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quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Preciso encontrar os cristãos perseguidos porque... (3)

... eles me desafiam a perceber minha dívida para com os heróis da fé e seus atos de amor e perseverança em Deus
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No início dos anos 1980, em um vilarejo na Tchecoslováquia, eu entreguei a um pastor da igreja rural uma Bíblia em sua própria língua. Tinha capa de couro, com um zíper dourado, e era a primeira Bíblia completa que ele segurava. Lembro-me de vê-lo cheirando-a, maravilhado com o odor do couro, brincando com o zíper e quase temeroso de tocar as finas páginas preciosas.

Quando ele começou a falar aos membros da igreja, apontando para mim, disse: “Este cavalheiro é como nossos antepassados, os quais chamamos de heróis da fé. Toda vez que a Bíblia entra em uma cultura, ela representa uma ameaça e há oposição. Homens e mulheres arriscam tudo para trazê-la a nós. Este homem correu tal risco”.

Eu fiquei envergonhado, mas ele continuou a me dizer: “A Bíblia também entrou em sua cultura. Também foi uma ameaça. Diga-me, quem são seus antepassados, seus heróis da fé?”. Sinto vergonha em dizer que não tinha uma ideia clara de quem eram estes homens em meu país do Reino Unido. Eu lembrava vagamente dos nomes de John Wycliffe e William Tyndale, mas não me recordava dos detalhes.

Então, voltei para o meu país, com este desafio tocando em meus ouvidos: “Descubra a história de como sua Bíblia chegou até você e encontrará seus antepassados, verdadeiros heróis espirituais”.

Que história dramática eu descobri; cheia de espiões, mortes e política de poder. Este não é o tipo de assunto que se possa conhecer tudo, mas eu aprendi muito sobre John Wycliffe, o primeiro homem a traduzir a Bíblia para o inglês, no mundo do século XIV, quando a maioria do clero não podia nem recitar os dez mandamentos.

Ele formou um grupo de pregadores guerrilheiros para explorar o país com versões manuscritas da Bíblia e espalhar a verdadeira Palavra de Deus. A maioria foi presa. A Bíblia foi banida pelo Parlamento. Wycliffe morreu de um derrame causado pela tensão. Mesmo após sua morte, ele não foi abandonado. Em 1428, seus ossos foram desenterrados do solo. Às vistas do Arcebispo da Inglaterra, suas cinzas foram espalhadas de uma ponte sobre o Rio Swift, afluente do rio Avon. Nesse dia, foram consagrados os versos a seguir:

“O Avon para o Severn corre
O Severn para o mar
E a poeira de Wycliffe, como as águas,
Na vastidão se espalhará”.

Isso se tornou realidade no século XVI com William Tyndale, que se beneficiou da invenção da gráfica. Ele disse a um clérigo que o dissuadia da tarefa de tradução: “Daqui a muitos anos, farei com que o garoto que conduz o arado conheça a Bíblia mais do que você”.

Entretanto, para fazê-lo, ele teve de sair da Inglaterra e nunca mais retornar. Com apenas 29 anos, em 1524, ele se estabeleceu em Colônia, na Alemanha. Dois anos depois, estava pronto para contrabandear seis mil cópias da Bíblia em inglês para a Grã-Bretanha. Toda a esquadra britânica entrou em alerta; barcos eram parados e inspecionados. Primeiro, dezenas, depois, centenas de Bíblias chegaram.

O bispo de Londres usou outra tática. Ele tentou comprar a tiragem inteira através de um intermediário. Sua intenção era queimar todos os exemplares. Tyndale ficou sabendo disso e aprovou a venda, dizendo: “Ah, ele vai queimá-las. Bem, eu fico contente, pois vou ter o dinheiro desses livros e o mundo inteiro irá clamar pela queima da Palavra de Deus”. E assim foi. Ele as queimou e Tyndale usou o dinheiro para melhorar a tradução e imprimir mais Bíblias à custa da igreja.

O trabalho de Tyndale compôs 85% da Bíblia King James. “O barulho da nova Bíblia ecoou por todo o país”, disse ele. Cabia no bolso, era fácil de esconder e, assim, podia ir a qualquer lugar. Os teólogos da igreja criticaram-na. Thomas More a desprezou, dizendo que estavam “colocando o fogo das Escrituras na linguagem de garotos lavradores”. Tyndale foi capturado por assassinos, estrangulado e queimado em agosto de 1536, condenado por “heresia”.
Suas últimas palavras foram: “Senhor, abra os olhos do Rei da Inglaterra”. Esta oração foi logo atendida e a reforma inglesa foi rapidamente alimentada por uma série de traduções. Em 1535, a Bíblia Coverdale (traduzida de uma versão alemã), foi a primeira Bíblia legalizada. Em 1537, foi publicada a Bíblia de Mateus, uma junção da Bíblia de Tyndale com a de Coverdale. E, em 1539, veio a Grande Bíblia. Três Bíblias em seis anos. Havia tantas, que o Rei James teve de autorizar uma versão especial em 1611.     

Que história! E que heroísmo de meus antepassados. Contei a um amigo coreano sobre minha experiência e ele voltou para a Coreia do Sul ansioso por descobrir como a Bíblia entrou em sua cultura. Ele ficou impressionado ao se deparar com a história de um missionário galês na China, R.J. Thomas, que tinha o enorme desejo que os coreanos conhecessem o Senhor.

Naquele tempo, ninguém podia visitar a Coreia. Era um reino eremita. Mas Thomas se juntou a um navio americano, o SS General Sherman, que estava fazendo uma expedição exploratória para ver se os EUA poderiam comercializar com a Coreia. A viagem foi um desastre. O navio foi atacado e a tripulação e os passageiros foram espancados até a morte, enquanto tentavam chegar à praia.

