quarta-feira, 19 de outubro de 2016

O QUE É A REFORMA PROTESTANTE?


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O final da Idade Média foi marcado por muitas convulsões políticas, sociais e religiosas. Entre as políticas destacou-se a Guerra dos Cem Anos (1337-1453), entre a Inglaterra e a França, na qual tornou-se famosa a heroína Joana D’Arc. Houve também muitas revoltas camponesas, o declínio do feudalismo, a expansão das cidades e o surgimento do capitalismo. No aspecto social, havia fomes periódicas e o terrível flagelo da peste bubônica ou peste negra (1348). As guerras, epidemias e outros males produziam morte, devastação e desordem, ou seja, a ruptura da vida social e pessoal. O sentimento dominante era de insegurança, ansiedade, melancolia e pessimismo. Isso era ilustrado pela “dança da morte”, gravuras que se viam em toda parte com um esqueleto dançante.

Na área religiosa, houve a erosão do ideal da cristandade ou “corpus christianum”, a sociedade coesa sob a liderança da igreja e dos papas. A religiosidade era meritória, com missas pelos mortos, crença no purgatório e invocação dos santos e Maria. Ao mesmo tempo, havia grande ressentimento contra a igreja por causa dos abusos praticados e do desvio dos seus propósitos. Isso é ilustrado pela situação do papado no final do século 15 e início do século 16. Os chamados papas do renascimento foram mais estadistas e patronos das artes e da cultura do que pastores do seu rebanho. A instituição papal continuou em declínio, com muitas lutas políticas, simonia, nepotismo, falta de liderança espiritual, aumento de gastos e novos impostos eclesiásticos. Como papa Alexandre VI (1492-1503), o espanhol Rodrigo Borja foi um generoso promotor das artes e da carreira dos seus filhos César e Lucrécia; Júlio II (1503-1513) foi um papa guerreiro, comandando pessoalmente o seu exército; Leão X (1513-1521), o papa contemporâneo de Lutero, teria dito quando foi eleito: “Agora que Deus nos deu o papado, vamos desfrutá-lo”.



O contexto social e religioso

Vimos, na seção anterior, alguns elementos que caracterizavam a sociedade européia às vésperas da Reforma. Havia muita violência, baixa expectativa de vida, profundos contrastes socioeconômicos e um crescente sentimento nacionalista. Havia também muita insatisfação, tanto dos governantes como do povo, em relação à Igreja, principalmente ao alto clero e a Roma. Na área espiritual, havia insegurança e ansiedade acerca da salvação em virtude de uma religiosidade baseada em obras, também chamada de religiosidade contábil ou “matemática da salvação” (débitos = pecados; créditos = boas obras).

Foi bastante inusitado o episódio mais imediato que desencadeou o protesto de Lutero. Desde meados do século 14, cada novo líder do Sacro Império Romano era escolhido por um colégio eleitoral composto de quatro príncipes e três arcebispos. Em 1517, quando houve a eleição de um novo imperador, um dos três arcebispados eleitorais (o de Mainz ou Mogúncia) estava vago. Uma das famílias nobres que participavam desse processo, os Hohenzollern, resolveu tomar para si esse cargo e assim ter mais um voto no colégio eleitoral. Um jovem da família, Alberto, foi escolhido para ser o novo arcebispo, mas havia dois problemas: ele era leigo e não tinha a idade mínima exigida pela lei canônica para exercer esse ofício. O primeiro problema foi sanado com a sua rápida ordenação ao sacerdócio.

Quanto ao impedimento da idade, era necessária uma autorização especial do papa, o que levou a um negócio altamente vantajoso para ambas as partes. A família nobre comprou a autorização do papa Leão X mediante um empréstimo feito junto aos banqueiros Fugger, de Augsburgo. Ao mesmo tempo, o papa autorizou o novo arcebispo Alberto de Brandemburgo a fazer uma venda especial de indulgências, dividindo os rendimentos da seguinte maneira: parte serviria para o pagamento do empréstimo feito pela família e a outra parte iria para as obras da Catedral de São Pedro, em Roma. E assim foi feito. Tão logo foi instalado no seu cargo, Alberto encarregou o dominicano João Tetzel de fazer a venda das indulgências (o perdão das penas temporais do pecado). Quando Tetzel aproximou-se de Wittenberg, Lutero resolveu pronunciar-se sobre o assunto.

Martinho Lutero (1483-1546)

Martinho Lutero nasceu em 1483 na pequena cidade de Eisleben, na Turíngia, em um lar muito religioso. Seu pai trabalhava nas minas e a família tinha uma vida confortável. Inicialmente, o jovem pretendeu seguir a carreira jurídica, mas em 1505 defrontou-se com a morte em uma tempestade e resolveu abraçar a vida religiosa. Ingressou no mosteiro agostiniano de Erfurt, onde se dedicou a uma intensa busca da salvação. Em 1512, tornou-se professor da Universidade de Wittenberg, onde passou a ministrar cursos sobre vários livros da Bíblia, como Gálatas e Romanos. Isso lhe deu um novo entendimento acerca da “justiça de Deus”: ela não era simplesmente uma expressão da severidade de Deus, mas do seu amor que justifica o pecador mediante a fé em Jesus Cristo (Rom 1.17).

No dia 31 de outubro de 1517, diante da venda das indulgências por João Tetzel, Lutero afixou à porta da igreja de Wittenberg as suas Noventa e Cinco Teses, a maneira usual de convidar-se uma comunidade acadêmica para debater algum assunto. Logo, uma cópia das teses chegou às mãos do arcebispo, que as enviou a Roma. No ano seguinte, Lutero foi convocado para ir a Roma a fim de responder à acusação de heresia. Recusando-se a ir, foi entrevistado pelo cardeal Cajetano e manteve as suas posições. Em 1519, Lutero participou de um debate em Leipzig com o dominicano João Eck, no qual defendeu o pré-reformador João Hus e afirmou que os concílios e os papas podiam errar.

Em 1520, a bula papal Exsurge Domine (= “Levanta-te, Senhor”) deu-lhe sessenta dias para retratar-se ou ser excomungado. Os estudantes e professores da universidade queimaram a bula e um exemplar da lei canônica em praça pública. Nesse mesmo ano, Lutero escreveu várias obras importantes, especialmente três: À Nobreza Cristã da Nação Alemã, O Cativeiro Babilônico da Igreja e A Liberdade do Cristão. Isso lhe deu notoriedade imediata em toda a Europa e aumentou a sua popularidade na Alemanha. No início de 1521, foi publicada a bula de excomunhão, Decet Pontificem Romanum. Nesse ano, Lutero compareceu a uma reunião do parlamento, a Dieta de Worms, onde reafirmou as suas idéias. Foi promulgado contra ele o Edito de Worms, que o levou a refugiar-se no castelo de Wartburgo, sob a proteção do príncipe-eleitor da Saxônia, Frederico, o Sábio. Ali, Lutero começou a produzir uma obra-prima da literatura alemã, a sua tradução das Escrituras.

A Reforma na Alemanha

A partir de então, a reforma luterana difundiu-se rapidamente no Sacro Império, sendo abraçada por vários principados alemães. Isso levou a dificuldades crescentes com os principados católicos, com o novo imperador Carlos V (1519-1556) e com o parlamento (Dieta). Na Dieta de 1526, houve uma atitude de tolerância para com os luteranos, mas em 1529 a Dieta de Spira reverteu essa política conciliadora. Diante disso, os líderes luteranos fizeram um protesto formal que deu origem ao nome histórico “protestantes”. No ano seguinte, o auxiliar e eventual sucessor de Lutero, Filipe Melanchton (1497-1560), apresentou ao imperador Carlos V a Confissão de Augsburgo, um importante documento que definia em 21 artigos a doutrina luterana e indicava sete erros que Lutero via na Igreja Católica Romana.

