segunda-feira, 21 de abril de 2014

Congregação Cristã no Brasil (CCB)

Resultado de imagem para Congregação Cristã do Brasil


Pare, Leia e Pense!


Movimento Contraditório ou Seita? 
Introdução:
A Congregação Cristã no Brasil (CCB) é vista por alguns como uma seita, por outros, como um movimento contraditório. Nosso objetivo nesta lição é demonstrar o caráter sectarista e exclusivista desta denomiação religiosa. Também mostraremos que suas doutrinas são fundamentadas em versículos isolados das Escrituras e mal interpretados.


É preciso salientar que quem vive a destilar acusações contra as demais igrejas evangélicas são os membros da CCB – Inclusive gostam de classificar os pastores protestantes de bodes.
O breve escopo mostrará que o mal da CCB é que eles não sabem que não sabem!
1. Fundador:
Luis Francescon , nascido em 29 de março de l866, na comarca de Cavasso Nuovo, província de Udine, Itália. Imigrou para os E.U.A. após servir ao exército, chegando à cidade de Chicago, Estado de Illinois em 1890. No mesmo ano começou a ter conhecimento do Evangelho através da pregação do irmão Miguel Nardi. Em 1891 teve compreensão do novo nascimento e aceitou a Cristo como seu Salvador. Em março de ano seguinte, junto ao grupo evangelizado pelo irmão Nardi e algumas famílias da Igreja Valdense, fundaram a Primeira Igreja Presbiteriana Italiana, tendo sido eleito Filippo Grili como pastor e Francescon como diácono e, após alguns anos, ancião dessa Igreja.


a) Sua experiência com o novo batismo.

Conforme o próprio relato de Luis Francescon, após três anos de freqüência e organização da Igreja Presbiteriana Italiana, enquanto lia a Bíblia Sagrada, em Cl 2,12 Sepultados com ele no batismo, nele também ressuscitastes pela fé no poder de Deus, que o ressuscitou dos mortos. No momento da leitura ouviu duas vezes as seguintes palavras Tu não obedecestes a este meu mandamento. A partir daí, inicia o questionamento do batismo por aspersão praticado pelo Igreja Presbiteriana Italiana.
b) Rompimento com a Igreja Presbiteriana. 
Com a viagem do Pastor Filippo Grilli para a Itália, coube a Francescon, como ancião, presidir à reunião no dia 6 de setembro de l903 ,(domingo), oportunidade em que, após 9 anos da revelação acerca do batismo, falou com a Igreja acerca deste assunto, o que fez, convidando a todos os membros da Igreja Presbiteriana para assistir ao seu batismo por imersão. O batismo foi realizado no dia 7 de setembro de l903, onde compareceram cerca de 25 irmãos, dos quais 18, incluindo Francescon, foram batizados. Com a chegada do Pastor Filippo Grilli, da Itália, Francescon não pode fazer outra coisa que pedir seu desligamento daquela Igreja, e o grupo batizado, juntamente com ele, também se desligou, mesmo a revelia. Assim estabeleceram uma pequena comunidade evangélica livre reunindo-se na casa dos irmãos.


c) O Batismo com Espírito Santo: 
Em fins de l907, o grupo liderado por Francescon tomou contato com o nascente movimento pentecostal, participando das reuniões realizadas na missão localizada na West North Avenue,943, que tinha como pastor William H. Durhan, oriundo do movimento Azuza, de Los Angeles. No dia 25 de agosto de l907, naquela missão, Luis Francescon afirma que recebeu o Batismo com Espírito Santo. Algum tempo depois o Pr Durham informou a ele que o Senhor o tinha chamado para levar sua mensagem à colônia Italiana, e o movimento foi se expandindo.


2. O Estabelecimento da Igreja no Brasil 
Depois de ter estabelecido o trabalho na Argentina, Francescon e Giacomo Lombardi dirigiram-se ao Brasil em 8 de março de l910, com destino a São Paulo. No segundo dia de estada no Brasil encontraram um italiano chamado Vicenzo Pievani, na Praça da Luz, onde pregaram o evangelho. Parece, todavia, que de início seu trabalho foi pouco promissor, até que em 18 de abril, G. Lombardi partiu para Buenos Aires, e Francescon foi para Santo Antonio da Platina, no Paraná, chegando lá em 20 de abril de l910, e deixou estabelecido ali um pequeno grupo de crentes pentecostais, o primeiro grupo desse segmento no Brasil.


a) O trabalho em São Paulo. 
Ao retornar em 20 de junho para são Paulo, após um contato inicial com a Igreja Presbiteriana do Brás, onde alguns membros aceitaram a mensagem pentecostal, bem como alguns batistas, metodistas e católicos romanos, surge à primeira “Congregação Cristã” organizada no país. Já, no mês de setembro, Francescon segue novamente para o Paraná, deixando ali a novel igreja sem maior respaldo. A partir daí, o trabalho da Congregação Cristã espalha-se por onde existem colônias italianas, notadamente na região sudeste do país, principalmente nos Estados de São Paulo e Paraná, onde até hoje se concentram. Seu fundador, o ancião Louis Francescon, faleceu em 7 de setembro de l964, na cidade de Oak Park, Illinois, USA.


b) O desenvolvimento da Igreja. 
Diante dos relatos acima, podemos ver que a história da Congregação Cristã não traz maiores diferenças que possam explicar sua posição sectária de hoje, mas no decorrer do tempo foram se adequando a certos individualismos. Baseados na história narrada pelo próprio Francescon, podemos declarar que o comportamento da Congregação Cristã hoje é bem diferente de seu fundador; pois o mesmo mantinha comunhão com irmãos de denominações diferentes. Gunnar Vingrem narrou em seu diário o encontro com Francescon em um clima de muita comunhão e espiritualidade em 1920 em São Bernardo do Campo.


c) Causas do individualismo. 
Primeiramente, devemos ter em mente que a Congregação Cristã teve origem num ambiente teológico, onde dominava a doutrina da predestinação, de onde veio seu fundador e boa parte de seus primeiros membros. Isso, somado ao fato de que algumas profecias davam conta de que lhe seriam enviados os que haveriam de se salvar, além do fato de o ancião Francescon não ficar continuamente junto aos novos grupos, mas, como ele mesmo escreveu, esteve em nosso País cerca de dez vezes, em períodos intercalados. Esses fatos Com certeza causaram grandes vácuos na interpretação e orientação da liderança nacional, levando a surgir uma interpretação extremista dos conceitos calvinistas.


