sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Ateus tentam barrar oração em escola, mas alunos se unem e vivem avivamento


Enquanto ateus reúnem esforços para acabar com as expressões de fé dentro das escolas, os próprios alunos estão incentivando uns aos outros através da oração.
Alunos fizeram uma oração com outros estudantes nas arquibancadas antes do jogo. (Foto: Fox 5 Atlanta)
Alunos fizeram uma oração com outros estudantes nas arquibancadas antes do jogo. (Foto: Fox 5 Atlanta)

treinador de futebol de um colégio nos Estados Unidos se tornou alvo da crítica de ateus, depois que foi divulgado um vídeo registrando um momento de oração com os alunos antes de entrarem em campo.
John Small, que trabalha no colégio East Coweta, no estado da Geórgia, recebeu uma carta da organização ateísta Freedom From Religion Foundation, argumentando que seu envolvimento com a oração dos alunos viola a Constituição dos EUA.
Diante das queixas dos ateus, o conselho escolar emitiu um comunicado afirmando que os treinadores não poderiam “participar, inclinar suas cabeças ou manifestar aprovação” durante as orações lideradas pelos alunos.
“Não temos permissão para estar no meio disso, mas temos o direito de estar com nossos jogadores. Não precisamos fugir”, disse John ao site Christian Post. “Se minha cabeça está curvada, ninguém pode me dizer o que estou pensando. Não estou liderando a oração. Estou lá apoiando meus filhos”.
Embora o conselho escolar tenha firmado apoio à organização de ateus, John tem recebido apoio de grande parte da comunidade. Nesta quinta-feira (16), a Sociedade de Atletas Cristãos irá realizar um movimento de oração dentro do Estádio Garland Shoemake, no Condado de Coweta.
“Estamos obviamente sendo atacados o tempo todo. Essa batalha não é carnal. Esta é uma batalha contra os principados da escuridão. É o que a Palavra diz”, esclarece o treinador.
Rob Brass, diretor da Sociedade de Atletas Cristãos em Atlanta, acredita que um movimento de oração como este é uma reação natural para os seguidores de Cristo. “Como o treinador disse, esta é uma guerra espiritual. A primeira coisa que somos chamados a fazer é orar”, disse ele.
Enquanto ateus reúnem esforços para acabar com as expressões de fé dentro das escolas, os próprios alunos estão incentivando uns aos outros através da oração. No primeiro jogo após os treinadores serem limitados pelo sistema escolar, os jovens atletas se reuniram para orar com o público antes do jogo.
“Nossos alunos fizeram um ótimo trabalho e lideraram uma oração com outros estudantes que estavam nas arquibancadas antes do jogo. Em vez de serem 100 jogadores orando, foram mais de 400 estudantes orando”, conta John.
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE THE CHRISTIAN POST


Muçulmanos radicais invadem aldeia e matam nove cristãos, na Nigéria

Além dos mortos, três ficaram gravemente feridos e estão recebendo tratamento em hospital.
Foi acionado um pedido de prisão para os extremistas. (Foto: Reprodução).
Foi acionado um pedido de prisão para os extremistas. (Foto: Reprodução).

Nove cristãos foram sepultados na Nigéria depois que um grupo de muçulmanos os emboscaram e mataram no início da semana passada. As vítimas, todos os membros da Igreja de Cristo nas Nações (COCIN), foram enterradas após um culto fúnebre na área do governo local de Riyom, no estado do platô. Eles foram mortos e outros três ficaram gravemente feridos, na última terça-feira (7).
O massacre aconteceu de noite, por volta das 19:30, na aldeia Rim, quando eles voltavam de um mercado. Em relato para a Morning Star News, Gyang Dahoro (líder da igreja) identificou os mortos: Felix Ngwong, 34; Gyang Emmanuel, 29; Chuwang Bitrus, 31; Daniel Nini, 52; Dagam Danbwarang, 29; Rueben Danbwarang, 25, Sunday Danbwarang, 52; Dachollom Shom, 37; e Daniel Shom, 45.
Dahoro disse que o os membros que ficaram feridos foram Dalyop Bwede, Darwang Samuel e Toma Sunday. Eles estão recebendo tratamento no Hospital do Plateau State Specialist em Jos.
O Rev. Dacholom Datiri, presidente do COCIN, confirmou o assassinato de membros de sua igreja.  "Estamos entristecidos novamente por mais um ataque aos membros da nossa igreja", disse ele. "Nós continuamos a ser forçados a lamentar a morte de alguns dos nossos membros por nenhuma causa justa. Seja como for, nossa fé depende de Jesus Cristo, nosso Salvador", salientou.
Istifanus Gyang, membro do parlamento na Assembléia Nacional da Nigéria, criticou os incessantes ataques contra os cristãos no estado do Platô. Gyang disse que eles foram cometidos por "assassinos com sede de sangue e milícias terroristas". Além disso, afirmou que os extremistas estavam realizando um "banditismo implacável e matança brutal" para destruir as comunidades cristãs e ocupar suas terras.
"Devemos, portanto, superar esta fase, como está escrito: ‘O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã’", disse ele.
Um ataque semelhante foi realizado na mesma área algumas semanas atrás, quando uma mulher cristã, seu filho e uma filha foram brutalmente mortos por muçulmanos armados, que invadiram comunidades cristãs nos estados centrais da Nigéria do platô, Kaduna, Benue Taraba e Níger.
O presidente do Conselho de Riyom, Emmanuel Damboyi, pediu a prisão de líderes muçulmanos em Riyom, de acordo com o jornal da Nigéria The Nation, já que prometeram atacar as comunidades de Berom devido ao suposto assassinato de um garoto de etnia Fulani que estava desaparecido. Os líderes fizeram a ameaça em uma reunião do Conselho de Segurança, de acordo com Damboyi.
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO CHRISTIAN HEADLINES



Igreja perde mais da metade dos fiéis após declarar apoio ao casamento gay

Após seu pastor declarar que a denominação realizaria casamentos entre pessoas do mesmo sexo, a igreja 'GracePointe' teve um declínio na membresia.
Igreja GracePointe perdeu mais da metade dos membros após anunciar seu apoio oficial ao casamento gay. (Foto: Podbean)
Igreja GracePointe perdeu mais da metade dos membros após anunciar seu apoio oficial ao casamento gay. (Foto: Podbean)

