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terça-feira, 19 de agosto de 2025

Milhares de cristãos vão às ruas pedir democracia e paz em Honduras: “Viemos orar”

 A caminhada de oração uniu evangélicos e católicos para orar pelo país. (Foto: Reprodução/Instagram/Gabriel Ferrigno/Reprodução/Instagram/Kairos FM).

A caminhada de oração uniu evangélicos e católicos para interceder pelo país em mais de 50 cidades, no último sábado (16).


No último sábado (16), milhares de cristãos foram às ruas de Honduras para pedir democracia e paz, e orar pelo país que enfrenta dificuldades econômicas e polarização política.

A caminhada de oração, organizada pela Confraria Evangélica e pela Conferência Episcopal, uniu evangélicos e católicos em mais de 50 cidades, incluindo a capital.

Em Tegucigalpa, os participantes lotaram as ruas da capital hondurenha. Carregando bandeiras do país, os cristãos saíram na Plaza Las Banderas e percorreram o Boulevard Suyapa até o Estádio Nacional "Chelato Uclés".

No protesto, os manifestantes pediram o respeito à democracia, a união e a paz do país pelo bem de todas as famílias de Honduras.

As lideranças evangélicas e católicas apelaram para que a vontade dos cidadãos nas próximas eleições gerais de 30 de novembro sejam respeitadas, de acordo com os princípios democráticos da Constituição.

Mario Banegas, presidente da Associação de Pastores, esclareceu que a caminhada não tinha fins políticos.

"Não é uma marcha política, amamos Honduras e hoje viemos orar pelo presidente e por cada partido político", declarou o pastor.

Os cristãos exibiram cartazes com os seus pedidos e versículos da Bíblia, como 2 Crônicas 7:14, que diz: “E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra”.

Um homem marchou com um cartaz com a frase “Arrepende-se e converta-se. Habacuque 3:19”.

Na caminhada, os cristãos adoraram a Deus com louvores e intercederam por paz e perdão, com muitos orando de joelhos.

"Me sinto comovido ao ver o povo de Deus caminhar somente em favor de Deus, sem pensar em um partido político, mas pensando em Honduras", disse o pastor Gerardo Irías, presidente da Irmandade Evangélica de Honduras, à mídia local.

"Estamos convencidos de que Deus ama Honduras e decidimos dar tudo de nós por amor a Deus", concluiu ele.

Atualmente, a população de Honduras tem enfrentado desemprego, insegurança, problemas no acesso à saúde e à educação, e uma crescente polarização política e social.

Nos últimos anos, a comunidade cristã na nação tem presenciado um um aumento da perseguição religiosa, com Honduras passando para a 65ª posição da Lista Mundial da Perseguição 2025 da Portas Abertas.

Entre janeiro de 2023 e setembro de 2024, cerca de 22 cristãos foram mortos, quatro sofreram tentativas de homicídio e 25 crentes enfrentaram ameaças de morte.

Conforme o governo de Honduras, cristãos que denunciam atividades criminosas, principalmente em regiões dominadas por gangues e cartéis de droga, enfrentam ameaças, violência física e extorsão. Ex-membros de facções que se convertem a Jesus também correm risco.

“Cristãos em áreas dominadas por gangues violentas são particularmente visados quando o trabalho na igreja é visto como um obstáculo às atividades criminosas", explicou Rossana Ramirez, analista de perseguição de Honduras.



Fonte: Guiame, com informações de Evangélico Digital e La Prensa

sexta-feira, 15 de agosto de 2025

Satanista desiste de sacrificar filho de pastor após menino declarar a Bíblia: ‘Me rendi’

 

Adel Vrey. (Foto: Reprodução/YouTube/Called For More)

Adel Vrey foi confrontada pela autoridade de Cristo após o menino declarar a passagem bíblica sobre a armadura de Deus.

Uma ex-satanista testemunhou que se rendeu a Jesus após receber a missão de sacrificar um pastor na África do Sul. Sem conseguir matá-lo, ela sequestrou o filho de 9 anos, mas foi confrontada pela autoridade da Palavra de Deus e pelo amor do líder cristão.

“Recebi a missão de sacrificar um pastor na África do Sul. A ideia era oferecer um sacrifício de sangue. Fui até a igreja, tentei matá-lo, mas não consegui. Então, sequestrei o filho dele”, disse Adel Vrey ao podcast Called For More.

Adel foi líder na Igreja Satânica da África do Sul e recebeu esta tarefa aos 19 anos: “Quando peguei a criança, o Espírito Santo disse ao pai: ‘Satanás acabou de levar o seu filho. Eles vão fazer coisas com ele’. Ele queria resgatar o filho sozinho, mas o Espírito Santo disse a ele: ‘Eu o chamei para pregar hoje à noite. Você tem que ser obediente, confie seu filho a mim’”. 

Ao relembrar o momento, Adel contou que estava pronta para matar o menino, chamado Seth, mas foi surpreendida quando ele começou a declarar repetidamente a passagem bíblica de Efésios 6 sobre a armadura de Deus.

