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terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

A IGREJA É O REFLEXO DO SEU PASTOR



Por Silas Alves Figueira

A Igreja é o reflexo do seu pastor e, se o pastor se espelha nas Escrituras Sagradas, a igreja que ele pastoreia irá refletir esta mesma imagem. Mas o que temos visto por aí nesses últimos anos é uma total descrença no ministério pastoral, pois muitos não estão refletindo a imagem de Cristo. Foi feita uma pesquisa a respeito das três classes que estão mais desacreditadas e a conclusão que se chegou foi: os políticos, a polícia e os pastores. Isso tem ocorrido porque os pastores estão deixando de ser aquilo que pregam. Muitos estão mais envolvidos com as coisas dessa terra do que com o seu chamado. Charles Spurgeon dizia para os seus alunos: “Meus filhos, se a rainha da Inglaterra vos convidar para serdes embaixadores em qualquer país do mundo, não vos rebaixeis de posto, deixando de ser embaixadores do Reis dos reis e do Senhor dos senhores”. 

A crise que tem atingido a sociedade tem respingado na Igreja, e o pior, tem chegado até o púlpito. Embora estejamos vivenciando um crescimento numérico na Igreja Brasileira, não temos visto a transformação da nossa sociedade. Tudo isso é um reflexo de que a Igreja não tem tido uma mensagem transformadora, mas uma mensagem moldadora. Uma mensagem que faz bem aos ouvidos, mas que não transforma o coração. E tudo isso, infelizmente, vem do púlpito. Outros por medo de perderem o seu lugar na igreja local se tornam boca do povo para Deus e não boca de Deus para o povo, ou seja, pregam o que o povo quer ouvir e não o que eles precisam ouvir. 

Pastores que agem assim são, geralmente, pastores com muita “unção”, mas sem nenhum caráter. É bom lembrar que o caráter sustenta a unção e não vice versa. Há uma crise pastoral e ela precisa ser sanada muito rapidamente, para que a próxima geração não esteja totalmente perdida. Estamos vivendo uma crise ministerial isso é um fato. E isso começa com a teologia que muitos seguem. Muitos estão abraçando várias teologias, menos a bíblica. Vejamos o que tem atuado em muitas igrejas hoje: 

O Evangelho da Prosperidade – onde a benção e a graça de Deus sobre a pessoa é medida pelos bens que ela possui. Teologia esta que está na maioria dos púlpitos das igrejas pentecostais e neopentecostais. Descobri recentemente um detalhe interessante nesta teologia, que Cristo morreu na Cruz do Calvário para que eu tivesse muita saúde, carro zero, casa na praia e ser muito rico, ou seja, Jesus não passa de um gênio da lâmpada. 

Teologia Inclusiva – A Teologia Inclusiva, como a própria denominação sugere, é um ramo da teologia tradicional voltado para a inclusão, prioritariamente, dos homossexuais. Segundo os seus adeptos, a Teologia Inclusiva contempla uma lacuna deixada pelas estruturas religiosas tradicionais do Cristianismo, pois, por meio da Bíblia, compreende que todos os que compõem a diversidade humana, seja ela qual for, têm livre acesso a Deus por meio do sacrifício de Jesus Cristo na cruz. É o famoso venha como está e fique como está. 

Alguns textos que condenam o homossexualismo: Gn 19; Lv 18.22, 20.13; Rm 1.24-28,32; 1Co 6.9,10; 1Tm 1.8-10. Mas Deus é poderoso para mudar a vida dessas pessoas. 

Teísmo Aberto ou Teologia Relacional – O atributo mais importante de Deus é o amor. Todos os demais estão subordinados a este. Isto significa que Deus é sensível e se comove com os dramas de suas criaturas. Deus não é soberano. Deus ignora o futuro, pois Ele vive no tempo, e não fora dele. Ele aprende com o passar do tempo. Deus se arrisca. Ao criar seres racionais livres, Deus estava se arriscando, pois não sabia qual seria a decisão dos anjos e de Adão e Eva. E continua a se arriscar diariamente. Deus corre riscos porque ama suas criaturas, respeita a liberdade delas e deseja relacionar-se com elas de forma significativa. 

Igrejas Emergentes – As igrejas emergentes estão mais preocupadas com o ouvinte do que com a mensagem em si, e em seu desejo de pregar um evangelho que seja “aceitável” ao homem pós-moderno, acabam por negligenciar os pressupostos básicos do cristianismo, chegando mesmo a negar a literalidade do nascimento virginal de Cristo, seus milagres, a ressurreição de Jesus e a existência do inferno eterno. É “a preferência pela vivência correta ao invés da doutrina correta”. Teologia passa longe dessas igrejas. 

Missão Integral – Esse evangelho não passa de uma variante protestante da Teologia da Libertação. Os que defendem essa teologia são líderes cristãos que continuam trancados no armário do socialismo.[1] 

Teologia Liberal (Liberalismo Teológico) – A “Teologia Liberal é um movimento que, iniciado no final do século XIX na Europa e Estados Unidos, tinha como objetivo extirpar da Bíblia todo elemento sobrenatural, submetendo as Escrituras ao crivo da crítica científica (leia-se ciências humanas) e humanista. No liberalismo teológico, geralmente, não há espaço para os milagres, profecias e a divindade de Cristo Jesus”. Relativizando a autoridade da Bíblia, o liberalismo teológico estabeleceu uma mescla da doutrina bíblica com a filosofia e as ciências da religião. Ainda hoje, um autor que não reconhece a autoridade final da Bíblia em termos de fé e doutrina é denominado, pelo protestantismo ortodoxo, de “teólogo liberal”. Um pequeno exemplo nós encontramos em relação à existência de Jó. Para os liberais ele não passa de uma alegoria, mas então eu me questiono porque que em Ez 14.14, 20; Tg 5.11 falam dele como se ele fosse um personagem real? Então eu fico com a Bíblia e não com os defensores dessa teologia. Bem disse Jesus “Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus” (Mt 22.29). 