Thomas foi morto, mas o homem que o matou, sentiu que ele era um homem bom, porque ele não emergiu, lutando com uma espada em sua mão, mas com livros. Seu assassino levou os livros, secou-os, mas foi incapaz de ler em chinês. Uma vez que o papel era caro, ele os colou do lado de fora de sua casa. Logo, ajuntaram-se estudiosos de várias partes do mundo para ler suas “paredes”. Um desses estudiosos tornou-se cristão. Seu filho traduziu o Novo Testamento para o coreano. Outro antepassado heroico.

Os cristãos perseguidos me incentivaram a me conectar ao Corpo de Cristo de uma nova maneira e a respeitar ainda mais meus antepassados espirituais. Quando o Arcebispo de Canterbury, Dr. George Carey, visitou a China em 1994, repreendeu os contrabandistas de Bíblias como “causadores de problemas”. Quando regressou ao Reino Unido, a imprensa lhe informou que ele tinha feito estas observações no 400º aniversário do nascimento de William Tyndale. Para seu crédito, ele teve o cuidado de não cometer o mesmo erro novamente em seu mandato como arcebispo. O mundo ainda precisa de pessoas como Tyndale. Quem sabe, talvez eu ou você possamos ser chamados para tal ilustre ministério.

O texto acima foi retirado do livro “15 razões por que precisamos ter um encontro com a Igreja Perseguida” (tradução livre), de Ron Boyd-MacMillan, diretor estratégico da Portas Abertas Internacional.
FontePortas Abertas Internacional
TraduçãoGetúlio A. Cidade

Os direitos humanos e a Igreja Perseguida


Hoje é o dia da Declaração Universal dos Direitos Humanos! Quais são os direitos dos cristãos perseguidos? Quais são nossos direitos, como parte da Igreja ao redor do mundo? Confira o comentário em vídeo do Irmão André, fundador da Portas Abertas, sobre a criação dos Direitos Humanos e sua relação com a Igreja Perseguida


De acordo com o Artigo 18 da Declaração Universal de Direitos Humanos, de 1948: “Toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, isolada ou coletivamente, em público ou em particular”.

Na prática, porém, nem sempre é assim que acontece. Países como China, Índia, Irã, Iraque, Afeganistão, entre outros, costumam ocupar as manchetes por diferentes motivos, mas, raramente, são vinculados pela mídia secular à perseguição, muitas vezes implacável, que os adeptos da fé cristã sofrem nesses lugares.

Quando uma violação dos direitos humanos pode ser considerada perseguição? Quem é classificado como perseguido quando se trata sobre liberdade religiosa?Esclareça suas dúvidas e entenda melhor o trabalho da Portas Abertas.

Valores Centrais
Você conhece os Valores Centrais da Portas Abertas?

• Somos pessoas de fé
• A Bíblia dirige a nossa vida
• Nosso objetivo maior é a glória de Deus
• Nossa vida é dedicada a Cristo e sua grande comissão
• Somos pessoas de oração
• Somos parte do Corpo, logo, somos pessoas voltadas para pessoas
• Nossa tarefa é atender às solicitações da Igreja Perseguida

Saiba mais sobre cada um desses valores.
FontePortas Abertas Brasil

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Entrevista com Dr. Martyn Lloyd-Jones



Confira a sensacional entrevista feita com o Dr. Martyn Lloyd-Jones, por Dame Joan Bekewell, em dezembro de 1970:


***
Tradução: Cleyton Gadelha
Fonte: Escola Charles Spurgeon
Via Bereianos

Senado decide anexar PL 122 ao projeto de reforma do Código Penal


A proposta é do senador Eduardo Lopes que entendeu que os dois textos são semelhantes e que devem andar juntos
por Leiliane Roberta Lopes

Senado decide anexar PL 122 ao projeto de reforma do Código PenalSenado decide anexar PL 122 ao projeto de reforma do Código Penal
  • O Projeto de Lei Complementar 122/2006 não será mais tramitado no Senado, pois nesta terça-feira (17) ele foi apensado ao projeto de reforma do Código Penal (PLS 236/2012).
A votação teve 29 votos favoráveis, 12 contrários e 2 abstenções. O requerimento de juntar os dois projetos é de autoria do senador Eduardo Lopes (PRB-RJ) que entendeu que o Código Penal já engloba o assunto de discriminação ao tipificar a intolerância, o racismo e todo tipo de violência.
Em defesa de seu projeto, Lopes destacou que por tratarem de assuntos correlatos não há necessidade de ter duas propostas tramitando separadamente.
O relator do PL 122, o senador Paulo Paim (PT-RS) foi contra o requerimento e pediu para que a votação fosse nominal para que todos soubessem quem foi contra e quem foi a favor do apensamento.
Entre os senadores que votaram a favor estava Magno Malta (PR-ES) que gravou um vídeo para o seu Instagram comemorando a decisão do Plenário. “Esse PL 122 famigerado, o tal projeto da homofobia, tem 11 anos aqui, 11 anos de guerra, mas hoje ele foi sepultado definitivamente”, disse.
Nas últimas semanas o projeto estava em discussão na Comissão de Direitos Humanos, mas por diversas vezes a votação foi cancelada até que uma ordem do governo decidiu retirar o PL 122 de pauta e só voltar a discuti-lo em 2014 depois das eleições. Porém a decisão desta terça mudou os planos do PT.