“Enquanto eu segurava a criança, tentando cortar sua garganta, eu não lhe causei nenhum hematoma. Eu não o machuquei fisicamente, mas tenho certeza de que ele ficou traumatizado. Ele repetia Efésios 6, sobre o capacete da salvação, a couraça da justiça, o escudo da fé, a espada do Espírito. E ele continuava dizendo isso e quase me deixou louca”, relembrou ela.

Durante a conversa, Adel também destacou que Seth foi batizado com o Espírito Santo no momento em que ela o sequestrou. 

“O que saiu da boca dele foram orações em línguas e os meus ouvidos escutavam ele falar sobre a armadura de Deus”, afirmou ela.

Autoridade e poder de Deus 

Quando o pastor os encontrou, Adel foi confrontada pela autoridade de Cristo e, em vez de reagir com raiva, ele declarou: “Como você ousa tocar no filho de um servo de Deus?”. 

“Naquele momento, eu pude sentir toda a autoridade e poder de Deus vindo contra mim”, disse ela.

Em seguida, o pastor a abraçou e afirmou: “Eu te amo com o amor de Jesus. Vá para casa e descanse”. Segundo Adel, esta atitude marcou o início da transformação em sua vida: “Foi aí que tomei a decisão de que queria servir a Jesus”.

E continuou: “Foi assim que eu aprendi que Deus é soberano, porque a salvação não depende apenas do poder, mas do amor de Jesus”.

‘Isso é o que Jesus pode fazer’

Adel contou que, a partir desse momento, começou seu processo de libertação: “Não foi instantâneo, mas eu sabia que Deus faria algo com a minha história”. 

“Quando você é confrontado pelo Deus vivo, nenhuma desculpa que você dá é válida. Você não pode culpar seus pais por nada. O Senhor dá a cada um de nós a oportunidade de nos arrependermos e nos voltarmos para Ele”, acrescentou.

Hoje, ela usa seu testemunho para alcançar outras pessoas que viveram em um contexto ocultista, ajudando-as a descobrir sua identidade em Cristo: “Minha vitória é saber que eu estou Nele e Ele está em mim”.

Trinta anos depois, ela reencontrou Seth e conheceu sua esposa: “Nosso relacionamento foi restaurado e nós chegamos a ministrar juntos”. 

Por fim, Adel explicou que a reconciliação de Deus acontece quando “o Senhor tira alguém do mundo das trevas e o reconcilia com seu Corpo”.

“Isso é lindo! Isso é o que Jesus pode fazer”, concluiu.



Fonte: Guiame

quinta-feira, 14 de agosto de 2025

Câmara de Joinville aprova uso da Bíblia como material complementar em escolas

 

Imagem ilustrativa. (Foto: Pexels/ Luis Quintero)

O PL 147/2025 estabelece que as histórias bíblicas poderão auxiliar projetos escolares de história, literatura, ensino religioso, artes e filosofia.

Mais uma cidade do Brasil aprovou o uso da Bíblia em escolas. Na última terça-feira (12), a Câmara de Vereadores de Joinville, em Santa Catarina, aprovou o Projeto de Lei 147/2025, que permite a Bíblia como recurso paradidático nas escolas públicas e particulares da cidade.

A proposta, de autoria de Brandel Junior (PL), estabelece que a Bíblia poderá ser utilizada para a disseminação cultural, histórica, geográfica e arqueológica de seu conteúdo.

“As histórias bíblicas utilizadas poderão auxiliar os projetos escolares de ensino correlatos nas áreas de história, literatura, ensino religioso, artes e filosofia, bem como em outras atividades pedagógicas complementares pertinentes”, afirma o texto.

A PL esclarece que os alunos não serão obrigados a participar das atividades que utilizem a Bíblia, conforme a liberdade religiosa prevista na Constituição Federal.

“A Bíblia é uma compilação de textos milenares que narram, com detalhes, a história do povo hebreu, a formação de nações, guerras, pactos, ensinamentos morais e princípios que influenciaram profundamente a cultura ocidental. Muitos de seus livros são historicamente reconhecidos como documentos que refletem costumes, práticas sociais e estruturas de poder da Antiguidade”, afirmou Brandel.

A vereadora Vanessa da Rosa (PT) propôs uma emenda que incluia no projeto de lei o uso de outros livros religiosos, como o Alcorão, a Torá e outras versões da Bíblia Sagrada, como a da Igreja Ortodoxa, entre outros.

Porém, a Câmara rejeitou a emenda. Para o autor Brandel Junior, a proposta desvirtuaria o PL.

Agora, o projeto segue para a análise do prefeito de Joinville, que poderá sancioná-lo ou vetá-lo.

Leis aprovadas

Projetos de lei semelhantes sobre o uso da Bíblia em escolas já foram aprovados em diversas cidades e estados do Brasil. 

No dia 7 de agosto, um projeto de lei que prevê a distribuição de Bíblias em escolas estaduais do Ceará foi aprovado.

