sexta-feira, 7 de março de 2014

CARTA DE CAMPINA GRANDE


Na noite de encerramento do 16º Encontro para a Consciência Cristã, nesta terça-feira (04), todos os 32 preletores do evento lançaram um documento, a “Carta de Campina Grande”. Nele, os palestrantes reafirmam e reasseguram o seu compromisso com o genuíno Evangelho de Cristo, sua defesa e sua pregação por todo o Brasil e todo o mundo.

Confira a carta, na íntegra:

CARTA DE CAMPINA GRANDE

Nós, membros da igreja de Jesus Cristo, participantes do 16º Encontro para a Consciência Cristã, celebramos a comunhão que desfrutamos como povo de Deus, unidos ao redor do evangelho de Cristo.

No início deste século e milênio a igreja evangélica brasileira tem enfrentado imensos desafios e inesperadas oportunidades. O crescimento numérico das denominações evangélicas tem sido notório, levando-nos à plena convicção de que o Deus Todo-Poderoso tem salvado um número incontável de pessoas para a glória do seu Nome. Entretanto, é possível constatar que uma parcela significativa do evangelicalismo brasileiro tem abandonado o compromisso com o evangelho ensinado por Cristo.

Lamentavelmente, um tipo crasso de religiosidade popular tem prevalecido na mídia e na proliferação de templos e denominações, causando escândalo para a fé cristã e distanciando as pessoas que mais necessitam do poder transformador do evangelho. Ao mesmo tempo, muitas igrejas têm se omitido no cumprimento da Grande Comissão, deixando-se influenciar por um avançado processo de secularização. Crescem por oferecer entretenimento e não por fazer discípulos radicalmente comprometidos com Cristo. Pensadores evangélicos antes consagrados à proclamação do evangelho da Salvação Eterna hoje pronunciam-se publicamente rompendo com as convicções que um dia defenderam. Os líderes já não são mais vistos como referências de espiritualidade e integridade, mas como embusteiros, que exploram a credulidade do povo, enriquecendo ilicitamente. Nesse cenário, muitas igrejas conservadoras, ainda que mantendo fidelidade às doutrinas evangélicas fundamentais, mantêm-se apáticas em relação ao desafio missionário e à tarefa de influenciar a sociedade como sal da terra e luz do mundo.

Por outro lado, vemos um país sucumbindo diante da corrupção sistêmica, da violência generalizada, da desagregação familiar, do abandono dos valores cristãos, da desigualdade social e de práticas ocultistas.

Diante dessa realidade, oramos por um avivamento espiritual em terras brasileiras. Não um avivamento de emocionalismo e misticismo, que não produz transformações duradouras, mas um que, como ocorreu em outros lugares e outros tempos, proporcionou a conversão verdadeira de milhares e até milhões de pessoas, chegando a mudar o rumo de nações. Para demonstrar nosso compromisso com o avivamento da igreja brasileira, nós declaramos juntos:

NÓS CREMOS NO EVANGELHO

O evangelho de Jesus Cristo é a boa notícia da salvação graciosa de Deus somente pela fé em Jesus Cristo. Nós não compactuamos com as grandes distorções da mensagem cristã, ensinadas por grupos que, em sua essência, exploram a credulidade do povo e buscam o enriquecimento ilícito em nome do evangelho. De acordo com as Escrituras, esses são lobos vorazes, mercadores da fé, charlatães. Sua existência não nos surpreende, pois, desde o início, Jesus e os apóstolos nos alertaram contra suas práticas.

O evangelho de Cristo exalta Deus que, em sua santidade, justiça e amor, oferece ao ser humano caído salvação através do sacrifício redentor de Cristo, o Messias prometido, o Filho de Deus. Afirmamos que ninguém pode ser justificado por suas obras, pois todos pecaram e distanciaram-se da glória de Deus. Somente pela fé em Cristo como Senhor e Salvador, o ser humano é salvo dos seus pecados e transformado em nova criatura.

NÓS PROCLAMAMOS O EVANGELHO

A missão principal da igreja é glorificar a Deus, proclamando o evangelho e fazendo discípulos de todas as nações.

Reconhecemos que a igreja foi chamada para proclamar o evangelho em sua inteireza, mas nos recusamos a vinculá-lo a ideologias políticas ou agendas de ambições pessoais. Cremos que o evangelho deve ser proclamado nos termos e ênfases do evangelho, não nas circunstâncias mutáveis da sociedade. Nós proclamamos o evangelho em sua totalidade, sem omitir seus aspectos essenciais como a justiça e a santidade de Deus, a culpa do ser humano, a salvação somente pela fé, a ressurreição dos mortos, o julgamento final, o céu e o inferno. Nós proclamamos o evangelho a todas as pessoas, independentemente de raça, nacionalidade, sexo, religião ou condição social. Cremos que todas as pessoas precisam ouvir o evangelho em sua própria língua e cultura, de forma contextualizada, que tenham a oportunidade de ser discipuladas e fazer discípulos, formando igrejas locais autóctones comprometidas com o pleno ensino do Reino de Deus, fazendo da proclamação do evangelho um estilo de vida.

Nós repudiamos mensagens que substituam o evangelho de Cristo por conteúdos humanistas de autoajuda, que promovam um misticismo desvinculado das Escrituras e transformem Deus em um negociador de bênçãos.

NÓS DEFENDEMOS O EVANGELHO

Desde os seus primórdios, o ensino de Cristo esteve sob o ataque de crenças e filosofias hostis à mensagem da salvação pela graça mediante a fé. Somos chamados a lutar diligentemente por essa fé que nos foi entregue de uma vez por todas, estando preparados para dar razão da esperança que existe em nós e vigiando contra lobos vorazes que não poupam o rebanho. A defesa da fé faz parte essencial da missão da igreja enquanto ela proclama o evangelho de Cristo. Nós rejeitamos o evangelho do relativismo pós-moderno, do ateísmo militante, do secularismo pragmático, do liberalismo teológico, das seitas e cultos, do nominalismo religioso, de todas as ideias e ideologias que se levantam contra ou pretendem substituir o evangelho de Cristo. Nós afirmamos nossa plena convicção na existência de Deus, em sua revelação objetiva e inerrante através das Escrituras, na singularidade de Cristo e na realidade da eternidade. Nós defendemos o evangelho com amor, sabedoria, compaixão e firmeza, sem qualquer contemporização, visando a conversão dos perdidos e a proteção daqueles que crêem, na firme convicção de que o próprio Jesus edificará sua igreja e a portas do inferno não prevalecerão contra ela.

