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terça-feira, 17 de novembro de 2015

Cidade onde o cristianismo ainda é pregado tenta se salvar

IRAQUE E SÍRIA

“Esteja atento! Fortaleça o que resta e que estava para morrer.” Apocalipse 3.2a
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Segundo a Agência Internacional de Notícias da Assíria (AINA), esforços estão sendo concentrados para salvar um dos últimos centros cristãos indígenas da Síria de um ataque jihadista. A cidade pode ser alvo do Estado Islâmico (EI), que possui uma base a três quilômetros da cidade cristã Sadad, na Síria ocidental. "Estamos com medo do EI conquistar a cidade, pois perderíamos tudo. Que Deus venha impedir”, disse um dos líderes religiosos.

Confrontados com a perspectiva de mais uma perda insubstituível, diferentes facções anti-islâmicas se uniram para defender a cidade, embora a inciativa seja por razões diferentes. Sadad é uma cidade onde o cristianismo ainda é pregado. Quinhentos combatentes cristãos, unidos por combatentes pró-governo, viajaram por toda a Síria para impedir a queda da cidade. Em um ataque surpresa, há três semanas, o EI tomou a cidade de Mahin, que fica a 10 quilômetros ao leste de Sadad e finalmente avançou para uma montanha, cerca de 3 quilômetros ao sudeste de Sadad, afirma a AINA.

Desde agosto, milhares de civis foram deslocados por uma combinação de avanços e aumentou o bombardeio aéreo e terrestre das forças governamentais russas e sírias que tentam afastar os militantes. Cerca de 15 mil moradores deixaram a cidade, apenas algumas centenas de defensores permaneceram. A maioria dos que fugiram de Sadad viajaram para cidades com populações cristãs consideráveis, tais como Firouzeh e Zaidal.

Não deixe de orar e interceder por essa nação! Nossos irmãos passam por provações bem difíceis. Que Deus esteja com eles dando a segurança e refrigério que necessitam.

Esperança para a igreja no Iraque e Síria
Todos os dias, vemos e ouvimos nos meios de comunicação histórias de refugiados, e sabemos que eles precisam de nossa ajuda e de nossas orações. É por esse motivo que convidamos você a participar do Domingo da Igreja Perseguida (DIP) em 2016, um dia de intercessão pelos cristãos perseguidos ao redor do mundo.
Fonte: Portas Abertas

Então, o islamismo é uma religião Pacífica?


Por Solano Portela




O mundo está chocado com mais essa demonstração de violência de militantes muçulmanos ocorrida na França. Chefes de estado se preparavam para participar da marcha de repúdio aos assassinatos, neste domingo 11 de janeiro de 2015, que reuniu milhões de pessoas, quando o presidente da França François Hollande emitia essa declaração: “Esses terroristas nada têm a ver com a religião muçulmana”. Nesse meio tempo, a imprensa divulgava as palavras de um dos terroristas, Amedy Coulibaly, o homem que tomou de assalto o supermercado judaico em Vincennes, responsável por cinco das 17 mortes contabilizadas nesses atos de violência. Uma emissora de rádio gravou toda a sua argumentação e defesa dos seus tresloucados atos e de seus companheiros. Ele fundamenta a violência e os assassinatos exatamente na fé muçulmana que professa.

Mas a desencontrada afirmação, que contradiz as evidências, não tem sido emitida apenas por Hollande. O longo histórico de violência cometido por muçulmanos tem sido acompanhado pela tentativa renitente da mídia de esquerda em dissociar violência de islamismo. Jornalistas referem-se repetidamente a que atos de violência refletem apenas o “islamismo radical” e ressoam o bordão do Presidente Obama, de que “o islamismo é uma religião pacífica”, procurando dissociar as ações violentas dessa fé professada. Será?

A imprensa e governantes talvez assim se expressem temendo os movimentos que vêm surgindo na Europa contra o avanço islâmico no ocidente. Em janeiro de 2015, na Alemanha, a passeata do movimento PEGIDA (sigla, em alemão, para Europeus Patrióticos Contra a Islamização do Ocidente) despertou vários pronunciamentos da mídia fazendo ilações dessas reações com o que chamam de “Islamofobia”. Outros movimentos surgem na própria França, na Holanda e em outros países onde a presença dos maometanos é não somente muito visível, como crescente. Assim, tanto políticos como jornalistas querem nos convencer, que o islamismo não é uma ameaça real, mas apenas uns poucos extremistas. É lógico que não desejamos apoiar movimentos que apresentem ódio e discriminação civil a muçulmanos. Mas podemos fechar os olhos à associação de violência com o islamismo?

Os atentados na França despertam muita comoção porque foram perpetrados contra um órgão de imprensa, mas nem de longe são representativos do horror da continuada violência de origem muçulmana que tem martelado o mundo. Homens e carros-bombas são ocorrências quase diárias no oriente médio. As execuções em massa e a decapitações do chamado Estado Islâmico (“EI” ou “ISIS”) são atos impar de barbárie, justificados por profunda convicção de que Alá aprova esse envolvimento em uma “guerra santa”. As ações repugnantes do Boko Haram (o nome significa proibição de educação ocidental), na Nigéria, são apresentadas como “conversão” ao islamismo das adolescentes raptadas, e a indiscriminada matança que eles promovem, são praticadas com perturbadora tranquilidade e seus porta-vozes as fundamentam no Corão – quase na mesma semana em que 17 foram mortos na França, eles dizimaram centenas na cidade de Baga (as estimativas de mortos, espalhados pela cidade, variam de 200 a 2.000 pessoas – ninguém sabe ao certo). Não precisamos nem lembrar os ataques às torres gêmeas, em Nova York, com as quase 3.000 mortes. Nos últimos anos, violência e ameaças que cruzam as linhas internas do islamismo têm sido praticadas contra escritos, charges e pronunciamentos de personalidades. Os “militantes” e os vários Imãs que os apoiam nos informam que tudo ocorre sob a tutela e aprovação de Maomé. O próprio incidente na França é uma expressão mais cruel do que já vinha sendo anunciado desde que, nos idos de 2005, o jornal Dinamarquês “Jyllands-Posten” publicou 12 cartuns sobre Maomé, caracterizando-o como terrorista. Aquele periódico foi alvo de violentos protestos e ameaças dos muçulmanos.

Também em 2005, o Papa Bento XVI fez um pronunciamento caracterizando a religião islâmica como violenta (na realidade ele estava tão somente citando registros de pronunciamentos de Manoel II Paleologus, emitidos em 1391). O que aconteceu? Os islâmicos promoveram violentos protestos para provar que não eram violentos! Em Basra, no Iraque, a efígie do Papa foi queimada e, no Oriente Médio, muçulmanos jogaram bombas incendiárias em sete igrejas católicas, como se pudessem provar, pela violência, que o islamismo não é violento.