Uma congregação evangélica de Nashville que ganhou as manchetes norte-americanas depois que seu pastor anunciou que a igreja realizaria casamentos entre pessoas do mesmo sexo agora está vendendo o terreno de seu templo e se mudando para um espaço alugado. O motivo da mudança foi o considerável declínio na membresia da igreja, após o polêmico anúncio de seu líder.
Após anunciar o apoio ao casamento gay em 2015, o Pastor Stan Mitchell da Igreja 'GracePointe', em Franklin (Nashville) no Tennessee, foi entrevistado pela revista Time.
Elizabeth Dias, da Revista Time, identificou a GracePointe como "uma das primeiras megaigrejas evangélicas do país a defender abertamente a plena igualdade e inclusão da comunidade LGBTQ".
Mas o que ele pensou ser um "grande avanço" na verdade significou uma notável queda. A comunidade, que comustava ter uma frequência de mais de 2.000 pessoas em seus cultos dominicais, agora tem 800 fiéis, no máximo.
Segundo um artigo do jornal 'Nashville Scene', publicado em 2015, o declínio da membresia já podia ser claramente notado, logo após o polêmico anúncio de seu pastor. Tanto os membros da Junta de Anciãos da igreja quanto metade da congregação de 2.200 pessoas rapidamente decidiram sair da congregação.
"O esperado 'final feliz' não se materializou", informou o jornal. "Os membros deixaram a congregação e o próprio destino da igreja está em risco".
As mudanças, em última instância, não se limitaram aos ensinamentos sobre sexualidade. Em agosto, a Nashville Star informou que GracePointe compartilharia espaço com outra congregação progressista, agora descrevendo-se como "não apologética" e aberta ao "diálogo inter-religioso".
Um visitante de um culto recente contou aproximadamente 240 pessoas na ocasião, apenas uma fração do número que permaneceu na época das decisões do pastor Stan Mitchell.
"O abraço público das pessoas LGBTQI e relações homossexuais por Mitchell e pela Igreja GracePointe em 2015 levou a um grande declínio de sua membresia e consequemente de sua receite [dízimos]", informou o 'Out & About Nashville' em setembro. "O templo quase vazio é a prova de um êxodo dos congregantes durante dois anos".
A GracePointe decidiu vender a capela modernista de 12.000 metros quadrados e a propriedade de 22 acres onde a igreja se reunia desde 2009. A propriedade, inicialmente anunciada em fevereiro por US$ 7,5 milhões, caiu para US$ 5,7 milhões em março e US$ 4,9 milhões em abril de acordo com registros imobiliários da cidade. O imóvel agora está sendo negociado e a venda pode se concluir até o final do ano.
A perda de mais da metade da congregação prejudicou a estabilidade financeira da GracePointe, segundo o próprio pastor Mitchell disse ao site 'Out & About Nashville'. A congregação espera que a venda da propriedade da igreja, juntamente com o orçamento e os cortes de funcionários, melhorem as finanças.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO CHRISTIAN POST




quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Como Deus fala conosco?

image from google


Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias, nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o universo. (Hb 1.1,2)

Introdução

Quando perguntamos “como Deus fala conosco?” diversas respostas podem ser formuladas. Por exemplo, se olharmos para o texto bíblico acima, algumas respostas já podem ser dadas. Ao consideramos a progressividade do Antigo Testamento vemos em algumas passagens Deus falando de forma audível, usando um anjo, os profetas ou até mesmo com o próprio dedo.

Parece ser uma questão infantil essa pergunta, mas ela pode definir toda a questão e uma cosmovisão. E quando olhamos para o passado, por exemplo, na Reforma Protestante ou até mesmo antes, essa pergunta faria todo o sentido tal como nos dias de hoje.

Naquela época os reformadores lutavam pela autoridade das Escrituras e contra o Catolicismo Romano que comparava a autoridade da Tradição igual ao das Escrituras. Ou seja, aquilo que a Tradição falava, mesmo que sem referência bíblica, era como se Deus estivesse falando com o Seu povo.

No entanto, todo aquele que quisesse lutar pela autoridade das Escrituras sofreram, ao ponto de darem sua vida em fidelidade a Deus. Em meados de 1173 um mercador, chamado Pedro Valdo, doou tudo o que tinha e decidiu seguir a vida eclesiástica, pregando e traduzindo as Escrituras para a língua local; dizendo que todos deveriam ler a Palavra de Deus. Porém, ele foi proibido de pregar o Evangelho, pois, com base em Atos 5:39, dizia que devemos, primeiramente, obedecer a Deus e não aos homens. Ele dizia isso contestando a autoridade da Igreja. Além desta doutrina, ele contestava a doutrina do Purgatório, culto aos santos e a importância das relíquias sagradas.

Um outro exemplo disso é o próprio Jan Hus, o ganso. Esse homem descobre os escritos de John Wycllif¹ e começa a divulgá-los, sem contar a briga que ele teve contra as indulgências e a autoridade do papa, dizendo que Cristo sim, era o cabeça da igreja. Mas em 4 de maio de 1415 ele foi tido como herege. Em 6 de julho do mesmo ano ele recusou negar seus escritos, e em praça pública ele foi morto. 

Portanto, perceba que não é uma questão simplória perguntar como “Deus fala conosco”. Quando a Escritura é posta em primeiro lugar, aquele que a defende certamente sofrerá. 

Lutero, Zwinglio, Calvino, a Tradição e as Escrituras

Por se tratar da Reforma Protestante, três pessoas nos vem a mente quando tratamos da Escritura, a Palavra de Deus: Martinho Lutero, Zwinglio e Calvino. 

Em 1519, dois anos após Lutero pregar na porta do castelo de Wittenberg as 95 Teses, Lutero é convocado para um debate público com Johann Eck o qual acusara o Reformador de defender as mesmas teses que Jan Huss. E com essa acusação Eck dizia a Lutero que, o que o alemão estava defendendo já tinha sido condenado pela a Igreja Católica. Entretanto, para Lutero, com essa afirmação feita por Eck, o que estava em jogo era a autoridade da Igreja em contraste com a autoridade das Escrituras. Lutero preferiu ficar com as Escrituras, dizendo:
Respondo que, certa vez, Deus falou por meio da boca de asno. Direi diretamente o que penso. Sou teólogo cristão, e sinto-me obrigado a não somente afirmar, como também defender a verdade com meu sangue e minha morte. Creio livremente e não serei escravo da autoridade de ninguém, seja concilio, uma universidade ou um papa.