Veja a lista da votação:
Votos a favor do apensamento:
Alfredo Nascimento AM/PR
Aloysio Nunes SP/PSDB
Álvaro Dias PR/PSDB
Ana Amélia RS/PP
Blairo Maggi MT/PR
Cassio Cunha Lima PB/PSDB
Cícero Lucena PB/PSDB
Cristovam Buarque DF/DF
Cyro Miranda GO/PSDB
Eduardo Lopes RJ/PRB
Eunício Oliveira CE/PMDB
Flexa Ribeiro PA/PSDB
Jader Barbalho PA/PMDB
João Durval BA/PDT
João Vicente Claudino PI/PTB
José Agripino RN/DEM
Lindberg Farias RJ/PT
Magno Malta ES/PR
Mozarildo Cavalcanti RR/PTB
Paulo Bauer SC/PSDB
Pedro Taques MT/PDT
Ricardo Ferraço ES/PMDB
Rodrigo Rollemberg DF/PSB
Ruben Figueiró MS/PSDB
Sérgio Petecão AC/PSD
Sérgio Souza PR/PR
Vital do Rêgo PB/PMDB
Waldemir Moka MS/PMDB
Wilder Morais GO/DEM
Votaram contra o apensamento:
Ana Rita ES/PT
Antônio Carlos Rodrigues SP/PR
Antônio Carlos Valadares SE/PSB
Eduardo Suplicy SP/PT
João Capiberibe AP/PSB
Jorge Viana AC/PT
Lídice da Mata BA/PSB
Paulo Davim RN/PV
Paulo Paim RS/PT
Pedro Simon RS/PMDB
Randolfe Rodrigues AP/PSOL
Roberto Requião PR/PMDB
Abstenção:
José Pimentel CE/PT
Vanessa Grazziotin AM/PCdoB
Fonte:gospelprime

Preciso encontrar os cristãos perseguidos porque… (1)


...eles me fazem lembrar que Deus não constrói o seu Reino em minhas realizações, mas em meus sacrifícios
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Eu morava em Los Angeles, onde estava sempre estressado em relação a uma pergunta-chave: estou atingindo o meu potencial? Por onde eu dirigia, estava cercado de propagandas me dizendo que eu não estava ganhando o suficiente, que precisava ter uma “mudança de atitude”. Ficava preocupado se eu tinha de fazer mais cursos, na busca ilusória por mais sucesso. Todos os meus amigos eram atores e atrizes desesperados por atrair a atenção de algum produtor de filme, com alguns empregos de meio-período, na vã esperança de serem, algum dia, descobertos. Até me sentia muito deprimido quando outros prosperavam e eu parecia permanecer parado em minha carreira. Em outras palavras, sempre me senti insatisfeito.

Mas, o propósito da minha vida é mesmo maximizar meu potencial? Uma visita aos perseguidos logo curou-me dessa ideia. O fato ficou claro: atingir o potencial não pode ser o propósito da sua vida porque muitos poucos têm a oportunidade de realmente fazê-lo!

Observe os milhões de cristãos nas igrejas não registradas da China. Todos eles passam seus dias – por falta de um termo melhor – presos. Eles não têm escolha. Por causa de seu cristianismo, muitos não têm acesso à educação ou são impedidos de desenvolver carreiras promissoras. Sentei-me em uma igreja doméstica com 70 camponeses cristãos e me perguntei: “Quantos grandes cientistas, violinistas ou filósofos poderiam estar aqui! Mas nem eles nem o mundo saberão, porque nunca terão a oportunidade de estudar, aprender álgebra ou segurar um instrumento musical”. 

Deus realmente faria um mundo onde somente uma minoria cumpriria seu propósito de vida e condenaria o resto de nós a uma vida de frustração?

Estávamos estudando a primeira carta de Pedro naquela noite e, de repente, me dei conta de algo enquanto lia o capítulo 2, versículo 5: “Vocês também estão sendo utilizados como pedras vivas na edificação de uma casa espiritual para serem sacerdócio santo, oferecendo sacrifícios espirituais agradáveis a Deus, por meio de Jesus Cristo”.

Isso me impactou: Deus faz, de cada vida que se rende a ele, uma pedra viva na construção de seu templo. É por isso que estamos vivos. Este é o propósito de tudo. Fomos criados para nos tornar uma pedra em seu templo espiritual, seu reino eterno. E todos têm a oportunidade de se tornarem uma “pedra viva” apenas pela virtude de dar sua vida a ele. Somos sacerdotes porque oferecemos um sacrifício. Esse sacrifício é o único que podemos fazer; aquele que vem de nossa vida. E então, encontramos o propósito pelo qual Deus fez o mundo: edificar um reino de adoradores para si.

Ninguém fica insatisfeito porque Deus constrói seu reino com nossos sacrifícios, não com nossas realizações.

Somos sacerdotes que sacrificam sua vida e se tornam pedras vivas. Na verdade, poucos de nós têm a oportunidade de serem realizados. Mas todos temos a oportunidade de oferecer a Jesus o sacrifício de nossa vida. E que maravilhosa igualdade! Cada membro daquela igreja doméstica – não importa o quão ignorante, pobre, ou insatisfeito profissionalmente – era uma pedra viva no reino. Billy Graham é uma pedra viva. Martin Luther King foi uma pedra viva. Mas eu também sou uma pedra viva. Aquele homem na igreja doméstica cujas costas estão encurvadas devido a uma vida inteira passada nos arrozais é uma pedra viva. Aquela mulher cujo bebê lhe foi tirado durante a Revolução Cultural, porque era cristã, também é uma pedra viva. Ninguém que dá a sua vida a Jesus a desperdiça. Eles estão inseridos em uma estrutura eterna: o Reino de Deus. E se regozijarão para sempre nisso.

Claro que ainda me preocupo, de vez em quando, se estou usando meus dons da melhor forma. Mas me sinto mais livre do estresse. Deus me fez uma pedra viva e não preciso me preocupar. Mesmo que tivesse realizações, elas logo seriam esquecidas. Graças a Deus por receber nossos sacrifícios, pois todos ficam satisfeitos, e não somente os que têm realizações. Confie em Deus para incluir todo mundo. Não há concursos ou elite no Reino de Deus. A Igreja Perseguida me ensinou isso!

