiemos que há um propósito maior sendo tecido, mesmo quando nossos olhos não conseguem discerni-lo.

O poder desta gratidão incondicional é transformador. Ela opera como um antídoto contra a ansiedade e a murmuração, libertando o indivíduo da prisão do vitimismo e do foco excessivo nas perdas. Ao invés de nos concentrarmos no que o destino nos tirou, somos compelidos a valorizar o que nos foi dado e o que restou. Essa mudança de perspectiva é a chave para a paz interior, garantindo que o nosso contentamento não seja determinado pela instabilidade do mundo, mas sim pela firmeza de uma convicção interna: a de que somos amparados e providos em cada estação pela providência de Deus.

Neste Dia de Ação de Graças, somos chamados a ir além da refeição festiva e internalizar a essência de 1 Tessalonicenses 5.18. Que este princípio se torne menos uma obrigação religiosa e mais uma disciplina diária, um hábito do coração. Ao cultivarmos a gratidão em tudo, liberamos um poder capaz de iluminar as circunstâncias mais escuras e de transformar a adversidade em testemunho de perseverança. Que a nossa vida seja, a cada amanhecer, uma contínua e inabalável ação de graças a Deus que está no controle de tudo.

Feliz Dia de Ação de Graças!

Pr. Eli Vieira

 

Ebenézer: Um Memorial que Fala Hoje

 

Ebenézer: Um Memorial que Fala Hoje

O ato do profeta Samuel ao erguer uma pedra entre Mispa e Sem, conforme narrado em 1 Samuel 7:12, transcende o registro de uma vitória militar antiga; ele estabelece um princípio espiritual eterno. Após o povo de Israel derrotar os filisteus — não pela força das armas, mas pela intervenção divina após um arrependimento sincero —, Samuel sentiu a necessidade de tangibilizar aquele milagre. Ao chamar a pedra de Ebenézer, ou "Pedra de Ajuda", ele criou um ponto de referência físico para uma verdade espiritual. Aquele monumento servia como uma testemunha silenciosa, mas eloquente, de que a sobrevivência e o triunfo da nação não eram obras do acaso, mas da providência intencional de Deus.

A relevância desse memorial para os dias de hoje reside, primeiramente, na nossa luta constante contra o esquecimento. A natureza humana tende a ter uma memória curta para as bênçãos e uma memória longa para as dores. Quando a crise passa e a calmaria chega, é fácil esquecer o desespero que sentimos e o alívio que recebemos. O Ebenézer nos ensina que a gratidão precisa ser cultivada e, muitas vezes, materializada. Precisamos de "marcos" em nossa história — sejam datas, anotações ou momentos de celebração — que nos forcem a olhar para trás e reconhecer que houve um socorro divino quando nossos recursos haviam se esgotado.

Além disso, a expressão "Até aqui nos ajudou o Senhor" carrega uma profunda lição de humildade e dependência. Em um mundo que exalta a autossuficiência e o "self-made man", o memorial de Samuel é um lembrete contracultural de que nossas conquistas não são fruto exclusivo de nossa inteligência ou esforço. Reconhecer o "auxílio do Senhor" é admitir que somos limitados e que, em diversos momentos da jornada, teríamos sucumbido se não fosse a mão sustentadora de Deus. Esse reconhecimento não nos diminui; pelo contrário, retira de nossos ombros o peso insuportável de termos que controlar todas as variáveis de nossa existência.

O memorial também fala sobre a continuidade da vida e a renovação da esperança. A frase "até aqui" demarca um tempo, mas não encerra a história. Ela sugere que a jornada possui etapas e que o Deus que foi fiel no passado (o "até aqui") permanece soberano sobre o futuro (o "daqui para frente"). O Ebenézer funciona como um combustível para a fé: ao olharmos para a "pedra" e lembrarmos dos livramentos anteriores, ganhamos coragem para enfrentar os desafios desconhecidos que ainda virão. A memória da fidelidade de Deus no ontem é a base da nossa confiança para o amanhã.

