sexta-feira, 5 de abril de 2024

QUEM É ESCOLHIDO, NÃO TEM ESCOLHA

 


1 Pedro 2.1-10

UM MESTRE RARO – Há um conto que diz: “Em uma cidade remota, vivia um homem de raros dons. Era um famoso escultor e praticava também as artes marciais. É preciso mencionar que tanto em uma como outra era um verdadeiro mestre.

Lamentavelmente vários de seus amigos não o entendiam. Alguns criam que para ser escultor era necessário um caráter doce e manso. O resto pensava que um praticante de caratê devia ser um homem duro, violento e de quem todos tivessem medo.

Certo dia ele convidou, então, a todos os seus amigos. Queria que observassem suas habilidades.

Antes que os amigos chegassem à reunião, o homem tomou uma massa de barro e a dividiu em duas partes. Com o primeiro pedaço moldou uma formosa escultura. Tratava-se de um conjunto de pessoas, animais e flores num grande bosque. Pintou a obra de arte e a endureceu no forno. Com o outro pedaço de barro construiu um bloco sem forma e também o cozeu.

Os amigos chegaram no dia marcado e ele decidiu retirar primeiro a escultura.

– Que sensível e doce és! Tua obra é mui fina! Exclamaram maravilhados os presentes.

Respondeu o mestre:

_ Obrigado pelo elogio! Porém, na realidade não somente me dedico à escultura.

A resposta do artista deixou muitos de seus amigos perplexos. Dirigiu-se a seu ateliê e trouxe até o lugar onde as pessoas estavam reunidas, o grande pedaço de barro cozido.

_ Existem outras artes que não requerem sensibilidade, disse com voz grave.

Depois de alguns segundos, lançou um grito e com sua mão estendida rompeu de um só golpe todo o bloco solidificado.

Aqueles que assistiram, se deram conta do que o mestre lhes comunicava. A verdade é que ele era sensível e doce, porém, também era forte. Era melhor ser seu amigo.

Deus é como este artista. Alguns o vêem como um pai amoroso que não faria dano a ninguém; outros o percebem como um Deus que estabelece justiça, castigo e repreende. No entanto, nenhum dos grupos pensa corretamente. O apóstolo Paulo tinha a ideia correta de Deus: “considerai, pois, a bondade e a severidade de Deus” (Rm 11.22).

 No conto mencionado, o barro moldado representa os eleitos e o bloco sem forma os reprovados. Se bem que a misericórdia de Deus não poderia manifestar-se sem a existência de pecadores, tão pouco o justo juízo de Deus poderia igualmente se evidenciar sem a existência de condenados. Devemos amar e temer a nosso Deus, pois a misericórdia e a justiça divinas se completam; não se contradizem e dependem uma da outra. São como os dois lados de uma mesma moeda; a moeda se chama “predestinação” e os dois lados, “eleição” e “reprovação”.

A nossa eleição é um ato da livre graça de Deus que nos escolheu para vivermos em Cristo para a glória do Pai. Deus na sua infinita graça não deixou todos os homem perecerem no estado de pecado e miséria.

O apóstolo Pedro, após falar sobre o estilo de vida dos salvos, passa a tratar do crescimento espiritual dos que  foram escolhidos por Deus para uma nova vida. Por meio da conjunção portanto, o trecho se conecta ao anterior.

A salvação será consumada na segunda vinda de Cristo. Nós, que já entramos no reino da graça, aguardarmos com vívida esperança o triunfo do nosso Salvador, quando ele colocará todos os inimigos debaixo dos seus pés e nos levará para seu reino de glória.

Esse povo escolhido  precisa desenvolver a salvação vivendo para a glória de Deus. Pedro elenca no texto os passos necessários para  vivermos como povo escolhido de Deus. Os escolhidos por Deus foram:

  1. CHAMADOS PARA SER DIFERENTES DO MUNDO (1 Pe 2.1)

Como povo escolhido por Deus precisamos viver de forma diferente, por isso precisamos abandonar o pecado para que assim possamos crescer espiritualmente. O crescimento espiritual vem por meio da ruptura com práticas de pecaminosas que marcaram nossa vida antes de nosso encontro com Cristo. Vivíamos uma vida vazia e fútil. Éramos escravos de nossas paixões.

Andávamos num caminho de escuridão. Agora somos novas criaturas em Cristo e fomos gerados pela Palavra; não podemos mais continuar andando na prática dos mesmos pecados. Precisamos arrancar da nossa vida esses pecados como se fossem trapos imundos. Todos os cinco pecados alistados apresentam uma relação horizontal, ou seja, têm que ver com nossos relacionamentos interpessoais. Que pecados são esses dos quais precisamos despojar-nos?

Poderíamos afirmar que maldade é a atitude intencional de fazer o mal contra o próximo, e dolo é a intenção de fazer o mal, ocultando isso nas palavras e nos gestos.

A maldade e o dolo não são compatíveis com a vida que temos em Cristo. Esses pecados são como roupas contaminadas e sujas que precisamos remover de nossa vida.

Hipocrisia é fingimento, ou seja, é colocar uma máscara e vestir um capuz para ocultar a verdadeira identidade. E fazer da vida um palco para representar um papel, buscando aplausos. O hipócrita finge.

A palavra grega fthonos, traduzida por “invejas”, descreve o sentimento mesquinho de querer ocupar o lugar do outro. Até no grupo dos apóstolos a inveja subiu a cabeça. Quando Tiago e João levaram seu pedido a Jesus para ocuparem lugar de proeminência no seu reino, os demais ficaram tomados de inveja (Mc 10.41).

A inveja se expressa no desejo de possuir algo que pertence a outro. Uma pessoa invejosa é dominada por uma incurável ingratidão.

Maledicência traz a ideia de um falatório maldoso a respeito da vida alheia. E fazer da língua uma espada afiada para ferir, um fogo mortífero para destruir e um veneno letal para matar. Maledicência não é apenas sentir e desejar o mal contra o próximo, mas afligi-lo e atormentá-lo com o azorrague da língua. Precisamos nos livrar de todo mal, como nos livramos de uma roupa suja e contaminada.

Como filhos obedientes, não podemos retroceder nem cair nas mesmas práticas indecentes que marcavam nossa conduta quando vivíamos prisioneiros do pecado. Naquele tempo, os desejos e as paixões constituíam o esquema determinante da nossa vida e a nossa norma de conduta. É incoerente, incompatível e inconcebível um salvo amoldar-se às paixões de sua velha vida. O salvo é nova criatura. Tem uma nova mente, um novo coração, uma nova vida.

A vida no pecado é marcada pela ignorância. Mesmo aqueles que vivem untados pelo refinado conhecimento filosófico ainda estão imersos num caudal de ignorância (At 17.30).

A nova vida em Cristo, transformando a pessoa por dentro, deve traduzir- -se em novas expressões concretas de vida.

Todo o nosso procedimento deve resplandecer o caráter de Deus, a santidade daquele que nos chamou do pecado para a salvação.

Pedro citou Levítico 11.44 para sustentar seu argumento: “Sereis santos, porque eu sou santo”.

Fomos resgatados do fútil procedimento que nossos pais nos legaram. Éramos não apenas escravos, mas levávamos uma vida vazia, improdutiva e sem propósito, num estilo de vida que passava de geração a geração.