Os problemas político-religiosos levaram a um período de guerras entre católicos e protestantes (1546-1555), que terminaram com um tratado, a Paz de Augsburgo. Esse tratado assegurou a legalidade do luteranismo mediante o princípio “cujus regio, eius religio”, ou seja, a religião de um príncipe seria automaticamente a religião oficial do seu território. O luteranismo também se difundiu em outras partes da Europa, principalmente nos países nórdicos, surgindo igrejas nacionais luteranas na Suécia (1527), Dinamarca (1537), Noruega (1539) e Islândia (1554). Lutero e os demais reformadores defenderam alguns princípios básicos que viriam a caracterizar as convicções e práticas protestantes: sola Scriptura, solo Christo, sola gratia, sola fides, soli Deo gloria. Outro princípio aceito por todos foi o do sacerdócio universal dos fiéis.

terça-feira, 18 de outubro de 2016

BRUXOS E MUÇULMANOS SE CONVERTEM AO CRISTIANISMO NO SUL DO SUDÃO


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Cristãos do Sudão do Sul, vem sofrendo incessante perseguição, mas a constância, perseverança, fé e confiança em Deus, fez nascer frutos. Graças à disposição destes irmãos na fé, de estarem prontos a morrer por Cristo.

Os pastores Simon Deng Dut Chok e Willian Deng Koch, já experimentaram a dor da perseguição. Ainda estremecem quando lembram do que sofreram por causa da Fé. Mas também, estão felizes com a construção da igreja e de como os cristãos estão dispostos a pregar o evangelho.

Nos últimos anos, mais de 512 igrejas surgiram no Sudão do Sul. O líder dos jovens, Philip Alich Mayoldit, treinado a ensinar leitura no idioma nativo, está disposto a pregar “o evangelho a todas as nações” com uma bicicleta. “Vamos por todos os cantos de Aweil e também fora da cidade para ensinar as pessoas a lerem a bíblia em seu idioma e ensinar sobre Cristo”.
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Dezenas de bruxos deixaram de praticar o ocultismo e feitiçaria e agora fazem parte de uma congregação em Akuem. “Não queriam ir à igreja ou ouvir o evangelho”, explicou pastor William, “porém, quando as esposas escutaram o evangelho e entregaram suas vidas à Cristo, 40 de 60 bruxos descobriram que o Evangelho era a Verdade, então aceitaram à Cristo e se batizaram”, disse.
Atualmente, aproximadamente 3.000 pessoas frequentam regularmente os cultos.
Michael Deng era o segundo curandeiro mais “poderoso” da região, mas “ao ouvir o evangelho, se entregou a Cristo e desde então investe seu tempo e vida à serviço do Rei”. O evangelho é a chave de tudo, acrescentou o pastor.

“Vamos continuar pregando a Palavra de Deus até que cada vida saiba que Jesus Cristo é o Senhor”.

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Traduzido por Jonara Gonçalves  no Consciência Cristã

MISSÕES, UM INVESTIMENTO DE CONSEQUÊNCIAS ETERNAS


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Por Hernandes Dias Lopes

Jesus, o Filho de Deus, deixou a glória que tinha com o Pai, no céu, e veio ao mundo, encarnou-se e habitou entre nós. Veio como nosso representante e substituto. Veio para morrer em nosso lugar. Seu nascimento foi um milagre, sua vida foi um exemplo, sua morte foi um sacrifício vicário, sua ressurreição uma vitória retumbante. Jesus concluiu sua obra redentora e comissionou sua igreja a ir por todo o mundo, proclamando o evangelho a toda a criatura. Por essa razão, a obra missionária merece nossos melhores investimentos. Destacamos, aqui, dois investimentos que devemos fazer na obra missionária:


Em primeiro lugar, o investimento de recursos financeiros. A Bíblia diz que aquele que ganha almas é sábio (Pv 11.30). Investir na obra missionária é fazer um investimento para a eternidade; é fazer um investimento de consequências eternas . Nada trouxemos para este mundo nem nada dele levaremos. Os recursos que Deus nos dá não são apenas para o nosso deleite. Devemos empregar, também, esses recursos para promover o reino de Deus, levando o evangelho até aos confins da terra. A contribuição cristã não é um peso, mas um privilégio; não é um fardo, mas uma graça. Deus nos dá a honra de sermos cooperadores com ele na implantação do seu reino. Não fazemos um favor para Deus contribuindo com sua obra; é Deus quem nos dá o favor imerecido de sermos seus parceiros. Estou convencido, portanto, de que a melhor dieta para uma igreja é a dieta missionária. Quando Oswald Smith chegou à Igreja do Povo, em Toronto, com vistas a assumir o pastorado daquela igreja, fez uma série de conferências de uma semana. Nos três primeiros dias pregou sobre missões. A liderança da igreja reuniu-se e disse ao pastor que a igreja estava com muitas dívidas e que aquele não era o momento oportuno de falar sobre missões. Smith continuou nessa mesma toada e no final da semana fez um grande levantamento de recursos para missões. O resultado é que aquela igreja, por longas décadas, jamais enfrentou crise financeira. Até hoje, ela investe mais de cinquenta por cento de seu orçamento em missões mundiais.

Em segundo lugar, investimento de vida. A obra de Deus não é feita apenas com recursos financeiros, mas, sobretudo, com recursos humanos. Fazemos missões com as mãos dos que contribuem, com os joelhos dos que oram e com os pés dos que saem para levar as boas novas de salvação. Tanto os que ficam como os que vão são importantes nesse processo de proclamar o evangelho de Cristo às nações. Os missionários que vão aos campos e as igrejas enviadoras precisam estar aliançados. William Carey, o pai das missões modernas, disse que aqueles que seguram as cordas são tão importantes como aqueles que descem às profundezas para socorrer os aflitos. Os que guardam a bagagem e os que lutam no campo aberto recebem os mesmos despojos. Devemos fazer missões aqui, ali e além fronteiras concomitantemente. Devemos empregar o melhor dos nossos recursos, o melhor do nosso tempo e da nossa vida para que povos conheçam a Cristo e se alegrem em sua salvação. Alexandre Duff, missionário presbiteriano na Índia, retornou à Escócia, seu país de origem, depois de longos anos de trabalho. Seu propósito era desafiar os jovens presbiterianos a continuarem a obra missionária na Índia. Esse velho missionário, numa grande assembleia de jovens, desafiou-os a se levantarem para essa mais urgente tarefa. Nenhum jovem atendeu seu apelo. Sua tristeza foi tamanha, que ele desmaiou no púlpito. Os médicos levaram-no para uma sala anexa e massagearam-lhe o peito. Ao retornar à consciência, rogou-lhes que o levassem de volta ao púlpito, para concluir seu apelo. Eles disseram: “O senhor não pode”. Ele foi peremptório: “Eu preciso”. Dirigiu-se, então, aos moços nesses termos: “Jovens presbiterianos, se a rainha da Escócia vos convidasse para ir a qualquer lugar do mundo como embaixadores, iríeis com orgulho. O Rei dos reis vos convoca para ir à Índia e não quereis ir. Pois, irei eu, já velho e cansado. Não poderei fazer muita coisa, mas pelo menos morrerei às margens do Ganges e aquele povo saberá que alguém o amou e se dispôs a levar-lhe o evangelho”. Nesse instante, dezenas de jovens se levantaram e se colocaram nas mãos de Deus para a obra missionária!

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Palavra da Verdade, via Ministério Beréia

FOGE TAMBÉM DAS PAIXÕES INFAMES DO FACEBOOK E DO WHATSAPP


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Por Fabio Campos

O facebook deu voz ao coração. As redes sociais democratizaram a opinião do anonimato. Agora não somente ouvimos, mas também somos ouvidos. O verbo veio a público. Gente de todas as religiões (até mesmo pessoas que consideravam, até então, internet coisa do capeta, agora estão online). Militantes de todos os partidos políticos; os extremos estão guerreando; direita versus esquerda. Todos estão lá querendo ser ouvidos. Tudo na santa paz! O respeito reina! Só que não, né!? ...