Por fim, o Ebenézer nos convida a uma vida de adoração contínua e consciente. Não precisamos erguer monumentos de pedra literais, mas devemos erguer altares de gratidão em nossos corações. Cada dia vencido, cada obstáculo superado e cada livramento — percebido ou não — deve nos levar a repetir a confissão de Samuel. Que este texto bíblico não seja apenas uma narrativa histórica, mas um espelho onde enxergamos nossa própria trajetória, reconhecendo que, se estamos de pé hoje, é porque a bondade de Deus nos trouxe até este lugar.

Pr. Eli Vieira

Tribunal decide que países da União Europeia serão obrigados a reconhecer casamentos gay

 Complexo do Tribunal de Justiça da União Europeia em Luxemburgo, com bandeiras dos países da EU. (Foto: Creative Commons)

A Polônia negou o reconhecimento, alegando que sua legislação proíbe casamentos entre pessoas do mesmo sexo.

A principal corte da União Europeia (UE) decidiu, nesta terça-feira (25), que os casamentos entre pessoas do mesmo sexo devem ser reconhecidos em todos os países do bloco.

O tribunal criticou a Polônia por não aceitar o registro de um casamento realizado na Alemanha – onde o casamento é legalizado desde 2017 e a união civil desde 2001 – entre dois cidadãos poloneses.

Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE) afirmou que a Polônia agiu de forma incorreta ao não reconhecer o casamento dos dois homens quando eles retornaram ao país.

A Polônia justificou sua negativa com base na legislação do país que proíbe uniões entre pessoas do mesmo sexo.

Casamento apenas entre homem e mulher

Donald Tusk, primeiro-ministro da Polônia e líder do partido centrista Plataforma Cívica, é conhecido por sua postura pró-União Europeia e pela defesa de políticas liberais e de integração.

Ex-presidente do Conselho Europeu, Tusk afirmou que o projeto para reconhecer uniões homoafetivas no país enfrenta entraves devido à resistência de um parceiro conservador dentro da coalizão governista.”

O presidente conservador da Polônia, Karol Nawrocki, declarou que vetaria “qualquer projeto que enfraqueça o status do casamento protegido constitucionalmente”.

Na Polônia, a Constituição define o casamento como uma união exclusivamente entre um homem e uma mulher, um princípio considerado essencial para a proteção da família tradicional.

Essa cláusula é vista pelos setores conservadores como inegociável, e qualquer tentativa de mudança – como a legalização do casamento homoafetivo – é interpretada como uma violação constitucional.

Reconhecimento dos Estados-membros

Após receber a questão dos tribunais poloneses, o Tribunal concluiu que “recusar o reconhecimento de um casamento entre dois cidadãos da União, celebrado legalmente em outro Estado-Membro onde exerceram a sua liberdade de circulação e de residência, é contrário ao direito da UE, porque infringe essa liberdade e o direito ao respeito pela vida privada e familiar”.

Embora a UE não possa obrigar seus Estados-membros a legalizar o casamento gay, determina agora que qualquer união válida em um país que o permita seja reconhecida por todos os demais integrantes do bloco.

Assim, o estado civil de qualquer cidadão da União Europeia deve ser reconhecido em todo o território dos 27 países.

Dessa forma, nações como Romênia, Bulgária e Letônia, onde não há previsão legal para uniões entre pessoas do mesmo sexo, terão de aceitar esse tipo de casamento quando realizado em outro país do bloco.


Fonte: Guiame, com informações da Reuters e RFI

quarta-feira, 26 de novembro de 2025

Mais de 500 pessoas aceitam Jesus nas ruas da Bélgica: “Deus se moveu”

 A ação contou com mais de 90 cristãos pregando nas ruas. (Foto: Reprodução/Instagram/Go Revival Europe).

A ação da missão Go Revival Europe contou com mais de 90 cristãos de diferentes igrejas, anunciando Jesus em locais públicos de Antuérpia.

Cristãos de diferentes igrejas se uniram para pregar o Evangelho nas ruas da Bélgica, no último sábado (22).

A ação, organizada pela missão Go Revival Europe, contou com mais de 90 crentes pregando Jesus em locais públicos da cidade de Antuérpia.

Antes de saírem às ruas, os cristãos oraram juntos em uma igreja local. Logo depois, os evangelistas pregaram em esquinas, abordaram pedestres para evangelismo pessoal e promoveram momentos de adoração.