Refletindo sobre essa condição humana antes da redenção, Mueller escreve: O homem, afastando-se de Deus, chegou a se tornar escravizado pelo pecado e pelas forças do mal, não tendo capacidade em si próprio para resistir a essa dominação interna e externa. Isso é o que, basicamente, desencadeia todo o processo de injustiça, de dominação e opressão que caracteriza a sociedade.

2- ESCOLHIDOS PARA CRESCER ESPIRITUALMENTE (2.2-8)

Para crescermos espiritualmente Pedro nos apresenta duas coisas indispensáveis a Palavra e o exemplo de Jesus.

Pedro passa daquilo que devemos nos despojar para o que devemos desejar. O crescimento espiritual decorre do que evitamos e também advém por meio daquilo com que nos alimentamos. Ênio Mueller diz que a ação deve seguir em duas direções: despojar-se do antigo e alimentar-se do novo.128 O alimento é vital para o crescimento saudável.

Pedro compara o cristão a um recém-nascido. Assim como um bebê anseia pelo leite materno, o cristão deve desejar ardentemente o genuíno leite espiritual. A palavra grega epippothein significa um desejo intenso, como o da corça que anseia pelas correntes das águas.

A expressão grega gala logikos, traduzida por “leite espiritual”, tem um rico significado. Logikos é o adjetivo correspondente ao substantivo logos.

Pedro acabara de falar sobre Palavra de Deus que vive e permanece para sempre (1.23-25). Por isso, é a Palavra de Deus que Pedro tem em mente aqui ao mencionar o genuíno “leite espiritual”.

A Palavra de Deus é pura. Não há crescimento espiritual onde a Palavra de Deus é sonegada ao povo. Não há saúde espiritual onde a sã doutrina não está no cardápio diário do povo. Alimentar o povo com a palha das falsas doutrinas em vez de nutri-lo com o trigo da verdade é como dar leite contaminado a um recém-nascido. Mata mais rápido que a fome. A Palavra de Deus tem a vida, dá a vida e sustenta a vida. E preciso ansiar pela Palavra de Deus como recém-nascidos famintos.

Em segundo lugar, o propósito. “… para que, por ele, vos seja dado crescimento para salvação” (2.2b). A Palavra de Deus nos torna sábios para a salvação (2Tm 3.15) e nos dá crescimento para salvação. Nascemos da Palavra e crescemos pela Palavra.

Em terceiro lugar, a constatação. Se é que já tendes a experiência de que o Senhor é bondoso (2.3). Nossa salvação e nosso crescimento espiritual são resultado da bondade de Deus. Ele não apenas nos deu vida, mas cuida de nós, providenciando todas as coisas necessárias para nosso crescimento e amadurecimento na fé. A verdade insofismável da bondade de Deus perpassa todas as Escrituras, e sua prova máxima é Jesus Cristo sendo entregue à morte de cruz pelos nossos pecados.

Warren Wiersbe quando diz que a Palavra revela a mente de Deus, de modo que devemos aprendê-la; revela o coração de Deus, de modo que devemos amá-la; e revela a vontade de Deus, de modo que devemos obedecê-la. O ser como um todo – a mente, o coração e a volição — precisa ser controlado pela Palavra de Deus.

A posição de Cristo é fundamental (2.4) – Pedro passa da metáfora do leite para a metáfora da pedra. Faz uma transição de quem somos para o que Cristo é. Somos como recém-nascidos que precisam de leite para crescer, mas Cristo é a pedra fundamental sobre a qual a igreja é edificada. O segredo do crescimento da igreja é nossa comunhão com Cristo. Precisamos nos aproximar dele, pois de Cristo emana todo o poder para uma vida nova. Kistemaker destaca que o ato de aproximar-nos de Jesus é um ato de fé que acontece não apenas uma vez, mas continuamente. Por quê?

Em primeiro lugar, Cristo é a pedra viva. Chegando-vos para ele, a pedra que vive… (2.4a). A expressão “a pedra que vive” parece um paradoxo: uma pedra não tem vida. Nas Escrituras, porém, o termo pedra algumas vezes tem significado figurativo (SI 118.22; Is 8.14; 28.16; M t 21.42; Mc 12.10,11; Lc 20.17; At 4.11; Rm 9.33). O próprio Pedro usou essa imagem quando se dirigiu ao Sinédrio e retratou Jesus Cristo como pedra rejeitada por vós, os construtores, a qual se tornou pedra angular (At 4.11). Jesus não é apenas a pedra que vive, mas é também aquele que dá a vida. Holmer aponta corretamente que Cristo é a pedra viva no sentido de que ele é a vida e ao mesmo tempo vivifica.

Não há vida nem crescimento espiritual à parte de Cristo. Nele somos salvos e nele crescemos. Cristo é a fonte da vida. Cristo foi o eleito de Deus para nos redimir dos nossos pecados e nos fazer sacerdotes para Deus.

A nossa posição em Cristo é orgânica (2.5-8) Pedro faz uma transição de quem Cristo é para quem nós somos nele. Vejamos a descrição que o apóstolo faz da igreja. Cada pessoa que se converte a Cristo e se torna membro da igreja do Deus vivo é uma pedra viva tirada da pedreira da incredulidade e acrescentada ao edifício da igreja.

Deus está chamando aqueles que foram comprados com o sangue do Cordeiro e que procedem de toda tribo, raça, língua e nação, para formarem um povo exclusivamente seu, zeloso, de boas obras.

Em segundo lugar, nós somos casa espiritual. … sois edificados casa espiritual… (2.5b). Somos não apenas pedras vivas, mas também casa espiritual, morada de Deus. Somos templo do Espírito, o Santo dos Santos onde a glória de Deus se manifesta.

Em terceiro lugar, nós somos sacerdócio santo. … para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo (2.5c). Além de pedras vivas e santuário da habitação de Deus, somos sacerdotes santos que oferecem a Deus sacrifícios espirituais.

Calvino expressa essa verdade com exultação: “E uma honra singular o fato de que Deus não apenas nos consagrou como templos para ele, nos quais ele habita e é adorado, mas também nos fez sacerdotes”.

Agora, somos constituídos sacerdotes e temos livre acesso à presença de Deus. Cristo é a ponte que nos reconciliou com Deus e, agora, como sacerdotes, temos livre acesso a Deus.

Não precisamos mais levar ao altar o sangue de animais, pois o Cordeiro imaculado de Deus foi imolado e ofereceu um único, perfeito e irrepetível sacrifício (Hb 9.28). Agora, levamos a Deus sacrifícios espirituais. O que isso significa? Devemos oferecer a ele nosso corpo como sacrifício vivo, santo e agradável (Rm 12.1); o louvor dos nossos lábios (Hb 13.15); as boas obras que realizamos em favor dos outros (Hb 13.16). O dinheiro e outros bens materiais que compartilhamos com outros no serviço de Deus também são sacrifícios espirituais (Fp 4.18). Até mesmo as pessoas que ganhamos para Cristo são sacrifícios para a glória do Senhor (Rm 15.16).

Pedro ressalta ainda que todos esses sacrifícios espirituais precisam ser oferecidos a Deus por intermédio de Jesus Cristo. Somos aceitos nele e tudo o que fazemos para Deus precisa ser em seu nome e por seu intermédio. Nosso culto só é agradável a Deus quando relacionado com Cristo e por ele mediado (Hb 4.14-16; 5.1-10; 7.20-28; l Jo 2.1,2).