3. Doutrinas Da Congregação Cristã no Brasil: 
Ao analisar o pensamento doutrinário da Congregação Cristã no Brasil, temos a impressão de que seus líderes criaram um Evangelho segundo a CCB. A maioria de seus adeptos defendem o pensamento errôneo de que a salvação só é possível na sua própria Igreja:“A gloriosa Congregação”. Desenvolveram inconscientemente a doutrina da auto-salvação, ou da religião salvífica, e conseqüentemente, por tabela o monopólio da salvação, com todos os direitos reservados à CCB, uma espécie de “copyrigth”.
a) Sobre o estudo da Bíblia. 
A CCB ensina que o Espírito Santo dirige tudo, e não é necessário se preparar, examinar ou meditar nas Escrituras Sagradas. Sem dúvidas, o Espírito Santo opera poderosamente na vida de sua Igreja, mas isto não significa que devemos desprezar o estudo das Escrituras. É uma postura que desvirtua um dos propósitos de Deus, que é o exame de sua Palavra. “Bem-aventurado o varão que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detêm no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite”. ( Sl 1.1); Veja ainda: 2 Tm 2.15; Sl 119.105; Pv 7.1-3; Dt 6.6-9; 1 Tm 4.13; 2 Tm 4.13; Pv 9.9; Sl 119.9-16; Sl 19.7-8; Sl 1.1-2. Essas referências já são suficientes para provar que o pensamento da CCB é contrário a Palavra de Deus. Os membros da CCB não conhecem a Palavra de Deus e fazem questão de dizer que não sabem para dar a entender que tudo que falam provém do Espírito Santo. Uma atitude completamente contrária a de seu fundador.


b) Sobre o Batismo: 
A CCB não conhece a Batismo efetuado por ministros do Evangelho de outras denominações, mesmo que seja por imersão em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo ( Mt 28.19). Na verdade não dá para concordar com a maneira ou forma pela qual ela ministra nas águas às pessoas sem preparo algum, todavia não desmerecemos tal batismo, mas reconhecemos que sua validade depende mais do batizado. A CCB diz não reconhecer o Batismo de outras denominações pelos seguintes argumentos: “o batismo de outras denominações cristãs está errado, porque utilizam a expressão “eu te batizo”. A CCB entende que ao dizer “eu te batizo” é a carne que opera e o homem se coloca na frente de Deus. “O Batismo só é válido se efetuado com esta fórmula: Em nome do Senhor Jesus te batizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”. “O Batismo da CCB purifica o homem do pecado”. Parece que a CCB, além de não conhecer a Bíblia, desconhece também, a língua portuguesa. Que diferença há em dizer: “Eu te batizo” ou ”Te Batizo”. O sujeito não está oculto? Além do mais, se, pelo fato de utilizar a expressão “eu te batizo”, estivermos aborrecendo a Deus , então João Batista teria ofendido a Deus, pois ele dizia ”eu vos batizo com água…” Será que a CCB acha que João Batista era carnal e se colocava na frente de Deus?


c) Sobre o uso do véu para as mulheres. 
Se a CCB tivesse adotado a prática de suas mulheres usarem o véu, mas não condenasse as que não usam, não teríamos nada a dizer. Convém salientar que o uso do vestuário no culto, tal como véu, chapéu, roupas etc, depende de cada cultura, pois “os costumes se alteram e as exigências também”: Essa questão do véu transformou-se em polêmica por parte de alguns, mas, porém, basta estudar a questão cultural dos orientais para se perceber que é apenas um costume local.


4. Outros erros doutrinários da CCB
De acordo com o exposto, a CCB não suportaria um exame sério das Escrituras, fato característico das seitas; porque sua interpretação foge às regras da hermenêutica sagradas. Tudo que acontece nessa Igreja está relacionado ao sentimento. É sempre necessário sentir para se realizar alguma obra ou até mesmo para orar por alguém. Essa teologia do sentimento afasta o homem de Deus e da Bíblia, como prova sua própria história.


a) A Saudação da CCB. 
A CCB nos acusa de saudar com a “paz do Senhor”. Citam para justificar esse conceito a seguinte expressão: devemos saudar com a paz de Deus, e nunca com a Paz do Senhor, porque existem muitos senhores, mas Deus é só um. Essa acusação da CCB se desfaz em pó com somente um versículo que Paulo escreveu na primeira carta aos Coríntios 8.5,6, que diz: Porque, ainda que haja também alguns que se chamam deuses, quer no céu como na terra( como há muitos deuses e muitos senhores). Todavia para nós há um só Deus, Pai, de quem é tudo e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós por Ele. A CCB não consegue entender que quando saudamos com a paz do Senhor estamos saudando com a paz do nosso grande Senhor Jesus Cristo. (Conf. Jo 14.27).
b) O Ósculo Santo. 
A CCB insiste em adotar costumes orientais, muitos deles registrados na Bíblia, como é o caso do ósculo santo, pensando com isto estar em posição espiritual superior à dos outros. Esse é um costume que perdura até hoje no oriente. O ósculo era uma maneira comum de saudar no oriente, muito antes do estabelecimento do cristianismo. Tem servido igualmente como parte da expressão judaica em suas saudações, tanto nas despedidas como também na forma de demonstração geral de afeto. Ver Gn 29.11; 33.4. Também parece ter sido um sinal de homenagem entre os israelitas conf. 1 Sm 10.1. O ósculo dado aos ungidos de Deus, por semelhante modo, parece ter-se revestido de significação religiosa, o que também se verifica entre outras culturas. Quando Paulo recomendou que se saudassem uns aos outros com ósculo santo, simplesmente estava falando de um costume existente. Caso fosse ao Brasil, certamente seria mencionado o aperto de mão ou o abraço. Essa é uma questão cultural, que também não é compreendida pela CCB.