NÓS NOS COMPROMETEMOS A VIVER À LUZ DO EVANGELHO

Mártires, reformadores, avivalistas através da história têm assumido o absoluto compromisso com o evangelho. O maior apelo para a veracidade do evangelho é o testemunho de vidas radicalmente comprometidas com ele. Nós nos comprometemos a viver de forma digna do evangelho de Cristo como indivíduos, discípulos, profissionais e cidadãos, recusando-nos a ceder ao materialismo, ao relativismo e à corrupção, aceitando carregar a cruz de Cristo como prioridade absoluta do testemunho do evangelho de Cristo. Como cidadãos do reino de Deus, assumimos o compromisso de, na dependência da graça de Cristo, viver o poder transformador do evangelho em todas as suas dimensões. Diante da corrupção generalizada e do relativismo moral na sociedade brasileira, nós estamos prontos para assumir as plenas implicações éticas e morais do evangelho, não somente na esfera da igreja, mas também da sociedade: educação, trabalho, política, economia, cultura.

NÓS ORAMOS PELO PROGRESSO DO EVANGELHO

Reconhecemos que, sem a intervenção soberana e sobrenatural de Deus, não veremos o verdadeiro progresso do evangelho. Esforços humanos produzem resultados humanos. Através da história, o evangelho tem impactado nações pelo poder do Espírito Santo. Embora o Brasil nunca tenha experimentado um avivamento espiritual de grandes proporções, nós nos comprometemos diante de Deus a orar por esse avivamento, na expectativa de uma transformação radical no curso de nossa nação através da igreja do Senhor, cheia do Espírito Santo, vivendo a plenitude do evangelho.

NÓS NOS UNIMOS PELO EVANGELHO

Dizemos não a uma união que compromete a essência do evangelho de Cristo. Não cremos que todos os caminhos levam a Deus, pois Jesus é o caminho, a verdade e a vida. Não cremos que todas as instituições ditas cristãs de fato seguem a Cristo, pois muitas afirmam o nome de Cristo sem conhecê-lo. Mas afirmamos sim nosso compromisso de unidade com todos aqueles que abraçam o evangelho de Cristo, como nos foi transmitido por Jesus e seus apóstolos. Ao mesmo tempo, reconhecemos que as verdades essenciais, comuns a todos os evangélicos herdeiros da Reforma, podem nos unir não institucionalmente, mas como corpo vivo de Cristo, que, na sua diversidade, cumpre a sua missão. Desejamos ser a resposta a oração de Cristo quando ele orou para que fôssemos um. Nós nos unimos pela proclamação do evangelho a todas as nações.

Assim, confiantes na graça de Deus, assumimos este compromisso diante de Deus e de seu povo para vermos em nossa nação brasileira um poderoso progresso do evangelho de Cristo.

Subscrevemos,

Pr. Euder Faber Guedes Ferreira (Coordenador do 16º Encontro para a Consciência Cristã) 
Pr. Jorge Noda (ILEST/PB) 
Pr. Renato Vargens (ICA/RJ) 
Dra. Norma Braga (IPB/RN) 
Pr. Paul Washer (Heart Cry/EUA) 
Pr. Hernandes Dias Lopes (IPB/ES) 
Dr. Russell Shedd (IB/SP) 
Pr. Augustus Nicodemus (IPB/SP) 
Pr. Ronaldo Lidório (IPB/AM) 
Dr. Heber Campos Jr. (IPB/SP) 
Pr. Jonas Madureira (IB/SP) 
Pb. Solano Portela Neto (IPB/SP) 
Prof. Adauto Lourenço (IPB/SP) 
Pr. Joide Miranda (MEI/MT) 
Pr. José Bernardo (AMME/SP) 
Pr. Geremias Couto (AD/RJ) 
Prof. Ricardo Marques (IBC/CE) 
Pr. Joaquim de Andrade (CREIA/SP) 
Miss. Gleydice Bernardes (ACEV/PB) 
Miss. Socorro Teles (IPB/PB) 
Pr. Robson Tavares (ICNV/PB) 
Pb. José Mário (IPB/PB) 
Pr. Luiz Vieira (ICNV/PB) 
Pr. Valter Vandilson (ICD/PB) 
Pr. José Américo (IB/PB) 
Pr. José Pontes (IN/PB) 
Miss. Joyce Clayton (Inglaterra) 
Profª. Janeide Andrade (OBPC/PB) 
Miss. Edna Miranda (MEI/MT) 
Miss. Rosali Melo (IC/PB) 
Dra. Paumarisa Vieira (IPB/PB) 
Pr. Weber Alves (ICES/PB) 
Jorn. Josué Sylvestre (AD/PR) 

Fonte:Púlpito Cristão

quinta-feira, 6 de março de 2014

Como é a vida dos cristãos nos países mais opressores ao Evangelho


Imagine caminhar para o estudo da Bíblia, sempre olhando por cima do seu ombro para garantir que não está sendo seguido. Imagine-se nos preparativos para ir à igreja, sabendo que cerca de 300 igrejas foram atacadas no seu país recentemente

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Imagine saber que não só você, mas seus pais, seus filhos e seus netos foram condenados a viver em um campo de prisioneiros, porque a sua fé em Jesus foi descoberta.

Estes pensamentos nunca passam por nossas mentes quando pensamos em nossa vida como cristãos no Brasil; não temos medo de termos a nossa fé revelada e corrermos o risco de sofrermos graves consequências por causa disso. Mas esta é a realidade de muitos cristãos ao redor do mundo.

Você sabe qual é a sensação de se viver nos piores lugares do mundo, como cristão? Para descobrir, dê uma olhada nos dez primeiros países da Classificação da Perseguição Religiosa 2014:

1. Coreia do NortePelo 12º ano consecutivo, de todos os países do mundo, a Coreia do Norte é o lugar onde a perseguição cristã é mais extrema. A adoração obrigatória ao presidente Kim Jong-Un e seus antecessores não deixa espaço para qualquer outra religião. Forçados a cultuar ao verdadeiro Deus somente em segredo, os cristãos não se atrevem a compartilhar sua fé, nem mesmo com suas famílias. Qualquer um que for descoberto em atividade religiosa secreta está sujeito à prisão, tortura e até mesmo execução pública.

2. Somália
Líderes islâmicos e funcionários do governo afirmam publicamente que não há lugar para os cristãos na Somália. O grupo extremista islâmico Al-Shabaab tem como alvo os cristãos; relatos oficiais dos últimos anos indicam que pelo menos 10 fiéis foram mortos pelo grupo. Os cristãos muitas vezes escondem sua fé uns dos outros por medo de traição.

3. SíriaÀ medida que o conflito civil na Síria se agrava, a violência dirigida contra os cristãos também tem aumentado significativamente. Muitos cristãos têm sido sequestrados, fisicamente agredidos ou mortos, e muitas igrejas têm sido danificadas e destruídas. Em outubro do ano passado, extremistas islâmicos invadiram o antigo povoado cristão de Sadad, matando pelo menos 45 pessoas e ferindo outras mais.