Nem só de teologia viverá o homem, mas de toda salsicha que ele poderá comer. Em 1522, em plena Quaresma², período esse que só pode comer verduras, legumes e peixes, Zwinglio, juntamente com um grupo de, em média, 12 pessoas, se empanturraram de salsichas. Após sete dias Zwinglio produziu um panfleto no qual argumentou que o que estava em jogo não era as salsichas, mas que a Bíblia nada diz sobre o não comer salsichas na Quaresma. E em 1523 Zwinglio escreve suas famosas 67 Conclusões.

No Evangelho e do Evangelho aprendemos que as doutrinas e os preceitos humanos não ajudam em absolutamente nada para a salvação. (Artigo 16)
Cada cristão é livre para fazer qualquer obra que não esteja ordenada por Deus, podendo comer a qualquer tempo, qualquer alimento que quiser. E, disto deduzimos que as datas estabelecidas quanto ao comer queijo e a manteiga, é um engano papista. (Artigo 25)
Os poderes do Papado e do episcopado, junto à exigência, prepotência e orgulho espiritual que ostentam, não tem nenhum fundamento na sagrada letra, nem na doutrina de Cristo. (Artigo 34)³ 

O que um herege precisa, manicômio ou refutação? Quando olhamos para Calvino, tanto em suasInstitutas ou a carta em Resposta ao Sacerdote Sadoleto, ele é curto e grosso. 


Ao tratar sobre a autoridade da igreja romana, Calvino diz que tais tradições serviam para “estrangular das míseras almas”⁴, pois elas oprimem tiranicamente a consciência dos fiéis.
Importa reconhecer um Rei único, Cristo, seu libertador, e que sejam regidos somente por uma lei da liberdade, isto é, da sagrada Palavra do Evangelho.⁵

Ou seja, para Calvino, além da tradição ser algo que vai contra o Evangelho, ela também colocava um fardo pesado sobre as costas do fiel, fazendo com que tal pessoa ficasse escravizada e a consciência sobrecarregada. 

Quando Sadoleto, sacerdote católico, escreve para o povo de Genebra, ele faz seu argumento contra Calvino dizendo que o mesmo fez com que o povo se desviasse, não primeiramente de Cristo, mas “do caminho dos pais e seus ancestrais, da eterna doutrina da Igreja Católica e que tudo encheram com suas querelas e sedições; aliás, esse sempre foi o costume daqueles que atacam a autoridade da Igreja”.⁶ 

Perceba, quando Sadoleto acusa Calvino de fazer o povo desviar, o foco dele não é Cristo e Sua Palavra, mas os pais [da igreja], os ancestrais, a doutrina da Igreja Católica e da tradição. Em nenhum momento esse sacerdote diz que Calvino fizera o povo desviar de Cristo. E Calvino responde: 
Pomos a Palavra de Deus acima de qualquer juízo dos homens, temos, finalmente, concedido que os concílios e os santos Pais têm certa autoridade, desde que estejam de acordo com a Palavra de Deus; portanto, julgamos esses concílios e os santos pais dignos de honra e do lugar que ocupam, tão somente se estiverem razoavelmente sob Cristo.⁷

Os Livros Apócrifos

Para os teólogos medievais, as Escrituras eram as obras incluídas na Vulgata⁸, isso incluía os livros apócrifos. No entanto, os Reformadores questionaram essa definição. Eles entenderam que os livros apócrifos não poderiam fazer parte do cânon bíblico, pois na Bíblia hebraica eles não apareciam, somente na Bíblia grega e latina. 

No primeiro ano da edição completa da Bíblia alemã de Lutero, os livros apócrifos foram colocados no final da Bíblia como livros “mais ou menos úteis para a vida cristã”.⁹ Para Calvino os livros apócrifos não deveriam ser tomados como Palavra de Deus: 
Portanto, seja este um sólido preceito: não se deve ter outra Palavra de Deus, a que se dê lugar na Igreja, senão aquela que se contém, primeiro na Lei e nos Profetas, então nos Escritos apostólicos; nem outro modo de ensinar a igreja corretamente, senão aquele prescrito e normativo dessa Palavra.¹⁰

Da mesma forma, Zwinglio afirmou que os livros apócrifos valem a pena serem lidos, mas nunca igual as Escrituras, pois se portam como imitação das Escrituras.¹¹

Sendo assim, como podemos saber que um livro poderia ou não ser colocado como canônico? Mas, antes de mostrar, de forma básica, como poderemos ver isso; o que dizer do argumento católico de que os apócrifos são válidos porque são citados no Novo Testamento? Primeiro, o Novo Testamento também cita livros pseudoepígrafos (Ascensão de Moisés citado por Judas 9; Livro de Enoque citado por Judas 14, 15) os quais foram rejeitados pela própria Igreja Católica¹², sem contar que o apóstolo Paulo cita alguns filósofos: Em Atos 17.28 Paulo faz uma citação de um poeta do século IV antes de Cristo, Epiménedes de Cnossos; Em 1Co 15.33 Paulo faz uma citação de um provérbio retirado de um poema grego, Menandro; E em Tito 1.12 Paulo diz que o poema de Epiménedes de Cnossos era profético. 