No mesmo dia, a Câmara Municipal de Divinópolis, em Minas Gerais, também aprovou o uso da Bíblia como material paradidático em escolas públicas e privadas da cidade.

Em Manaus (AM), foi sancionada a Lei nº 1.332/2009, permitindo a utilização das Escrituras como conteúdo complementar em escolas públicas e privadas.

Em Rio Branco (AC), o projeto de lei “Bíblia nas Escolas” foi aprovado no ano passado, autorizando a disponibilização da Bíblia em bibliotecas das escolas. Assim como em Belo Horizonte (MG), através da promulgação da lei 11.862/2025, em maio deste ano.

Em Porto Alegre (RS), um projeto de lei que prevê que Bíblias sejam disponibilizadas para o uso de alunos e professores nas bibliotecas das escolas municipais está em discussão na Câmara de Vereadores.



Fonte: Guiame, com informações de Câmara de Vereadores de Joinville

quarta-feira, 13 de agosto de 2025

Novos sequestros em massa deixam nigerianos em alerta

 

Ataques também afetam famílias que precisam fugir em busca de segurança

Extremistas islâmicos armados voltam a atacar e ameaçar vilarejos


Um vídeo que mostra reféns em uma floresta viralizou na Nigéria. Um jovem fala para a câmera, pedindo para que os policiais de Zamfara negociem a soltura do grupo. 

O material foi publicado nas redes sociais de um militante islâmico e continua com o jovem refém lendo um texto que culpa o governo nigeriano por falhar ao negociar com os sequestradores. “Só no nosso acampamento há 150 pessoas. Em outros, há mais de 200 reféns”, ele diz.  
 
Alguns dias após a publicação, rebeldes islâmicos armados atacaram um vilarejo, matando 11 pessoas e sequestrando mais de 50. Esses dois casos trouxeram medo à população nigeriana, que acredita estar vivendo uma nova onda de sequestros em massa. 
 
O ano de 2025 está sendo marcado pela brutalidade dos assassinatos em massa na Nigéria. Os primeiros meses de 2025 ficaram na memória pelos sequestros em massa, como o das 287 crianças na cidade de Kuriga e as 200 em Gamboru Ngala, ambos no mesmo dia. 
 

O que os sequestradores pretendem? 

“Todos os sequestros fortalecem o suporte financeiro de grupos criminosos, incluindo o tráfico de armas, drogas e pessoas”, diz Frans Vierhout, do Observatório de Liberdade Religiosa na África. As exigências dos sequestradores são absurdas. No sequestro em Chikun, em fevereiro de 2024, foram exigidos 11 bilhões de dólares, uma quantia maior do que o próprio orçamento nacional do governo nigeriano. 
 
“A estratégia pode não ser apenas financeira. A principal obrigação do Estado é a segurança, portanto, esse tipo de sequestro em massa diz aos cidadãos: ‘Somos nós, os sequestradores, que determinamos a sua segurança, não o Estado’. Quando você quebra a confiança das pessoas no governo, ele entra em colapso. Nesse vácuo de poder, um novo estado pode surgir. É por isso que esse tipo de ação cria condições para o fim de um governo”, diz Frans. 
 

Não são raras as notícias recentes de raptos e assassinatos em solo nigeriano. E não são apenas as vítimas que sofrem, mas todos que se veem obrigados a fugir de casa para garantir a segurança da família. 

Pedidos de oração

  • Ore por todos aqueles que foram raptados. Que todos possam voltar para suas casas em segurança.
  • Peça para que o Senhor continue usando e protegendo sua igreja em toda a Nigéria.
  • Interceda pela conversão dos criminosos e dos líderes nigerianos. 
  • Ore por paz e por provisão ao povo nigeriano.

A igreja pede socorro. Estenda sua mão

Com sua doação, nossos parceiros locais na Nigéria podem trabalhar em favor dos que mais precisam, como é o caso dos deslocados de Benue. Ajude-nos a alimentar e fortalecer os cristãos nigerianos física e espiritualmente.


Fonte: Portas Abertas

Igreja atrás das grades no Irã


Pastor Iman foi preso durante um culto no Irã 

Fonte: Portas Abertas

Como as prisões de cristãos no Irã moldam a fé da igreja local


No Irã, se os seguidores de Jesus vivem sua fé abertamente e a compartilham com outras pessoas, eles são ameaçados de prisão por “colocar em risco a segurança nacional”. Sabe o que significa a prisão para um cristão iraniano? 

Quando as pessoas são enviadas para a cadeia, são torturadas, tanto física quanto verbalmente”, relata Mounes*, um líder de jovens. O objetivo da tortura é colocar os prisioneiros sob tanta pressão que eles renunciem à fé em Jesus e entreguem os nomes de outros cristãos e redes cristãs.  
 