4. Iraque
Grupos terroristas islâmicos têm aumentado em número com o objetivo de livrar o país dos cristãos. De acordo com uma fonte local, a cada dois ou três dias um cristão é morto, sequestrado ou abusado.

5. Afeganistão
O país continua instável, e os grupos extremistas islâmicos continuam a ganhar poder. O cristianismo é considerado uma religião "ocidental" e aqueles que deixam o Islã enfrentam pressões da família, da sociedade e das autoridades locais. Um político afegão recentemente anunciou sua pretensão de executar todos os convertidos ao cristianismo. Não há igrejas públicas.

6. Arábia SauditaA prática aberta de qualquer outra religião que não seja o Islã é proibida e a conversão para outra religião é punível com morte. Em 2013, diversas reuniões de oração de migrantes cristãos foram invadidas pela polícia, e muitos fiéis foram detidos e deportados. Apesar disso, um número crescente de muçulmanos tem vindo a Cristo.

7. MaldivasSer um cidadão maldivo significa ser muçulmano. Assim, oficialmente não existem cristãos nas Maldivas, somente cristãos expatriados. A lei proíbe a conversão para outras religiões, e aqueles que o fazem perdem sua cidadania. Não há igrejas e os poucos cristãos que existem têm de esconder a sua fé.

8. Paquistão
As famosas leis de blasfêmia do Paquistão continuam a ter consequências devastadoras para os cristãos. Mulheres e meninas são particularmente vulneráveis, e agressões sexuais contra menores de idade cristãs continuam a ser relatadas.

9. IrãDesde o alerta de Ali Khamenei, em 2010, da influência crescente e do número das igrejas domésticas no Irã, o tratamento aos cristãos piorou de maneira rápida e significativa. Por meio de serviços de monitoramento, o regime tenta destruir aqueles que evangelizam, prendendo convertidos, banindo cultos na língua local, farsi, e fechando algumas igrejas. Mesmo assim, o Evangelho continua a se espalhar.

10. IêmenNo Iêmen há certa liberdade religiosa para os estrangeiros, mas o evangelismo é proibido e os iemenitas que deixam o Islã podem enfrentar a pena de morte. Os cristãos de origem muçulmana estão sob vigilância constante de extremistas e são forçados a se encontrarem em segredo.

Saiba maisClassificação da Perseguição Religiosa 
Perfis de países 
Perguntas frequentes
FontePortas Abertas EUA
TraduçãoAna Luíza Vastag

A doutrina inibe o agir do Espírito?

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Por Paulo Ribeiro


Hoje, ouvi de uma pessoa - muito simpática, atenciosa e certamente seguidora de Cristo - o seguinte comentário a respeito de um culto por que participamos durante a manhã: "Aqui há uma boa valorização da Palavra e da doutrina, mas a liturgia é muito 'fechada' e o Espírito Santo não tem liberdade para agir" (parafraseando). Estávamos em uma paróquia protestante.

Essa declaração me fez recordar as inúmeras semelhantes que já ouvi, geralmente, de irmãos carismáticos. "Este culto é muito mecânico", "tanta doutrina atrapalha o agir do Espírito Santo", "aqui não há espaço para o Espírito trabalhar", etc. Mas será que essas declarações estão corretas à luz da Escritura? Será que tais afirmações são portadoras de uma compreensão acurada sobre o Espírito de Deus, sobre a instrumentalidade da Palavra e sobre a teologia do culto? A resposta é: não. E eis algumas razões que justificam meu parecer.

Primeiramente, Deus é um ser todo-poderoso. Ele é onipotente. Nada e ninguém pode limitá-lo, cerceá-lo, restringi-lo, manietá-lo, conduzi-lo, impedi-lo, atrasá-lo ou influenciar sua operação de qualquer maneira, em qualquer nível. Isaías 46.10 diz: "... Meu propósito permanecerá em pé, e farei tudo o que me agrada.", e no v. 11 completa: "Do oriente convoco uma ave de rapina; de uma terra bem distante, um homem para cumprir o meu propósito. O que eu disse, isso eu farei acontecer; o que planejei, isso farei.". E Deus diz, em Isaías 43.13: "Agindo eu, quem o pode desfazer?”. Diante desses poderosos testemunhos bíblicos e, lembrando que o Espírito Santo é Deus, resta ainda algum espaço para defendermos uma posição na qual o Espírito - o próprio Deus - está limitado por alguma situação em particular? É claro que não! Como poderia o Deus criador de todas as coisas, inclusive da nova vida aos pecadores espiritualmente mortos, ver-se "limitado" por qualquer coisa? Uma obra muito mais difícil de ser concebida pela mente humana, a de dar nova vida a pessoas mortas em seus pecados e delitos (Ef 2.1), nós conseguimos aceitar pela fé, por que não haveríamos de aceitar o fato de que nada pode impedir e nem mesmo dificultar a operação do Santo Espírito de Deus? Segue-se que o Espírito opera quando quer, como quer, independentemente de nossa permissão [1]. Liturgias mais elaboradas e menos "intuitivas" não restringem o agir do Espírito Santo de maneira alguma. Nem circunstancialmente nem ontologicamente o Espírito do Senhor é ou pode ser limitado.

Em segundo, a Palavra de Deus, bem como a doutrina por ela revelada são os principais e maiores instrumentos de santificação do qual o Espírito se vale para operar nos corações e mentes dos regenerados. Jesus, em João 15.3 diz:"Vocês já estão limpos, pela palavra que lhes tenho falado". O texto de Efésios 6.17 nos diz que a Palavra é a espada do Espírito, o instrumento empregado por Ele. A segunda carta de Pedro diz: "Dessa maneira, ele nos deu as suas grandiosas e preciosas promessas, para que por elas vocês se tornassem participantes da natureza divina e fugissem da corrupção que há no mundo, causada pela cobiça"(1.4); e sabemos que as mencionadas promessas, neste contexto, são figuras para toda a Palavra de Deus. Pedro também diz: "Agora que vocês purificaram a sua vida pela obediência à verdade..." (1Pe 1.22); lembrando também que a verdade objetiva só pode ser encontrada na Escritura Sagrada, como revelação especial de Deus para nós. Portanto, uma conclusão é inevitável aqui: a Palavra de Deus não somente NÃO atrapalha o agir do Espírito Santo como, justamente ao contrário, o consolida e torna eficaz. Um crente só é santificado pela instrumentalidade da Palavra sob a operação do Espírito. Um crente só é aperfeiçoado na consciência do evangelho mediante a Palavra de Deus, que imprime significado e promove contraste objetivo na interpretação dos fatos e conceitos. Logo, a carga doutrinária de um culto está diretamente ligada às possibilidades de transformação VERDADEIRA de caráter nas pessoas. Um culto repleto de atividade musical, manifestações emotivas e participações livres e espontâneas podem agradar a uns que carecem de uma maior "interatividade", por assim dizer, mas não são eficientes para a operação de santificação dos salvos e, portanto, não podem ser considerados como verdadeiros cultos a Cristo. Uma verdadeira e transformadora reunião precisa ser, do início ao fim, pautada e imbuída na Palavra do Senhor, com forte conteúdo doutrinário e sólido ensino na sã doutrina.

