sábado, 21 de dezembro de 2019

Boko Haram mata 71 soldados do Níger


Grupo extremista também invade vilas e mata cristãos

Boko Haram ataca vilarejos na região do Sahel com o objetivo de implantar o islamismo radical


Boko Haram ataca vilarejos na região do Sahel com o objetivo de implantar o islamismo radical
O grupo extremista Boko Haram atacou mais uma vez no dia 11 de dezembro no Níger. Desta vez, as vítimas fatais foram 71 soldados e outros 12 ficaram feridos, no vilarejo de Inates. O acontecimento foi considerado um dos mais mortais contra as Forças Armadas nigerinas em anos. Os militantes islâmicos têm expandido os domínios sobre as regiões de Tillabéri e Tahoua, que fazem fronteira com o Mali e Burkina Faso. O resultado das ofensivas já descolocou 80 mil pessoas. Isso representa a segunda maior crise nas fronteiras de um país.
No Mali, mais de 100 soldados foram mortos nos últimos três meses. Eles estavam lutando contra a crescente violência na região. Já no leste e sul de Camarões, o Boko Haram matou ao menos 275 pessoas, incluindo 225 civis. Alguns cidadãos foram mutilados e outros sequestrados. O grupo extremista tem aterrorizado a região do Sahel para implantar um islamismo radical, que torna proibido o relacionamento político ou social com o Ocidente. Os impedimentos incluem votar nas eleições, restrições de vestimentas e receber educação que não seja muçulmana.
Dentre as principais vítimas do grupo estão os cristãos. Algumas aldeias são invadidas, as casas incendiadas e a população é morta pela fé diferente dos extremistas islâmicos. A Portas Abertas trabalha para fornecer ajuda a todos os que foram vítimas da ação de grupos como o Boko Haram. Um dos projetos é o Centro de Aconselhamento pós-trauma, na Nigéria. Lá, os líderes cristãos recebem treinamento para aconselhar os cristãos traumatizados pela intolerância religiosa. Apoie esse projeto!
Pedidos de oração
  • Interceda pelos familiares dos 71 soldados que foram mortos durante um ataque no Níger. Peça que Deus conforte a todos e envolva cada um com amor e esperança.
  • Ore pelos governantes da região do Sahel, para que eles tenham sabedoria e táticas para vencer os grupos extremistas, que têm dizimado as vilas em nome do radicalismo muçulmano.
  • Clame pela vida dos membros do Boko Haram, para que a liderança deles tenha um verdadeiro encontro com Cristo e parem de destruir a vida das pessoas que vivem na região.
  • Fonte: Portas Abertas

J.C. Ryle, 200 anos


J. C. Ryle

INTRODUÇÃO

Em 10 de maio de 1816 nasceu em Macclesfield, Cheshire, Inglaterra, um dos autores evangélicos mais admirados: o bispo anglicano de Liverpool John Charles Ryle. Um número incontável de pessoas se beneficiaram de seus escritos ao longo dos anos. Em seu próprio tempo foi muito apreciado por seus contemporâneos. Spurgeon o considerava como “o melhor homem que estava na Igreja da Inglaterra”. Ryle foi recomendado muito efusivamente por autores tais como J. I. Packer e Martyn Lloyd-Jones, entre outros. Seus trabalhos foram traduzidos em muitas línguas, incluindo o português. Ainda hoje podemos nos beneficiar, duzentos anos após o seu nascimento, e perguntar sobre algumas das razões que fizeram seus livros tão populares na comunidade evangélica. É também interessante podermos tirar algumas lições do seu trabalho que podem nos ajudar. Muitas das questões que preocupavam Ryle, e as respostas dadas, são ainda muito relevantes hoje em dia. Mas, primeiro, vamos rever por um momento um pouco de sua vida.
BREVE ESBOÇO BIOGRÁFICO
J.C. Ryle veio de uma família muito próspera economicamente. Seu avô e seu pai tinham tido muito sucesso comercialmente. Com o passar do tempo, seu pai entrou em um negócio bancário que também estava florescendo. John Charles, que era o filho mais velho, poderia estudar em locais de prestígio como Eton e depois Oxford. Ryle se tornou um cristão em 1837. Até então ele tinha recebido as verdades do cristianismo nominal e externamente, mas no verão daquele ano experimentou o novo nascimento de Cristo descrito em João 3. Em seu depoimento, ele deixou registrado para os seus filhos uma breve autobiografia, onde enfatiza a sua profunda convicção de pecado, quão precioso era Cristo, e o grande valor da Bíblia para orientar a sua vida. Mas a falência atingiu sua família em 1841, perdendo sua casa e toda a fortuna da família. Este evento marcou a sua vida de uma forma muito especial, porque nesse mesmo ano Ryle tomou a decisão de entrar no ministério da Igreja da Inglaterra. Seu primeiro pastorado começou em 1842 em Fawley, Hants, embora ao longo de sua vida, ele tenha pastoreado congregações em muitas outras partes da Inglaterra. Em 1845 casou-se com Matilda Plumptre. Este ano também é importante porque ele começou a publicar seus primeiros tratados, que são agrupadas, e formam os capítulos de seus muitos livros. Sua primeira filha, Georgina, nasceu em 1847. No ano seguinte, sua esposa morreu. Em 1850 ele se casou novamente. Sua nova esposa, Jessy Walker, lhe deu quatro filhos: Isabelle, Reginald, Herbert e Arthur. Em 1851 começou a publicação de seus tratados e mensagens em forma de livro. Depois de dez anos do segundo casamento e depois de uma longa doença, sua segunda esposa faleceu. Em 1861 casou-se com Henrietta Clowes. Em 1865 publica o comentário expositivo do Evangelho de João. Este será o primeiro de uma série sobre os quatro Evangelhos, parte das obras mais apreciadas por muitos leitores de Ryle. Em 1868 publica o seu livro sobre os líderes cristãos do século XVIII. Ryle é já bem conhecido, por isso recebe muitos convites para pregar em muitos outros lugares na Inglaterra, incluindo Oxford, Londres e Cambridge. Entre 1877 e 1879 seus trabalhos mais famosos são publicados, incluindo Santidade ou caminhos antigos. Com 63 anos é eleito primeiro bispo de Liverpool. Em 1889, sua terceira esposa morre. Dez anos mais tarde pregou o seu último sermão. Ele morreu em 10 de junho de 1900 em Lowestoft, Inglaterra.
A IMPORTÂNCIA CRUCIAL DA HISTÓRIA
A primeira lição que podemos aprender com Ryle tem a ver com a história. Devemos lembrar que a fé cristã é uma fé histórica. Deus revelou-nos no tempo e no espaço, através de pessoas que viveram e eventos que tiveram lugar na história. Além disso, as Escrituras são abundantes em exortações para não esquecer a história da intervenção de Deus em favor do seu povo: Deuteronômio 5:15; 7:18; 15:15; 24:18, etc. Uma das passagens que eu gosto a este respeito é a de Josué 4, o sucessor de Moisés ordena que um representante de cada uma das tribos de Israel pegue uma pedra do leito do Jordão, v. 5. Josué toma e levanta em Gilgal um memorial para as gerações futuras, vv. 20.21. Seu propósito era para lembrar que Deus, como fizera no Mar Vermelho, secou o Jordão diante do seu povo, vv. 22.23, de modo que eles poderiam mover-se para tomar posse da terra prometida. Assim, as pessoas não deveriam esquecer de que foi pela mão poderosa de Deus que o povo pode atravessar o Jordão e, dessa maneira, não poderiam se afastar dele v. 24.
Da mesma forma, Ryle acreditava ser essencial recordar a história da Reforma Protestante no século XVI, os puritanos, que considerava os mais fieis expositores bíblicos a “mente das Escrituras” e o Grande Despertar Evangélico do século XVIII daqueles grandes homens que Deus levantaou como George Whitefield e os irmãos Wesley, entre muitos outros. Ele considerou isso importante, porque, como Israel no passado, é fácil esquecermos esses poderosos eventos e significativos atos de Deus para o seu povo. Os escritos do bispo evangélico estão imbuídos com os princípios da Reforma. Percebemos o declínio da Reforma em sua denúncia clara dos perigos do catolicismo romano para a saúde espiritual das almas. Poucos autores se expressam de modo tão claro sobre os ensinamentos da Igreja Católica Romana como Ryle. A importância dos Puritanos também está presente em seu trabalho, em sua análise rigorosa dos textos bíblicos e aplicação do ensino à vida dos crentes. O renascimento também aparece em seus escritos, não só para lembrar os líderes o mesmo, mas também através do estilo prático e direto lembra os pregadores do Grande Despertamento. A primeira lição, portanto, que Ryle transmite é para não esquecer nossa identidade evangélica. Ryle presta muita atenção à Reforma na Inglaterra e os homens que Deus levantou nesse momento. Ele também escreveu sobre os pregadores do avivamento. Ele não queria que seus compatriotas esquecessem o que Deus tinha feito para o Reino Unido. Quanto a nós, é essencial ler sobre a nossa história evangélica, conhecer bem o nosso passado: a Reforma na Europa, mas também a Reforma na Espanha e o que aconteceu com ela.
DOUTRINA E VIDA
Ao longo de seu ministério pastoral como um pregador e escritor, Ryle não deixou de sublinhar que o carácter essencial do cristianismo também é doutrinário. Para Ryle, a importância da Reforma Protestante, os Puritanos ou o Grande Despertamento foi o fato de que eles eram movimentos do Espírito de Deus em que foram redescobertos, e a relevância para a vida cristã das doutrinas essenciais da Escritura foi mostrada. E este é apenas o outro aspecto que eu acho que ele mostra hoje: A ênfase colocada na doutrina e o propósito prático que isso tem. Mas a doutrina não é um mero conhecimento frio, seco e acadêmico da Bíblia. É basicamente a forma como o Deus vivo opera em Seu povo, para salvar e transformar. A doutrina, pela presença do Espírito Santo, traz vida espiritual. Isso é muito claro nas Escrituras; a fé tem um conteúdo a confessar e que Deus usa para nos fazer bem: 1 Timóteo 4: 13-16; 2 Timóteo 1: 13,14; 1 João 4: 1-6; Rm 10: 8-14, etc. A doutrina tem um propósito prático, salva e nos santifica, tornando-nos úteis para a glória de Deus: Romanos 6: 17-19.
Nesse sentido, a Reforma foi um retorno aos ensinamentos das Escrituras que haviam sido enterrados e marginalizados pela Igreja medieval. Os puritanos também mostraram a amplitude e a profundidade da Bíblia e como ela é aplicada de forma eficaz na vida cotidiana. Os grandes pregadores mostraram como a proclamação do evangelho pode, com a bênção de Deus, alterar o curso das nações. Ryle temia o abandono desses ensinamentos que tinham trazido tantas coisas boas, por isso uma e outra vez em seu ministério alertara sobre os perigos do esquecimento da glória da fé cristã. Ryle refletiu na exortação de Paulo em Atos 20: 28-32. Da mesma forma, hoje deve ficar claro que as diferenças com o catolicismo romano são doutrinárias. Não podemos enganar-nos quanto ao que acreditamos e porque acreditamos nisso. Devemos também enfatizar a importância prática da doutrina. Temos de ser diferentes, e a conversão tem de ser vista em nossas vidas. Esse é o grande legado do puritanismo que Ryle tem renovado e constantemente enfatizado em seu ministério. Ao mesmo tempo, temos de incentivar a paixão pela pregação do evangelho, uma nota distintiva dos tempos de reavivamento.
Nada melhor, então, para ler esses escritos Ryle e ser beneficiados com as doutrinas bíblicas e sua relevância para a nossa vida cristã. Ao contrário de outros bons autores, há muitos títulos de Ryle em português, por isso é relativamente fácil ter acesso aos mesmos. Seu estilo simples e direto, sempre com base no texto bíblico, faz com que seja uma delícia de ler. Ryle sempre desafia os seus leitores, o que é sempre conveniente.
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José Moreno Berrocal