“Eles reproduzem sons falsos de outras celas para fazer você pensar que estão assediando sua família. Ou, se você tem uma esposa ou irmã, eles dizem que estão abusando sexualmente dela”, diz Mehrdad*, um jovem evangelista. Além das mentiras, o abuso sexual por parte de oficiais prisionais e judiciais, bem como por outros prisioneiros, não é incomum nas prisões iranianas, segundo relatos de ex-prisioneiros. 
 

Torturado por causa de Jesus: a história do pastor Iman 

O pastor Iman foi preso pela primeira vez durante um culto secreto. Pouco depois de sua primeira libertação, ele foi preso novamente. “Fui colocado na solitária por quatro meses. Eu estava algemado e completamente vendado. Os guardas me levaram para quatro celas diferentes e cada uma delas foi usada para me torturar de alguma maneira. Por exemplo, em uma das celas, havia um fedor muito forte, estava cheia de mosquitos e tinha um barulho extremamente alto que parecia um helicóptero bem acima da minha cabeça. Em outra cela, era muito frio e eu percebi que aquela era uma cela de tortura porque se eu protestasse contra o frio, eles tornavam as coisas ainda piores. Eu pensei que era o fim e que eu morreria congelado”, conta o pastor.  
 
Antes de se converter, Iman era viciado em drogas, então, depois dos quatro meses na solitária, os oficiais o colocaram em uma cela coletiva onde drogas eram distribuídas e consumidas. “A intenção deles era nos atrair de volta ao vício para nos afastar da nossa fé em Jesus. Este é o sistema da República Islâmica do Irã: eles não querem que você conheça a Cristo; eles querem que você seja um ladrão, um contrabandista, um viciado – mas o principal é que você não seja um cristão”, diz Iman. 
 
Mehrdad diz: “Quando um cristão é preso, isso também afeta toda a família, pois o futuro deles aqui na terra é arruinado. E, além disso, a igreja à qual pertence também pode ser destruída”. 
 

Insegurança e ruína financeira: a história de Bahareh 

O fardo emocional pode ser esmagador quando alguém que você conhece vai para a cadeia. Foi isso que aconteceu com Bahareh* quando seu pai foi preso. Mesmo dez dias depois da prisão, Bahareh ainda não sabia onde seu pai estava sendo mantido. Durante os vários dias de busca, ela teve que lidar com oficiais corruptos, alguns dos quais queriam explorar sua situação de vulnerabilidade em troca de favores sexuais.  
 
Quando Bahareh finalmente descobriu onde seu pai estava, ficou devastada: “Eu me senti tão mal que desmaiei por causa de toda a angústia que havia vivido”. A família de Bahareh tentou pagar a fiança para libertar o pai até o julgamento, mas o valor era sempre aumentado. Os oficiais também pediram a escritura da casa, entre outras coisas. “O preço que eles exigiram pelo meu pai foi muito alto”, diz Bahareh.  
 
Além dos valores arbitrários e corruptos da fiança, eles também tiveram que pagar honorários advocatícios muito caros. Bahareh continuou sustentando a família enquanto seu pai estava na prisão. Muitas famílias são levadas à ruína financeira pelos encargos gerados pela prisão de um familiar. 
 
Outro caso semelhante ao de Bahareh é o de Mobina*. Quando ela tinha oito anos, duas de suas tias foram presas. “Depois disso, o serviço secreto ameaçou muito a minha família. Eles ficavam ligando para minha mãe de números diferentes, às vezes, no meio da noite. Ficavam ameaçando, dizendo que ela deveria se tornar muçulmana ou se divorciar do meu pai, que era muçulmano, porque ela era impura como cristã. O telefone dos meus avós era monitorado pelo governo e eles nos vigiavam o tempo todo. Por causa de todo o estresse, meu avô perdeu parte do rim. Estávamos o tempo todo com medo e nunca nos sentíamos seguros”, conta Mobina. 
 
Bahareh e sua família também ficaram sob vigilância constante após a prisão de seu pai. “Eles estavam sempre à nossa porta. Não podíamos receber visitas e, quando minha mãe e eu saíamos, sempre havia alguém visivelmente nos seguindo, por isso as pessoas tinham medo de nos ligar e perguntar como estávamos”, diz Bahareh. 

“Quando as pessoas são soltas, o sofrimento não acaba”, explica Mansour, da organização Article 18. Elas são estigmatizadas e, em muitos aspectos, têm uma perspectiva de futuro muito limitada dentro do Irã. 



Para os novos cristãos iranianos, a conversão é uma escolha por Cristo e pelo constante risco de prisão (foto representativa)

 
Ameaças e perseguições constantes 

Mesmo após a libertação, a pessoa continua sob o radar do serviço secreto. “Alguns dos interrogadores ligam para você. Imagine o trauma de ouvir a voz do guarda que torturou você psicologicamente – e às vezes fisicamente – falando pelo telefone: ‘Estamos de olho em você. Cuidado para não repetir os crimes que cometeu’. E então vêm as ameaças constantes. Registramos também alguns casos em que os ex-prisioneiros foram fisicamente ameaçados de morte ou sofreram uma ‘morte acidental’”, explica Mansour.  
 