c) O Dízimo: 
CCB da ao César o que é de César, mas quando é para dar a Deus inventam muitos argumentos e obstáculos. Ensinam os Anciãos da CCB que o dízimo é da lei e que é maldito e hipócrita aquele que dá e aquele que o recebe.
A Bíblia ensina que o dízimo é santo; a CCB ensina que é profano. A Bíblia ensina que o dizimo é do Senhor (Lv 27.30); a CCB ensina que o dízimo é para ladrões. Jesus não condenou a prática do dízimo (Mt 23.33); condenou, sim, os hipócritas que desprezavam os principais preceitos da Lei de Deus, mas não condenou o dízimo praticado até pelo pai dos crentes, Abraão ( Gn 14.20). O Autor da epístola aos Hebreus falou sobre a prática do dizimo na atual dispensação ( Hb 7.8-9).
É preciso salientar também que o dízimo, no período da Graça de Cristo, não é dado com o objetivo de salvação, mas é dado com amor, pois Deus ama aos que ofertam com alegria (II Cor. 9:7). Cada oferta é como se fosse uma semente de bênçãos que na hora certa todos colheremos (II Co. 9:10)


Conclusão: 
Procuramos destacar alguns pontos contraditórios da Congregação Cristã, ainda que sucintamente, mas cremos ser o suficiente para mostrar que essa denominação é exclusivista. Parece que o céu foi feito só para eles e que a salvação só existe em sua denominação e em questão de Bíblia só a interpretação deles é válida. Para eles somente sua liderança é Bíblica, somente sua maneira de orar é válida e a pregação do evangelho só é correta através de seus membros. Sem dúvidas, a Congregação Cristã No Brasil está completamente desviada de seus propósitos iniciais. Precisa urgentemente voltar ao primeiro amor conf. Ap 2. 4,5
Extraído: http://solascriptura-tt.org/Seitas/CongCristaBrasil-PlanetaEv.htm

Via:Cacp

domingo, 20 de abril de 2014

Vergonha! SBT cede à pressão e ‘censura’ Rachel Sheherazade; Pr. Silas comenta

Imagem: Reprodução/SBT

Depois de todas as polêmicas envolvendo o nome da jornalista Rachel Sheherazade, âncora do “SBT Brasil” que tinha carta branca para emitir sua própria opinião no vídeo, o canal de Silvio Santos resolveu moderar a participação da apresentadora. Em nota divulgada na tarde desta segunda-feira (15), o SBT informa que a partir de agora os comentários em forma de editorial em seus telejornais serão de responsabilidade do canal.
A assessoria do canal informa ainda que a apresentadora poderá ler comentários que não serão mais de sua autoria.
Leia nota na íntegra:
“Em razão do atual cenário criado recentemente em torno de nossa apresentadora Rachel Sheherazade, o SBT decidiu que os comentários em seus telejornais serão feitos unicamente pelo Jornalismo da emissora em forma de Editorial. Essa medida tem como objetivo preservar nossos apresentadores Rachel Sheherazade e Joseval Peixoto, que continuam no comando do SBT Brasil”.
Imagem: DivulgaçãoPr. Silas comenta:
Que vergonha! Que ridículo! O SBT ceder às pressões de partidos, tais como PSOL, PC do B e do PT. Partidos esses, que idolatram Fidel Castro, o governo da Venezuela e suas ideologias baseadas em Marx. Na verdade, de democráticos eles não tem nada. Usam a democracia para se estabelecerem, mas querem calar qualquer que tenha a liberdade de se expressar.
A DEMOCRACIA DO BRASIL CORRE GRANDE PERIGO! Uma jornalista, na maior cara de pau, é silenciada. Liberdade de expressão para todo mundo falar a mesma coisa é ditadura da opinião.
Sabe qual é a verdade que está por detrás dessa questão? É que o SBT recebe milhões de verbas publicitárias do governo, e ter uma jornalista independente é um perigo!
Imagine Sheherazade agora falando da roubalheira da Petrobras. É o governo silenciando a jornalista!
SBT, que vergonha!
UM ALERTA AO POVO DE DEUS: HOJE ESTÃO SILENCIANDO UMA JORNALISTA, AMANHÃ VÃO QUERER SILENCIAR OS PASTORES.
Em 2011, no fórum de Porto Alegre, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, que é um dos ideólogos do PT, disse: “Temos que fazer uma disputa com os pastores evangélicos pelas classes C e D”.
Depois não digam que eu não avisei!
Quem tem Fidel Castro como ídolo, como o partido que governa o Brasil, imagina o que eles pretendem fazer em relação à igreja evangélica brasileira.
Sheherazade é a prova contundente e clara da pressão desses partidos, que de democráticos não tem nada, apenas a usam para seus fins ideológicos.
Fonte:Verdade Gospel

Cristão Reformado: não se esqueça da ressurreição

.


Por John MacArthur


Em 1874, um ministro batista chamado Robert Lowry redigiu um dos mais comoventes hinos e que muito exaltou a ressurreição de Jesus Cristo – “Fundo, no túmulo, Ele deitou”. Note como estes versos contrastam a impotência da morte e do sofrimento com o poder da ressurreição de Cristo:

      Fundo, no túmulo, Ele deitou, Jesus, meu Salvador;
      À véspera do dia seguinte, Jesus, meu Senhor!
      Em vão observam o leito de Jesus, meu Salvador;
      Em vão, eles selam o morto, Jesus, meu Senhor!
      A morte não pode deter sua presa, Jesus, meu Salvador;
      Ele rompeu as barreiras, Jesus, meu Senhor!

A morte, o mais terrível inimigo do homem, não tem poder para reinar sobre o Senhor da vida. Essa verdade tem significado para você e para mim, aqui e agora, no vigésimo primeiro século. Você pode ver isto na parte mais emocionante e comovente do hino de Lowry, o refrão que pontua cada estrofe.

      Do túmulo, Ele ergueu-se,
      Com um poderoso triunfo sobre seus inimigos,
      Ele ergueu-se, como um conquistador,
      Vencendo o domínio da escuridão
      Ele vive para sempre, com seus santos a reinar.
      Ele levantou-se! Ele levantou-se!
      Aleluia! Cristo ressuscitou!