3- PARA SER O POVO ESPECIAL DO SENHOR(2.9,10)

Em contraste com os descrentes que rejeitaram a Cristo e nele tropeçaram, aqueles que foram escolhidos agora são o povo de Deus. Somos identificados por Pedro como um povo escolhido por Deus para a salvação e também para uma missão especial no mundo. Por isso nesse momento eu lhe convido a olhar para:

a)A NOSSA IDENTIDADE ESPIRITUAL É CLARA (2.9A) -Assim como Deus escolheu Israel dentre as nações para ser seu povo exclusivo, ele escolheu pessoas de todas as nações para formar sua igreja. Somos uma raça escolhida por Deus dentre todos os povos da terra para ser: sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus.

O Senhor não escolheu Israel porque era um grande povo, mas porque o amava (Dt 7.7,8). Assim também, Deus nos escolheu com base em seu amor e em sua graça. Jesus foi categórico: “Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros” (Jo 15.16).

Warren Wiersbe observa corretamente que, no tempo do Antigo Testamento, o povo de Deus possuía um sacerdócio, mas agora é um sacerdócio. Todo cristão tem o privilégio de entrar na presença de Deus (Hb 10.19-25).

A grandeza do cristão está no fato de ter sido escolhido (eleito) por Deus, de pertencer a Deus. Porque somos propriedade exclusiva de Deus, temos valor infinito.

b) A NOSSA MISSÃO – A NOSSA MISSÃO NO MUNDO É SUBLIME (2.9B,10) – Depois de descrever os privilégios e atributos da igreja, Pedro fala sobre a missão da igreja. Fomos salvos pela graça para uma sublime missão, não temos escolha se devemos participar ou não, pois fomos comissionados por aquele que nos escolheu. Fomos chamados do mundo para proclamarmos ao mundo uma mensagem imperativa, intransferível e impostergável. Destacamos aqui dois pontos importantes.

Em primeiro lugar, o conteúdo da mensagem. …a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz (2.9). A palavra grega aretes, “virtudes”, era um termo amplamente difundido na época e muito importante na concepção ética e religiosa do helenismo.

Estão em vista as grandes obras de Deus na história do seu povo. Esses feitos maravilhosos de Deus tratam da vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo como a transformação libertadora do homem e do seu mundo.

Também estão em foco aqui as virtudes de Deus, como poder, glória, sabedoria, graça, misericórdia, amor e santidade. Por meio de sua conduta, os cristãos devem testemunhar que são filhos da luz, e não das trevas (lTs 5.4), pois fomos escolhidos para sermos santos (Ef.1.4,5).

Em segundo lugar, a motivação para a mensagem. Vós, sim, que, antes, não éreis povo, mas, agora, sois povo de Deus, que não tínheis alcançado misericórdia, mas, agora, alcançastes misericórdia (2.10). Pedro faz aqui um forte contraste entre o passado dos cristãos e o seu presente. O que Deus fez por nós deve ser uma forte motivação para cumprirmos com zelo, fidelidade e urgência a missão que nos confiou. Não éramos povo, mas agora somos seu povo escolhido de Deus.

 Concluo com as palavras de Holmer: “Quem experimentou a intervenção resgatadora de Deus em sua vida não pode silenciar a esse respeito, uma vez que sabe que foi arrancado do âmbito de poder das trevas e transferido para o senhorio libertador do Ressuscitado. Trevas significa distância de Deus, designa o que é diabolicamente mau. O ser humano distante de Deus vive nas trevas e realiza obras das trevas. Deus, porém, chama para fora das trevas – para dentro de sua maravilhosa luz” para um viver diferente em Cristo Jesus pois fomos eleitos para a glória de Deus.

Pr. Eli Vieira

Cerca de 9.000 pessoas ouviram o Evangelho em cultos fronteira dos EUA

 


Multidão no evento. (Foto: Reprodução/Instagram/Tony Suarez)

O pastor Tony Suarez afirmou que 70 batismos foram registrados e 300 Bíblias distribuídas.

Um evento para levar o avivamento à fronteira dos Estados Unidos superou as expectativas, com cerca de 9.000 pessoas testemunhando que tiveram “uma experiência com o Senhor” durante orações e reuniões em tendas no final de março.

O pastor Tony Suarez, criador do “Revival on the Border” disse que seu objetivo inicial era que 5.000 pessoas encontrassem Jesus por meio das reuniões noturnas de avivamento realizadas de 21 a 29 de março em El Paso e McAllen, Texas.

Segundo a CBN News, 70 batismos foram registrados. No entanto, o total ainda pode aumentar, pois a equipe “ainda está contabilizando os números”.

As reuniões, realizadas diariamente, contaram com a participação de 700 pessoas todas as noites.

“Ainda estou processando tudo o que Deus fez. Entre os avivamentos em tendas, a caravana de oração e as equipes de evangelismo de rua, conseguimos alcançar cerca de 9.000 pessoas com o Evangelho”, afirmou o pastor.

Uma das reuniões na tenda foi tão concorrida que a equipe precisou trazer 200 assentos extras para acomodar as pessoas só na primeira noite. 

Segundo o pastor, ele e sua equipe estavam em uma zona de guerra. No entanto, ele contou:

“Isso certamente não minimizou a crise na fronteira, mas houve um forte testemunho da paz de Deus”.

Os cristãos ficaram “impressionados com a receptividade da Patrulha da Fronteira” enquanto atravessavam a região para orar.

Evangelismo 

Suarez também relatou que alguns militares pediram à equipe do Reavivamento na Fronteira que orasse por eles.

“Ficamos muito impressionados com a forte fé dos agentes na fronteira”, disse ele.

Um dos esforços que mais deu frutos durante a ação foi o chamado “exército de oração”, um grupo equipado e enviado para oferecer orações, ministrar e distribuir recursos ao longo de toda a fronteira dos EUA.

“Posso confirmar que cada quilômetro da fronteira sul ouviu o nome de Jesus e recebeu orações no Espírito”, afirmou o pastor.

“Eles pregaram nos parques da cidade, distribuíram 300 Bíblias ao longo do caminho e foram literalmente as mãos e os pés de Jesus até a fronteira sul nos últimos 11 dias”, acrescentou.

Embora o Reavivamento na Fronteira tenha concluído  sua primeira agenda, Suarez disse que o esforço está longe de terminar.

“Não terminamos. Já estamos trabalhando para voltar e abrir uma oportunidade para um número maior de pessoas que gostariam de se juntar ao exército de oração”, concluiu ele.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE CBN NEWS

O que é ‘Jihad’? Saiba o que está por trás da ‘Guerra Santa’ do Islã

 


Bandeira Jihadista. (Foto: Wikimedia Commons/Wouter Engler)

Líderes jihadistas estão convocando seus seguidores para matar judeus e cristãos pelo mundo.

Entre os muçulmanos existe o dever religioso de defender o islã através de uma luta que se chama “Jihad” — que para eles é a “Guerra Santa”. 

Essa luta, segundo a doutrina islâmica, pode acontecer de quatro formas: pelo coração (1), purificando-se espiritualmente; pela língua (2) e pelas mãos (3), difundindo palavras e comportamentos que defendam o que é bom e corrijam o que é considerado errado; ou pela espada (4), praticando a guerra física.