O que temos visto hoje em dia, são muitos pastores confusos teologicamente em seus ministérios. O Rev. Hernandes Dias Lopes nos fala que a igreja evangélica brasileira vive um fenômeno estranho. Estamos crescendo explosivamente, mas ao mesmo tempo estamos perdendo vergonhosamente a identidade de evangélicos. O que na verdade está crescendo em nosso país não é o evangelho, mas outro evangelho, um evangelho híbrido, sincrético e místico. Vemos prosperar nessa terra uma igreja que se diz evangélica, mas que não tem evangelho. Prega sobre prosperidade, e não sobre salvação. Fala de tesouros na terra, e não de tesouros no céu. 

Nessa babel de novidades no mercado da fé, o Rev. Hernandes Dias Lopes identifica alguns tipos de pastores:[2] 

Primeiro, há pastores que são mentores de novidades. São pastores marqueteiros. Quando um pastor entra por esse caminho, precisa ter muita criatividade, pois uma novidade é atraente por algum tempo, mas logo perde seu impacto. Aí é preciso inventar outra novidade. É como chiclete. No começo você mastiga, ele é doce, mas depois você começa a mastigar borracha. 

Segundo, há pastores que são massa de manobra. São pastores sem rebanho que estão a serviço de causas particulares de obreiros fraudulentos. 

Terceiro, há pastores que deliberadamente abandonaram a sã doutrina. Muitos pastores inexperientes, discipulados por esses mestres do engano, abandonam o caminho da verdade e se capitulam à heresia. É importante afirmar que o liberalismo é um veneno mortífero. Aonde ele chega, mata a igreja. Há muitas igrejas mortas na Europa, na América do Norte e, agora, há igrejas que estão flertando com esse instrumento de morte também no Brasil. Não temos nenhum registro de um liberal que tenha edificado uma igreja saudável. Não temos nenhum registro de um liberal que tenha sido instrumento de Deus para um grande reavivamento espiritual. 

Quando uma igreja chega ao ponto de abandonar sua confiança na inerrância e suficiência das Escrituras, seu destino é caminhar rapidamente para a destruição. 

A teologia define o caráter e à medida que o pastor se afasta da teologia bíblica, automaticamente ele irá se afastar de Deus e seguir outra direção. Mudar a mensagem para agradar aos ouvintes é mercadejar a Palavra de Deus. Os bancos não podem controlar o púlpito. O pastor não pode ser seduzido pelas leis do mercado, mas deve ser um fiel despenseiro de Deus (1Co 4.1,2). O dever do pregador não é encher o auditório, mas encher o púlpito. Querendo as pessoas ou não ouvir a verdade, não temos que fazer marketing religioso e de falar apenas o que elas querem ouvir. A crise moral e espiritual está por demais enraizadas para ser solucionada com remendos superficiais. Por isso precisamos urgentemente reavaliar a nossa teologia, a nossa fé e o nosso ministério para não cairmos também no descrédito assim como muitos tem caído. 

Notas: [1] Venâncio, Norma Braga. A Mente de Cristo Conversão e Cosmovisão Cristã. Ed. Vida Nova, São Paulo, SP, 2012: p. 49. [2] Lopes, Hernandes Dias. De: Pastor A: Pastor. Ed. Hagnos, São Paulo, SP, 2008: p. 22,23.

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Pastor Silas Figueira é colunista do blog NAPECMistério Beréia e colaborador do Púlpito Cristão

A ambiguidade da ambivalência pós-moderna

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Por Thomas Magnum


Ao falarmos de pós-modernidade estamos pisando no campo do incerto, da absolutização da relatividade, estamos focando numa tensão de valores e conceitos que estão além da permanência do conceito de dogma; seja no campo cultural, filosófico ou teológico. A pós-modernidade é somente uma questão epistemológica? É somente uma simbiose antitética? Não, é uma questão que envolve verdade. A pós-modernidade põe em jogo a questão da verdade absoluta, a pós-modernidade é a ascensão do relativismo - ético, filosófico, político, religioso. Quem é o maior inimigo do cristianismo, a pós-modernidade ou a modernidade? No leito da modernidade que era antagônico ao cristianismo ainda víamos distinções claras na antítese, a ambivalência aparente, na pós-modernidade a mistura é perniciosa e venenosa à igreja. Da era pós-moderna emerge uma besta fera axiomática ambivalente.

Na era da informação contemplamos o conteúdo, da expressão fotográfica, da vida pública internáutica e do derretimento dos icebergs da moral e da ética. Na discussão de validade de neologismos ideais e neoplatônicos, quem sai perdendo é o conceito, a definição, a delimitação, a verdade. Kant estaria certo juntamente com Schopenhauer, mesmo sendo antagônicos? Ou incluiríamos Friedrich Engels também como portador da verdade relativizada e contrastada com Kant e Schopenhauer?

Ao apontar uma ambiguidade pós-moderna, mostramos o absurdo, o contraditório, o inconsequente. O que mede a ética pós-moderna? Qual é sua fonte de autoridade? O pós-modernismo acusa o cristianismo de dogmatizar, de recorrer a sua fonte de autoridade, a Bíblia. Mas não teria o pós-modernismo uma fonte de autoridade? A nossa é externa, a deles interna, divinizando a autonomia da razão, seu empirismo os arrasta a um abismo semântico, e também ao que Schaeffer chamou de misticismo semântico. Seu salto é no desconstrutivismo de Derrida ou no fundacionismo de Descartes. E o que garante sua autoridade acima da Palavra do Deus eterno?

