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sábado, 28 de setembro de 2013

Resposta a Leandro Quadros

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Por Rev. Ageu Magalhães

Apresentação

Dos dias 6 a 10 de Maio deste ano foi realizada a 1ª Semana Teológica de 2013, em nosso Seminário Teológico Presbiteriano Rev. José Manoel da Conceição. O tema da semana: Apologética e Evangelização. Os temas e preletores foram:

Dia 06 – Islamismo – Rev. Raimundo Montenegro
Dia 07 – Kardecismo – Pr. Paulo Romeiro
Dia 08 – Adventismo – Ev. Luciano Sena
Dia 09 – Ateísmo – Rev. Augustus Nicodemus
Dia 10 – Mormonismo – Pr. Paulo Romeiro

A semana foi muito edificante. Em todas as noites nossa capela ficou cheia. Entre os visitantes, havia pessoas de outras religiões, incluindo adventistas. Filmamos as palestras e as disponibilizamos gratuitamente em nosso Canal do Youtube.

No dia 08 de Agosto recebi o telefonema do jornalista adventista Leandro Quadros, questionando a palestra sobre Adventismo e criticando as fontes utilizadas pelo preletor, o Ev. Luciano Sena. Pediu-me um endereço de e-mail para enviar a crítica por escrito e, no mesmo dia, eu recebi a comunicação.

Encaminhei o e-mail ao preletor, para que analisasse a procedência das críticas. Três dias depois o Ev. Luciano Sena respondeu o e-mail com vários argumentos demonstrando a exatidão do que havia exposto em sua palestra. Seguindo Lamentações 3.30 “farte-se de afronta” e 2 Timóteo 2.24 “Ora, é necessário que o servo do Senhor não viva a contender...” guardei a resposta esperando que Leandro Quadros esquecesse o assunto. No dia 26 de Agosto recebi novo e-mail do jornalista cobrando a resposta e, no mesmo espírito dos textos acima, respondi tão somente: “Caro Leandro Quadros, li e consultei o preletor sobre as suas objeções. Para cada argumento seu, ele tem contra argumentação bem plausível. Um abraço, Ageu”. Na sequência recebi sua resposta dizendo, dentre outras coisas: “... divulgarei a resposta com citações para os milhares telespectadores que tenho – e que já conhecem o uso que ele faz de tais fontes. Pena que, desse modo, a Instituição também será envergonhada, pois, postou o referido vídeo e julgou o uso das fontes como ‘apropriado’.”

Foi feito como prometido. Dois dias depois Leandro Quadros publicou suas críticas no seguinte link: http://novotempo.com/namiradaverdade/o-sentimento-antiadventismo-e-a-imprecisao-academica/

O artigo publicado fez várias referências ao nosso Seminário e foi seguido por diversos comentários ofensivos, por parte dos visitantes daquele site. 

Como tentamos evitar a polêmica, mas o silêncio começou a aparentar desobediência a 1Pe 3.15 “antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração, estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós”, publico abaixo a resposta do Ev. Luciano Sena às críticas de Leandro Quadros na esperança de que os leitores vejam por si próprios quem está labutando em erro.



Rev. Ageu Magalhães
Na direção do Seminário JMC


***

Resposta a Leandro Quadros
Ev. Luciano Sena

Essa é minha resposta ao post do Leandro sobre a minha palestra no JMC. Para ser didático e objetivo minhas respostas estarão intercaladas ao que ele escreveu. 

"Introdução: 
Preferiria não disponibilizar esse post a você, amigo (a) leitor (a). Afinal, quando conseguirmos solucionar uma disputa entre irmãos seguindo o conselho de Jesus em Mateus 18:15-17, Deus é honrado, relacionamentos são preservados e novas amizades podem corar de alegria nossas vidas.”

Quem conhece um pouco de Adventismo sabe bem a maneira como Leandro chama o Ageu de irmão. Em uma perspectiva positiva, Ageu é um “irmão” que recebeu pouca luz da verdade Adventista, mas se após um bom contato com a verdade do Adventista permanecer desobedecendo receberá a marca da besta em sua testa. Especialmente porque o Reverendo Ageu, que é um pastor presbiteriano, é, na visão deles, de  uma igreja “filha de babilônia” defensora do Domingo, da marca da besta bem como da Predestinação Calvinista, da imortalidade da alma e do inferno. Leandro Quadros poderia lembrar-se de que já chamou tais doutrinas de diabólicas, e os que as ensinam são hereges, difundindo ensinos distorcidos e demoníacos: 

“Minha nova atividade como pai tem sido uma bênção em minha vida de modo que tenho passado mais tempo com minha filha do que com os hereges. E não poderia ser diferente, não acha? Porém, tive que voltar a escrever sobre a diabólica doutrina calvinista por que Clóvis, moderador do blog Cinco Solas, extrapolou em sua ignorância.” (Veja aqui)

Um tiro no próprio pé

Leandro Quadros escreveu, acertadamente, que fui “Testemunha de Jeová por pouco mais de oito anos. Ou seja: um oponente à doutrina da Trindade.”

Todavia, ele se engana quando diz: “Não seria conveniência de Sena julgar o passado de pioneiros adventistas sendo que o passado dele não foi muito diferente? Medite nisso, amigo (a) leitor (a).”

O que ele ignora é que os pioneiros adventistas, os “restauradores da verdade”, não abandonaram o antitrinitarianismo, como veremos a seguir. Eles morreram negando a Trindade! Sem arrependimento, sem repreensão de Ellen White, sem correção da igreja.

“1º: Mesmo havendo um predomínio do antitrinitarianismo no adventismo entre 1846-1888, em 1869 Roswell F. Cottrell observou que nesse período existia “uma multidão de pontos de vista” sobre a Trindade. Isso significa que qualquer argumento que sugira que ‘todos’ os pioneiros eram antitrinitarianos, é um argumento mentiroso.”

Em seu blog, em defesa do Espírito Santo, Leandro Quadros escreveu:

“Deve-se também ressaltar que a declaração de Daniel T. Bourdeau em 1890 mostra-nos que nem todos eram unânimes no antitrinitarianismo: "Embora afirmemos ser crentes e adoradores de um único Deus, tenho chegado a pensar que entre nós existem tantos deuses quantas são as concepções da Divindade". (veja aqui)

Parece que Quadros não vê problema em seus pais pioneiros terem tido tanta divergência sobre a Trindade. O predomínio do antritrinitarianismo por 42 anos não pode ser simplificado desta maneira, pois essa celeuma arrastou-se por várias décadas. Além disso, não são os pais pioneiros do Adventismo chamados de “restauradores da verdade”? Não é Ellen White reconhecida por eles como “o espírito da profecia”? Porque todos eles, detentores da verdade e da profecia não viram erro tão grasso?

Hoje, Leandro Quadros não vê com bons olhos quem rejeita a Trindade. Para ele, a doutrina da trindade é muito clara na Bíblia, rejeitar essa doutrina pode ser perigoso para a salvação do individuo, pois João 17.3 afirma que conhecer a Deus vai determinar nosso destino eterno (veja aqui).

Ademais, em minha palestra não disse que todos os pioneiros foram anti-trinitarianos. No vídeo, em 11:09 o slide mostra “Muitos líderes do grupo nascente eram ferrenhos opositores da Doutrina da Trindade”. Depois, em 11:38, eu disse que “várias pessoas e líderes” do grupo nascente eram contra a doutrina.

2º: Eles rejeitavam veementemente (mesmo sem ter a plena compreensão da doutrina) era a doutrina da Trindade como apresentada pelos credos cristãos da época, especialmente um credo Metodista de 1856, que dizia o seguinte: “[...] existe um único Deus vivo e verdadeiro, sempiterno, sem corpo ou partes [...]” (Citado em A Trindade…, p. 234).  Eles não rejeitavam a importância da doutrina de Deus manifesto em Três Pessoas (mesmo crendo no Espírito como sendo o “poder de Deus”), mas a doutrina Tradicional da Trindade que continha elementos não bíblicos supracitados e que são negados até hoje pelos adventistas e por qualquer outra denominação Protestante e Trinitariana.” 

A grande questão aqui é: Onde está o erro na declaração do credo Metodista citado? Deus não é sempiterno, sinônimo de eterno? Deus tem corpo? Deus tem partes? Desconfio que Leandro esteja confundindo “partes” com “pessoas”. O fato de a Trindade ser formada por 3 pessoas, não significa que ela tenha “partes”. Isso mostra a má compreensão que o adventista possui sobre a doutrina da Trindade.

O que o credo Metodista afirma é bem semelhante ao que a Confissão de Fé de Westminster (1646) diz: “I. Há um só Deus vivo e verdadeiro, o qual é infinito em seu ser e perfeições. Ele é um espírito puríssimo, invisível, sem corpo, membros ou paixões”

Qual erro tradicional em torno da doutrina da trindade que existia na época que não existe mais hoje? O livro diz:

“A única maneira de os pioneiros, em seu contexto, efetivamente separarem as Escrituras da tradição foi pelo abandono de qualquer doutrina que não pudesse apoiar-se unicamente na Bíblia. Assim, eles inicialmente rejeitaram a doutrina tradicional da Trindade, a qual claramente contém elementos não pertencentes às Escrituras. À medida que prosseguiram trabalhando com base nas Escrituras, periodicamente desafiados e estimulados pelo Espírito Santo através das visões de Ellen White, gradualmente convenceram-se de que o conceito básico de um Deus em três pessoas de fato aparece nas Escrituras." WHIDDEN, Woodrow, Jerry Moon, John W. Reeve.  A Trindade. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, p. 230.

“Agora, após esses breves esclarecimentos, veja a seguir o e-mail em que demonstro, com base em fontes primárias, as distorções de Luciano Sena, do Ministério Cristão Apologético, e que, infelizmente, foram tidas como “plausíveis” pelo Seminário Teológico Presbiteriano Reverendo José Manoel da Conceição.” 

Como foi demonstrando na palestra eu utilizei fontes primárias e secundárias, a saber, “O Grande Conflito” (Ellen White), “Nisto Cremos: Crenças Fundamentais dos Adventistas do Sétimo Dia” (Casa Publicadora Brasileira – Adventista), “Respostas a Objeções” (Francis D. Nichol - adventista), “Uma Nova Era segundo as Profecias de Daniel” (C. Mervin Maxwell – adventista), “1844: Uma explicação simples das profecias de Daniel” (Clifford Goldstein - adventista) e “Crenças Fundamentais” (Casa Publicadora Brasileira - adventista). Citei Samuele Bacchiocchi (adventista) bem como Leandro Quadros. Ademais, citei Carl Josson, Antony Hoekema, Louis Berkof, Van Groningen, a Confissão de Fé de Westminster, Comentários e Bíblias de Estudos. Documentei 90% das informações passadas, o que creio, foi satisfatório dentro do período de 1 hora da palestra.