Segundo, o fato das Escrituras citar um autor não bíblico, não quer dizer que tudo o que ele escreveu é inspirado. Como podemos ver acima, Paulo cita filósofos não cristãos e ainda assim não consideramos todos os seus escritos como Palavra de Deus, mas só o que fora citado. Da mesma maneira podemos ver o capítulo 4 de Daniel, o qual foi escrito por Nabucodonosor. Ou seja, somente os textos que compõem a Sagrada Escritura são inspirados. Se há outros textos de autores citados na Bíblia que não estão entre os canônicos, esses não são inspirados por Deus. Portanto, qual o critério que podemos tomar para testar a canonicidade dos livros? Primeiro, ser escrito por um profeta ou uma pessoa com o dom de profecia. Segundo, um livro que fosse relevante não só para seu tempo como para todos os tempos e todas as épocas, bem como escrito de acordo com as revelações anteriores. Ou seja, esse livro não pode contradizer a mensagem de outros escritos.¹³

Seguindo o conselho do Rev. Augustus Nicodemus em uma palestra da Editora Fiel, basta ler os apócrifos ou os pseudoepígrafos que veremos de cara que não são livros inspirados. Por exemplo, quando lemos 2Mc 12.44 vemos o texto mostrando que devemos orar pelos mortos e oferecer sacrifício pelo mesmo para que seus pecados sejam pagos. Mas se compararmos esse texto com outros da Escritura, ele ainda assim seria verdadeiro?
Se ele não esperasse que os mortos que haviam sucumbido iriam ressuscitar, seria supérfluo e tolo rezar pelos mortos. Mas, se considerasse que uma belíssima recompensa está reservada para os que adormeceram piedosamente, então era santo e piedoso o seu modo de pensar.  Eis porque ele mandou oferecer esse sacrifício expiatório pelos que haviam morrido, afim de que fossem absolvidos do seu pecado”. (2 Mac 12,44s)

Compare:
Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida. (João 5.24 – negrito acrescentado)
Nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção. (Hebreus 9.12 – negrito acrescentado)
Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso. (Lucas 23.43)
Ora, de um e outro lado, estou constrangido, tendo o desejo de partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor. (Filipenses 1.23)

Observe que os textos acima, como João 5.24 e Hebreus 9.12, mostram que Cristo propôs eterna redenção não estando mais sob o juízo da morte, mas estando sob a vida eterna (Jo 6.47). Do mesmo modo, Lucas 23.43 e Filipenses 1.23, mostram que após a morte o salvo vai direto para o encontro de Cristo. Ou seja, esses textos, bem como outros da Escritura, não mostram uma parada, uma escala entre o purgatório e o céu, da mesma forma uma escala entre o purgatório e o inferno (cf. a parábola do Rico e Lázaro – Lucas 16.19-31).

Outros textos que podemos analisar, sem dar risada, são textos que mostram a infância de Jesus. No livro A infância do Salvador, um livro pseudoepígrafo, encontramos esse relato: 
CERTA VEZ aconteceu que muitos meninos seguiam Jesus para divertirem-se em sua companhia. Mas havia um pai de família que, irado ao ver que seu filho ia com Jesus, e para que não o seguisse mais, prendeu-o numa torre fortíssima e muito sólida, sem buraco nem entrada alguma além da porta e de uma janelinha estreitíssima, que apenas deixava passar um pouquinho de luz; e a porta estava bem escondida e trancada. E aconteceu que um dia Jesus aproximou-se dali com seus companheiros para brincar. Ao ouvi-los, o menino encarcerado pôs-se a gritar junto à janela da seguinte maneira: "Jesus, queridíssimo companheiro, ao ouvir tua voz minha alma regozijou-se e senti-me cheio de alívio. Por que me deixas aqui encarcerado?" Jesus foi até ele e lhe disse: "Estende-me uma mão ou um dedo pelo buraco". E tendo feito isto, Jesus pegou a mão daquele menino e o tirou através daquela estreitíssima janelinha. E o menino foi embora em sua companhia. Jesus disse-lhe: "Reconhece o poder de Deus e na tua velhice conta o que Deus te fez na tua infância".¹⁴ 

Veja agora no livro Pseudo-Tomé, Narrações sobre a infância de Jesus
Encontrava-se ali presente o filho de Anás, o escriba, e teve a ideia de fazer escoar as águas represadas por Jesus, usando uma planta de vime. Ante essa atitude, Jesus indignou-se e disse: — Malvado, ímpio e insensato. Será que as poças e as águas te estorvavam? Ficarás agora seco como uma árvore, sem que possas dar folhas, nem raiz nem frutos. Imediatamente o rapaz tornou-se completamente seco. Os pais pegaram o infeliz, chorando a sua tenra idade, e o levaram ante José, maldizendo-o por ter um filho que fazia tais coisas.¹⁵ 
De outra feita, Ele andava em meio ao povo e um rapaz que vinha correndo esbarrou em suas costas. Irritado, Jesus disse-lhe: — Não prosseguirás teu caminho. Imediatamente o rapaz caiu morto.¹⁶

Portanto, o próprio texto desses livros provam que são livros que não foram inspirados por Deus, pois não se encaixam em nenhuma outra passagem das Escrituras e ferem o caráter de Cristo. 

As Escrituras, a Autoridade da Igreja e as nossas Confissões. Há alguma diferença? 

Vimos acima que a Autoridade da Igreja [Católica], ou Tradição, eram detentoras da correta interpretação das Escrituras e tudo quanto eles decidissem deveria ser aceito e não revogado. 

Mas, e quando olhamos para as nossas confissões reformadas, como por exemplo, a de Westminster, e dizemos que a subscrevemos, não estaríamos nós se portando da mesma maneira como a igreja católica? Por exemplo, a Igreja Presbiteriana do Brasil no Artigo 1 diz que aceita “como sistema expositivo de doutrina e prática a sua Confissão de Fé e os Catecismo Maior e Breve”.¹⁷ E também mostra que seus ministros e oficiais devem aceitar também esses documentos.¹⁸ 

A diferenciação começa pelas definições dos termos. Para a Igreja Católica a Tradição é igualada às Escrituras, contendo toda a doutrina revelada.¹⁹ Já os Símbolos de Fé, como o próprio Manual Presbiteriano os definem, são sistemas expositivos de doutrinas e práticas como explica o Dr. Heber: 
A definição de uma confissão não difere basicamente da de um credo, senão na forma. Uma confissão contém mais ou menos os mesmos elementos de um credo, mas de forma bem mais elaborada, com detalhes que um credo não possui, por ser mais conciso. Uma confissão aborda mais assuntos do que um credo, e os apresenta de forma mais sistemática.²⁰ 

Um segundo ponto que podemos levantar quanto a diferenciação é a possibilidade de mudança. Se a Tradição é igualitária às Escrituras, logo elas não possuem erros e não podem ser mudadas. Mas, como vimos acima, a doutrina do Purgatório, por exemplo, é facilmente contestada por outras passagens do Novo Testamento, bem como também a utilização dos livros apócrifos. No entanto, quando se trata da Confissão de Fé de Westminster já houveram mudanças e acréscimos. Uma mudança que é discutida até hoje por alguns foi a retirada de um trecho do capítulo XXIII sobre o Magistrado Civil e a utilização das autoridades seculares para suprimir pessoas que blasfemam e propagam heresias.²¹ Entretanto, essa mudança que fora feito pode ser explicada de duas maneiras: As formas de aplicação de punição contra aqueles que pervertiam as doutrinas na Antiga Aliança não são as mesmas que o Estado aplica e o sistema de Governo são totalmente diferentes e é uma contradição em si mesmo. O texto III do Magistrado Civil mostra que os magistrados não podem assumir para si a administração da Palavra, dos Sacramentos e das chaves do Reino dos céus, mas podem suprimir todo tipo de perversão. Com base no quê? 