Eles também compartilharam a mensagem de salvação através de placas evangelísticas. 

Como resultado do evangelismo em massa, mais de 500 de pessoas aceitaram Cristo como seu Salvador e Senhor.

“Foi inesquecível. Igrejas diferentes, ministérios diferentes todos se unindo, Deus se moveu de uma forma poderosa”, testemunhou a Go Revival Europe, em vídeo no Instagram.

“Acreditamos que este é o momento de nos dedicarmos ao Evangelho como nunca antes, porque Jesus voltará em breve”, enfatizou a missão.

Colheita na Europa

Em agosto deste ano, a Go Revival Europe pregou o Evangelho em locais públicos da França, Bélgica, Holanda e Alemanha em uma ação chamada de “Maratona de Evangelismo”.

Durante 30 dias, equipes de evangelistas, a maioria jovens, evangelizaram em parques, praças e ruas. Eles também realizaram momentos de adoração e ofereceram oração.

A Maratona foi marcada por milagres e batismos espontâneos. “Vimos Deus agir de uma forma poderosa, multidões se reuniram para ouvir o Evangelho, corações foram tocados, enfermos foram curados e vidas foram completamente transformadas pelo poder de Jesus!”, relatou a missão, em postagem no Instagram, na época.

No total, 1.328 pessoas aceitaram Jesus como seu Salvador, 51 pessoas foram curadas pelo poder de Deus e 7 foram batizadas.


Fonte: Guiame

sexta-feira, 21 de novembro de 2025

O Padrão Divino: Princípios de Crescimento da Igreja em Atos

 

O Padrão Divino: Princípios de Crescimento da Igreja em Atos

O livro de Atos dos Apóstolos permanece como o manual definitivo para entender o crescimento genuíno da Igreja. Longe de ser um mero registro histórico, ele estabelece um padrão divino de como uma pequena comunidade de discípulos, sem recursos humanos aparentes, "transtornou o mundo" em poucas décadas. O princípio fundamental que alicerça todo o livro é a dependência absoluta do Espírito Santo. Conforme instruído por Jesus em Atos 1:8, a igreja não deveria dar um passo sequer antes de ser "revestida de poder". A expansão explosiva vista no Pentecostes e além não foi fruto de planejamento estratégico humano, mas a consequência inevitável de uma comunidade cheia e guiada pelo Espírito de Deus, demonstrando que o verdadeiro crescimento é sempre uma obra sobrenatural.

Em segundo lugar, Atos nos mostra que o conteúdo da mensagem é crucial. O crescimento numérico da igreja primitiva estava diretamente atrelado à pregação fiel e ousada do Evangelho, focada na morte e ressurreição de Jesus Cristo. Os apóstolos não ofereciam mensagens de autoajuda ou filosofias morais; eles proclamavam o senhorio de Cristo, confrontando o pecado e chamando ao arrependimento. Essa mensagem cristocêntrica, embora muitas vezes ofensiva ao mundo, provou ser "o poder de Deus para a salvação". A lição é clara: a igreja cresce de forma saudável quando não dilui a mensagem da cruz para agradar a cultura, mas confia no poder transformador da Palavra de Deus.

Além da pregação, o terceiro pilar do crescimento em Atos era a qualidade irresistível da vida comunitária, a koinonia. A descrição em Atos 2:42-47 revela uma igreja onde a doutrina era vivida na prática através do amor mútuo, da partilha de bens e da alegria singela. Em uma sociedade romana fragmentada pelo egoísmo e divisões de classe, a visão de um povo que cuidava genuinamente uns dos outros era um testemunho poderoso. A saúde interna da comunidade tornava-se seu maior atrativo externo, provando que o evangelismo mais eficaz muitas vezes é a demonstração visível do amor de Cristo entre seus seguidores.