Portanto, voltando à afirmação de que um culto bem organizado liturgicamente e fundamentado no ensino inibe o agir do Espírito Santo, concluímos que tal assertiva é deveras equivocada. Com efeito, essas características não apenas não podem limitar a operação do Espírito Santo como são os verdadeiros conduintes da ação santificadora da Terceira Pessoa. Correndo o risco de me repetir, reafirmo algo em que venho insistido: não existe vida espiritual à parte da Escritura como ferramenta de aperfeiçoamento empregada pelo Espírito.

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Notas

1. O fato de o Espírito Santo ser soberano em seu agir não significa que não exista ummodus operandi passível de identificação em suas operações, segundo a Escritura. Deus é absolutamente soberano, porém, revelou a nós as formas usuais pelas quais opera.

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Consciência Cristã encerra com público recorde e presenças internacionais


Na última noite Paul Washer expôs mensagem sobre obra redentora de Cristo; Parque do Povo recebe 15 mil pessoas na noite de encerramento.
por Jussara Teixeira

Consciência Cristã encerra com público recorde e presenças internacionaisConsciência Cristã encerra com público recorde e presenças internacionais
O último dia do 16º Encontro Para a Consciência Cristã fechou com a mensagem eloquente do pastor e missionário norte-americano Paul Washer, que falou sobre a certeza da salvação do cristão pela obra redentora de Cristo Jesus. No decorrer do evento, o missionário confidenciou sua vontade de retornar ao encontro em anos posteriores, e mostrou sua surpresa para com a excelência na estrutura e organização e na recepção de tantas pessoas. Para ele, que viaja o mundo ministrando em diferentes continentes, nunca encontro algo semelhante, com o mesmo nível de complexidade, nas dezenas de países que visita anualmente.
Segundo levantamentos preliminares, 15 mil pessoas estiveram no Parque do Povo nos diferentes recintos. “A expectativa inicial de 70 mil pessoas foi largamente superada. Sem dúvida, tivemos uma das edições mais memoráveis de nosso encontro, muitas pessoas foram edificadas e nome de Jesus foi divulgado”, comentou o pastor Euder Faber, coordenado geral do evento, que ocorreu de de fevereiro e 4 de março.
O Consciência Cristã, todos os anos, acontece com a união e apoio de diversas denominações, desde batistas e presbiterianos até assembleianos e congregacionais. “É um encontro único nesse sentido. Conseguimos suprimir nossas diferenças e nos engajar na causa do Evangelho genuíno”, completa Faber.

Multidão

O ápice do evento foram as ministrações de Paul Washer, quando o local conhecido como Representação do Tabernáculo Bíblico, no Parque do Povo, em Campina Grande (PB) ficou completamente lotado, com adolescentes chegando a ocupar o tablado onde fica o púlpito.
Todos os recintos foram amplamente visitados, desde os stands da 2ª Feira do Livro da Consciência Cristã (FELICC), passando pelo restaurante, praça de alimentação e recintos dos 17 eventos paralelos que ocorreram em prédios próximos ao Parque do Povo.
Consciência Cristã

Tema Central

O tema central do evento este ano foi “Aviva a tua Obra, Ó Senhor”, assunto esmiuçado pelos diversos preletores. De acordo com o reverendo Augustus Nicodemus, da Igreja Presbiteriana de Santo Amaro, “o avivamento depende da soberania de Deus, e uma vez que ele ocorre, o mundo é impactado por seus efeitos”

Sobre o Consciência Cristã

Campina Grande (PB) abriga há 15 anos o Encontro para a Consciência Cristã, um evento essencialmente voltado ao desenvolvimento da igreja e à propagação dos valores cristãos entre toda a sociedade. Ao longo de suas edições, ganhou força e notoriedade não só no cenário nordestino, mas nacional e internacionalmente, sempre apresentando líderes e temas da mais alta relevância para o meio cristão.
A participação intensa do público contribuiu significativamente para o crescimento do encontro, e todos os anos, a VINACC realiza levantamentos e pesquisas com o foco em aprimorar e oferecer a melhor organização, visando ainda a seleção de líderes e preletores que fazem a diferença para o meio evangélico.
Fonte:gospelprime

Em que sentido a vontade é livre?

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Por R. K. Mcgregor Wright


Os arminianos querem que a vontade seja livre de interferência externa. Frequentemente eles dizem que, em particular, Deus nunca atropela o nosso livre-arbítrio. Essa liberdade das causas externas é suposta para salvaguardar a nossa integridade e assegurar a nossa responsabilidade. Mas o que se entende por isso — que a vontade é livre de causação? Muitas vezes, esse problema, é contornado dizendo-se que a vontade é “auto-causada”. Isso não significa que a vontade cria a si própria, mas que seus movimentos de escolher o curso de uma ação sobre outro são automotivados e espontâneos. A vontade é auto-movida em resposta ao que a mente conhece e pode causar tanto a ação em resposta às influências ou igualmente a resistência a elas. A vontade é livre para seguir ou resistir a qualquer que seja a opção que a mente lhe apresente.

O problema mais sério aqui é que esse tipo de espontaneidade é indistinguível do acaso. Precisamos apenas perguntar: “O que faz com que a vontade escolha um caminho e não outro?”. Se ela não é causada, ela é puramente acaso. Se ela é causada para agir, então ela não é livre de causação. Não faz diferença para este argumento se a causa é interna para a personalidade ou se afeta de fora; contudo, visto que os arminianos estão oferecendo o livre-arbítrio como uma categoria de explicação sobre como os seres humanos funcionam, eles são obrigados a decidir sobre o que eles querem dizer por “livre”. Se eles admitem que as ações da vontade são causadas, eles escorregam para algum tipo de determinismo, mas se eles não admitem que a vontade seja causada, eles ficam num dilema pior, que esboçaremos agora em três partes.