Nos dias atuais, muitos muçulmanos radicais estão praticando a Jihad da forma mais violenta, matando aqueles que são considerados “infieis” de maneira humilhante e indigna, conforme as leis contidas no Alcorão. 

‘Jihadistas pedem mais massacres’

Conforme o Guiame divulgou recentemente, os líderes islâmicos em todo o mundo estão agitados com a guerra entre Israel e Hamas e incentivando seus seguidores para que haja mais massacres como o ocorrido em 7 de outubro.

Outra notícia do Guiame mostra que grupos terroristas estão se unindo para o mesmo objetivo. O Estado Islâmico, por exemplo, convocou “lobos solitários” para matar judeus e cristãos durante o Ramadã (mês de jejum dos muçulmanos, que começou em 10 de março e termina em 8 de abril).

O que o mundo está vendo é uma guerra que envolve ideologia e religião. O atual líder do Estado Islâmico, Abu Hudhayfah al-Ansari, afirmou que “o monoteísmo é o objetivo e a Jihad é o caminho”. Ele então declarou que o conflito com o povo judeu “não terminará em nenhuma das soluções atualmente sugeridas”.

“É uma guerra religiosa e ideológica que continuará”, disse al-Ansari, seguido de uma lista de vários métodos de assassinato em massa.

Sobre o grupo Jihad Islâmica

O termo “Jihad” é comum a todos os seguidores do Islã, mas existe também um grupo terrorista conhecido por Jihad Islâmica, que recebe apoio do Irã e tem suas atenções voltadas para a parte militar.

Os membros do grupo desenvolvem foguetes de guerra na Faixa de Gaza e contam com o apoio da tecnologia de foguetes dos iranianos. 

O que os jihadistas querem?

Vale lembrar que nem todo muçulmano é jihadista. O termo tem sido usado por acadêmicos ocidentais desde os anos 1990, e mais frequentemente desde os ataques de 11 de setembro de 2001, como uma maneira de distinguir entre os muçulmanos violentos e os não-violentos. 

Os muçulmanos têm como tradição o objetivo de reordenar o governo e a sociedade de acordo com a lei islâmica, chamada de sharia.

Por isso, os jihadistas entendem que a luta violenta é necessária para erradicar obstáculos para a restauração da “lei de Alá na Terra” e para defender a comunidade muçulmana, conhecida como “Umma”, contra infieis e apóstatas, ou seja, pessoas que deixaram a religião.

Conforme um artigo da BBC News Brasil, se a Umma é ameaçada por um agressor, eles sustentam que a Jihad não é só uma obrigação coletiva (fard kifaya), mas também um dever individual (fard ayn), que deve ser cumprido por todos os muçulmanos capazes, assim como as preces rituais e o jejum durante o Ramadã.

O termo “Jihadista” não é usado por muitos muçulmanos porque eles acreditam que se trata de uma associação incorreta entre um conceito religioso nobre e a violência ilegítima. Em vez disso, eles usam o termo “pervertidos”, com a ideia de que muçulmanos envolvidos em atos violentos se desviaram dos ensinamentos religiosos.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE BBC NEWS

Ele Nos Fez, e Dele Somos

 


Sabei que o Senhor é Deus; foi ele quem nos fez, e dele somos; somos o seu povo e rebanho do seu pastoreio (Salmos 100:3).

Essa é uma verdade absoluta da qual ninguém pode fugir. Nós temos um dono.

Diferente daquilo que possuímos, que na maioria das vezes não fomos nós quem fizemos, apenas compramos ou ganhamos; o que nos torna legítima propriedade de Deus é o fato de ter sido as suas próprias mãos que nos fizeram.

Deus, na sua infinita sabedoria, fez cada um de nós como indivíduos, únicos, sem nenhuma cópia em todo mundo, e assim nos fez Deus com um único propósito: para O adorarmos e gozar da sua doce presença por toda nossa existência; propósito este que é eterno.

Sendo assim, nunca é demais lembrar, que não somos donos nem mesmo do nosso próprio nariz, como muitos alegam ser, porque temos um dono, o Deus que nos criou. Porquanto foi Ele quem nos fez, e dele somos.

Pb. Levi Almeida

quinta-feira, 4 de abril de 2024

Cientista evangeliza com as evidências da ressurreição e leva 107 pessoas a Jesus

 


O cientista James Tour. (Foto: Reprodução/YouTube/Dr. James Tour).

O renomado cientista James Tour oferece conversas pelo Zoom para explicar sobre a ressurreição.

O renomado cientista James Tour está evangelizando pessoas de todo o mundo através das evidências da ressurreição. 

James é judeu messiânico e ensina química, ciência da computação e nanoengenharia na Rice University, nos Estados Unidos.

O cientista aceitou Jesus após um colega cristão compartilhar o plano de salvação, durante a faculdade. Agora, ele oferece conversas individuais pelo Zoom para explicar sobre a ressurreição a quem quer saber mais sobre Cristo.

A chamada de vídeo dura cerca de 30 a 40 minutos, onde James explica todas as evidências da morte literal e da ressurreição corporal de Jesus.

O professor usa a ilustração de uma ponte para mostrar como o pecado criou um abismo entre Deus e os homens.

“Eu sempre canalizo isso direto para a ressurreição de Jesus Cristo. O último versículo que compartilho é Romanos 10:9: ‘Se você confessar com a sua boca que Jesus é o Senhor, e crer em seu coração que Ele ressuscitou dos mortos, você será salvo’”, contou ele.

James ressaltou que a ressurreição é a base para as outras doutrinas fundamentais da fé cristã.

“Não precisamos convencê-los da Trindade. Não precisamos convencê-los do nascimento virginal. Não precisamos convencê-los da história da Arca de Noé. Nada disso. Isso nunca está em jogo para mim. São essas duas coisas – o senhorio de Jesus e a ressurreição de Jesus Cristo”, afirmou.

Pregando em uma conversa de 30 minutos


O cientista James Tour. (Foto: Reprodução/Baptist Press).

Toda semana, o cientista conversa com pessoas diferentes, muitas delas com um nível alto de educação.

“Vejo pessoas passarem a acreditar na ressurreição física de Jesus Cristo com base nesta conversa de 30 minutos”, testemunhou James.

E observou: “Acho que a razão pela qual eles passaram a acreditar é a verdade, é porque a verdade da ressurreição já estava escrita em seus corações. Já está aí. Estou apenas os levando a um ponto de confessar o que já está lá”.

Através das conversas online, James Tour levou 107 pessoas a Cristo no ano passado. Ele revelou que tem um desejo ardente de alcançar as almas.

“Como Raquel gritou, dê-me filhos ou eu morro. Senhor, dá-me filhos, ou eu morro”, declarou ele.

Quando uma pessoa aceita Cristo após a conversa, o professor faz uma oração com ela baseada em Romanos 10:9.

Para cada recém convertido, James dá uma lição de casa: 5 minutos de estudo bíblico e meditação todas as manhãs, começando pela leitura do evangelho de João.

Conversão de James Tour

James Tour cresceu familiarizado com a cultura judaica e não entendia o verdadeiro conceito de pecado e sacrifício de Cristo.

Na faculdade, o judeu conheceu vários ‘cristãos nascidos de novo’ e essa expressão soou estranha para ele.