Quatro motivos de John Owen para a vida de oração do pastor

John Owen entendeu as exigências e privilégios do ministério. Em um valioso sermão pregado num culto de ordenação na sexta-feira de 8 de Setembro de 1682, ele expôs em termos desafiadores e práticos o que realmente é a tarefa do pastor. Em sua mente, estava a necessidade urgente de ministros orarem. Nesta parte, examinaremos os motivos que ele nos fornece para orar e pensaremos no que um pastor deve orar num artigo posterior.
Os motivos da oração são:
1. A oração é a prova de que estamos cumprindo nossos deveres ministeriais plenamente:
Owen está convencido de que a oração é inflexível, de que a oração é a medida de um homem verdadeiramente cumprindo o seu ministério. “Deixe-o pregar o quanto quiser, visitar o máximo que puder, conversar o quanto conseguir”, mas sem oração não há evidência de que ele esteja verdadeiramente cumprindo o seu ministério.
2. Este é o caminho pelo qual abençoamos nossas congregações:
A habilidade do ministro de abençoar o seu povo não é autoritária (não é algo que ele administra), mas desejável e declarativa. A única maneira pela qual podemos ver a verdadeira bênção recair sobre o povo de Deus, é pedir-lhe que o conceda. Este é um ótimo motivo para orar.
3. Nenhum ministro no mundo pode manter o seu amor pela igreja se ele não ora por eles:
O ministério pastoral significa que o pregador está em contato com as melhores e piores condutas e atitudes cristãs. Ele encontrará muitos motivos para o desencorajamento, à medida que pastoreia as almas dos que estão sob seus cuidados e “nada é capaz de manter o seu coração com amor inflamado em relação a eles, se não estiver orando por elas continuamente”.
4. Deus nos ensinará o que devemos pregar ao nosso povo através da oração:
Orando pelos crentes, o pregador está constantemente trazendo à sua mente quais são as necessidades mais profundas da congregação, e isto, por sua vez, afeta o seu pensamento sobre o que ele pregará — “quanto mais oramos por nosso povo, melhor nos será instruído o que pregar a eles”.
Para muitos de nós, no ministério, o tempo e a aplicação à oração é a batalha mais difícil de todas, e as palavras de Owen nos dão grande incentivo para buscar a face de Deus em favor daqueles a quem ministramos — é crucial para a alegria de nossos corações, a saúde de nossas almas, a eficácia da nossa pregação e o bem dos nossos ouvintes.
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Título original em inglês: John Owen’s Four Motives for the Pastor’s Prayer Life
Traduzido por Ewerton B. Tokashiki
Fonte: Blog Os Puritanos acessado em 21/12/2019

quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

Igreja é incendiada por multidão após Bíblias serem destruídas, na Índia


Temor é de que o primeiro-ministro indiano queira estabelecer uma pátria hindu com o banimento das minorias religiosas.

 Os cristãos estão enfrentando crescente perseguição e violência na Índia de maioria hindu (Foto: Reprodução/Getty)
Os cristãos estão enfrentando crescente perseguição e violência na Índia de maioria hindu (Foto: Reprodução/Getty)
Os cristãos de uma igreja de uma pequena vila foram forçados a fugir para uma selva próxima quando uma multidão de radicais hindus cercou o prédio e o queimou até o chão.
o ataque marcou o mais recente exemplo de violência inspirada pela intolerância religiosa na Índia, governada por Narendra Modi.
Os fiéis haviam sido alvo de assédio nos dias que antecederam o ataque criminoso, com extremistas tirando Bíblias de suas mãos e os ameaçando.
Nos últimos anos, o governo nacionalista hindu da Índia tem preocupado os cristãos, muçulmanos e outras religiões minoritárias com seu afastamento do governo secular.
Muitos temem que o primeiro-ministro Modi queira estabelecer uma pátria hindu na qual seguidores de outras religiões sejam completamente marginalizados.
O primeiro-ministro Modi inaugurou uma fase do nacionalismo hindu radical. (Foto: Reprodução/Getty)
Extremistas hindus atacaram cristãos na vila de Perigaon, no distrito de Rayagada, estado de Odisha, em 24 de novembro, invadindo a igreja durante um culto de domingo, relata o site persecution.org.
Acredita-se que os membros do Rashtriya Swayamsevak Sangh (RSS), grupo secreto de hindus hardcore da Índia, sejam responsáveis.
O pastor Bibhudan Pradhan, que liderava as orações, alegou que a congregação estava ameaçada antes que os membros fossem seguidos para casa.
Ele disse que confiscaram suas Bíblias e outros livros cristãos antes de queimá-las.
Orações proibidas
Eles também alertaram contra a realização de mais reuniões de oração na vila.
Uma semana depois, em 1º de dezembro, a mesma multidão interrompeu o culto de domingo, desta vez atacando a igreja.
Eles atearam fogo no teto de palha enquanto cristãos aterrorizados fugiam para uma floresta próxima para procurar refúgio, temendo que o RSS os atacasse também.
O incidente foi relatado à polícia local.
Desde que o partido no poder tomou o poder, em 2014, nacionalistas hindus atacaram cristãos impunemente.
Os extremistas veem os seguidores de Jesus Cristo como estranhos ao país.
Aqueles que se converteram do hinduísmo ao cristianismo também enfrentam perseguição, discriminação e violência.
No ano passado, o corpo de um pastor foi encontrado pendurado no teto de sua casa no distrito de Kanchipuram.
Ele reclamou à polícia sobre a oposição dos radicais hindus.
Sua morte levantou suspeitas, pois parecia que seu corpo havia sido amarrado depois que ele morreu.
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO EXPRESS

Mais de 1.000 cristãos foram assassinados por terroristas islâmicos em 2019, na Nigéria

Grupos como o Boko Haram e os Fulani usando a disputa por terras para praticar terrorismo e eliminar os cristãos de diversas regiões da Nigéria.