Além disso, muitos já não têm como se sustentar, pois o serviço secreto faz questão de garantir que não consigam um emprego nem possam se matricular em uma universidade. Como os ex-prisioneiros continuam sendo monitorados após o tempo na prisão, eles também são um risco para outros cristãos e para as igrejas domésticas.  
 
“Eles não podem continuar com seu ministério e nem mesmo se reunir com outros cristãos. Isso os coloca sob uma enorme pressão psicológica. Muitos são forçados a deixar o país para proteger sua família da perseguição. Eles precisam recomeçar do zero em outro país e passam a sofrer com outras coisas: a dor de estar longe da família, o sentimento de ser um estrangeiro, a depressão, eentre outros problemas. A situação deles é muito complexa”, explica Mounes.

Deus continua agindo 

Mesmo atrás das grades, a igreja resiste porque o Espírito de Deus está em ação. “Os cristãos oravam juntos, às vezes eram dois ou três em uma cela, ou vários deles no pátio da prisão durante o horário de recreação. Eles encontravam um canto que ficava fora do alcance das câmeras, sentavam-se juntos e, a cada semana, um deles era responsável por pregar, enquanto os outros entoavam um hino baixinho ou se encorajavam mutuamente”, conta Mansour. O pastor Hovan conta até sobre cristãos em uma prisão que “tomam a ceia com apenas um pedaço de pão e água quando se reúnem”. 
 
A luz de Deus está abrindo caminho na escuridão das prisões iranianas de uma forma impressionante. Há diversos testemunhos de como Jesus usa nossos irmãos e irmãs na prisão para levar muitas pessoas à fé. Bahareh conta que seu pai encontrou um lugar fora do alcance das câmeras de vigilância da cadeia, onde orava pelos outros prisioneiros e pelos guardas da prisão.  
 
“Quando ele foi solto, escreveu em seu caderno que cerca de 20 ou 30 pessoas haviam se arrependido. Também sei que 15 dessas pessoas mantiveram a fé e que suas famílias também se converteram”, diz Bahareh. 
 
O pastor Iman teve uma experiência parecida durante sua primeira prisão. “Nos últimos oito dias de cárcere, fui transferido para uma cela comum. Lá, compartilhei o evangelho, e 23 pessoas entregaram o coração a Jesus Cristo. Entre elas, havia três condenadas à morte.”  
 
Mas não é somente a proclamação verbal do evangelho que leva as pessoas a crerem em Jesus. “Quando visitávamos minha mãe na prisão, algumas pessoas vinham até nós e contavam como apenas o comportamento amoroso de minha mãe havia aberto os olhos delas para o evangelho”, conta Sogol*. 
 
“O governo acredita que pode parar a fé cristã e a propagação do evangelho ao colocar os cristãos na prisão. Mas isso não funciona, porque não se pode parar a obra do Espírito Santo. Não é possível impedir que a fé se espalhe, mesmo nos lugares mais difíceis – e esse é o poder do evangelho”, diz o pastor Hovan. 
 
“O tempo que passei na prisão foi meu seminário bíblico. Conheci a Deus de uma forma que jamais havia conhecido enquanto estava livre. Quando fico sabendo que alguém foi preso, a família ou os amigos muitas vezes se preocupam e dizem: ‘Ah, precisamos orar, ele ou ela foi para a cadeia’. Mas então eu lhes digo: ‘Vocês não sabem o que esse lugar pode ser. É a melhor oportunidade para experimentar a presença de Deus de uma maneira muito especial. Estejam certos de que a presença de Deus ali é tão forte que traz consolo, esperança e paciência. Em vez de reclamar, essa pessoa pode agradecer a Deus por estar sendo usada por ele e porque ele tem um plano para ela ali’”, conclui o pastor Iman.

A igreja iraniana precisa da sua ajuda

Você pode fazer a diferença para os cristãos perseguidos no Irã. Além de orar pelas igrejas domésticas secretas, é possível contribuir para que os cristãos tenham acesso a treinamentos e discipulados. Faça sua doação ainda hoje!

terça-feira, 12 de agosto de 2025

Missão treina líderes com pouco acesso à Bíblia na República Democrática do Congo


 Líderes de várias aldeias aprenderam a ensinar a Bíblia na República Democrática do Congo. (Foto: Reprodução/Samaritan's Purse)

A Samaritan's Purse criou o projeto para treinar líderes que têm pouco acesso à Bíblia em aldeias remotas no país.

A missão Samaritan's Purse está promovendo escolas bíblicas para equipar pastores a estudar e ensinar a Palavra de Deus em aldeias remotas na República Democrática do Congo.

Dezenas de pastores comemoraram a conclusão da mais recente turma do curso em Niangara, após meses de duração.

No último dia de aulas na província de Bas-Uélé, o pastor congolês Bakutu Eyabawi Emmanuel preparava suas coisas para a viagem de cerca de 74 quilômetros a pé até sua casa, na região administrativa de Soronga — uma caminhada de três dias.