Paradoxalmente, o quarto princípio de crescimento encontrado em Atos é a utilização divina da oposição e do sofrimento. A igreja primitiva não cresceu apenas em tempos de paz; ela se expandiu vigorosamente em meio à perseguição. Quando os crentes foram dispersos após o martírio de Estêvão (Atos 8), o que parecia ser um revés tornou-se o catalisador para levar o Evangelho além da Judeia e Samaria. Em vez de recuar diante das ameaças, a igreja respondia com oração fervorosa, pedindo não por segurança, mas por mais ousadia para pregar (Atos 4:29). Atos nos ensina que as crises, quando enfrentadas com fé e oração, tornam-se oportunidades divinas para a expansão do Reino.

Em conclusão, os princípios de crescimento em Atos dos Apóstolos desafiam as noções modernas de sucesso eclesiástico, muitas vezes baseadas em números e estruturas. O modelo bíblico nos lembra que o crescimento sustentável é um organismo vivo alimentado pelo Espírito Santo, fundamentado na pregação inflexível de Cristo, evidenciado por uma comunhão radical e fortalecido através da oração em meio às adversidades. Quando a igreja hoje se alinha a esses princípios divinos, ela pode esperar experimentar o mesmo fenômeno descrito por Lucas: o próprio Senhor acrescentando dia a dia os que hão de ser salvos.

Pr. Eli Vieira - SDG

Meninas cristãs são sequestradas por homens armados em escola na Nigéria

 


Um grupo de criminosos fortemente armados invadiu um colégio feminino e raptou cerca de 25 alunas, na última segunda-feira (17).

Mais de 20 meninas foram sequestradas em uma escola feminina na Nigéria, na última segunda-feira (17).

Segunda a Missão Portas Abertas, o rapto aconteceu pela madrugada no colégio Government Girls Comprehensive Secondary, em Maga, no estado de Kebbi. Entre as vítimas havia alunas cristãs.

De acordo com um comunicado divulgado pelas forças policiais da Nigéria, “um grupo de bandidos invadiu a escola, disparando aleatoriamente com armas sofisticadas. As unidades táticas da polícia entraram em confronto armado, mas o grupo já havia escalado o muro e sequestrado 25 estudantes”.

Ainda não há informações sobre quantas meninas cristãs estão entre as raptadas. Fontes locais da Portas Abertas relataram que elas foram levadas pelos criminosos para uma área de vegetação próxima.

O motivo do ataque ainda é desconhecido, já que os sequestrados ainda não entraram em contato com os pais ou com a escola.

“Parceiros locais da Portas Abertas estão investigando o caso para compartilhar atualização sobre as meninas quando possível", informou a missão.

Onda de sequestros

A mídia nigeriana e a Portas Abertas têm denunciado o aumento de sequestros no país. Comunidades cristãs têm sido alvo de radicais islâmicos, que transformaram o rapto em um negócio lucrativo.

Grace, uma cristã local que foi sequestrada por radicais fulani e conseguiu escapar do cativeiro, relatou que sequestros se espalharam em toda a Nigéria e a comunidade cristã corre risco extremo.

“É muito perigoso e não somos livres. Existem algumas áreas onde não podemos declarar nossa fé livremente porque temos medo e, mesmo durante os cultos de domingo, precisamos de seguranças”, explicou.

“Você ouve falar quase todos os dias de alguém que foi sequestrado para resgate. E algumas das pessoas que foram sequestradas comigo ainda estão em cativeiro. Na maioria das áreas da Nigéria, tememos que eles possam atacar novamente”.

Conforme um recente relatório da Sociedade Internacional para Liberdades Civis e Estado de Direito (Intersociety), 7.800 outros cristãos foram detidos e sequestrados devido à sua fé, de 1º de janeiro a 10 de agosto deste ano, na Nigéria.

Além disso, mais de 7 mil cristãos foram assassinados por extremistas islâmicos e terroristas fulani no país. 


Fonte: Guiame, com informações de Portas Abertas

Terroristas atacam cristãos durante culto na Nigéria; ação foi transmitida ao vivo

 

Igreja Apostólica de Cristo é atacada por jihadistas durante culto. (Captura de tela/Instagram/Lindaikejiblog)

Os 4 terroristas agiram cerca de cinco minutos, atirando e saqueando os fiéis; familiares percorrem hospitais e postos de vigilância em busca de notícias dos desaparecidos.