O pós-moderno diz que Jesus estava certo, mas, que Maomé também. Diz que Nietzche está correto e que Chersterton também. Diz que o Darwin estava certo e Pascal também. O que vale é absorver na esponja do plural, do relativo. No entanto o cristianismo é contracultural e supracultural. Jesus ensinava – Em verdade vos digo, e os Fariseus questionavam essa autoridade autônoma que Ele carregava em seus ensinos, a autonomia pertencente à deidade. Jesus ensinou ser Ele A verdade, O Caminho e A Vida. O cristianismo é exclusivista e não negocia a verdade em partículas contraditórias como o pós-moderno, o cristianismo apregoa a revelação do Deus triúno, o Deus da verdade, e não dilacera seu ensino misturando tudo num liquidificador filosófico/Pluralista/Relativista. O Cristianismo é Cristo, Cristo é a Verdade. Nesse conhecer do conceito de absoluto, está o Deus que tudo criou e que nos deu sua Palavra e somente por meio dela teremos as lentes certas para entender a cultura, as artes, a política, a ciência, a religião. Quem paga o peço da ambivalência dos pós-modernos? Eles mesmos.

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Fonte: Bereianos

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

10 maneiras do pastor "matar sua igreja"


Por Renato Vargens

Essa semana eu escrevi um texto tratando de 10 maneiras de uma igreja "matar" o seu pastor (leia aqui).

Hoje, resolvi fazer o inverso, isto é, escrevi sobre 10 maneiras de um pastor "matar" sua igreja, até porque, um mal pastor pode "destruir" uma igreja, senão vejamos:

O pastor contribui com a morte da sua igreja quando:

1- Em vez de pregar exclusivamente as Escrituras prega o "evangelho" da auto-juda.

2- Prefere pregar doutrinas descabidas como a teologia da prosperidade, confissão positiva, unção apostólica, bem como atos e decretos espirituais.

3- Quando não pastoreia o rebanho, ouvindo, cuidando, exortando, corrigindo e amando as ovelhas que o Senhor lhes confiou.

4- Excercendo um ministério despótico e ditadorial onde a sua vontade é imperiosa e inquestionável.

5- Preocupando-se mais com números do que pessoas.

6- Tratando a igreja como um negócio particular visando exclusivamente lucro e sucesso.

7- Quando por conviniência tolera o pecado jamais exercendo disciplina e correção.

8- Pregando um evangelho falso cujo centro é o homem e não Deus,

9-  Não tendo uma vida piedosa, temente a Deus e dependende de sua palavra.

10- Não exercendo uma vida de oração.

Pense nisso!

Renato Vargens

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Não se case antes de estar segura em Cristo

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Por Daniele Bosqueti


Certa vez li o seguinte trecho de um livro:

Muitas noivas enquanto caminham pela nave da igreja dizem em segredo: “Salve-me, salve-me”. É o grito silencioso de um coração desesperado que está amando a ideia do amor, amando a esperança de que alguém vai amá-la tanto que irá finalmente sentir-se satisfeita consigo mesma. Mas antes que cometa um erro trágico, você deve aprender a arte de sentir-se aquecida sozinha! (“A Dama, Seu Amado e Seu Senhor” de T.D. Jakes Ed. Mundo Cristão) 

Isso me fez refletir no que de fato significa: “aprender a arte de sentir-se aquecida sozinha”? 


Primeiramente, podemos nos autoavaliar e perguntar: O que me deixa aquecida? São as coisas deste mundo ou são as eternas? Uma questão importante que devemos considerar é que, nenhuma de nós podemos nos sentir “aquecidas”, senão em Cristo Jesus. Um dos versículos que pode nos esclarecer isso está em Romanos 8.15,16:

Porque não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez, atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai. O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus.

A palavra 
Aba vem do aramaico, que expressa intimidade entre o filho e o pai. Isso significa que o próprio Espírito Santo convence-nos de que fazemos parte da família de Deus. Esta expressão, "Aba Pai, consiste na consciência convicta da adoção. Sobre isso a Confissão de Fé de Westminster, capítulo XII, nos diz o seguinte:

Todos os que são justificados, Deus se digna fazer participantes da graça da adoção em e por seu único Filho Jesus Cristo. Por essa graça eles são recebidos no número e gozam a liberdade e privilégios dos filhos de Deus, têm sobre si o nome dele, recebem o Espírito de adoção, têm acesso com ousadia, ao trono da graça e são habilitados a clamar: Abba, Pai; são tratados com piedade, protegidos, providos e corrigidos por ele, como por um pai; nunca, porém, abandonados, mas selados para o dia de redenção, e recebem as promessas como herdeiros da eterna salvação (Confissão de Fé de Westminster, 17 ed, São Paulo : Editora Cultura Cristã,  2001).

Se uma pessoa não consegue crer que está segura nos braços do Pai, em Cristo Jesus, ela jamais irá sentir-se 
aquecida, nem sozinha, nem com o melhor esposo do mundo! 

Devemos aprender a selecionar de forma sábia as prioridades em nossa vida, considerando que, aquilo com o que se gasta mais tempo é o que tem mais valor para você. Se você gasta mais tempo buscando um amor incondicional em alguém, está na hora de dar um basta! Você precisa gastar mais tempo buscando as coisas do Reino de Deus.