Mas, esse não é ponto. Quando Leandro Quadros fala de fontes primárias não se refere a livros adventistas apenas, mas a livros que promovam o Adventismo, concordando com seus posicionamentos.

“1º: Luciano afirma que “os problemas que os adventistas enfrentam para justificar 1844 são parecidos com o problema das TJ quanto à data de 1914”. Se o referido palestrante conhecesse a série abalizada de 7 volumes sobre a Teologia Adventista do Santuário Celestial, jamais faria uma afirmação dessas. Nessa coleção preparada pelo Comitê de Daniel e Apocalipse do Biblical Research Institute da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia, publicada pela primeira vez em língua inglesa em 1993, é possível perceber que a base para a crença adventista na interpretação de Daniel 8:14 são estudos exegéticos realizados por eruditos adventistas reconhecidos no meio protestante como os doutores William Shea, Hans K. LaRondelle e Kenneth A. Strand (entre outros). Portanto, não há qualquer tipo de “rearranjo” que possa ser comparado aos estudos das Testemunhas de Jeová. Tal “comparação” é tendenciosa e não condiz com a verdade.”

Obviamente o registro histórico sobre o caso “1844” não está apenas nessa obra adventista. William Miller seguiu uma interpretação popular de que Dn 8.14 teria cumprimento em acontecimentos escatológicos? Citei a obra de Jonsson “Os Tempos dos Gentios Reconsiderados” mostrando que a tradição de interpretar Dn 8.14 da maneira que Miller o fez era antiga, e que ele seguiu cálculos judaicos, místicos. Segui a conclusão de Jonsson de que John Áquila Brow é o pai dos cálculos adventistas. Tais foram as bases que levaram os adventistas posteriores, como Nelson Balbuor, a usar Dn 4.24 como se cumprindo em 1914, o que fez também Charles Russel, o fundador das Testemunhas de Jeová.

O fato de hoje existir doutores adventistas, que “defendem exegeticamente” Daniel 8.14 como tendo o seu cumprimento em 22 de outubro de 1844 não impressiona. É erudição a trabalho da seita. A maioria esmagadora de eruditos evangélicos não endossa a absurda interpretação adventista.

“A crença adventista na interpretação de Daniel 8:14 são estudos exegéticos realizados por eruditos adventistas reconhecidos no meio protestante como os doutores William Shea, Hans K. LaRondelle e Kenneth A. Strand (entre outros).”

Pergunto a você que é evangélico, protestante: já ouviu falar em algum destes eruditos? Não ouviu porque não são reconhecidos do mundo protestante - são adventistas.

Hoje Adventistas com Daniel 8.14 e Testemunhas de Jeová com Daniel 4.24, estão sozinhos em seus esquemas escatológicos. Como Jesus não voltou em 1914, os Testemunhas de Jeová redefiniram sua volta de maneira invisível, no céu. Como Jesus não voltou em 1844, os Adventistas redefiniram sua volta para dentro do santuário, no céu. Percebeu semelhança?

“2º: Ele também argumenta que “os pioneiros adventistas eram antitrinitarianos”. A forma como a informação foi apresentada é bastante tendenciosa e, se ele houvesse feito uma consulta à obra A Trindade: como entender os mistérios da pessoa de Deus na Bíblia e na história do cristianismo, na 3ª seção intitulada “Trindade e Antitrinitarianismo da Reforma ao Movimento Adventista”, ele saberia que, mesmo pioneiros adventistas sendo antitrinitarianos por serem oriundos da Conexão Cristã, o antitrinitarianismo predominou entre 1846 e 1888. Após essa data, o adventismo viveu mais quatro fases, até a mudança de paradigma entre os anos de 1898 e 1915, tendo Ellen White como a maior expositora da doutrina Trinitariana. Por isso, a afirmação de Luciano de que “não se sabe se Ellen G. White era Trinitariana” é absurdamente infundada, especialmente à luz de citações dela em O Desejado de Todas as Nações, publicado em 1898, p. 19 e 530, onde ela fala da pré-existência de Jesus Cristo e inclusive afirma: “Em Cristo há vida original, não emprestada, não derivada” (p. 530). Além disso, Luciano desconhece por completo (ou ignorou) as citações Trinitarianas da referida autora na obra Evangelismo, p. 615-617, onde ela menciona das “três pessoas vivas pertencentes ao trio celeste” e apresenta o Espírito Santo como uma Pessoa Divina. É muito estranho que um palestrante ignore o todo da história e fontes primárias importantes para “provar” que se “a base do adventismo é herética, então todo o resto o é”. O Reverendo e eu sabemos que mudanças de paradigmas, mais do que indicar ‘heresia acompanhada de desonestidade’, indicam crescimento e, no meio acadêmico e científico esse espírito é vital para aqueles que seriamente se comprometem com a busca pela verdade.”

Respondo: Em 1846, Tiago White descartou a doutrina da Trindade chamando-a “o velho credo trinitariano não escriturístico”. Um século depois, a denominação que ele ajudou a fundar votou uma declaração oficial de ‘Crenças Fundamentais’ que incluía a crença em uma Trindade.” (veja aqui)

“Desde então, vários autores têm aceitado aspectos destes dois grandes pontos de debate. Russell Holt, em 1969, baseado na tese de Gane, adicionou outra significativa evidência concernente a Tiago White, J. N. Andrews, A. C. Bourdeau, D. T. Bourdeau, R. F. Cottrell, A. T. Jones, W. W. Prescott, J. Edson White e M. L. Andreasen. Concluindo, Holt afirmou que até 1890 o ‘campo era dominado por’ antitrinitarianos; de 1890 a 1900, ‘o rumo da denominação foi decidido por declarações de Ellen G. White’, e durante o período de 1900 a 1930 morreram muitos dos principais antitrinitarianos, de sorte que por volta de 1931 o trinitarianismo ‘havia triunfado e se tornado o ponto de vista oficial denominacional.’ (veja aqui)

Quando da publicação do livro “The Trinity: Understanding God's Love, His Plan of Salvation, and Christian Relationships” de Woodrow Whidden, Jerry Moon e John W. Reeve o Blog Cinco Solas postou o seguinte:

“Na maior parte de sua história, o adventismo foi anti-trinitariano. E hoje existe um movimento crescente na IASD para que a mesma retorne à crença de seus pioneiros. A editora oficial adventista admite estes fatos na sinopse do livro A Trindade: ‘A doutrina da Trindade faz parte das crenças fundamentais dos adventistas do sétimo dia. Mas uma crescente minoria tem defendido a volta à posição antitrinitariana de muitos pioneiros. Em resposta a esse desafio, os autores dessa obra, cada um especialista em sua área, analisam o tema sob vários ângulos’. Quem eram esses pioneiros antitrinitarianos e quando a posição adventista mudou oficialmente? Se alguém dissesse "todos os pioneiros" não erraria muito. A começar com o marido de Ellen White, que classificava a doutrina da Trindade como fábula papista e dizia que ela degradava a redenção. Morreu antitrinitariano. Outros expoentes do adventismo nascente que foram ferozes combatentes da Trindade são J.N. Lougborough, J.B.Frisbie, J.N. Andrews (líder da IASD, criador de seus estatutos), D.W.Hull, R.F.Cottrell e Willie White, filho de Ellen White. Mas se os pioneiros adventistas eram antitrinitarianos militantes, quando sua posição mudou? Sabemos que até 1912, três anos antes da morte de Ellen White, a IASD eram oficialmente não trinitariana. Foi somente depois da morte de Willie White que o adventismo começou sua guinada para o trinitarianismo, isso porque queria deixar de ser considerada uma seita e ser reconhecida como igreja evangélica. Mas foi somente em 1980, na Conferência Geral de Dallas que a IASD passou a ser oficalmente trinitariana, conforme nos informa o historiador adventista Gerhard Pfandl.” (veja aqui)

Mas, e Ellen White? Era trinitariana ou não? Parece que nem seu próprio filho, Willie White a entendia. Em uma carta ao Pastor H. W. Carr ele escreve o seguinte:

“Em sua carta, você me pede para contar o que entendo ser a posição de minha mãe em relação à personalidade do Espírito Santo. Isso eu não posso fazer porque eu nunca entendi claramente seus ensinos sobre esse assunto. Sempre houve em minha mente alguma confusão a respeito do significado das expressões dela que, para a minha forma de raciocinar, parecem ser um pouco confusas. As declarações e os argumentos de alguns dos nossos ministros em seu esforço para provar que o Espírito Santo era um indivíduo como é Deus, o Pai e Cristo, o eterno Filho, têm me deixado perplexo e algumas vezes eles me tem entristecido. Um mestre popular disse: "Podemos considerá-Lo (O Espírito Santo) como o companheiro que está aqui embaixo fazendo as coisas acontecerem. Minhas perplexidades foram minimizadas quando aprendi, no dicionário, que um dos significados de "personalidade" era características. Isto está declarado de tal forma que eu concluí que pode haver personalidade sem uma forma corpórea a qual o Pai e o Filho possuem. Há muitos textos das Escrituras que falam do Pai e do Filho e a falta de textos que fazem referência similar ao trabalho unido do Pai e o Espírito Santo ou Cristo e o Espírito Santo me tem feito acreditar que o espírito sem individualidade era o representante do Pai e do Filho através do universo, e vem sendo através do Espírito Santo que eles habitam em nossos corações e nos fazem um com o Pai e com o Filho.” (veja aqui)

Será que o filho de Ellen White conhecia a mãe e desfrutava de algum crédito? Vejamos o que ela escreveu sobre ele:

“Desde minha volta à América do Norte tenho recebido várias vezes instruções de que o Senhor me deu G. C. White para ajudador, e que nesta obra o Senhor lhe dará de Seu Espírito.” (Mensagens Escolhidas, Vol. 1, p. 50.)