Uma transmissão ao vivo registrou o momento em que jihadistas armados invadiram um culto na Igreja Apostólica de Cristo (CAC, sigla em inglês), na cidade de Eruku, Estado de Kwara, e abriram fogo contra os fiéis.

O ataque, ocorrido na manhã de terça-feira (18), mostrou em tempo real a vulnerabilidade das comunidades cristãs na região central da Nigéria, que há anos sofrem com violência religiosa e sequestros.

A gravação, feita durante a celebração, mostra o interior silencioso da igreja instantes antes de os terroristas encapuzados entrarem e dispararem contra a congregação.

A CAC pertence a uma das maiores denominações pentecostais do país, com forte presença em áreas rurais.

Segundo autoridades de segurança locais, o ataque foi organizado por uma célula de jihadistas que atua no corredor entre os Estados de Kwara, Kogi e Níger – uma rede flexível envolvida em sequestros, invasões de vilarejos e ataques a igrejas.

Sequestros, mortes e estupros

Embora nenhum grupo tenha reivindicado a ação, investigadores afirmam que o modo de operação é idêntico ao de ataques anteriores atribuídos a extremistas islâmicos que frequentemente sequestram, estupram e matam cristãos para obter resgates ou vendê-los como escravos.

Fontes médicas e moradores de Eruku relataram que ao menos cinco fiéis foram mortos dentro do templo e mais de doze ficaram feridos, alguns gravemente. Vários membros da igreja foram ainda sequestrados, sendo levados em direção à mata que circunda a cidade.

A testemunha Ejire-Adeyemi relatou que Segun Ajala, um vigilante, sofreu ferimentos a bala e foi “levado às pressas para o Hospital ECWA, em Eruku, para tratamento médico”.

Ela identificou os mortos no ataque como Tunde Ajayi e outro homem identificado apenas como Sr. Aderemi. Este último, segundo a polícia, foi encontrado morto a tiros dentro da igreja, enquanto o corpo do primeiro foi descoberto no mato.

Outras testemunhas afirmam que os agressores chegaram em motocicletas, abriram fogo dentro da igreja e recolheram telefones e pertences pessoais antes de fugir. Esse é um padrão já conhecido das operações de grupos extremistas na região.

'Terroristas retornaram horas depois'

“Os terroristas voltaram à cidade por volta das 23h20”, relatou outra fonte, que recebeu a informação de um viajante retido na estrada Ilorin–Egbe–Kabba.

Ele contou que o viajante, seu irmão mais novo, estava retornando para Egbe vindo de Ilorin quando ocorreu o primeiro ataque à igreja.

“Ele estava preso na estrada junto com outros viajantes. Eles dormiram lá”, disse ele. “Ele me enviou uma mensagem exatamente às 23h20, quando os terroristas retornaram.”

“Nossas fontes expressaram indignação, questionando como, com a presença de uma divisão policial em Eruku e uma base militar próxima à cidade, os agressores operaram “’sem serem incomodados’”, reportou o Premium Times, portal de notícias local.

Segundo informaram, a base militar está localizada em Egbe, a aproximadamente três quilômetros de Eruku, onde ocorreu o incidente.

Informações da polícia

A polícia estadual de Kwara iniciou uma operação de busca com equipes táticas, em parceria com caçadores vigilantes, na tentativa de localizar os sequestrados e capturar os criminosos.

Enquanto isso, familiares percorrem hospitais e postos de vigilância em busca de notícias dos desaparecidos.

Apesar da escalada de ataques contra igrejas e vilarejos cristãos, o governo nigeriano nega que haja um genocídio em curso.

Autoridades do país insistem que a violência é resultado da ação de “bandidos armados” e não de perseguição religiosa sistemática – uma posição contestada por organizações internacionais de direitos humanos e líderes cristãos locais.

Uma das fontes que conversou com o Premium Times, na manhã desta quarta-feira (19) acusou o governo nigeriano de tentar ocultar a “verdade”.

O ataque em Eruku reacende o alerta global para a situação de comunidades cristãs na Nigéria, país que figura entre os mais perigosos do mundo para quem professa a fé cristã, segundo rankings internacionais de perseguição religiosa.


Fonte: Guiame, com informações do Premium Times

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