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segunda-feira, 29 de abril de 2024

A contribuição da Reforma Protestante para a Educação Pública: esboço introdutório

  


Rev Hermisten Maia

Mesmo a Reforma Protestante do século XVI tendo como fundamento original a questão religiosa-espiritual, tornou-se um movimento de grande alcance cultural, institucional, social e político na história da Europa e, posteriormente em todo o Ocidente. A amplitude da influência da Reforma em diversos setores da vida estava implícita em sua própria constituição: Era impossível alguém abraçar a Reforma apenas no campo da religião e continuar em tudo o mais a ser um homem de uma ética medieval, com a sua perspectiva da realidade e prática intocáveis.  

1. Martinho Lutero

Lutero quem lançou as bases da moderna escola pública e do ensino obrigatório; e para isso a sua tradução das Escrituras foi fundamental no processo de alfabetização.

A Reforma não apenas ampliou o plano pedagógico renascentista como também, foi efetiva no desenvolvimento da escola primária pública.

Lutero insistiu com as autoridades públicas no sentido de se criarem escolas com vistas à educação secular e eclesiástica. Neste particular, pode-se dizer que Melanchthon (1497-1560) foi o Ministro da Educação de Lutero. A Reforma se valeu amplamente na imprensa como elemento de instrução dos fiéis.  “Sempre defendendo a divulgação da palavra impressa, a Alemanha liderou a alfabetização européia no século XVI”.[1] O fator religioso tornou-se fundamental como estímulo à alfabetização.

Na carta “Aos Conselhos de Todas as Cidades da Alemanha para que criem e mantenham escolas cristãs”, de 1524, Lutero, além de tratar do descaso para com as escolas, o esvaziamento das universidades, a necessidade do estudo do alemão e de outros idiomas, a utilização de melhores métodos na educação, a criação de boas bibliotecas e a formação de cidadãos responsáveis, sendo estes o verdadeiro patrimônio de uma cidade.[2]

A ênfase dada por Lutero à Educação, é decorrente da sua visão teológica; isto se torna ainda mais patente, no Prefácio do Catecismo Menor(1529).[3]

Em 1530, num sermão, Lutero declarou a responsabilidade do Estado em obrigar as crianças a irem à escola.[4]

As disciplinas estudadas consistiam em: Leitura, escrita, religião, música sacra e latim, com adaptações do sistema de Melanchthon (1528). Monroe, conclui: “Nenhum outro povo chegou, mesmo aproximadamente, ao aperfeiçoamento dos Estados alemães em assuntos de educação2.”.[5]

2. João Calvino

O reformador francês João Calvino (1509-1564) foi o principal arquiteto da tradição Reformada do Protestantismo.

Para Calvino, cosmovisão é um compromisso de fé e prática. Por isso, o seu trabalho em Genebra consistiu na aplicação de sua fé às condições concretas de sua existência. A fé é chamada a se materializar nos desafios que se configuram diante de nós em nossa história de vida.

Já na sua primeira permanência em Genebra (1536-1538) insistiu junto aos Conselhos para melhorar  as  próprias  condições do ensino, bem como os recursos das  escolas. Ele apresentou ao conselho municipal um projeto educacional (1536) gratuito que se destinava a todas as crianças – meninos e meninas –, tendo um grande apoio público.  Desta proposta surgiu o Collège de Rive. Temos aqui o surgimento da primeira escola primária, gratuita e obrigatória de toda a Europa.

A partir de 1541 Calvino pôde reestruturar o sistema educacional desta cidade. Visto que o Estado estava empobrecido, apelou para doações  e  legados. Calvino criou uma Academia em Genebra (1559).A Academia teve uma origem modesta. Calvino,  no entanto, esforçou-se por constituir um corpo docente competente.

A base da formação educacional em Genebra era a Bíblia. Competia à família (apesar de suas limitações iniciais) e ao Estado o cuidado com a educação. No entanto, a igreja tinha um papel especialíssimo. 