E as ocorrências no antigo império soviético? Em 2002, rebeldes muçulmanos chechenos ameaçaram mandar pelos ares centenas de pessoas, no Teatro Dubrovka, em Moscou. Isso gerou uma desastrada intervenção, característica da competência russa com inúmeros mortos (morreram 54 terroristas e quase 100 reféns). Na mesma Rússia, em setembro de 2004, outra brigada de muçulmanos chechenos fez 1200 mulheres e crianças reféns, em uma escola de Beslan, provocando um morticínio em massa – e haja mais intervenção russa desastrada (morreram mais de 330 mulheres e crianças).

Quando a grande mídia, em quase sua totalidade, fica apontando que a agenda de desprezo pela vida humana é característica apenas de algumas das correntes islâmicas, repetindo essas afirmações ad nauseam, fecham-se os olhos do mundo para o fato de que a própria religião realmente abraça e encoraja a violência e a sua propagação pela espada. Estudemos os xiitas e sunitas; arábios e indonésios; correntes supostamente moderadas e outras classificadas como extremistas; afro-americanos convertidos ao islamismo e os tradicionais muçulmanos: encontraremos a violência recorrente em todas essas vertentes, em grande parte dessas vezes, contra si mesmos.

O que o incidente da França tem em comum com todos esses outros ao longo da história contemporânea? O Corão e a religião islâmica. Mesmo que tenha virado moda confundir, em vez de esclarecer, e dizer que o cristianismo também é uma religião de sangue, que propaga a sua fé pelas guerras, etc. Mesmo que ouçamos essa inverdade repetida constantemente, o cristianismo verdadeiro não tem esse argueiro ou trava no olho. Como instituição ou religião não exaltou os suicidas, nem encorajou massacre de inocentes, nem reagiu com violência às infames blasfêmias do Charlie Hebdo. Raros fatos pontuais da história, em que um segmento ou outro de cristãos confundiu a Espada do Espírito com a de metal, não provam a regra. A verdade é que O CRISTIANISMO É PACÍFICO. Cristo ensina que a nossa luta não é contra carne e sangue. Ela é espiritual e não é vencida pela violência.

No entanto, se dermos uma olhadinha no Corão (Sura 9.5). Não há dúvida sobre o que ensina o Islamismo: “Assim, quando os meses sagrados passarem, então matem os idólatras aonde quer que possa encontrá-los e leve-os cativos e encurrale-os e espere por eles, em cada emboscada...” Ou (Sura 4.56) : “… com relação àqueles que não creem em nossas comunicações, faremos com que adentrem o fogo; com tanta frequência que suas peles serão totalmente queimadas. Mudaremos elas por outras peles, para que possam experimentar o castigo; certamente Alá é poderoso e sábio”. Realmente, não é um exagero equacionar islamismo com violência – ela está na raiz dessa religião falsa.

Então não existem muçulmanos pacíficos? Claro que sim. Mas, com toda probabilidade, eles ou são incoerentes com os documentos da fé que professam, ou fazem parte de um segmento oprimido pelo próprio islamismo. Não estamos dizendo que muçulmanos pacíficos sejam hipócritas, mas afirmamos que o germe da violência (que é expressão do anticristo, contrapondo-se à paz, que vem de Deus) está no islamismo. Se forem seguidas as consequências lógicas dessa religião, esse germe cria raiz, se aprofunda e desabrocha em violência. O grande lado cruel, e ao qual devemos demonstrar extrema sensibilidade, é que grande parte dos pacíficos são os muçulmanos oprimidos por muçulmanos opressores: mulheres, crianças, homens que amam suas famílias acima da pressão circunstante (“peer pressure”) dos semelhantes – uma característica do islã. Nesse caldeirão, as crianças vão crescendo olhando para a violência como uma forma de redenção e de rito de passagem de uma lado (o oprimido) para o outro (o opressor). Quantas mulheres, por vezes, não são pressionadas, ou cooptadas, a aderir à violência? Chega-se ao absurdo de se utilizarem, agora, de “meninas bombas”, como o Boko Haram fez no dia 10 de janeiro de 2015, na Nigéria (dizimaram 20 pessoas inocentes). O incidente na França fará com que esses pacíficos aflorem e resistam à violência? Não sei. Prouvera Deus que assim fosse, mas não tenho muita esperança disso.

Condeno o ataque ocorrido na França. Condeno as demonstrações de violência do islamismo, agora e em todas as épocas. Não me sinto obrigado, entretanto, a me identificar com a irreverência (termo que era pejorativo e hoje serve de elogio) e desrespeitos praticados pelos cartunistas e editores, ou a apoiar – sob pretexto de preservação da liberdade – as blasfêmias indiscriminadas presentes naquele Pasquim de segunda categoria (definitivamente, não sou Charlie), para protestar contra os assassinatos praticados em nome de Alá. Desprezo as ilações que têm sido feitas pela imprensa contra o cristianismo, como se andássemos de mãos dadas com os violentos da Terra. Não sou islamofóbico – o que quer que isso signifique – mas procuro ir além das versões superficiais apresentadas.

Por fim, a vigilância e repressão por meio das autoridades constituídas é o meio imediato, por certo, para garantir a vida e o direito de ir e vir. No entanto, concordo com as palavras do Rev. Ageu Magalhães, que escreveu a propósito dos incidentes na França:

As ações militares são necessárias para frear o terror e a injustiça, todavia, são paliativas. Morrem 100 terroristas, nascem 1.000, dispostos a vingar os que morreram. A solução passa pelo Evangelho, transformando terroristas em servos de Jesus Cristo. Esse é o único remédio eficaz. Não sabemos o quanto de muçulmanos ainda se converterão ao Evangelho, mas sabemos que nosso dever é ir, enviar, orar e sustentar.

Essa é a mensagem de paz que caracteriza os verdadeiros cristãos. A paz de Cristo é o que precisamos agora e sempre.

Solano Portela

Fonte: O Tempora! O Mores

Campanha abortista com atores da Globo tem segundo maior índice de reprovação da história do Youtube

Por Renato Vargens

vídeo (veja abaixo) em que diversos atores da Rede Globo de Televisão fazem uma defesa incondicional ao aborto (MEU CORPO MINHAS REGRAS), em pouco mais de 10 dias já alcançou uma marca histórica, de ter o segundo maior índice de reprovação da história do Youtube com 85 % de deslike, atrás apenas do vídeo do clipe de Rebecca Black – Friday, que, segundo informações da revista Super Interessante, alcançou a desaprovação de 88% (deslike) no maior portal de vídeos do mundo.