O texto acima foi retirado do livro “15 razões por que precisamos ter um encontro com a Igreja Perseguida” (tradução livre), de Ron Boyd-MacMillan, diretor estratégico da Portas Abertas Internacional.
FontePortas Abertas Internacional
TraduçãoGetúlio A. Cidade

PLC-122 é “sepultada” pelo Senado e irá tramitar em conjunto com o novo Código Penal

PLC-122 é “sepultada” pelo Senado e irá tramitar em conjunto com o novo Código Penal

Na tarde dessa terça-feira (17), o Plenário do Senado aprovou um requerimento do senador Eduardo Lopes (PRB-RJ), para que a PLC-122/2006, proposta que ficou conhecida como “projeto da homofobia”, seja apensada ao projeto de reforma do Código Penal (PLS 236/2012). Dessa forma, a PLC-122 passaria a tramitar junto com a reforma PLS-236, tendo suas discussões e votações unificadas.
O apensamento, aprovado com 29 votos favoráveis, 12 contrários e duas abstenções, motivou críticas por parte dos senadores Eduardo Suplicy (PT-SP) e Paulo Paim (PT-RS), que afirmam que a tramitação conjunta das duas propostas irá enfraquecer o debate sobre a criminalização da homofobia. O simbólico fim da PLC-122 aconteceu pouco depois da orientação feita pela presidente Dilma Rousseff ao Senado para não votar a proposta até as eleições de 2014.
Suplicy pediu a verificação de quórum para que seja realizada votação norminal do requerimento. Já Paim, afirma que o requerimento perdeu o seu objeto, uma vez que a comissão especial de senadores criada para examinar o projeto de reforma do Código Penal já aprovou, também nesta terça-feira, o relatório final elaborado pelo senador Pedro Taques.
Eduardo Lopes explicou seu requerimento afirmando que não há sentido para que as propostas tramitem separadamente, visto que tratam de assuntos correlatos. O senador Magno Malta (PR-ES) manifestou apoio a Lopes afirmando que a criminalização da homofobia depende da tipificação desse crime no Código Penal, o que justifica tal apensamento.
O apensamento da proposta foi bem recebido entre críticos da PLC-122, como o articulista cristão Paulo Teixeira, que comentou a aprovação do requerimento de Eduardo Lopes como o “sepultamento” da PLC-122.

Por Dan Martins, para o Gospel+

Pequei, e daí?

.


Por Rev. Augustus Nicodemus Lopes


Faz poucos anos tomei conhecimento de um escândalo, um caso de adultério, cometido por um pastor que também era professor de seminário teológico. O pastor vinha traindo a mulher, levando a amante para motéis. Ele foi apanhado somente quando pagou um motel com o cartão de crédito da própria esposa, que naturalmente descobriu tudo quando recebeu a fatura. Além desse detalhe escabroso, que mostra que o pecado cega a inteligência das pessoas, o que mais chocou a todos é que a liderança da sua igreja simplesmente o afastou do seminário por um breve período. No semestre seguinte, lá estava ele de volta ao seminário, dando aulas aos alunos, como se nada tivesse acontecido. O caso era de conhecimento geral, inclusive dos alunos. Que mensagem estava sendo passada para aqueles futuros pastores e líderes quanto à seriedade do pecado e da necessidade de se viver uma vida santa no ministério?

A falta do exercício da disciplina na Igreja sobre membros e líderes faltosos é consequência do conceito largamente difundido entre os evangélicos de que os crentes não são responsáveis por seus atos diante de outros, e especialmente, de que não dão conta de seus atos às igrejas das quais participam ou lideram.

Primeiro, há quem considere o exercício da disciplina como uma violação do mandamento de Jesus, “não julgueis para que não sejais julgados” (Mat 7:1). Essa interpretação é totalmente falsa. O julgamento que Jesus proíbe é o julgamento hipócrita, isto é, condenarmos os outros sem prestarmos atenção em nossos próprios pecados (veja versos 3-5). A prova que Jesus não estava fazendo uma proibição geral contra o julgamento se encontra nos versículos seguintes, quando Ele determina aos discípulos: “Não deis aos cães o que é santo, nem lanceis ante os porcos as vossas pérolas, para que não as pisem com os pés e, voltando-se, vos dilacerem” (Mat 7:6). Para que possamos obedecer a esse mandamento, temos de determinar quem é porco e quem é cão. Ou seja, temos que julgar. Além disso, foi o próprio Jesus quem determinou os passos para o exercício da disciplina na Igreja (Mat 18:15-17).

Segundo, para muitos a disciplina é uma violação do mandamento do amor. É considerada como falta de amor cristão para com o irmão caído. Essa interpretação falsa do amor cristão não leva em conta o ensino bíblico de que Deus disciplina exatamente aqueles que Ele ama (Heb 12:6; cf. Deut 8:5; Sal 89:30-34; 11975; Prov 3:12; 13:24; et alli). Fechar os olhos para o pecado do irmão não é amor. É ódio. É desejo de vê-lo afundar-se mais e mais no pecado.

Essas atitudes têm servido para que evangélicos vejam a disciplina como algo punitivo, injusto, vingativo e opressor, levando muitos a acharem que devem prestar contas de seus atos somente a Deus. E às vezes, nem isso.

Se esse estado de coisas não mudar, veremos o crescimento de uma geração de cristãos irresponsáveis, que não reconhecem seus erros e pecados, que desconhecem o valor e a necessidade da disciplina, e que não percebem a seriedade e a gravidade do pecado e suas conseqüências na vida do discípulos de Cristo e a importância de corrigir publicamente os pecados públicos, como Jesus corrigiu publicamente a mulher adúltera. Ele não a condenaria com pena de morte, como os fariseus desejavam, mas corrigiu sua vida imoral em público, dizendo “vá e não peque mais”.