Sendo assim, há uma enorme diferença entre a Tradição Católica e a subscrição dos Símbolos de Fé.  

Quando nós invalidamos a autoridade das Escrituras

De que maneira nós invalidamos a autoridade das Escrituras? De duas maneiras.

Em primeiro lugar nós podemos nos remeter ao Éden, quando os nossos primeiros pais desobedeceram a Palavra de Deus. Deus, ao criar tudo e o primeiro casal, deu-lhes ordens para que não comessem do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal (Gn 2.17) que estava no jardim. No entanto, ao estarem diante da serpente a autoridade da Palavra de Deus tinha sido colocada em xeque. Pois, Deus havia dito que se eles comessem certamente morreriam, mas a serpente disse que se eles comessem “certamente não morreriam” (Gn 3.4). De que maneira o casal poderia analisar tal confrontação? Por achismo? Pela circunstância? Ou pela relatividade da verdade? Na verdade, o casal fez uma investigação apurada dos fatos e concluiu: Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu e deu também ao marido, e ele comeu.” (Gn 3.6)

O final nós já sabemos. Eles desobedeceram a Deus, mas essa desobediência não trouxe condenação somente aos dois, mas a toda posteridade depois deles, pois julgaram o que eles decidiram como certo e a Palavra de Deus errada.

Ao longo da história bíblica vemos os personagens bíblicos sofrendo porque invalidaram a autoridade das Escrituras e até mesmo o povo escolhido de Deus, sendo levado para o exílio porque transgrediram os mandamentos do Senhor. 

Por que se submeter à autoridade das Escrituras? 

PORQUE ELA É A PALAVRA DE DEUS

O próprio Deus a inspirou (2Timóteo 3.16) sendo uma revelação d'Ele mesmo. A Bíblia revela a vontade de Deus para com o Seu povo como um manual de instruções. Os manuais que conhecemos, como os de eletrodomésticos, mostram diversas páginas de como usar tal equipamento e algumas páginas no final mostrando a quem devemos recorrer caso algo dê errado. As Escrituras, como manual, aponta algumas páginas de como Deus disse para usarmos aquilo que Ele criou, bem como demonstra em mais de 90% desse manual o que fazer caso algo dê errado. A Escritura é trinitariana. Ela é inspirada por Deus, mediante a ação do Espírito Santo em seus servos para revelar a Jesus Cristo (cf. 1Pedro 1.10-12).

CRISTO E A SUA PALAVRA SÃO UM

Quando afirmamos que Cristo e a Sua Palavra são um, isso não quer dizer que estamos venerando um livro, estamos afirmando que nele encontramos - não em uma parte, mas em toda a Escritura - a voz de Cristo e as ações do nosso Salvador desde a Antiga Aliança. 

Um exemplo disso é quando olhamos para Atos 1.1. Lucas começa o seu relato afirmando que eram “...todas as coisas que Jesus começou a fazer e a ensinar”. Ou seja, o Evangelho de Lucas não é só Palavra de Deus, mas são as ações do próprio Cristo, a Palavra encarnada.

Outro texto que mostra essa relação do nosso Senhor e de Sua Palavra, é João 15.4,7: permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira, assim, nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim. Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito. Veja, o texto mostra que os discípulos de Jesus devem estar unidos a Ele, da mesma maneira unidos à Sua Palavra. Não existe a possibilidade de dizer que está unido a Cristo e distante da Palavra, ou estar unida à Palavra e distante de Cristo.

Respondendo a pergunta feita no início, “Como Deus fala conosco?”: Ele fala por meio de Sua Palavra.
Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade. João 17.7