Pois é,  para desespero da esquerda que defende o assassinato de crianças a população brasileira é conservadora. Sim! Isso mesmo, o povo brasileiro rejeita e condena o aborto e por mais que uma minoria tente de todas as formas introjetar leis que normatizem o assassinato de crianças, o povo mediante manifestações populares e democráticas, tem dito não ao assassinato de crianças.

Concluo mais uma vez afirmando que vida humana é um dom de Deus, e que não há nada mais criminoso e mais anti-cristão do que o aborto. Afirmo também que toda e qualquer tentativa de aborto afronta diretamente o Criador  e Senhor de todas as coisas e que o Eterno, no dia do juízo final não terá por inocente os que defenderam o assassinato de crianças.

Pense nisso!

Renato Vargens



Namoro INTEGRAL e regrado a sexo, uma nova modalidade de namoro criada por alguns evangélicos


Por Renato Vargens

Outro dia soube de uma moça que disse que prefere ficar sem namorado à namorar alguém da igreja, visto que todos os jovens de sua igreja que a procuram para um relacionamento afetivo desejam um namoro integral.

Curioso com a fala da menina perguntei o que significava namoro integral, o que me foi respondido, namoro regado a sexo.

Pois é, no mundo isso é natural, mas na igreja? Ora, definitivamente o pecado tem sido relativizado entre os crentes. Confesso que assusta-me a forma por exemplo com que os jovens tem desenvolvidos seus namoros. Em nome de uma espiritualidade libertina inúmeros adeptos do sexo livre não vêem nada demais em que os jovens antes do casamento se relacionem sexualmente uns com os outros. 

Como já escrevi anteriormente (aqui) creio piamente que as Escrituras  condenam o sexo antes do matrimônio e que como cristãos não devemos tomar a forma desse mundo, trazendo para igrejas comportamentos que ferem a santidade de Deus.

Digo mais,  como cristãos, não devemos nos curvar diante da imoralidade que tem destruído parte da sociedade brasileira. Como discípulos de Senhor, temos por missão anunciar a esta geração os valores e pressupostos bíblicos. 

Isto posto, afirmo que toda aqueles que defende a  ideia do sexo antes do casamento age de forma leviana e irresponsável, induzindo adolescentes e  jovens a pecarem contra o Senhor. 

Termino dizendo que os solteiros são chamados pelo Senhor a viverem a sua sexualidade de forma irrepreensível, esperando com paciência pelo casamento para enfim, debaixo da graça de Deus desfrutar desta maravilhosa bênção de Deus chamada sexo. 

Pense nisso! 

Renato Vargens

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Evangelismo online tem resgatado vidas no Oriente Médio

ORIENTE MÉDIO

"Nós usamos a internet para levar a Palavra ao mundo árabe"
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A presença online da Portas Abertas no Oriente Médio está crescendo rapidamente, através de vários projetos de mídias sociais, focados no apoio aos cristãos árabes. O resultado até agora é de 500 mil curtidas na página do Facebook. A cada semana, milhares de pessoas tomam conhecimento da presença da ONG em solos orientais.
A página da Portas Abertas oferece um vasto conteúdo sobre os valores cristãos, além de textos bíblicos, a transmissão de testemunhos e reportagens num contexto árabe. Das 355 milhões de pessoas que vivem no Oriente Médio, cerca de 50% passou a ter acesso à internet. Segundo um analista da Portas Abertas: "A mídia social teve uma forte influência sobre os conceitos dos cidadãos em relação à política e à sociedade", diz ele, referindo-se à primavera árabe que foi alimentada pela mídia on-line.
"Isto significa que a internet oferece muitas oportunidades para a nossa organização também. Assim como o irmão André, fundador da ONG, contrabandeou bíblias em seu Volkswagen, nós usamos a internet como veículo para evangelizar muitas vidas que estão em países fechados para o cristianismo", continua o analista. Os sites e comunidades online são visitados por pessoas de todo o Oriente Médio, de Marrocos e Líbia para a Península Arábica. Existe uma equipe de suporte on-line, operando dentro daquela região.
"Semanalmente, 35 mil pessoas circulam pelas mídias, deixando comentários em nossas postagens e há muitas conversas que falam sobre o amor de Cristo com bastante profundidade. Já temos meio milhão de curtidas, mas não é este número que nos alegra, e sim o número de pessoas realmente alcançadas pelas boas novas do Salvador", diz ele e finaliza: "O nosso principal objetivo não é ver o crescimento no mundo virtual, mas ajudar as pessoas a encontrarem uma comunidade local onde possam interagir com os irmãos pessoalmente, e assim, fazer com que o corpo de Cristo cresça e se multiplique.
Portas Abertas Brasil no FacebookAtualmente, a Portas Abertas Brasil tem mais de 500 mil curtidas no Facebook. Você faz parte deste número? Curta a página e compartilhe com seus amigos mais notícias, testemunhos, informações sobre eventos e muito mais!
Fonte: Portas Abertas

Testemunho: mulher norte-coreana arrisca a vida por amor a Cristo

Imagem: Divulgação

Uma mulher norte-coreana teve sua vida totalmente transformada, quando há cinco adoeceu gravemente e quase morreu. Depois de ser curada milagrosamente, ela decidiu que usaria seu testemunho para levar  a palavra de Deus a outras pessoas.
Hoje, a senhora Shelter, como é conhecida em um dos abrigos da Organização Portas Abertas, arrisca sua vida para fazer o Reino de Deus avançar no país, que há 13 anos tem sido o local mais difícil do mundo para um cristão praticar sua fé. Um recorde desde que a Classificação da Perseguição Religiosa foi criada, em 1994. Nenhum outro país ficou por tanto tempo ocupando a posição de maior destaque desta triste lista.
A casa de Shelter fica numa rua escura, onde a energia elétrica não funciona em nenhum dos postes. Parece ser um abrigo como qualquer outro, mas o que ninguém sabe é que ali é um ponto de pregação, onde cristãos se reúnem em secreto, graças à ousadia dessa senhora.
“Eu estive à beira da morte, e então um pastor veio me visitar e orou por mim. Eu presenciei um milagre em meu corpo, e senti na pele a presença de Jesus. E hoje, eu sei exatamente o motivo de Deus ter me curado, ele queria me usar no ministério. Eu vejo as pessoas vagando pelas ruas, à procura de lugares para dormir. Eu simplesmente ofereço esse lugar, e quando eles vão embora querem saber por que eu faço isso sem pedir nada em troca. É quando eu compartilho com eles sobre Jesus e sobre a Bíblia”, explica.
Ela conta ainda que normalmente estas pessoas voltam e pedem ensinamentos bíblicos e é por este motivo que o grupo está crescendo a cada dia. “Deus está salvando os norte-coreanos, é por isso que nós seguimos em frente, orientando, guiando e orando com muita fé”, testemunha.
Apesar de ser alvo constante de inspeções das autoridades chinesas e norte-coreanas, ela não teme e afirma: “O Espírito Santo me capacitou no discernimento, e eu consigo identificar os espiões assim que eles chegam. Eu os trato com o amor de Cristo, e no final de suas visitas, eles confessam que vieram para escrever seus relatórios a meu respeito, mas eles acabam escrevendo a meu favor”, finaliza a valente cristã.
Deixe seu comentário.
Fonte: Portas Abertas