Um amigo que se disponibilizou a ajudá-lo a entender como a morte de Jesus preenche a lacuna criada pelo pecado, desenhou um homem na beira de um penhasco com a representação de Deus do outro lado e um grande abismo entre eles.

Mais tarde, ele leu o capítulo 53 de Isaías e viu como o Messias veio e se entregou pela humanidade.

Em 7 de novembro de 1977, James contou que estava sozinho em seu quarto e reconheceu que Jesus foi quem morreu na cruz para o salvar.

De acordo com o God Reports, ele foi nomeado “Cientista do Ano” pela revista R&D em 2013 e foi classificado como um dos 10 melhores químicos do mundo na última década, pela empresa canadense Thomson Reuters em 2009.

Contudo, mais do que qualquer uma de suas realizações, James afirmou que o que mais significa para ele é que: “Sou um judeu que acredita que Jesus é o Messias”.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE BAPTIST PRESS

DEUS PROCURA UM HOMEM

 

Qual é o homem que Deus procura?

Ezequiel 22:30


DWIGHT LYMAN MOODY (1837-1899) – nasceu em 5 de fevereiro de 1837, o sexto filho de nove, numa pobre família do Connecticut, EUA. Sua mãe ficou viúva com os filhos ainda pequenos, o mais velho tinha 12 anos e ela estava grávida de gêmeos quando seu marido morreu. Sua mãe foi uma crente fiel e soube instruir seus filhos no Caminho do Senhor.

Então, não muito depois de casar-se, com a idade de vinte e quatro anos, Moody deixou um bom emprego com o salário de cinco mil dólares por ano, um salário fabuloso naquele tempo, para trabalhar todos os dias no serviço de Cristo, sem ter promessa de receber um único cêntimo. De­pois de tomar essa resolução, apressou-se em ir à firma B. F. Jacobs & Cia., onde, muito comovido, anunciou: – “Já resolvi empregar todo o meu tempo no serviço de Deus!” -“Como vai manter-se?” – “Ora, Deus me suprirá de tudo, se Ele quiser que eu continue; e continuarei até ser obriga­do a desistir.”

Certa vez Moody resolveu, fazer uma visita à Inglaterra. Quando ele Chegou em Londres, antes de tudo, foi ouvir Spurgeon pregar no Metropolitan Tabernacle. Já tinha lido muito do que “o príncipe dos pregadores” escrevera, mas ali pôde verificar que a grande obra não era de Spurgeon, mas de Deus, e saiu de lá com uma outra visão.

Visitou Jorge Müller e o orfanato em Bristol. Desde aquele tempo a Autobiografia de Müller exerceu tanta influência sobre ele como já o tinha feito “O Peregrino”, de Bunyan.

Entretanto, nessa viagem, o que levou Moody a buscar definitivamente uma experiência mais profunda com Cristo, foram estas palavras proferidas por um grande ganhador de almas de Dubim, Henrique Varley“O mundo ainda não viu o que Deus fará com, para, e pelo homem inteiramente a Ele entregue.” Moody disse consigo mesmo: “E­le não disse por um grande homem, nem por um sábio, nem por um rico, nem por um eloquente, nem por um inte­ligente, mas simplesmente por um homem. Eu sou um ho­mem, e cabe ao homem mesmo resolver se deseja ou não consagrar-se assim. Estou resolvido a fazer todo o possível para ser esse homem.” (Livro Heróis da Fé)

Assim como Jeremias (1:2), Zacarias (1:1) e João Batista (Lc 1:5ss), Ezequiel (“Deus fortalece”) foi chamado por Deus do sacerdócio para servir como profeta. Como porta-voz de Deus para os exilados judeus na terra da Babilônia, ele os repreenderia por seus pecados e exporia a idolatria deles, mas também lhes revelaria a glória futura que o Senhor havia preparado. Ezequiel tinha trinta anos quando foi chamado (Ez 1:1), a idade em que um sacerdote normalmente começava o ministério (Nm 4:1-3, 23).Teria sido muito mais fácil para Ezequiel ter permanecido no sacerdócio, pois os sacerdotes eram tidos em alta consideração pelos judeus, e um sacerdote podia ler a lei e aprender tudo o que precisava saber para realizar seu trabalho. Os profetas normalmente eram desprezados e perseguidos. Recebiam suas mensagens e ordens do Senhor de acordo com o que a ocasião exigia e nunca sabiam, ao certo, o que aconteceria depois. Era arriscado ser profeta (Wersbe).

Ele viveu no exílio na Babilônia, onde profetizou durante 22 anos, no século 6º antes de Cristo. Ele foi contemporâneo de Jeremias, que pregava aos que tinham ficado na Palestina. Por essa época também, Daniel começava seu ministério na corte imperial.

As mensagens dos primeiros 24 capítulos foram proferidas antes da queda de Jerusalém, como uma advertência do que poderia acontecer por causa do pecado do povo, pecado que os levara ao cativeiro.

O profeta mostra que o povo, mesmo depois de tanta experiência de pecado e sofrimento, ainda não se purificara diante de Deus (v. 24a). Por esta razão, ainda não experimentara o consolo (chuva na hora da desolação — v. 24b). Naquela época, Israel estava vivendo (governantes, sacerdotes e profetas) de conformidade com as próprias leis e não segundo as leis de Deus.

Por isto, seus profetas, em lugar de cuidar das almas, devoravam-nas (v. 25) e lhes ofereciam falsas mensagens como se fossem verdades vindas de Deus (v. 28). Seus sacerdotes, em lugar de interceder pelo povo, profanavam os santos símbolos de Deus (v. 26). Seus governantes só pensavam em ficar ricos (v. 27). O povo desobediente seguia no mesmo caminho, fazendo contra seus irmãos aquilo de que também era vítima: extorquindo, roubando e praticando toda sorte de injustiça contra os pobres (v. 29).

O desejo de Deus e do profeta Ezequiel era que o povo se arrependesse de seus pecados. Para isto, precisava de uma pessoa, de um homem disposto a reparar o muro arrebentado e ficar na passagem (brecha) intercedendo pelo povo. Mas Deus não achou ninguém (v. 30), como vemos também no tempo de Isaías (Isaías 59.16). Por isto, sobreveio a desolação sobre o povo (v. 31).

Diante de um cenário tão decepcionante, marcado pela desobediência ao Senhor, Deus levantou o seu servo para transmitir a sua mensagem, quer Israel ouvisse ou deixasse de ouvir. Mensagem esta que continua falando ainda hoje, e nos desafiando a vivermos de forma diferente.

Como no tempo do profeta Ezequiel, Deus hoje procura homem para se colocar na brecha. Mas qual o homem que Deus procura para se colocar na brecha?

1-DEUS NÃO PROCURA UM HOMEM DE GRANDE STATUS SOCIAL*

*Status social é o prestigio que um indivíduo tem na sociedade, através de sua posição social. O Status social depende de vários fatores, pode ser desde que a pessoa nasce, geralmente de famílias ricas, adquirido com o tempo, através de amigos e relacionamentos, ou através de sua capacidade financeira.

O texto em tela nos diz que Deus procurou um homem em Judá para colocar-se na brecha. Não diz que Deus procurou um homem de grande status social. Na época do AT algumas classes destacavam-se como: os sacerdotes, os reis os profetas, etc.