“Depois desse incidente, foi-me dada compreensão de que o Senhor me erguera para dar testemunho dEle em muitos lugares, e de que Ele me daria graça e força para a obra. Foi-me mostrado também que meu filho, G. C. White, seria meu ajudante e conselheiro, e que o Senhor poria sobre ele o espírito de sabedoria e são discernimento. Foi-me mostrado que o guiaria, e que ele não seria desviado, porque reconheceria as direções e orientação do Espírito Santo.” (Idem, p. 54)

“Esta comunicação foi-me feita em 1882, e desde então tem-me sido assegurado que lhe era dada a graça da sabedoria. Mais recentemente, em uma ocasião de perplexidade, o Senhor disse: "Dei-te Meu servo, G. C. White, e dar-lhe-ei discernimento para ser teu auxiliar. Dar-lhe-ei habilidade e entendimento para dirigir sabiamente." (Idem, p. 55)

Revelador também é o fato de Ellen White nunca ter utilizado a palavra Trindade em seus escritos. “Além disso, é impossível que ela não tivesse conhecimento das heresias de seu marido e de seu filho, e se não as reprovou jamais, como fez com o panteísmo de Kellogs, por exemplo, é porque concordava com eles.” (veja aqui)

Quanto a Ellen White ter usado a palavra Trindade, os adventistas responderão que sim. Porém, a análise de edições de seus livros, feita por adventistas antitrinitarianos, tem revelado alterações nas edições de seus livros na tentativa de torná-la trinitariana.

Por exemplo, compare o trecho abaixo copiado do original do livro “Evangelismo” de Ellen White com o que consta em edições recentes:

Original: “Existem as três personalidades vivas no trio celestial nas quais cada alma arrependida dos seus pecados recebendo a Cristo por meio de fé viva por eles são batizados.”

Edições recentes: “Há três pessoas vivas pertencentes à trindade celeste; em nome destes três grandes poderes– o Pai, o Filho e o Espírito Santo – os que recebem a Cristo por fé viva são batizados.”

Veja a prova abaixo - uma fotocópia escaneada do manuscrito original de Ellen G. White. Mais provas de alterações podem ser vistas aqui



O fato é que, como disse na palestra, não existe certeza se Ellen White creu ou não na Trindade, enquanto profetisa do movimento.

“3º: Ele também alega que rejeitamos nossa origem denominacional atribuindo a marcação de datas ao batista William Miller. Porém, isso não é verdade. Mesmo o adventismo sendo interdenominacional em seus primórdios, reconhecemos nossa origem milerita, tanto que um dos mais de 20 grupos que surgiram após o desapontamento, é o que hoje se conhece como Igreja Adventista do Sétimo Dia. Uma leitura da obra História do Adventismo, de C. Merwyn Maxwell teria revelado isso a Luciano Sena, pois, nela o historiador adventista constantemente cita Miller como pai do milerismo adventista. A alegação de que “os adventistas hoje não compartilham do conceito que Ellen White tinha de Miller” também é falsa. Há biografias inteiras escritas por historiadores adventistas sobre o pai do movimento milerita, entre elas a obra de Sylvester Bliss, intitulada Memoirs of William Miller (Berrien Springs, MI: Andrews University Press, 2005)”

Eu não disse que o Adventismo nega “qualquer ligação” com Miller. Eu disse que negam a falsa profecia e a decepção como parte de sua história de fé. Veja o que afirmaram ao ICP: “Os Adventistas nunca marcaram uma data para a Volta de Jesus. Foram os Mileritas (seguidores de Guilherme Miller, um pregador batista) que fizeram isto. Eles anunciaram que Jesus viria no ano de 1843; depois, deduziram que seria em 1844; como os Adventistas do 7º Dia iriam marcar uma data, se eles ainda não existiam? Surgimos como movimento organizado no ano de 1863 (declaração constante da carta em apreço)." Pág. 12 (Série Apologética, Vol. III. São Paulo. Editora ICP, 2001, p.222).

O próprio Leandro Quadros escreveu no site do “Na Mira da Verdade”: “Ellen White, assim como os demais adventistas, nunca marcaram datas para a volta de Jesus. Quem se aventurou nisso foram os mileritas (seguidores de Guilherme Miller), observadores do domingo e que pertenciam a várias denominações evangélicas da época: Batista da Comunhão Restrita, Batista da Comunhão Livre, Batista Calvinista, Batista Arminiana, Metodista Episcopal, Metodista Evangélica, Metodista Wesleyana, Metodista Primitiva, Congregacional, Luterana, Presbiteriana, Protestante Episcopal, Reformada Alemã, etc. Poderíamos dizer que esses sim eram “profissionais” na “arte” de marcar datas. Não negamos nossa origem milerita, mas jamais iremos aceitar que como movimento organizado os Adventistas do Sétimo Dia marcaram datas para a o retorno glorioso do Salvador. (veja aqui).

Foi sobre esse comportamento de “1844 não tem nada conosco” que me referi na palestra.

“Já a afirmação de que Ellen White ensina que Miller foi o “primeiro a calcular o período dos 2.300 anos de Daniel 8:14” também é inverídica e não pode ser apoiada pelo que ela escreveu e nem mesmo pelas obras adventistas. Em sua tese doutoral traduzida para língua portuguesa em 2002 com o título “O Santuário e as Três Mensagens Angélicas: Fatores Integrativos no Desenvolvimento das Doutrinas Adventistas”, Alberto R. Timm é muito claro em sua exposição quando afirma que, mesmo Miller tendo provido “um dos cálculos cronológicos mais precisavamente ‘elaborados e aperfeiçoados’ das profecias bíblicas mostrando o iminente cumprimento desse evento [2ª vinda de Cristo]” (p. 15), esse pioneiro não foi o primeiro a realizar esse tipo de estudo em torno de Daniel 8:14. Na p. 14 Timm informa que antes de Miller “muitos intérpretes protestantes ficaram convencidos, mediante estudos das profecias bíblicas, de que Cristo viria em seus dias”. Na obra Questões Sobre Doutrina (ed. de 2009), também negligenciada por Luciano Sena, na página 233, são mencionados eruditos protestantes que assim como Miller chegaram ao ano de 1843 no estudo de Daniel 8:14 antes do fundador do milerismo. Na referida obra são mencionados John A. Brown, que publicou suas convicções em 1810; Birks, em 1843; William C. Davis, também em 1810, que do mesmo modo olhava para os anos 1843, 1844 ou 1847 como marcando o início de acontecimentos importantes na profecia bíblica. Entre esses eruditos que chegaram a tais conclusões antes mesmo de William Miller se destacam também o Dr. Joshua L. Wilson, da Assembleia Geral da Igreja Presbiteriana; o bispo episcopal John P. K. Henshaw; Alexander Campbell. Mais de 60 homens no começo do século 19 aguardavam o término da profecia de Daniel 8:14 (2.300 tardes e manhãs) para uma dessas três datas."

O crítico não prestou atenção no vídeo. Aos 06:54 é possível verificar o que afirmei: Eu disse que Miller  repetiu uma popular interpretação em seus dias. Que Daniel 8.14 indicava o período do fim do mundo. Aos 08:12 eu disse que O Grande Conflito atesta essa popular interpretação.

No livro “O Grande Conflito” Ellen White mostra que Miller estudou a Bíblia independentemente e chegou, sob a orientação angélica, à conclusão de que Jesus voltaria em 1843/4. Ela informa em capítulos posteriores que em várias regiões isso acontecia, mas ela não diz nada que Miller foi influenciado por outros autores. Isso hoje nós sabemos, mas ela, pelo jeito, não. Veja por si próprio:

“... deixou de lado as opiniões preconcebidas, dispensou comentários e usou apenas as concordâncias das referências bíblicas” (O Grande Conflito, 1975, p. 319)

“anjos estavam guiando a compreensão de Miller” (O Grande Conflito, 1975, p. 320).

“Assim como Eliseu foi chamado (...) também Guilherme Miller foi chamado para deixar o arado e desvendar ao povo os mistérios do reino de Deus” (O Grande Conflito, 1975, p. 330).

"... multidões se convenceram da exatidão dos princípios de interpretação profética adotados por Miller e seus companheiros, e maravilhoso impulso foi dado ao movimento do advento" (O Grande Conflito, 1975, p. 335).

“4º: Sobre a expiação realizada pelo bode Azazel, que cremos ser Satanás, não se pode realizar uma exposição do que pensa o adventismo sobre o assunto sem a leitura do capítulo “O Significado de Azazel”, da obra Questões Sobre Doutrina (publicada na década de 50), disponível em português desde 2009. Na p. 286 da referida obra Sena saberia que a identificação de Azazel com Satanás (reconheço que é um assunto muito controverso entre adventistas e evangélicos) não é feita apenas por adventistas, mas, por eruditos de outras confissões religiosas, entre eles Samuel M. Zwemer, presbiteriano. Já a leitura das páginas 288-290 revelaria ao palestrante que, na concepção adventista, a expiação de Azazel não era vicária, mas, retributiva. Por isso, pôde ser afirmado em tal obra, com a consciência tranquila diante de Deus, que ‘Os adventistas do sétimo dia rejeitam, portanto, inteiramente qualquer ideia, sugestão ou inferência de que Satanás seja em certo sentido ou medida o portador de nossos pecados. Esse pensamento nos causa horror, é terrivelmente sacrílego [...]’ (p. 289).”

É estranho o estranhamento de Leandro Quadros, pois as afirmações que fiz foram com base nos próprios livros adventistas “O Grande Conflito” e “Nisto Cremos”. Senão vejamos:

 “O sangue de Cristo, oferecido em favor dos crentes arrependidos, assegurava-lhes perdão e aceitação perante o Pai; contudo, ainda permaneciam seus pecados nos livros de registro. Como no serviço típico havia uma expiação ao fim do ano, semelhantemente, antes que se complete a obra de Cristo para a redenção do homem, há também uma expiação para tirar o pecado do santuário”. (O Grande Conflito, p. 420).

“Em o novo concerto, os pecados dos que se arrependem são, pela fé, colocados sobre Cristo e transferidos, de fato, para o santuário celeste. E como a purificação típica do santuário terrestre se efetuava mediante a remoção dos pecados pelos quais se poluíra, igualmente a purificação real do santuário celeste deve efetuar-se pela remoção, ou pagamento, dos pecados que ali estão registrados. Mas antes que isso se possa cumprir, deve haver um exame dos livros de registro para determinar quem,pelo arrependimento dos pecados e fé em Cristo, tem direito aos benefícios de expiação. (O Grande Conflito, p. 421).

“A purificação do santuário, portanto, envolve uma investigação – um julgamento.” (O Grande Conflito, p. 423).

“Como o sacerdote, ao remover do santuário os pecados, confessa-os sobre a cabeça do bode emissário, semelhantemente Cristo porá todos esses pecados sobre Satanás, o originador e instigador do pecado”(O Grande Conflito, p. 485).

“Ao completar-se a obra de expiação no santuário celestial, na presença de Deus e dos anjos do Céu e dos exércitos reunidos, serão postos sobre Satanás os pecados do povo de Deus” (O Grande Conflito, p. 655).