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Feminismo, Marxismo e outros Abismos

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O movimento feminista tem crescido e ganhado força até mesmo dentro das igrejas. Desde reivindicações a ordenação de mulheres até uma revisão terminológica que nega a descrição paternal de Deus, preferindo chamá-lo de “Mãe Celestial”, o feminismo tem feito muitos estragos dentro da comunidade da fé. Tenho observado nas redes sociais um leque de compartilhamentos com conteúdos oriundos de coletivos feministas que gritam pela emancipação da mulher e defendem a plena igualdade de gênero (ou a inexistência do mesmo). Mas, se queremos ser chamados de cristãos, precisamos ter uma opinião solidificada na Escritura para tratar desta questão. Diferente dos outros escritos para a série sobre “marxismo cultural”, evitarei citações de outros livros para focar naquilo que nos diz a Bíblia, partindo do pressuposto ortodoxo de que ela é inspirada e isenta de erros, sendo o seu ensino infalível e autoritativo para todo e qualquer cristão.

Homem e Mulher: Diferentes, porém iguais

Lemos em Gênesis 1.27 que “Deus criou o homem à sua imagem; a imagem de Deus o criou, homem e mulher os criou”. Assim sendo, se somos cristãos e bíblicos, não podemos concordar com o discurso construtivista. Simone de Beauvoir foi quem (nos idos dos anos 1950) propagou a ideia de que a “mulher não nasce mulher”, mas que isto é uma construção social e que é preciso emancipar o sexo feminino a partir de uma visão centrada em si mesma, pois, até então, a identidade feminina era sempre observada a partir das características dos homens. Lendo a Escritura e adotando o pressuposto de que o relato da criação é verdadeiro e consistente, vemos que a diferenciação macho-fêmea é algo que Deus em sua infinita sabedoria arquitetou.

Temos aqui a base para a diferenciação entre os sexos, algo que é biologicamente perceptível, e com muita facilidade. Homens e mulheres têm aparências distintas, o corpo é uma amostra gritante desta diferenciação. Sabemos que tal diferenciação é cromossômica e hormonal. Geneticistas americanos descobriram o gene TDF, encontrado apenas nos homens, este presente no par cromossômico XY. Portanto, um gene entre cerca de 100 mil que formam a bagagem hereditária fundamenta o motivo de haver sexo masculino e feminino[1]. Daí vem às demais distinções: O gene TDF é o formador dos testículos, e neles temos a produção da testosterona, hormônio que influencia na composição do corpo másculo com todas as suas particularidades. De igual modo, as mulheres têm seus hormônios, progesterona e estrógeno, que atuam na formação das características sexuais do corpo feminino.

Se ninguém nasce homem ou mulher, qual o real sentido dessas diferenças tão perceptíveis em nossos corpos? Se, como diz a ideologia de gênero (defendida por muitas feministas), a pessoa escolhe ser o que quiser, independente do corpo e do sexo, aí temos uma verdadeira construção que numa forma de aberração tenta lutar com a própria natureza que desde o nascimento já deixa evidente quem nasce com o sexo masculino e quem nasce com o sexo feminino. Uma construção antinatural e inconsistente. Ponto para Bíblia, que sempre endossou o que diz a biologia.

Agora devemos observar o seguinte: se é verdade que homens e mulheres são diferentes, também é verdade, em certo sentido que iremos estudar, que são iguais. Observemos o relato mais detalhado da criação do ser humano:

Então o Senhor Deus fez cair um sono pesado sobre o homem, e este adormeceu; tomou-lhe, então, uma das costelas e fechou a carne em seu lugar, e da costela que o SENHOR Deus havia tomado, formou a mulher e a trouxe ao homem”. Gênesis 2. 21-22

Aqui encontramos algo que distingue a concepção judaico-cristã da concepção de outros povos da antiguidade: A mulher foi feita da mesma substância que o homem e não de uma inferior, como criam algumas culturas da mesopotâmia e da palestina. Lemos também em Gênesis 1.27 que adam, isto é, o ser humano, foi criado a imagem de Deus, e isto engloba macho e fêmea. Para um melhor entendimento, vejamos o versículo 2 do capítulo 5 do mesmo livro: “Criou o homem e a mulher; e os abençoou, e os chamou pelo nome de Homem (Adam), no dia em que foram criados”. 

Mulheres possuem valor, tem dignidade e devem ser tratadas como seres humanos da mesma estatura que os homens. Não são inferiores intelectualmente e/ou moralmente, como disseram filósofos do gabarito de Aristóteles e até mesmo um iluminista como Voltaire. A Bíblia nunca negou isso, pelo contrário, sempre reafirmou. Sabemos o quão importantes foram as mulheres durante todo o ministério de Jesus Cristo, e que sua primeira aparição após ter ressuscitado foi para três delas (Mc 16. 1-8). Até mesmo o apóstolo Paulo, que muitas vezes é apontado como machista por boa parte das feministas, teve um apreço enorme por muitas mulheres pelas quais chamou de cooperadoras, recebendo honrosas menções em suas epístolas[2].

Agora, devemos separar muito bem as coisas. Igualdade não é o mesmo que igualitarismo. Deus dotou homens e mulheres com características distintas e que se complementam. Esta agenda feminista que exige que mulheres exerçam toda e qualquer função ocupada por homens é um extremo que deve ser evitado. Mais uma vez é preciso se fundamentar biblicamente para tratar a questão com coerência.

Papéis Diferentes e Complementares

A base da relação homem e mulher é a formação da família. Coube ao primeiro casal encher a terra e sujeitá-la (Gn 1.28). A sociedade é o desdobramento da relação familiar e dentro da família os papéis masculino e feminino estão bem delimitados. Em Efésios 5.22-33 temos a delimitação pormenorizada pelo apóstolo Paulo.