O profeta Ezequiel não diz que Deus procurou um homem com grande destaque social, tais como: um homem rico, um sacerdote, um príncipe ou profeta, etc, mas um homem.

Meus irmãos, o homem que Deus está procurando hoje não é: um galã de novela da globo, um milionário desde mundo materialista, um super-crente, um teólogo, um político, etc.

Deus está procurando um homem de conformidade com os seus critérios, assim como ele procurou a Davi: “Mas o Senhor disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a grandeza da sua estatura, porque eu o rejeitei; porque o Senhor não vê como vê o homem, pois o homem olha para o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração” (1 Samuel 16.7).

Como disse Wesbie: “O povo que se esquece de Deus torna-se, aos poucos, sua própria divindade e começa a desobedecer à Palavra de Deus”. Em Jerusalém, o profeta Jeremias estava acusando o povo desse mesmo pecado” (Jr 3:21).

Não é tão diferente em nossos dias, o homem tem desobedecido a Deus, e como consequência, este está se tornando a seu próprio Deus, e assim achando que não precisa de Deus.

Portanto, como foi naquele tempo Deus procura um homem para se colocar na brecha em favor da nossa nação, da nossa igreja ou para ser um reparador de brechas de si mesmo, pois quantos não crentes e até mesmo crentes, estão cheios de brechas que precisam ser reparadas.

2- DEUS PROCURA UM HOMEM ARREPENDIDO ( Ez 18.30-32)

Naquele momento o povo de Deus, havia se deixado levar pelo pecado, os homens eram: sanguinários ( Ez. 22.1-9), caluniadores (Ez. 22.9), corruptos (Ez. 22.10-12). Os sacerdotes eram desobedientes e profanos (Ez.22.26), os príncipes eram como lobos e corruptos (Ez. 22.27), os profetas eram falsos (Ez. 22.28,29).      

O povo de Israel estava rendido ao pecado, não havia um homem para se colocar na brecha. Israel se tornara presa fácil, pois havia muitas brechas naquela nação que deveria viver de forma diferente. Dos versos 26 ao 29 do capítulo 22, podemos ver uma lista das coisas erradas que os sacerdotes, os príncipes do povo e o próprio povo de Deus praticavam em total profanação e descaso de Deus e de suas leis tais como: Sacerdotes violando as leis, profanando coisas santas, não fazendo diferença entre o santo e o profano, não ensinando a discernir entre o impuro e o puro, escondendo os seus olhos dos sábados.

Os seus príncipes estavam no meio do povo sendo como lobos que arrebatam a presa, derramando sangue e destruindo vidas, adquirindo lucro desonesto.

Os profetas que eram para ser a boca de Deus, mas estavam fazendo para eles reboco com argamassa fraca. Os profetas tendo visões falsas, adivinhando-lhes mentira, dizendo: “Assim diz o Senhor Deus; sem que o Senhor tivesse falado”.

O povo da terra usando de opressão, roubando e fazendo violência ao pobre, oprimia injustamente ao necessitado e ao estrangeiro. Foi neste contexto, que o  profeta Ezequiel disse: “Procurei entre eles um homem que erguesse o muro e se pusesse na brecha diante de mim e em favor da terra, para que eu não a destruísse, mas não encontrei nem um só”(Ez 22.30).

Para Judá apenas poderia haver esperança através de um verdadeiro arrependimento, como nos ensina o Senhor (I Sm. 7.3,4; 2 Cr 7.13,14 e Ez. 18.1ss). Israel precisava se arrepender dos seus pecados, como o profeta Isaías ao ter uma visão da glória de Deus, ele pediu perdão (Is 6.1ss). Como Davi ao confessar os seus pecados, ao pecar contra Bete-Seba (Sl 51). Judá precisava se arrepender e deixar suas abominações (Ez 20.1ss), mas não deram ouvidos a voz do Senhor.

João Batista pregou o arrependimento no seu tempo aos filhos de Israel, dizendo: “ARREPENDEI-VOS… (Mt 3.2), Jesus pregou o arrependimento, dizendo: “ARREPENDEI-VOS” (Mt. 4.17, Mc 1.15). Pedro pregou o arrependimento (At.2.38) bem como os demais apóstolos.

Os reformadores pregaram o arrependimento, conforme podemos ver nas teses de Lutero: 1ª Tese – Dizendo nosso Senhor e Mestre Jesus Cristo: Arrependei-vos…. [Mt 4.17], certamente quer que toda a vida dos seus crentes na terra seja contínuo arrependimento. O arrependimento deve ser uma constante, na vida do homem, pois este é pecador.

Só o homem que reconhece os seus pecados e se arrepende, e pede perdão, pode se colocar na brecha, e servir verdadeiramente a Deus, pois todos são pecadores e necessitam da graça de Deus e da misericórdia. Sem uma genuína mudança o homem não pode se colocar na brecha em favor deste povo.

3- DEUS PROCURA UM HOMEM OBEDIENTE (Ez 2.1-7; 5.5-7)

     O terceiro elemento que podemos destacar é obediência (Ez 3:19). Deus não enviara o profeta (mensageiro) para seu povo a fim de entretê-los ou de dar-lhes bons conselhos. Ele espera que o povo obedeça àquilo que ele ordena. Infelizmente, os judeus tinham um histórico triste de desobediência à lei do Senhor e de rebelião contra a vontade de Deus. Foi o que fizeram durante quarenta anos no deserto (Dt 9:7), bem como ao longo de mais de oitocentos anos em sua própria terra (2 Cr 36:11-21). Nenhuma outra nação foi abençoada por Deus como Israel, pois os israelitas possuíam a santa lei do Senhor, as alianças, uma terra rica, o templo, os profetas para lhes dar advertências e promessas sempre que precisavam delas (Rm 9:1-5).

Deus garantiu a seu profeta que ele lhe daria tudo o que fosse necessário para resistir à oposição e desobediência do povo. Em Ezequiel 3:8, encontramos um jogo de palavras que significa “Deus é forte” ou “Deus fortalece”. Também significa “Deus endurece”. Se o povo endurecesse o coração e a fronte, Deus endureceria seu servo e o manteria fiel a sua missão. Ele fez uma promessa semelhante a Jeremias (Jr 1:17).

Quando Deus restaurou Israel da mão dos Egípcios “Então lhes disse: cada um lance de si as abominações de que se agradam os seus olhos, e não vos contamineis com os ídolos do Egito; eu sou o Senhor vosso Deus (Ez. 20.7). Deus chamou Israel para ser um povo obediente (Dt. 6.1-25; 10.12-11.1-32). O segredo da existência de Israel estava em sua obediência a Deus (Dt. 28.1-68; 30.15-20). Mas os filhos de Israel rebelaram-se contra o Senhor e não obedeceram aos seus mandamentos (Ez.20.7-8).

Israel precisava olhar para o exemplo do patriarca Abraão, que ao ouvir o chamado divino não duvidou, mas se dispôs a obedecer (Gn.12.1-4), e saiu de sua terra do meio da sua parentela. Quando Deus o pôs a prova Abraão obedeceu (Gn 22.1-22) porque estava pronto para oferecer o filho em Sacrifício Pela fé Abraão, quando Deus o pôs à prova, ofereceu Isaque como sacrifício. “Aquele que havia recebido as promessas estava a ponto de sacrificar o seu único filho, embora Deus lhe tivesse dito: “Por meio de Isaque a sua descendência será considerada”. Abraão levou em conta que Deus pode ressuscitar os mortos; e, figuradamente, recebeu Isaque de volta dentre os mortos Hb. 11.17-19.