Minha impressão é que o mundo vai explodir a qualquer momento. Sério mesmo! Sem sensacionalismo. As pessoas não querem aprender e nem escutar. Elas anseiam em ser ouvidas (talvez seja por uma demanda reprimida de notoriedade). Raiva, ansiedade, frustração, decepção, inveja etc. Tudo na mesma panela. Imagine o resultado da receita.

Alguém posta algo com um intuito. Outra pessoa, num espírito totalmente diferente, comenta ou compartilha. Chega um terceiro, com outro ânimo, emite a opinião. Ninguém mais ouve ninguém. Vira diálogo de surdo. Cada qual na sua indignação emite o desabafo na sua página. Outros, porém, incomodados (que pensaram ser uma indireta a eles), comentam. Geraram-se mais tretas! E assim é desde o dia que foi dado voz aos escondidos (como eu).

Nem o futebol tem gerado tanta confusão como política e religião.E por falar em religião; como crente, preciso admitir: nós somos os mais chatos. Divergirmos em TODOS os assuntos. Mas isso não é novo. A “história da teologia” denuncia isso1. É sábio admitir que não exista teologia perfeita. Somente a Escritura é pura e cristalina! Teologia nada mais é que o esforço (legítimo) do homem para compreender o divino. 
Suas várias vertentes de interpretações passou-se por longas discussões. E muitas das vezes, acaloradas. Gente morreu por ter defender seu ponto de vista teológico. Coisas que afirmamos ser inerrantes foram formuladas no calor da paixão através de respostas e refutações! Cada sistemática defende o seu ponto de vista. Diferente das Escrituras. Ainda que contenha refutações (principalmente nas cartas), a Bíblia toda, diferente da teologia, foi inspirada por Deus de forma livre e perfeita, sem paixão humana, para ensinar, para repreender, para corrigir e para instruir na justiça o homem de Deus, preparando-o para toda boa obra. 

Não me entenda mal, por favor. Eu amo teologia mais do que qualquer outra coisa na academia. Mas entendo que ela é um sistema imperfeito para entender o que é perfeito. Isso me ajuda muito, pois quando sou tentado a ensoberbecer-se na minha refutação – este pensamento coloca-me no devido lugar.

Discutir teologia ao vivo já é complicado. Imagine fazer isso pela internet. Poucos são os que sabem usar a ferramenta do diálogo e do debate para a glória de Deus. É desanimador acompanhar certos debates (a maioria deles). Há mais calor do que luz. Será que vale a pena ser afligido pelo o que os outros dizem? Até onde Deus está envolvido nesta gritaria?

Eu mesmo tenho sido mais polido e criterioso em assuntos polêmicos. Não me acovardei (até onde sei); apenas tornei-me seleto pelo o que debater (se precisar). Digo isso porque já errei bastante. Perdi amigos de bobeira. Através da minha beligerância, levantei muros. Lamento muito, de verdade! Sei da importância das “vozes” cristãs a despeito de todos os assuntos. Só não caia na tentação de querer ser um messias cibernético. Quem fala muito traz perturbações (Pr 13.3). Portanto, com sabedoria, escolha a sua treta!

O cristão não pode ser superficial. Nós temos a mente de Cristo. Discernimos o mundo sem por ele se discernidos. As pessoas nos escutarão de fato se falarmos com propriedade. Aquele que possui fundamento não grita –, argumenta. 

Evitaremos muito sofrimento (nosso e para outros) se tivermos mais cuidado com o que iremos publicar, compartilhar e comentar (Pr 21.23). Foge, igualmente, das paixões do facebook e do whatsApp. O conselho bíblico é para seguirmos a justiça, a fé, o amor, e a paz com os que, de coração puro, invocam o Senhor. Faça isso para o bem da sua alma.

Antes de postar algo – pare, pense, reflita, ore. Se for necessário, então escreva. Se não, fuja! Lembre-se que Nosso Senhor, em seu sofrimento, triunfou sobre seus adversários com a boca calada, como está escrito: “... ele não abriu a boca” (Is 53.7). Isso demonstra que não é a persuasão do homem quem faz as coisas, mas o poder de Deus.
Fuja, portanto, das paixões do Facebook e do WhatsApp. Você vai ser mais feliz e menos depressivo. É serio mesmo!

Em Cristo Jesus, considere este artigo e arrazoe isto em seu coração,

Soli Deo Gloria!
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1 Para saber mais sobre o assunto sugiro a leitura de OLSON, Roger em “História da Teologia Cristã” publicado pela Editora Vida Acadêmica.

4 RAZÕES PELAS QUAIS ESTOU VOLTANDO A USAR UMA VERSÃO FÍSICA DA BÍBLIA


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Por Scott Slayton 

Com tantas pessoas fazendo uso de seus smartphones para a leitura do Evangelho, a versão física ainda teria seu lugar? Pesada, inconveniente e de difícil manuseio, seria o fim da impressão das escrituras e da tinta? Bem, Scott Slayton certamente não pensa assim, como ele escreve no “IBelieve” (Eu acredito).

“Durante vários anos, eu tentei realizar meus devocionais diários em um aplicativo da Bíblia em um dispositivo. Em momentos diferentes, eu usei meu  iPhone, iPad, um aplicativo do Kindle no meu Macbook ou o Logos (software para leitura bíblica). Depois de tentar isso por um tempo, meus devocionais ficaram atrasados e eu acabei retornando para a versão física  da Bíblia, como um experimento,” escreve Slayton.
“Ler uma versão física da Bíblia, ao invés de fazê-lo num dispositivo digital, parecia muito mais proveitoso pra mim, e agora eu faço quase toda minha leitura bíblica na minha Thinline ESV (bíblia de estudo)”.
1- Posso escrever na minha Bíblia.

“Um dos meus maiores problemas com a leitura da Bíblia em uma tela era que eu perdia minha atenção facilmente. Embora muitos aplicativos tenham capacidade para se fazer anotações, ler com um lápis na mão me transforma de um leitor passivo para um leitor ativo. Segurar o lápis me ajuda a fazer algumas coisas quando estou focado como sublinhar sentenças, desenhar caixas em torno de palavras-chave e escrever algumas notas nas margens. Quando eu volto para aquela mesma passagem, em outro momento, eu posso ver algo que me impressionou anteriormente. Aplicativos bíblicos possuem esses artifícios, mas eu acredito que um lápis é muito mais eficaz.

2- Eu não posso fazer nada mais com minha Bíblia

“Eu tenho uma dificuldade que é ficar facilmente distraído. Enquanto eu estou escrevendo essa publicação, estou sendo tentado a clicar num ícone do Google Chrome, onde eu posso checar meu Twitter ou ver o que as pessoas estão dizendo a respeito das finais da NBA. Meu telefone tem aplicativos de mídia social, meu iPad tem jogos e tem alguns trabalhos que eu preciso fazer no meu Mac. A única coisa que eu posso fazer com a minha Bíblia é ler a minha Bíblia. Ter meus devocionais matinais somente com a minha Bíblia sobre a mesa me ajuda a manter minha atenção focada na Bíblia e somente nela.

3- Meus filhos me veem lendo a Bíblia

“Uma das coisas que queremos fazer é construir nas crianças um amor pelo Evangelho. Nós queremos que elas amem a leitura, ouvir, estudar as Escrituras. Nós incutimos isso através de devocionais em família, catecismo, memorização da Palavra, e os encorajamos a fazer pequenas anotações durante um sermão. Elas também precisam ver o exemplo de seus pais, lendo e meditando sobre a Bíblia. Se estou usando o telefone, elas não sabem se o pai está fazendo uma leitura bíblica, verificando seu e-mail ou visualizando o Instagram. Quando elas descem as escadas pela manhã e me veem lendo minha Bíblia, elas estão me vendo fazer o que eu as encorajo a fazer. Às vezes, elas se sentam ao meu lado e me perguntam o que eu estou lendo, o que leva a boas conversas sobre as coisas de Deus. Isso geralmente não acontece se elas me veem olhando o telefone.

