segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Influencia do eleitor religioso divide opiniões de especialistas


Os entrevistados acreditam que a participação de igrejas nas eleições pode crescer, mas a religião é apenas um dos vários fatores na hora da decisão.

Influencia do eleitor religioso divide opiniões de especialistasInfluencia do eleitor religioso divide opiniões de especialistas
A BBC Brasil ouviu alguns especialistas para tentar entender se a religião realmente influencia o voto do brasileiro e até que ponto isso acontece.
Entre os convidados para falar sobre o assunto estava o professor de sociologia da religião da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), Eduardo Oyakawa que acredita que a participação das igrejas nas eleições será constante, já que a quantidade de evangélicos também é crescente.
“É uma tendência, é um crescimento exponencial. Veja a Marcha para Jesus [que reuniu mais de 300 mil fiéis em São Paulo neste ano]. Os evangélicos acumularam um capital político que não pode mais ser ignorado. É uma presença consolidada e irreversível”, disse.
Outros dois entrevistados discordam que as religiões tenham tanta influência assim, Alberto Carlos Almeida e Marcia Cavallari acreditam que diversos fatores levam os eleitores a escolher um candidato e a religião é apenas um desses fatores.
“Há muitas variáveis para você isolar somente a religião. É mais uma, sem dúvida, mas é difícil dizer que foi algo decisivo”, disse Cavallari que é CEO do Ibope Inteligência.
Já Almeida, autor do livro A Cabeça do Eleitor, entende que o que realmente influência o voto é aavaliação dos candidatos que já estão no poder. “Sem dúvida, o desempenho do governo atual é o que decide uma eleição”, afirmou ele para a BBC.
Alberto Carlos Almeida é pesquisador do tema e lembra que até hoje não foi comprovado por dados concretos que o eleitor decide seus candidatos por estes se associam a determinas religiões.
O fato das igrejas evangélicas estarem divididas em subgrupos também é questionado pelos entrevistados, pois mostra que se a religião realmente interferisse da escolha de candidatos os números não seriam suficientes. Marcia Cavallari analisou um recente pesquisa do Data Folha que mostrou que o voto dos evangélicos estava dividido da seguinte maneira: Russomano (PRB) tinha 45%, José Serra (PSDB) 17%, Fernando Haddad (PT) 16% e Gabriel Chalita (PMDB) 6%.
“Se a religião fosse um fator tão crucial, ele teria 70%, 80% dos votos entre os evangélicos”, disse a CEO do Ibope.
Fonte: Gospel Prime

domingo, 7 de outubro de 2012

Campanha de oração gera avivamento histórico no Paraguai


País experimenta um aumento sem precedentes no número de conversões

Campanha de oração gera avivamento histórico no ParaguaiCampanha de oração gera avivamento histórico no Paraguai
Durante doze anos uma maratona de oração reuniu cristãos evangélicos no Paraguai. Foram vinte e quatro horas de oração ininterrupta, que envolvem milhares de pessoas de todas as denominações cristãs em 85 locais por todo o país. Essa é apenas uma evidência do reavivamento espiritual que está transformando aquela nação.
Todos os domingos, às seis horas da manhã, não importa a temperatura, seja inverno ou  verão, um grupo de pessoas se reúne para orar no alto da colina Lambaré. Este monte, localizado na periferia de Assunção, durante quase dois anos tornou-se um altar de oração para muitas famílias no Paraguai.
“Há grupos cristãos, igrejas e denominações que estão entendendo que o movimento de renovação espiritual pessoal, que atinge nossos vizinhos e o país como um todo, só ocorre através da oração. Contato pessoal, comunhão, um novo sentido de relacionamento com o nosso Salvador, o Senhor Jesus Cristo e o compartilhar de sua Palavra. Eu não tenho dúvida nenhuma de que isso vai produzir um avivamento nacional que será uma bênção para todos”, diz Hugo Sanz, um líder da Igreja Adventista Central de Assunção.
Pessoas testemunham os milagres que ocorreram desde que eles começaram a orar, como pessoas que foram curadas sem explicação médica. Mas, acima de tudo, intercederam para que o Evangelho de Jesus Cristo chegue a todo o país, começando pelos governantes.
“Há um mandamento bíblico para orarmos pelas autoridades de nosso país e estamos clamando a Deus que esses homens sejam tomados por sabedoria divina e façam o melhor pelo nosso povo”, diz Zully Yegros, membro da mesma congregação.
Não por coincidência, pela primeira vez ocorreu no Paraguai um culto evangélico de ação de graças pela nação no Dia da Independência, 15 de agosto. O evento contou com a presença do presidente, Federico Franco, e outras autoridades do governo paraguaio.
Para o Pastor Walter Neufeld, que preside uma das maiores fundações cristãs do país, Deus está abrindo as portas para a evangelização, através do avivamento. “Houve grandes mudanças, porque se você lembrar, há sete anos, o Paraguai tinha de 2 a 3% de evangélicos. Números semelhantes aos de Cuba e do Uruguai. Nunca na história do nosso país tivemos um presidente que assistiu a cultos evangélicos. Nós nem podíamos entrar em instituições estatais. Hoje podemos fazer algo assim, livremente, com o apoio do Ministério da Educação e Cultura. Para mim todos estes são indicadores de uma recuperação espiritual”.
Apesar de não existirem estatísticas precisas sobre a porcentagem de evangélicos da população paraguaia, o fato é que as igrejas relatam um crescimento médio de 10 a 15% ao ano, com milhares de batismos em todo o país. Para o pastor Emilio Abreu, que lidera o Centro de Culto da Família, uma das maiores igrejas evangélicas do Paraguai, o avivamento atingiu os jovens de forma significativa.
Ele acrescenta a necessidade de “ajudar a nossa juventude, abrir suas mentes ungi-los, e capacitá-los a sair e conquistar a nação. Eles estão trazendo milhares de pessoas a Cristo. Todo  mês novas pessoas vêm para nossas igrejas e isso está crescendo. Agora vamos começar a invadir a mídia, vai ser um tsunami”, diz ele.
Porém, há um grande desafio para a igreja: incentivar o estudo profundo da Bíblia entre os seus líderes, para levar o Evangelho a todo o país. De acordo com o pastor Walter Neufeld, as pesquisas realizadas pelo Instituto Bíblico de Assunção indicam que uma grande porcentagem dos líderes das igrejas evangélicas de todo o país não teve nenhuma formação teológica.
Traduzido de CBN