Samuel nos ensina que o obedecer é melhor do que sacrificar Porém Samuel disse: Tem porventura o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios, como em que se obedeça à palavra do Senhor? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar; e o atender melhor é do que a gordura de carneiros” (1 Sm 15.22).

Como o povo de Israel, muitas pessoas hoje ouvem a Palavra, mas não procuram entendê-la ou, se entendem, recusam-se a lhe obedecer.

Meus irmãos, Deus está procurando um homem que esteja disposto a obedecer a sua Palavra, como Daniel que decidiu não se contaminar com as iguarias de Nabucodonosor: “Daniel, contudo, decidiu não se tornar impuro com a comida e com o vinho do rei, e pediu ao chefe dos oficiais permissão para se abster deles”(Dn 1.8) e a ser jogado na cova dos leões (Dn 6.1-28), isto é, Daniel estava pronto a morrer não a pecar, assim como também os seus amigos, que estavam prontos a morrer não a pecar: “Sadraque, Mesaque e Abede-Nego responderam ao rei: “Ó Nabucodonosor, não precisamos defender-nos diante de ti. Se formos atirados na fornalha em chamas, o Deus a quem prestamos culto pode livrar-nos, e ele nos livrará das suas mãos, ó rei. Mas, se ele não nos livrar, saiba, ó rei, que não prestaremos culto aos seus deuses nem adoraremos a imagem de ouro que mandaste erguer” (Dn 3.16-18).

Não basta ter boa intenção, é preciso ser obediente, assim como os discípulos de Jesus foram homens obedientes, depois que receberam o Espírito Santo, diante dos desafios, das lutas que enfrentaram, eles falaram “…ANTES, IMPORTA OBEDECER A DEUS DO QUE AOS HOMENS” (At. 5.29). Obediência é o que Deus quer dos seus filhos que foram chamados, justificados, adotados e santificados por Jesus Cristo que morreu para nos redimir na cruz do calvário.

Esse é o nosso desafio como igreja do Senhor hoje, assim como fora o desafio dos nossos irmãos no passado, pois, estamos vivendo em um mundo depravado, onde somos tentados a desobedecermos a Deus, mas precisamos seguir o exemplo de Noé, que não se conformou com a sua geração, mas andou com Deus (Gn 6.1-9).

Portanto, se queremos ser verdadeiros homens de Deus hoje, precisamos ser obedientes a Ele, não podemos nos conformar com o mundo, como nos ensina o apóstolo Paulo: “Portanto, irmãos, rogo-lhes pelas misericórdias de Deus que se ofereçam em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus; este é o culto racional de vocês. Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus (Rm 12.1,2).

O que o povo realmente precisava era uma reconstrução espiritual total! Não utilize a religião como a cal, arrume sua vida ao viver os princípios da Palavra de Deus. Logo poderá unir-se a outros que estão na “brecha” e fará para Deus  diferença no mundo.

3- DEUS PROCURA UM HOMEM DE ORAÇÃO (INTECESSOR) (Ez 22.30; Dn 6.10 At 2.42)

Ao olharmos para aquele povo, podemos ver que era um povo decepcionante (vv. 30, 31). Deus procurou no meio de seu povo uma pessoa em que se colocasse na brecha e que não permitisse que o inimigo penetrasse os muros e invadisse a cidade, mas não encontrou ninguém. É claro que o profeta Jeremias estava em Jerusalém, mas era um homem sem qualquer autoridade, que havia sido rejeitado pelos políticos, sacerdotes e falsos profetas e pelo povo. O próprio Jeremias percorrera a cidade à procura de um homem piedoso: Dai voltas às ruas de Jerusalém; vede agora, procurai saber, buscai pelas suas praças a ver se achais alguém, se há um homem que pratique a justiça ou busque a verdade; e eu lhe perdoarei a ela... (Jr 5:1-6), mas sua busca havia sido em vão.

O profeta Isaías também não teve sucesso nessa empreitada: “Viu que não havia ajudador algum e maravilhou-se de que não houvesse um intercessor; pelo que o seu próprio braço lhe trouxe a salvação, e a sua própria justiça o susteve” (ls 59:16). O Senhor prometeu poupar Sodoma e Gomorra se encontrasse dez homens justos na cidade (Gn 18:23- 33), e teria poupado Jerusalém por um único justo. O Senhor continua procurando homens e mulheres que defendam a lei moral de Deus, que se coloquem na brecha do muro e confrontem o inimigo com a ajuda de Deus.

Ao ler sobre a história, encontramos homens e mulheres justos que tiveram a coragem de resistir aos males comuns de sua época e ousaram mostrar as rachaduras nos muros e consertá-las. O Senhor está buscando intercessores (Is 59:1-4, 16) que clamem a ele por misericórdia e pela volta da santidade. Sem dúvida, o Senhor deve sentir-se decepcionado por seu povo ter tempo para tudo, menos para a oração intercessora.

Quando Israel estava caminhando para a terra prometida e desobedecera ao Senhor, Moisés se colocou na brecha em favor de Israel como nos ensina o salmista “Por isso, ele ameaçou destruí-los; mas Moisés, seu escolhido, intercedeu diante dele, para evitar que a sua ira os destruísse”(Salmo 106.23).

A mensagem de Ezequiel foi para os líderes e para o povo em geral. Ele buscava uma pessoa entre os líderes e entre o povo. Deus está chamando servos interessados em consertar os muros derrubados da igreja e em se colocar na brecha. Estar na brecha é procurar a orientação de Deus, a favor do povo e contra o inimigo que está entre nós. Deus não tolera o pecado e iniquidade entre nós. Por isto, exige arrependimento e purificação. Deus nos quer na brecha do muro para interceder pelo povo, como na belíssima experiência de Neemias: “Porém nós oramos ao nosso Deus e, como proteção, pusemos guarda contra eles, de dia e de noite” (Neemias 4.9).

Nosso empenho como povo de Deus hoje, deve ser feito com oração. O conserto dos muros é uma obra de nossas mãos e uma obra das mãos de Deus. Ação e oração são faces de um mesmo relacionamento. Oração sem ação é preguiça; ação sem oração é pretensão.
O profeta diz que Deus procura pessoas que estejam em pé para interceder pelo povo. Estar em pé sugere o oposto de descanso. Há muita gente que quer ficar sentada diante de Deus. Ele quer pessoas que se disponham a ficar em pé. Nada, portanto, de descanso (Is 62.6-7). Estar em pé sugere também persistência. Não há outro modo de se fazer a obra de Deus.

Portanto, pare e pense! Estar na brecha é estar diante de Deus.
A vida cristã é uma jornada que se faz com os olhos fitos em Deus. Neste sentido, não tem a ver com religião institucional. É algo interior. É uma disposição de vida. Deus não é apenas o futuro para onde se caminha. É o presente que nos leva para o futuro.
Estar na brecha é estar na companhia de Deus; anelar por ela; ter prazer nela. Quem ora tem comunhão Deus, tem prazer em está em sua presença. Como alguém disse: “Orar é ter prazer em Deus. Quem não ora, tem prazer em outras coisas”.