Em primeiro lugar, os acontecimentos do acaso não podem ser a essência do caráter. Quando dizemos que as pessoas possuem um “bom caráter”, queremos dizer que elas são pessoas moralmente predizíveis — que elas podem ser confiáveis para fazer o que é certo, mesmo que estejam sob forte influência para fazer o que é errado. Uma pessoa que age ao acaso, cujas decisões morais não podem ser distintas dos acontecimentos meramente fortuitos, não somente possui um “mau caráter”, não sendo confiável, mas de fato pode não possuir um caráter discernível. Uma personalidade totalmente ao acaso seria indistinguível de uma personalidade desintegrada ou insana. Em outras palavras, se a vontade é meramente espontânea em suas ações, caráter algum poderia ser formado.

Em segundo lugar, a menos que as ações da vontade estejam diretamente presas ao caráter, como podemos ser considerados responsáveis pelas nossas ações? Como pode uma pessoa ser considerada responsável por acontecimentos do acaso? Se os atos da vontade não são causados de modo que eles sejam realmente manifestações do caráter, como eles podem ser minhas ações mais do que o resultado do tirar a sorte com uma moeda? O fato é que não podemos ser considerados responsáveis por um acontecimento do acaso, simplesmente porque não exercemos nenhuma influência causal. Eu posso ser considerado responsável por tirar a sorte com uma moeda, visto que eu provoquei a queda da moeda, mas eu não posso ser responsável por fazê-la cair de um lado ou de outro. Em outras palavras, a verdadeira ideia de responsabilidade depende da causação. Portanto, a teoria do livre-arbítrio destrói a responsabilidade em vez de apoiá-la. O caso imaginário que vem a seguir é pertinente.

Lord Bertrand Russell, viveu como ateu a sua vida inteira desde os 14 anos de idade, até a sua morte, em 1970, aos 98. Com frequência, ele debateu e escreveu contra o cristianismo. Suponha que ele chegue ao juízo final com o seguinte argumento: “Agora, eu percebo que estava errado a respeito de não haver nenhum Deus, mas eu não vejo como tu podes mandar-me para o inferno. Afinal de contas, tu me criaste com um livre-arbítrio e nunca fizeste qualquer esforço para que eu evitasse agir de acordo com os seus ditames. Este livre-arbítrio tem sido sempre autônomo de qualquer causação anterior e de teu controle particular. Embora eu tenha pensado frequentemente que talvez fosse melhor se o meu livre-arbítrio tivesse agido de acordo com o meu intelecto, algumas vezes ele o fez, mas outras não. De fato, ele não parece agir segundo qualquer padrão. Pelo fato de que ele é uma causa não-causada de minhas ações, ele parece fazer todas as coisas ao acaso, sendo, portanto, imprevisível. Eu não tive nenhum real controle sobre ele, visto que tu o criaste autônomo. Simplesmente eu não sou responsável pelos acontecimentos fortuitos que eu não posso controlar ou prever. Como podes tu enviar-me para o inferno por causa de ações surgidas de um livre-arbítrio que, pelo fato de ele ser livre, não está também sob o meu controle?”. Deixaremos aos arminianos a tarefa de encontrar a solução para esse problema.

Terceiro, a pergunta a ser enfatizada é: como pode uma vontade puramente espontânea (automovida) dar início a uma ação? Se a vontade é “neutra” e não predeterminada para agir de um modo ou de outro, o que faz com que ela aja? Se ela parte do neutro, como ela pode sair desse centro morto? Se é dito que a vontade é “induzida” ou “levada” ou “influenciada” para agir, devemos insistir que essas são meramente palavras para diferentes tipos de causação.  Somos novamente forçados a enfrentar o problema do que realmente se quer dizer pela vontade ser livre de causação. Ou ele age puramente por acaso, ou parece que não o faz de maneira alguma. Isso, naturalmente, destrói totalmente a possibilidade de crescimento em santidade, que foi uma preocupação especial dos arminianos posteriores.

Há outros problemas associados com o que “influência” realmente significa. A persuasão moral e o argumento baseado na razão são causas da ação ou da direção da vontade? Alguns evangelistas arminianos seguem Finney na crença de que a vontade pode e deve ser movida à fé em Cristo pelo uso do raciocínio e dos exemplos morais. Portanto, eles fazem o uso total das evidências e usam outros argumentos apologéticos para convencer o pecador a crer, arranjando histórias morais e frequentemente emocionais para induzir a vontade à fé. O livre-arbítrio é, aparentemente, ainda capaz de fazer uma escolha livre entre a crença e a incredulidade.

Mas se a vontade age porque é convencida pela razão e induzida pela emoção ou pelo exame moral, como isso realmente difere de ser causada por um ato ou manipulação exterior? Se é objetado que ela ainda age livremente quando as evidências lhe são apresentadas (i.e., as persuasões não foram causais), por que as evidências e as razões são ainda necessárias? Seria melhor deixar a vontade autônoma decidir por si mesma, sem ser influenciada por qualquer momento. De fato, parece que, mesmo o fato de apenas ouvirmos um argumento seria uma ameaça explícita à nossa autonomia, à nossa neutralidade moral. Se eu sou dominado ou empurrado por um argumento, decidindo ir com a correnteza, o empurrão se torna uma causa da minha direção — o argumento causou a minha escolha. O fato de que eu cooperei não faz nenhuma diferença para o fato da causação.

A Bíblia deixa claro em muitas passagens que a vontade não é moralmente neutra. Em Romanos 14.23, Paulo conclui a sua explicação da razão pela qual nós sempre devemos agir de acordo com a nossa consciência declarando que “tudo o que não provém da fé é pecado”. Para Paulo, todos os movimentos morais brotam do princípio da fé ou, à revelia, da carne — meros atos da natureza pecaminosa. Portanto, não pode haver tais ações moralmente neutras, incluindo os atos da vontade. Em Hebreus 11.6, é-nos dito, de modo semelhante, que “sem fé é impossível agradar a Deus”, mas isso parece novamente levar à conclusão de que todos os atos humanos são ou não motivados pela fé. Jesus diz no evangelho de João que qualquer que não crê “já está julgado”, e que se uma pessoa continua a rejeitar Cristo, “permanece a ira de Deus [continuamente] sobre ele” (3.18, ênfase minha). Isso não é o mesmo que dizer que a situação do pecador é neutra até que ele decida por Cristo, mas que ela já está estabelecida — cada pessoa é justificada ou está presentemente debaixo de condenação. Como pode haver qualquer território de neutralidade moral num universo criado por um Deus justo?

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Fonte: A soberania banida, R. K. Mcgregor Wright. p.49-52
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terça-feira, 4 de março de 2014

As sutilezas do mundo

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Por Rev. Felipe Camargo


Cuidado que ninguém vos venha a enredar com sua filosofia e vãs sutilezas, conforme a tradição dos homens, conforme os rudimentos do mundo e não segundo Cristo (Cl 2.8).