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

“Ser cristão no Uzbequistão não é nada fácil”, diz Rivaldo


Em entrevista ao Portas Abertas o jogador relembra o tempo que esteve jogando no Uzbequistão.

“Ser cristão no Uzbequistão não é nada fácil”, diz Rivaldo“Ser cristão no Uzbequistão não é nada fácil”, diz Rivaldo
O jogador Rivaldo concedeu uma entrevista para o site do Portas Abertas lembrando do tempo em que esteve jogando pelo Bunyodkor, time de Uzbequistão, o 9º país de maior perseguição contra cristãos.
Na entrevista ele relembra os momentos que passou naquele país e como percebeu que falar de Jesus publicamente era proibido. “Teve um episódio, em que ganhamos a copa do Uzbequistão e usei uma camisa com os dizeres ‘Jesus number 1′ (Jesus, número 1) quando vi no site, eles haviam apagado o nome “Jesus” e falaram que não poderia mais fazer aquilo”.
Assim que se mudou para Uzbequistão, Rivaldo que é cristão tentou fazer alguns cultos em casa, mas acabou sentindo no coração o desejo de frequentar uma igreja local. Na entrevista ele relata que não só ele como outros jogadores brasileiros também passaram a congregar com cristãos uzbequistaneses.
Foi com este contato que ele pode perceber como é difícil ser cristão em um país de maioria muçulmana. “Ser cristão no Uzbequistão não é nada fácil, para mim não foi tão difícil por ser uma pessoa conhecida, mas para eles, é duro”, diz.
Leia a entrevista na íntegra:
Rivaldo, você tem conhecimento sobre a perseguição e intolerância religiosas?Com certeza.
Você já ouviu falar da Portas Abertas durante suas passagens por diversos países, principalmente no período que morou no UZBEQUISTÃO jogando pela Bunyodkor? O que conheceu da Portas Abertas nestes locais? Tive conhecimento pela internet. Foi pelo site da Portas Abertas que fiquei sabendo que o Uzbequistão era o 9º país mais perseguido do mundo.
O que conheceu da igreja no UZBEQUISTÃO, pois o país ocupa o 9º lugar na Classificação de Países por Perseguição? Teve contato com os cristãos locais?Quando cheguei lá, comecamos a fazer culto em casa, mas, senti em meu coração que deveria participar de uma igreja local, que eu deveria ser testemunha de Jesus aos uzbeques, e foi o que fiz, eu e todos os brasileiros começamos a participar de uma igreja local. Foi um tempo maravilhoso!
Você já foi proibido de expressar sua fé publicamente?
Fui, e no Uzbequistão, mesmo. Teve um episódio, em que ganhamos a copa do Uzbequistão e usei uma camisa com os dizeres “Jesus number 1” (Jesus, número 1) quando vi no site, eles haviam apagado o nome “Jesus” e falaram que não poderia mais fazer aquilo, mas continuei fazendo. Não por palavras mas por atitudes.
O que sentiu por ser cristão em um país de maioria muçulmana? Teria algum testemunho relacionado à restrição religiosa para compartilhar?Ser cristão no Uzbequistão não é nada fácil, para mim não foi tão difícil por ser uma pessoa conhecida, mas para eles, é duro. Sei que Jesus nos levou até lá para sermos luz, testemunhas vivas. O mais emocionante foi ter convivido com cristãos locais. Ver a alegria deles por estarmos lá… A esperança de que Jesus não tinha se esquecido deles.
O que você acredita ser a maior necessidade para a minoria cristã no Uzbequistão?Liberdade de expressar sua fé. Liberdade de ouvir um louvor. Liberdade de ler a palavra de Deus.
Você já tentou aproximação para falar do amor de Deus para jogadores de outras religiões? Qual foram as reações?
Respeito muito as pessoas, não sou aquela pessoa de impor a minha opinião. Falo de Jesus através das minhas atitudes, e da minha maneira de ser. E sei que muitos deles foram impactados.
Em quais situações você acha que se deve abrir mão de professar publicamente sua fé?
Tenho certeza de que em nenhum momento. Nunca negarei a Jesus. É por Ele e para Ele que vivo.
Fonte:Gospel Prime por Leiliane Roberta Lopes