Oh irmãos! Se, é verdade que “o pecado nos leva para longe da oração, também é verdade que a oração nos mantém longe do pecado”. Temos pensado muito em oração, isto é, como palavras, e pouco em oração como convívio com Deus, como comunhão com Deus. Quando Paulo nos pede para orar sem cessar (1Tesalonicenses 5.17), não pode estar pedindo oração-palavra, mas oração-vida. Quando vivemos na presença de Deus, buscamos depender dele (que não é fácil, embora o seja no discurso).

Às vezes temos dificuldade em obter a bênção de Deus, não porque Deus queira reter sua bênção, mas porque não estamos preparados para recebê-la. Nosso preparo não é técnico (porque a técnica tem a ver com palavras e um, certo tipo de magia), mas espiritual. Nosso preparo é tão somente confessar os nossos pecados, humilharmo-nos perante ele, arrependermo-nos obedecermos e orar. São estas as únicas condições que Deus nos impõe (2 Cr 7.14).

Ilustração: Conta-se que uma mulher procurou um pastor e falou de sua preocupação porque seu marido não era crente.

A mulher pediu então que o pastor orasse por seu marido. Ao que o líder respondeu: —  Eu me comprometo a orar uma hora por dia por seu marido, se a senhora também se dispuser a orar  uma hora por dia por ele.

A mulher respondeu que isto não era possível e saiu do gabinete do pastor, para nunca mais voltar.

A intercessão tem um preço. O caminho da cruz tem três estágios: salvação, santificação e intercessão. Através da intercessão nos movemos em direção aos outros. Por ela nos tornamos canais pelos quais Deus abençoa o mundo.

A necessidade de um intercessor, hoje assim como nos ensina as escrituras: “Sobre os teus muros, ó Jerusalém, pus guardas, que todo o dia e toda a noite jamais se calarão; vós os que fareis lembrado o Senhor, não descanseis, nem deis a Ele descanso até que restabeleça Jerusalém e a ponha por objeto de louvor na terra” (Isaías 62:6). “Olhei, e não havia quem me ajudasse, e admirei-me de não haver quem me sustivesse; pelo que meu próprio braço me trouxe a salvação…” (Isaías 63:5).

“Já não há ninguém que invoque o teu nome, que se desperte, e te detenha…” (Isaías 64:7).

A intercessão de um homem só, pode afetar e mudar uma nação! Olhe para o exemplo do pai do presbiterianismo John Knox que orava clamando “Oh Deus dá-me a Escócia, se não, eu morro”, e Deus ouviu as suas orações.

“E busquei dentre eles um homem que levantasse o muro, e se pusesse na brecha perante mim por esta terra, para que eu não a destruísse; porém a ninguém achei. Por isso eu derramei sobre eles a minha indignação; com o fogo do meu furor os consumi; fiz que o seu caminho lhes recaísse sobre a cabeça, diz o Senhor Deus.” (Ezequiel 22:30-31)

“No princípio de tuas súplicas, a resposta foi dada, e eu vim para declará-la para ti; porque es muito estimado…” (Daniel 9:23)

“… Porque, desde o primeiro dia em que aplicaste o coração a compreender e a humilhar-te perante o teu Deus, foram ouvidas as tuas palavras; e, por causa das tuas palavras, é que eu vim.” (Daniel 10:12).

Portanto, está na brecha, não significa só olhar para o povo de Israel no passado e julgá-los, pois, como é fácil para nós hoje em dia julgar o povo de Deus da antiguidade, mas e quanto ao povo de Deus da atualidade?

Na atualidade muitos estão se deixando levar pelo pecado e acham normal. Os pecados sexuais nas igrejas e nos lares que se dizem cristãos destruíram igrejas e famílias e, em nossos dias, muitas igrejas fazem vista grossa a essas transgressões. A pornografia – impressa, em vídeo ou na Internet – é comum hoje em dia e está se tornando cada vez mais ousada na televisão. Casos de pessoas solteiras morando juntas, num “período de experiência” antes de casar; “casamentos gays” e até “troca de parceiros” têm aparecido nas igrejas, e quando pastores fiéis tentam tratar desses pecados, acabam ouvindo que não devem se intrometer nos assuntos particulares delas. Não só são estes pecados, mas há corrupção, culto à personalidade, falsos profetas, falsos crentes, pastores profanando a obra do Senhor, etc. Meus queridos como disse Ruth Bell Graham: “Se Deus não julgar a América, terá de pedir perdão a Sodoma e Gomorra”.

“Nosso mundo de hoje vive perdido em ilusões e mitos, pois, como os judeus do tempo de Ezequiel, não aceita a autoridade da Palavra de Deus. As pessoas ainda acreditam que as coisas podem ser resolvidas pela força, que o dinheiro é a medida e o valor do sucesso e que o objetivo da vida é se divertir e fazer o que bem desejarmos. Acham que é possível acreditar no que quiserem a respeito de Deus, de si mesmos e dos outros e que tudo acabará bem, pois nada acontecerá. Um dia, porém, Deus mostrará a estupidez dessas ilusões, e nosso mundo descobrirá, tarde demais, que aquilo em que cremos e a maneira como nos comportamos têm consequências” (Comentário de Wersbe).

Estar na brecha é ser um guarda dos muros, dos próprios muros e dos muros da igreja. No Antigo Testamento, as cidades eram cercadas por muros. Sobre eles, nas esquinas e pontos estratégicos de visão, ficavam os guardas, os primeiros encarregados da sua proteção. Eles ficavam de prontidão durante três horas. Depois, descansavam durante três horas e voltavam ao trabalho, num revezamento que durava o dia inteiro. Era um trabalho necessário, mas duro. Exige disciplina e treinamento, vigilância e paciência. A igreja precisa de pessoas com esta disposição.

Deus procura um homem para se colocar na brecha. Estar na brecha é viver em comunhão com Deus, como Enoque viveu, não se trata de algum tipo de misticismo vago, de uma espécie de união entre nosso espírito e o de Deus. Trata-se, antes, de nos deixarmos orientar por ele na vida toda, e não apenas naquelas coisas que a gente imagina que Deus esteja interessado.

Meu querido irmão, não fale eu sou tão pequeno para me colocar na brecha, se você já confessou e se arrependeu dos seus pecados e se entregou ao Senhor, Deus te chama para viver uma nova vida para honra e glória dele.

Pr. Eli Vieira

Fora de Comparação

 

Devocional Semear

A quem me comparareis para que eu lhe seja igual? E que coisa semelhante confrontareis comigo? Isaías 46:5


Existem ao menos duas maneiras de se refletir nesta arguição de Deus feita a nós; senão vejamos.

A primeira delas é quando nos utilizamos de coisas que nada são para as fazer semelhantes ao Deus que tudo É.

É como se eu ou você reconhecesse a soberania de Deus, contudo, erguesse no nosso coração outros deuses  tornando-os semelhantes ao Deus verdadeiro, numa mera ilusão de que estes têm poder para nos assistir como Deus O faz e É.

A segunda, por sua vez, é tão pior quanto a primeira.

Comparar o Deus verdadeiro a qualquer outro deus ou a qualquer outra coisa criada por suas mãos ou pelas mãos dos homens, é fazer Deus descer do seu trono, da sua glória, da sua majestade  e torná-Lo como outro qualquer, o que não deixa de ser uma afronta ao Altíssimo.

Pb. Levi Almeida

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