Homens carregam caixões em velório coletivo, após massacre na Nigéria. (Foto: Independent)
Homens carregam caixões em velório coletivo, após massacre na Nigéria. (Foto: Independent)
Uma organização sem fins lucrativos divulgou recentemente um relatório estimando que mais de 1.000 cristãos nigerianos foram mortos este ano em ataques liderados por terroristas Fulani.
“As milícias islâmicas Fulani continuam se engajando em uma política agressiva e estratégica de apropriação de terras em Plateau, Benue, Taraba, Kaduna do Sul e partes do estado de Bauchi”, informou a HART, organização sem fins lucrativos com sede no Reino Unido que rastreia perseguições. “Eles atacam aldeias rurais, forçam os moradores a deixar suas terras e se estabelecerem em seu lugar – uma estratégia que é resumida pela máxima: ‘Sua terra ou seu sangue'”.
Embora o número de mortos seja desconhecido atualmente, os cristãos se tornaram um alvo para o pastor Fulani. O HART estima que mais de 6.000 cristãos foram mortos desde 2015, enquanto 12.000 foram deslocados. Esses números foram baseados em relatórios do governo do estado de Kaduna, na mídia e em notícias de líderes comunitários no estado de Plateau. Embora os pastores fulani pareçam ser os principais autores, o grupo terrorista Boko Haram também matou muitosristãos no estado de Borno.
“Em todas as aldeias, a mensagem da população local é a mesma:‘ Por favor, ajude-nos! Os Fulani estão chegando. Não estamos seguros em nossas próprias casas ”, afirma o relatório.
Os fulani são em grande parte nômades muçulmanos que vivem na África Ocidental e Central. Conflitos entre agricultores e pastores tornaram-se mais comuns à medida que a oferta de terras se torna escassa e os conflitos por propriedades se intensificam.
As tensões entre os grupos aumentaram e nem todos as disputas por terras são baseados na religião. No entanto, o HART “sugere que religião e ideologia desempenham um papel fundamental”.
“Nossa casa está destruída. O hospital foi queimado. Eles tentaram queimar o teto da igreja empilhando as cadeiras, como uma fogueira ”, disse um sobrevivente de Karamai. “A vida é assustadora por aqui. Às vezes, recebemos mensagens anunciando um novo ataque. Então nós corremos para nos esconder. Não temos como nos defender. Não temos armas para isso. Não há nenhum tipo de segurança ou apoio de vigilantes”.
Contexto
O relatório chocante surge apenas alguns meses depois que a Campanha do Jubileu, uma ONG de direitos humanos, disse ao Tribunal Penal Internacional que “o padrão de genocídio já foi atingido” na Nigéria.
“Estamos discutindo há vários anos, bem como com o Tribunal Penal Internacional, que esses foram crimes contra a humanidade … acredito legalmente que agora estamos subindo ao lugar do genocídio”, disse a diretora de campanha, Ann Buwalda.
A Missão Portas Abertas (EUA), que apoia a Igreja perseguida em todo o mundo, classificou a Nigéria como a 12ª pior nação do mundo no que diz respeito a perseguição aos cristãos.
“Algo tem que mudar com urgência”, disse o relatório. “Quanto mais toleramos esses massacres, mais encorajamos os agressores. Damos a eles um ‘sinal verde’ para continuar matando”.
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO CHRISTIAN POST

terça-feira, 17 de dezembro de 2019

O DIA DO PASTOR PRESBITERIANO: O QUE VOCÊ TEM A VER COM ISSO?


O Dia do Pastor Presbiteriano: O que você tem a ver com isso?

“Lembrai-vos dos vossos guias, os quais vos pregaram a palavra de Deus . . .”
(Hebreus 13.7)

O dia 17 de dezembro é celebrado na Igreja Presbiteriana do Brasil como “o Dia do Pastor Presbiteriano”. Essa data marca a ordenação do primeiro pastor presbiteriano brasileiro ao sagrado ministério, ou seja, José Manuel da Conceição, em 1865. José Manoel era um ex-padre que, após ser excomungado da igreja Católica Romana por aceitar a fé evangélica, foi devidamente discipulado e posteriormente ordenado pelo Presbitério do Rio de Janeiro, sob a presidência do Rev. Ashbel Green Simonton.
O ministério de José Manoel da Conceição foi caracteristicamente itinerante, visitando as cidades onde ele havia servido como padre. Todavia, antes mesmo de sua ordenação ao pastorado, o “padre evangélico”, como era conhecido, já visitava famílias orando e pregando a Palavra de Deus. Esse trabalho se intensificou após a sua ordenação e como resultado de seus esforços na evangelização de católicos romanos ele foi perseguido e muito sofreu pelo Evangelho. Como fruto de seu trabalho, foram estabelecidas igrejas em Brotas, Americana, Santa Bárbara e várias outras cidades. No dia 25 de dezembro de 1873, Conceição morreu em Barra do Piraí, RJ, após ter pedido que queria “ficar a sós com Deus”.[1]
Em lembrança ao legado de José Manoel, foi estabelecido um dia para os pastores presbiterianos e suas famílias celebrarem a bênção de poderem servir ao Supremo Pastor apascentando o rebanho comprado pelo sangue de Cristo. Esse dia marca, também, a oportunidade para que os membros da Igreja Presbiteriana do Brasil expressem a gratidão e apreço aos seus pastores pelo trabalho realizado. Todavia, como bem observa Jeremias Pereira,
. . . no dia do pastor muitos serão lembrados; outros nem um abraço receberão. Muitos ganharão presentes, abraços e boas palavras; outros, talvez, nada receberão ou podem até receber um presente que foi motivo de contenda, pois nem todos queriam cooperar para que a igreja doasse aquele presente.[2]
De fato, nenhum pastor conseguirá atender as expectativas de todos os membros de sua congregação. Também, nem todo pastor cuida do rebanho a ponto de ter o seu trabalho facilmente reconhecido pelas suas ovelhas. Ainda assim, considerando o princípio bíblico de acatar com apreço os que trabalham presidindo e exortando o rebanho (1Ts 5.12-13), é dever do crente expressar gratidão àqueles que cumprem fielmente o pastorado. Além do mais, o crente ainda é exortado a se lembrar especialmente daqueles que pregam a Palavra de Deus (cf. Hb 13.7) e o membro da IPB pode fazer isso de maneira especial, no dia 17 de dezembro.
                Com o objetivo de facilitar o reconhecimento ao pastor presbiteriano pelo seu pastoreio, sugerimos abaixo algumas formas práticas, simples, mas significativas, de como cada cristão pode proceder. Certamente essas atitudes não se limitam apenas a um dia do ano, mas essa data deveria nos motivar a uma reflexão mais dinâmica sobre o assunto.
  1. Respeite a liderança do seu pastor.  O escritor bíblico exorta os leitores da carta aos Hebreus a serem obedientes e submissos aos seus guias espirituais, pois eles cuidam da alma de cada ovelha no rebanho (cf. Hb 13.17). Essa atitude, segundo o texto, beneficia não apenas o obreiro,
que realizará o seu trabalho com alegria, mas também o crente, que é assistido pelo cuidado do pastor. A implicação do princípio bíblico é que obedecer é uma forma de expressar honra e gratidão a alguém. Muitos líderes se sentem completamente frustrados e decepcionados quando, depois de se dedicarem tanto em prol dos liderados, recebem apenas críticas, contestações e insubmissão. O pastor tem grande dificuldade e desestímulo em continuar cuidando da ovelha recalcitrante. Logo, honre o seu pastor sendo obediente aos seus ensinamentos.

  1. Procure conhecê-lo melhor. Ainda que todo crente saiba, na teoria, que deve desenvolver um relacionamento mais próximo com o seu pastor, o fato é que na prática, muitas vezes, ele só se lembra do ministro quando necessita dos seus cuidados, conselhos ou trabalho. Mas, aquele homem do púlpito que parece possuir convicções fortes, o controle completo das situações e estabilidade emocional em todos os momentos também é humano e frágil. Como todo ser humano, o pastor tem necessidades espirituais, físicas, emocionais e relacionais. Ele também necessita de conselhos e instruções para diferentes áreas de sua vida. Portanto, procure conhecer melhor o seu pastor e assim você saberá como ajudá-lo eficazmente.

  1. Respeite a esfera de trabalho do seu pastor. Pelo fato de estar disponível para atender ao rebanho, muitos pastores acabam fazendo coisas que estão fora de sua competência. Pior ainda, há alguns membros da igreja que se aproveitam da disposição e bondade do pastor e solicitam que ele faça coisas que, além de não ter qualquer relação com o ministério pastoral, acabam atrapalhando que ele exerça o pastoreio devidamente. Há aqueles que esperam que o pastor seja o secretário da igreja, o office-boy do Conselho ou até o zelador a cuidar da limpeza e do bom funcionamento das dependências do templo. Se o pastor mora próximo à igreja, então ele deve estar sempre pronto a “correr com as chaves” quando alguém precisar ter acesso à propriedade. Além de desrespeito para com a vocação ministerial daquele que foi chamado para se afadigar “na palavra e no ensino” (1Tm 5.17), essa pressão acaba impedindo que outras pessoas no Corpo de Cristo ofereçam sua contribuição e exercitem seus dons. Logo, uma boa e simples maneira de honrar o seu pastor é respeitando a esfera de atuação dele.

  1. Cumpra os seus deveres como cristão e membro da igreja local. O apóstolo Paulo insiste que os cristãos olhem para a igreja não apenas como uma organização, mas como um organismo, ou seja, um corpo (cf. 1Co 12). Sendo um corpo, cada membro da igreja possui sua função específica e essa deve ser exercitada não apenas para a glória de Deus, mas para a manutenção da saúde e o bom funcionamento do corpo. Quando isso acontece, o pastor que lidera e orienta os membros da igreja pode focalizar em outros aspectos específicos do seu trabalho e até render mais benefícios para a igreja onde ele serve. Grande parte da agenda do pastor é consumida fazendo coisas que são responsabilidades e deveres de outros membros da igreja local. Por exemplo, se você se comprometer em convidar pessoas para visitar a igreja, evangelizar, se dispor a dirigir pequenos grupos, ensinar na Escola Dominical, contribuir regularmente e tantas outras pequenas coisas, já imaginou a diferença que isso poderia fazer? De fato, se você participar regularmente das atividades da igreja e chegar no horário estipulado, já será motivo de grande alegria para o seu pastor. Todas essas coisas são deveres que um cristão maduro assume e elas contribuem para o bem-estar do Corpo de Cristo.