Com o estabelecimento da Academia, o historiador Charles Borgeaud (1861-1941), antigo professor da Universidade de Genebra, disse que “Esta foi a primeira fortaleza da liberdade nos tempos modernos”.[6]

Considerações finais

A ignorância era algo extremamente temido dentro do modelo educacional Reformado-puritano. Para tanto o estudo era amplo, oferecendo uma visão abrangente de todos os ramos do saber, evitando a dicotomia entre o saber religioso e não-religioso, o espiritual e o natural. Como exemplo disso, vemos que “os estudantes ministeriais em Harvard não apenas aprendiam a ler a Bíblia na sua língua original e a expor teologia, mas também estudavam matemática, astronomia, física, botânica, química, filosofia, poesia, história e medicina”.[7]

A ênfase puritana foi marcante em todos os níveis educacionais podendo ser avaliada tanto quantitativa como qualitativamente. Seguindo a tradição da obrigatoriedade do ensino público, conforme enfatizada por Lutero  e pelos calvinistas franceses (1560) e holandeses (1618), “em 1647, o Estado de Massachussets decreta a obrigatoriedade de uma escola primária, sempre que uma povoação agrupe mais de 50 lares”.[8]

Por trás deste ardor pedagógico e social herdado da Reforma estava um firme fundamento teológico. Esta perspectiva amparava-se num conceito de Deus, do homem e de qual o propósito do homem nesta vida.

  1. Deus é reconhecido como o Criador e Senhor de todas as coisas,  sendo o doador da vida e de tudo que temos, a Quem devemos conhecer experiencialmente, amar, obedecer e cultuar.  
  2. O homem como “imagem e semelhança” de Deus deve ser respeitado, amado e ajudado.

A educação, portanto, visava preparar o ser humano para melhor servir a Deus na sociedade a fim de que Deus fosse glorificado. A educação Reformada-Puritana não tinha um fim em si mesma, antes, era caracterizada por um propósito específico conforme definiu John Milton (1608-1674) em 1644.[9]  O saber é para viver autenticamente em comunhão com Deus, refletindo isso no cumprimento de nossos deveres religiosos, familiares, políticos e sociais, agindo no mundo de forma coerente com a nossa nova natureza, objetivando em tudo a Glória de Deus.   

A educação Reformada sempre foi ativista no sentido de que não somente o indivíduo fosse purificado, antes, que envolvesse todas as esferas da vida humana, se manifestando na sociedade em modo de formação e transformação.

 Rev Hermisten Maia


[1]Steven R. Fischer, História da leitura, São Paulo: Editora UNESP., 2006, p. 206.

[2] M. Lutero, Aos conselhos de todas as cidades da Alemanha para que criem e mantenham escolas cristãs: In: Martinho Lutero: Obras selecionadas, São Leopoldo, RS.; Porto Alegre:  Sinodal; Concórdia, 1995, v. 5.

[3]Martinho Lutero, Catecismo Menor, Prefácio, § 19-20: In: Lutero, os catecismos, Porto Alegre; São Leopoldo, RS.: Concórdia; Sinodal, 1983, p. 365.

[4] Martinho Lutero, Uma prédica para que se mandem os filhos à escola (1530): In: Martinho Lutero: Obras selecionadas, São Leopoldo, RS.; Porto Alegre:  Sinodal; Concórdia, 1995,  v. 5, p. 362.

[5] Paul Monroe, História da educação,11. ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1976, p. 190

[6] Charles Borgeaud, Historie de l’Université de Genève: L’Académie de Calvin  1559-1798,  Genève: Georg & Co: Libraires de L’Université, 1900, p. 83.  

[7]Leland Ryken, Santos no mundo,São José dos Campos, SP.: FIEL,  1992, p. 175.

[8]Jean Vial, Introdução. In: Gaston Mialaret; Jean Vial, dirs., História mundial da educação,  Porto: RÉS-Editora, (s.d.), v. 2, p. 9.

[9] John Milton, Milton’s Tractate on Education: A facsimile reprint from the edition of 1673, Cambridge: The University Press, 1897, p. 3-4.8. 

CALVINO E A RESISTÊNCIA AO ESTADO

 


É preciso buscar uma explanação da teoria calviniana de resistência ao Estado. O objetivo é compreender a teoria calviniana da resistência à autoridade por meio de representantes denominados magistrados populares ou inferiores.

Uma nova onda de discussões doutrinárias a respeito do direito de resistência ao tirano veio logo depois da Reforma. Calvino, diferentemente de Lutero, permite a resistência por parte dos órgãos do Estado aos quais foram estabelecidos limites.404

Um dos problemas de interpretar o pensamento de Calvino nesta questão política, surge ao relacionar suas diversas afirmações e escritos que exigem obediência ao Estado e a Lei, e ao mesmo tempo em que a resistência ao governo tirano é para o cristão, somente um direito, mas também um dever de resistir. Cabe aqui a pergunta: Calvino estava seguro do que, de fato, queria dizer? Calvino ensinou a obediência ou a desobediência civil? Vamos, pois, tentar responder a estas questões.