_________________________
Notas:
[1] Wycllif foi tido como o precursor da Reforma Protestante, não somente como tradutor das Escrituras, mas como aquele que lutou contra a autoridade do papa. Cf. "História da Teologia Cristã", Roger Olson, Ed. Vida, páginas 365 a 370.
[2] A Quaresma é o período de preparação para a Páscoa do Senhor, cuja duração é de 40 dias. Tal período, portanto, inicia-se na Quarta-Feira de Cinzas e se estende até o Domingo de Ramos, uma semana antes da Páscoa. O período é, assim, marcado pela penitência, pela realização constante de jejuns, pela conversão e pela preparação dos catecúmenos para o batismo. Fonte: <http://www.portalcatolico.org.br/single-post/2017/02/28/O-tempo-da-Quaresma> Acesso em: 07/09/17 
[3] As 67 Conclusões de Ulrico Zwinglio. Traduzido por: Rev. Ewerton B. Tokashiki. Fonte: <https://www.academia.edu/2419171/As_67_Conclus%C3%B5es_de_Ulrich_Zwingli> Acesso em: 07/09/17
[4] Institutas, IV, 10, 1
[5] Institutas, IV, 10, 1
[6] Carta de Calvino ao cardeal Sadoleto. Disponível em: <http://projetocasteloforte.com.br/wp-content/uploads/2017/03/DE-CALVINO-AO-CARDEAL-SADOLETO-COM-CAPA.pdf> Acesso em: 08/09/17
[7] Ibid.
[8] Cf. MCGRATH, Alister E. Teologia Histórica: Uma introdução à História do Pensamento Cristão. São Paulo: CEP, 2007, p.196
[9] BACKUS, Irena. Apócrifos. In: GISEL, Pierre (Org.) Enciclopédia do protestantismo: teologia, eclesiologia, filosofia, história, cultura, sociedade, política. – São Paulo: Hagnos, 2006, p.82
[10] Institutas, III, 8, 8
[11] JACKSON, S. Zwingli’s Influence, and His View of the Apocrypha. Fonte: <https://zwingliusredivivus.wordpress.com/2013/10/21/zwinglis-influence-and-his-view-of-the-apocrypha/> Acesso em: 09/09/17
[12] Cf. Sessão IV – Os Livros Sagrados e a Tradição dos Apóstolos. Fonte: <http://www.montfort.org.br/bra/documentos/concilios/trento/#sessao4> Acesso em: 09/09/17
[13] Cf. ARNOLD, Bill T. e BEYER, Bryan E. Descobrindo o Antigo Testamento: uma perspectiva cristã. – São Paulo: CEP, 2001, p.22
[14] A infância do Salvador. In: PROENÇA Eduardo de (Org). Apócrifos e pseudoepígrafos da Bíblia – vol. 1. 17ª ed. – São Paulo: Fonte Editorial, 2017, p. 431
[15] Evangelho Pseudo-Tomé, 2017, ibid. p. 509-510
[16] Ibid. p. 510
[17] Manual Presbiteriano, Art. 1
[18] Manual Presbiteriano, Art. 119
[19] A Escritura e a Tradição da Igreja são Palavra de Deus, ensinamentos divinos. Fonte: <https://formacao.cancaonova.com/igreja/doutrina/o-que-e-a-tradicao-da-igreja/> Acesso em: 09/09/17
[20] CAMPOS, Heber Carlos de. A Relevância dos Credos e Confissões. In: Fides Reformata II:2 (jul-dez 1997), 97. 
[21] III. Os magistrados não podem assumir para si a administração da Palavra e dos sacramentos ou o poder das chaves do Reino do Céu (2Cr 26:18 com Mt 18:17 e Mt 16:19; 1Co 12:28,29; Ef 4:11,12; 1Co 4:1,2; Rm 10:15; Hb 5:4); mas, ele tem autoridade, e é o seu dever, fazer com que a paz e a unidade sejam preservados na igreja, que a verdade de Deus seja mantida pura e inteira; que todas as blasfêmias e heresias sejam suprimidas; todas as corrupções e abusos do culto e da disciplina sejam impedidos ou reformados; e todas as ordenanças de Deus sejam devidamente estabelecidas, administradas e observadas (Is 49:23; Sl 122:9; Ed 7:23,25-28; Lv 24:16; Dt 13:5,6,12; 2Rs 18:4; 1Cr 13:1-9; 2Rs 23:1-26; 2Cr 34:33; 2Cr 15:12,13). Para uma melhor eficácia destas coisas, ele tem poder para convocar sínodos, estar presentes neles, e providenciar para que o que quer que tenha sido decidido neles esteja de acordo com a mente de Deus (2Cr 19:8-11; 2Cr 29 e 30; Mt 2:4,5) <https://goo.gl/FCgaRw>. Compare com a Confissão adotada pela IPB: II. Os magistrados civis não podem tomar sobre si a administração da palavra e dos sacramentos ou o poder das chaves do Reino do Céu, nem de modo algum intervir em matéria de fé; contudo, como pais solícitos, devem proteger a Igreja do nosso comum Senhor, sem dar preferência a qualquer denominação cristã sobre as outras, para que todos os eclesiásticos sem distinção gozem plena, livre e indisputada liberdade de cumprir todas as partes das suas sagradas funções, sem violência ou perigo. Como Jesus Cristo constituiu em sua Igreja um governo regular e uma disciplina, nenhuma lei de qualquer Estado deve proibir, impedir ou embaraçar o seu devido exercício entre os membros voluntários de qualquer denominação cristã, segundo a profissão e crença de cada uma. E é dever dos magistrados civis proteger a pessoa e o bom nome de cada um dos seus jurisdicionados, de modo que a ninguém seja permitido, sob pretexto de religião ou de incredulidade, ofender, perseguir, maltratar ou injuriar qualquer outra pessoa; e bem assim providenciar para que todas as assembléias religiosas e eclesiásticas possam reunir-se sem ser perturbadas ou molestadas. <http://www.monergismo.com/textos/credos/cfw.htm> 

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Autor: Denis Monteiro
Divulgação: Bereianos

terça-feira, 14 de novembro de 2017

Workshop da Tesouraria da IPB - Por Dentro das Finanças

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Nos dias 10 e 11 de novembro de 2017 no Hotel Cruzeiro da cidade de Pesqueira-PE os Sínodos de Garanhuns e Agreste Sul de Pernambuco juntamente com a tesouraria da IPB realizaram o Workshop por Dentro das Finanças.

O Workshop é uma importante ferramenta da Tesouraria, usada para treinamento e capacitação dos nossos Tesoureiros, Pastores e pessoas interessadas no que ocorre nas áreas de orçamento, finanças e contabilidade de uma Igreja.

São encontros de dois dias, quando são ministradas palestras pela Tesouraria e pela Junta Patrimonial, Econômica e Financeira. Assuntos como: orçamento, documentos fiscais, imposto de renda, RPA e relação trabalhista são abordados no encontro.

Para que sua região realize um Workshop é necessário um contato com o Presidente do Sínodo que jurisdiciona a sua Igreja. A partir desse contato damos início aos passos necessários para realização do encontro que é realizado em hotel de fácil acesso a todos. O evento é custeado pela Tesouraria, com uma taxa de inscrição por participantes. O objetivo é alcançar o maior número possível de pastores e tesoureiro, mais também é aberto aos tesoureiros das sociedades internas, do Presbitério e do Sínodo.


Eleição do Rev. Maely Vilela para pastorear a IP Palmares-PE


Foto de Igreja Presbiteriana de Palmares-PE- IPB.


Foto de Igreja Presbiteriana de Palmares-PE- IPB.Foto de Igreja Presbiteriana de Palmares-PE- IPB.Foto de Igreja Presbiteriana de Palmares-PE- IPB.

Foto de Igreja Presbiteriana de Palmares-PE- IPB.  Foto de Igreja Presbiteriana de Palmares-PE- IPB. Foto de Igreja Presbiteriana de Palmares-PE- IPB.

No dia 12 de novembro de 2017 a Igreja Presbiteriana de Palmares reunida em assembleia extraordinária elegeu como pastor efetivo o Rev. Maely Ferreira Vilela para pastorear a amada igreja durante um período de de cinco anos (2018 a 2022).
O blog O Agreste Presbiteriano parabeniza o Rev. Maely Vilela por sua eleição e deseja as maiores e melhores felicitações neste momento, e roga que o nosso grandioso Deus continue derramando suas ricas bênçãos sobre a vida, família e o seu ministério, bem como sobre todos que fazem parte da Igreja Presbiteriana de Palmares.