4- Eu me lembro de ler a Bíblia

“Eu sou um pastor, mas há dias em que estou enfrentando uma agenda lotada e eu preciso de um lembrete para ler a Bíbia. Ver a minha Bíblia num saco, onde eu a coloco quando a levo para o trabalho, me faz lembrar que eu tenho que ter alguns minutos, sentado, e ouvir de Deus nas Escrituras. Olhar para o meu telefone ou para o meu laptop não me lembra de nada, mas minha Bíblia me lembra. Além disso, ter uma Bíblia comigo me incentiva a lê-la durante os poucos intervalos de tempo que surgem ao longo do dia. Se eu estou esperando alguém e ela chega tarde, eu posso pegar minha Bíblia e lê-la por alguns minutos, antes que esse alguém chegue. Eu poderia, teoricamente, fazer isso no meu telefone, mas a Bíblia é um dos inúmeros aplicativos que me chamam a atenção. Uma versão física da Bíblia, na minha bolsa, chama a minha atenção apenas para ela”.

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Traduzido por Bruno Bonete no Consciência Cristã

Otimismo e pensamento positivo não é fé!

image from google


Vivemos numa época em que muitos na igreja confundem pensamento positivo e otimismo com fé. Mas é sutil, ao olharmos para os problemas da vida, da sociedade, da igreja... acharmos que o otimismo simplesmente é a chave.

Quem tem menos chance de sobreviver a um campo de prisioneiros de guerra? Provavelmente nenhum de nós experimentou tal situação. Quem tem menos chance de sobreviver?

Um otimista!

Espere antes de discordar. Segundo o general Stockdale, que foi mantido em cativeiro por oito anos durante a Guerra do Vietnã e foi torturado inúmeras vezes antes de finalmente ser liberto e voltar para casa, foi principalmente – quase em sua totalidade – os otimistas que não saíram de lá vivos.

Que explicação ele dá para isso? Ele diz: “Eles foram os únicos que disseram – ‘Nós vamos estar em casa até o Natal’. E o Natal chegava e nada tinha acontecido. Então eles diziam, ‘Nós vamos estar em casa até a Páscoa’. E a Páscoa chagava e nada. ‘Estaremos em casa até o dia de Ações de Graças...’ Nada! E, então, seria no Natal novamente... E eles morreram de um coração partido e desiludido”.

Mero otimismo é completamente diferente do que podemos chamar de fé realista: - “Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. De sorte que, ou vivamos ou morramos, somos do Senhor.” -  Romanos 14:8

Em completo contraste com o que podemos chamar de falso otimismo, Stockdale atribui a sua sobrevivência a fé realista. Ele diz: “Você nunca deve confundir a fé que você por fim pode prevalecer sobre aquela situação, com o otimismo que faz esvair toda a disciplina para enfrentar os fatos mais brutais de sua realidade atual, seja o que ela possa ser no momento”. 

Isso que é que podemos chamar de O Paradoxo Stockdale – A fé supera o otimismo! Ou seja, abandonar a ideia que é apenas uma miragem no deserto. Que temos balas de prata para matar o monstro, que tudo simplesmente vai se ajustar, mas que somos chamados a perseverar em meio as aflições – “Sabendo que a prova da vossa fé opera a paciência” - Tiago 1:3 – “... e nos gloriamos na esperança da glória de Deus. E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a paciência, E a paciência a experiência, e a experiência a esperança.” - Romanos 5:2-4

Devemos aplicar esse princípio as nossas vidas, nossos ministérios... Muitas vezes tudo que os cristãos fazem é entreter otimismo sem fim na “próxima grande coisa” – na próxima “grande estratégia” – no próximo “grande método” – no próximo “grande avanço”... em suas vidas, igrejas. A consequência é o aumento do número de cristãos, pastores, igrejas... desiludidos. Como disse Stockdale, “morrendo de corações partidos”.

Só podemos evitar isso abandonando todo otimismo centrado na próxima grande coisa, ministério, personalidade... no próximo grande sermão, técnica, estratégia, contextualização, filme, música... achando que isso será o ponto de virada para corrigir nossa vida, igreja. Tudo isso nos tira da realidade e, por fim, explode em nossa cara.

Devemos enfrentar a realidade brutal em nossas vidas, em nossas famílias, em nossas igrejas, em nossa sociedade. Tendo uma fé inabalável na Palavra de Deus. Na Sua promessa que não pode falhar de que ela nos fará perseverar: “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos irrepreensíveis, com alegria, perante a sua glória” - Judas 1:24 – Irá edificar a Sua igreja: “...edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” -  Mateus 16:18 – Fará tudo cooperar para o bem daqueles que Ele chamou soberanamente: “E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.” - Romanos 8:28 – Quer vivamos, quer morramos: “Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. De sorte que, ou vivamos ou morramos, somos do Senhor.” -  Romanos 14:8

Otimismo não é fé. Mas a fé é otimista.

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Autor: Josemar Bessa
Fonte: Site do autor

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

ESTUDOS REVELAM QUE CRISTÃOS SÃO MAIS FELIZES QUE ATEUS


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Reino Unido – Os cristãos experimentam um nível mais alto de felicidade, satisfação na vida e maior autoestima do que pessoas “sem fé”.


Durante 4 anos, a Oficina de estatísticas Nacionais (OEN), pesquisou mais de 300 mil pessoas em um projeto chamado “Medição de Bem Estar Nacional”.

De acordo com a tabela de “medição de felicidade” da OEN, cristãos são mais felizes que budistas, judeus e muçulmanos.

Os cristãos também estão em primeiro lugar na tabela de “satisfação na vida” e ocupam o segundo na “autoestima” depois dos judeus, publicou o site britânico Premier.

Na escala de 1 a 10, os cristãos tem um índice de felicidade de 7.47 e ateus tem índice de 7.22.

A psicóloga e professora Nádia Foster disse “as pessoas pensam que todas as religiões são iguais, mas não são. A base da fé dos cristãos está no relacionamento e não na religião. Isso faz toda diferença, porque eles tem uma relação com o Deus vivo”.

“A bíblia diz: ‘aprendi a estar alegre em qualquer situação’, (Filipenses 4:11). Pode existir momentos de tristeza em nossas vidas, porque nem tudo o que acontece é maravilhoso, mas no meio de tudo isso, como cristão, você sabe que está bem”.

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Traduzido por Jonara Gonçalves no Consciência Cristã

SUPREMO TRIBUNAL DO PAQUISTÃO ADIOU JULGAMENTO DE ASIA BIBI - CONTINUE EM ORAÇÃO


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Imagem: Portas Abertas


Um dos membros da bancada se demitiu, portanto a audiência foi adiada. Tiveram muitas ameaças por parte de grupos militantes. Ore para que Deus prepare alguém para ocupar esse lugar vago e também pela proteção da Asia Bibi até a nova data do julgamento.
O Supremo Tribunal do Paquistão finalmente analisará o caso de blasfêmia de Asia Bibi, presa desde 2009 e condenada à morte. Hoje é um dia crucial para ela e provavelmente sua última chance.

Os cristãos paquistaneses pedem aos seus irmãos e irmãs de todo o mundo que orem! Listamos 5 pedidos de oração para nos direcionar nesse momento:


  1. ***Ore para que o Senhor use o testemunho da Asia para atrair pessoas para ele e para unir os cristãos paquistaneses. 
  2. Ore por força e esperança a Asia na audiência de hoje. Peça que ela seja finalmente liberta.
  3. Muitos cristãos têm se encontrado para orar por essa situação. Peça por orientação aos cristãos que separaram esse tempo de oração pela irmã.
  4. Lembre-se dos juízes, advogados e procuradores que estarão na audiência. Que Deus trabalhe em seus corações. 
  5. Ore por proteção para Asia e sua família. Para que, independentemente do resultado da audiência de hoje, os extremistas muçulmanos não se vinguem dela ou de seu marido e filhos. Que ela consiga reconstruir sua vida.
Portas Abertas

EX-ATEU DIZ QUE CONVERSÃO DE SUA ESPOSA O LEVOU A CRISTO: "FIQUEI FASCINADO"


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Leslie e seu marido Lee Strobel têm uma história de fé e vitória sobre o divórcio. (Foto: Lee Strobel)


Quando sua esposa inesperadamente se converteu ao cristianismo, o ex-ateu Lee Strobel disse que a decisão dela desestabilizou o casamento e ambos chegaram a conversar sobre a possibilidade de um divórcio. Porém uma demonstração do amor de Cristo por meio de sua mulher acabou pesando nessa balança.