Você vê nestas linhas o que a ressurreição de Jesus significa para você? Se você é um cristão, pode se regozijar no fato de que Cristo levantou-se dos mortos como um conquistador, um campeão que vive para sempre, para reinar “com seus santos”. Isso se refere à promessa baseada em nosso batismo na morte e ressurreição em Cristo – é a nossa esperança e a razão e base de tudo o que cremos.

Mas, e se não houve a ressurreição? E, se a ressurreição de Jesus Cristo é apenas um mito do primeiro século a ser ignorado ou marginalizado como uma questão secundária? As implicações dessa abordagem são devastadoras para o cristianismo.

Chamo sua atenção ao que Paulo escreveu em 1 Coríntios 15.16-19, de modo que você possa ver o que acontece quando esquece a ressurreição.

Porque, se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados. E ainda mais: os que dormiram em Cristo pereceram. Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens.

Sem dúvida, se Jesus ainda está no túmulo, se Ele é perpetuamente o sofredor e nunca, o conquistador, então você e eu estamos desesperadamente perdidos. E, embora esse não seja o caso, quero focalizar no hipotético “e, se” que Paulo presume temporariamente, em 1 Coríntios 15. “E, se a ressurreição fosse um mito? E, se Jesus Cristo ainda estivesse morto e no túmulo?”

Em primeiro lugar, vocês ainda estariam em seus pecados, sob a tirania da morte, juntamente com o mais vil e incrédulo pagão. Se Jesus não ressuscitou dos mortos, então, o pecado ganhou a vitória sobre Ele e continua a ser vitorioso sobre você também. Se Jesus permaneceu no túmulo, então, quando você morrer haverá de permanecer morto. Além do mais, visto que “o salário do pecado é a morte” (Rm 6.23), se você tivesse de permanecer morto, a morte e a punição eterna seriam o seu futuro.

A razão de confiarmos em Cristo é para perdão de pecados. Porque é do pecado que precisamos ser salvos. “Cristo morreu pelos nossos pecados” e “foi sepultado, e... ressuscitou ao terceiro dia” (1 Co 15.3-4). Se Cristo não ressuscitou, sua morte foi em vão, sua fé nEle seria sem sentido, e seus pecados ainda seriam contados contra você e não haveria nenhuma esperança de vida espiritual.

Segundo, se não há ressurreição, então, “ainda mais: os que dormiram em Cristo pereceram” (v.18). Isso significa que todo santo do Antigo Testamento, e todo santo desde que Paulo escreveu estaria sofrendo em tormento neste exato momento. Isso incluiria o próprio Paulo, os outros apóstolos, Agostinho, Lutero, Calvino, Wesley, Moody, e os santos de fé e oração que você conheceu – todo e qualquer crente, em todas as eras, também estaria no inferno. Sua fé teria sido em vão, seus pecados não teriam sido perdoados, e seu destino seria a condenação.

À luz das outras consequências, a última é bem óbvia: “Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens”. Sem a ressurreição de Cristo, a salvação e as bênçãos que ela traz, o cristianismo seria sem sentido e lamentável. Sem a ressurreição não teríamos o Salvador, o perdão e o evangelho, jamais teríamos a fé significativa, nem a vida, e nunca poderíamos ter esperança por alguma dessas coisas.

Esperar em Cristo somente nesta vida seria ensinar, pregar, sofrer, sacrificar-se, e trabalhar inteiramente por nada. Se Cristo ainda está morto, então Ele somente não tem habilidade de salvar você no futuro, mas Ele também não pode lhe ajudar agora. Se Ele não estivesse vivo, onde estaria sua fonte de paz, alegria ou satisfação hoje? A vida cristã seria uma galhofa, uma farsa, uma piada cruel e trágica. Os cristãos sofreriam e até morreriam porque a fé seria apenas tão cega e patética quanto a daqueles “crentes” que seguiram Jim Jones e o Templo do Povo, David Koresh e as Raízes Davídicas, e Marshall Applewhite e a seita do Portão do Céu.

Se o cristão não tem um Salvador, senão Cristo; um Redentor, senão Cristo; e um Senhor, senão Cristo; e, se Cristo não é ressurreto, Ele não está vivo; nesse caso, a nossa vida cristã é sem vida. Nós nada teríamos para justificar nossa fé, nosso estudo bíblico, nossa pregação ou testemunho, nossa adoração e serviço de culto a Ele, e nada para justificar nossa esperança nesta vida ou na próxima. Nós nada mereceríamos, senão a compaixão reservada para os tolos.

Mas, Deus sim ressuscitou “dentre os mortos a Jesus, nosso Senhor, o qual foi entregue por causa das nossas transgressões, e ressuscitou por causa da nossa justificação” (Rm 4.24-25). Porque Cristo vive, nós também viveremos (Jo 14.19). “O Deus de nossos pais ressuscitou a Jesus, a quem vós matastes, pendurando-o num madeiro. Deus, porém, com a sua destra, o exaltou a Príncipe e Salvador, a fim de conceder a Israel o arrependimento e a remissão de pecados” (At 5.30-31).

Não somos dignos de pena, pois Paulo imediatamente encerra a terrível seção “e, se”, dizendo: “Mas, de fato, Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem” (1 Co 15.20). Como Paulo disse, no final de sua vida, “sei em quem tenho crido e estou certo de que ele é poderoso para guardar o meu depósito [i.e. sua vida] até aquele Dia” (2 Tm 1.12).

Aqueles que não esperam somente em Cristo para salvação são verdadeiros tolos; eles são os que precisam ouvir seu testemunho compassivo sobre o triunfo da ressurreição de Cristo. Então, não esqueça a ressurreição; regozije-se nela e glorie-se nela, pois Ele ressuscitou de fato.

***

Sobre o assunto Páscoa, leia também: "Verdades e Mitos sobre a Páscoa".

Os peregrinos e os puritanos

.


Por Samuel T. Logan Jr.


Qual é a diferença entre os peregrinos e os puritanos? Todos eles são as mesmas pessoas? Qual dos dois grupos nasceu primeiro? E por que eles surgem como grupos religiosos distintos?