Em “Cartas do inferno”, C. S. Lewis conta uma história fictícia de um Diabo mais velho ensinando seu sobrinho a fazer um cristão se desviar do caminho do Senhor. Na primeira carta o experiente “Tio” avisa que o melhor meio de afastar alguém da igreja e de Deus é usar jargões ou frases bonitas que parecem com verdades, mas que no fundo não passa de mentiras. É exatamente sobre isso que Paulo está preocupado no versículo acima, ou seja, filosofias e vãs sutilezas que afastam os servos de Deus da verdade revelada na Palavra de Deus.

Infelizmente, estamos cercados de filosofias e pensamentos que parecem até fazer certo sentido! Há inúmeras “frases de efeito”, ditados populares e filosofias de vida que acabamos aceitando como verdade. Nem sequer nos preocupamos em examinar se essas ideias estão de acordo com a Palavra de Deus, mas, simplesmente concordamos! Basta olhar quantas frases temos em nossa página do Facebook de pessoas que não temem ao Senhor. O triste é que temos muita facilidade em concordar com esses que possuem a “sabedoria do mundo”, mas quando somos deparados com a verdade de Deus dizemos: “não acho que é bem assim”.

Concordamos com ímpios, idólatras, viciados, espíritas, adúlteros, entre outros, mas temos dificuldade em aceitarmos a verdade de Deus. Aceitamos como verdade as filosofias que artistas passam na televisão, ou que os professores ensinam nas escolas, ou que nossos colegas e amigos nos afirmam, ou tradições impostas pela família. Mas, e o que a Bíblia nos ensina? Será que não conseguimos entender que a sabedoria do mundo é louca? Ou que Deus destruiu a sabedoria do mundo e aniquilou a inteligência dos instruídos? (1ª Co 1.19-20).

Será que estamos tão cegos que não conseguimos ver as armadilhas que estamos caindo todos os dias? Será que estamos tão surdos que não ouvimos a voz de Deus nos alertando sobre as redes do engano? O pior é que apesar dos avisos, só percebemos a armadilha quando estamos dentro dela. Portanto, as palavras de Paulo devem servir como um grande alerta para nós. Não sejamos como crianças agitadas sendo levada por qualquer “sabedoria” do mundo. Quem você vai ouvir?


Por todos os lados encontramos filosofias e tradições que o mundo tenta impor sobre nós. Nem precisamos ir muito longe para isso, basta ligarmos a televisão ou conversarmos com colegas e amigos. Isso foi o que tratamos na última pastoral. Pensando ainda mais sobre o assunto, precisamos entender que há outras formas de sermos enganados por essas filosofias e tradições. Nem sempre esses enganos vem através de ímpios, mas se aproxima também com aparência de “santo”.

Para entender melhor isso precisamos lembrar-nos das exortações de Jesus quanto aos falsos mestres! Precisamos também lembrar que Satanás ao tentar Adão e Jesus ele usou frases da própria Palavra de Deus (de maneira distorcida). O alerta de Paulo em Colossenses não era só daquilo que ouvimos fora da igreja, mas também daquilo que ouvimos de alguns que  fingem ser cristãos.

Nem todo aquele que se denomina pregador da Palavra vem em nome do Senhor. Não são poucos os programas televisivos que se dizem evangélicos, mas, na verdade, divulgam uma mensagem enganadora e que não é bíblica. Portanto, o primeiro grande alerta que faço aqui é de tomamos cuidado com aquilo que ouvimos. Nem sempre aquele que usa a Bíblia para pregar está de fato pregando o que a Bíblia diz. São momentos como este que o lobo se veste de cordeiro para enganar os filhos de Deus.

Há, também outras formas de cairmos nesta cilada. Um exemplo disso é quando usamos frases e pensamentos que se tornaram comum no meio da igreja e que não é a verdade de Deus. Por causa disso acreditamos em promessas que Deus nunca fez e fazemos o que Deus não ordenou. As vezes essas ideias chega através de músicas “evangélicas”. O motivo disso é porque essas “filosofias evangélicas” falam de coisas que nos agradam. 

Mais uma vez devemos nos perguntar quem queremos ouvir, se a Palavra de Deus ou os rudimentos deste mundo disfarçados de sagrado. Não podemos ser como crianças agitadas por todo vento de doutrina. Não podemos cair nas armadilhas destes que disfarçam a mentira com uma roupagem evangélica. 

“As pessoas não são tão ruins assim!” “O errado não é tão ruim!” “Isso é verdade para você e não para mim”. Essas são algumas frases que ouvimos constantemente e que muitas vezes aceitamos sem perceber. Os filmes tem sido campeões em divulgar a ideia de que o mal às vezes é bom. Recentemente tem surgido uma “nova modalidade de monstros”. Antigamente, aquilo que tinha aparência de mal era o mal e ponto! Hoje existe uma série de filmes onde os bruxos também são bons e heróis! Vampiros que até então eram seres das trevas, não podia se aproximar da luz, cruz ou algo que fosse “sagrado”, mas hoje eles são os mocinhos, se apaixonam e nem tem mais aquela cara de malvado. Ogros que sempre foram vilões agora são heróis das crianças como o Shrek e os vilões são a fada madrinha e o príncipe encantado! 

Não estou dizendo que assistir esses filmes seja o pecado. O grande problema é aceitarmos essas coisas como normal e assimilarmos as mensagens por trás da história. Afinal, é uma mensagem que não está só nestes filmes. Uma mensagem que na verdade não é tão nova assim, mas sempre aparece em nosso meio com novas faces. A mensagem é que todo mal tem um pouco de bondade e tudo que é bom tem um pouco de maldade. Se isso fosse verdade, o que não é, teríamos que admitir que até Cristo tinha um pouco de maldade dentro dele.

No Antigo Testamento Deus havia estabelecido leis sobre aquilo que era puro e aquilo que era impuro. O objetivo central era preparar o povo de Deus para saber discernir aquilo que é mal e aquilo que é bom! Esse ensino não deve ser esquecido, afinal, pecado é pecado e não deve ser praticado. Devemos lançar fora tudo aquilo que desagrada a Deus por mais que tenha uma cara agradável. 

O grande problema não são os filmes, mas a filosofia do mundo que entra em nossa igreja. Repare como temos facilidade para achar defeitos em tudo aquilo que se refere à Deus e como conseguimos destacar coisas “boas” daquilo que é contrário à Palavra de Deus. Salomão diz que “Há caminho que ao homem parece direito, mas ao cabo dá em caminhos de morte”. Não sejamos enganados, afinal, estreita é a porta que leva a vida eterna e larga e espaçosa a porta que leva à perdição. “Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele.” Não importa o que seja dito, o errado nunca será bom!