Devemos ter consciência de que nenhum grande amor nos amará mais que o próprio Deus. Por isso, não devemos nos lançar aos braços de um homem, que também é um pecador, esperando que tal homem supra todas as nossas necessidades, especialmente as emocionais, mesmo que ele seja um exemplo de homem piedoso. Se fizermos isso seremos mulheres frustradas, pois o único que nos suprirá em imensa misericórdia é nosso Senhor. 

E, se Deus assim veste a erva que hoje está no campo e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós, homens de pouca fé? Não pergunteis, pois, que haveis de comer, ou que haveis de beber, e não andeis inquietos. Porque as nações do mundo buscam todas essas coisas; mas vosso Pai sabe que precisais delas. Buscai antes o reino de Deus, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” (Lucas 12.28-31). 

Caso a sua resposta, referente a pergunta do início do texto, foi de que sente-se aquecida com as coisas deste mundo, seja carreira profissional, bens materiais, etc., arrependa-se e busque o Senhor, em oração, para que Ele restaure a sua fé e clamar Aba Pai, assim como fez Jesus em Marcos 14.36.  

O casamento não é um refúgio emocional, nem o lugar para sentir-se segura em si mesma. Portanto, antes de tomar a decisão de viver o resto de sua vida ao lado de um homem, o seu marido, com o propósito de glorificar a Deus, esteja segura em Cristo! Não há alicerce mais forte, não há amor maior que este! 

Quando percebermos isso em nosso coração, jamais iremos nos refugiar no amor de um casamento, pois estaremos tão satisfeitas e seguras no Senhor que seremos as provedoras do mais doce amor que um filho de Deus possa receber, sendo ele o nosso cônjuge.
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Divulgação: Bereianos

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Navigium Isidis - Origem do Carnaval

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Por Rev. Ericson Martins


A expressão latim Navigium Isidis significa: “Navegação de Isis”, nome dado a uma festividade romana, anual, dedicada a Isis. Ela era uma deusa egípcia. Apesar de ser uma entidade egípcia, tornou-se popular entre os gregos e chegou a Roma, no período helenístico, com seu culto e festividade, os quais integravam religiões de mistério. As festas incluíam uso de máscaras para ocultar a identidade dos participantes, orgia pública em nome do amor, bebedices, mutilação de genitais, simbologias pagãs e, dentre outras práticas, uso de grandes carros, em forma de navios, que tomavam as ruas da cidade anunciando a chegada de Osíris (esposo de Isis na Mitologia Egípcia).¹ Tal festividade sobreviveu a grandes perseguições, em Roma, em razão da sua característica religiosamente sincrética e tolerante, ao contrário do Cristianismo primitivo, motivo pelo qual foi rigidamente perseguido.

Esta celebração prevaleceu no Panteão Romano até o IV Século quando o Cristianismo foi declarado religião oficial do Império. Daí em diante, Navigium Isidis tornou-se uma prática proibida, porém, clandestinamente, perpetuou-se até ser incorporada, pela Igreja Católica Romana, na Idade Média (após adaptações) e renomeada como carnis valles (latim: “prazeres da carne”) que deu origem à palavra carnaval em Português. O carnaval era um período, de sete dias, antes da carnis levare (sem carne) ou Quaresma (40 dias antes da Páscoa sem contar os domingos). Autorizadas pela Igreja, as pessoas poderiam explorar nestes sete dias de carnaval incessantes prazeres da carne, porém a Quaresma, iniciada pela Quarta-Feira de Cinzas (1º dia), deveria ser respeitada com jejum, período este em que a carne vermelha estaria proibida.

O carnaval chegou ao Brasil através dos portugueses e rapidamente foi aceito, tornando-o, séculos depois, conhecido em todo o mundo por tais festividades repletas de criatividade artesanal, carros alegóricos e coloridos, mulheres seminuas e danças sensuais.

A palavra “carne”, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento possui 262 ocorrências (basar ou sarx) e seus principais significados são a carne como alimento, constituição física do homem ou animal, semelhança ou parentesco humano; contudo, sobressai, especialmente no Novo Testamento, o sentido de desejo e práticas pecaminosas, como existência humana em oposição à santidade de Deus e por ele exigida, como destaca o apóstolo Paulo em Romanos 7:5, 8:7-8, 13:14 e Gálatas 5:19-21, e a Confissão de Fé de Westminster.² Os prazeres da carne, neste sentido, nunca foram aceitos pelas Escrituras como prática dos verdadeiros cristãos.

Por que, como Igreja, não incentivamos ou celebramos o carnaval apenas como festividade em si, sem conotação religiosa?

Primeiro, porque é uma festividade de natureza historicamente religiosa, segundo a qual promove idolatria. Sem o aspecto religioso, não é carnaval.

Segundo, porque, como Igreja, honramos única e exclusivamente o Deus Trino, ou seja: Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo.

Terceiro, porque os desejos pecaminosos inerentes à raça humana são intensamente provocados na prática que envolve obras contrárias à santificação. Alguém poderia interpretá-la como uma festa ingênua e sem motivação idólatra, mas isto não muda a sua realidade.

À semelhança do carnaval, qualquer festividade que promova a idolatria e a licenciosidade moral ou social, é claramente desautorizada pelas Escrituras. Não somos contra festas ou contra a promoção de alegria, mas sim a qualquer meio festivo que desobedeça ao ensino bíblico de honrar somente a Deus por meio de Jesus Cristo, bem como de desenvolver a santificação da sua Igreja. Leia também 1 Tessalonicenses 4:3-8. 