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

A CHAVE DO CRESCIMENTO


Por Jorge Noda
Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância…” (Jo 10:10).
Qual é a chave do crescimento de uma igreja? Finanças saudáveis? Prédios confortáveis? Bons programas? Departamentos bem organizados? Cultos animados? Eventos? Inovações metodológicas? Tudo isso tem o seu lugar, mas é preciso lembrar que nada disso garante o crescimento de uma igreja. Por natureza, igreja é o povo de Deus, formado por aqueles que Deus separou para si através da salvação em Cristo. Ela não se edifica como outras instituições humanas. Podemos ter tudo, mas devemos lembrar que a chave para o crescimento de uma igreja é a vida dos seus membros.
Cometemos um grave erro quando nos envolvemos num acelerado ativismo e negligenciamos os elementos básicos de uma vida espiritual: comunhão com Deus através da oração, meditação na sua palavra, comunhão com os irmãos, exercício de nossos dons espirituais, participação nas ordenanças, adoração espiritual. De que vale todo movimento, todas as atividades, todos os esforços nos ministérios da igreja se não estamos em comunhão com Deus? Acaso pensamos que vidas são salvas por métodos? Acreditamos que resultados espirituais virão sem uma intervenção de Deus?
Não prossiga no seu desenfreado ativismo se você está consciente que não está bem com Deus. Não se torne escravo do urgente, mas lembre-se que nada pode substituir aquelas “preciosas horas na presença de Jesus”. Cuidado com a síndrome de Marta. Siga o exemplo de Maria. Sem a comunhão com o Senhor não conseguimos produzir o fruto do Espírito, não adoramos a Deus em espírito e em verdade, não vemos a atuação sobrenatural de Deus. Pelo contrário, ficamos cansados num serviço sem alegria, num envolvimento sem motivação, numa obra sem paixão. Quando não estamos bem com Deus, nossos relacionamentos são atingidos, nossa mente contamina-se com os valores deste mundo, nossas palavras perdem a eficácia e autoridade que só encontram na presença de Jesus.
Deus não quer seu ativismo. Ele quer sua vida. Não se preocupe com os resultados que você possa produzir, mas com aquilo que ele quer fazer através de pessoas completamente dependentes dele. Frutos espirituais não são produzidos pelo maquinário eclesiástico, mas pela vida que está no coração.
Por isso, volte-se para o seu Pai celestial. Aquiete-se na sua maravilhosa presença, onde há plenitude de alegria e delícias perpetuamente. Experimente a luz da face de Deus banhando sua alma e fortalecendo seu interior. Permita que a semente viva de sua Palavra encontre terreno fértil e deixe que ela germine como o poder de Deus. Quando seu coração estiver quebrantado e contrito, quando seus olhos espirituais perceberem o Senhor na sua formosura, quando seu interior desejar mais que tudo o amor de Deus, então você estará preparado para descer do monte e servir ao Senhor.
Quando há vida, há reprodução. Quando estamos em comunhão com Deus, abandonando o pecado e tudo aquilo que nos afasta dele, então estamos em condições de sermos instrumentos para que vidas sejam alcançadas e transformadas.
Ainda hoje cientistas tentam inutilmente reproduzir vida no laboratório. Não tente fazer o mesmo na esfera da igreja, saiba que só Deus pode produzir e reproduzir vida. A chave do crescimento é a vida.
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Jorge Noda é pastor, escritor e escreve em seu blog pessoal.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

O Neopentecostalismo e a ética cristã


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Por Johnny Bernardo

“Crédito ou débito? - Quem pergunta é o pastor da Igreja Internacional da Graça de Deus que recolhe o dízimo e outras doações munido da máquina para registrar operação com cartão de crédito."

O trecho acima introduz a matéria Templo é dinheiro, da jornalista Sarah Corazza, da revista paranaense Ideias. A matéria é resultado de um mês de visitas a templos neopentecostais de Curitiba, quando a autora constatou que os “neopentecostais fazem sucesso de público e de bilheteria.” Segundo Corazza, houve um tempo em que Curitiba era conhecida como a “cidade das farmácias”, dada a quantidade de farmácias por metro quadro. Hoje a realidade é outra: são os templos neopentecostais que chamam atenção.

Presentes na capital paranaense desde pelo menos o começo dos anos 80, uma das que mais se destacam é a IURD, que, segundo a reportagem, adquiriu a antiga fábrica Matte Leão para abrigar o seu rebanho que não para de crescer. A jornalista atribuí tal façanha ao crescimento desenfreado e ambicioso dos cofres da instituição.

“Logo se vê que as neopentecostais fazem sucesso não apenas de público, mas também de bilheteria. É incalculável o que arrecadam diariamente. O suficiente para abrir templos e também para financiar o proselitismo eletrônico que ocupa boa parte do horário televisivo e radiofônico. Isso custa dinheiro. Muito dinheiro. Tanto que a Universal do Reino de Deus, do financista e bispo Edir Macedo, comprou a sua própria rede de televisão.” [1]

O que vemos em Curitiba se perpetua por todo o país e atravessa as fronteiras, com adeptos nos EUA, Europa e também nos países abaixo do Saara. Não apenas a IURD, mas também boa parte das igrejas neopentecostais vivem o bom da ignorância de milhares de brasileiros que diariamente peregrinam para seus templos em busca de cura e prosperidade. São massas sem doutrina que orbitam em torno de crendices populares e sessões de descarrego da Igreja Universal, passando pelas campanhas do sabonete ungido da Graça de Deus e do lenço abençoado do Valdomiro. Isaltino Gomes Coelho completa.

“As igrejas neopentecostais, e a IURD é o maior exemplo, não são compostas de pessoas envolvidas em uma Koiononia cristã. A maior parte não se conhece. Não há um projeto eclesiástico comum aos frequentadores, que são apenas clientes que buscam uma resposta mágica para seus problemas”. [2]

Essas igrejas, diria Antonio Gouveia Mendonça em sua obra “O Neopentecostalismo, Excerto de Estudos da Religião”, são controladas por pessoas ou por grupos sem dever para com os clientes, a não ser passar-lhes um produto, normalmente sob contribuição financeira. São usuários sem os direitos e sem um procon ao qual recorrerem. Consomem o produto, mas não têm poder de ingerir no sistema.