***
- Sobre o autor: Felipe Camargo é Pastor da Igreja Presbiteriana do Estoril no Riacho Grande, São Bernardo do Campo em SP. Formado em Teologia no Seminário JMC, mestrado em Divindade (M.Div), com habilitação em Pregação e cursando Mestrado em Antigo Testamento no Centro de Pós Graduação Andrew Jumper.

Adolescentes morrem afogados em retiro evangélico


Um deles entrou no lago para pegar uma garrafa e se afogou, o segundo tentou socorrer o amigo e também foi levado pela correnteza
por Leiliane Roberta Lopes

Adolescentes morrem afogados em retiro evangélicoAdolescentes morrem afogados em retiro evangélico
Dois adolescentes morreram afogados em um sítio na cidade de São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba, nesta segunda-feira (3) pela manhã.
As vítimas são Maikon Lislitm, 15 anos, e Franco Michelisa, 16 anos, que participavam de um retiro evangélico na Instância Dom Raul.
Segundo informações do Corpo de Bombeiros os adolescentes participavam de uma gincana promovida pela coordenação do acampamento quando o acidente aconteceu.
A atividade pedia que os participantes resgatassem duas garrafas que estavam próximas ao lago da chácara. Uma dessas garrafas se desprendeu e foi levada pela correnteza. Um dos jovens resolveu entrar no lago para recuperar o objeto e se afogou. O segundo jovem, vendo seu colega se afogando, também entrou no lago e acabou morrendo. Com informações Catve.TV.
A tragédia aconteceu por volta das 6h30 e os responsáveis precisaram chamar o socorro. Os corpos foram retirados do lago e encaminhados ao Instituto Médico Legal de Curitiba. O nome da igreja responsável pelo retiro não foi divulgado.
Fonte:gospelprime

O outro lado da batalha espiritual que muitos desconhecem



Por Leonardo Dâmaso

Ao contrário do que muitos cristãos imaginam – a nossa batalha contra satanás e os demônios não é somente de cunho espiritual, como se a missão deles consistisse em apenas tentar os cristãos a pecar contra Deus, oprimir as pessoas, frustrar os seus planos, causar acidentes, brigas, confusões, destruição de casamentos dentre outras coisas. Satanás e os seus demônios só podem agir no mundo [ainda que influenciando as pessoas, apenas, uma vez que certa parte do mal que sobrevém em nossa vida seja como resultado dos nossos próprios pecados e escolhas erradas que fizemos] se Deus, assim, “permitir” [ou tiver determinado]. O caso de Jó é um exemplo clássico de que Satanás só tocou em sua vida porque Deus permitiu que ele o fizesse (Jó 1.6-12; 2.1-6).

Não obstante, a outra faceta desta batalha espiritual entre Satanás e seus demônios contra os cristãos é de cunho intelectual. A batalha espiritual não reside apenas em oposições físicas causadas pelo exército demoníaco que descrevi anteriormente, mas, também, em oposição “intelectual”. Satanás se opõe veemente contra a Palavra de Deus; contra o Evangelho. A sua oposição consiste especificamente na deturpação da verdade. Desse modo, quando os preceitos de Deus estabelecidos nas Escrituras são distorcidos por teólogos, pastores e pregadores equivocados pouco ou quase nada instruídos teologicamente, que são os instrumentos de Satanás incumbidos para esta tarefa [ainda que muitos destes o façam por completa ignorância e inconscientes do erro], a verdade, a Palavra de Deus ou o Evangelho são transmitidos e ensinados às pessoas na igreja, no rádio, na TV e na internet diametralmente de forma equivocada. Esta deturpação da verdade, portanto, é chamada de heresia. 
  
Partindo deste pressuposto, está completamente fora dos padrões que as Escrituras determinam fazer uma separação obtusa de “pessoas”, “crenças hereges” e “ações” das mesmas. É comumente enfatizado no meio evangélico a ideia de que a nossa luta não é contra o sangue e a carne, mas, sim, contra Satanás e os demônios” (Ef 6.12). De fato, é verdade o que Paulo declarou. Entretanto, precisamos entender o que o apóstolo quis dizer com esta expressão para não incorrermos em equívocos de interpretação desnecessários que poderiam ser facilmente evitados se analisássemos com atenção o texto em voga.  Deixe-me ilustrar tal pensamento:

Muitos evangélicos afirmam categoricamente que não devemos ser “contra”, no sentido de “odiar” ou “lutar” com pessoas; antes, devemos nos opor contra suas crenças hereges e ações pecaminosas de acordo com as demandas das Escrituras. Contudo, “heresias” e “pecados” simplesmente não invadem a mente e a vida das pessoas, mas são as pessoas que abraçam as heresias disseminadas através de pregações e ensinamentos orais na igreja, no rádio, na TV, na internet e através de literatura. E também são as pessoas que decidem adotar a prática de pecados; ou seja, as pessoas que decidem se prostituir, adulterar, estuprar, roubar, matar dentre outros pecados.  

Portanto, não podemos separar o pecado do pecador, como fazem muitos evangélicos, dizendo que “Deus odeia o pecado, mas ama o pecador”. O homem só se torna pecador se cometer aquilo que foi determinado por Deus nos seus mandamentos como pecado. Assim, o pecado só existe e é considerado pecado se alguém o tiver cometido. Logo, Deus odeia tanto o pecado bem como odeia e ama ao mesmo tempo o pecador [especificamente aqueles que estão para serem redimidos ou regenerados] (Sl 5.5-6; 11.5-6; 34.16; Pv 3.32a; Rm 8.7-8; Tg 3.4; 1Jo 2.15 etc.). Como Deus pode amar o pecador e somente odiar o pecado se ambos estão completamente relacionados? Se fosse assim, Deus não condenaria o ímpio à punição eterna no lago de fogo, mas apenas o pecado, e o homem, portanto, seria livre da condenação. Porém, sabemos pelas Escrituras que não é assim. O homem [ímpio] é condenado pelo pecado de Adão, o representante federal da humanidade caída e pelas suas obras más que são o resultado desta ligação com ele (Rm 5.12; Jo 3.17-19; Ap 20.11-13).

Da mesma forma que não podemos separar o pecado do pecador, também não podemos separar heresias do herege. A heresia não existiria senão existisse alguém que, em virtude de uma interpretação equivocada das Escrituras a propagasse. Ambos – heresia e herege estão entrelaçados! Assim, os inimigos de Deus ou as pessoas com as quais ele se aborrece não são simplesmente o “pecado” e as “heresias”, mas, sobretudo, “pessoas” que, mesmo enganadas por elas, ainda que temporariamente abracem, apoiem e ajudem no progresso das heresias pelas diversas seitas e do falso evangelho anunciado pelas seitas neopentecostais – quer seja contribuindo financeiramente ou fazendo parte do rol de membros das mesmas.  