No referido texto, Paulo começa dizendo que as mulheres precisam se submeter aos seus maridos. Esta submissão é como sendo uma sujeição ao próprio Cristo. Mas isto não quer dizer que o homem pode tratar a mulher como um lixo e que a mesma tem que se sujeitar a uma situação humilhante. Não! É preciso entender que o papel do marido é semelhante ao de Jesus. O marido é o cabeça do lar, mas sua liderança é a de líder-servo. Jesus amou a igreja ao ponto de se entregar por ela, de igual modo, os maridos devem portar um amor altruísta e sacrificial, exercendo sua liderança não pela força bruta, mas amando. É fato que o homem é biologicamente mais forte que a mulher, e muitos se utilizam desta maior força física para subjugá-las. Paulo ensina que o verdadeiro homem, que se parece com Cristo, abdica de sua força e não exerce um domínio violento. O amor é o elemento pelo qual os maridos exercem sua liderança familiar.

Se no casamento, os papéis são bem definidos, o mesmo vale para a igreja. Biblicamente, cabe ao homem o papel de liderança, o que não quer dizer que este seja um crápula pelo simples fato de liderar. O que torna um homem inapto para exercer liderança é a deturpação do princípio bíblico de que liderar é servir e todo o serviço cristão é pautado em amor. A liderança masculina é inerente à ordem criacional e Satanás tentou inverter quando tentou Eva e esta influenciou Adão. O resultado foi o mais desastroso entre todos os desastres. O pecado surgiu com a inversão da ordem estabelecida por Deus. De igual modo, não pode haver na igreja uma contraversão que coloque mulheres exercendo autoridade sobre os homens. Daí a inconsistência do pastorado feminino, que em nenhum local da Escritura encontra respaldo, muito pelo contrário (veja p. ex., 1 Tm 2.11-14).

As mulheres não estão segregadas ao ostracismo, elas podem ser ativas e são. Muitas mulheres na história da igreja foram úteis em ministérios de oração, educação infantil, ação social e evangelização. Não foram poucas as mulheres que educaram homens que se tornaram pastores fiéis, e que por meio da pregação ortodoxa glorificaram a Deus e trouxeram muitos ao arrependimento. Estes ministérios não podem ser encarados como inferiores. Tem muita importância e glorificam a Deus. As mulheres não exercem liderança oficiosa sobre os homens, este é o ponto. O igualitarismo não fará com que as mulheres se sintam algo a mais por fazerem exatamente aquilo que fazem os homens. O que dá sentido a vida de alguém é a noção de que se está fazendo aquilo que Deus requer para si de forma fiel e amorável.

Ademais, existe uma compatibilidade no binômio macho-fêmea que os tornam um por meio do matrimônio. Deus criou Eva para ser uma auxiliadora idônea (Gn 2.28) e aqui temos dois sentidos. Podemos interpretar como mesma estatura ao ponto de Adão poder olhá-la diretamente, olhos nos olhos, e também podemos inferir que seja o correspondente a posição oposta, a banda que forma um todo. Assim, toda mulher que foge do casamento e da maternidade (ou adia) para se dedicar a uma carreira profissional, achando que irá se realizar na vida, comete um equívoco e alcançará frustração, pois, está abnegando daquilo que é sua incumbência natural. Não afirmo que não possa trabalhar e almejar um bom cargo, apenas saliento que estes devem ser objetivos secundários.

Um abismo chama outro abismo

Quando o feminismo surgiu, algumas pautas eram até justas[3], todavia, o movimento se perdeu em pressupostos marxistas e tentaram redefinir o papel das mulheres na sociedade. Para os coletivos feministas-marxistas, o modelo patriarcal é basilar para o sistema capitalista e por isso é necessário subverter o papel da família para se atingir os ideais revolucionários e estabelecer o regime do proletariado. Acontece que a subversão não para por aí.

Após a proposta de redefinição do papel social da mulher, houve a defesa de uma redefinição da sexualidade. Sexo livre e homossexualidade foram os primeiros frutos colhidos. Muitas lésbicas endossaram os coletivos feministas e pregaram a legitimação do casamento gay. Atualmente a ideologia de gênero é pauta principal, juntamente com a legalização do aborto, pois, afirmam que a mulher tem o direito de fazer o que quiser com o seu corpo. Quer algo mais anticristão do que os assuntos elencados? O moderno movimento feminista é mais um instrumento nas mãos do marxismo cultural para doutrinar a sociedade com conceitos divergentes daquilo que o cristianismo sempre apregoou e tem ganhado cada vez mais espaço nos governos de esquerda, tornando-se pastas que abertamente lutam pela emancipação feminina, associadas aos grupos LGBT’s e outras ditas minorias.

Recentemente, um vídeo campanha protagonizado por atores globais exaltou o direto da mulher de decidir interromper a gravidez. A campanha intitulada “Meu corpo, Minhas regras” tem 30 mil “deslikes” a mais do que likes, demonstrando que a sociedade não digere bem este tipo de abordagem leviana e pobre. Existe uma moção de repúdio contra o vídeo (você pode assinar clicando aqui). O corpo da criança não nascida não é uma extensão do corpo da mãe. E pouco importa o tempo de semanas do embrião. O que há no ventre da mulher é um ser vivo e portador da imago Dei, é assim que trata a Escritura (Gen. 25:22; Jer 1.5; Sal 22:9-10; 71:6). Perceba que a filiação antecede o nascimento de acordo com Lc 1.36, 41, 44. Logo, abortar é assassinato, um pecado hediondo e que Deus sempre puniu com severidade.

À guisa de conclusão, fica nítida a inconsistência entre os ideais feministas - intoxicados de marxismo - e o ensino bíblico. O materialismo e o construtivismo são pensamentos que contrastam com o Evangelho, este último, é metafísico e sustenta a ordem criacional. Por isso, estejamos alertas e combativos. Quando o feminismo começar se infiltrando em nossas congregações, usemos a Bíblia para que este mal seja arrancado fora do seio da Igreja. Fiquemos com o compatibilismo de Gênesis 1.27:

Deus criou o homem à sua imagem; a imagem de Deus o criou, homem e mulher os criou”.

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Notas:
[1] Saiba mais clicando aqui: http://super.abril.com.br/ciencia/cromossomos-coisa-de-homem
[2] Seria bom ler o Capítulo 16 de Romanos e contar quantas mulheres são saudadas pelo apóstolo Paulo.
[3] Direito ao voto, direito a educação e salários iguais para funções iguais exercidas por funcionários homens são exemplos de pautas que considero justas. 

***
Autor: Thiago Oliveira
Fonte: Electus

A REFORMA NOS DEU UM LUGAR À MESA




Por Kevin DeYoung

Junto com a justificação, não houve questão mais ferozmente debatida durante a Reforma que a doutrina da Ceia do Senhor. Embora os reformadores nem sempre concordassem entre si quanto ao significado da Ceia, eles estavam unidos em sua oposição à noção católica romana da transubstanciação. Usando as categorias de Aristóteles, os teólogos católicos ensinavam que a substância do pão e do vinho eram mudados, enquanto os acidentes permaneciam os mesmos. Assim, os elementos eram transubstanciados nos verdadeiros corpo e sangue de Cristo, mas ainda permaneciam com a aparência externa de pão e vinho.