Em uma recente entrevista ao 'Christian Post', Strobel diz que ele começou a se declarar ateu durante sua adolescência e depois que ele se casou com sua esposa, Leslie, mas detestou a posterior conversão de sua mulher ao cristianismo.

Na recente análise de seu bestseller "Em Defesa de Cristo" para o 'New York Times', Strobel disse que a conversão de sua esposa foi vista inicialmente por ele como uma 'fraude'.

"Eu tinha casado com uma Leslie - a divetida Leslie, a despreocupada Leslie, a Leslie que assumia riscos - e agora eu temia que ela se transformar em algum tipo de puritana sexualmente reprimida, que trocaria o nosso estilo de vida dinâmico para por todas as noites de vigílias de oração e trabalho voluntário em cozinhas sujas", confessou.

Strobel disse que uma vizinha que vivia no mesmo prédio que ele teria sido a "responsável" pela interrupção do status quo em seu casamento.

"A minha esposa conheceu uma mulher no mesmo condomínio que morávamos. Ela era cristã e as duas se tornaram amigas. Depois de um tempo, ela [esposa] entregou sua vida a Cristo e me contou sobre isso. Minha reação inicial foi falar em divórcio com ela", destacou. "Eu não queria estar casado com uma cristã e pensei que ela ia se transformar em alguma 'beata' ou coisa do tipo".

Strobel disse ao Christian Post que naquela época, ele achava que Deus era uma invenção, fruto dos próprios medos das pessoas.

"Eu pensava que o simples conceito de um Deus todo-amoroso, todo-poderoso, onisciente, criador do universo, era um absurdo. Eu não acreditava Deus criou as pessoas, mas achava as pessoas criaram Deus, porque tinham medo da morte e então inventaram essa idéia sobre o céu. Esses eram os tipos de pensamentos que eu tinha", diz ele. "Eu era hostil com relação ao cristianismo. Eu costumava zombar e rir de pessoas que acreditavam na divindade de Jesus Cristo".

Strobel disse que ficou surpreso, no entanto, com as mudanças positivas que percebeu em sua esposa.

"Fiquei agradavelmente surpreso, fascinado pelas mudanças claras em seu caráter, sua integridade e sua confiança pessoal", acrescentou.

Ele ficou tão impressionado com estas mudanças que começou a se sentir estimulado a ler a Bíblia para descobrir de onde teriam vindo tantas mudanças positivas.

"Posteriormente eu já quis chegar ao fundo daquilo que teria levado a essas mudanças sutis, mas significativas nas atitudes da minha esposa. Então eu me propus a investigar mais os fatos que cercam o cristianismo", contou.

Após dois anos de intensa pesquisa na Bíblia, usando suas habilidades de investigação como jornalística que desenvolveu como repórter do 'Chicago Tribune', e consultando mais de 12 líderes bíblicos teólogos, estudiosos e especialistas, Strobel entendeu a fé firmada em Cristo era sólida e se converteu ao cristianismo.

Hoje, ele diz que seu casamento está mais forte do que nunca e que sua jornada é uma verdadeira história de amor. De fato, há um filme em produção que narra a história do casal e já foi lançado em DVD pela produtora cristã 'Pureflix' ( a mesma do sucesso de bilheteria "Deus Não Está Morto").

"Eu quero chegar a mais pessoas com a evidência do Cristianismo, a verdade da fé cristã e do amor de Deus. Este [filme], eu acho que vai abrir um novo caminho, porque um monte de gente talvez não esteja interessada em ler um livro de 300 páginas, mas poderiam se interessar ​​em assistir a um filme de 90 minutos", afirmou.

O filme "Em Defesa de Cristo" está disponível nas livrarias norte-americanas. É possível encontrar mais informações no site leestrobel.com .

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Guiame

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

“IGREJA UNIVERSAL” PRETENDE CONSTRUIR NOVA RÉPLICA DO TEMPLO DE SALOMÃO, AGORA EM BRASÍLIA


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A Igreja Universal do Reino de Deus tem apostado em megatemplos para concretizar seu plano de expansão no segmento neopentecostal, que hoje tem figuras bastante populares como Agenor Duque e Valdomiro Santiago, os quais tem provocado um verdadeiro racha na igreja do bispo. Para inclinar novamente a balança a seu favor, Macedo pretende erguer uma nova réplica do Tempo de Salomão no Distrito Federal.

Aquisição milionária

A construção do novo megatemplo da Universal ainda não foi oficialmente anunciada, porém informações do jornalista Guilherme Amado, do jornal O Globo, asseguram que a denominação fundada por Edir Macedo acaba de adquirir um terreno em Taguatinga, cidade-satélite de Brasília, por R$ 90 milhões.

“Edir Macedo comprou um gigantesco terreno em Taguatinga, cidade satélite de Brasília, para construir o segundo Templo de Salomão, em uma versão um pouco menor do que o de São Paulo, inaugurado há dois anos”, informou Amado. “O chefe da Universal pagou R$ 90 milhões”, acrescentou o jornalista.
Sincretismo

A igreja Universal do Reino de Deus ficou conhecida nas primeiras três décadas de sua fundação, pela mistura de elementos do cristianismo com crenças de matriz africana, como umbanda e candomblé, por exemplo. No entanto, a igreja tem dado uma guinada ao judaísmo, mesclando elentos judaicos na sua antiga fé.

Luxo e extravagância

A atual sede da igreja, que fica no bairro do Brás, em São Paulo, foi erguida ao custo de R$ 685 milhões, e levou quatro anos para ser concluída. Na época, Macedo ordenou a importação de pedras de Israel para a fachada, e a reprodução de detalhes do culto judaico, como por exemplo a Arca da Aliança e o menorá.

O megatemplo de São Paulo tem capacidade para 10 mil pessoas sentadas, e um dos caprichos de Edir Macedo foi a instalação de 10 mil lâmpadas de LED no auditório, uma sobre cada assento.

Crescimento vertiginoso

Em 35 anos a Igreja Universal passou de um galpão de uma antiga funerária no Rio de Janeiro para 172 países. Hoje a denominação conta com 4.748 templos e 9.660 pastores somente no Brasil, além de ser proprietária da segunda rede de televisão em audiência. Pode-se dizer que a IURD é hoje a maior multinacional do país.

Uma Seita maligna

Não devemos, no entanto, atentar para o crescimento da IURD ao passo que esquecemos seus problemas éticos e doutrinários. Nem tudo o que reluz é ouro, e a Igreja Universal do Reino de Deus não é pode ser considerada uma igreja protestante ou mesmo evangélica, por não ter nenhuma relação teológica, confessional ou ética com qualquer das expressões da Reforma. Trata-se mais bem de uma seita para-protestante, cuja expansão em nada contribui para a pregação do evangelho em nosso país ou no mundo.

O fato de que algumas pessoas que “se converteram” na Igreja Universal são genuínos cristãos não está relacionado à igreja em si, mas à ação soberana de Deus que converte e atrai para si mesmo aqueles que estão afundados na mais escura idolatria. Tais cristãos não são salvos por causa da IURD, mas à pesar dela.