“Tendo sido os pecados dos justos transferidos para Satanás, tem ele de sofrer não somente pela própria rebelião, mas por todos os pecados que fez o povo de Deus cometer”(O Grande Conflito, p. 669).

“Passo seguinte, representando a Cristo como mediador, o sumo sacerdote assumia sobre si próprio os pecados que haviam poluído o santuário e os transferia para o bode vivo, Azazel, o qual era então conduzido para fora do acampamento do povo de Deus [...] é mais coerente ver o bode do Senhor como símbolo de Cristo e o bode emissário – Azazel – como símbolo de Satanás.” (Nisto Cremos, p. 414).

“Se Azazel representa Satanás, como podem as Escrituras (Lev. 16:10) conectá-lo com a expiação? Assim como o sumo sacerdote, depois de haver purificado o santuário, colocava os pecados sobre Azazel – o qual era para sempre removido dentre o povo de Deus – assim Cristo, depois de haver purificado o santuário celestial, colocará os pecados confessados e perdoados de Seu povo sobre Satanás, que será então removido para sempre dos santos. “Quão apropriado é que o último ato de Deus no trato com o pecado, seja fazer retornar sobre a cabeça de Satanás todos os pecados e culpas que, partindo originalmente dele, causaram uma vez tal tragédia na vida daqueles que agora foram libertados pelo sangue expiatório de Cristo. Completa-se desta forma o ciclo, encerra-se o drama. Somente quando Satanás, o instigador do pecado, for finalmente removido, poder-se-á afirmar apropriadamente que o pecado foi erradicado do Universo de Deus. Neste sentido harmonizado podemos entender de que modo o bode emissário tomava parte na ‘expiação’ (Lev. 16:10). Com os justos estando salvos, os pecadores ‘desarraigados’ e Satanás não mais existindo, então – e somente então – estará o Universo no mesmo estado de harmonia em que se encontrava antes do surgimento do pecado” (SDA Bible Commentary, edição revista, vol. 1, pág. 778).” (Nisto Cremos, p. 428).

Eu não disse que os adventistas ensinam que o diabo é um redentor. Eu disse que os adventistas dizem que essa expiação é uma expiação punitiva e não redentiva, como pode ser verificado no tempo 26:50 do vídeo.

Sobre o fato de um presbiteriano ter crido como os adventistas, isso é de pequena importância. Nenhuma confissão reformada ou documento presbiteriano estabelece o assunto desta maneira.

O Rev. Onezio Figueiredo, professor e capelão do Seminário JMC, sobre este assunto escreveu:

“Em todas as incidências, o termo azazel aparece com a preposição prefixal “para”. Portanto, a palavra significa: “para Azazel”. Desta maneira, o bode emissário, carregando os pecados do povo de Deus, é levado “para Azazel”, isto é, para um local ou para um espírito maléfico com esse nome. Dona White sustenta que Azazel é protótipo de Satã no sacrifício expiatório prefigurativo; sendo, portanto, o próprio Satanás, na expiação final do juízo investigativo, quem levará os pecados dos justos para a terra milenar desolada. Assim, o bode emissário, em vez de ser “para Azazel”, convertese em “Azazel”, o Demônio expiatório.” (veja aqui)

“5º: Ao citar a obra Nisto Cremos, Sena literalmente reinterpretou a crença fundamental número 18 (“O Dom de Profecia”) para afirmar que “seguimos Ellen G. White”. Se ele tivesse lido (ou não ignorado) a página 289, teria informado aos alunos do Seminário que “Os escritos de Ellen White não constituem um substituto para a Bíblia. Não podem ser colocados no mesmo nível. As Escrituras Sagradas ocupam posição única, pois são o único padrão pelo qual os seus escritos [de Ellen White] – ou quaisquer outros  - devem ser julgados e ao qual devem estar subordinados”.

A interpretação que dei ao “espírito de profecia” tem base em minha pressuposição Reformada da Suficiência da Escritura: “Isto torna indispensável a Escritura Sagrada, tendo cessado aqueles antigos modos de revelar Deus a sua vontade ao seu povo.” (Confissão de Fé de Westminster, cap. I.)

Quando citei a “Crença Fundamental” eu não reinterpretei nada. Apenas demonstrei a exclusividade mística e profética que Ellen White recebe. Veja o que diz a 18ª Crença Fundamental dos Adventistas: 

“18. O Dom de Profecia: Um dos dons do Espírito Santo é a profecia. Este dom é uma característica da Igreja remanescente e foi manifestado no ministério de Ellen G. White. Como a mensageira do Senhor, seus escritos são uma contínua e autorizada fonte de verdade e proporcionam conforto, orientação, instrução e correção à Igreja.”

Sobre esta “exclusividade profética”, um pastor adventista pode nos ajudar. A TV NOVO TEMPO tem um programa intitulado “Bíblia Fácil”. Em um destes programas o pastor fala de Ellen White e afirma que ela foi uma profetisa verdadeira, e que nunca escreveu nada antibíblico. Diz que ela “antecipou a ciência em mais de 40 anos” em assuntos pontuais. Ressalva o pastor que nenhuma doutrina da IASD se baseia em Ellen White, e que seus escritos não estão em pé de igualdade com a Bíblia, mas nos orientam para a Bíblia. Neste momento do vídeo, uma participante do programa pergunta: “Então devemos concluir que a Igreja Adventista é a Igreja Verdadeira?”(39:45) A resposta contundente do pastor Arilton é:  “Sim. Se o Apocalipse indica, no cap. 12.17, que a Igreja Verdadeira observa toda a lei de Deus, inclusive o sábado, e tem um profeta moderno, e nós temos em nossa história, o ministério de Ellen G. White, nós acreditamos sinceramente nisso.”

Outra pessoa pergunta “se existe além de Ellen White outros profetas na IASD”. A resposta do pastor é: “Chamada por Deus, como profetisa, só Ellen G. White.” (40:40). Segundo o pastor, Ellen White ficava até duas horas sem respirar no momento de suas revelações... (41:39) (Veja aqui)

Além disso, a mudança de visão do Adventismo sobre a doutrina da Trindade não teria se dado por meio de mais estudo das Escrituras, mas segundo o livro “A Trindade”, por causa das revelações de Ellen White:

“As evidências mostraram que as visões recebidas por Ellen conduziram a denominação através de estágios claramente discerníveis rumo a uma plena aceitação do conceito bíblico da Trindade." (WHIDDEN, Woodrow, MOON, Jerry REEVE, John W. A Trindade. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2003. p. 248.)

“6º: Ao comentar sobre a Inerrância Sena diz que “suspeita” ser Ellen White adepta da Inerrância absoluta, para argumentar que os adventistas atualmente “negam” a posição da própria profetisa. Não sei como um pesquisador pode chegar a uma conclusão dessas ao ler os que ela escreveu sobre o assunto na obra Mensagens Escolhidas, vol. 1, p. 21. Em 1886 ela afirmou: A Bíblia foi escrita por homens inspirados, mas não é a maneira de pensar e exprimir-se de Deus. Esta é da humanidade. Deus, como escritor, não Se acha representado. Os homens dirão muitas vezes que tal expressão não é própria de Deus. Ele, porém, não Se pôs à prova na Bíblia em palavras, em lógica, em retórica. Os escritores da Bíblia foram os instrumentos de Deus, não Sua pena. Olhai os diversos escritores. Não são as palavras da Bíblia que são inspiradas, mas os homens é que o foram. A inspiração não atua nas palavras do homem ou em suas expressões, mas no próprio homem que, sob a influência do Espírito Santo, é possuído de pensamentos. As palavras, porém, recebem o cunho da mente individual. A mente divina é difusa. A mente divina, bem como Sua vontade, é combinada com a mente e a vontade humanas; assim as declarações do homem são a Palavra de Deus. Na página 22 ela continua explicando sua posição sobre o processo de inspiração das Escrituras sem dar qualquer margem para a opinião infundada de Luciano Sena de que ela, “talvez”, acreditasse na Inerrância absoluta.”

Não vejo algo plenamente desenvolvido contra a inerrância. Qualquer um que crê na inerrância diz isso. Talvez Leandro não saiba a diferença entre inspiração e inerrância, conforme define o protestantismo fiel, por isso acha que “Deus falar em linguagem humana” é garantia de erros. A Declaração da Inerrância de Chicago poderia ajudá-lo.

Um trabalho acadêmico adventista contra a inerrância bíblica pode ser vistoaqui.

“Na mesma palestra Sena se contradiz. Enquanto ele “acha” que Ellen G. White cria na Inerrância absoluta, num determinado momento ele afirma que os adventistas “rejeitam a Inerrância [absoluta] por causa de Ellen G. White”. Essa contradição aberta revela que Sena desconhece por completo a posição de Ellen White sobre o método de inspiração das Escrituras, e que ele foi bastante arrogante em querer colocar “na boca” da co-fundadora do adventismo algo que ela nunca sonhou em dizer. Avalie, irmão e Reverendo Ageu, o tipo de informação que tal palestrante levou até os alunos do Seminário Presbiteriano JMC e veja se esse vídeo no YouTube, assistido até o momento por mais de 700 pessoas, não compromete a credibilidade acadêmica de uma Instituição séria como a de vocês. Além disso, Sena não fez questão de informar aos alunos que a crença adventista na autoria humana da Bíblia nada tem a ver com a posição dos teólogos liberais.”

Leandro Quadros não entendeu essa parte, ou mais uma vez não prestou atenção no vídeo. Não existiu contradição alguma. Perceba que eu mostrei aos 43:48 que é para salvar os escritos de Ellen White que os adventistas da atualidade negam a inerrância bíblica. “Por causa” de Ellen White não significa que ela influenciou ativamente o tema. A prova para minha conclusão pode ser vista nessas palavras:

“Alguns têm tropeçado no fato de que há imperfeições nos escritos de Ellen White. (...) Não há acusação que possa ser levantada contra Ellen White, em seu papel profissional como profeta, que não poderia e não tenha sido primeiro levantada contra os escritores da Bíblia (...) Não reivindiquemos mais para a Sra. White do que reivindicaríamos para os escritores bíblicos (...) “Precisamos ser consistentes; precisamos tratar Ellen White exatamente como trataríamos qualquer profeta dos tempos bíblicos. Se não rasgamos de nossa Bíblia os salmos escritos por Davi, as profecias de Jeremias e Jonas e as duas epístolas de Pedro, então não temos direito de lançar fora os escritos de Ellen White.” (veja aqui)

“Se ele tivesse lido atentamente o capítulo “A Natureza da Bíblia: Isenta ou Repleta de Erros?”, escrito por Samuele Bacchiocchi (citado repetidas vezes por Luciano Sena) na obra Crenças Populares: o que as pessoas acreditam e o que a Bíblia realmente diz (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2012), p. 11-47, teria informado aos alunos que, mesmo não sendo Inerrantes absolutos por crer que a Bíblia é a perfeita Palavra de Deus na imperfeita linguagem humana, cremos que “As Escrituras Sagradas são a infalível revelação de Sua vontade. Constituem o padrão de caráter, a prova da experiência, o autorizado revelador de doutrinas e o registro fidedigno dos atos de Deus na história” (Nisto Cremos, 2003, p. 14).”