Durante anos, o pastor Emmanuel esteve à frente na liderança de sua igreja. Embora estivesse confiante de que Deus o escolheu para essa tarefa, ele nunca havia sido treinado.

“Eu tentava pregar, mas não sabia muita coisa. Não sabia o que dizer diante da igreja, não sabia como extrair mensagens das Escrituras e nem conhecia os livros da Bíblia”, disse ele à Samaritan's Purse.

Segundo Emmanuel, em sua aldeia, o acesso à Palavra de Deus é escasso. Até mesmo os pastores frequentemente compartilhavam uma única Bíblia em sua língua. 

“Então, eu soube que a Samaritan's Purse estava dando um treinamento sobre a Bíblia. Há muitas pessoas na minha aldeia que precisam ouvir. Há muitas famílias lá ansiando pela Palavra de Deus. Quando me virem com uma Bíblia, ficarão muito felizes”, contou ele após se matricular no curso.

A missão informou que a falta de acesso às Escrituras e à formação teológica não é incomum para pastores congoleses que servem no interior remoto do país. 

“As igrejas podem se tornar vulneráveis ao sincretismo e a outros erros, já que a necessidade desesperada muitas vezes leva à dependência de suas antigas formas de pensar”, afirmou a Samaritan's Purse.

Fortalecendo a Igreja 

À medida que as equipes da missão atendiam a região com fornecimento de água potável e saúde, os voluntários descobriram a urgência de formar líderes bem treinados. 

Por meio da escola bíblica, a Samaritan's Purse oferece treinamento de nível de seminário aos pastores. Em lugares como a aldeia de Emmanuel, muitas pessoas enfrentaram anos de dificuldades, incluindo ondas de conflito armado e deslocamentos violentos.


Celebração após a formatura de dezenas de estudantes do curso. (Foto: Reprodução/Samaritan's Purse)

Emmanuel e outros pastores estudaram doutrina, homilética, cuidado pastoral, história da igreja, evangelismo e discipulado. Durante três meses, eles estudaram juntos, ficaram hospedados nas casas de membros da igreja local, criaram amizades e fortaleceram sua conexão com Deus por meio da Palavra.

“Agradeço a Deus pelos nossos amigos da Samaritan's Purse — por nos ajudarem com a Palavra de Deus”, disse o pastor. 

E continuou: “Eles nos ensinaram bem, e hoje estou feliz. Recebi a habilidade de pregar para as pessoas para que se convertessem, porque eu não sabia o que dizer na frente dos irmãos. Deus me ajudou. Agora, me reconheço plenamente como um Servo de Deus”.

Enquanto se preparava para voltar para casa, o pastor já pensava nas famílias que ansiavam pela Palavra de Deus em sua aldeia.

"Quando eu sair daqui, serei um evangelista e pregarei para toda a minha família e para todos que eu encontrar. Apresentarei as Boas Novas a eles e a qualquer outro que aceitar", concluiu.



Fonte: Guiame, com informações de Samaritan's Purse

Igreja faz campanha contra exploração de menores na web denunciada por Felca


Imagem ilustrativa. (Foto: Unsplash/Thomas Park). 

O projeto “Quebrando o Silêncio” de 2025 vai realizar ações de conscientização sobre violência digital em oito países da América do Sul.

violência contra crianças e adolescentes na internet voltou a ser discutida pelos brasileiros na última semana, após o youtuber Felca postar um vídeo denunciando a exploração de menores e uma comunidade de pedófilos que atua nas redes sociais.

Uma igreja está promovendo uma campanha para combater os vários tipos de violência que crianças e adolescentes sofrem na web.

O projeto “Quebrando o Silêncio” de 2025, da Igreja Adventista, vai abordar o tema através de ações em oito países da América do Sul: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Equador, Paraguai, Peru e Uruguai.

O objetivo é conscientizar as famílias sobre os perigos que existem na internet e ensinar como proteger as crianças.

“A violência digital tem ganhado uma proporção cada vez maior, alcançado lares, escolas e até igrejas. Ela faz vítimas que, muitas vezes, sofrem em silêncio as dores e feridas deixadas pelos criminosos sem face do outro lado da tela. Seja com conteúdo impróprio, cyberbullying ou ameaças silenciosas, a vítima se vê sem saída e com vergonha”, afirmou a igreja.

A campanha vai iniciar com o “Dia D” no dia 23 de agosto através de ações nas ruas, escolas e instituições. Outras iniciativas também serão feitas ao longo do ano.

Jeanete Lima, educadora e coordenadora do projeto “Quebrando o Silêncio” na América do Sul, ressaltou a importância de discutir o tema, em uma época em que a internet se tornou parte essencial da vida.

“Nós dependemos dela para o trabalho, para os nossos relacionamentos, para os nossos contatos. Muito da nossa vida hoje está no mundo virtual, que trouxe muitos benefícios, mas esse não é um terreno neutro”, comentou ela.