De acordo com o sociólogo Ricardo Marinho, autor de “Neopentecostais – Sociologia do Novo Pentecostalismo no Brasil” -, “a preocupação dos neopentecostais é com esta vida. O que interessa é o aqui e o agora”. Essa citação consta da matéria “Evangélicos, quem são eles, por que crescem tanto e o que essa expansão significa para o Brasil e para o mundo”, publicada em fevereiro de 2004 pela revista Super Interessante. Nela, o jornalista Sérgio Gwevman faz uma análise do crescimento dos evangélicos brasileiros e atribui ao Neopentecostalismo um papel central nessa expansão. Uma das características do proselitismo praticado pela IURD, segundo Gwevman, é a atribuição aos demônios boa parte dos males que atingem os fieis.

“Para os neopentecostais, os homens não são responsáveis pelos atos de maldade que cometem: é o Diabo que os leva a pecar. Numa sessão de descarrego da Igreja Universal, o pastor explicou que, se o fiel enfrenta um problema há mais de três meses, é provável que esteja carregando um encosto. ‘Se a dificuldade completar um ano, daí não há dúvida: a culpa é do demônio’, disse a congregação. Ele não se referia só a entraves financeiros ou comportamentais. A receita vale para tudo, inclusive para doenças incuráveis. Assim, expulsar o demônio do corpo é a receita única para todos os males, de casamento infeliz até câncer no pulmão”. [3]

Wemerson Marinho, em sua análise “Pontos Discutíveis do Movimento Neopentecostal” levanta estas e outras questões relacionadas ao sistema litúrgico e isolamento espiritual que são submetidos os frequentadores das igrejas neopentecostais. Ele cita, entre outras coisas, a falta de uma liturgia eclesiástica e a pouca atenção dada às Escrituras Sagradas como a única regra de fé e conduta.

“Os neopentecostais afirmam que a Bíblia é a Palavra de Deus e, com isto, nós concordamos. Mas para eles, a palavra dos “profetas”, dos visionários, também é a Palavra de Deus. E, por isto, baseiam suas vidas e suas doutrinas também em visões, ‘novas revelações’ e em experiências místicas.” [4]

Esse é o ponto “x” da questão colocada pela maioria dos estudiosos do movimento, ou seja, a falta de uma doutrina sólida acompanhada de um discipulado sistêmico e bíblico. Há casos de indivíduos que se deixam batizar por mais de cinco vezes nos templos da IURD por acreditar que tal prática irá “purificá-lo por completo” (sic) como se as águas batismais possuíssem qualquer poder a não ser o simbolismo que proporciona aos verdadeiros nascidos da água e do Espírito.

É a falta de uma hermenêutica sadia a causa da maioria das crenças e práticas impuras praticadas pela liderança da IURD, segundo conclui o dossiê “Análise da Teologia e Práxis da Igreja Universal do Reino de Deus” publicado pela Igreja Presbiteriana do Brasil e que se encontra disponível no livro “Igreja Universal do Reino de Deus – Sua doutrina e prática” (S. Paulo: Editora Cultura Cristã, 1997 p. 28). O documento faz a seguinte afirmação com relação à maneira como os líderes da IURD interpretam as Escrituras.

“O método de interpretação das Escrituras utilizado por bispos e pastores da IURD consiste em geral numa atualização ou transposição das experiências religiosas de personagens bíblicas para os dias atuais. Isto ocorre em virtude do que entendem ser a Bíblia. Macedo não parece ver a Bíblia como a revelação proporcional de Deus, mas como um livro de experiências religiosas, que começa com Israel no Velho Testamento e termina com a humanidade em Apocalipse, experiências estas que podem ser repetidas nos mesmos moldes, nos dias atuais.

Assim, a repetição ou re-encenação de episódios e eventos bíblicos é utilizada como ferramenta que lhes permite usar as Escrituras como base de sua prática... Por exemplo, assim como Noé fez uma aliança com Deus, podemos nós também fazê-la. Assim como Josué cercou as muralhas de Jericó e ao som de trombetas elas caíram, assim podemos cercar as muralhas das dificuldades e problemas e derrubá-los em nome de Jesus (usando uma trombeta de plástico e uma muralha de isopor). A vara que Moisés usou, o cajado de Jacó, os aventais de Paulo – todas estas coisas, e muitas outras tiradas das histórias bíblicas, se tornam tipos da utilização de apetrechos semelhantes, aos quais é atribuída (apesar das negações em contrário) algum valor espiritual na resolução de problemas”. [5]

Leonildo Campos, usado como referência pelo dossiê, faz coro ao dizer que a Bíblia é muito mais que um depósito de símbolos, alegorias e de cenas dramáticas ou até um amuleto para exorcizar demônios e curar enfermos do que a Palavra de Deus, encarada por outros protestantes como “regra de fé e prática”, e para os fundamentais, a “regra infalível”. Campos é autor do livro “Teatro, Templo e Mercado” (S. Paulo: Simpósio Editora, 1999, p. 82) onde faz uma análise do uso da fé como instrumento de riqueza pelas igrejas neopentecostais e demais grupos positivistas.

Superficialidade e engodo psicológico

Devido à ênfase na liturgia envolvente, curas e exorcismos, os neopentecostais são na sua maioria superficiais na fé e no conhecimento das Escrituras, segundo expõe Marinho em “Pontos Discutíveis do Movimento Neopentecostal”. Não somente isso, mas também a falta de uma doutrina bíblica e discipulado fazem com que os indivíduos que recorrem aos templos neopentecostais permaneçam ignorantes em suas crendices e continuem a praticá-las. Nesse ponto, a IURD se assemelha ao catolicismo ao incorporar todo tipo de religiosidade oferecendo-lhe valores cristãos, ao mesmo tempo em que libera seus dizimistas para que frequentem outros locais de culto e não tenham que se submeter aos princípios bíblicos e cristãos.