***
Fonte: Augustus Nicodemus, via Facebook
.

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

O RELACIONAMENTO DO CRISTÃO COM O MUNDO


hernandes
Esta é uma breve mensagem, do Pr. Hernandes Dias Lopes, que fala sobre qual deve ser a atitude do cristão em relação ao mundo, trazendo reflexões acerca da postura que devemos ter, não sendo esta de isolamento ou alienação, mas sim de se colocar no lugar de Jesus, e obedecê-lo nos tornando sal e luz para aqueles que ainda não o conhecem.
No vídeo, Hernandes mostra que um dos maiores problemas do cristão é deixar-se influenciar pelo mundo ao invés de influenciá-lo com um bom testemunho. Isso os torna como a semente que cai entre os espinhos, que brota, mas não frutifica, pois os espinhos crescem e a sufocam. Nos convidando, ao final, a ter uma vida de santidade, separada para Deus, a ser sal e luz, não amando as coisas do mundo nem nos conformando com este.
Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.
Tiago 4:4
E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus. Romanos 12:2
Assista o vídeo:
***

Postado por Yasminn Lacerda. Fonte: Ump da Quarta. Divulgação: Púlpito Cristão.

SETE DICAS PRECIOSAS PARA UM MARIDO FAZER SUA ESPOSA MAIS FELIZ



Alguns dizem que o casamento é como uma ilha deserta. Os que estão fora querem entrar e os que estão dentro querem sair.  

Pois é, casamento não é nada fácil não é verdade? Além disso as Escrituras afirmam que o marido deve amar a esposa como Cristo ama a igreja, portanto bem complicado, não é mesmo?

Isto posto, segue abaixo 7 preciosas dicas para o marido fazer da sua esposa uma mulher mais feliz:

1- Seja menos egoísta.  Homens são extremamente egoístas. Poucos são aqueles que se preocupam mais com suas esposas do que consigo mesmos. Nessa perspectiva que tal priorizar sua esposa dando a ela a primazia em todas as coisas?

2- Gaste tempo escutando suas queixas, lamentações, problemas e preocupações. Lembre-se que escutar é mais do que ouvir. Escutar é dar atenção total e irrestrita a tudo aquilo que ela diga.

3- Resgate o romantismo. Pois é, existem homens que depois que casam abandonam o romantismo o que a médio prazo traz inúmeros problemas relacionais.

4- Valorize suas virtudes em detrimento suas falhas. Infelizmente existem homens que valorizam mais as falhas de suas esposas à suas virtudesUm homem que valoriza sua mulher desfruta de um relacionamento mais saudável.

5- Jamais diga que ela está gorda ou um "pouquito" acima do peso.

6- Elogie-a. Mulheres gostam e precisam de elogios.

7- Seja parceiro dela, participando do seu mundo, dando-lhe opiniões e interagindo com ela em todos os aspectos e dimensões.

Pense nisso!

Renato Vargens

O ESCÂNDALO DOS SEMI-IGREJADOS

Por Renato Vargens

 


Tenho conversado com alguns pastores que compartilham de uma preocupação relacionado a frequência dos membros de suas igrejas em seus cultos.  
 
Na verdade, ouso afirmar que esse é um problema eminentemente OCIDENTAL que se manifesta em praticamente todas as Igrejas Brasileira. 
 
Por acaso você já percebeu que existem inúmeros irmãos quem faltam dois, três cultos e aparecem esporadicamente? Pois é, complicado não é mesmo? 
 
Confesso que ultimamente tenho pensado muito nisso tentando descobrir o que fazer para corrigir esse tipo de comportamento. 
 
Bom, Kevin De Young, um jovem pastor americano escreveu um texto brilhante que acredito possa nos ajudar nessa reflexão. De Young  chama esse grupo de irmãos de "SEMI-IGREJADOS". 
 
O texto foi traduzido por Josaías Junior e foi publicado pelo Reforma 21.

Vale a pena ler até o final!

Renato Vargens

 

"Este é um daqueles posts que queria escrever há algum tempo, mas não tinha certeza de como dizer o que acho que precisa ser dito. O perigo do legalismo e da falsa culpa é muito real. Mas, o perigo da desobediência e do autoengano também é.

Eu quero falar sobre os membros de igreja que frequentam sua igreja com grande irregularidade. Eles não são desigrejados, desviados ou sub-igrejados. Eles são semi-igrejados. Eles aparecem algumas vezes, mas não toda semana. Eles estão dentro e fora, estão ligados e desligados, um domingo aqui e dois sumidos. Este é o escândalo dos semi-igrejados. Na verdade, Thom Rainer defende que a razão principal para o declínio de comparecimento à igreja é que os membros não vão tanto à igreja quanto costumavam.

Nós temos cristãos que só aparecem no Natal e na Páscoa provavelmente desde que temos Natal e Páscoa. Algumas pessoas sempre serão intermitentes em relação à sua presença na igreja. Eu não estou falando sobre cristão nominais que aparecem na igreja uma ou duas vezes ao ano. Estou falando sobre pessoas que passam por todo o processo de fazer parte de uma igreja, não têm qualquer problema com a igreja, mas, ainda assim, só entram por suas portas uma ou duas vezes ao mês. Se há igrejas com róis de membro muito maiores que a frequência média de domingo, ou seus sub-pastores abandonaram suas obrigações, ou há membros infiéis em seu meio, ou os dois.

Eu sei que não vamos à igreja, nós somos a igreja (blá, blá, blá), mas ser preciosista com nosso vocabulário não muda a exortação de Hebreus 10.25: Não devemos deixar de congregar-nos, como é costume de alguns. Reunir-se a cada Dia do Senhor com a nossa família da igreja é um dos pilares do cristianismo maduro.

Então, faça a si mesmo algumas perguntas.