“Trabalhar esse tema é alertar as famílias, é cuidar dessas crianças e adolescentes que são mais vulneráveis. Falar sobre a violência no mundo virtual é um ato de amor e de responsabilidade, especialmente com essa geração. Queremos usar os benefícios desse mundo virtual, mas queremos fazer com sabedoria, com limite e com segurança”, destacou a educadora.

Mais informações sobre a campanha estão disponíveis no site adv.st/quebrandoosilencio.


Fonte: Guiame, com informações de Notícias Adventistas

quinta-feira, 7 de agosto de 2025

Mais de 100 famílias cristãs sofrem violência para negar Jesus em Bangladesh




Casa de família cristã foi destruída pela violência que se seguiu à queda do governo em 2024. (Foto: Portas Abertas) 

Segundo a organização Portas Abertas, há outros 36 casos verificados de ataques diretos a cristãos e suas propriedades.

Desde a queda do governo da primeira-ministra Sheikh Hasina em agosto de 2024, Bangladesh mergulhou em instabilidade política e religiosa. Essa crise abriu espaço para uma onda de violência contra minorias religiosas, especialmente cristãos.

Segundo a Portas Abertas no Reino Unido, há registro de mais de 100 famílias pressionadas a renunciar à sua fé.

O caso de Amin*, que sobreviveu aos ataques que começaram em 5 de agosto de 2024, ilustra bem o caos no país.

"Por volta das 17h30, um grupo de extremistas destruiu e saqueou minha loja de decoração", disse ele. "Eles também ameaçaram me matar. Fiquei sabendo que o motivo dessa destruição era porque sou um seguidor de Jesus Cristo."

De acordo com parceiros no local da organização PA, há outros 36 casos verificados de ataques diretos a cristãos e suas propriedades.

Desde então, muitos cristãos foram forçados a se esconder por medo de perder suas vidas, enquanto os oponentes intensificavam a retórica contra eles.

“Alguns líderes muçulmanos estão retratando os cristãos como inimigos e promovendo a ideia de estabelecer um estado 100% islâmico”, diz Rajon*, um parceiro da Portas Abertas em Bangladesh.

“Essa agenda inclui converter cristãos de volta ao islamismo e atacar líderes religiosos e famílias para incutir medo e pressioná-los a renunciar à sua fé.”

“Alguns muçulmanos espalham intencionalmente falsidades sobre o cristianismo, levando a uma percepção distorcida da religião e fomentando a animosidade em relação aos seus seguidores.”

Instabilidade e injustiça

A prolongada instabilidade desses meses criou um ambiente propício para a ascensão de grupos extremistas. Nesse clima volátil, as minorias religiosas – cristãos, hindus e budistas – enfrentam uma vulnerabilidade ainda mais acentuada, tornando-se alvos fáceis em meio ao caos político e social.

Grupos islâmicos radicais, como Hefazat-e-Islam e Hizb ut-Tahrir, expandiram sua presença e poder. Há relatos de violência coletiva, conversões forçadas, ataques a locais de culto e vandalismo. Além disso, algumas dessas facções pressionam por legislações mais severas contra a blasfêmia, incluindo punições extremas.

Os convertidos do islamismo e membros de comunidades tribais – especialmente do grupo étnico cristão Bawm – nas regiões rurais do norte e oeste de Bangladesh figuram entre os mais atingidos pela violência.

Segundo parceiros da Portas Abertas, os ataques ocorrem impunemente: os agressores não são detidos, e a justiça permanece ausente.

“A falta de justiça e responsabilização dos perpetradores da perseguição agrava ainda mais a situação”, diz Rajon.

Futuro incerto

As eleições previstas para ocorrer entre dezembro de 2025 e junho de 2026 têm o potencial de redefinir a realidade dos cristãos em Bangladesh, seja intensificando os riscos ou abrindo caminhos para maior proteção e liberdade religiosa.

“Se partidos políticos de base religiosa islâmica assumirem o poder, acredita-se que a situação provavelmente se deteriorará. Se partidos políticos liberais assumirem o poder, há possibilidade de melhora, embora nada seja certo”, diz Rajon.

Bangladesh ocupa o 24º lugar na Lista Mundial de Perseguição da Portas Abertas, um ranking anual que destaca os 50 países onde os cristãos enfrentam os níveis mais intensos de perseguição.

Embora o islamismo seja a religião oficial, a constituição do país assegura, em teoria, igualdade de direitos e liberdade religiosa para hindus, cristãos, budistas e outras minorias.

No entanto, grupos de pressão vêm propondo mudanças constitucionais, e muitos cristãos temem que tais reformas resultem em uma erosão ainda maior das liberdades religiosas já fragilizadas.

 

* Nomes alterados por motivos de segurança



Fonte: Guiame, com informações da Portas Abertas

Cristãos foram maioria das 22 mil mortes por extremistas islâmicos na África em 2024

 Um pastor Bafumbira ora durante um culto na Igreja Batista Ntamutindi em Kisoro, na República Democrática do Congo. (Foto ilustrativa: IMB)

Sahel, Somália e Lago Chade concentram 99% das 22.307 mortes causadas por extremistas; Sahel lidera com 10.685 vítimas, seguido da Somália.