Excelentes perguntas, cada uma!

Ao responder a todas as perguntas acima, o ano de 1517 foi especialmente crucial.

A maioria sabe uma razão para isso, em outubro de 1517, Martinho Lutero pregou suas teses teológicas (declarações) na porta do castelo em Wittenberg, na Alemanha. Mas 1517 é um ano crucial por outro motivo, bem como, no mesmo ano, em Boston, na Inglaterra, em um local onde agora está um pub Inglês chamado de Martha Vineyard, de 1526, (bastante subversivo) discussões teológicas regulares estavam sendo conduzidas na Taverna White Horse em Cambridge. Entre os participantes, alguns futuros luminares como Thomas Bilney, Hugh Latimer, Nicholas Ridley e Thomas Cranmer. Cada um dos quatro foram martirizados posteriormente.

Entretanto, no final dos anos 1520 e início dos anos 1530 Henry VIII estava passando por dificuldades matrimoniais e políticas de tal forma que, em 1533, ele insistiu que a convocação de Canterbury declarasse seu casamento com Catarina de Aragão anulado. No ano seguinte, Henry declarou o Parlamento Inglês como Chefe Supremo da Igreja na Inglaterra, cortando, assim, todos os laços com a Igreja Romana.

Enquanto Henry não tinha nenhum desejo especial de "reformar" a teologia da igreja, aqueles que haviam se reunido no White Horse (e muitos de seus colegas e simpatizantes) viram isso como uma oportunidade "do Senhor." Talvez agora somente as Escrituras pudessem realmente tornar-se o fundamento da igreja e da nação.

Tais esperanças encontraram pouco apoio real durante a vida de Henry, mas, quando o rei morreu, em 1547, seu filho de nove anos de idade, Edward assumiu oficialmente o trono, governando principalmente através de regentes, ambos (primeiro duque de Somerset e, em seguida, o Duque de Northumberland) tiveram mais simpatia pela visão que tinha iluminado essas discussões em White Horse. O impulso pela purificação da igreja e do estado ganhou grande força na Inglaterra entre 1547 e a morte de Edward em 1553.

Mas a próxima Tudor no trono era Mary Tudor, mais conhecida pelas gerações posteriores como "Maria, a Sanguinária". Mary não queria nada mais a não ser voltar "seu" país para o rebanho católico romano, não importasse o custo.

Entre 1553 e 1558, protestantes exilados inundaram a Europa, na esperança de escapar da espada de Maria, reunindo-se em tais bastiões protestantes como Genebra e Frankfurt. Neste último, veio John Foxe, com 38 anos. Foxe desenvolveu uma visão poderosa do que a Inglaterra poderia ser, se a Palavra de Deus fosse seguida total e fielmente.

A morte de Maria em 1558 e a ascensão ao trono Inglês de Elizabeth, irmã protestante de Mary reverteu à maré mais cedo e trouxe de volta ingleses e inglesas para suas casas em massa. A semente que se tornou o puritanismo recebeu um tiro cheio de fertilizante teológico da pena de John Foxe.

Durante o reinado de Maria, centenas morreram por sua fé. Será que o povo da Inglaterra homenageou essas mortes, aproveitando a oportunidade maravilhosa que o Senhor tinha dado a Inglaterra, removendo Mary e substituindo-a com Elizabeth? Será que o povo da Inglaterra agora insiste que sua igreja e seu estado devem ser completamente purificados de todos os elementos não bíblicos para que ambas as instituições (e todas as pessoas nele) possam trazer honra singular para o Senhor, o Deus da Bíblia?

Estas foram as perguntas no trabalho monumental de Foxe que conhecemos como O Livro dos Mártires. Publicado pela primeira vez em 1563 o trabalho de Foxe foi um relato da intensa a dor sofrida pelos mártires de Maria e uma convocação para trazer a nação e a Igreja da Inglaterra em plena conformidade com a Palavra de Deus.

Muitos daqueles que compartilharam o sonho que tinha sido alimentado na Taverna White Horse agora se apoderaram da expressão das expectativas de Deus para com seu povo de Foxe que insistiu, com fervor cada vez maior, de que tanto a sua realeza e seus líderes eclesiásticos direcionassem todos os assuntos da Inglaterra somente pelas Escrituras, Sola Scriptura. 

A Rainha Elizabeth I, no entanto, viu as coisas de forma diferente. Sua visão era de estabilidade política e de ordem. Elizabeth não tinha nenhum interesse em qualquer tipo de extremismo, especialmente o tipo de extremismo religioso, que os herdeiros teológicos desses debatedores da Taverna White Horse pareciam representar para ela.

A Inglaterra (incluindo a igreja Inglesa) devia, nessa visão elisabetana, ser ampla e inclusiva e basear a sua vida na tradição e na razão, bem como sobre os ensinamentos da Bíblia.

Então, por 1570, havia se desenvolvido na Inglaterra dois grupos:

1) os que favoreciam esse entendimento mais racionalista da Igreja e do Estado, e; 2) aqueles que continuaram a insistir que a purificação dessas duas entidades era exigido pela Escritura e que a Inglaterra deveria agora aproveitar a oportunidade espiritual tão brilhantemente descrita por John Foxe. E foi em meio a essa polêmica que o termo "puritano" começou a ser usado regularmente pelo primeiro grupo como um epíteto irônico de ataque em cima do segundo grupo.

O ano de 1570 viu a intensificação do conflito com pouco "progresso", pelo menos do ponto de vista do partido puritano. Na verdade, com a demissão de Thomas Cartwright de seu cargo de professor na Universidade de Cambridge para promulgar o presbiterianismo, pareceu a alguns puritanos que a causa estava sendo perdida e essa percepção levou à primeira grande cisão dentro do partido puritano.

À medida que o impulso Puritano pode ser principalmente associado (embora, na verdade, precedido) do Livro dos Mártires de Foxe, de modo que o caráter "Peregrino" pode ser rastreado de forma adequada do livro de Robert Browne,Reforma Sem Permanência de Anie, publicado pela primeira vez em 1580. Browne pode ser chamado de puritano desiludido. Ele compartilhou a visão que informou o trabalho de Foxe, mas depois de mais de uma década de busca de renascimento dentro da igreja Inglesa, ele chegou à conclusão de que isso simplesmente não iria acontecer. Browne "separado" da igreja Inglesa e, com a mesma opinião de Robert Harrison, iniciou sua própria congregação em Norwich em 1581.