1. Você estabeleceu a presença na igreja como um hábito inviolável em sua família? 

Sabe quando você acorda de manhã e pensa: “talvez eu dê uma corridinha hoje” ou “acho que vou fazer torradas esta manhã”?  Não é assim que o comparecimento à igreja deveria ser. Não deveria ser uma proposição “se eu sentir vontade”. Eu sempre serei grato por meus pais tratarem a presença na igreja (de manhã e de noite) como um padrão inalterável. Não estava aberto a discussão. Não era baseado em circunstância extenuantes.  Nunca foi um talvez. Nós íamos à igreja. Era isso que fazíamos. Isso tornava a decisão de todo domingo uma decisão simples, porque não havia realmente decisão. Exceto por doenças desesperadoras, nós sempre íamos. Dar à sua família o mesmo tipo de hábito é um dom que eles não apreciarão agora, mas normalmente te agradecerão depois.

2. Você planeja adiantado no sábado para que a igreja seja uma prioridade no domingo?  

Todos nós somos ocupados; por isso, pode ser difícil ir para igreja, especialmente com uma casa cheia de crianças. Nunca aproveitaremos o máximo dos nossos domingos se não nos prepararmos para eles no sábado. Isso provavelmente significa terminar o dever de casa, ir para cama na hora e abdicar de um pouco do futebol. Se a igreja só é lembrada mais tarde, você não pensará nela até que seja muito tarde.

3. Você organiza seus planos de viagem de maneira a minimizar a ausência no domingo? 

Eu não quero ser legalista com essa pergunta. Eu já viajei no domingo antes (embora tente evitar). Eu tiro férias e recesso para estudos, e perco 8 ou 9 domingos da minha igreja por ano. Eu entendo que vivemos em uma cultura móvel. Eu entendo que as pessoas querem visitar seus filhos e netos no final de semana (e como sou grato quando os nossos vêm e visitam). A época em que as pessoas estavam na cidade por 50 a 52 semanas por ano é passado. Viajar é muito fácil. Nossas famílias estão muito dispersas. Mas, escute: isso não significa que não podemos nos esforçar um pouco para estar por lá no domingo. Talvez você possa tirar a sexta para visitar as crianças e poder retornar na noite de sábado. Talvez você precise pensar duas vezes sobre investir numa chácara que te afastará da igreja por várias semanas durante o ano. Talvez você possa reavaliar sua suposição de que o período entre sexta à noite e domingo à noite é seu para fazer o que você quiser. É quase impossível crescer em amor por sua igreja e servir efetivamente na sua igreja se você está regularmente ausente.

4. Você está disposto a fazer sacrifícios para reunir-se com o povo de Deus para adorar a cada domingo?  

“Mas você não espera que eu cancele meus planos para sábado à noite, certo? Sem chance de reorganizar minha agenda de trabalho. Este emprego exige que eu trabalhe todo domingo – eu teria que arrumar um novo emprego se quisesse estar regularmente na igreja. Domingos são meus dias de recarregar. Eu não cuidarei de tudo na casa se eu for para a igreja toda semana. Meus filhos não poderão jogar futebol se não formos nos jogos de domingo. Se eu tiver que terminar meu dever de casa antes do domingo, não poderei descansar na sexta à noite e o sábado todo. É claro que Deus não quer que eu sacrifique tanto só para poder aparecer na igreja!”. Não é exatamente o caminho da cruz, é?

5. Você já considerou que talvez você possa não ser um cristão?  

Quem sabe quantas pessoas Deus salva “como pelo fogo” (1 Co 3.15)? Ir à igreja toda semana te torna um cristão? Absolutamente não. Perder 35 domingos por ano te torna um não-cristão? Isso já dá o que pensar. O povo de Deus ama estar com o povo de Deus. Eles amam cantar louvores. Eles amam comer à Mesa. Eles amam ser alimentados com a Escritura. Falta de frequência à igreja – ou seja, andar sem rumo – é, na melhor das hipóteses, sinal de imaturidade e, na pior, incredulidade. Sempre que Deus chama pessoas das trevas, ele as chama para a igreja. Se o culto de domingo é a comunidade dos redimidos, o que seu padrão semanal sugere a Deus sobre do que você realmente faz parte?"

Kevin De Young

Deus Elege Pessoas Baseado na Presciência da Fé?

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Por John Hendryx


As Escrituras ensinam que tudo relacionado ao evangelho tem o propósito de glorificar Cristo e destruir o orgulho do homem, ao pensar que pode salvar a si próprio. Por conseqüência, alguma coisa que diminui a glória de Cristo é inconsistente com o verdadeiro evangelho. Então, meu propósito nesta questão não é ser contencioso, mas glorificar a Deus ao alinhar nossos pensamentos com o dEle. Este pequeno artigo se propõe a desafiar a posição antibíblica que alguns evangelistas modernos insistem em pregar: a “presciência da fé” . Eu gostaria especificamente de confrontar essa posição, sustentada por alguns, que crêem que Deus observa de fora os corredores do tempo tentando ver quem crerá e então os escolhe baseado na sua resposta positiva a Ele. Eu entendo que um dos grandes motivos para alguns cristãos acreditarem neste conceito é que eles desejam preservar o amor irrestrito de Deus a todos e não podem imaginar um Deus que “arbitrariamente” escolhe alguns e condena o resto. Se a eleição incondicional fosse verdade, argumentam, então porque Deus não salvou todo mundo? Escolher alguns e deixar outros não tornaria Deus arbitrário em Sua escolha? Essas são objeções compreensíveis que eu espero responder no que se segue: 

Se entendo corretamente a ideía da “presciciência da fé”, os próximos três pontos expressam corretamente o conceito central que esta posição sustenta:

1 - A salvação dos homens é definitivamente o resultado de suas escolhas ao contrário de uma escolha divina, unicamente.
2 - A eleição é baseada pela presciência divina da fé de certas pessoas e não somente por estar de acordo com Seu desejo e misericordiosa vontade.
3 - A eleição é condicional, baseada na aceitação de Jesus Cristo e não na determinação de Deus, mesmo quando a graça de Deus está certamente envolvida neste processo.