Por outro lado, existe uma tentativa de “isolamento” desses indivíduos, tirando-lhes sua capacidade de discernimento e/ou compreensão dos fatos que ocorrem em seu entorno. Um exemplo disso é o uso da psicanálise nas reuniões da IURD, como revela o artigo A ciência dos transes (Época, 28 de abril, 2003) que compara as práticas neopetencostais aos princípios psicológicos defendidos por Emile Durkhein (autor do estudo sobre a função dos transes nas sociedades primitivas) e o neurologista Jean-Martin Charcot (que mostrou como as técnicas de hipnose induzem as incorporações de “espíritos”). Na matéria, a revista cita uma declaração de uma ex-fiel da Igreja Universal que revela como os bispos e seus auxiliares aprendem a induzir o transe.

“Quando a pessoa está tonta, fica mais aberta para manifestar os demônios”, diz a obreira Aparecida Santos, ex-fiel da Igreja Universal, atualmente na Igreja Internacional da Graça de deus. Ela costuma pôr a mão na cabeça dos fieis e fazê-la rodar. Outro recurso que funciona é tocar músicas altas no teclado, com acordes bem tenebrosos. ‘Porque o demônio não gosta de silêncio’, explica a obreira. Aparecida aprendeu as técnicas do exorcismo na Universal, onde passou cinco anos como auxiliar de pastores.” [6]

Outro recurso utilizado pela IURD é o chamado “Jejum dos 21 dias” período em que os fieis devem se concentrar nos discursos da igreja e se isolar do mundo externo, sendo proibidas de ter acesso a qualquer tipo de informação, seja por meio de jornais, sites, rádio ou televisão. “O Bispo Romualdo e os pastores têm sugerido acessar apenas o blog do Bispo Macedo onde haverá textos para meditação nesse período de Jejum”, revela o frequentador Alexandre Fernandes em uma página da web.

O objetivo do “jejum da separação”, segundo os líderes da IURD, é a busca de uma vida espiritual equilibrada. No site IURD.pt encontramos a seguinte afirmação.

“O jejum, para muitos, indica apenas o abster-se da bebida e da comida, e esse é o jejum normal. Já o santo jejum não está relacionado só com isso. E o que é que o/a impede de estar em espírito? Por exemplo, ler livros ou revistas que não falem de Deus, ouvir músicas ou notícias que não falem de Deus, ou seja, que não o/a conectem a Ele e não alimentem o seu espírito.

Iremos fazer um jejum que inclui não assistir televisão, não usar a Internet, não ler revistas e livros, etc. Vamos orar três vezes por dia, de manhã, à tarde e à noite, e você vai fazê-lo e vai-se santificar, fortalecer e investir no seu espírito, para que seja cheia d’Ele”

Apesar do objetivo aparentemente louvável da Igreja Universal, existe por trás um engodo psicológico perigoso e que nos remete aos grupos conhecidos como “seitas destrutivas”. Tais segmentos recrutam novos discípulos com promessas de cura, prosperidade e encontro com Deus. Uma vez fisgado, o indivíduo é convidado a se juntar à igreja e se afastar de tudo que possa impedi-lo de desenvolver sua espiritualidade, como familiares e amigos próximos. A partir de então ele passa a pertencer à comunidade, isolando-se física e psicologicamente do mundo exterior. Nestas condições, a manipulação ou lavagem cerebral torna-se fácil, fazendo com que o novo discípulo concorde em entregar suas economias e se dedicar exclusivamente à comunidade religiosa, desenvolvendo atividades que beiram ao “escravismo”. É o caso da Seita do Rev. Moon, a Família (antiga Meninos de Deus), o Templo dos Povos etc.

A Igreja Deus é Amor, com toda sua ritualística e imposição doutrinária, promove algo semelhante ao submeter seus membros a um fanatismo cego e quase doentio, proibindo-lhes de assistir televisão, participar de festas ou mesmo ir à praia. O motivo pelo qual não há uma modernização nos padrões doutrinários da Igreja deve-se ao fato de que submetidos ao manto do fanatismo seus membros continuarão a ofertar e seguir fielmente os desmandos de seu líder máximo, o missionário David Miranda.

Na IURD, apesar da não-obrigatoriedade de se desenvolver uma vida religiosa pautada em usos e costumes, há problemas sérios relacionados às campanhas de prosperidade, como a fogueira santa que todos os anos arrecada milhões de reais e deixa famílias desamparadas, com a entrega quase que total de suas propriedades. Sendo não poucos os casos de ex-fieis que recorrem à justiça para reaver seus bens, com a alegação de indução ao erro.

Ausência da ética cristã

O maior problema relacionado às igrejas neopentecostais, e a IURD é o principal exemplo, é a ausência da ética cristã. Ela compreende diversos aspectos, desde a questão doutrinária até princípios morais defendidos pelo cristianismo bíblico. Augustus Nicodemos define a ética cristã nos seguintes termos:

“A ética cristã, em resumo, é o conjunto de valores morais total e unicamente baseado nas Escrituras Sagradas, pelo qual o homem deve regular sua conduta neste mundo, diante de Deus, do próximo e de si mesmo. Não é um conjunto de regras pelas quais os homens poderão chegar a Deus – mas é a norma de conduta pela qual poderá agradar a Deus que já o redimiu. Por ser baseada na revelação divina, acredita em valores morais absolutos, que são à vontade de Deus para todos os homens, de todas as culturas e em todas as épocas.”