Os Filhos de Deus e a Cultura Popular

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Quando Deus determinou criar a raça humana, ele estabeleceu alguns propósitos e parâmetros para um bom relacionamento entre criador e criatura. Esses propósitos e parâmetros são descritos pela Bíblia e por nossa teologia na forma de uma aliança. Deus fez uma aliança com a criatura e estabeleceu pelo menos três diferentes mandatos para a humanidade: o mandato espiritual (seu relacionamento com o Criador), o mandato social (seu relacionamento em família) e o mandato cultural (seu relacionamento com a sociedade). Não estarei surpreendendo ninguém se disser que quebramos os três! O homem negou seu Criador, desobedecendo suas ordens, quebrou os seus elos familiares com mentiras, acusações e esquivando-se de suas responsabilidades (Adão e Eva - marido e esposa - Caim e Abel -irmãos) e desenvolveu o mandato cultural da pior forma possível (poligamia, assassinato, brutalidade, etc.). Por curiosidade, verifique Gênesis 4:17-23. Coisas boas aconteceram, mas as ruins... prevaleceram.

Este artigo vai tratar do problema da quebra do terceiro mandato – o cultural. Como os cristãos podem e devem relacionar-se com o que tem acontecido no nosso mundo? Quais devem ser os nossos limites e a nossa influência na cultura em que vivemos? O que de fato tem acontecido com os cristãos na modernidade?

É fundamental que, antes de mais nada, o cristão conheça a sua cidadania: “Eles continuam no mundo... Eles não são do mundo...” (João 17:11,16). Nós somos cidadãos dos céus, mas as nossas passagens para lá ainda não chegaram, e enquanto estamos aqui temos muito o que fazer, sem no entanto esquecermos que somos de lá. O problema é que além de sermos muitos parecidos com o pessoal do lado de cá, muitas vezes nos deixamos influenciar com os erros do mundo, desobedecendo o mandato cultural.

Observando o que acontece nos Estados Unidos, de onde as missões que nos trouxeram o evangelho saíram, pode-se observar como as coisas estão se deteriorando rapidamente, e mais rápido ainda, chegando aqui. Ao contrário do nosso Brasil, os Estados Unidos nasceram de ideais religiosos, recebendo forte influência da Palavra de Deus. Hoje é proibido falar em Deus nas escolas públicas (professores que por ventura o façam correm o risco de ser demitidos); o mesmo povo que luta por salvar as baleias (o que se deve fazer), luta pela legalização do aborto e igualdade para os homossexuais (algo semelhante acontecendo no Brasil). Onde chegamos!? Ora, estes são apenas exemplos dos extremos. Muitas coisas bem pequeninas tem influenciado comunidades inteiras de cristãos (estou falando de verdadeiros cristãos e não dos que apenas se chamam assim), e essas pequenas influências vão se tornando imensos tropeços. Por favor não me entenda mal. Não estou defendendo nenhum isolacionismo cristão (a história já comprovou que os monastérios não funcionam). Isto é errado. Mas penso que os cristãos precisam conhecer melhor o terreno em que estão pisando.

Como esta influência nos assalta? Já que nos livramos dos perigos de imperadores malucos como Nero e de ameaças terríveis como o Coliseu (a propósito, não há evidências claras de que cristãos tenham morrido no Coliseu), como livrar-nos da má influência cultural? (por favor, não é livrar-se da cultura, mas do que é podre nela). Em primeiro lugar, entendendo-a (devo estas idéias ao Dr. Kenneth Meyer em seu livro All God's Children and Blue Suede Shoes [“Todos os Filhos de Deus e Sapatos Azuis de Veludo” esta última parte referindo-se a uma música muito popular cantada por Elvis Presley] e ao Dr. David Wells, preletor no Francis Schaeffer Institute, Covenant Theological Seminary, Saint Louis, EUA, em setembro de 1992).

O grande problema que temos ao enfrentar a chamada “cultura popular” é que na verdade somos moldados por ela, não só naquilo que pensamos e sentimos, mas na forma como pensamos e sentimos. Como isso aconteceu?

Primeiro, filosoficamente. O fato é que os “grandes filósofos” conseguiram destruir toda a base para que o homem continue crendo em verdades absolutas. Tudo é relativo tudo é meia-verdade (não meia-mentira). Nos meios sociais a ideia de contar uma mentirinha de vez em quando é muito comum, afinal, foi por uma boa causa, não é mesmo? A cultura moderna apresenta um boa oportunidade para muitos aproveitarem e serem 'meio-cristãos' (precisamos urgentemente de uma teologia da meia-salvação, se é que já não inventaram). Portanto, nosso primeiro grande problema diante da cultura popular é a relativização da verdade.

Em segundo lugar, a cultura popular especializou-se em oferecer-nos gratificação instantânea (depois da Polaroid, o que falta inventar - lembranças eternas reveladas instantaneamente - nem acabamos de viver o momento e já o trocamos pela foto). Nós, cristãos modernos, estamos mergulhados na nossa cultura sem perceber o que de mal ela pode nos fazer. Faça um auto-teste de QCP (Quociente de Cultura Popular).

Se você for comprar uma TV, você prefere com controle ou sem controle? Se for fazer compras, qual a loja lhe chama mais a atenção, a loja com entrega imediata ou sem entrega imediata? Se for a um restaurante, prefere um com bufê ou aquele demorado a la carte? O telefone, sem fio ou com fio? (eu sempre preferi os primeiros). Faça as contas de quantos aparelhos de TV, rádios, gravadores, vídeo cassetes, CDs, PCs, Fax, telefones e demais controles remotos você tem em casa. Por aí dá pra se tirar uma ideia. O ter estas coisas todas não é o mal, deixar que elas moldem seus desejos é muito ruim. Se eu posso ter isto imediatamente, por que deixar para amanhã? (a mesma ideia da cultura inflacionária). Ora, tudo isto que a cultura Pop nos oferece matou outros valores que certamente demandam mais tempo. Por exemplo, por que perder tempo lendo um livro se eu posso ver o filme? E o pior, por que fazer algo que demanda da minha mente se eu tenho quem pensa por mim?

Aqui está, creio eu, o grande perigo para todos os cristãos com alto QCP. A cultura popular não só se especializou em gratificação imediata como também em moldar a mente daquele a quem gratifica. Ela lhe diz o que é bom e você perde o direito de pensar e analisar o que é realmente bom e agrada a Deus.

A cultura da gratificação instantânea invadiu a igreja! Esta foi a última arma do inimigo para destruir os filhos de Deus, e tem funcionado bem. Já há algum tempo temos as igrejas instantâneas, os crentes instantâneos, as curas instantâneas, líderes instantâneos, tudo instantâneo. Nada pode esperar, e tudo tem que ser como eu quero. As consequências são óbvias: não só a igreja tem que ser como eu a quero, com todo o tipo de gratificação instantânea que a cultura popular oferece, mas o Deus desta igreja tem que ser também moldado à imagem e semelhança da minha cultura. Não é de se admirar que o nosso povo ande tão confuso.

Não sei se este artigo vai ajudá-lo a entender um pouco de si mesmo e das coisas que lhe cercam. Porém recomendo: não espere entender tudo instantaneamente... Pra terminar, posso dizer que as respostas a estes problemas todos não aparecem instantaneamente, mas somente quando observamos as palavras de Paulo em Romanos 12:2 - “E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”.
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Autor: Rev. Mauro Meister
Fonte: Monergismo

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

JESUS LIVRA CRISTÃOS DE ATAQUE TERRORISTA, USANDO TEMPESTADE DE AREIA NO ORIENTE MÉDIO


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Tempestade de Areia no Kuwait. (Foto: Danilo Futsal.Wordpress)



Cerca de 50 cristãos do Oriente Médio relataram ter experimentado diretamente a proteção poderosa de Jesus Cristo diante do perigo de um ataque terrorista, no Oriente Médio.

Segundo a organização cristã "Bibles 4 Mideast" ("Bíblias para o Oriente Médio") 24 novos convertidos do Islã para o Cristianismo foram batizados em uma cerimônia conduzida pela própria Missão em uma praia, na manhã do último domingo (2), após terem jejuado por três dias.

Após um pedido pessoal dos novos convertidos, A "Bíblias para o Oriente Médio" decidiu realizar o batismo coletivo.