Antes de entrarmos numa discussão dos méritos da racionalidade (lógica), devemos considerar primeiramente que o Cristianismo não é algo que nós deduzimos de uma mera filosofia especulativa. Deus decidiu nos dar faculdades racionais e as ferramentas da lógica; mas, como cristãos, isto deve sempre ser usado dentro dos parâmetros bíblicos que Ele graciosamente nos concedeu. Pensar cristologicamente é reconhecer que podemos saber de Deus somente da forma que Ele revelou-se a nós nas Escrituras; e as Escrituras não dão evidência da doutrina da “presciência da fé”. Portanto, sustentar uma teologia apenas numa inútil lógica humana não é nada mais que tirar os mais profundos fundamentos da nossa fé de fontes extrabíblicas.

Visão Bíblica do Conhecimento

De fato, as Escrituras dizem “...aqueles que [Deus] de antemão conheceu, também os predestinou”, mas seria uma exegese pobre concluir que isto deve significar uma “fé prevista”. É ir bem mais além do que o texto realmente quer dizer. Todos devemos admitir que isto é ler um conceito adicional que simplesmente não está lá, pelo motivo de o texto em questão não dizer que Deus prevê algum evento (nossa fé) ou as atitudes que as pessoas tomam. Pelo contrário, ele diz aqueles que de antemão conheceu...”. Em outras palavras, Paulo informa que Deus prevê pessoas. As Escrituras, toda vez que citam Deus “conhecendo” pessoas, referem-se àqueles em quem o Senhor imputou seu amor. Isto expressa a intimidação do conhecimento pessoal.

Por exemplo, o Senhor diz a Jeremias: “Antes que eu te formasse no ventre teconheci”. Deus determinou de antemão separar certas pessoas por amor, mas não pelas decisões delas (Amós 3:2; Mt. 7:23; João 10:14; 2 Tm 1:19). Na verdade, a Bíblia ensina que a graça de Deus em nos escolher é livre, baseada unicamente em Sua vontade, e não influenciada por capacidades natas, desejo espiritual (Rm 9:16, João 1:13), mérito religioso ou a presciência da fé das pessoas que ele escolheu para Si (Ef 1:5; 2:5,8). Pelo contrário, Deus atua de acordo com Seu supremo propósito, que é Sua própria glória.

A todo aquele que é chamado pelo meu nome, e que criei para minha glória, e que formei e fiz.” (Isaías 43:7)

Inconsistências Lógicas

A partir da falta de evidência bíblica para os defensores da “presciência da fé”, eu também gostaria de evidenciar a falha fatal e a lógica inconsistente da própria pressuposição antibíblica. Enquanto alguns retratam a “fé prevista” como uma dádiva de grande liberdade à livre escolha de todos os homens, após uma reflexão mais profunda, esta idéia mostra que nenhuma liberdade é dada ao homem no final. Ora, se Deus pode olhar o futuro e ver que uma pessoa Avirá a Cristo e que a pessoa B não irá crer em Cristo, então esses fatos já estão consumados, eles já foram determinados. A presciência divina da fé e arrependimento dos crentes implica a certeza, ou “necessidade moral” desses atos, tanto quanto um decreto soberano. “Porque aquilo que é certamente previsto deve ser certo” (R.L. Dabney). Se nós assumirmos que o conhecimento divino do futuro é correto (ponto pacífico entre todos os evangélicos), então é absolutamente certo que a pessoa A crerá e a pessoa B não crerá. Não existe qualquer forma de suas vidas tornarem-se diferente disso. Conseqüentemente, é mais que correto dizer que seus destinos já estão determinados, porque não poderiam ser diferentes. A questão é: pelo que seus destinos são determinados? Se o próprio Deus os determina, então nós não temos eleição baseada na presciência da fé, e sim na vontade soberana do Senhor. Porém, se Deus não determina seus destinos, então quem ou o que os determina? É claro que nenhum cristão diria que existe um ser mais poderoso que Deus controlando o destino dos homens. Portanto, a única alternativa possível é dizer que seus destinos são determinados por alguma força impessoal, algum tipo de sorte, operante no Universo, fazendo todas as coisas agirem como elas agem. Mas, qual o benefício disso? Trocamos, então, a eleição sacrificial em amor, de um Deus pessoal e compassivo, por um tipo de determinismo guiado por uma força impessoal; e Deus deixa de receber a autoridade final para nossa salvação. (Wane Grudem, Systematic Theology).

Além disso, ninguém poderia argumentar consistentemente que Deus previu aqueles que creriam e seriam salvos e também pregar que Deus estátentando salvar todo o mundo. Se Deus sabe quem será salvo, então seria um absurdo Ele acreditar que mais pessoas podem ser salvas que aquelas que Ele previamente sabia que o escolheriam. Seria inconsistente afirmar que Deus está tentando fazer alguma coisa que Ele já sabia que nunca aconteceria. Da mesma forma, ninguém pode consistentemente dizer que Deus previu aqueles que seriam salvos e em seguida ensinar que o Espírito Santo faz tudo que pode para salvar todos os homens do mundo. Por este sistema, o Espírito Santo estaria perdendo tempo e esforço na tentativa de converter um homem que Ele sabia desde o princípio que não O escolheria. O sistema antibíblico desaba por si mesmo.