  1. Ore constantemente por seu pastor e família. Seu pastor necessita de suas orações. Na verdade, os próprios apóstolos careciam disso e Paulo geralmente solicitava às igrejas que intercedessem por ele e pelo seu ministério (cf. 1Ts 5.25 e 2Ts 3.1). São muitas as tentações e lutas enfrentadas por um ministro da Palavra. Existe a tentação ao desânimo quando a igreja não corresponde ao investimento de tempo e esforços, a luta para ser um exemplo de piedade para o rebanho e as dificuldades de manter a saúde emocional quando sua própria família é continuamente julgada e criticada. Também, há o fato de que quando Satanás consegue atingir, com suas investidas, o pastor ou algum membro da família, toda a igreja sofre. E, por isso, parece que o inimigo manifesta uma preferência por atacar os obreiros a serviço do Senhor. Logo, interceda diariamente pelo seu pastor, suplicando que a graça de Deus seja superabundante sobre a vida, família e ministério dele. Ao fazer isso, você estará honrando, de maneira especial, o pastor que Deus colocou para cuidar de sua vida e sua família.
Nesse dia 17 de dezembro, celebre o Dia do Pastor em sua Igreja Presbiteriana local! Reconheça os benefícios do seu ministério sobre sua vida e sobre o rebanho de Cristo. Porém, não limite essa celebração apenas a esse dia! Comprometa-se a estendê-la ao restante de sua vida cristã e ao seu crescimento espiritual.
Valdeci Santos 
[1] MATOS, Alderi S. A vida do Rev. José Manoel da Conceição. Disponível em: https://agrestepresbiteriano.com.br/a-vida-do-rev-jose-manoel-da-conceicao/.
Acesso em: 10/12/2018.
[2] PEREIRA, Jeremias. 17 de dezembro - dia do pastor presbiteriano. Disponível em: https://www.oitavaigreja.org.br/17-de-dezembro-dia-do-pastor-presbiteriano/. Acesso em 10/12/2018.

Davi e Bate-Seba: Escolhas erradas, consequências trágicas

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DAVI E BATE-SEBA: ESCOLHAS ERRADAS, CONSEQUÊNCIAS TRÁGICAS
Texto Básico: 2 Samuel 12.15-25