CRISTIANISMO E UNIVERSIDADE (5)

 Um Apelo em Favor da Verdade


Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (João 8.32).
A busca da verdade e sua divulgação é sem dúvida um dos objetivos de toda instituição de ensino, e muito mais daquelas instituições que se declaram confessionais. Todavia, nossa época entrará para a história do mundo como aquela em que a tentativa de relativização da verdade foi feita em todos os âmbitos da vida, deste a questão dos valores morais até aqueles considerados mais subjetivos, como os conceitos religiosos.
Nem sempre as pessoas pensaram de maneira relativista. Não faz muitas décadas, era possível se dizer a uma adolescente de 16 anos “Comporte-se”, e ela saberia perfeitamente o que aquilo queria dizer. A chegada da assim chamada pós-modernidade colocou em questão não somente a existência da verdade, como também a possibilidade de conhecê-la e, mais ainda, a necessidade para isso. E para muitos, podemos acrescentar que falta o desejo de conhecer a verdade. 

Todavia, percebe-se uma grande incoerência e hipocrisia em nossa sociedade quando clama pela verdade, luta pela verdade, naquilo que lhe interessa, e quando chega às questões morais, espirituais e religiosas, as pessoas são possuídas subitamente por um espírito de relativismo que se recusa a ser exorcizado a não ser mediante forte persuasão. 

Todos nós demandamos a verdade em todas as áreas da vida. Queremos que a esposa, o marido e os filhos nos digam a verdade, queremos que o médico nos diga a verdade, queremos que os corretores da bolsa de valores onde aplicamos o nosso dinheiro nos digam a verdade quando nos recomendam as ações nas quais aplicar, queremos que o juízes e os árbitros façam um trabalho correto e verdadeiro, queremos que os nossos empregadores sejam verdadeiros e nos paguem com justiça, queremos que o noticiário, a mídia, e a imprensa sempre nos digam a verdade, bem como os rótulos de remédios e as sinalizações nas estradas e rodovias. 

Quando desconfiamos que a verdade nos esteja sendo negada, ficamos indignados, sentimo-nos traídos, e também que os nossos direitos como cidadãos nos foram tirados. Consideramos a falsidade, a mentira, o faltar com a verdade, como sendo crimes, e a mentira até foi incluída na lista dos sete pecados capitais da hamartologia católica. 

Quando demandamos que as pessoas nos digam a verdade, estamos pressupondo que a verdade existe, que é possível de ser reconhecida, e que é válida para todos. Todavia, quando chegamos aos labores acadêmicos, quando assumimos nossa identidade de intelectuais, às vezes cometemos uma grande incoerência, quando passamos não somente a aceitar, mas também a ensinar que a verdade não existe, que ela é relativa, que não existem verdades absolutas, especialmente no campo da moral e da espiritualidade. Até quando dizemos: “não existe verdade!” queremos que as pessoas recebam essa declaração como verdadeira! E quando dizemos que tudo é relativo, ficaremos bravos se alguém considerar essa declaração como sendo também relativa.

Por que exigimos verdade em tudo, exceto na moralidade e naquilo que é transcendente? Por que relativizamos a verdade quando estamos falando sobre moralidade e religião, mas nunca pensamos em fazê-lo quando estamos falando com um corretor de ações da bolsa de valores sobre o nosso dinheiro ou com médicos sobre a nossa saúde? 

Sobre isso, gostaria de citar neste contexto alguns pontos sobre a verdade que Norman Geisler chama de “As verdades sobre a verdade”, em sua obra Não Tenho Fé Suficiente Para Ser Ateu (p.38). São eles:

1) A verdade é descoberta e não inventada. Ela existe independentemente do conhecimento que uma pessoa tenha dela. Por exemplo, a lei da gravidade já existia antes de Newton. 

2) A verdade é transcultural. Se alguma coisa é verdadeira, então é verdadeira para todas as pessoas, em todos os lugares, em todas as épocas, como por exemplo, o resultado de 2 + 2. 

3) A verdade é imutável, embora a nossa crença sobre ela possa mudar, como por exemplo, quando passamos a acreditar que a terra era redonda em vez de plana. A verdade sobre a terra não mudou. O que mudou foi nossa crença sobre a forma da terra. 

4) As crenças das pessoas não podem mudar a verdade, por mais honestas e sérias que sejam. E nem a verdade é afetada pela atitude de quem a professa ou de quem a nega. 

5) Todas as verdades são verdades absolutas, embora pareçam relativas. Por exemplo, “Eu, Pedro, senti muito calor hoje”. Embora a sensação de calor de Pedro seja relativa, permanece verdadeiro em todo lugar do planeta que no dia de hoje ele sentiu o calor.

6) A verdade permanece a mesma, o que é relativo é a nossa percepção dela. Contudo, mesmo a relatividade da percepção é menor do que geralmente se pensa, pois as pessoas costumam perceber a realidade e a verdade de uma maneira muito mais unânime e comum do que nos querem fazer acreditar. 

Minha palavra aqui, portanto, é em defesa da verdade, da coerência, da consistência. Formadores de opinião são responsáveis por manifestar coerência em todos os departamentos da vida e da conduta. Se exigimos verdade dos outros, assumamos o que está implícito: a existência da verdade, a possibilidade de que ela seja conhecida, e a sua necessidade, para que possamos viver relacionamentos verdadeiros, no mundo verdadeiro, para que sejamos pessoas verdadeiras e livres, pois como disse Jesus, “A verdade vos libertará”.

E se alguém fizer a famosa pergunta de Pilatos a Jesus, "o que é a verdade," espero que não faça como Pilatos, que virou as costas e se afastou de Jesus, antes que esse pudesse responder. Se Pilatos tivesse ficado, teria ouvido: "EU sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim" (Jo 14:6).  
Augustus Nicodemus Lopes

Postado por Augustus Nicodemus Lopes.