De acordo com o ensino católico, quando Jesus pegou o pão e disse “este é meu corpo”, ele quis dizer “esse pedaço de pão é minha carne física, real e genuína”.Todos os reformadores concordavam em ridicularizar essa posição como absurda (John Tillotson, pregador do século XVII, foi o primeiro a especular que havia uma conexão entre a frase em latim hoc est corpus meum [“este é meu corpo”] e fórmula mágica hocus pocus). Protestantes tem concordado que Jesus estava empregando uma figura de linguagem no cenáculo. Assim como “eu sou o bom Pastor” não significava que Jesus cuidava de animais que fazem “béé”, “eu sou a porta” não significava que Jesus funcionava com dobradiças, e “aquele que crê em mim… do seu interior fluirão rios de água viva” não significava que os discípulos iam jorrar H20 por uma válvula, da mesma forma, “este é meu corpo” não significava que “esse pedaço são minha carne e osso aristotelicamente definidos” (cf. 1 Co 10.4).

Lutero e seus seguidores rejeitaram a transubstanciação, mas eles não rejeitaram completamente a real presença física de Cristo. Ao afirmar a consubstanciação, luteranos tem defendido que, embora o pão permaneça verdadeiro pão e o vinho, verdadeiro vinho, ainda assim a presença física de Cristo também está presente “em, com e sob” os elementos.

Uma terceira visão da Ceia do Senhor, chamada de visão memorial, é frequentemente atribuída a Ulrich Zwínglio, embora não esteja claro se isso captura todo o seu pensamento. Nessa visão, a comunhão é simplesmente um banquete de lembrança. Não há nada místico e não há presença real para criar polêmica. O pão e o vinho permanecem os bons e velhos pão e vinho. Eles servem como um lembrete do sacrifício de Cristo, um memorial a sua morte por nossos pecados.

A quarta visão – e, para mim, a visão correta – é normalmente associada com João Calvino. Calvino acreditava que a Ceia era um banquete comemorativo, mas ele cria que também era um baquete de comunhão. Ele acreditava em uma presença real, uma presença espiritual real, pela qual nós banqueteamos em Cristo pela fé e experimentamos sua presença por meio do ministério do Espírito Santo. Como o Catecismo de Heidelberg afirma, pela fé, “nós participamos do Seu verdadeiro corpo e sangue” (Q. 79).

Ninguém duvida que a Ceia do Senhor seja, pelo menos em parte, um memorial. Nós relembramos a Última Ceia e relembramos a morte de Cristo (1 Co 11.23, 26). E, quando relembramos sua paixão no passado, proclamamos sua morte até que ele venha no futuro. Mas a Ceia do Senhor é mais que mera cognição mental. 1 Coríntios 10.16 diz: “Porventura o cálice de bênção, que abençoamos, não é a comunhão (koinonia) do sangue de Cristo? O pão que partimos não é porventura a comunhão (koinonia) do corpo de Cristo?”. Quando bebemos do cálice e partimos o pão, participamos e temos comunhão com o corpo e sangue de Cristo. Somos unidos a ele e experimentamos uma profunda e espiritual koinonia com ele. Obtemos o alimento espiritual que vem dele (Jo 6.53-57) e, como crentes, unimo-nos ao redor dele (1 Co 10.17). Cristo está verdadeiramente presente conosco na Mesa.

Uma Refeição, Não um Sacrifício

Tão importante quanto entender o significado da Ceia do Senhor é entender que é uma ceia o que estamos celebrando. O banquete sacramental é uma refeição, não um sacrifício. A última sentença do parágrafo anterior é essencial, não somente por causa da primeira cláusula (sobre a presença de Cristo), mas também por causa da última palavra. Ao celebrar a Comunhão, nos achegamos a uma mesa, não a um altar. Dentre todas as redescobertas críticas da Reforma, é fácil ignorar a importância de recuperar a Ceia do Senhor como uma refeição pactual (não uma re-apresentação da morte expiatória de Cristo) com todos os elementos (pão e vinho) distribuídos a cada crente (não mais negando o cálice aos leigos). A Ceia do Senhor funciona como uma mesa de família em que podemos desfrutar de comunhão uns com os outros e com nosso Anfitrião, participando do rico banquete de bênçãos compradas para nós na cruz.

Eu temo que em igrejas demais a Ceia do Senhor é ou celebrada com tão pouca frequência que é quase esquecida, ou celebrada com tal monotonia irrefletida que as pessoas a toleram, em vez de apreciá-la. A Ceia do Senhor deveria alimentar e fortalecer-nos. O Senhor sabe que nossa fé é fraca. É por isso que ele nos deu sacramentos para ver, provar e tocar. Tão certamente quanto você pode ver o pão e o cálice, assim também é certo o amor de Deus por você através de Cristo. Tão certo quanto você mastigar a comida e beber a bebida é o fato de Cristo ter morrido por você. Aqui na Mesa a fé torna-se vista. Os simples pão e vinho fornecem segurança de que Cristo veio por você, Cristo morreu por você, Cristo está vindo de novo por você. Sempre que comemos do pão e bebemos do cálice, não somente re-proclamamos a morte do Senhor até que ele venha outra vez (1 Co 11.26), nós também re-convencemos a nós mesmos da provisão de Deus na cruz.

Não diminua os auxílios visuais preferidos de Deus – batismo e Ceia do Senhor – e passe direto para os vídeos, teatros e adereços que chamam a atenção das pessoas. Que erro pensar que esses “sinais e selos” serão de alguma forma tão eficazes quanto aqueles instituídos pelo próprio Cristo. Pastores que ignoram os sacramentos ou nunca instruem a congregação a entender e apreciá-los estão privando o povo de Deus de um tremendo encorajamento em sua caminhada cristã. Que bênção é ouvir o evangelho e também comê-lo.

É claro, este comer e beber deve ser realizado em fé para ser eficaz. Os elementos em si não nos salvam. Mas, quando os comemos e bebemos em fé, podemos ter certeza de que recebemos perdão de pecados e vida eterna. Mais do que isso: nós recebemos uma imagem de nossa união com Cristo. Ao comermos o pão e bebermos do cálice, temos comunhão com ele, não arrastando Cristo do céu, mas experimentando sua presença por meio do Espírito Santo. Não cheguemos à Ceia do Senhor com fastio e baixas expectativas. Se você derramar uma lágrima à Mesa, que não seja por tédio, mas por gratidão e puro assombro e deleite. “De joelhos em adoração, em gozo e paz sem fim, com gratidão hei de clamar: ‘Por que escolheste a mim?’”.