INTRODUÇÃO
É muito comum vermos as pessoas fazerem suas escolhas sem pensar nas consequências que elas trarão. Para muitos, e talvez para nós mesmos, o que vale na hora da escolha é o prazer imediato e a vantagem que se obterá. A preocupação com as consequências e implicações é mínima ou, até mesmo, inexistente. Esse imediatismo, infelizmente, tem afetado muitas pessoas e não são poucos os crentes que seguem por esse caminho. O resultado são inúmeros conflitos e dramas familiares.
A história de Davi e de seu adultério com Bate-Seba, serve para demonstrar que na vida não podemos fazer nossas escolhas de modo inconsequente. Todas as escolhas que fizermos trarão consequências, que podem ser boas ou ruins. Elas nos aproximarão ou nos afastarão de Deus.
Hoje veremos como escolhas erradas resultam em consequências trágicas e como devemos reagir quando isso acontecer conosco, dado o nosso pecado.
I. A FALTA DE VIGILÂNCIA ESPIRITUAL
As escolhas erradas de Davi e Bate-Seba foram derivadas de atitudes espirituais apáticas, as quais denunciam a falta de vigilância. Embora o texto bíblico enfatize o pecado de Davi, não podemos deixar passar de modo despercebido a conivência de Bate-Seba com os fatos. Diante de tudo, não há o registro de qualquer protesto contra aquela situação, nem mesmo um mínimo indício de reprovação ou desconforto. Por isso, consideramos que a sua participação também foi decisiva para a prática do pecado.
Para entender o que ocorreu com Davi e como um “homem segundo o coração” de Deus (1Sm 13.14; At 13.22) pôde trazer ruína para a sua vida e família, precisamos entender o que estava acontecendo com ele, e em que circunstâncias sua escolha ocorreu.
Em 2 Samuel 11.1, temos o contexto em que Davi comete adultério com Bate-Seba: “…no tempo em que os reis costumam sair para a guerra [...] Davi ficou em Jerusalém”. Tais palavras parecem uma crítica a atitude de Davi e apontam para as circunstâncias em que pecou. Ao que parece, Davi negligenciou as suas obrigações como rei de Israel. Ele deveria ter acompanhado seu exército, mas preferiu ficar em sua casa na ociosidade, a descansar e passear, enquanto seus homens estavam em batalha (veja o verso 2 e compare-o com os versos 1 e 11).
A escolha de Davi foi determinada por sua atitude de negligenciar seus deveres como servo de Deus, visto que a posição que ocupava fora estabelecida pelo próprio Deus. O Senhor o havia ungido como rei para governar e estar à frente de Israel.
Conforme 2Samuel 11.2, em sua ociosidade e negligência, Davi ao olhar pelo terraço de sua casa avistou uma mulher, que era mui formosa, tomando banho. A narrativa dos fatos dá entender que Davi agiu de forma descuidada. Estava onde não deveria estar e olhou o que não podia olhar e cobiçou o que não era seu. Talvez, as grandes conquistas de Davi (narradas no livro de 2Samuel, principalmente nos capítulos 8 a 12), a posição de segurança e o conforto que havia alcançado, tivessem “subido à sua cabeça”, e nesse momento o orgulho tomado conta de seu coração, a ponto de “baixar a guarda” espiritual de seu coração, ou seja, ele havia deixado de vigiar e esquecido que a carne é fraca (Mt 26.41; 1Co 10.12).
A história do adultério de Davi nos ensina como é necessário cuidarmos de nossa vida espiritual, mantendo constante vigilância, para não fazermos escolhas erradas. Davi subestimou a sua natureza pecaminosa, esquecendo-se de que ainda era um pecador e precisava vigiar sempre. Se tivesse agido diferente, não teria tomado a decisão de olhar pelo terraço e mandar buscar para si a mulher que não era sua esposa.
Ainda hoje, muitos caem em tentações, como Davi caiu, por subestimarem os perigos espirituais. Quantos são aqueles que fazem escolhas erradas, escolhendo o adultério, a fornicação, simplesmente porque olharam “pelo terraço”, acessaram aquela página na internet com imagens impróprias, que não deveriam acessar, cederam à tentação de dar uma olhadinha apenas, e isto desencadeou outras atitudes e escolhas que resultaram em ruína.
O que Jesus ensina em Mateus 5.27-32 deve ser levado em conta, para não fazermos escolhas semelhantes as escolhas de Davi. Vigiemos para não cairmos em tentação, fazendo escolhas que nos conduzam à ruína.
II. ESCOLHAS ERRADAS E SUAS CONSEQUÊNCIAS
A decisão de Davi, após olhar para Bate-Seba, de mandar buscá-la e deitar-se com ela, cometendo adultério, desencadeou em outras escolhas erradas, na tentativa de esconder seu pecado. Tudo isso, inevitavelmente, resultou em terríveis consequências não só para eles, mas também, para suas respectivas famílias.
Após ter-se deitado com Davi, Bate-Seba achou-se grávida (2Sm 11.4-5). E quando informado disso, na tentativa de esconder o que havia feito, Davi mandou buscar Urias, esposo de Bate-Seba, sugerindo-lhe que retornasse para sua casa. O intenção de Davi, friamente calculada, era que Urias se deitasse com sua esposa (11.6-8), pois, uma vez que tivesse contato íntimo com Bate-Seba, provavelmente consideraria que o filho que ela estava gerando fosse seu – assim, tudo estaria resolvido e Davi e Bate-Seba teriam encoberto sua transgressão.
Urias, no entanto, não aceitou ir para casa, deitando-se à porta da casa real. Ele se sentia mal diante daquele “privilégio”, pois sabia que seus companheiros estavam no desconforto da batalha. Ele julgava-se no dever de voltar para ajudá-los. Isto levou o rei Davi a tomar outra escolha errada. Por meio do próprio Urias, ele encaminhou uma carta a seu oficial Joabe, para que o colocasse no local da batalha onde a peleja estivesse mais difícil, para que então fosse ferido e morresse. E foi o que aconteceu. Urias foi morto e Davi tomou Bate-Seba para ser sua mulher. Para Davi parecia que tudo estava resolvido.
Na vida as escolhas erradas que fazemos, sempre terão suas consequências. O que sucedeu com Davi e Bate-Seba é demonstração disto. Aprendemos na Bíblia que aquilo que semearmos isso ceifaremos (Gl 6.7). “Porque o que semeia para a sua própria carne da carne colherá corrupção; mas o que semeia para o Espírito do Espírito colherá vida eterna” (Gl 6.8). Davi e Bate-Seba semearam corrupção e tiveram que colher as consequências de seus atos. Isto porque de Deus não se zomba (Gl 6.7). Os homens podiam ignorar o que Davi e Bate-Seba fizeram, mas Deus que sonda os corações e conhece todas as coisas, sabia o que eles haviam feito (Sl 139). Nada ficou encoberto aos olhos do Senhor, que no tempo próprio enviou até Davi o profeta Natã, para repreendê-lo (2Sm 12.1-15).
Nas palavras do Senhor por intermédio do profeta Natã, as ações pecaminosas de Davi e as suas escolhas erradas, teriam consequências que afetariam tanto ele como a Bate-Seba e a sua família, por um longo período da vida deles. Situações surgiriam como resultado do pecado deles, mas também como manifestação do juízo de Deus por causa de suas transgressões. Davi demonstrou-se arrependimento pelo que fez, foi perdoado (2Sm 12.13), mas ainda assim teve de enfrentar as consequências das suas escolhas.
Primeiro, foi a morte do filho que Bate-Seba estava gerando: “o SENHOR feriu a criança que a mulher de Urias dera à luz a Davi; e a criança adoeceu gravemente” e “ao sétimo dia morreu a criança” (2Sm 12.15,18).
Depois, surgiram outras consequências. O Senhor por intermédio do profeta Natã, profetizou que a espada jamais se afastaria da casa de Davi. Assim como Urias foi morto de forma violenta, assim também a violência não se apartaria da casa de Davi. Então, tempos depois, seu filho Absalão, assassinaria seu próprio irmão Amnom, como vingança, por ter este estuprado a irmã deles, Tamar (2Sm 13.1-36). Isso fez com que Joabe matasse Absalão (2Sm 18.14-15).
Mas estas não foram as únicas e trágicas consequências. Conforme as palavras do Senhor, da própria casa de Davi, seria levantado alguém que tomaria suas mulheres e se deitaria com elas à vista de todos (2Sm 12.11-12). Aquilo que o rei havia feito as escondidas, agora seria realizado as claras. Isso começou a se cumprir quando Absalão pôs fim a sua fuga, depois de matar seu irmão Amnom, retornando para sua casa. Ele se revoltou contra seu pai Davi, que teve de fugir por causa de sua conspiração, incitando o povo contra o rei. Então, Absalão deitou-se com as concubinas de Davi (2Sm 16.20-23). Davi enfrentou em tal situação grande angústia (Sl 3) visto que, era perseguido por seu próprio filho, que cessou de persegui-lo, somente depois que foi morto por Joabe, oficial do exército de Davi. Somente com a morte de seu filho, Davi teve seu reino restituído e pôde voltar para sua casa (2Sm 19.11-15).
A história de Davi e Bate-Seba, de suas escolhas erradas e consequências trágicas, permanece por todos os tempos, como um alerta para todo crente na hora de fazer suas escolhas. Para todas escolhas erradas existe um preço a ser pago. Dependendo das escolhas erradas que fizermos, o preço poderá ser alto demais, como foi o preço pago por Davi e Bate-Seba. Portanto, sabendo que não podemos ser inconsequentes em nossas escolhas, procuremos fazer escolhas acertadas, sempre fundamentadas na Palavra de Deus.
III. A BÊNÇÃO DO PERDÃO E SUAS CONSEQUÊNCIAS
A despeito dos pecados cometidos principalmente por Davi, e também por Bate-Seba, Deus os perdoou. O perdão foi declarado logo depois de Davi reconhecer sua culpa: “…disse Davi a Natã: Pequei contra o SENHOR. Disse Natã a Davi: Também o SENHOR te perdoou o teu pecado; não morrerás” (2Sm 12.13). Já foi demonstrado que Davi colheu consequências por causa de suas culpas. Isto quer dizer que receber perdão divino não implica na anulação das consequências das suas escolhas.
No salmo 51, escrito por Davi quando o profeta Natã foi ter com ele, depois de haver ele possuído Bate-Seba, encontramos a confissão do rei de forma bastante detalhada, na qual reconhece suas culpas. Davi demonstra nesse salmo a certeza que tem de que Deus pôde perdoá-lo e restaurar sua vida, restituindo-lhe a alegria da salvação (Sl 51.12).
Se por um lado, a história de Davi serve como alerta de como podemos cair em tremenda transgressão e ruína espiritual, por outro, por maior que seja a nossa culpa, mesmo que seja na proporção da culpa de Davi, ou até maior, aprendemos sobre a grandeza da ação misericordiosa de Deus. Na descrição do perdão divino concedido a Davi, podemos entender a profundidade das palavras do profeta Jeremias: “As misericórdias do SENHOR são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade” (Lm 3.22-23).
Por maior que seja a culpa de alguém, não é suficiente grande em comparação a grandeza do amor e misericórdia de Deus, que são manifestados em Cristo Jesus, mediante o seu sacrifício na cruz (Rm 5.1-11). Paulo diz que “onde abundou o pecado, superabundou a graça” (Rm 5.20). Por maior que fosse a culpa e os pecados de Davi, a graça do Senhor era muito maior, sendo poderosa para perdoá-lo e superar sua culpa.
O perdão de pecados está disponível a todos que arrependidos confessarem os seus  pecados a Deus (1Jo 1.9). As Escrituras nos levam à certeza de que todas as vezes que confessarmos os nossos pecados, Deus em sua fidelidade e justiça, satisfeitas inteiramente em Cristo, nos perdoará. Davi foi perdoado imediatamente após ter reconhecido sua culpa (2Sm 12.13).
É preciso, também, entender que a certeza do perdão de Deus não deve servir como licença para pecar (Rm 6.1-14). Ela serve de conforto e amparo para que, quando pecarmos, podermos recorrer a nosso Advogado e lhe suplicar auxílio e perdão (1Jo 2.1-2). Temos de nos esforçar para não fazermos   escolhas erradas, que nos levem ao pecado. Mas se pecarmos, temos a certeza confortadora do perdão.
Além da bênção do perdão, Davi e Bate-Seba foram abençoados com um filho. Assim nasceu Salomão. Com esse nascimento seus pais foram consolados pela perda do primeiro filho. A essa criança o profeta Natã havia dado o nome de Jedidias, que significa literalmente “Amado do Senhor”. Este seria também alguém usado por Deus em seu serviço, pois se tornaria rei em lugar de seu pai e seria o responsável pela construção do templo de Jerusalém (2Cr 3.1-2). Salomão se destacou por sua grande sabedoria (2 Cr 1.7-13).
O nascimento de Salomão é a demonstração de que Deus está sempre pronto a abençoar seus servos, a despeito de não merecerem nada de suas mãos. Podemos perceber como a graça de Deus supera nossos pecados e deméritos. Davi havia se arrependido, recebido o perdão e agora tinha a oportunidade, juntamente com Bate-Seba, de ser instrumento das bênçãos de Deus e alvo de sua graça.
O fato mais significativo relacionado ao nascimento de Salomão está em que dele descenderia Cristo Jesus. Isto é destacado por Mateus na genealogia que apresenta de Jesus: “Jessé gerou ao rei Davi; e o rei Davi, a Salomão, da que fora mulher de Urias” (Mt 1.6). Nota-se que Mateus, inspirado pelo Espírito Santo ao escrever sobre a genealogia de Cristo, não deixou de lembrar que Salomão era filho de Davi com a mulher que fora esposa de Urias. Apesar do pecado de Davi e Bate-Seba, a graça do Senhor tornou possível, por meio deles, o nascimento daquele de quem descenderia o Messias.
Por meio desses fatos, que demonstram a bênção de Deus sobre Davi e Bate-Seba, somos encorajados e confortados, pois verificamos que os pecados perdoados do passado não podem interferir ou impedir que sejamos abençoados por Deus. Deus não mais se lembra das transgressões passadas praticadas por nós e perdoadas em Cristo. Assim não deixa de derramar sobre nós suas bênçãos.
CONCLUSÃO
A história de Davi e Bate-Seba, demonstra que na vida cada escolha feita de forma errada resultará em consequências desastrosas. Vimos que a escolha de Davi foi determinada por seu descuido espiritual. No entanto, apesar do grande pecado cometido por ele e Bate-Seba, dos desdobramentos de suas escolhas e das trágicas consequências, Deus demonstrou sua graça e amor, restaurando-os, perdoando-os e ainda mais, concedendo a eles a oportunidade de terem outro filho, de quem descenderia o Messias, o Salvador Jesus.
APLICAÇÃO
Agora que você aprendeu sobre Davi e Bate-Seba e sobre as consequências trágicas de suas escolhas, avalie sua vida verificando em quais áreas você tem pecado contra o Senhor. Confesse cada um dos seus erros e dispondo-se a abandoná-los. Lembre-se de que é indispensável você manter vigilância para que suas escolhas sejam sempre feitas segundo a instrução da Palavra de Deus. E não se esqueça de sempre render louvores ao Senhor pelo perdão que ele concede a você, bem como, por sua infinita graça que é revelada na continuidade de suas bênçãos em sua vida, apesar de seus erros.
>> Estudo publicado originalmente pela Editora Cultura Cristã, na série Nossa Fé -– Casais da Bíblia. Usado com permissão
Texto Básico: 2 Samuel 12.15-25
Leitura Diária
Domingo: Mt 26.36-46 – Vigiai e orai
Segunda: 1Co 10.1-13 – Um cuidado necessário
Terça: Mt 5.27-32 – Atitudes preventivas
Quarta: Gl 6.6-10 – Semear e colher
Quinta: Sl 51.1-19 – Confissão e arrependimento
Sexta: Sl 32.1-11 – O perdão traz a bênção
Sábado: 1Jo 1.5–2.2 – A certeza do perdão