Isso não trata da questão que foi apontada na palestra, a saber, que o adventismo ensina que a Bíblia tenha erros de natureza não doutrinaria. Como o próprio Leandro Quadro afirmou em 08:04: “Mesmo Deus guiando a mente do profeta para não errar, no aspecto doutrinário e moral, em aspectos ortográficos e lapsos de memória, é claro que o profeta errou.” Diz que a Palavra de Deus é perfeita em seu contexto moral, ético e doutrinário. E afirma que não descarta a possibilidade do próprio autor ter errado no caso em mira! (veja aqui)

“7º: Também absurda e inverídica é a afirmação de que “os adventistas creem que em cada mundo há seu próprio Adão e que só o nosso caiu”. Não é isso o que o Nisto Cremos (ed. de 2008), p. 90 e 91, afirma. Na referida obra o termo “Adões” no plural é empregado, realmente, como referência a seres de mundos não caídos (com base em Jó 1:6-12), porém, não há a mais remota ideia de que “cada mundo tenha seu próprio Adão”. O termo plural usado no contexto se refere aos “Filhos de Deus” (Jó 1:6-12) de mundos não caídos, de modo que a “explicação” de Sena é pura invenção da própria mente dele, resultante de uma leitura superficial ou manipulação do texto.”

Leiamos, então, o trecho do livro:

“O mais provável é que a Terra, em vez de ter sido a primeira obra do Criador, tenha sido, na verdade, a última. A Bíblia retrata os filhos de Deus – provavelmente os Adões dos mundos não caídos – encontrando-se com Deus em alguma parte distante do Universo (Jó 1:6-12). Até o presente momento, as experiências espaciais não conseguiram descobrir nenhum outro planeta habitado. Aparentemente eles se situam na vastidão do espaço – muito além do alcance de nosso sistema solar poluído, onde se acham garantidos contra a infecção do pecado.” (Nisto Cremos, p. 103).

O próprio Leandro Quadros já disse que “realmente existe vida em outros planetas, que não conheceram o pecado, a desobediência à lei de Deus”. (veja aqui)

Este ensino é repetição das visões de Ellen White:  

“O Senhor me proporcionou uma vista de outros mundos. Foram-me dadas asas, e um anjo me acompanhou da cidade a um lugar fulgurante e glorioso. A relva era de um verde vivo, e os pássaros gorjeavam ali cânticos suaves. Os habitantes do lugar eram de todas as estaturas; nobres, majestosos e formosos. Ostentavam a expressa imagem de Jesus, e seu semblante irradiava santa alegria, que era uma expressão da liberdade e felicidade do lugar. Perguntei a um deles por que eram muito mais formosos que os da Terra. A resposta foi: Vivemos em estrita obediência aos mandamentos de Deus, e não caímos em desobediência, como os habitantes da Terra. Vi então duas árvores. Uma se assemelhava muito à árvore da vida, existente na cidade. O fruto de ambas tinha belo aspecto, mas o de uma delas não era permitido comer. Tinham a faculdade de comer de ambas, mas era-lhes vedado comer de uma. Então meu anjo assistente me disse:   Ninguém aqui provou da árvore proibida; se, porém, comessem, cairiam.   Então fui levada a um mundo que tinha sete luas. Vi ali o bom e velho Enoque que tinha sido trasladado... Ele percorria o lugar como se realmente estivesse em sua casa. Pedi ao meu anjo assistente que me deixasse ficar ali. Não podia suportar o pensamento de voltar a este mundo tenebroso. Disse então o anjo:  Deves voltar e, se fores fiel, juntamente com os 144.000 terás o privilégio de visitar todos os mundos e ver a obra das mãos de Deus. “(Vida e Ensinos) (veja aqui)

Percebe-se que o que eu disse na palestra não foi fruto de minha imaginação...

8º: “Desconheço até o momento qualquer fonte primária adventista que afirme ter sido a Igreja Católica quem “inventou o domingo”. Na verdade, a leitura de algumas obras essenciais revelam que mesmo os adventistas sendo convictos de que a observância do domingo esteja intimamente relacionada ao papado (veja-se O Grande Conflito, p.p. 54, 446, 449 e 579), a história da observância do domingo é muito mais abrangente do que isso. Se ele tivesse lido, por exemplo, a obra The Sabbath in Scripture na History, editada por Kenneth A. Strand e publicada em 1982, ele veria que os eruditos adventistas abarcam a substituição do sábado pelo domingo de uma perspectiva histórica bem mais sólida especialmente na segunda parte do livro, intitulada “Sabbath and Sunday In Christian Church”. Sete capítulos foram dedicados ao assunto, sem que a origem do domingo tenha sido atribuída unicamente ao papado. Outra obra muito útil para o palestrante seria o livro de Alberto R. Timm, intitulado O Sábado na Bíblia, publicado em 2010, onde o autor faz menção à tese de Samuele Bacchiocchi defendida na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma, intitulada From Sabbath to Sunday: A Historical Investigation of the Rise of Sunday Observance in Early Christianity. A mesma foi publicada em 1977 e nela se percebe que, além de o papado ter certa influência no estabelecimento do domingo, a origem da observância do primeiro dia foi na igreja de Roma, por volta do 1º século, entre cristãos primitivos que observaram o sábado juntamente com o domingo. O papado entra em cena alguns séculos depois, bem como o edito de Constantino em 321 d.C que exaltou o domingo na esfera civil.”

Leandro Quadros comete um engano escandaloso, talvez para granjear alguma credibilidade do Reverendo Ageu. Se o inspirado e autorizado livro “O Grande Conflito” não é fonte primária, não sei qual outro livro será. Veja o que ele diz sobre papado e domingo:

“O papado tentou mudar a lei de Deus. O segundo mandamento, que proíbe o culto às imagens, foi omitido da lei, e o quarto foi mudado de molde a autorizar a observância do primeiro dia em vez do sétimo, como sábado.” (O Grande Conflito, p. 446)

“É apresentada uma mudança intencional, com deliberação. ‘Cuidará em mudar os tempos e a lei.” A mudança no quarto mandamento cumpre exatamente a profecia. Para isto a única autoridade alegada é a da Igreja. Aqui o poder papal se coloca abertamente acima de Deus.” (O Grande Conflito, p. 446)

“Enquanto os adoradores de Deus se distinguirão especialmente pelo respeito ao quarto mandamento - dado o fato de ser este o sinal de Seu poder criador, e testemunha de Seu direito à reverência e homenagem do homem - os adoradores da besta salientar-se-ão por seus esforços para derribar o monumento do Criador e exaltar a instituição de Roma. Foi por sua atitude a favor do domingo que o papado começou a ostentar arrogantes pretensões; seu primeiro recurso ao poder do Estado foi para impor a observância do domingo como ‘o dia do Senhor’.” (O Grande Conflito, p. 446)

“O fato de Luciano Sena utilizar dessa metodologia antiacadêmica não me surpreende porque já tive diversos contatos com ele, dando respostas às suas acusações sem, contudo, obter da parte dele pelo menos um reconhecimento de que errou na forma como citou as fontes primárias.”

É óbvio que para Leandro Quadros nenhuma citação será acadêmica quando for contra o Adventismo. As obras que citei na palestra estão documentadas. Fiz questão de usar obras adventistas e não apenas de oponentes. O que se percebe é que Leandro Quadros defende de qualquer maneira a IASD, ainda quando não está com a razão, e geralmente tenta desqualificar seus oponentes.

“Porém, quando a questão envolve um Seminário Teológico como o JMC, a coisa fica mais séria porque alunos estão obtendo informações falsas que, além de desonrar a Deus (Êx 20:16), podem comprometer todo um trabalho de ensino realizado por profissionais comprometidos como vocês. Por isso, assisti a toda a palestra no YouTube e decidi escrever e telefonar para o Reverendo.”

Creio que ficou claro e evidente onde estão as informações falsas. 

“Há muita coisa que ele disse sobre a teologia da Lei, da Expiação e da Trindade que não refletem o posicionamento oficial da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Porém, não me delongarei mais do que já fiz porque não devo ocupar seu tempo que, com certeza, é precioso em vista dos seus diversos compromissos acadêmicos.”

Concluo esta resposta dizendo que o trabalho do apologista é ser verdadeiro na exposição dos fatos e fiel a Deus na avaliação dos mesmos, ainda que seus oponentes digam que ele não é. Mantenho um blog que, junto com outros, tem trilhado o caminho de tentar abrir os olhos dos adventistas. Conheço bem o modo como Leandro Quadros age para com os críticos. Em sua visão, todos são desonestos ou desinformados. Homens como Paulo Romeiro, Franklin Ferreira, Natanael Rinaldi, D. Anderson, Walter Rea e institutos sérios como o Instituto Cristo de Pesquisas (ICP) e o Centro Apologético Cristão de Pesquisas (CACP) já experimentaram dessa carga.

Minha resposta acima só teve uma preocupação: Honrar ao meu Deus na abordagem apologética (2Co 10.4-6), na esperança de que Deus aja no coração dos adventistas, de modo a reconhecerem o Senhorio Absolutamente Salvador de Cristo, sem as interpolações das heresias do Adventismo.