A ética cristã pressupõe defesa dos bons costumes, da moral e de uma vida pautada nas Escrituras Sagradas. Aí temos a questão da defesa da vida, da família e da sociedade como pertencentes a Deus. Questões como o casamento e o aborto são uma das problemáticas quando comparamos a IURD a outras denominações cristãs. Com base em fatos puramente comerciais (digo “comerciais” no sentido literal da expressão), a IURD deixou de ver a vida como elemento máximo das decisões humanas, para transformá-la em uma oportunidade de negócio. A defesa do aborto nada mais é do que uma estratégia, um meio encontrado pela igreja para atrair católicos descontentes com sua religião. É com base em tais parâmetros que a Igreja Universal se define, delineando para o mundo que tipo de indivíduos frequentam seus templos.

São esses mesmos indivíduos que traem seus cônjuges, segundo pesquisa realizada pelo BEPEC – Bureau de Pesquisa e Estatística Cristã. De acordo com o estudo, a porcentagem de neopentecostais que afirmam terem alguma vez praticado infidelidade conjugal é de 26,51%, contra os 21,43% de pentecostais. Os dados revelados pela pesquisa comprovam que a ausência de um discipulado eficiente e ética cristã nas igrejas neopentecostais, resultam em uma massa crua e sem vida composta por indivíduos das mais diferentes confissões religiosas que procuram seus templos atraídos pela propaganda de prosperidade e cura divina. Uma nova reforma se faz mais que urgente.

Notas:

1. CORAZZA, S. Templo é Dinheiro, Curitiba. Revista Ideias, maio de 2011
2. COELHO, I.G. Neopentecostalismo, Campinas – SP. Palestra ministrada em abril de 2004 na Faculdade Teológica de Campinas.
3. MARINHO, R. Evangélicos, quem são eles, por que crescem tanto e o que essa expansão significa para o Brasil e para o mundo. São Paulo – SP. Revista Super Interessante, fevereiro de 2004, pág. 55
4. MARINHO. W. Pontos Discutíveis do Movimento Neopentecosta. Ipatinga – MG.
5. Comissão Permanente de Doutrina da Igreja Presbiteriana do Brasil. Igreja Universal do Reino de Deus – Sua Teologia e Sua Prática. S. Paulo: Editora Cultura Cristã, 1997, p. 28
6. A Ciência dos Transes. São Paulo – SP. Época, abril de 2003 págs. 73 e 74
7. NICODEMOS A. Ética Cristã. São Paulo – SP. O Tempora, O Moraes, 2010.

Fonte: NAPEC 

terça-feira, 2 de outubro de 2012

ANIVERSÁRIO DA IGREJA PRESBITERIANA FILADÉLFIA

Durante todo mês de Setembro de 2012 a Igreja Presbiteriana Filadélfia de Garanhuns esteve agradecendo a Deus  pelos seus  dez anos de Organização realizando algumas programações especiais como: Café com os Homens, com uma palestra especial  pastor Eli Vieira, dia 7 a 9  a UMP e UPA juntamente com irmãos da igreja realizaram o Avanço Missionário com palestras, momentos de Oração, Evangelismo Pessoal no bairro onde várias casas foram visitadas pela igreja e Cultos Evangelístico tendo como pregador o Rev. Inaldo Cordeiro pastor da Igreja Presbiteriana Central de Garanhuns.
 Em todos os domingos do mês contamos  com a participação de vários pastores, como: Pastor Ernando Vasconcelos da Igreja Presbiteriana do Planalto de Garanhuns, Pastor Rosivan Muniz da Igreja Presbiteriana de Lajedo, pastor Eudes Oliveira diretor do Colégio Presbiteriano XV de Novembro e no dias 29 e 30/09/12 contamos a presença do pastor Arnaldo Matias da Igreja Presbiteriana de Areias Recife-PE e estiveram participando  grupos de louvores da IP Filadélfia, Mulheres que Louvam, Grupo Voz e Melodia,  o cantor Amilton Ângelo e do diácono Maciel. Nas palavras do pastor Eli Vieira pastor da IP Filadélfia nós podemos dizer: "até aqui nos ajudou o Senhor, por isso temos motivos para agradecer ao nosso bondoso e soberano Deus por todas as bênçãos dispensadas sobre a nossa igreja".

Encontro de oração reúne 25 mil pessoas



América para Jesus 2012 reuniu cristãos de todas as denominações para interceder pelo país
por Jarbas Aragão

Encontro de oração reúne 25 mil pessoasEncontro de oração reúne 25 mil pessoas

Exatamente 40 dias antes da eleição para presidente dos EUA, cerca de 25.000 pessoas se reuniram durante dois dias no Independence Mall, na Filadélfia, durante a maratona de oração “América para Jesus 2012”. O objetivo deste encontro que reuniu cristãos de todas as raças, partidos e denominações dos Estados Unidos, era orar pela cura da nação e chamar a América de volta a Deus. O local escolhido é histórico, pois foi o local onde Declaração de Independência foi assinada.
“Hoje chegamos a um lugar histórico para escrever a história espiritual na América”, disse o reverendo Billy Wilson, co-presidente do América para Jesus 2012. ”Hoje nós viemos a este lugar, porque acredito que a América está à deriva espiritualmente e precisa corrigir o rumo”.
O evento de dois dias começou com uma reunião de jovens na noite de sexta-feira. A bispa Anne Gimenez, da Rock Church International, de Virginia Beach, e co-presidente do movimento, disse aos milhares de adolescentes reunidos, “América para Jesus será um grito ouvido em todo o mundo. Este é um início de um empurrão pedindo por justiça na América. Estamos aqui para declarar a Palavra do Senhor. ”
No sábado, Tom Phillips, que trabalha no ministério de Billy Graham, leu uma carta de saudação e solidariedade do evangelista de 93 anos de idade, que afirmou estar orando pela  América e preocupado com o seu futuro.
“Nada poderia ser mais urgente do que para o povo de Deus para se unir e orar por nossa nação e nosso mundo”, escreveu Graham. ”Nossa única esperança é voltar-se para o Senhor Jesus Cristo em arrependimento e fé, para buscar obedecê-lo em todas as áreas de nossas vidas, como indivíduos e também como uma nação…”
O conhecido pastor televisivo Pat Robertson foi um dos palestrantes e declarou “Nós nunca iremos mudar nosso país através da política. Só mudaremos a América com um poderoso derramamento do Espírito Santo de Deus.”
Logo no início da maratona de oração, que durou nove horas, o pastor Wilson pediu um tempo de arrependimento para os sete pecados mortais: orgulho, avareza, luxúria, inveja, gula, ira e preguiça, que seriam as causas dos problemas da nação. Vários líderes cristãos fizeram  orações pedindo perdão por questões específicas e relacionadas com as questões sociais, como a pobreza, o tráfico de desemprego, sexo, crime e gestão governamental.
Na pauta das palestras e das orações durante o sábado estavam a condenação do aborto, o casamento gay e o controle populacional, além de críticas ao governo de Barack Obama.
Traduzido de ABC News