Fonte:Ultimato

AS MARCAS DE UM VERDADEIRO CRISTÃO


1 João 1.1-2.17
A Primeira Carta de João, segundo alguns estudiosos, ocupa o lugar mais elevado nos escritos inspirados, a ponto de João Wesley chamá-la de “A PARTE MAIS PROFUNDA DAS ESCRITURAS SAGRADAS”.
Simon Kistemaker afirma que “ESSA EPÍSTOLA PODERIA SER CHAMADA DE TRATADO TEOLÓGICO
Donald Guthrie tem razão quando diz que “ESSA CARTA COMBINA PENSAMENTOS PROFUNDOS COM SIMPLICIDADE DE EXPRESSÃO. ELA, É TANTO PRÁTICA QUANTO PROFUNDA”.
Antes de prosseguirmos, precisamos conhecer o autor dessa epístola. Quem foi João?
Primeiro, João era filho de Zebedeu e Salomé e irmão de Tiago. Seu pai era um empresário da pesca e sua mãe era irmã de Maria, mãe de Jesus. João era galileu e certamente deve ter crescido em Betsaida, às margens do mar da Galileia. Ele, à semelhança de seu pai, também era pescador.
Segundo, João tornou-se discípulo de Cristo. Inicialmente João era discípulo de João Batista, mas deixou suas fileiras para seguir o carpinteiro de Nazaré, o rabino da Galileia. Depois da morte de João Batista, João abandonou suas redes para integrar o grupo de Jesus permanentemente (Mc 1.16-20), tornando-se mais tarde um dos doze apóstolos (Mc 3.3-19).
        Terceiro, João tornou-se integrante do círculo mais íntimo de Jesus. Ao lado dos irmãos Pedro e André, João integrava esse grupo seleto que desfrutava de uma intimidade maior com Jesus. Eles acompanharam Jesus no monte de Transfiguração (Lc 9.28), na casa de Jairo (Lc 8.51), onde Jesus ressuscitou sua filha de 12 anos, e também no Jardim do Getsêmani, na hora mais extrema da sua agonia (Mc 14.33). Desses três apóstolos, João é o único que encostou a cabeça no peito de Jesus e foi chamado de discípulo amado.
Quarto, João passou seus últimos dias em Éfeso. E muito provável que João tenha fugido para Éfeso por volta do ano 68 d.C., antes da destruição da cidade de Jerusalém por Tito Vespasiano em 70 d.C. Dali ele foi banido para a Ilha de Patmos pelo imperador Domiciano, onde escreveu o livro de Apocalipse (Ap 1.9). João morreu de morte natural, enquanto todos os outros apóstolos foram martirizados. Seu irmão Tiago foi o primeiro dos apóstolos a morrer enquanto João foi o último. De acordo com Irineu, o apóstolo João viveu “até o tempo de Trajano”. João morreu por volta do ano 98 d.C., durante o reinado do imperador Trajano (98-117 d.C.). O apóstolo João foi o autor desta carta que estamos considerando.
John Stott diz que as diferenças existentes entre o evangelho e a carta são explicadas pelo propósito diferente que o autor tinha ao escrever cada uma dessas obras. Assim escreve Stott: João escreveu O EVANGELHO PARA INCRÉDULOS A FIM DE DESPERTAR-LHES A FÉ (JO 20.30,31), e a EPÍSTOLA PARA CRENTES, A FIM DE APROFUNDAR A CERTEZA DELES (5.13).
O local e a data em que a carta foi escrita
 E muito provável que o apóstolo João, o último representante do colégio apostólico vivo, tenha passado seus últimos dias morando na cidade de Éfeso, a capital da Ásia Menor. E quase certo que João escreveu essa e as outras duas epístolas de Éfeso, onde João pastoreou a igreja nos últimos dias da sua vida. Estudiosos normalmente datam a composição das epístolas de João entre 90 e 95 d.C. A razão para isso é o fato de as epístolas terem sido escritas para contra-atacar os ensinamentos do gnosticismo, que estava ganhando proeminência perto do final do século primeiro.
Os destinatários da carta
A Primeira Carta de João não foi endereçada a uma única igreja nem a uma pessoa específica, mas às igrejas do primeiro século. Trata-se de uma carta circular, geral ou católica.
Esta carta de João não foi endereçada à igreja de Éfeso, nem à igreja de Pérgamo, nem mesmo às igrejas da Ásia coletivamente, mas a todas as igrejas. Não há dúvida que ela circulou primeiramente entre as igrejas da Ásia e João tinha suas razões para escrevê-la em face dos perigos que atacavam as igrejas daquele tempo. Entretanto, seus ensinos e suas exortações não se restringem àquela época e àquelas igrejasAs doutrinas e exortações são tão oportunas para as igrejas de hoje como o foram para as igrejas daquele tempo.
Os propósitos da carta
        João escreveu o evangelho para os descrentes e seu propósito era que seus leitores cressem que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenham vida em seu nome (Jo 20.31).
A Primeira Epístola, por sua vez, foi escrita aos crentes para dar-lhes segurança da salvação em Cristo (5.13). Myer Pearlman corretamente diz que o evangelho trata dos fundamentos da fé cristã, a epístola dos fundamentos da vida cristã.
        O apóstolo João teve um duplo propósito ao escrever essa carta:
Em primeiro lugar, expor os erros doutrinários dos falsos mestres.
Esses falsos mestres estavam disseminando suas heresias perniciosas. João mesmo diz: “Isto que vos acabo de escrever é acerca dos que vos procuram enganar” (2.26). João escreveu para defender a fé e fortalecer as igrejas contra os falsos mestres e sua herética doutrina. Esses falsos mestres haviam saído de dentro da própria igreja (2.19). Eles se desviaram dos preceitos doutrinários. João identificou o surgimento de uma perigosa heresia que atacaria implacavelmente a igreja no segundo século, a heresia do gnosticismo.
Essa posição resultou em duas diferentes atitudes em relação ao corpo: ascetismo ou libertinagem.
As principais crenças do gnosticismo são: a impureza da matéria e a supremacia do conhecimento. Com isso, a filosofia gnóstica produziu uma aristocracia espiritual por um lado e uma acentuada imoralidade por outro.
O gnosticismo ensinava que a salvação podia ser obtida por intermédio do conhecimento, em vez da fé. Esse conhecimento era esotérico e somente poderia ser adquirido por aqueles que tinham sido iniciados nos mistérios do sistema gnóstico.
  A heresia gnóstica atingiu verdades essenciais do cristianismo.
A primeira delas foi a doutrina da Criação. Os gnósticos estavam errados quando afirmavam que a matéria era essencialmente má. Deus criou o mundo e deu uma nota: “Muito bom” (Gn 1.31).
A segunda verdade que foi afetada pela heresia gnóstica foi a doutrina da Encarnação. Para os gnósticos, era impossível que Deus houvesse assumido um corpo físico, material. Essa heresia em sua forma mais radical é chamada de Docetismo. O verbo grego dokein significa “parecer” e os docetistas pensavam que Jesus só parecia ter um corpo.
        De acordo com essa heresia de Cerinto Jesus morreu, mas Cristo não morreu. Para ele, o Cristo celestial era muito santo para estar em contato permanente com o corpo físico. Dessa maneira, ele negava a doutrina da Encarnação, que Jesus é o Cristo, e que Jesus Cristo é tanto Deus como homem.
 João se levanta, e refuta também essa heresia de Cerinto, quando escreve: “Este é aquele que veio por meio de água e sangue, Jesus Cristo; não somente com água, mas também com a água e com o sangue…” (5.6). Para eles, o Cristo divino abandonara a Jesus antes de sua crucificação. O apóstolo João afirma, entretanto, que Jesus Cristo veio por meio de água e sangue.
Augustus Nicodemus destaca o fato de que esses ensinamentos heréticos que negavam a humanidade e a divindade de Cristo foram posteriormente rejeitados pela igreja nos concílios de Niceia e Calcedônia, que adotaram o ensino bíblico da perfeita humanidade e divindade de Cristo.
Ela é uma carta que enfatiza a necessidade de obediência aos mandamentos divinos. A prova moral de que pertencemos à família de Deus é a obediência (2.3-8,29; 3.3-15,22-24; 4.20,21; 5.2-4,17-19,21). O conhecimento de Deus e a obediência a Deus devem caminhar sempre juntos. Aquele que diz que conhece a Deus, mas não guarda seus mandamentos é mentiroso (2.35). A obediência a Deus é uma das condições para termos nossas orações respondidas (3.22). Somos conhecidos como crentes pela obediência a Deus e pelo amor aos irmãos.
Diante do exposto quero meditar com os irmãos sobre as três provas cardinais que evidencia os verdadeiros cristãos:
1- A PRIMEIRA MARCA É TEOLÓGICA, CRER EM JESUS CRISTO “O FILHO DE DEUS” (3.23; 5.6,10,13).
A Primeira Carta de João tem uma mensagem tão urgente e decisiva para a igreja que o apóstolo, deixando de lado as saudações costumeiras, vai direto ao assunto e apresenta Jesus, a manifestação suprema de Deus entre os homens.
 João não se detém em detalhes como remetente, endereçamento e saudação quando tem algo tão imenso a declarar.
A intimidade com seus leitores é tal que várias vezes se dirige a eles como “filhinhos”, “amados”, “irmãos” (2.1,12,18; 3.7,18; 4.4; 5.21). João é uma pessoa que possui autoridade e fala como testemunha ocular.
No primeiro parágrafo (1.1-4) o tema central é Jesus, o verbo da vida. João abre sua carta falando sobre Jesus: Quem é Jesus. Como podemos conhecê-lo. Como ele pode ser experimentado. Como ele deve ser proclamado. Qual a principal razão da sua vinda ao mundo.