Via de regra a batalha espiritual na esfera intelectual é teológica! Os cristãos lutam pela verdade! Estamos em guerra contra a mentira caracterizada pelas heresias que compõe o falso evangelho pregado a plenos pulmões hoje, o qual é reputado como a verdade e a verdade definida como mentira! Podemos observar que, sempre no contexto do assunto sobre batalha espiritual, Paulo emprega características militares como ilustração para que possamos entender que estamos numa guerra constante enquanto vivermos neste mundo caído que se opõe contra os valores de Deus e contra os seus filhos, os cristãos. O apóstolo utiliza a metáfora militar de guerra no contexto de Efésios 6.10-17; em 2 Coríntios 10.3-5; em 1 Timóteo 6.12 e em 2 Timóteo 2.3-4 para destacar que a nossa batalha é tanto espiritual contra os poderes malignos quanto intelectual pelo verdadeiro evangelho contra o falso evangelho híbrido e sincrético.

Esta guerra não é somente contra os sofismas religiosos, mas também contra os seus expositores. Jesus quando esteve neste mundo na sua primeira vinda foi um opositor ferrenho tanto dos fariseus quanto de sua religião herege e legalista (veja os detalhes dos confrontos de Jesus com os fariseus em Mt 5.20; 6.2-17; Mc 7.1-15; Mt 16.5-12; Mt 23; Jo 8.37, 47 etc.). Esta é a verdade subjacente em Gênesis 3.15. Deus disse que haveria um conflito [enquanto a terra não for restaurada] entre os descendentes de Cristo Jesus não somente com Satanás, mas também com os seus descendentes de Satanás caracterizados pelos homens ímpios que, de acordo com o assunto a lume, muitos destes são falsos teólogos, falsos pastores e falsos pregadores e, portanto, devem ser refutados e repreendidos. O cristão não deve ser um omisso da verdade, mas, sim, um expoente crível e implacável a semelhança do Senhor Jesus quando esteve nesta terra na sua primeira vinda! 

Portanto, quando Paulo disse que "a nossa luta não é contra carne e sanguemas contra satanás e os demônios", ele estava acentuando que a guerra que estamos engajados por sermos cristãos não é física, de modo que não fazemos uso de estratégias e armas físicas como revólveres, pistolas, escopetas, bombas e, tampouco, iremos infligir os nossos opositores da mesma forma. Visto que a batalha é espiritual e intelectual, nossas armas e estratégias são espirituais. Empregamos a oração, a pregação do evangelho puro e simples, que é a espada do Espírito (Ef 6.17) e a apologética através de argumentos que defendem a fé evangélica. Como vemos nas Escrituras que a nossa luta é também contra pessoas sob a influência e domínio de satanás e contra os demônios, e não somente contra as “heresias” propriamente ditas, este conflito não é vencido por violência física e verbal, mas pelo poder do Espírito Santo e da exposição fiel das Escrituras para que pessoas possam ser libertas da mentira da religiosidade morta, superficial e do falso evangelho. Paulo escreveu:

2 Coríntios 10.3-5 – Pois, embora vivamos como homens, não lutamos segundo os padrões humanos. As armas com as quais lutamos não são humanas; pelo contrário, são poderosas em Deus para destruir fortalezas. Destruímos argumentos e toda pretensão que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levamos cativo todo pensamento, para torna-lo obediente a Cristo. (NVI)

As fortalezas que o apóstolo enfatiza aqui não são fortalezas demoníacas conforme entendem os adeptos do movimento de batalha espiritual místico e herético difundido por Peter Wagner. Antes, "Paulo se refere à resistência que os incrédulos oferecem à verdade do Evangelho, por meio de sofismas e de outros raciocínios falazes, que procedem da soberba e da incredulidade do coração deles" (Augustus Nicodemus Lopes. O que você precisa saber sobre Batalha Espiritual, pág 71 - cultura cristã). Finalmente, o apóstolo ensina que a vitória sobre os argumentos falaciosos dos incrédulos consiste na pregação sincera do evangelho de Jesus Cristo, o que é a única maneira de tais pessoas serem libertas do engano demoníaco.  Jesus disse em João 8.32 - "... e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará." (ARA)     

***
Fonte: Bereianos

sábado, 1 de março de 2014

ASSISTA AO VIVO A 16A CONSCIÊNCIA CRISTÃ!


Assista ao vivo!


Próximas transmissões:

Sábado, 01/03
9 à 11.30 horas - Jonas Madureira / Paul Washer
19 às 22 horas - Jonas Madureira  / Paul Washer

Domingo, 02/03

9 a 11.30 horas - Solano Portela / Paul Washer
19 às 22 horas - Ronaldo Lidório / Paul Washer

Segunda-feira, 03/02

9 à 11.30 horas - Russel Shedd / Paul Washer
19 às 22 horas - Russel Shedd / Paul Washer

Terça-feira, 04/03

9 a 11.30 horas - Augustus Nicodemus / Paul Washer
19 às 22 horas - Augustus Nicodemus / Paul Washer (Encerramento)

Doente terminal de câncer, evangélico grava vídeo de despedida para sua filha e diz: “Seu pai amava ao Senhor”; Assista

Doente terminal de câncer, evangélico grava vídeo de despedida para sua filha e diz: “Seu pai amava ao Senhor”; Assista

Um homem que lutava contra um câncer raro desde os 24 anos de idade, e já havia sido desenganado pelos médicos, gravou um vídeo de despedida para sua filha, Austin, de sete meses, e disse: “Seu pai amou ao Senhor”.
Nick Magnotti se submeteu ao tratamento do câncer de apêndice enquanto pôde. Quando os médicos notaram que a quimioterapia já não estava surtindo efeito, e que os tumores estavam se espalhando por seu corpo, Nick resolveu interromper o tratamento e aproveitar os dias que restavam ao lado de sua família.
No vídeo, Nick diz à filha que “todas as pessoas morrem”, porém ele é uma pessoa abençoada por poder se despedir dela. A bebê Austin é filha de Nick de seu relacionamento com Alyssa, com quem se casou em 2008 na Lakeside Community Church, pastoreada por Eric Spanglor.
Ainda no vídeo de despedida, Nick diz acreditar que sua filha alcançará grandes feitos através de Deus, e diz à ela que seu gesto tinha a intenção de levar um exemplo às outras pessoas, e assim, contribuir para que elas encontrassem a Deus.
Com aparência serena, Nick diz em sua gravação que como cristão, não temia a morte, pois sabia que ela significava a ida para um lugar melhor. Em janeiro de 2014, Nick faleceu aos 27 anos, deixando Alyssa viúva e Austin órfã de pai, mas ambas com uma história exemplar de fé e confiança em Deus.
Assista:
Por Tiago Chagas, para o Gospel+

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