"Cerca de 50 pessoas, incluindo os candidatos ao batismo participaram do culto. Todos nós fomos de ônibus. Após o culto de batismo e as orações, todos nós entramos no ônibus para voltar para à nossa igreja e celebrar o culto de adoração e a Ceia do Senhor. No caminho, alguns militantes nos cercaram com três ou mais carros e começaram a atirar com armas de fogo contra nós", disse Rizwan, um dos novos batizados.
A organização estava mantendo sigilo sobre a celebração do batismo e por isso disse que não sabe como esta informação acabou vazando para os terroristas.

"Talvez os militantes tivessem planejado nos matar na praia, durante o culto de batismo. Mas de alguma forma nós terminamos a nossa celebração mais cedo e já estávamos voltando para casa, quando fomos surpreendidos", continuou o homem.

Rizwan confessou que ficou sem reação, ao se deparar com tamanho perigo.

"Realmente eu não sabia o que fazer, mas comecei a orar ao Senhor, clamando por Sua poderosa proteção. O motorista do ônibus aumentou a velocidade para tentar fugir do ataque. Mas os terroristas também nos seguiam com a mesma velocidade. As pessoas daquele ônibus pensavam que todos nós seríamos assassinados", disse.

Mas a resposta das orações de Rizwan provavelmente tenha vindo de forma surpreendente, com uma tempestade de areia.

"De repente, vimos uma tempestade gigante de areia se formando por trás do nosso ônibus. No começo, todos ficaram com medo dela. Nós pensávamos que pode não íamos conseguir continuar a fuga, sendo enfim alcançados pelos terroristas. Mas, Louvado seja o Senhor! Todos nós sentimos que o Senhor Jesus Cristo apareceu sobre a tempestade de ateia como um homem poderoso e maravilhoso, mostrando sua proteção e sua poderosa ​​mão que vinha em nossa direção com um sorriso doce. Jesus nos salvou. Ele mesmo bloqueou o caminho dos terroristas, usando uma tempestade de areia", relatou.

O homem contou que, após perceberem que o ônibus conseguiu se afastar dos carros dos terroristas, todos os cristãos que estavam com ele conseguiram expressar sua gratidão a Deus pelo livramento, mesmo que ainda fosse possível ouvir os tiros contra o seu veículo.

"Nós novamente ouvimos os tiros em nossa direção. Mas não víamos os veículos deles atrás de nós. Louvando e agradecendo ao Senhor, nós conseguimos voltar para a igreja em segurança, com grande alegria", celebrou.

"Mais uma vez, louvamos e agradecemos ao Nosso Senhor Jesus Cristo por mostrar-nos o amor e cuidado que Ele tem para com Seus filhos".

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Guiame

domingo, 9 de outubro de 2016

O “Bezerro de Ouro” Dentro da Igreja Evangélica Brasileira

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Em 31 de Outubro de 1517 eclodiu em toda Europa, partindo da Alemanha, a Reforma Protestante. O monge católico da ordem agostiniana, Martinho Lutero, catedrático de teologia na Universidade de Wittenberg, afixou suas noventa e cinco teses convocando a Igreja de Roma para debate. O impacto das teses de Lutero foi revolucionário. Em poucos meses as teses se espalharam por toda Europa através do invento da prensa de tipos móveis de Gutenberg. Deste momento em diante a Igreja Ocidental jamais seria a mesma. O estudioso da história da igreja Roger Olson, comentando em seu livro História da Teologia Cristã, destaca a Reforma Protestante como o terceiro grande Cisma dentro da vasta história da cristandade, depois da divisão em 1054, entre Ocidente e Oriente, e a luta medieval entre os três papas no período de 1378 a 1417 (pg.380).  

Em 1520, Martinho Lutero foi excomungado da Igreja de Roma. E, em 1521, convocado pelo Vaticano para comparecer na Dieta, na cidade alemã de Worms, para dar explicações sobre suas teses e se retratar diante da igreja romana e do imperador Carlos I. O que aconteceu em Worms ficou registrado na história. Martinho Lutero foi obrigado pelo Vaticano a se retratar. Mas, nestas palavras se expressou: “Minha consciência serve à Palavra de Deus. Por isso não posso nem quero me retratar, pois ir contra a minha consciência não é seguro nem salutar. Não posso agir de outra maneira, esta é minha posição. Que Deus me ajude. Amém” (apud, pg. 388). Assim nasceu o Protestantismo. O movimento protestante se espalhou fortemente por vários países. Na Alemanha, Luteranismo. Na Suíça e Países Baixos, Calvinismo. Na Escócia, Presbiterianismo. Na Inglaterra, Puritanismo.

O pensamento e teologia protestante foram se solidificando de acordo com as necessidades através das históricas Confissões. As principais Confissões protestantes são: Confissão Luterana de Augsburgo, Alemanha (1530), Confissão de Westminster, Inglaterra (1647/1648) e o Documento Confessional Calvinista de Dort, na Holanda (1618/1619).

A Reforma Protestante irá completar 499 anos de História. Uma grande herança legada à posteridade, sem dúvida foi o amor a Deus, a Cristo e às Escrituras na total dependência do Espírito Santo. O cristianismo oriundo da Reforma transformou tremendamente o mundo, sobretudo cristão. E uma área de grande relevância da igreja que sofreu fortemente esta transformação foi o culto. O culto Protestante deste momento em diante seria regido somente pela Escritura – Sola Scriptura. Aprendemos com os reformadores que o culto público deve ser bíblico. E o princípio que deve reger este culto está inquestionavelmente registrado nas Escrituras. Sobre a importância do culto e de seu princípio regulador, Paulo Anglada, em seu livro Princípio Regulador do Culto, faz uma citação importante do grande reformador de Genebra, João Calvino:

“... a regra que distingue entre o culto puro e o culto corrompido é de aplicação universal, a fim de que não adotemos nenhum artifício que pareça apropriado, mas atentemos para as instruções do Único que está autorizado a legislar quanto ao assunto. Portanto, se quisermos que Ele (Deus) aprove o nosso culto, esta regra, que Ele impõe nas Escrituras com o máximo rigor, deve ser cuidadosamente observada. Pois há duas razões pelas quais o Senhor, ao condenar e proibir todo culto fictício, requer que obedeçamos apenas à Sua voz: primeiro, porque não seguir o nosso prazer, mas depender inteiramente da Sua soberania, promove grandemente a Sua autoridade. Segundo, porque a nossa corrupção é de tal ordem, que quando somos deixados em liberdade, tudo o que estamos habilitados a fazer é nos extraviar. E então, uma vez desviados do reto caminho, a nossa viagem não termina, enquanto não nos soterremos numa infinidade de superstições...” (p.14. Editora: Pes).

Há um fato bíblico em que esta declaração de João Calvino jamais deve ser desprezada e esquecida. Em Êxodo 32.1 – 35 contêm um registro muito triste e vergonhoso na história do povo de Deus envolvendo um ambiente de culto. Os dois principais personagens desta história são: Moisés e seu irmão, Arão. Para termos uma ideia da importância deles, só em Êxodo, seus nomes até o capítulo 32 aparecem mais de 330 vezes. Foram chamados ao ministério pessoalmente por Deus. Foram instrumentos para libertar Israel do cativeiro egípcio:

Depois, foram Moisés e Arão e disseram a Faraó: Assim diz o Senhor, Deus de Israel: Deixa ir o meu povo, para que me celebre uma festa no deserto. Respondeu Faraó: Quem é o Senhor para que lhe ouça eu a voz e deixe ir a Israel? Não conheço o Senhor, nem tampouco deixarei ir a Israel. Eles prosseguiram: O Deus dos hebreus nos encontrou; deixa-nos ir, pois, caminho de três dias ao deserto, para que ofereçamos sacrifícios ao Senhor, nosso Deus, e não venha ele sobre nós com pestilência ou com espada” (Êx 5.1-3).