_________
Notas:
[1] BAILE, 2006, p. 13-22 e 39; GONZÁLES, 2007, p. 27
[2] Confissão de Fé de Westminster, I-1, XIII-2

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Fonte: PIPG - Primeira Igreja Presbiteriana de Goiânia

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Portas Abertas divulga classificação da perseguição a cristãos no mundo




A Portas Abertas, missão que denuncia a perseguição religiosa a cristãos, divulgou a edição 2015 da Classificação da Perseguição Religiosa. . A lista relaciona 50 países segundo o grau de perseguição que os habitantes cristãos enfrentam. Sua atualização é feita considerando-se os acontecimentos e o ambiente religioso do país ao longo do ano anterior.

Os dez países onde os cristãos enfrentaram a maior pressão e violência em 2014 foram: a Coreia do Norte, Somália, Iraque, Síria, Afeganistão, Sudão, Irã, Paquistão, Eritreia e Nigéria. 

Neste ano, dois países ingressaram na lista dos 10 onde há mais perseguição aos cristãos: o Sudão (de 11º para 6º); e a Eritreia (de 12º para 8º). Outra mudança é a entrada de três novos países: México (38º), Turquia (41º) e Azerbaijão (46º).

Desde 2002, e também para a Classificação dos Países Perseguidos 2015, a Coreia do Norte continua a ser o lugar mais difícil do mundo para praticar o cristianismo.

Classificação da Perseguição Religiosa:
1. Coreia do Norte
2. Somália
3. Iraque
4. Síria
5. Afeganistão
6. Sudão
7. Irã
8. Paquistão
9. Eritreia
10. Nigéria
11. Maldivas
12. Arábia Saudita
13. Líbia
14. Iêmen
15. Uzbequistão 
16. Vietnã
17. República Centro-Africana
18. Catar
19. Quênia
20. Turcomenistão
21. Índia 
22. Etiópia
23. Egito
24. Djibuti
25. Mianmar
26. Territórios Palestinos
27. Brunei
28. Laos
29. China
30. Jordânia
31. Butão
32. Comores
33. Tanzânia
34. Argélia
35. Colômbia
36. Tunísia
37. Malásia
38. México
39. Omã
40. Mali
41. Turquia
42. Cazaquistão
43. Bangladesh
44. Sri Lanka
45. Tajiquistão
46. Azerbaijão
47. Indonésia
48. Mauritânia
49. Emirados Árabes Unidos
50. Kuwait

Para mais informações sobre cada país, acesse este link.

Via: Ultimatoonline

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Como se pode não falar de Deus depois de Auschwitz?

Hoje completam-se 70 anos da libertação, pelo Exército Ver Auschwitz. Sem dúvida, é uma data que deve semelho, de Auschwitz, rede de campos de concentração nazistas no sul da Polônia. Estima-se que mais de 1 milhão de judeus foram assassinados emr lembrada.

Ultimato também não quis deixá-la no esquecimento. “O campo de Auschwitz deve continuar como uma amarga lembrança da maldade e impiedade humanas”, disse a edição 330 em 2011.

Em 1998, nosso redator foi a São Paulo e teve uma triste conversa com Bella Herson, uma das sobreviventes de Auschwitz, que veio morar no Brasil poucos anos após a II Guerra. Em seu trabalho “Judeus na Polônia”, Bella termina dizendo que “A Polônia é o maior cemitério judaico do mundo e, segundo o costume judaico, se alguém colocar uma pedrinha em qualquer parte do solo polonês, certamente estará homenageando, sob ela, uma inocente vida judaica”. Bella fez uma confissão às avessas: “Se existiu Auschwitz, não pode existir Deus”.

Outro sobrevivente, porém, não chegou à mesma conclusão de Bella. Em seu mais famoso livro (“Em Busca de Sentido”, com mais de 9 milhões de exemplares vendidos), o psiquiatra austríaco Viktor Emil Frankl explicou a razão de sua sobrevivência: “Não há dúvida de que o amor-próprio, quando ancorado em áreas mais profundas, espirituais, não pode ser abalado por uma situação de tremendo sofrimento”. Ultimato deu destaque aos pensamentos de Frankl – “o salmista do século 20” - na edição 327, em 2010.

A mesma edição que entrevistou Bella Herson também trouxe a vergonhosa denúncia de que oantissemitismo foi, ao longo de séculos, propagado pelas igrejas cristãs.

O “Mineiro com Cara de Matuto” foi à Auschwitz em 18 de dezembro de 2002 e viu com seus próprios olhos os lugares, os objetos e as marcas do sofrimento das vítimas do nazismo. 

“As lembranças estão ali, em salas enormes e envidraçadas. Numa delas havia uma montanha de cabelos. Em outras, vários objetos de uso pessoal, como pentes, escovas, sapatos, roupas, panelas e outros utensílios de cozinha. Havia também próteses dentárias e muletas. A maior parte das roupas era de crianças. Diante da sala onde só havia malas, o Mineiro fez questão de anotar o nome e a procedência de alguns de seus proprietários: Klara e Sara Fochtmann (de Viena), Herman Pasternak e Irene Bermann (de Hamburgo) e Marie Kafka (de Praga). Esta última era irmã do escritor tcheco Franz Kafka (1883-1924). Ela e mais duas irmãs morreram em Auschwitz”, relatou o Mineiro. 
Ele lembrou que Auschwitz é “o lugar mais notório de genocídio da história e a maior sepultura coletiva do mundo” e que o museu que agora está lá é o “mais triste cartão postal da cidade”.

A edição 327 listou, em ordem cronológica, alguns dos lances mais importantes do antissemitismo e da Segunda Guerra Mundial.