 Calvino ao orientar sujeição, obediência, respeito e honra aos principados, se referiu aos magistrados que fazem jus aos títulos a eles conferidos. Mas alertou para a existência de príncipes indolentes, gananciosos, injustos, tiranos, assassinos e criminosos.405 Ainda assim, eles devem ser considerados com as mesmas honrarias e reverencias que seriam concedidas a um excelente rei. Calvino embasou sua tese com uma enxurrada de textos bíblicos.

Desta forma, mesmo que injusta, imoral ou anti-religiosa, a autoridade civil deve ser respeitada em sua função legítima. Calvino acreditava que Deus pode se servir de magistrados indignos e injustos para, soberana e providencialmente, cumprir a sua boa vontade na história.406 No entanto, bem à frente diz: “mas existe uma exceção a essa obediência (…)”.407

 Qual exceção?

Se eles nos ordenarem qualquer coisa contrária a vontade de Deus, nada deve significar para nós […] e neste caso devemos ignorar todas essa dignidade que os magistrados possuem.

E citando o exemplo da desobediência de Daniel, preconizou:

Estamos submetidos aqueles que foram colocados sobre nós, mas apenas por ele. 408

Aqui o pensamento de Calvino parece ambíguo. Ao mesmo tempo em que preconizou sujeição às autoridades, não importa como tenham chegado a seus cargos, ele também sugeriu uma teoria de resistência. É exatamente por esta ambiguidade que Skinner409 o chama de ‘mestre da ambiguidade’, pois, embora não haja dúvidas de que Calvino endossou uma teoria da não-resistência, na prática introduz várias exceções em sua argumentação.

Calvino assim asseverou:

Ao cidadão comum não assiste o direito de atentar contra a majestade dos reis; os magistrados, porém, que constituídos são para defender os direitos do povo, podem e devem resistir aos abusos dos soberanos.410

Para Calvino a resistência ao governo injusto é, pois, para o cristão, não apenas um direito, mas um dever.

[…] não os proíbo de agirem conforme seu dever de resistir à licenciosidade e a ira dos reis; pelo contrário, se forem coniventes com a violência sem limites contra o povo infeliz, eu afirmaria que tal omissão se constitui numa grave traição. Porque maliciosamente como traidores de seu país estão a perder a liberdade de seu povo, para cuja defesa e amparo devem saber que têm sido colocados por ordem divina como tutores e defensores.411

Com essa exceção, teria o pensamento calviniano se revestido de um potencial revolucionário? Ainda há outras questões. De fato, em Calvino, esse destaque para o verdadeiro papel dos magistrados do povo era um pormenor ou uma exceção em seus escritos. Poderia esse pormenor constituir-se no viés pelo qual o potencial revolucionário calviniano influenciou outros calvinistas?

Como uma hipótese que se formula para responder a essas questões, a resposta que se busca obter aponta nessa direção. Pois, com base em seus escritos e na repercussão que tiveram esse pormenor e esse destaque dado por Calvino ao papel dos magistrados do povo foi inovador. E essa foi sua contribuição para o desenvolvimento da teoria da resistência. Embora um mero detalhe, até mesmo uma pequena exceção, nisso encontrava-se a colaboração de Calvino para o desenvolvimento de uma teoria de resistência à autoridade iníqua ou ao tirano.

Foi também a partir da premissa da soberania de Deus que Calvino chegou ao seu ensino sobre a desobediência civil. Se é por causa de sua origem divina, que as autoridades civis têm o direito à obediência de todos os homens em geral e dos cristãos em particular, também é por ser de origem divina que, para Calvino, o poder político é limitado em sua função e em seu fim.

 Comentando Romanos 13.4, ele afirmou:

Os magistrados podem aprender disto a natureza de sua vocação. A sua administração não deve ser feita em função de si próprios, mas visando ao bem público. Nem têm eles poderes ilimitados, senão que sua autoridade se restringe ao bem-estar de seus súditos. Em resumo são responsáveis diante de Deus e dos homens pelo exercício de sua magistratura. Uma vez que foram escolhidos e delegados por Deus mesmo, é diante deste que são responsáveis. 412

Desta forma, somente Deus possui autoridade auto-gerada. A autoridade dos magistrados é delegada por Deus, a quem devem prestar contas. Por isto, a obediência devida às autoridades civis é limitada, sobretudo, pela obediência que o homem deve a Deus.