Ev. Luciano Sena

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Fonte: Resistência Protestante
Divulgação: Bereianos

Matéria da revista HardCore sobre a Igreja Bola de Neve causa revolta entre fiéis da denominação; Entenda


Matéria da revista HardCore sobre a Igreja Bola de Neve causa revolta entre fiéis da denominação; Entenda

A igreja Bola de Neve foi tema de uma ampla reportagem sobre suas origens, doutrina, linha teológica e crescimento nos últimos anos.
A revista Hard Core, especializada no público surfista, entrevistou o fundador, apóstolo Rina, membros, ex-membros e questionou: “Até que ponto é justificável uma religião que não representa todos os surfistas, nem suas ideologias, associar sua imagem ao estilo de vida do surf?”.
Escrita pelo jornalista Alexandre Versiani, a matéria diz que a igreja foi fundada para fugir “do estereótipo do ‘crente evangélico’”, e que “em dez anos, saltou de 150 para 60 mil fiéis”. Atualmente, a denominação possui “220 templos espalhados pelo Brasil e por países como Argentina, Peru, Chile, Uruguai, Paraguai, EUA (Los Angeles, Miami e Hawaii), Portugal, Inglaterra, Rússia, Austrália, Haiti, Bósnia e Moçambique”, explica Versiani.
O líder da denominação, apóstolo Rina, diz que esses números não são importantes: “Nunca fiz essa conta de medir, qualificar e quantificar. Não posso cair no erro de olhar para os frequentadores da igreja como um resultado ou um troféu. Isso tem que ser uma consequência natural de um trabalho”, argumenta.
Igreja de surfista?
“Quando a igreja começou, ela era exclusivamente surfista (sic). Não porque a gente resolveu que esse seria o nosso target, mas, como a maioria dos líderes praticava esporte, então nossos amigos e as pessoas que acabavam frequentando eram surfistas. Hoje ainda tem muita gente dessa área de esportes radicais”, explica Rina.
Arrecadações
O jornalista dedicou boa parte da matéria para falar sobre a arrecadação da igreja, entre dízimos e ofertas: “Não se sabe ao certo o quanto a Bola de Neve arrecada. Porém, um ex-presbítero (cargo abaixo do pastor) que trabalhou seis anos na igreja e prefere não se identificar afirma que a unidade no Rio de Janeiro ‘recolhia’ R$ 250 mil por mês e até R$ 1 milhão em São Paulo no ano de 2010”, escreveu Alexandre Versiani.
Segundo a matéria, a falta de transparência na igreja em relação às finanças tem afugentado fiéis. Versiani entrevistou um antigo frequentador da Bola de Neve que se queixou disso.
“Eu me apaixonei pela ‘visão’ da Bola. A proposta de levar o evangelho de uma forma mais descolada, com uma linguagem contextualizada me parecia bem familiar com o estilo do próprio Cristo de divulgar sua mensagem. Lá tinha gente como eu, no estereótipo e na história de vida. A diferença é que Cristo era transparente. Na Bola de Neve as aparências enganam”, reclamou Marcelo Comuna, 33 anos, que frequentou a denominação entre 2007 e 2009.
O autor da reportagem comenta em seu texto que, no momento de contribuição com dízimos e ofertas, “três enormes filas se formam. Ao centro, os fiéis que pagam em dinheiro. Nas laterais, um pouco mais discretamente, há a opção de doar no cartão de crédito ou débito”.
O líder da igreja rebate as críticas: “Meu papel é ensinar o princípio. Como uma igreja sobrevive? Ela não vende produtos, não tem ajuda do governo, de empresas. As obras sociais da igreja sobrevivem de quem faz parte dela. Você não vê na igreja, entre uma música e outra, uma propaganda no telão dizendo beba Coca-Cola ou compre Volkswagen”, justifica-se.
Linha teológica
“Outra crítica de pessoas que deixaram a Bola de Neve é a sua aproximação com o lado mais radical do neopentecostalismo. Durante congressos promovidos pela igreja com líderes de outras denominações, os membros mais próximos eram orientados a passar por exercícios de cura espiritual, parecidos com as sessões de descarrego. O skatista Thiago Marcone, que se formaria no curso de líderes de célula em São Paulo, relata que a cada seis meses era obrigado a repetir por horas frases como ‘eu peço perdão pelos meus pecados’, entre outras similares, com o objetivo de ser libertado de possessões demoníacas e malignas que poderiam estar agindo sobre ele”, afirmou Versiani na matéria.
O jornalista expôs o argumento da liderança da denominação para adotar tais práticas, que tinham “a intenção de oferecer a chance de membros e pastores da igreja conhecerem outras linhas neopentecostais”.
“A gente procura se relacionar, fazer ponte com gente de todas as linhas possíveis para não ficar parecido com uma seita. Mas não são esses caras que determinam o que a gente vive”, defende-se Rina.
A publicação da matéria gerou revolta entre alguns fiéis, que protestaram nas redes sociais contra a revista e o teor da reportagem assinada por Alexandre Versiani.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Rumores sobre terceiro templo fazem palestinos declarar guerra a Israel


Terceira intifada estaria prestes a ser declarada
por Jarbas Aragão

Rumores sobre terceiro templo fazem palestinos declarar guerra a IsraelRumores sobre terceiro templo fazem palestinos declarar guerra a Israel
Centenas de palestinos se reuniram este mês para alertar o mundo árabe: Israel quer destruir a mesquita de al Aqsa para construir seu templo.
Enquanto o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas discursa na Assembleia Geral da ONU, vários grupos palestinos estão se preparando para uma terceira intifada contra Israel. Intifada é o termo que significa “revolta”, anunciado toda a vez que os palestinos desejam um ataque mais forte contra os judeus. A primeira foi em 1987 e a segunda em 2000, quando foi provocada pela visita  à caminhada de à caminhada de Ariel Sharon pela Esplanada das Mesquitas. Nos meses seguintes os conflitos deixaram muitos mortos e feridos.
A convocação desta vez foi um sinal de protesto contra a visita de grupos judeus ao Monte do Templo e a divulgação recente de que todos os preparativos já foram feitos para reerguê-lo.
Vários grupos de palestinos saíram às ruas após as orações da sexta, seu dia santo, para expressar sua “solidariedade com a Mesquita Al Aksa em face da agressão israelense”. Na semana passada, milhares de árabes israelenses participaram da manifestação “Al-Aksa está em perigo” no estádio de futebol em Umm al-Fahm. O evento teve cobertura da rede Al Jazeera.
O Sheikh Husam Abu Lil declarou diante das câmeras de TV que o governo de Israel está aproveitando que os olhos do mundo árabe estão voltados para situações no Egito e na Síria para tentar destruir o Domo da Rocha. O sheik Katib questionou o governo israelense “Por que vocês estão iniciando uma guerra santa na qual seu povo será o primeiro a ser exterminado?”
Ontem, (27), o grupo terrorista Hamas, ameaçou retomar os atentados suicidas contra Israel. Seu porta-voz Abu Obaida, disse aos jornalistas “Estamos prontos para ensinar uma lição a eles caso ocorram novos ataques contra a Faixa de Gaza”. Aproveitou para anunciar seu desejo de travar uma nova intifada, contra os esforços de Israel para “judaizar Jerusalém”.
O líder do grupo extremista Jihad Islâmica, Ahmed al-Mudallal, também exortou os palestinos “A nova intifada deve entrar em efeito contra o inimigo sionista. Acreditamos que o nosso povo tem a vontade e a capacidade de libertar a Palestina desde o rio até o mar”.
Acusando Israel de fazer novos esforços para retomar o Monte do Templo, destruindo assim os lugares sagrados para os muçulmanos, o líder da Jihad Islâmica pediu à Autoridade Palestina que encerre as atuais conversações de paz.
Um grupo palestino denominado Coalização Jovem também fez coro à Intifada, pedindo que os palestinos demonstrem sua indignação contra as visitas judaicas ao Monte do Templo. Ele diz que tem o apoio do Fatah, Hamas, Jihad Islâmica, Frente Popular para a Libertação da Palestina e da Iniciativa Nacional Palestina.
Os soldados pertencentes às Brigadas dos Mártires de Aksa, apareceram em imagens divulgadas na internet armados e mascarados, ameaçando lançar ataques contra Israel em breve. “O inimigo logo irá pagar um alto preço por seus crimes em Jerusalém”, disse um porta-voz do grupo.
A mídia israelense questiona a falta de divulgação das ameaças contra a paz em Israel, enquanto grande parte da imprensa divulga declarações do governo iraniano e da Autoridade Palestina. Com informações de Jerusalém Post.
Fonte:gospelprime

No Dia da Blasfêmia, ateus desafiam os cristãos a apedrejá-los


Iniciativa da Freedom From Religion Foundation defende “total liberdade de expressão”.
por Jarbas Aragão
Pare, leia e pense!
No Dia da Blasfêmia, ateus desafiam os cristãos a apedrejá-losAteus desafiam os cristãos a apedrejá-los
A Freedom From Religion Foundation (FFRF), um grupo de defesa do ateísmo, fez um convite bizarro, oferecendo aos cristãos uma oportunidade de “apedrejá-los” durante um evento em comemoração ao “Dia do Direito de Blasfemar”.
A ideia de criar essa data comemorativa foi do Centro de Investigação, organização americana que afirma “defender a ciência, a educação e o livre-pensamento” nas universidades. A primeira edição foi em 2009, no dia 30 de setembro. Uma lembrança do dia que um jornal dinamarquês publicou charges de Maomé, gerando graves conflitos após os líderes muçulmanos de todo mundo classificarem a iniciativa de “blasfêmia”.
Inicialmente, era apenas um protesto contra os apedrejamentos religiosos ainda existentes em países muçulmanos radicais, como Afeganistão e Irã.  Mas a provocação da FFRF irritou muitas pessoas quando afirmou que estava fazendo algo ensinado pela Escritura judaico-cristã.
Segundo eles, seu desejo é que seja posto em prática o mandamento bíblico de “apedrejamento de blasfemos”, no caso, os ateus.
Obviamente, trata-se de uma provocação que visa apenas chamar atenção para o evento. Segundo o site da organização ateísta, os versículos que serão exibidos em faixas e cartazes estão:
“Todo aquele que não buscasse o Senhor, o Deus de Israel, deveria ser morto, gente simples ou importante, homem ou mulher” 2 Crônicas 15:13
“Apedreje-o até à morte, porque tentou desviá-lo do Senhor, o seu Deus, que o tirou do Egito, da terra da escravidão” Deuteronômio 13:10
“Qualquer um que blasfemar o nome do Senhor deve ser condenado à morte” Levítico 24:16
Para os cristãos esses textos precisem ser interpretados dentro de seu contexto. Mas a Freedom From Religion diz que, do ponto de vista ateu, não há diferença entre o Velho e o Novo Testamento. Os organizadores do dia da blasfêmia querem enfatizar a necessidade de uma total liberdade de expressão, asseverando que os religiosos gostam de criticar, mas não aceitam ser criticados.
O “apedrejamento” ocorrerá dia 30, no campus da Universidade da Carolina do Sul. Contudo, ao invés de pedras reais, serão oferecidas bexigas cheias água como alternativa. Afinal, nos países ocidentais tal ato seria considerado crime.
Os alunos, professores e demais pessoas que estiverem na Universidade terão a oportunidade de comprar os balões e jogar essas “pedras” em ateus como o ex-pastor Dan Barker, atual vice-presidente da FFRF, e Andrew Seidel, um dos advogados da organização. Todo o dinheiro arrecadado será doado para instituições de pesquisa do câncer. Com informações FFRF e The Blaze.
Fonte:GP