Ler sobre os horrores da Segunda Guerra, ouvir depoimentos de sobreviventes, ver documentários e filmes. Tudo isso gera uma mistura de sentimentos no coração: indignação, tristeza, pena, etc. Mas também é verdade que muitas perguntas ainda estão sem respostas, tanto do lado de quem crê em Deus quanto de quem não crê. “Como Deus permitiu isso acontecer?”, perguntariam os que não têm fé. “Como o ser humano, dotado da luz poderosa da razão e da ciência, pôde fazer isso?”, perguntariam os religiosos, estupefados com a arrogância e com a maldade dos que se sentiram superiores.

A verdade é que não há respostas definitivamente esclarecedoras, porque a ferida ainda dói e o que aconteceu foi algo absurdo. Mas há esperança. A mesma que teve Viktor Frankl e a mesma que tem o teólogo Jürgen Moltmann, o “profeta da esperança”:

“Sem o conhecimento de Cristo pela fé, a esperança se torna uma utopia que paira em pleno ar; sem a esperança, entretanto, a fé decai, torna-se fé pequena e finalmente morta. Por meio da fé, o homem entra no caminho da verdadeira vida, não somente a esperança o conserva neste caminho. Desta forma a fé em Cristo transforma a esperança em confiança e certeza; e a esperança torna a fé em Cristo ampla e lhe dá vida”.

Em 1948, o jovem Moltmann teve que confrontar-se com a grande pergcadounta da época: “como se pode falar de Deus depois de Auschwitz?”. Num relato autobiográfico, o profeta da esperança conta: “Nos campos na Bélgica e na Escócia experimentei o colapso das minhas certezas, e neste colapso encontrei uma nova esperança na vida cristã”. A partir de então, Moltmann começou a se perguntar: “Como se pode não falar de Deus depois de Auschwitz?”.

*Publicado no 27/01/2015 na Ultimato online
Equipe Editorial Web
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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

10 MANEIRAS DE UMA IGREJA "MATAR" SEU PASTOR

Por Renato Vargens


O ministério pastoral é extremamente árduo. Servir a Cristo como pastor ao contrário do que alguns pensam não é nada fácil. Na verdade, não são poucos os líderes que vivem debaixo de uma enorme pressão espiritual. A igreja em alguns casos é implacável exigindo do pastor muito mais do que ele pode dar.

Uma pesquisa feita nos Estados Unidos afirma que cerca de 90% dos pastores estão trabalhando entre 55 a 75 horas por semana. O percentual de esgotamento está no máximo, com somente 50% dos pastores cumprindo seus anos de trabalho como pastor. A pesquisa também afirma que mais de 50% dos graduados nos seminários deixam o ministério depois de 5 anos. Mais de 1200 pastores a cada mês deixam o ministério devido a tensão ou situações relacionadas com a igreja, assuntos familiares ou falha moral.

Pois é, complicado não é mesmo? Para piorar a situação existem igrejas que se tornaram "experts" em maltratar seus pastores. Eu particularmente, conheço inúmeras igrejas que de forma acintosa e perversa arrebentaram com as vidas de seus líderes. 
Lamentavelmente o  "pacote de maldades" de algumas igrejas para com o seu pastor é de deixar qualquer um ruborizado. 
Veja por exemplo algumas atitudes que podem contribuir para a "morte" do pastor:
1-) Trate-o com desdém, minando pelos cantos da igreja sua autoridade espiritual.
2-) Trate mal sua esposa e exija dela mais do que ela pode dar.
3-) Trate mal seu filhos chamando-os de pestinhas ou coisa pior, colocando sobre eles um peso que  não foram chamados a suportar.
4- ) Pague um salário de fome para ele.
5-) Desrespeite-o publicamente.
6-) Semeie duvidas no coração dos irmãos quanto ao caráter dele.
7-) Desvalorize seus ensinos e pregações.
8-) Comporte-se dolosamente falando mal dele para a liderança da igreja. 
9-) Murmure o tempo todo demonstrando sua insatisfação com o trabalho desenvolvido.
10-) Faça-o trabalhar além da conta não concedendo a ele o direito a férias e descanso.
Que Deus tenha misericórdia do seu povo!
Renato Vargens

Ensinando o Breve Catecismo de Westminster para Crianças

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Por Rev. Ewerton B. Tokashiki


Ensinar crianças é algo maravilhoso. É participar de sua formação. Penso que devemos estudar com elas o Breve Catecismo de Westminster, porque ele foi preparado para crianças, e elas são aptas para aprender o seu conteúdo. Aqui ofereço algumas sugestões bem práticas de como preparar uma simples aula para nossas crianças. Estas sugestões se aplicam para professores que lecionam para a faixa etária de 7 a 9 anos [a turminha do "eu já sei ler"]: 

1. Comece fazendo uma revisão da aula da anterior. Mesmo que quem lecionou seja outra pessoa, isso é necessário, por 2 motivos: 1) as perguntas do Breve Catecismo possuem sequência lógica e deve haver a construção didática na memória das crianças. 2) descubra o que eles aprenderam, e como a sua aula somará no conhecimento adquirido deles, progredindo com novas informações. 

2. Memorização da pergunta/resposta do Breve Catecismo que será o tema de estudo da aula. Eles conseguem e devem ser incentivados a memorizar a pergunta e resposta. Se cada um aluno tiver o seu próprio Breve Catecismo é o ideal, senão, escreva no quadro, ou numa cartolina, ou use de forma dinâmica o data show! 

3. Escolha sempre 1 versículo bíblico que resuma a sua aula. Veja que o próprio Breve Catecismo tem vários versículos chaves em cada pergunta/resposta. É só escolher 1 que melhor se encaixe com a sua aula. 