Calvino encerrou as Institutas com estas palavras:

Mas, na obediência que temos ensinado ser devida aos superiores, deve haver sempre uma exceção, ou antes, uma regra que se deve observar acima de todas as coisas: é que tal obediência não nos afaste da obediência Àquele sob cuja vontade é razoável que se contenham todos os editos dos reis, e que à sua ordenação cedam todos os mandamentos, e que à sua majestade humilhada seja e rebaixada toda a sua altaneira. E, para dizer a verdade, que perversidade seria, a fim de contentar os homens, provocar a indignação daquele por amor de quem obedecemos aos homens?  Devemos estar sujeitos aos homens que têm preeminência sobre nós, não, entretanto, de outra forma senão em Deus.    Se, porventura, os homens ordenam algo que contraria a Deus, de nenhum valor nos deve isto ser. 413

 

Para Calvino, o dever de submissão às autoridades civis não é ilimitado. Contra os governos injustos é preciso agir pelos meios legais que estão na mão do povo. Por isso, ele entendia que é necessário dar ao povo mecanismos legais para a derrubada de seu governo.  Assim a desobediência civil ao governo injusto, naquilo que ele tem de injusto.  A obediência às ordens injustas da autoridade civil, contrárias à vontade de Deus, é um crime contra o próprio Deus.  Mas a desobediência civil não se justifica senão àquela ordem injusta em particular, naquele ponto específico que o governo tem de injusto, e não ao governo como um todo. O governo injusto retém sua autoridade em tudo que exige de seus governados e que não contrarie sua obediência a Deus.

Calvino ensinou também que Deus pode, ocasionalmente, suscitar “salvadores providenciais”, de dentro ou de fora da própria nação, quando a desordem alimentada pelo governo é maior que a injustiça da revolução. Neste caso, a revolução é, de maneira excepcional, justificada. Obviamente, isto é, para Calvino, uma exceção e não uma regra que justifique toda e qualquer revolução.

Portanto, o que se pode concluir é que a tese de Calvino era a das obrigações e responsabilidades mútuas, divinamente ordenadas entre magistrados e cidadãos.

Nesta questão, Calvino se posicionou contra um duplo perigo: o da rebelião do povo contra o governo e o do abuso do poder do governo contra o povo. Ele rejeitou ambos os extremos. Para ele a falta de governo conduziria à anarquia e ao caos, e o absolutismo monárquico se oporia à verdadeira religião, elevando-se acima do trono do Deus soberano. Assim no pensamento de Calvino o autoritarismo é condenável, ao mesmo tempo em que o princípio de autoridade é desejável.

A doutrina política de Calvino, calcada no conceito teológico da soberania divina, preconizou que as sociedades calvinistas não mais deveriam se submeter a reis e autoridades tirânicas, fossem elas políticas, religiosas ou de qualquer espécie.

Ao cidadão comum não assiste o direito de atentar contra a majestade dos reis; os magistrados, porém, que constituídos são para defender os direitos do povo, podem e devem resistir aos abusos dos soberanos.414

Geralmente não se dá atenção à declaração de ‘grande alcance’415 que Calvino fez no final de suas Institutas. No entanto, é inegável desenvolvimento das teorias de resistência e da própria concepção da esfera política que encontramos nos discípulos de Calvino se deve a cosmovisão subjacente à sua teologia, cujas implicações o próprio reformador talvez não tivesse consciência, mas que no campo da política, viabilizou o envolvimento maciço dos calvinistas com a resistência política, e a reorganização do Estado. 416

Na França, por exemplo, temos uma obra bastante popular entre os huguenotes perseguidos, atribuída a Theodoro de Beza (1519-1605), discípulo e sucessor de Calvino em Genebra, que pressupõe responder a questões como: Até que limite será legítimo resistir ao príncipe que oprime ou destrói o Estado, e a quem caberá a resistência? 417

Parte do Capítulo 3- A TEOLOGIA POLÍTICA (3.4  A TEORIA DA RESISTÊNCIA AO ESTADO), da dissertação A TEOLOGIA POLÍTICA DE JOÃO CALVINO (1509-1564) NA INSTITUTAS DA RELIGIÃO CRISTÃ (1536), de EBER DA CUNHA MENDES

 

 

Notas de Referências

401  REID, op. cit., p. 57-58, nota 38.

402  CALVINO, Juan. Institución de la religión cristiana. 2v. Traducida y publicada por Cipriano de Valera en 1597 por Luiz de Usoz y Rio en 1858. Nueva edicion revisada en 1967. Paises Bajos: Fundacion Editorial de Literatura Reformada, 1967, p. 847.