Assim, formou-se o movimento "separatista", um movimento que mais tarde produziu líderes tais como John Smyth (a quem alguns consideram como o pai dos batistas ingleses), John Robinson, William Brewster, e William Bradford. Os três últimos foram diretamente envolvidos nesse grupo de separatistas, que, em 1608, deixou a Inglaterra para a Holanda e, posteriormente, decidiu emigrar para o Novo Mundo, e desembarcou em Plymouth, Massachusetts, em 1620.

Muitos puritanos (provavelmente a maioria) optaram por permanecer dentro da igreja Inglesa trabalhando por uma reforma, e foi a partir desse grupo que um grupo muito maior de imigrantes saíram da Inglaterra para a Nova Inglaterra no final dos anos 1620, estabelecendo sua colônia na Baía de Massachusetts.

As colônias de Boston e Plymouth eram entidades políticas e religiosas distintas (pelo menos até a época em que o governo Inglês as uniu no final de 1680) e, enquanto as relações entre eles eram geralmente amigáveis, os membros de ambos os grupos eram claros sobre suas diferenças.

"Os Puritanos" queriam permanecer como parte do estabelecimento Inglês, trabalhando por uma reforma bíblica dentro da Igreja da Inglaterra. Mesmo quando eles emigraram para a Nova Inglaterra, eles afirmaram o seu "anglicanismo" e viu o principal objetivo da sua nova colônia como sendo dar um testemunho bíblico, uma "cidade em uma colina", que deu um exemplo de justiça bíblica na igreja e estado para Velha Inglaterra e o mundo inteiro verem. Como teólogos do pacto profundamente comprometidos, eles enfatizaram especialmente fortemente a justiça social de toda a comunidade diante de Deus. 

"Os Peregrinos" queriam alcançar "reforma sem tardança", mesmo que isso significasse a separação de sua igreja e sua nação. Enquanto eles continuaram a pensar em si como Ingleses, sua ênfase estava em sua nova identidade política e identidade espiritual. Por causa de seu compromisso apaixonado com a necessidade de reforma imediata e sem compromisso, eles enfatizaram especialmente fortemente justiça do indivíduo diante de Deus.

O que unia a Baia de Massachusetts e Plymouth, que uniu ambos os puritanos e peregrinos era muito mais significativo do que o que os distingue. Todos os filhos da Reforma sabiam que a salvação era somente pela graça através da fé em Cristo. E eles sabiam disso, porque eles tomaram, como sua autoridade, somente as Escrituras.

Todos sabiam que somente a Deus deve ser dada toda a glória e, em suas diferentes formas, eles procuraram trazer cada pensamento e cada ação religiosa, política, social cativos ao senhorio de Jesus.

Poderia haver alguma meta mais importante para os cristãos americanos de hoje?

***
Sobre o autor: Dr. Logan é o presidente do Seminário Teológico de Westminster, na Filadélfia, Pensilvânia, onde leciona história da igreja.
Fonte: Reproduzido da revista Tabletalk, vol. 20, 11 de Novembro de 1996, com a permissão do Ligonier Ministries.
Tradução: César Augustos Vargas Américo
Imagem: "Embarkation of the Pilgrims" by Robert Walter Weir, adaptada ao Bereianos.
Divulgação: Bereianos

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Os milagres e seus propósitos

. 


Por Denis Monteiro


A Bíblia está cheia de passagens que indicam algum tipo de milagre, sinal e/ou obra. Milagres são acontecimentos extraordinários vindos da parte de Deus, por intermédio de seus santos para algum fim especifico que não são explicados por foças naturais. 

Infelizmente, algumas pessoas tem uma concepção muito errônea do que é um milagre. Confundimos providência com milagre. Não que os milagres não sejam providencia de Deus, mas que nem todas as providências sejam milagres. Providência é quando Deus envia aquilo que mais necessitamos quando não temos mais esperança, quando Deus abre uma oportunidade onde não achamos que tenhamos oportunidade. Isso é providência.[1]

Então, o que é um milagre e qual seu proposito?

Milagre

Milagres, segundo John Frame, são: “acontecimentos causados de modo incomum pelo poder de Deus, acontecimentos tão extraordinários que em geral os consideramos impossíveis.” [2] Deus, em sua infinita misericórdia, age como Ele quer segundo a Sua vontade. Não contra a sua lei natural, mas “são reafirmações da normatividade da boa criação, da permanente fidelidade de Deus às promessas de seu pacto. Os milagres são sinais e maravilhas doshalom que Deus quer para nós, por enquanto destruído, mas restaurado em Cristo. [3]

O seu propósito

John McArthur diz: “A maioria dos milagres registrados na Bíblia ocorreu em três períodos relativamente curtos: nos dias de Moisés e Josué, durante os ministérios de Elias e Eliseu e no tempo de Jesus e seus apóstolos. Nenhum desses períodos estendeu-se por mais de cem anos.” [4]

Na Lei

No decálogo não vemos milagres sendo feito por outra pessoa, a não ser por Moises – e depois Josué que fora seu substituto (cf. Js 3.16). Segundo Calvino, os milagres feitos por Moisés foram feitos para testifica-los como um mensageiro Divino e libertador.[5] Todos os sinais que Moisés fizera foram, também, para mostrar ao teu servo [Moisés] a tua grandeza e a tua poderosa mão (Dt 3.24). Podemos resumir que o propósito dos milagres por intermédio destes dois homens foram para autenticar a mensagem que traziam - a Lei – e chamar a atenção para as novas revelações. 

Nos profetas

Podemos ver no caso de Elias e Eliseu onde, aproximadamente, se somam 39 milagres [6], entre eles: Deu vida ao filho da viúva (I Reis 17: 21-23); 102 homens são consumidos pelo fogo (II Reis 1:10, 12); Curou Naamã da lepra (II Reis 5:14); Depois de morto ressuscitou um defunto (II Reis 13:21). Todos estes milagres foram para provar a autenticidade profética, onde que, também, não falaram de si mesmos, mas da parte de Deus olhando sempre para a Lei e chamar a atenção para as novas revelações. 