A mensagem de João é que Deus não está distante nem indiferente a este mundo, como pensam os gnósticos e deístas. O testemunho de João é que Deus está profundamente interessado neste mundo. Ele enviou seu Filho ao mundo e seu nome é Jesus Cristo, o verbo da vida. Ele é o Messias, o Salvador do mundo.
Não há qualquer sombra de dúvida de que o propósito da carta é anunciar aquele que é, desde o princípio, o verbo da vida, a vida eterna. Aquele que estava com o Pai manifestou-se em carne e foi ouvido, visto e tocado.
Destacaremos, agora, as verdades essenciais do texto em tela:
A preexistência do verbo de Deus (1.1)- Como a autoexistência e a eternidade sáo atributos exclusivos da divindade, concluímos, com diáfana clareza, que Jesus é divino. Essa verdade fica ainda mais clara quando lemos no prólogo do evangelho de João: “No princípio era o verbo, e o verbo estava com Deus, e o verbo era Deus” (Jo 1.1).
A humanidade do verbo de Deus (1.1) João continua: “[…] o que temos ouvido, o que temos visto com os nossos próprios olhos, o que contemplamos, e as nossas mãos apalparam, com respeito ao verbo da vida” (1.1). O Eterno penetrou no tempo e foi manifestado aos homens. O verbo de Deus preexistente, eterno e divino fez- se carne (Jo 1.14).
A encarnação de Cristo é a pedra fundamental onde se apoia o cristianismo. Negando a encarnação, os falsos mestres estavam na verdade atacando todas as doutrinas centrais do cristianismo.
A proclamação do verbo da vida (1.3,4) Eis o relato de João: O que temos visto e ouvido anunciamos também a vós outros, para que vós, igualmente, mantenhais comunhão conosco. Ora, a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo. Estas coisas, pois, vos escrevemos para que a nossa alegria seja completa (1.3,4).
João combate os hereges gnósticos mostrando que Jesus é o Filho de Deus, o Messias prometido, o ungido de Deus (1.7; 2.1,22; 3.8; 4.9,10,14,15; 5.1,9-13,18,20).
Ela é uma carta que enfatiza a humanidade de Cristo. Contrariando os ensinos gnósticos que proclamavam que a matéria era essencialmente má, João mostra que Jesus veio em carne (1.1-3,5,8; 4.2,3,9,10,14; 5.6,8,20). John Stott está coberto de razão quando diz que a mensagem de João está supremamente interessada na manifestação histórica, audível, visível e tangível do Eterno. João está atestando a sua mensagem com a sua experiência pessoal.
        Ela é uma carta que enfatiza que Jesus é o Salvador. Jesus morreu pelos pecados dos homens (1.7; 2.1,2; 3.5,8,16; 4.9,10,14). O Pai enviou seu Filho como Salvador do mundo (4.14).
Ele manifestou-se para tirar os pecados e nele não existe pecado (3.5). Com respeito ao pecado do homem, Jesus é: primeiro, o nosso advogado junto ao Pai (2.1) e, segundo, a propiciação pelos nossos pecados (2.2; 4.10). Um sacrifício propiciatório restaura a relação quebrada entre duas partes. E um sacrifício que reconcilia o homem e Deus.
2- SEGUNDA MARCA É MORAL (OBEDECER=SANTIDADE) – SE PRATICAMOS OS MANDAMENTOS DE DEUS (1.5; 2.3-11; 3.5)
A teologia não é separada da ética, mas exige santidade de vida. A teologia cristã não é apenas conceitual, mas, sobretudo, prática.
 João não é um filósofo, mas um teólogo. Sua mensagem não é apenas para o deleite da mente, mas para a transformação do coração. Sua teologia não é destinada apenas a uma elite intelectual na igreja, mas para todos os que reconhecem seus pecados e se voltam contritos para Deus.
Sua mensagem tem profundas implicações práticas. O propósito do apóstolo é mostrar que não podemos ter comunhão com Deus e com os irmãos sem santidade. E impossível andar nas trevas e ter comunhão com Deus, que é luz. William Barclay tem razão quando diz que o caráter de uma pessoa estará determinado necessariamente pelo caráter do Deus a quem adora.
 Simon Kistemaker diz: que a santidade exige verdade em palavras e atos.
A teologia não é neutra, mas exige do homem um posicionamento. Aqueles que dizem conhecer a Deus, que é luz, mas vivem nas trevas; aqueles que, embora pecadores, negam a própria natureza pecaminosa; aqueles que, embora manchados pela mácula do pecado.
A natureza santa de Deus é exposta (1.5) João escreve: “Ora, a mensagem que, da parte dele, temos ouvido e vos anunciamos é esta: que Deus é luz, e não há nele treva nenhuma”. João passa da revelação do verbo de Deus para a revelação do próprio Deus, a quem revela.
Destacamos aqui alguns pontos:
EM PRIMEIRO LUGAR, a mensagem acerca da natureza de Deus vem do próprio Jesus (1.5).
        A natureza pecaminosa do homem é declarada (1.6-10) Os falsos mestres, que haviam desembarcado na Ásia Menor, traziam em sua bagagem uma teologia falsa acerca de Deus, de Cristo, do homem, do pecado e da salvação. No pacote de suas heresias, esses falsos mestres desconectavam a religião da vida, afirmando que podiam ter comunhão com Deus e ao mesmo tempo viver nas trevas (1.6).
Eles chegavam a ponto de negar a própria existência do pecado (1.8) e afirmar que não eram susceptíveis a ele (1.10).
        Quais eram essas atitudes dos falsos mestres? Em primeiro lugar, a tentativa de enganar os outros (1.6). “Se dissermos que mantemos comunhão com ele e andarmos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade.” Os mestres gnósticos separaram a teologia da vida, a religião da prática da piedade. Mesmo imersos no caudal de seus pecados ainda proclamavam que tinham comunhão com Deus.
        Concordo com Augustus Nicodemus quando diz: “Os atos de um cristão professo são mais eloquentes do que suas palavras, e revelam o estado real de seu relacionamento com Deus”.
        Simon Kistemaker tem toda razão quando escreve: “O pecado aliena o ser humano de Deus e de seu próximo. Ele perturba a vida e gera confusão. Em vez de paz, há discórdia; em vez de harmonia, há desordem; e, no lugar de comunhão, há inimizade”.
        EM SEGUNDO LUGAR, a tentativa de enganar a nós mesmos (1.8). “Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós.”O pecado nos leva a mentir não apenas para os outros, mas também a mentir para nós mesmos. O problema agora não é enganar os outros, mas enganar a nós mesmos.
        O pecado anestesia o coração, insensibiliza a alma e cauteriza a consciência. E possível viver em pecado e ainda assim sentir-se seguro e ter a certeza de que tudo está bem na relação com Deus. Isso é mais do que esconder o pecado como fez Davi. Isso é negar a própria existência do pecado, como fizeram os falsos mestres do gnosticismo.
        EM TERCEIRO LUGAR, a tentativa de enganar a Deus (1.10). “Se dissermos que não temos cometido pecado, fazemo-lo mentiroso, e a sua Palavra não está em nós.” O pecado pode nos fazer mentir para os outros, mentir para nós mesmos e mentir para Deus. Tendo-se tornado mentiroso, depois também se procura transformar Deus em mentiroso.
        Concluímos este ponto com as palavras de Warren Wiersbe, dizendo que os falsos mestres e os falsos crentes mentem sobre sua comunhão com Deus (1.6), sobre sua natureza pecaminosa (1.8) e sobre seus atos pecaminosos (1.10). Aquele que procura encobrir os seus pecados perde a Palavra de Deus. Ele deixa de praticar a Palavra de Deus (1.6), logo a verdade deixa de estar nele (1.8), e, finalmente, ele torna a verdade em mentira (1.10). Aquele que tenta encobrir os seus pecados perde a comunhão com Deus e com o seu povo (1.6,7).
        NO CAPÍTULO I de sua epistola, O apóstolo João identificou três marcas de um falso cristão: ele tenta enganar os outros, a si mesmo e a Deus.
        A obediência, a evidência do verdadeiro conhecimento de Deus (2.3-6) Conhecer a Deus e ter comunhão com ele é a própria essência da vida eterna (Jo 17.3). Comunhão com Deus e conhecimento de Deus são dois lados da mesma moeda.
        Em suas Confissões, Agostinho de Hipona diz: “DEUS NOS CRIOU PARA ELE E NOSSA ALMA NÃO ENCONTRARÁ REPOUSO ATÉ DESCANSARMOS NELE”.
                        Destacaremos quatro pontos para a nossa reflexão:
Em primeiro lugar, a obediência é a prova do conhecimento de Deus (2.3). “Ora, sabemos que o temos conhecido por isso: se guardamos os seus mandamentos.”
Conhecer nas Escrituras e especialmente em João (2.3,4,13,14) não significa nunca um conhecimento intelectual, teórico, mas um conhecimento experimental do coração. O que João está dizendo é que nenhum conhecimento é verdadeiro se não for transformador.
        Warren Wiersbe diz que a obediência pode ter três motivações: obedecemos porque somos obrigados, porque precisamos ou porque queremos. escravo obedece porque é obrigado. Do contrário, será castigado. O empregado obedece porque precisa. Pode não gostar de seu trabalho, mas certamente gosta de receber o salário no final do mês! Precisa obedecer, pois tem uma família para alimentar e vestir. Mas o cristão deve obedecer ao Pai celestial porque quer — porque tem um relacionamento de amor com Deus. Jesus disse: “Se me amais, guardareis os meus mandamentos” (Jo 14.15).