403  Ibidem, p. 847.

404  HERBERT, Marcuse. Estado Democrático e Estado Autoritário. Rio de Janeiro: Zahar editores, 1969, p. 168.

405  CALVINO, 1995, p. 124,125, nota 335.

406  Ibidem, p. 125.

407  Ibidem, p. 126.

408  Ibidem, p. 137.

409  Skinner levanta a seguinte questão: na versão original de 1536 das Institutas esta posição é mais        dramática e estratégica que reapareceu inalterada nas outras edições subseqüentes da obra. No        entanto, na edição definitiva de 1559, Calvino apresenta mudanças de idéia. Ainda assim, até o        final de sua vida, a postura política de Calvino permaneceu mais coerente com o ensino Paulino        da não-resistência.

  1. 468,469, nota 81.

410  CALVINO, IV v., op. cit., p. 483, nota 60.

411  CALVINO, 2v., p. 1193, nota 402.

412  CALVINO, op. cit., nota 171.

413 CALVINO, 2v, op. cit., p. 1193, nota 402.

414  CALVINO, IV v., op. cit., p. 483, nota 60.

415  HERBERT, op. cit., p. 168, nota 404. Para o autor, a teoria de resistência é o calvinismo. No        capítulo 5 o autor aborda sobre os limites da desobediência justificável.

416  Para Skinner, temos boas razões para considerar a análise de Calvino como uma importante        contribuição para a construção das idéias políticas em meados do século XVI. SKINNER, op. cit.,          p. 507, nota 81.

417  CAVALCANTI, op. cit., p. 119, nota 396.

5 ideias para Pequenos Grupos

 



Se você é um líder de célula, vai adorar saber que nós preparamos um material muito especial com ideias para células e pequenos grupos, de forma a tornar as suas reuniões mais espontâneas e dinâmicas.

Uma célula é um grupo composto por um líder e seus membros, que se encontram periodicamente, seja uma vez por semana – ou a cada 15 dias – para se reunirem e juntos estudarem a Palavra de Deus.

As igrejas em célula permitem o entrelaçamento pessoal e possibilitam entender a individualidade de cada membro, de forma a transmitir os ensinamentos e o apoio que cada membro esteja precisando. Uma igreja celular tende a perpetuar um evangelismo mais:

  • acessível;
  • aderente;
  • dinâmico; e
  • familiar.

Dessa forma, proporcionar uma experiência inesquecível, única e especial para seus companheiros de célula é fundamental para aproximá-los e criar um grupo unido e carinhoso. Quanto maior for a participação, melhor será o entrosamento e o engajamento dos envolvidos.

Se o seu objetivo é tornar o grupo religioso uma verdadeira família, com membros integrados e unidos em prol do crescimento pessoal e dos estudos bíblicos, separamos algumas dicas bem legais para deixar seus companheiros mais felizes e motivados. 

Continue a leitura e confira nossas ideias para células e pequenos grupos!

#1 Elabore um plano de ação semestral para a célula

O planejamento é fundamental para qualquer tipo de ação prolongada, e quando falamos em células, isso não é diferente. Se você é responsável por organizar as atividades, é importante que isso seja devidamente planejado e registrado.

Elabore um plano de ação semestral para a célula, principalmente para os novos membros e visitantes. Se entrarem diversos membros novos em algum semestre, por exemplo, é importante fazer com que eles se conheçam e quebrem o gelo inicial.

Posteriormente, é preciso integrá-los e uni-los, mesclando, ao mesmo tempo, os estudos bíblicos e os momentos de oração, sem perder o foco do objetivo de fortalecer a vida cristã dos membros.

Por isso, em todos os semestres, trace um plano de ação, indicando as atividades que serão realizadas, sua ordem e seus objetivos.

#2 “Quebre o gelo” de forma diferente

Uma das ideias mais legais para células e grupos pequenos é o “quebra-gelo”. Trata-se de uma maneira de diminuir aquela sensação incômoda entre as pessoas que não se conhecem e promover uma melhor interação entre elas.