Cristo e os Apóstolos

Como podemos ver acima, os milagres sempre foram feitos com um propósito específico – mostrar a autoridade, controle e presença. No caso de Cristo não é diferente. Cristo fez diversos milagres que Moisés não realizou; Elias e Eliseu e os apóstolos não fizeram. Cristo fez milagres sobre a natureza, sobre os doentes, sobre os leprosos (que envolvia pecado), ressurreição de mortos, restauração de visão, coxos andando. Todos estes sinais estavam inseridos num contexto que apontava para a Sua divindade. Como mostra Simon Kistemaker: “Depois de curar os leprosos, Jesus mandava-os para os sacerdotes como testemunho de que ele era realmente o enviado de Deus”. [7] Então, podemos concluir que os milagres que estão relatados sobre Cristo, são para: revelar a glória de Deus – há dois textos que deixa isso em evidência (Jo 9.1-41; 11.2-44) - em grande força e poder, provar que Ele era e é Deus e para mostrar que Ele era o Messias prometido. 

Os Evangelhos (Mt 10.8; Mc 3.15; 6.7), nos relata que em relação aos discípulos, antes de descer o Espirito Santo sobre eles em Atos 2, é dito que eles curaram e expulsaram demônios. E, que, depois só tivemos relatos disso em Atos 2 – 19. Contudo que, estes sinais também não eram para demostrar a fé de quem recebia ou fazia, no entanto foi pra testificar a autenticidade da Igreja na terra, assim como, os 4 derramamentos do Espírito Santo que Atos nos relata (Atos 2; 8; 10 e 19). Pois, após Atos 19 não vemos nenhum relato de derramamento do Espírito e/ou curas (sinais) miraculosos. Não que o poder tenha cessado, mas que o propósito de Deus era outro, isso podemos ver nas cartas de Paulo, Pedro, João, Tiago e Hebreus que não é citado em nenhum lugar os feitos dos apóstolos como sinal de continuidade [8]. Até porque, Paulo pede para que Timóteo tome um pouco de vinho por causa de sua enfermidade no estomago e fica triste com a doença de morte de seu companheiro Epafras (Fp 2.27;  1Tm 5.23). Por que Paulo não os curou? Mas isso é outra história. 

Conclusão


Para finalizar, quero mostrar uma má aplicação dos milagres e o que não devemos fazer. Existe uma música gospel que tocam e cantam em quase todo lugar: “Pra tocar no manto tem que estar prostrado para tocar no manto...” Esta música é baseada em uma situação em que esteve o nosso Senhor Jesus quando estava indo curar a filha de Jairo, chefe da sinagoga (Mt 9.20,22; Mc 5.24b-34; Lc 8.42b-48). O propósito da música é fazer com que o ouvinte faça a mesma coisa que a mulher, prostre-se e toque no manto. Primeiro, a música em si tira todo o foco da passagem e o seu sentido. Quando nós lemos esse relato nos três Evangelhos vemos que cada um deu uma ênfase diferente. No entanto, o mais interessante é um detalhe que Lucas – doutor Lucas (cf. Cl 4.14) – nos oferece. Por exemplo, Mateus faz um breve relato da ocasião diferente de Marcos que é mais extenso do que Mateus. Só que Lucas diz que “ninguém tinha podido curar”. Ou seja, que todos os médicos (cf. Mc 5.26) que ela havia passado não podiam curá-la, mostrando que a natureza humana não pode dar conta do corpo humano, somente Deus. Portanto, o propósito do milagre que está relatado nos Evangelhos é para certificar com autoridade que Jesus é Deus de fato. E segundo, o texto não diz que ela, a mulher, estava prostrada aos pés de Cristo e foi curada. Mas que a mulher se prostra diante de Cristo para explicar o que havia ocorrido com ela (Cf. Mc 5.33; Lc 8.47). 

Então, os milagres feitos por Moisés e Josué, Elias e Eliseu, e Jesus e os apóstolos eram para dar uma introdução às novas revelações, sinal de autenticidade dos mensageiros e, assim, os milagres chamavam a atenção para as novas revelações. E não para imitarmos os milagres e nem para fazerem músicas que distorcem o sentido e proposito do milagre. O salmista, algumas vezes, quando se lembra dos feitos do Senhor, ele sempre lembrava como consolo para sua aflição (Sl 77.11-20) e de forma didática (Sl 78) E João nos diz que: Jesus realizou na presença dos seus discípulos muitos outros sinais miraculosos, que não estão registrados neste livro. Mas estes foram escritos para que vocês creiam que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus e, crendo, tenham vida em seu nome. João 20.30,31 (acréscimos meu).

____________
Notas:
[1] Providência é o controle divino sobrenatural e soberano sobre todos os acontecimentos naturais, de modo que os propósitos de Deus sejam realizados.
[2] JOHN, Frame M. A doutrina de Deus. São Paulo: Cultura Cristã, 2013, p. 197
[3] SPYKMAN, Gordon J. Teologia Reformacional. Um novo paradigma de se fazer teologia: Milagres. Disponível aqui. Acesso: 14/04/14.
[4] MCARTHUR, John. O Caos Carismático. São José dos Campos, São Paulo: Editora Fiel, p. 145
[5] Cf.: CALVINO, João As Institutas – 2ª Ed. – São Paulo: Cultura Cristã, 2006. Livro I, VIII, V
[6] Cf.: Os milagres e profecias de Eliseu e Elias, acessado dia 13/04/2014 as 12:45pm
[7] KISTEMAKER, Simon J. Os Milagres de Jesus. São Paulo: Cultura Cristã, 2008. p. 8
[8] Alguém pode fazer tal objeção: “Mas 1º Coríntios, não nos é falado sobre o dom de milagre?” Entende-se que o milagre é poder, pois a palavra é dunamis. Os dons eram para os apóstolos, já em Coríntios não diz que eram para todos os crentes, todos os dons. 

***
Fonte: Bereianos 

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Karl Marx e a sua dialética racionalista-irracionalista

.