4. Elucidação da pergunta/resposta do Breve Catecismo. É aqui que entra a lição e explicação da perg/resp do BC. Você pode fazer isto: 

        4.1. Explicando cada parte da resposta do BC; 
        4.2. Contando uma história bíblica ou moral; 
        4.3. Assistindo um breve vídeo ou desenho [no máximo 15 minutos] e                 conversando sobre ele depois; 
        4.4. Fazendo uma atividade lúdica [boneco, recortes, pintura,                               artesanato, etc.] 

5. Aplicação da lição. Aqui algumas perguntas devem ser respondidas: 

        5.1. O que esta perg/resp quer dizer mesmo? Realmente entendi? 
        5.2. Como viverei esta verdade? 
        5.3. Como praticar esta verdade em casa? 
        5.4. Como praticar esta verdade na escola? 
        5.5. Como praticar esta verdade na igreja? 
        5.6. Como praticar esta verdade no esporte? 
        5.7. Como praticar esta verdade com meus amigos? 
        5.8. Como posso ensinar esta verdade pra outras pessoas? 
        5.9. O que não posso fazer que contradiz essa verdade? 
        5.10. O que posso fazer para ser melhor com o que aprendi? 

Espero que estas orientações ajudem a preparar a nossa aula com zelo pela verdade, fidelidade ao Senhor e amor aos nossos pequeninos.

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Fonte: IPB - Site Oficial

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

IGREJA PRESBITERIANA TEM PROGRAMA DE RÁDIO

A Igreja Presbiteriana de Garanhuns voltou esta semana a ter o seu programa diário de rádio. O programa “Cristo é a Resposta” é veiculado na Rádio Sete Colinas FM (100,5 Mhz), de segunda a sexta, das 06h30 às 07h. O responsável pelo programa, e também apresentador, é o Rev. Inaldo Peixoto, pastor da Igreja Presbiteriana Central, que este ano comemora 115 anos de Fundação.

O Programa tem como objetivo levar aos ouvintes a Palavra de Deus, cumprindo o papel de evangelização. A grade de programação se divide entre mensagens bíblicas, momentos de louvor por meio de músicas e entrevistas com Pastores das demais Igrejas Presbiterianas de Garanhuns. A intenção é alcançar a todas as pessoas.

“Nós temos o compromisso de levar a Palavra de Deus a maior quantidade de pessoas que pudermos. E entendemos que o rádio na nossa região, nos dá essa possibilidade, por ser ainda o meio mais utilizado para a informação. É uma ação para a honra e a glória do nome do Senhor”, afirma o Pastor Inaldo Peixoto.

O programa “Cristo é a Resposta” tem o patrocínio de Ferreira Costa e do Colégio Quinze de Novembro.

Texto: Jacqueline Menezes 
Foto/Arte: Ana Paula da Silva 

Fonte: Blog de Roberto Almeida

sábado, 7 de fevereiro de 2015

Augusto Cury lança bíblia de estudo e diz ser um “cristão sem fronteiras”


O psiquiatra e escritor Augusto Cury, conhecido por seus livros de sucesso, vai lançar uma bíblia de estudo: a Bíblia King James Atualizada “Freemind”, pela Editora Abba Press. O evento de lançamento vai ocorrer no dia 05 de julho, na Igreja Batista do Morumbi, em São Paulo (SP). 

Além da clássica versão King James, a Bíblia também traz cerca de 200 páginas com a tese de doutorado de Augusto Cury, chamada de “Freemind – Mentes Livres” com 24 princípios básicos, além de reflexões, exercícios e dinâmicas, que podem ser praticadas em grupo ou individualmente. A metodologia traz ferramentas psicossociais que auxiliam os usuários de drogas/álcool a lidar com suas mentes.

Na entrevista a seguir, Augusto Cury admite que já foi “um dos maiores ateus que pisou nesta terra. Mas depois de estudar a personalidade de Jesus sob o crivo da ciência, percebi claramente que ele não cabe no imaginário humano. Tornei-me um cristão sem fronteiras”.

1. Como a psiquiatria pode contribuir para uma leitura mais profunda da Bíblia? E como a Bíblia pode contribuir para um olhar mais maduro da psiquiatria? É possível fazer a relação entre as duas?

A psiquiatria é uma área nobre da medicina que estuda a mente humana e procura tratamentos científicos para os transtornos psicológicos. Importantes descobertas da ciência chegaram à conclusão de que na base de muitas doenças psiquiátricas, há, além de fatores genéticos e predisposições familiares, causas relacionadas à falta de proteção emocional, crise no gerenciamento da mente, traumas, perdas, sofrimento por antecipação, conflitos na relação entre pais e filhos e entre casais.

Mais de três bilhões de pessoas, mais da metade da população mundial, cedo ou tarde desenvolverão uma doença psíquica. E elas não escolhem cor, raça, religião, cultura. E a minoria vai se tratar. E o tratamento é caro. Por isso desenvolvi o “Freemind” e o estou disponibilizando gratuitamente. Embora as editoras que o publiquem, como a Aba Press, tenham seus custos e necessitem cobrar pelos livros, mas eu não recebo literalmente nada, a não ser o prazer em contribuir com a humanidade. 

Aprender a doar-se sem esperar o retorno, entender que por detrás de uma pessoa que fere há uma pessoa ferida, colocar-se no lugar dos outros, nunca exigir o que os outros não podem dar, aprender a arte de perdoar e de se perdoar, contemplar o belo e conquistar aquilo que o dinheiro não compra, são ferramentas psicológicas fundamentais que constam tanto da psicologia moderna como do pool de ferramentas que Jesus, como o Mestres dos mestres, ensinou e trabalhou amplamente em seus discípulos. O Freemind aborda todas essas técnicas. 