Entretanto, se há uma tendência de padronização dessa dinâmica, pode tornar o processo entediante e enfadonho para os participantes. Portanto, seja criativo e adote estratégias interessantes, tais como:

  • usar perguntas, incentivando as pessoas a interagirem e, ao mesmo tempo, falarem mais sobre si mesmas;
  • fazer a dinâmica da “apresentação invertida”: separe o grupo em duplas e deixe-as conversando por uns 10 minutos. Depois, faça com que cada um da dupla apresente seu parceiro para os demais;
  • preparar a dinâmica “minha vida em um objeto”: separe uma série de objetos cotidianos e proponha que os participantes os relacionem com um momento da vida pelo qual estejam passando.

#3 Faça dinâmicas de passagens da bíblia

Uma forma de desenvolver o lado cristão dos presentes e ensiná-los sobre os significados das passagens de forma mais eficiente e criativa é promover dinâmicas que envolvam essas questões.

Você pode usar, por exemplo, a Parábola do Semeador, em Mateus 13 e pedir para que os participantes leiam esse ponto previamente e, depois, entregue corações de cartolina para quatro membros da célula. Sorteie, entre eles, as perguntas abaixo.

  • Quem é o semeador?
  • E a terra fértil?
  • Quem é a terra seca?
  • Quem é o deserto?

Posteriormente, faça-os apresentarem as respostas para todos e discuta o significado dessa passagem. O resultado é bem interessante.

#4 Registre o momento com uma foto do grupo

Seja a célula presencial ou online, uma forma de gerar a sensação de proximidade entre os membros da célula é induzi-los a notar que fazem parte da mesma família.

Pequenos gestos provocam essa descoberta, com a criação de laços que aproximam os participantes — além de um clima de proximidade e familiaridade entre todos.

Para fazer isso, tire uma foto com todos os participantes da reunião e prepare um quadro, para ser fixado no local dos encontros. Você pode, também, mandar revelar uma foto para cada integrante e dar de presente como recordação. 

Assim, sempre que as pessoas olharem para a imagem, mesmo em momentos de dificuldades em suas vidas pessoais, perceberão que fazem parte de uma família e se sentirão apoiadas e acolhidas.

#5 Prepare um momento especial de oração

Muitos pequenos grupos e células promovem o momento de oração de modo padronizado. Isso faz com que as pessoas, com o tempo, tendam a se desanimar e passar a realizar algo tão importante e especial de forma mecânica, sem reflexões.

Que tal dar uma inovada? Há uma série de possibilidades para tornar esse momento único, como:

  • leve os participantes para outro lugar. Por que não realizar a oração em um monte ou a céu aberto, por exemplo? Encarar a bênção que é poder estar em contato com a natureza pode trazer reflexões e sensações surpreendentes;
  • faça um luau;
  • peça a um dos membros para dizer o que a reunião e aquele momento representaram para ele, para que todos possam entender a dimensão do que ocorreu;
  • promova uma reflexão acerca dos temas discutidos e, também, sobre o que é ser cristão, mostrando que se trata de uma oportunidade única de comunhão com Cristo.

Lembre-se de que as mudanças devem fazer sentido para a célula evangélica, de forma a trazer um propósito para esse momento de contato com Deus. É importante deixar claro por que tal alteração está sendo realizada, trazendo não só dinamismo, mas também reflexão.

#6 Programe um dia de lazer com o grupo

Outra ideia para células e grupos pequenos que potencializa a união e a fraternidade entre todos é dividir os instantes de prazer.

É claro que é preciso haver estudo, ensinamento, conversas e reflexões. Porém, para promover a união entre os participantes, são necessários momentos de lazer que possam fortalecer os laços entre todos.

São nessas oportunidades que as pessoas dividem seus relatos, contam suas histórias de vida e suas dificuldades, estreitam laços e fazem amizades. Portanto, é essencial separar momentos para a confraternização entre os membros.

Isso pode ser feito das seguintes formas:

  • luau;
  • churrasco;
  • festas de aniversário para os membros da célula;
  • karaokê;
  • retiros em sítios e fazendas;
  • noites de massas, entre outras.

Esse tipo de ligação fortalece os laços entre todos, permitindo que surja uma sensação real de formação familiar no local. Assim, quando um dos membros passar por dificuldades, os demais, certamente, o apoiarão, seguindo os ensinamentos cristãos.

Sendo assim, essas ideias para células evangélicas e grupos pequenos, quando aplicadas, podem certamente ajudar você a conseguir bons resultados, motivar os membros e fazer dos encontros momentos únicos e especiais para todos.

POR  

Fonte: https://blog.atos6.com/2020/10/08/veja-aqui-algumas-ideias-para-celulas-e-pequenos-grupos/

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