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Traduzido por Josaías Jr no Reforma 21

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

A comunicação no casamento

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Atender as nossas necessidades e às expectativas do nosso cônjuge, e tudo isso harmoniosamente, tem sido um grande desafio através dos séculos. O primeiro problema de comunicação surgiu no Éden, quando nossos primeiros pais, Adão e Eva pecaram contra Deus. Como filhos de Adão, o pecado também afetou todas as áreas da nossa vida, inclusive a comunicação.

Um casamento bem sucedido é construído e mantido pela ponte da boa comunicação. Para lograrmos êxito precisamos de uma boa comunicação. Para que nossa comunicação seja satisfatória é necessário que cada um expresse seus pensamentos, sentimentos e desejos de modo que o outro ouça e entenda.

Parece simples, mas não é. Pastores e conselheiros afirmam que as queixas mais ouvidas são do tipo: “ele simplesmente não se comunica. Há anos eu tento fazê-lo conversar comigo”. Ou então: “é impossível entendê-la. Não há sintonia entre nós. Portanto, eu desisto, não quero mais viver com ela”.

Surgem então os problemas. As dificuldades de comunicação concebem intermináveis conflitos, provocados em sua grande maioria por problemas comuns e básicos. Começamos a nos armar como se fôssemos travar uma verdadeira briga contra um terrível inimigo. Mas espere aí! Ele é o nosso próprio cônjuge! E por falar em brigas... Em sua opinião, quais são as principais armas que temos levado à briga? Neste post gostaria de compartilhar com você pelo menos algumas armas que considero extremamente letais para o casamento:

Principais armas contra a comunicação eficaz

1. Memória rancorosa. Conhecida também como “síndrome do baú”, diz respeito às mágoas do passado que guardamos por muito tempo e que trazemos à memória justamente no momento de uma discussão, prejudicando o nosso relacionamento e destruindo a ponte para o diálogo.

2. Frases duras e desnecessárias. Por que precisamos discutir algum assunto ou reclamar de alguma coisa com raiva? Por que gritamos e usamos palavras tão duras? Você já notou que até a expressão de nosso rosto muda quando somos grosseiros. O que ensinamos para os nossos filhos quando agimos assim? O que você faria se alguém entrasse na sua casa no exato momento em que você está brigando com seu cônjuge?

3. Comparações sem nenhum sentido. A esposa se desentendeu com o marido porque ele deixou mais uma vez os sapatos na sala ou não abaixou a tampa do vaso sanitário, mas a discussão se avoluma e sem nenhuma objetividade e inteligência vai parar nas comparações entre as sogras. Pobres sogras, sempre sobra pra elas! As comparações sem sentido são semelhantes à tentativa de se apagar um incêndio com gasolina.

4. Ataques pessoais. Esta é uma arma terrível. Não há coisa mais triste do que ferirmos aquele que prometemos amar, honrar e respeitar com gozações, apelidos e ridicularizações. Os maridos nunca devem rir ou fazer gozações quando estiverem discutindo alguma coisa com sua esposa. Já as mulheres não podem usar o excesso de lipídios abdominais de seu marido para ridicularizá-lo em meio a uma discussão só porque ele é buchudinho[1].

5. Silêncio total. O casal briga e depois fica sem se falar na mesma casa por semanas evitando o encontro. Os filhos percebem e acham tudo muito estranho. Parece que seus pais não se conhecem. Nós, maridos, somos experts nisso, “matamos na unha” quando ficamos chateados e ainda batemos no peito dizendo: “a nossa melhor arma é o silêncio”. Mas onde fica o diálogo nisso tudo?

O que fazer e não fazer na comunicação?

1. Não levante o passado de seu cônjuge, mas perdoe. O livro de Provérbios diz que “O que guarda a boca e a língua guarda a sua alma das angústias” (Pv 21.23). O perdão sincero constrói sólidas pontes para uma comunicação sincera e amorosa entre o casal.

2. Não seja grosseiro, mas educado como se tratasse um estranho. Você já percebeu que dificilmente nós tratamos um estranho com grosserias? Por que deve ser diferente com quem tanto amamos? A Bíblia diz que “O homem iracundo suscita contendas, mas o longânimo apazigua a luta” (Pv 15.18). Quando usamos a Palavra de Deus em nossa comunicação transformamos uma briga em entendimento pacificador e cheio de perdão (Pv. 15.1).

3. Não conte histórias sem fim, antes seja conciso e objetivo. As diferenças ou divergências sempre existirão, e nós precisaremos sempre enfrentá-las com objetividade. Em meio a uma discussão nunca fuja do foco. Esteja pronto para ouvir, tardio para falar e se irar (Tg 1.19). “A discrição do homem o torna longânimo, e sua glória é perdoar as injúrias.” (Pv 19.11).

4. Não pague na mesma moeda, antes seja positivo, amável, altruísta (ainda que não sinta vontade). “Não digas: Como ele me fez a mim, assim lhe farei a ele; pagarei a cada um segundo a sua obra.” (Pv 24.29). As palavras sábias em meio a uma discussão promovem a cura das feridas porque são cheias de amor e de encorajamento (Pv 12.18; 16.24). Nunca demore para perdoar ou pedir perdão.

5. Não fique emburrado, nem dê tratamento silencioso, mas seja cooperador e edifique ao seu cônjuge com suas palavras. Se usarmos a Bíblia como o fundamento da nossa comunicação nós edificaremos quem mais amamos com nossas próprias palavras. O silêncio não pode ser utilizado pelo casal como uma arma da carne. Devemos falar a verdade em amor (Pv 27.5) e sempre ouvir também, pois isso faz muito bem para o relacionamento (Pv 19.20).

Como melhorar a minha comunicação?

1. Seja dedicado. Se você deseja que o seu cônjuge mude, que ele se comunique, converse com você, tome a iniciativa e mude primeiro. Para essa tarefa duas coisas serão extremamente importantes: esforço e boa vontade. Deus pode realizar por meio de você algo que você nunca imaginou.

2. Seja humilde, reconheça suas limitações e ore. Deus, em sua soberania, planejou tudo de maneira tão sábia que a nossa santificação ou aperfeiçoamento em santidade de vida só acontecerá se antes de nos comunicarmos com o nosso cônjuge exercitamos a nossa comunicação com Deus. A realidade é que temos orado muito pouco. A pergunta é: Quanto tempo você tem gastado em oração por seu marido ou esposa? A oração nos faz mais humildes, mais dependentes de Deus e da sua graça. O exercício da humildade nos leva à submissão, quebra o nosso orgulho, nos transforma em servos uns dos outros.