Por John Frame


Karl Marx (1818 - 1883) provavelmente exerceu mais influência na política e na história mundial do que qualquer outro filosofo dos últimos duzentos anos. Muitas pessoas se tornam marxistas, a meu ver, por razões éticas. Encontram em Marx um pensador que se importa com os pobres e tem um plano para fazer algo por eles.

Contudo, é importante lembrar que Marx é um subjetivista rematado. Ele pensa que os padrões éticos são relativos à classe de cada um. Na sua visão, os sistemas éticos são recursos dos movimentos políticos para promover os interesses de uma classe contra outra. Há uma ética para a burguesia (os donos dos meios de produção) e outra para o proletariado (os trabalhadores nas fábricas). Quando o proletariado inicia a revolução, tudo que promove a revolução é bom, o que atrapalha é mau. Quando a revolução se torna vitoriosa, o que leva em direção a uma sociedade sem classes (o eschaton marxista) é bom, o que retarda é mau.

Padrões éticos específicos podem mudar á medida que os interesses da classe mudam. O que é bom hoje pode ser mau amanhã. Os comunistas americanos louvaram Hitler quando ele fez um pacto com Stalin. Quando Hitler quebrou o pacto, tudo que passou a fazer era mau.

Qual é a ética correta? Para Marx, não há retidão objetiva na ética, embora valorize muito a objetividade cientifica ao formular seu determinismo econômico. Quando jovens idealistas são atraídos ao marxismo por motivos éticos, é pastoralmente importante lembra-los de que para o marxismo a ética é negociável. Os interesses da classe são supremos, e a ética é um instrumento deles. Quando percebemos o marxismo dessa perspectiva, ele parece menos nobre.

No entanto, muitas vezes Marx fala como se seus julgamentos éticos fossem objetivos. Por exemplo, é famosa sua condenação do cristianismo como "o ópio do povo". Ele o considera uma ideologia maquinada pelos ricos para subjugar os trabalhadores, fazê-los satisfeitos com a miserável atual e com a recompensa celestial, de modo que não pensem em revolução. Os cristãos protestarão que o evangelho contribuiu muito ao longo do século para o bem-estar dos pobres e da sociedade em geral. Porém, Marx replica que também se deve fazer oposição a esse cristianismo "profético", pois causa mais mal do que bem. Gera esperanças falsas de reforma, pacífica as massas e, portanto, retarda a revolução necessária para uma mudança real.

Isso soa como uma critica ética ao cristianismo. Marx diz que o cristianismo é a ética religiosa que uma classe particular usa para oprimir outra classe. Mas devemos lembrar que a ética alternativa de Marx é apenas a ética de outra classe particular projetada, uma vez que aquela classe chegar ao poder, para oprimir qualquer classe rival. Marx não dá motivos - exceto pela lealdade à classe - para preferir essa ética à ética cristã. 

Podemos perceber em Marx a dialética racionalista-irracionalista. Marx nega a ética objetiva (irracionalismo), mas prega uma alternativa moralista e critica seus oponentes com certeza dogmática (racionalismo).[1]

_______________
Nota:
 
[1] Veja Karl Marx e Friedrich Engels. O manifesto comunista (1848); Marx, O capital (1887)

***
Fonte: FRAME, John. A Doutrina da Vida Cristã. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2013. Pags. 95-96

Igreja neopentecostais atraem jovens com baladas gospel

Sara Nossa Terra e Renascer em Cristo são algumas das denominações que realizam esses eventos
por Leiliane Roberta Lopes

Igreja neopentecostais atraem jovens com baladas gospelIgreja neopentecostais atraem jovens com baladas gospel
No dia 22 de março a sede da Igreja Sara Nossa Terra em São Paulo organizou a Festa Colors, uma balada gospel que atraiu cerca de 1,1 mil jovens entre 16 e 28 anos.
A estratégia é usada não apenas para entreter os evangélicos, mas também para atrair aqueles que não frequentam nenhuma igreja.
A reportagem da Folha de São Paulo acompanhou o evento e entrevistou o produtor João Rodrigues, mais conhecido no meio gospel como DJ MP7. Ele foi o responsável por agitar os jovens durante toda a noite.
MP7 garante que a falta de entretenimento nas igrejas faz com que muitos jovens busquem diversão em baladas seculares. “Não tem como negar. O jovem evangélico não tem opção para se divertir. Boliche todo dia cansa, muitos acabam indo para baladas seculares. E isso interfere no modo de vida cristão”, disse.
Ele chegou a fazer um levantamento em uma festa tradicional da Vila Olímpia e constatou que 30% dos frequentadores eram evangélicos. É nesses lugares que o produtor e DJ evangeliza, fazendo convite para que essas pessoas conheçam os eventos das igrejas. “A gente não cobra dessas pessoas. A gente convida. É uma estratégia de evangelização”.
Apesar de ainda causar estranhamento entre os religiosos mais tradicionais, balada gospel não é novidade no meio. A Igreja Renascer em Cristo faz evangelismos parecidos desde o final da década de 80.
Nessa época os membros da Renascer evangelizavam em locais pouco convencionais como a Galeria do Rock, no Centro de São Paulo, fazendo convites para os shows que aconteciam às segundas-feiras na antiga sede da igreja no Cambuci.
Com muita música e sem oferecer bebidas alcoólicas para os frequentadores, as baladas evangélicas são opções para quem quer evangelizar um amigo mais jovem que não aceitaria assistir a um culto normal.
“A gente diz para os jovens convidarem um colega da faculdade, um vizinho do bairro”, disse o bispo Felipe Corrêa, responsável pela balada Sky, da Igreja Renascer.
A balada da Sara Nossa Terra é coordenada pelo bispo Christiano Guimarães e acontece duas vezes por ano. Ali há “atalaias”, obreiros responsáveis em garantir que os casais não excedam nos carinhos e beijos trocados, enquanto o “bar” oferece apenas bebidas sem álcool. “Além de suco, refri e energético – muuuito energético-, tem batida. Sem álcool, claro”, diz o bispo.
Fonte:gospelprime

Formulário de contato

Nome

E-mail *

Mensagem *