Grupos militantes islâmicos ampliaram sua atuação na África, provocando mais que o dobro de mortes relacionadas à violência em áreas específicas do continente, segundo análise do Centro Africano de Estudos Estratégicos (ACSS).

O estudo foi divulgado em meio a um ataque brutal contra cristãos na cidade de Komanda, no leste da República Democrática do Congo, pelas Forças Democráticas Aliadas, grupo militante vinculado ao ISIS (Estado Islâmico no Iraque e na Síria) e ISIL (Estado Islâmico no Iraque e no Levante).

A organização terrorista reivindicou a autoria do massacre de 43 cristãos dentro da igreja, além de incendiar lojas e casas. Dias antes, também assumiu a responsabilidade por outro atentado, ocorrido no início de julho, que deixou 66 mortos na província de Ituri, próxima à fronteira com Uganda.

Ao longo do ano encerrado em 30 de junho, dez grupos militantes islâmicos foram responsáveis pela morte de 22.307 pessoas – em sua maioria cristãos – nas regiões da África Ocidental, Oriental e Central.

Recentemente, o pastor Franklin Graham denunciou o silêncio do mundo diante do massacre de cristãos na África:

"Enquanto as notícias se concentram em tarifas e outras coisas, o mundo está estranhamente silencioso sobre o massacre de cristãos na República Democrática do Congo (RDC) por jihadistas muçulmanos", escreveu Graham nas redes sociais.

Violência letal

A análise revela que, desde 2023, os grupos intensificaram o uso de violência letal, resultando em um aumento de 60% nas mortes em comparação com o período de 2020 a 2022.

“Quase metade das mortes (10.685) no ano passado ocorreram no Sahel”, uma vasta região que abrange 10 países, como Mali, Chade, Nigéria, Burkina Faso e Camarões.

“Juntamente com a Bacia do Lago Chade, essas três regiões (incluindo a Somália) são responsáveis por 99% das mortes relacionadas a militantes islâmicos na África no último ano”, afirmou o estudo, que também mapeou como os grupos militantes expandiram seu domínio territorial no continente.

“Em toda a África, estima-se que 950.000 quilômetros quadrados (367.000 milhas quadradas) de territórios povoados estejam fora do controle governamental devido a insurgências de militantes islâmicos. Isso equivale ao tamanho da Tanzânia.”

Militantes islâmicos

Segundo o estudo, grupos militantes islâmicos foram responsáveis por mais de 150.000 mortes na África ao longo da última década.

A partir de 2022, o Al Shabaab intensificou sua atuação na Somália, enquanto facções ligadas ao JNIM (Jama'at Nusrat ul-Islam wa al-Muslimin) ampliaram suas ofensivas no Sahel – ambas as regiões registraram mais de 49.000 mortes cada.

Já os países da Bacia do Lago Chade contabilizaram cerca de 39.000 vítimas no mesmo período.

A instabilidade política no Sahel tem impulsionado a violência militante, elevando a média anual de mortes para 10.500 nos últimos três anos, um aumento de sete vezes em relação a 2019.

“O ritmo e a escala da violência no Sahel são provavelmente ainda maiores do que os relatados, dado que as juntas militares que tomaram o poder no Mali, Burkina Faso e Níger restringiram o acesso da mídia na região, que é a principal fonte de dados sobre o conflito”, afirma o estudo publicado em 28 de julho.

Mídias sociais, drones e inteligência artificial

Com até 7.000 militantes, a rede JNIM é responsável por mais de 80% das mortes registradas no Sahel, especialmente nas regiões norte, central e sul do Mali, além do sul de Burkina Faso, onde atualmente controla mais da metade do território.

Recentemente, os grupos têm ampliado o uso de mídias sociais, drones e inteligência artificial para recrutar novos militantes, difundir propaganda e enfrentar forças militares na Nigéria, Mali e Burkina Faso.

No Mali, o JNIM tem divulgado vídeos alegando abusos das forças de segurança contra membros da comunidade Fulani, buscando se posicionar como “defensor das populações marginalizadas”

Em contrapartida, as forças governamentais acusam essa comunidade de colaborar com os militantes. O estudo atribui cerca de 17.700 mortes de civis às ações das forças estatais e seus aliados.

O avanço dos ataques do Al Shabaab, com base na Somália, provocou 6.224 mortes entre 2024 e 2025. Com uma receita estimada em US$ 200 milhões – oriunda de extorsões, pedágios e pirataria – o grupo rivaliza com a arrecadação interna do país, o que tem impulsionado o recrutamento de combatentes, atualmente estimados entre 7.000 e 12.000.

Um ponto de alerta crescente é a expansão do Estado Islâmico na Somália (EIS), que, segundo as Nações Unidas, passou a funcionar como centro administrativo e financeiro do ISIS em escala global.


Fonte: Guiame, com informações do Christianity Daily

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