Essas ferramentas também constam do programa EI (escola da inteligência) para prevenir ansiedade e outros transtornos emocionais e desenvolver a inteligência socioemocional das crianças. Eu não apenas renunciei aos direitos autorais do Freemind, mas também aos direitos do programa EI. O Freemind é para os adultos e a EI é para entrar na grade curricular das escolas das crianças e adolescentes. Pais e diretores de escolas deveriam conhecê-lo com urgência. É como uma vacina emocional. 

Como toda vacina nenhuma é 100% segura, mas pode ser extremamente útil. Seu filho sabe proteger a emoção e lidar com a ansiedade? Tem autoestima sólida e sabe se colocar no lugar dos outros? Pense nisso e acesse contato@escoladainteligencia.com.br. Quem quiser acessar o Freemind, além da versão King James, acesse o site do escritor.

2. Muitos relacionam a religião com fanatismo e, consequentemente, com desequilíbrios emocionais e mentais. Que contribuições o Cristianismo poderia dar para nossa saúde mental e emocional?

O fanatismo, o radicalismo, a rigidez, a necessidade neurótica de estar sempre certo, são sintomas de doenças psíquicas. Se as religiões e as ciências humanas tivessem estudados as ferramentas psicológicas que Jesus utilizou na educação da emoção dos seus alunos ou discípulos, a humanidade não seria a mesma. Por exemplo, no exato momento em que Judas o traiu, ele não fechou as janelas do seu cérebro e, portanto, não reagiu por instinto, condenando e excluindo seu traidor. Ao contrário, para espanto da psiquiatria e psicologia, Jesus abriu as janelas da memória e deu uma resposta bombástica que retirou Judas das fronteiras das janelas Killer ou traumática. Como digo no livro “Felicidade Roubada, o Mestre dos mestres” abriu o circuito da memória do seu traidor.

O que ele fez? Conquistou o território da emoção para depois o da razão. Ele exaltou seu traidor, o chamou de amigo e lhe fez uma pergunta (Amigo, para que vieste?). Nunca alguém tão grande se fez tão pequeno para transformar os pequenos em grandes. Quase Judas reescreve sua história, corrige seus erros e se torna um grande pensador, mas infelizmente entrou numa janela Killer da culpa fatal e se autopuniu. Muitos pais e casais, inclusive cristãos, destroem suas relações, porque fazem o contrário do que Jesus fez. São especialistas em apontar falhas e criticar. Não entendem que ninguém muda ninguém. Temos o poder de piorar os outros e não de mudá-los. Só podemos contribuir com eles se aprendemos a elogiar antes de criticar.

Muitos religiosos fundamentalistas cometeram atrocidades em nome de Cristo, feriram, excluíram, mataram. Enfim, criaram um Cristo a imagem e semelhança da sua vaidade. Se de fato conhecessem o homem que dividiu a história, a humanidade não seria manchada de sangue, violência e hipocrisia ao longo das eras. Jesus foi “o poeta da generosidade” e da inclusão social. Investiu tudo o que tinha nos que pouco tinham. Nunca pressionou ninguém a segui-lo. Não queria mentes adestradas, mas mentes livres que o amasse o seguisse espontaneamente.

Os ensinamentos do maior educador da história é um convite a sabedoria, a tolerância e a saúde emocional.

3. Você é cristão? Qual sua experiência de fé?

Fui um dos maiores ateus que pisou nesta terra. Mas depois de estudar a personalidade de Jesus sob o crivo da ciência, percebi claramente que ele não cabe no imaginário humano. Tornei-me um cristão sem fronteiras. Mas não defendo uma religião, e dentro das minhas limitações procuro como escritor através do Freemind contribuir com a saúde emocional de todos os homens. Escrevo para dezenas de milhões de pessoas, inclusive para acadêmicos e ateus. 

Tenho amigos íntimos e preciosos no protestantismo, no catolicismo, no budismo em outras religiões. Acho importante que as pessoas através de suas religiões busquem ao Deus Vivo. Mas não podemos esquecer que uma pessoa é verdadeiramente madura quando ama os que pensam diferente e tem um caso de amor com a humanidade, como amplamente fez Jesus, caso contrário irá atirar pedras. A única vez que ele aceitou estar acima dos homens foi quando tremulava sobre um madeiro. Ele desculpou seus torturadores e abraçou o condenado ao seu lado como um príncipe, mesmo sem usar os braços e ainda protegeu sua mãe com a expressão “mulher, eis ai teu filho”. Parece fria a sua resposta, mas foi carregada de afeto. Lembrou-se que Maria era a mulher das mulheres, mas um dia ela o perderia. Pediu que Joao cuidasse dela em seu lugar. Ele foi Freemind, teve uma mente livre, mesmo quando o mundo desabava sobre ele. Quem reagiu como ele na história? Freud, Einstein, Marx, Spinosa, Sartre, Kant, Hegel?

Como digo no livro “Pais inteligentes formam sucessores e não herdeiros”, ele formou pensadores ou sucessores que construíram seu legado e se curvaram em agradecimento a tudo e a todos e não herdeiros irresponsáveis, ingratos, flutuantes e imediatistas e que vivem na sombra dos seus pais e líderes. Ele foi Freemind e produziu inúmeros Freeminds. Quanto ao que sou, minhas interpretações e minha história gritam por mim mais do que minhas palavras.


Fonte:Ultimatoonline

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