Ambos tiveram experiências extraordinárias com Deus. Conheciam muito bem a obstinada idolatria de Israel. Em Êx 32.21, 22 Moisés pergunta a Arão que acabara de fabricar o bezerro fundido de ouro: “Que te fez este povo, que trouxeste sobre ele tamanho pecado?”. Arão respondeu com estas palavras: “Não se acenda a ira do meu senhor, tu sabes que o povo é propenso para o mal”. Estas são algumas características peculiares entre os irmãos. Mas no que se refere à liderança em conduzir o povo em adoração a Deus às diferenças tomam proporções gigantescas. Eis o contraste entre uma liderança bíblica e uma antibíblica.

Podemos aprender muito com estes dois líderes. Creio que a liderança e postura exercida por Moisés neste episódio devem servir de orientação e motivação para igreja buscar a verdadeira reforma que precisa. Creio que Arão representa a maior parte da liderança evangélica brasileira. Creio que a grande maioria dos crentes brasileiros é tão adoradora do “bezerro de ouro” quanto Israel o foi no deserto. Creio que Deus tem reservado um remanescente fiel à semelhança dos fiéis no deserto que não adoraram ao bezerro fundido. Creio que os Reformadores do século XVI foram instrumentos nas mãos do Criador para resgatar a verdadeira adoração, assim como Moisés o foi no deserto. Creio que Arão e seus seguidores representam a adoração em que o princípio regulador do culto é antropocêntrico. Creio que a liderança evangélica tem se acovardado em geral ao enfrentar a pressão do povo em adorar o “bezerro do ouro” dentro da igreja, assim como Arão no deserto.

No período da Reforma Protestante o culto a Deus voltara a ser regido pelo Princípio Regulador: A Escritura.

Quais são os elementos bíblicos que fazem parte de um culto verdadeiro a Deus? Quais são as suas circunstâncias? Citarei elementos e circunstâncias de um culto reconhecendo que não existe unanimidade entre os estudiosos, principalmente nos dízimos, ofertas e bênção apostólica. Espero explorar detalhadamente em outro estudo tais elementos e circunstâncias.

          Elementos:
          1 – Leitura da Palavra
          2 – Louvor
          3 – Oração
          4 – Ordenanças
          5 – Dízimos e Ofertas
          6 – Bênção Apostólica

          Circunstâncias:
          1 – Lugar
          2 – Horário
          3 – Acentos
          4 – Iluminação
          5 – Climatização
          6 – Instrumentos
          7 – Vestes, dentre outros.

Não devemos como igreja desprezar as circunstâncias que envolvem um culto a Deus. Estes elementos circunstanciais devem potencializar a adoração a Deus. Mas não são permanentes nem devem corromper o culto.

O culto Reformado era marcado por confissão de pecados e arrependimento sob a direção do Espírito Santo. A verdadeira alegria cristã protestante tinha este fundamento. Era resultado da adoração cristocêntrica e bíblica. No culto Reformado regido pelo princípio regulador o que a Bíblia não autorizava de maneira explícita ou implícita não era de forma alguma inserida. Quanta diferença para os dias de hoje! Os reformadores em tudo na vida buscavam sempre em primeiro lugar honrar a Deus em a Sua perfeita justiça e santidade. Na adoração não era diferente. Hoje na igreja brasileira o que tem predominado é uma inversão:

  • A bênção no lugar do Deus da bênção;
  • O assistir ao culto no lugar do prestar culto;
  • O culto sentimental no lugar do culto racional;
  • O culto hedonista e místico no lugar do culto reflexivo e bíblico.

Neste contexto se valoriza mais um culto informal e livre do que um regido por princípios bíblicos. Não é de se admirar o porquê as mais estranhas e inimagináveis inserções fazem parte “fundamental” de nossa adoração!

Neste momento, lamentavelmente a “síndrome de Arão no deserto” tem exercido imensa influência sobre grande parte da igreja brasileira. Há um “bezerro de ouro” dentro de nossa igreja! Há muito tempo deixamos de lado o princípio regulador do culto fundamentado na Escritura, representado por Moisés pelo princípio antibíblico regido por Arão:

Arão, vendo isto, edificou um altar diante dele e, apregoando, disse: Amanhã, será festa ao Senhor. No dia seguinte, madrugaram, e ofereceram holocaustos, e trouxeram ofertas pacíficas; e o povo assentou – se para comer e beber e levantou – se para divertir – se” (Êx 32.5, 6).

Quando o princípio regulador do culto cai na mão do homem, a adoração a Deus é mesclada e até mesma substituída por outra desviada, estranha e idólatra:
Então, disse o Senhor a Moisés: Vai, desce; porque o teu povo, que fizeste sair do Egito, se corrompeu e depressa se desviou do caminho que lhe havia eu ordenado; fez para si um bezerro fundido, e o adorou, e lhe sacrificou, e diz: São estes, ó Israel, os teus deuses, que te tiraram da terra do Egito” (Êx 32.7, 8).

O “bezerro de ouro” na igreja atual tem se materializado de várias formas:
  • Danças
  • Coreografias
  • Teatros
  • Apresentações
  • Cerimoniais
  • Vendas
  • Indulgências, entre outros elementos estranhos.

Estes elementos foram sistematicamente inseridos no culto que estamos prestando a Deus. Estão tão impregnados que muitos pensam fazer parte integral e permanente de um verdadeiro culto ao Senhor. É fogo estranho sobre o altar. Tem que ser removido. Arão não removeu. Disse ele a Moisés depois de ter fabricado o bezerro de ouro levando o povo à idolatria: “
Não se acenda a ira do meu senhor; tu sabes que este povo é propenso para o mal” (Êx 32.22). Todo líder da escola de Arão jamais enfrentará com êxito a pressão daqueles que desejam idolatrar o “bezerro de ouro”. É muito fácil discernir por este prisma porque a igreja no Brasil está assim! Podemos até dividi–la em três partes: Na entrada, uma banca para venda. No meio, um palco para apresentações. No púlpito, a presença de um palhaço. Lamentável. Triste e decadente. Idolatria pura! Há esperança? Há esperança. Graças a Deus. Deus é grande. Ele ainda procura verdadeiros adoradores.

Quando a idolatria ao bezerro de ouro no deserto começou, Deus chamou seu fiel servo Moisés e disse–lhe:
Vai, desce; porque o teu povo, que fizeste sair do Egito, se corrompeu e depressa se desviou do caminho que lhe havia eu ordenado; fez para si um bezerro fundido, e o adorou, e lhe sacrificou, e diz: São estes, ó Israel, os teus deuses, que te tiraram da terra do Egito” (Êx 32.7, 8).

Quando Moisés desceu do monte para enfrentar a idólatra de Israel, o desfecho terrível fora registrado nestes termos: “... e caíram do povo, naquele dia, uns três mil homens” (Êx 32.28). Deus é fogo consumidor. Ele é santo três vezes. Ele é temível. Depois de tantas mortes, disse ainda ao servo Moisés:

Vai, pois, agora, e conduze o povo para onde te disse; eis que o meu Anjo irá adiante de ti; porém, no dia da minha visitação, vingarei, neles, o seu pecado. Feriu, pois, o Senhor, porque fizeram o bezerro que Arão fabricara” (Êx 32.34, 35).

Fica claro que a adoração a Deus deve ser do jeito que Ele quer e não da maneira que queremos ou achamos. Adoração é vida ou morte. É notório que a grande massa da igreja brasileira tem adorado ao “bezerro de ouro” à semelhança de Arão e os seus discípulos no deserto. É fato também que Deus tem levantado líderes e adoradores à semelhança de Moisés e todos aqueles que não se dobraram nem apostataram diante dos deuses estranhos materializados no bezerro fundido. A igreja e o princípio regulador do culto sempre estarão nas mãos de Deus. Os Reformadores criam assim. Creio que nestes últimos dias Deus tem tirado o princípio regulador do culto das mãos de “Arão” e entregue nas mãos de “Moisés”. Que a verdadeira reforma e o verdadeiro avivamento venham sobre nós. Pois, a igreja evangélica brasileira está na “UTI” urgentemente precisando. 
Soli Deo Gloria. Glória somente a Deus. Amém!

***
Autor: Pr. Vilmar Rodrigues Nascimento
Divulgação: Bereianos

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