        Em segundo lugar, a inconsistência moral é a negação do conhecimento de Deus (2.4). “Aquele que diz: Eu o conheço e não guarda os seus mandamentos é mentiroso, e nele não está a verdade.” O pior dos enganos é o autoengano.
        Em terceiro lugar, a obediência à Palavra é a prova de que Deus está em nós e nós nele (2.5). “Aquele, entretanto, que guarda a sua palavra, nele, verdadeiramente, tem sido aperfeiçoado o amor de Deus. Nisto sabemos que estamos nele…” O amor de Deus por nós é aperfeiçoado na obediência à Palavra. Nosso amor por Deus é demonstrado pela observância dos mandamentos de Cristo (5.3; Jo 14.15,21,23).
 Como podemos saber que estamos em Deus? João responde com uma sucessão de declarações: Quando estamos nele (2.5), quando permanecemos nele (2.6) e quando andamos assim como ele andou (2.6).
   Em quarto lugar, a imitação de Cristo é a prova de que pertencemos a ele (2.6). “Aquele que diz que permanece nele, este deve também andar assim como ele andou.” Cristo não é apenas nosso mestre; é também nosso exemplo. Qualquer pessoa que diga que é cristão deve viver como Cristo viveu.
        Ela é uma carta que enfatiza a necessidade de separação do mundo. O amor a Deus e o amor ao mundo são incompatíveis e irreconciliáveis (2.1517; 3.1,3,13; 4.3-5; 5.4; 5.19). O mundo é hostil a Deus e ao crente (3.1). Os falsos profetas são do mundo e não de Deus, porque falam a linguagem do mundo (4.4,5). Todo o mundo está sob o maligno (5.19). Por isso, o crente deve vencer o mundo pela fé (5.4). Todos os desejos do mundo são passageiros (2.17). Entregar o coração ao mundo que marcha para a destruição é uma verdadeira loucura.
Ela é uma carta que enfatiza a necessidade de obediência aos mandamentos divinos. A prova moral de que pertencemos à família de Deus é a obediência (2.3-8,29; 3.3-15,22-24; 4.20,21; 5.2-4,17-19,21).
O conhecimento de Deus e a obediência a Deus devem caminhar sempre juntos. Aquele que diz que conhece a Deus, mas não guarda seus mandamentos é mentiroso (2.35).
A obediência a Deus é uma das condições para termos nossas orações respondidas (3.22). Somos conhecidos como crentes pela obediência a Deus e pelo amor aos irmãos.
John Stott diz que temos razão de suspeitar dos que alegam intimidade mística com Deus e, entretanto, “andam nas trevas”. Religião sem moralidade é ilusão, uma vez que o pecado é sempre uma barreira para a comunhão com Deus. Andar nas trevas significa viver no erro, no pecado, na ignorância de Deus e em hostilidade a ele. Nesse caso, mentimos e não praticamos a verdade. Andamos em trevas quando as coisas mais cruciais da vida passam sem o exame da luz de Cristo. Se nossa carreira, nossa vida sexual, dinheiro, família, autoimagem, esperanças e sonhos jamais lhe foram abertos, nosso cristianismo e vida eclesiástica são uma mentira eloquente. E esse o motivo da falta de poder de tantos cristãos hoje e a razão de haver igrejas sem vida e sem poder.
3-A TERCEIRA MARCA É SOCIAL (AMOR) –  SE NOS AMAMOS UNS AOS OUTROS ( 2.7-11)
O amor, a evidência da verdadeira caminhada na luz (2.7-11)
        Se CRER em Jesus é a Marca teológica, a obediência é a Marca Moral que identifica o verdadeiro cristão, o amor é a Marca Social.
João faz uma transição da Marca Moral para a Marca Social, da obediência aos mandamentos para o amor ao próximo.
        Algumas verdades preciosas são aqui destacadas:
Em primeiro lugar, o amor é um mandamento velho e novo ao mesmo tempo (2.7,8). O apóstolo João escreve: Amados, não vos escrevo mandamento novo, senão mandamento antigo, o qual, desde o princípio, tivestes. Esse mandamento antigo é a palavra que ouvistes. Todavia, vos escrevo novo mandamento, aquilo que é verdadeiro nele e em vós, porque as trevas se vão dissipando, e a verdadeira luz já brilha.
João não está entrando em contradição. Na língua grega há duas palavras para “novo”. A palavra NEÓS é novo em termos de tempo e KAINÓS é novo em termos de qualidade.
A palavra usada por João aqui é KAINÓS. O mandamento para amar uns aos outros não é novo em termos de tempo, mas o é em termos de qualidade.
Podemos afirmar que o mandamento de amar o próximo é novo em três aspectos:
O mandamento é novo em profundidade. O novo mandamento de Cristo nos desafia a amar como ele nos amou. Isso é mais do que amar o próximo como a si mesmo, uma vez que Cristo nos amou e a si mesmo se entregou por nós. O amor cristão não é sentimento, é ação. Não somos quem dizemos ser, mas o que fazemos. Cristo deu sua vida por nós e devemos dar a nossa vida pelos irmãos (3.16).
O mandamento é novo em extensão. Jesus redefiniu o significado de “próximo”. O próximo que devemos amar é qualquer pessoa que precise da nossa compaixão, independentemente de raça ou posição. Devemos amar até mesmo os nossos inimigos. Em Jesus o amor busca o pecador. Para os rabinos judeus ortodoxos, o pecador era uma pessoa a quem Deus queria destruir. Os judeus desprezavam os pecadores, considerando-os indignos do amor de Deus, e repudiavam os gentios, considerando-os combustível do fogo do inferno. Porém Deus amou o mundo.
O mandamento é novo em experiência. Andar em amor e andar na luz são a mesma coisa. Quando conhecemos a Deus tornamo-nos filhos da luz. Na vida cristã as trevas vão se dissipando, pois as trevas não podem prevalecer sobre a luz. Na vida cristã a verdadeira luz, que é Cristo, já brilha. Quando Jesus nasceu, o “[…] sol nascente das alturas” visitou o mundo (Lc 1.78).
Em segundo lugar, o ódio não sobrevive na luz (2.9). “Aquele que diz estar na luz e odeia a seu irmão, até agora, está nas trevas.”
Concordo com Lloyd John quando diz que a inimizade é cancerosa. Ela gera a própria espécie. Ela se multiplica desordenadamente. Ela adoece, deforma e mata.
João repete a ideia desse capítulo nos dois capítulos seguintes, quando diz que “Todo aquele que odeia a seu irmão é assassino” (3.15) e que “Se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso” (4.20). Quem odeia a seu irmão desobedece aos mandamentos de Deus, está longe da verdade e vive em trevas espirituais.
Augustus Nicodemus diz que o ódio ao irmão é bastante revelador: “indica a falta do verdadeiro conhecimento de Deus. Indica falta de conversão; aponta, portanto, para o estado de perdição daquele que odeia”.
 Em terceiro lugar, o amor não produz tropeço para si nem para os outros (2.10). “Aquele que ama a seu irmão permanece na luz, e nele não há nenhum tropeço.” A palavra grega SKANDALON, traduzida por “tropeço”, é metáfora bíblica para uma pedra saliente que faz tropeçar o viajor. O uso desta palavra mostra que a falta de amor produz escândalo e causa tropeço.
Lloyd John Ogilvie está correto quando escreve: “As trevas da animosidade tornam o caminho traiçoeiro, mas a luz de Cristo transforma as pedras de tropeço em calçada”.
Warren Wiersbe narra a história de um homem que certa noite andava por uma rua escura quando viu um ponto muito pequeno de luz vindo em sua direção com movimentos hesitantes. Pensou que a pessoa carregando a luz talvez estivesse doente ou bêbada, mas, ao se aproximar, viu que o homem com a lanterna também segurava uma bengala branca. Por que será que um homem cego está carregando uma lanterna acesa?, o homem pensou e resolveu perguntar  a ele. O cego sorriu e respondeu: “Eu carrego essa luz para que eu veja, mas para que outros me vejam. Não fazer coisa alguma a respeito da minha cegueira, isso fazer algo para não ser um tropeço”.
Em quarto lugar, o ódio é um veneno que corói aqueles que dele se nutrem (2.11). “Aquele, que odeia a seu irmão está nas trevas, e anda na escuridão, e não sabe para onde vai, porque as trevas lhe cegaram os olhos.”
Augustus Nicodemus diz, acertadamente, que as trevas a que João se refere são a  escuridão moral e espiritual, característica de pecado e corrupção em que a humanidade vive.
Quem odeia a seu irmão evidencia em sua vida três amargas realidades:
Quem odeia a seu irmão não tem a salvação de sua alma (2.11a). “Aquele, porém, que odeia a seu irmão está nas trevas…”. As trevas são o oposto da luz. O diabo é o príncipe das trevas.
Quem odeia a seu irmão não tem propósito na vida (2.11b). “[…] e anda nas trevas…”. Quem anda nas trevas, anda sem segurança. Quem anda nas trevas, anda sem projeto e sem propósito. Quem anda nas trevas, não sai do lugar, não faz progresso, não tem direção clara na jornada na vida.
Quem odeia a seu irmão não tem direção na caminhada da vida (2.11c). “[…] e não sabe para onde vai…”. Aquele que vive e anda nas trevas não tem direção segura na vida. Aquele que anda nas trevas vive tateando, tropeçando e caindo. Fazer uma viagem nas trevas é caminhar em direção ao desastre.
João ergue sua voz para dizer que o ódio cega como as trevas. O amor não é cego; o ódio, sim, cega! Uma pessoa amargurada fica cega. Seu raciocínio obscurece. Perde-se o equilíbrio. Perde-se o discernimento. Perde-se a direção. Perde-se a bem-aventurança eterna.
Pastor Eli Vieira

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