Sobre os autores:
Dr. Augustus Nicodemus (@augustuslopes) é atualmentepastor da Primeira Igreja Presbiteriana de Goiânia, vice-presidente do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana doBrasil e presidente da Junta de Educação Teológica da IPB.
O Prof. Solano Portela prega e ensina na Igreja Presbiteriana de Santo Amaro, onde tem uma classe dominical, que aborda as doutrinas contidas na Confissão de Fé de Westminster.
O Dr. Mauro Meister (@mfmeister) iniciou a plantação daIgreja Presbiteriana da Barra Funda.
Fonte: O Tempora, O Mores
http://tempora-mores.blogspot.com.br/2017/11/cristianismo-e-universidade-5-um.html

CRISTIANISMO E UNIVERSIDADE (4)

BÍBLIAS NA UNIVERSIDADE?

Em 2011 um dos grandes jornais de São Paulo publicou uma matéria intitulada “A Bíblia do Mackenzie,” onde o articulista comentava a entrega da Bíblia do Mackenzie pelos capelães aos calouros. A prática é antiga na Universidade e ganhou publicidade apenas mais recentemente. Este mesmo jornal noticiou um fato curioso sobre o Nobel Orhan Pamuk, que em dezembro do ano passado falou aos estudantes do Mackenzie e recebeu de presente uma Bíblia Mackenzie trilíngue. No caminho para o aeroporto, Dr. Pamuk, que se declara ateu, deu a Bíblia de presente ao taxista que o atendeu. O fato, considerado curioso, foi divulgado nas mídias sociais.
Por que o Mackenzie entrega Bíblias a nossos alunos e convidados? A razão é simples. Para nós, cristãos em geral e presbiterianos em particular, a Bíblia não é um livro comum, mas a própria Palavra de Deus. É nela que encontramos a revelação exclusiva que Deus faz de si mesmo e dos planos e propósitos que Ele tem para a humanidade. Portanto, para nós, não há livro mais importante do que ela. Assim, ao presentearmos nossos alunos e nossos convidados com uma Bíblia, estamos demonstrando nosso mais profundo apreço por eles, pois estamos passando às suas mãos nosso mais valioso tesouro.
É importante observar que não adoramos ou reverenciamos a Bíblia, como se fosse objeto de culto. Através da história do mundo governos hostis ao cristianismo queimaram milhões de cópias da Bíblia em praça pública sem que os cristãos tenham reagido com violência ou promovido levantes e motins. Pois para nós o valor da Bíblia não está em suas páginas impressas, mas na mensagem divina ali contida.
É na Bíblia que encontramos os fundamentos da visão de mundo que permitiu que pesquisadores e filósofos cristãos lançassem a base da ciência moderna e fizessem descobertas que avançaram nosso conhecimento do mundo. Uma olhada ainda que breve na história da ciência revelará que entre os cientistas cujas pesquisas deram origem a diversos ramos da moderna ciência estão aqueles que viam a Bíblia como a revelação de Deus, ao lado da natureza. Para eles Deus havia se revelado nas coisas criadas, que eles chamavam de “o livro da natureza” e também na Bíblia, que seria sua revelação particular e especial à humanidade. Como tanto a natureza como a Bíblia procediam de Deus, não haveria entre estes dois “livros” qualquer contradição inerente. É claro que eles tinham consciência de que a linguagem da Bíblia não é científica, mas meramente descritiva dos fenômenos naturais da perspectiva de um observador comum. A maior parte destes cientistas via a Bíblia e a natureza como fontes do conhecimento de Deus, as quais se complementavam para nos dar um entendimento mais completo de Deus, do mundo e da humanidade.
Não podemos deixar de notar aqui a influência sobre alguns destes cientistas da maneira como João Calvino via a Bíblia em questões relacionadas com as controvérsias científicas que já haviam em seus dias. Refiro-me especialmente à tese de Copérnico, que a Terra se movia em torno do sol, e que estava ganhando grande aceitação. Curiosamente, a Igreja Católica, que geralmente tinha uma interpretação alegórica das palavras da Bíblia, aqui preferiu seguir uma interpretação literal dos textos bíblicos que falavam sobre o movimento do sol em torno da terra (Josué 10.13; Salmo 19.6; etc.) Na Contra-Reforma, o cardeal jesuíta Roberto Belarmino (1615) rebateu um monge carmelita que sustentava, como Galileu, a teoria do movimento da terra. Belarmino argumentou que os Pais da Igreja entendiam as passagens bíblicas sobre o movimento do sol em torno da Terra no sentido literal. Para ele, isto era matéria de fé, pois quem negava estes textos era tão herético como quem negava que Jesus nasceu de uma virgem. E esta foi a posição da Igreja Católica.
Em oposição a esta interpretação literalista, Calvino, mesmo seguindo o sistema astronômico prevalente na época (geocêntrico), entendia que a diferença entre os autores bíblicos e os astrônomos era que, em sua opinião, os primeiros escreveram de maneira popular, descrevendo as aparências, aquilo que pessoas de bom-senso fossem capazes de compreender, sem usar aquela linguagem e descrições científicas que os astrônomos usam em suas pesquisas. Ou seja, Calvino não entendia literalmente tais passagens bíblicas, preferindo ver nelas uma acomodação do Espírito Santo ao entendimento popular. Esta teoria da acomodação de Calvino influenciou grandemente astrônomos seguidores de Copérnico, nos países protestantes, como Edward Wright e provavelmente Johannes Kepler.

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Por fim, faz parte de visão confessional de educação que os alunos tenham conhecimento da Bíblia e da sua mensagem. Faz bem à mente e ao coração.
Augustus Nicodemus Lopes

Postado por Augustus Nicodemus Lopes.

Sobre os autores:
Dr. Augustus Nicodemus (@augustuslopes) é atualmentepastor da Primeira Igreja Presbiteriana de Goiânia, vice-presidente do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana doBrasil e presidente da Junta de Educação Teológica da IPB.
O Prof. Solano Portela prega e ensina na Igreja Presbiteriana de Santo Amaro, onde tem uma classe dominical, que aborda as doutrinas contidas na Confissão de Fé de Westminster.
O Dr. Mauro Meister (@mfmeister) iniciou a plantação daIgreja Presbiteriana da Barra Funda.
Fonte:http://tempora-mores.blogspot.com.br/2017/11/biblias-na-universidade-em-2011-um-dos.html
Fonte: O Tempora, O Mores
http://tempora-mores.blogspot.com.br/2017/11/biblias-na-universidade-em-2011-um-dos.html

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