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

A Bíblia e as decisões pessoais


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Por Vicent Cheung

Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra. (2 Timóteo 3.16-17, NVI) [...]

… problemas ocorrem quando cristãos negam que a Bíblia é suficiente para fornecer instrução e orientação abrangente. Alguns deles se queixam que a Bíblia carece da informação específica que eles precisam para fazer decisões pessoais. Contudo, à luz das palavras de Paulo — isto é, visto que Deus afirma por meio do seu apóstolo que a Bíblia é suficiente — a deficiência deve estar nesses indivíduos, e não na Bíblia.

Eles carecem da informação que precisam por causa de sua imaturidade e ignorância. A Bíblia é de fato suficiente para guiá-los, mas eles negligenciam estudá-la. Alguns deles também exibem forte rebelião, de forma que embora a Bíblia aborde claramente suas situações, eles recusam obedecer aos seus mandamentos e instruções. Ou, antes de tudo, eles recusam aceitar os próprios métodos de receber orientação a partir da Escritura, mas insistem que Deus deve guiá-los, pelo menos ocasionalmente, por meio de visões, sonhos e profecias, embora ele já tenha deixado registrado o que eles precisam saber na Bíblia.

Quando Deus não concede a demanda deles por orientação extrabíblica, alguns deles até mesmo decidem buscar informação por meio de métodos proibidos, tais como astrologia, adivinhação e outras práticas ocultas. A rebelião deles é tal que se Deus não fornece a informação desejada da forma que eles preferem, ou se ele não concorda com os desejos deles, então eles estão determinados a conseguir o que desejam do diabo.

O conhecimento da vontade de Deus vem de um entendimento intelectual e aplicação da Escritura.[1] Paulo escreve:

Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. (Romanos 12.2-3)

A teologia cristã deve afirmar a suficiência da Escritura, que ela é uma fonte abrangente de informação, instrução e orientação. A Bíblia contém toda a vontade de Deus, incluindo a informação que uma pessoa precisa para salvação, desenvolvimento espiritual e orientação pessoal. Ela contém informação suficiente de forma que, se alguém fosse obedecê-la completamente, cumpriria a vontade de Deus em cada detalhe da vida, e pecaria na extensão em que a desobedecesse. Embora não atingiremos obediência perfeita nesta vida, permanece o fato que a Bíblia contém toda a informação necessária para vivermos uma vida cristã perfeita. [2]

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Notas: 
[1] Veja Vincent Cheung, Piedade com Contentamento, “Orientação bíblica e tomada de decisão” (Editora Monergismo).
[2] Para mais sobre a suficiência da Escritura, veja Vincent Cheung, O Ministério da Palavra (Editora Monergismo).

Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto – setembro/2012
Fonte:  Systematic Theology
Via: Monergismo

Começa a festa dos tabernáculos em Israel


O feriado é um momento de agradecer a Deus pela abundância do verão e pedir um bom ano de colheitas.
por Jarbas Aragão