Pastor usa promessa de Camaro para atrair fiéis


Vídeo de igreja que circula na internet vira piada.
por Jarbas Aragão
Pare, leia e pense!
Pastor usa promessa de Camaro para atrair fiéisPastor usa promessa de Camaro para atrair fiéis
A Igreja Nova Aliança de Lagoa da Prata, Minas Gerais, está ficando conhecida nacionalmente por causa de um vídeo gravado por seu pastor.
Diante de um Camaro vermelho, ele narra o testemunho do que ocorreu na vida de um fiel da igreja.  Sem oferecer maiores detalhes o pastor Sandro Nascimento diz que o dono do Camaro foi desenganado pelos médicos, mas se recuperou e hoje é uma pessoa próspera.
Em seguida, o pastor diz “vou andar nele [Camaro] para profetizar na sua vida que Deus tem de melhor para você”. Após entrar no veículo repete várias vezes “olha o que Deus faz” e cita o nome de uma campanha de sua igreja “Jeová Jiré, Deus provedor”. Convidando as pessoas que assistem ao vídeo para participar do culto, afirma “Deus vai mudar a sua sorte”.
Na página de Facebook da igreja é possível ver que todas as quintas-feiras de setembro o pastor Sandro conduz uma corrente com o tema “Jeová Jiré, na fé de Eliseu”, oferecendo “porção dobrada em todas as áreas de sua vida”.
Embora não seja possível precisar quem postou primeiramente o vídeo no Youtube, o fato é que ele já aparece em mais de um canal.
A TV Cidade, que é de Lagoa da Prata deu a notícia, que já foi reproduzida por alguns sites de humor, sempre com indiretas sobre as promessas do pastor. Os comentários nos sites e no Youtube mostram que muitos evangélicos se sentiram incomodados com esse tipo de promessa usando o nome de Deus.
Assista:
Fonte:GP

Renomados cientistas se reúnem para tentar impedir o fim do mundo


Centro para o Estudo do Risco Existencial reúne 27 dos maiores cientistas do mundo
por Jarbas Aragão

Renomados cientistas se reúnem para tentar impedir o fim do mundoStephen Hawking.
Renomados cientistas estão estudando seriamente os perigos que podem resultar na destruição da Terra e de seus habitantes. Eles acreditam que as principais ameaças globais à humanidade são culpa do homem, não da natureza. Por isso, estão procurando soluções para evitar que isso ocorra logo.
Algumas das mentes mais brilhantes do mundo anunciaram este mês que procuram identificar as diversas maneiras possíveis para garantir a sobrevivência da humanidade a longo prazo. Alguns dos perigos extremos, segundo eles, seriam potenciais ataques virtuais devastadores, conduzidos por terroristas, além da aniquilação nuclear, o impacto devastador de um asteroide e a propagação em larga escalda de doenças mortíferas (pandemias).
O astrônomo Martin Rees atualmente dirige o Centro para o Estudo do Risco Existencial, da Universidade de Cambridge, uma das mais renomadas instituições de ensino da Europa. Ele explica que entre as figuras ilustres que compõem a equipe está o físico Stephen Hawking, ganhador do Nobel. Ao todo, são 27 dos mais notáveis cientistas do mundo, incluindo acadêmicos das Universidades britânicas Cambridge e Oxford, além das norte-americanas Harvard e Berkeley.
Durante um Festival Universitário de Ciência, este mês, Rees explicou que eles têm se dedicado ao “estudo dos riscos existenciais”. Segundo ele, nas próximas décadas, as possibilidades de eventos com consequências catastróficas serão “fortemente refletidas na agenda política dos governos”.
“Vivemos em um mundo cada vez mais interligado, cada vez mais tecnológico e cada vez mais dependente da internet”, acrescentou Rees. ”Para nós, ocidentais, o mundo aparentemente está mais seguro do que era no passado, mas na verdade o planeta é mais vulnerável do que parece. Nossos líderes têm se centrado em problemas de curto prazo, mas alguém tem que alertar a opinião pública internacional que os perigos são reais e como podem se desacelerar. O fim do mundo não é o roteiro de um filme”, diz o astrônomo Rees.
Segundo os cientistas, uma das causas mais prováveis seria o descontrole da inteligência artificial, uma tecnologia tão sofisticada que poderia tomar o controle do mundo e eventualmente exterminar a vida humana.
Embora pareça ser o roteiro de “O Exterminador do Futuro”, para os cientistas os algoritmos que decidem milhão de transações financeiras por segundo poderiam acabar com a ordem vigente no mundo, e como consequência destruir a vida humana. Entre as outras preocupações, seria um rompimento na produção mundial de alimentos, causada por alterações extremas no clima do planeta.
Essas mudanças climáticas poderiam, inclusive, provocar inundações, furacões, tsunamis como jamais foram vistos. O crescimento da população, especialmente em países mais pobres, coloca grande pressão sobre reservas de comida e água. O cenário previsto é nações entrando em guerra para proteger ou tomar essas fontes preciosas. Curiosamente, muitos desses cenários estão presentes no livro de Apocalipse, escrito a quase dois mil anos.
Ateu declarado, Stephen Hawking acredita que a culpa é do processo evolutivo da raça humana: “Nossa população e o uso de recursos finitos do planeta Terra estão crescendo exponencialmente, assim como nossa capacidade técnica para mudar o ambiente para o bem e para o mal. Contudo, nosso código genético carrega instintos egoístas e agressivos que foram vantagens necessárias para a sobrevivência no passado. Será difícil evitar o desastre nos próximos 100 anos, ainda mais nos próximos mil”, afirmou em outra ocasião.
Há quase uma década ele tem aconselhado os lideres mundiais a começarem a busca de novos planetas para a humanidade habitar. Segundo ele, essa seria a solução mais segura. Com informações de Daily Mail e RT.
Fonte:gospelprime

Antídoto: A cura para a igreja evangélica brasileira

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Por Leonardo Gonçalves

Que a igreja brasileira não está vivendo o seu melhor momento, não é nenhuma novidade. Basta pesquisar a palavra “igreja” no Google para se dar conta do quanto a instituição carece de integridade e doutrinamento. No entanto, creio que apenas criticar os novos rumos do cristianismo tupiniquim, com seus pastores-apóstolos, profetas mercenários e pregadores cheios de estrelismo, não ajuda a resolver o problema. Obviamente, sei reconhecer o valor de uma crítica bem articulada, mas desprezo a atitude de quem somente destrói sem edificar nada no lugar, apenas pelo prazer de ver os escombros. A agressividade de quem só ataca sem oferecer uma resposta satisfatória à problemática eclesiástica e a hostilidade de quem aponta o problema, mas é incapaz de (tal como Neemias) ser a resposta ao próprio clamor é tão reprovável quanto a conduta dos mercadores da fé. Em síntese, tal atitude redunda em hipocrisia e grande desejo de aparecer às expensas daqueles que são objeto da sua fúria voraz.

Nesse ínterim, mentes esclarecidas argumentam contra o atual estado das coisas, mas na maioria dos casos, esquece-se de dizer como as coisas deveriam ser. Preocupam-se em execrar os farsantes, mas não indicam uma outra via, uma possível eleição. Deste modo, acaba-se promovendo uma generalização banal. A “apologética denuncista”, tão popular nos últimos anos, acaba fortalecendo o estereótipo latente no imaginário popular de que todo pastor é ladrão e que igreja evangélica é sinônimo de bandalheira.

Não quero assumir nenhuma postura messiânica. Não tenho o brilhantismo de Lutero, nem o zelo teológico de Calvino. Falta-me a coragem de John Huss e Wyclyffe, e sobra-me o pedantismo e a inconstância de Pedro. Sendo assim, ninguém mais improvável do que eu, para querer dogmatizar a apologética ou indicar a única via possível para a restauração da igreja evangélica neste país. Apesar disso, a paixão que tenho pela igreja, somada a pouca experiência de 10 anos como plantador de igreja, me conferem um pouco de autoridade para abordar este tema tão polemico. E visto que tenho falado sobre indicar o caminho sobre o qual a igreja evangélica brasileira deve trilhar para desenvolver-se de modo saudável, passarei a discorrer sobre aqueles tópicos que, a meu ver, deveriam ser tratados com mais responsabilidade pelos líderes eclesiásticos do nosso Brasil.

Primeiramente, a igreja brasileira precisa de pastores com vivencia apologética. Observe que não estou falando de pregação apologética, mas de vivenciaapologética. Não creio que pregar contra a rosa milagrosa, o sabonete ungido e a fogueira santa seja mais necessário que a integridade ministerial. Já dizia um antigo pastor: “uma grama de testemunho vale mais que um quilo de pregação”. A crise da igreja evangélica brasileira não é apenas teológica; ela é moral. A própria teologia neopentecostal com sua ênfase na prosperidade adquirida através de vultosas ofertas nada mais é do que o reflexo do caráter hediondo dos seus arautos, verdadeiros estelionatários que já estariam atrás das grades, se este fosse um país sério. A vida do ministro sempre falará mais alto que seu sermão, razão pela qual sua vida, e não apenas o seu sermão, deve ter ênfase apologética. Pietismo, santidade, pudor, vergonha na cara, devem ser buscados mais do que as unções, os poderes, as línguas e as profecias.

Em segundo lugar, nossa liderança precisa ser mais tolerante com respeito à liturgia, adequando-se ao mundo contemporâneo. Precisamos deixar de perder tempo discutindo se podemos ou não dançar, se o rock é de Deus ou do diabo, se devemos ou não aplaudir, e concentrar-nos mais no evangelho de Jesus. Peço desculpas pelo tom de desprezo, mas sinceramente acho ridículas as discussões presbiterianas sobre “salmodia exclusiva”, e risível o argumento pentecostal de que a verdadeira musica sacra foi escrita há cem anos. Se temos como objetivo comunicar as verdades espirituais aos homens e mulheres do nosso tempo, precisamos de uma liturgia que se adapte as necessidades do mundo contemporâneo.