3. Busque sempre bons conselhos. Não fique ilhado. Todos nós precisamos de conselheiros bíblicos, classes de casais, conferências e reuniões para sermos supridos. Os casais mais velhos devem ajudar os casais mais novos. Lembre-se: isso é bíblico.

4. Estude a Palavra e leia bons livros. Leia e estude a Bíblia. Nela encontramos o padrão divino para a comunicação eficaz no casamento. Utilize bons livros e torne-se um pesquisador do assunto. Muita coisa boa tem sido publicada sobre comunicação em livros cristãos para casais.

Conclusão

Não existe casamento perfeito, e isto é fato. A razão pura e simples é porque nós não somos perfeitos! Contudo, a Bíblia nos diz que Deus é perfeito e misericordioso. Ele nos revelou em sua Palavra a graça abundante e maravilhosa do nosso Senhor Jesus Cristo, a qual redime e restaura os pecadores e seus casamentos. Ele sempre nos leva novamente ao início de tudo.

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Notas:
[1] No Nordeste, barrigudinho.
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Autor: Rev. Alan Kleber Alves Rocha é sergipano, graduado em teologia pelo Seminário Presbiteriano do Norte (Recife-PE) e mestrando pelo Centro Presbiteriano de Pós-graduação Andrew Jumper. É casado com Adriana e pai da Ester. Pastoreia a Igreja Presbiteriana de Aracaju desde 2009.
Fonte: E a Bíblia com isso?

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Desconstruindo mitos sobre Calvino



Eu particularmente tenho sido abordado por irmãos queridos sobre a vida de Calvino. Na verdade, os conceitos e ideias que alguns possuem sobre o Reformador francês são extremamente equivocados. O meu amigo Franklin Ferreira, publicou no "Voltemos o Evangelho" alguns mitos que parte da igreja brasileira tem desenvolvido sobre o reformados, os quais resolvi reproduzir abaixo.

Vale a pena a leitura!

Renato Vargens

Desconstruindo mitos sobre Calvino

Mito: Calvino inventou a doutrina da predestinação. 

Fato: Entre outros, Agostinho, Anselmo, Aquino, Lutero e Zwinglio ensinaram e escreveram sobre a doutrina da predestinação antes de Calvino, enfatizando a livre graça de Deus triunfando sobre a miséria e escravidão ao pecado. 

Mito: A doutrina da predestinação é central na teologia de Calvino. 

Fato: Em seus escritos, especialmente nos comentários, Calvino trata do tópico quando o texto bíblico exige. E como alguns eruditos têm sugerido, o tema central de sua teologia parece ser a união mística do fiel com Cristo. 

Mito: Calvino não tinha interesse em missões. 

Fato: Entre 1555 e 1562 um total de 118 missionários foram enviados de Genebra para o exterior – um número muito superior ao de muitas agências missionárias da atualidade. E os primeiros mártires da fé evangélica nas Américas foram enviados por Calvino ao Brasil para encontrar um lugar de refúgio para os reformados perseguidos na Europa e evangelizar os índios. 

Mito: A crença na predestinação desestimula a oração. 

Fato: Calvino escreveu mais sobre a oração do que a predestinação nas Institutas, enfatizando a oração como um meio de graça por meio do qual a vontade de Deus é realizada e suas bênçãos são derramadas. 

Mito:Calvino é o pai do capitalismo. 

Fato:As forças que moldaram o capitalismo moderno já estavam presentes na cultura ocidental cerca de 100 anos antes da reforma. O que Calvino valorizou em seus escritos foi o estudo, o trabalho, a frugalidade, a disciplina e a vocação como meios de superar a pobreza. Ele não condenou a obtenção de lucros advindos do trabalho honesto. 

Mito: Calvino foi o ditador de Genebra. 

Fato: Ele tinha pouca influência sobre as decisões acerca do ordenamento civil da cidade e não tinha direito de voto em decisões políticas ou eclesiásticas no conselho municipal. Sua influência era persuasiva, por meio de seus sermões e escritos. Em países influenciados pelo pensamento calvinista não surgiram ditadores, nem nas esferas políticas muito menos nas eclesiásticas.

Mito:Calvino mandou matar Miguel Serveto.

Fato: Serveto foi executado por ordem do conselho municipal de Genebra por heresia, especialmente por negar a doutrina da Trindade. Ele havia sido condenado pelas mesmas razões por dois tribunais católicos, só escapando da morte por ter fugido da França. Inexplicavelmente ele foi para Genebra. No fim, todos os reformadores europeus apoiaram unanimemente a decisão do conselho de Genebra. 

Mito: Os ensinos de Calvino são social e politicamente alienantes. 

Fato: Pode-se ver a influência do pensamento de Calvino na revolução puritana de 1641 e na primeira deposição e execução de um rei tirano em 1649, na Inglaterra; no surgimento do governo republicano (com a divisão e alternância do poder, além de ênfase no pacto social); na revolução americana de 1776; na libertação dos escravos e na defesa da liberdade de imprensa. 

Mito: Calvino não tinha interesse em educação. 

Fato: Calvino não só inaugurou uma das primeiras escolas primárias da Europa como ajudou a fundar a Universidade de Genebra, em 1559. Algumas das mais importantes universidades do ocidente, como Harvard, Yale e Princeton foram fundadas por influência dos conceitos educacionais do reformador francês. A imagem permanente associada às igrejas reformadas é que estas sempre têm uma escola ao lado. 

Mito: Os ensinos de Calvino não são bíblicos. 

Fato: Calvino enfatizou fortemente a autoridade e prioridade das Escrituras e praticamente inaugurou o método histórico-gramatical de interpretação bíblica. Escreveu comentários sobre quase todo o Novo Testamento e grande parte do Antigo Testamento, além de milhares de sermões. E sua grande obra foi as Institutas da Religião Cristã, que seria “uma chave abrindo caminho para todos os filhos de Deus num entendimento bom e correto das Escrituras Sagradas”. O reformador francês lutou para que toda a sua cosmovisão estivesse debaixo da autoridade da Bíblia. 

Não quero tratar Calvino de forma não-crítica ou iconográfica. Ele era consciente de suas fraquezas e pecados, e suas muitas orações preservadas dão testemunho de sua humildade e dependência da graça abundante de Deus em Jesus Cristo. O que almejo é levar o amado leitor a deixar de lado as caricaturas e ir direto à fonte, estudando e meditando nas obras de Calvino, reconhecendo-o e levando-o a sério como mestre da igreja (praeceptor eccleisiae). Os benefícios de tal estudo serão incalculáveis para sua vida e para aqueles ao seu redor. 

Franklin Ferreira

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