Alguns poderão responder que não é nem eleição nem fé previstas, mas alguma coisa no meio. Esta opção é excluída, por definição, a não ser que você acredite que Deus não conhece o futuro. Em outras palavras, a única forma da “posição de meio-termo” ser verdade é o caso de limitarmos a onisciência de Deus (uma impossibilidade). Ou Deus sabe e decreta o futuro ou não. Se Deus sabe o futuro e sua posição da fé prevista é verdadeira, então Deus nos deixou nas mãos de um acaso impessoal. Nossas escolhas seriam pré-arranjadas por um determinismo impessoal. Sua posição “coluna do meio” poderia teoricamente ser correta se você afirmar a ignorância de Deus em relação ao futuro, mas então Deus não saberia quem iria escolhê-lo e a teoria inteira se desmancharia pelo fato da “presciência da fé” gerá-la. Concluindo, a não ser que você deseje acreditar que uma força impessoal determina nossa salvação, e que Deus não conhece o futuro (a heresia do Teísmo Aberto), a posição da fé prevista é, ao mesmo tempo, biblicamente e logicamente impossível. Com o propósito de honrar a Deus, nós devemos, neste assunto, originar nossa autoridade das Escrituras e ser cuidadosos para não nos apoiarmos meramente naquilo que nos foi ensinado em nossa igreja.

Antecipando o contra-argumento que isto faria Deus “arbitrário”...  

Primeiramente, eu gostaria de desafiá-lo a confrontar a seguinte passagem. Paulo encontrou a mesma argumentação contra a eleição – que isto faria Deus injusto e arbitrário.

Romanos 9:18-23

"18 Portanto, Deus tem misericórdia de quem ele quer, e endurece a quem ele quer. 19 Mas algum de vocês me dirá: “Então, por que Deus ainda nos culpa? Pois, quem resiste à sua vontade?” 20 Mas quem é você, ó homem, para questionar a Deus? “Acaso aquilo que é formado pode dizer ao que o formou: ‘Por que me fizeste assim?” 21 O oleiro não tem direito de fazer do mesmo barro um vaso para fins nobres e outro para uso desonroso? 22 E se Deus, querendo mostrar a sua ira e tornar conhecido o seu poder, suportou com grande paciência os vasos de sua ira, preparados para a destruição? 23 Que dizer, se ele fez isto para tornar conhecidas as riquezas de sua glória aos vasos de sua misericórdia, que preparou de antemão para glória,"

Para começar, Paulo não faria esta questão hipotética a não ser que ele acreditasse que a determinação final da salvação estava apenas nas mãos de Deus. Paulo está dizendo que Deus tem o o direito supremo de fazer conosco o que Ele quiser. Você irá condená-lo por este direito? Além disso, como nós conhecemos a personalidade de Deus, nós não devemos pensar que, a Seu modo, Deus não tinha razões ou causas para salvar a alguns e outros não – “o propósito divino sempre conspira com a sabedoria de Deus e nada ocorre sem motivos ou despropositadamente, apesar destas razões e causas não terem sido reveladas a nós. Nos Seus conselhos e obras nos quais nenhum propósito é perceptível, este propósito ainda está oculto com Deus. Logo, o que Ele decretou nunca está fora de uma justa e sábia concordância com Seu beneplácito, fundamentado em Seu gracioso amor que nos envolve” (Heppe,Reformed Dogmatics). Apenas não saber o porquê de Ele escolher alguns para a fé e outros para a descrença não é razão suficiente para rejeitar isto. Na falta de dados relevantes, nós, portanto, não temos razão, ou o que for, para assumir o pior, portanto não há base legítima para duvidar da benignidade de Deus aqui. Conseqüentemente, duvidar que Deus pode escolher-nos baseado somente no seu bel consentimento não é duvidar da bondade de Deus. Os defensores da “presciência da fé” estão, na verdade, dizendo que são incapazes de crer na escolha de Deus e preferem dá-la a seres decaídos, como se eles pudessem tomar uma decisão melhor que Deus. Vamos resumir então a resposta à acusação de Deus ser arbitrário:

As coisas encobertas pertencem ao SENHOR, o nosso Deus, mas as reveladas pertencem a nós e aos nossos filhos para sempre, para que sigamos todas as palavras desta lei.” (Deuteronômio 29:29)

A eleição é baseada nas qualidades morais de Deus (por exemplo: bondade, compaixão, empatia, integridade, não-fingimento, imparcialidade, justiça, etc.)

Deus tem “causas e razões” para Suas escolhas, mesmo que estas sejam “intímas” dEle (ou seja, desconhecidas nas criaturas). Nós sabemos que o Senhor é bom e portanto podemos confiar que Ele faria uma escolha melhor que as nossas.

Deus não faz nada sem razão. Ele não faz nada despropositadamente. Ele simplesmente não nos revelou estas razões e causas, apesar de elas certamente existirem. Como elas não foram reveladas, estamos proibidos de tentar adivinhá-las. Porém, como conhecemos a fidelidade de Deus, podemos nos regozijar em Sua sabedoria. Deus não falta com razões justas para Seus atos. Estas “razões justas” estão simplesmente ocultas para nós.

Salvação não é condicionada por algo que Deus vê em nós e que nos torna dignos de Sua escolha. NENHUM dos Seus decretos são feitos sem justiça e sabedoria.

Devemos sempre ter em mente que Deus não é obrigado a salvar ninguém e que todos nós somos justamente merecedores de Sua ira. Assim, se Deus salva alguém, é puramente um ato de Sua misericórdia. Todos os evangélicos concordam que seria justiça de Deus pôr toda a humanidade em julgamento. Por que, então, seria injustiça de Sua parte julgar alguns e ter misericórdia do resto? Se seis pessoas me devessem certo valor, por exemplo, e eu perdoasse quatro deles, mas ainda quisesse o pagamento dos outros dois, eu estaria totalmente dentro de meu direito. Quanto mais Deus está? (Leia A Parábola dos Trabalhadores na Vinha – Mateus 20:1-16) .

Portanto, isso não depende do desejo ou do esforço humano, mas da misericórdia de Deus.” (Romanos 9:16)

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Tradução livre: Josaías Cardoso Ribeiro Jr.
Brasília-DF, 22 de janeiro de 2004.
Fonte: Monergismo via Bereianos
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