Começa a festa dos tabernáculos em IsraelComeça a festa dos tabernáculos em Israel
O primeiro dia de outubro marca o início de um antigo costume do judaísmo, chamado de Sucot ou a Festa dos Tabernáculos. Uma de suas características é o ritual de se agitar as “quatro espécies”.
Os preparos para festa de Sucot começam imediatamente após Yom Kippur, com o início da construção de frágeis e temporárias cabanas, as sucot (plural de sucá), dentro da quais, durante os sete dias da duração da festa, os judeus devem fazer suas refeições e até mesmo dormir. O teto de uma sucá é feito de galhos ou plantas verdes, finos o bastante para deixar passar a chuva e permite avistar, através de seus orifícios, o brilho das estrelas.
O ritual é mencionado pela primeira vez no Torá em Levítico 23:40: “E no primeiro dia tomareis para vós ramos de formosas árvores, ramos de palmeiras, ramos de árvores frondosas, e salgueiros de ribeiras; e vos alegrareis perante o SENHOR vosso Deus por sete dias.” Tradicionalmente, elas são entendidas como o Etrog (fruto da boa árvore, uma fruta cítrica aromática), o lulav (ramo da palmeira), a hadas (mirta ou murta) e o aravot (ramos de salgueiro).
Dizem os sábios que essas Quatro Espécies também representam a união dentro do indivíduo. O Etrog tem a aparência de um coração; o Lulav da espinha dorsal; os hadassím simbolizam os olhos e o salgueiro, a boca do judeu.
O ramo da palmeira deve ser o mais verde e reto possível. Há preocupação para que o ramo central não se divida e as folhas não estejam machucadas. Escolhem-se três ramos de mirta de entre 12 e 15 polegadas de comprimento, assim como dois ramos de salgueiro que precisam ser maiores que o de mirta.
Na cerimônia dentro da sinagoga, o lulav, na mão direita, e o etrog na esquerda, são carregados enquanto os Hallel (salmos) são cantados. No fim do culto, o Etrog e o Lulav são novamente segurados durante as orações em que a congregação circula o tempo cantando hinos de alegria e agradecimento.
Hoje em dia, os judeus fiéis têm muito cuidado ao comprar as frutas e plantas antes do festival. As folhas são inspecionadas para verificar seu frescor, a sidra é examinada sob uma lupa em busca da perfeição e preços exorbitantes são pagos pelos melhores exemplares. Na verdade, as tradições hassídicas atribuem poderes místicos ao etrog e seu portador.
Segundo uma corrente do judaísmo, tudo tem a ver com a água. Cada planta incorpora um habitat típico da terra de Israel, e cada uma se distingue por sua ligação com a água. Uma vez que o Sucot é lembrado um pouco antes da temporada de chuva em Israel, o feriado é um momento de agradecer a Deus pela abundância do verão e pedir um bom ano de colheitas.
“É por isso que as extremidades de cada espécie não podem ser secas. Seria como orar para ter boa saúde ao comer junk food”, explica um rabino hassidico.
O ritual parece uma versão judaica da “dança da chuva”. As folhas das três árvores são unidas com o fruto (etrog) e balançadas três vezes, em seis direções: direita, esquerda, para frente, para trás, para cima e para baixo. Este movimento ritualístico teria como objetivo chamar a bênção de todos os cantos da terra e que viria para abençoar toda a criação.
Depois de agitar o lulav e o etrog em uma direção, eles são trazidos para junto ao corpo antes de ser agitada no outro sentido. O rabino Avraham Arieh Trugman explica a prática da seguinte maneira: “Ao agitar as quatro espécies, nas seis direções do espaço e depois trazê-los de volta para os nossos corações, somos unificados com o espaço e santificados dentro desse tempo”.
Com informações Huffington Post e Web Judaica

sábado, 29 de setembro de 2012

Instituto evangélico quer provar cientificamente que Deus cura



O Global Medical Research Institute deseja reunir provas inegáveis de milagres
por Jarbas Aragão


Instituto evangélico quer provar cientificamente que Deus curaInstituto evangélico quer provar cientificamente que Deus cura
O Global Medical Research Institute (GMRI) é uma iniciativa do evangelista e avivalista Randy Clark cujo objetivo é “provar” que Deus realmente cura pessoas. Ele conseguiu o registro junto ao National Institute of Health, regulado pelo governo norte-americano.
O GMRI utiliza métodos rigorosos de comprovação médica para, baseado nas evidências, comprovar a cura em resultado de intervenção espiritual, mais especificamente a oração em nome de Jesus pelo poder do Espírito Santo.
O objetivo é reunir documentação médica dos casos e reuni-los através do site do GMRI (globalmri.org). Através dele, as pessoas podem enviar seus exames médicos de antes e depois da cura para serem analisados. Após uma triagem para confirmar os dados, eles são enviados para os peritos médicos do GMRI, em Boston, muitos deles filiados à renomada Escola de Medicina de Harvard.
Quando ficar provado que a cura está “além da explicação médica”, ficará registrada como “prova” do poder de cura de Deus.
“O desejo sincero de Randy é mostrar as evidências médicas de que Deus ainda está curando as pessoas”, diz Brenda Jones, enfermeira membro da GMRI. “A maioria das pessoas, até mesmo a maioria dos médicos nos Estados Unidos, acredita no poder de cura através da oração. Até mesmo pessoas não religiosas aceitaram uma oração pedindo cura. Queremos provar quais pessoas realmente foram curadas por meio da oração”.
Candy Gunther Brown, professora da Universidade de Indiana, começou a estudar a cura sobrenatural há oito anos atrás. O resultado de suas pesquisas é o livro Testing Prayer: Science and Healing[Testando a Oração: Ciência e Cura]. Brown diz que a importância e os desafios de um projeto como o GMRI estão em pé de igualdade.
“Muitos membros da comunidade pentecostal/carismática são resistentes a fazer uma análise médica, pois acreditam que a fé deve vir pelo que ouvem, não pelo que veem”, diz ela. “Há também a preocupação de que a mídia vai explorar o fato, tirar as coisas fora de contexto, e assediar os ministérios e famílias envolvidas”.
Brown descobriu que havia centenas de relatos de cura sem uma explicação médica. Mas ela também encontrou falsificação de registros médicos de algumas pessoas que afirmavam ter recebido a cura pela fé mesmo sem nenhuma evidência física. Por isso, acredita, é tão importante peneirar as declarações e publicar apenas as curas legítimas.
“Cada vez mais, a linguagem aceita pelas pessoas é a ciência médica”, diz Brown. ”Com ou sem um poder sobrenatural envolvido na cura, há um grande número de médicos pesquisadores interessados em saber se a oração ajuda as pessoas a se sentirem melhor. O GMRI precisa obter o maior número possível de casos positivos, o que deve motivar outras pessoas a se envolverem”.
Cal Pierce, diretor da Associação Internacional Healing Rooms [Quartos de Cura, já está motivado. Seu ministério já reúne mais de 2.000 “quartos”, locais onde a presença e o poder do Espírito Santo são instrumentos para curar os doentes em diferentes partes do mundo. Eles planejam para coletarinformações a submetê-las ao GMRI.
Pierce afirma: “Nós podemos fornecer informações sobre o que não é possível explicar pela medicina e também fornecer registros médicos para que seja comprovada a operação do Espírito Santo. Com o trabalho do GMRI, mais pessoas vão crer na cura porque os milagres de Deus serão reconhecidos pelos homem”.
Traduzido de Charisma News

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