Logo, em terceiro lugar, penso que a igreja evangélica precisa de contextualização missionária. Isso decorre do segundo ponto: O povo brasileiro é ímpar por causa da sua diversidade cultural, e isso vai refletir na igreja. No entanto, a maioria dos pastores brasileiros parecem insensíveis a essa diversidade cultural, e acabam impondo a linguagem e os costumes do “gueto gospel” aos incrédulos. Dessa forma, criam uma geração de crentes estereotipados, meros papagaios de chavões de mau gosto: “Fala vaso!”, “Oh, varão, tem fogo aí?”, e outras fraseologias que são acessíveis apenas aos iniciados e que excluem a todos os demais. Precisamos de uma igreja cuja pregação se adapte a linguagem, contexto e necessidades do povo brasileiro.

Precisamos resgatar a pregação cristocentrica, a mensagem da justificação pela fé, e enfatizar estas verdades em todo tempo, pois elas são o cerne da teologia protestante. Nossas igrejas não possuem ênfase cristocentrica em seus ensinos. Aliás, para ser sincero, Cristo é um personagem coadjuvante nas pregações hodiernas. Fala-se muito sobre Davi, Sansão, Elias e Eliseu, profetas e reis do Antigo Testamento, mas muito pouco se fala sobre os méritos da cruz e sua aplicação na vida do crente. A justificação pela fé permanece apenas na qualidade de dogma, pois na prática o que vale mesmo é a teologia da barganha, da permuta, do “fiz por merecer”. A doutrina da justificação pela fé é o contraponto para refutar as heresias da prosperidade e a manipulação do sagrado, tão propaladas no meio pentecostal e mais recentemente pelos neopentecostais, sendo esta mais uma razão pela qual ela deve ser enfatizada.

Em quinto lugar, se queremos ser realmente bíblicos em nossa forma e próposito, precisamos elaborar uma eclesiologia menos centralizadora, que faça jus a doutrina protestante do sacerdócio de todos os crentes e introduza os leigos no ministério cristão, servindo com seus dons. Uma das maneiras de conseguir isso é através de pequenos grupos, reuniões caseiras, criando uma estrutura que promova a comunhão ao mesmo tempo em que permite que os crentes descubram seus talentos e ministrem a outros. Ao fazê-lo, estaremos permitindo que “a justa operação de cada parte produza o crescimento” (ênfase acrescentada).

Finalmente, creio que devemos ser sensíveis o suficiente para perceber até que ponto vale à pena lutar contra o sistema, e em que ponto é necessário abandonar o barco. Como disse no início deste texto, opor-se ao mercantilismo evangélico, as barganhas e vida pecaminosa dos líderes eclesiásticos, sem dispor o próprio coração para ser você mesmo a cura que a igreja precisa, nada mais é do que palavrório vão. As “igrejas S/A” tem ferido a milhares de pessoas, e é preciso que se levantem servos de Deus para apascentar, restaurar e re-orientar estas pessoas. Há uma grande necessidade de igrejas sadias no nosso país e eu oro para que alguns dos críticos de hoje ultrapassem a barreira da crítica pela crítica e se proponham a ser a mudança que a igreja precisa. Oro para que muitos dos que hoje acusam a igreja de tantos pecados, se disponham a ser, eles mesmos, os líderes que anelam ver.

É claro que há muitos outros aspectos em que a igreja brasileira pode e deve melhorar, mas creio que se conseguirmos aplicar estes, já teremos feito um grande progresso.


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Leonardo Gonçalves ama a igreja e deseja amá-la cada vez mais. Sonha com uma igreja diferente e se dispôs a ser – ele mesmo – a resposta da sua oração. E você? Será que você está disposto a se transformar na igreja que você sonha ver? Está disposto a se transformar no líder ético e espiritual que você anela ter? #isso_é_reforma!

Fonte: [ Púlpito Cristão ]

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Jornalista afirma que imprensa brasileira trata cristãos como “maioria desprezível” e ignora massacre de fiéis no mundo; Assista

Jornalista afirma que imprensa brasileira trata cristãos como “maioria desprezível” e ignora massacre de fiéis no mundo; Assista

A postura da imprensa nacional a respeito dos massacres cometidos ao redor do mundo contra cristãos foi tema de uma crônica do jornalista Paulo Eduardo Martins.
Segundo Martins, a mídia brasileira tem interesse em defender as “minorias oprimidas”, e trata os cristãos como uma “maioria desprezível”.
Em 2012, mais de 100 mil cristãos foram assassinados em todo o mundo por questões de perseguição religiosa, de acordo com informações do Centro de Liberdade Religiosa na Itália.
Paulo Eduardo Martins afirmou ainda que a postura da mídia é “um reflexo inconsciente de uma postura ideológica anticristã, que domina os meios intelectualizados”. Em sua crítica, o jornalista ressaltou ainda que “os valores cristãos são obstáculos para que os socialistas implantem suas ideias mirabolantes e façam possível o tal ‘outro mundo’”.
A desvalorização do cristianismo na mídia seria, na opinião de Martins, uma ação implementada para atender interesses de grupos políticos: “Por isso, essa gente precisa destruir os valores do cristianismo, pra poder inserir seus novos valores no lugar. Daí, a perseguição aos cristãos não comove, não choca. Qualquer coisa que enfraqueça o cristianismo é potencializada, é usada como uma ferramenta de destruição, seja ela outra religião, movimentos que afrontam valores, ou mesmo movimentos de desmoralização, como vimos na visita do papa ao Brasil”, exemplificou.
“Retratado como retrógrado ou opressor, o cristão está constrangido. Defender cristão virou coisa brega. As próprias instituições cristãs caem nesse jogo, e denunciam timidamente essa perseguição. E a tendência é que a matança só venha a aumentar. A saída para os cristãos é entender que são vítimas de uma estratégia e reagir, pois com a consciência, coragem, com a sabedoria cristã, não há ideia, não há espada, não há foice e martelo que tenha força suficiente para derrubar uma cruz”, resumiu.
Assista ao comentário de Paulo Eduardo Martins no telejornal SBT Paraná:
Por Tiago Chagas
Fonte: Gospel+

Você conhece o Deus verdadeiro?

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Por Rev. Angus Stewart


Você conhece o Deus Verdadeiro? Não o deus da imaginação do homem, mas o Deus da Bíblia? Essa é uma pergunta importante, porque Jesus nos ensina que a vida eterna é conhecer a Deus e Seu Filho, Jesus Cristo - Jo 17v3. Se você viverá com Deus para sempre nos céus, você precisa conhecê-Lo.

Se você está interessado em conhecer o Deus Verdadeiro, por favor considere as seguintes questões:

1. O Deus Verdadeiro

a) O Deus Verdadeiro é muito grande e glorioso. Ele é tão elevado e santo que nada em todo o mundo é comparado a Ele. Ele é o Deus Eterno, Todo-Poderoso, Onisciente e Imutável - Sl 113v4-6.

b) O Deus Verdadeiro é o Criador do mundo. Em seis dias, Ele criou os céus e a terra e tudo que nela contêm. Da mesma forma Deus também criou você - Gn 1.

c) O Deus Verdadeiro é o Sustentador do mundo. Ele sustenta cada criatura pelo Seu grande poder. Ele dá a você a vida, o folêgo a todas as coisas - At 17v25,28.

d) O Deus Verdadeiro é o Governador Absoluto do mundo. Ele faz Sua eterna vontade acontecer através do Seu grande poder. Deus é o seu Governador e Rei - Dn 4v34-35.

2. A Ordem de Deus

a) Visto que Deus é seu Criador, Sustentador e Governador, a quem você deve sua própria vida, Ele ordena que você reverencie a Ele como o único Deus Verdadeiro - Sl 33v8.

b) Deus exige que você adore e sirva a Ele com um coração cheio de gratidão por tudo que Ele tem feito por você - Sl 100.

c) Em reverência, você deve obedecer a lei de Deus assim dada nos Dez Mandamentos. Essa obediência deve ser completa e perfeita - Ex 20v3-17.

d) Essa obediência deve vir de um coração de amor. Você deve amar a Deus com todo o seu ser e você deve amar o seu próximo como a você mesmo - Mt 22v37-40.

3. A Queda do Homem

a) Entretanto, você não guarda os mandamentos de Deus por amor a Ele. Você é um pecador que falha em fazer o que Deus lhe ordena - Jó 7v20; 13v23;40v4.

b) Você não pode fazer nada verdadeiramente bom e agradável a Deus. Mesmo o melhor das suas obras são como trapo de imundícia para Deus - Rm 3v10-18.

c) Seus atos pecaminosos vem de um coração perverso. Você nasceu com uma natureza corrupta - Gn 6v5; Sl 51v5; Jer 17v9. 4.

d) Deus é o Santo que odeia o pecado e tem de punir os pecadores. Fora da graça de Deus, você será condenado para os tormentos eternos do inferno para sempre - Mt 13v49-50.

4. A Salvação de Deus

a) Deus é também o Salvador que enviou Jesus Cristo para o mundo para salvar pecadores de seus pecados e dos tormentos eternos do inferno - Is 43v11.

b) Em Sua morte, Cristo sofreu os tormentos do inferno no lugar de todos aqueles que crêem n'Ele. Através da Sua morte, Ele pagou o débito e ganhou para eles o perdão de seus pecados - 1Pe 3v18.

c) Cristo satisfez a ordem de Deus para os crentes através de um amor perfeito a Deus e de seguir a lei de Deus. Deus os considera justos em Cristo - Rm 5v19.

d) Cristo dá a vida espiritual para aqueles a quem Deus salva, de tal forma que eles crêem n'Ele. Eles conhecem a Deus e desfrutam da Sua comunhão. Eles viverão com o Deus Verdadeiro no céu para sempre.

5. A Fé Verdadeira

a) Você procura o perdão dos seus pecados, a justiça de Cristo e a eterna comunhão com o Deus Verdadeiro? Deus diz a você: "Creia no Senhor Jesus, e serão salvos, você e os de sua casa" - Atos 16v31.

b) Creia que Deus é o seu Criador, Sustentator e Governador, que é digno do seu amor e adoração. Perceba que você é um pecador que tem falhado em cumprir o dever dado por Deus e que você precisa de salvação. Confie em Deus para salvá-lo de seus pecados através da morte expiatória e a ressurreição vitoriosa de Jesus.

c) A fé verdadeira fará com que você se arrependa de seus pecados. Você reconhecerá que é um pecador, lamentará sobre o seu pecado e rebelião contra Deus, e abandonará o seu pecado - Ez 18v30.

d) A fé verdadeira vai fazer você ser obediente. Ela fará com que você procure guardar os mandamentos de Deus e viva uma vida de gratidão a Ele - Tg 2v17-19.

e) A fé verdadeira acredita que a salvação não é obra do homem, mas o dom gratuito de Deus. O crente é salvo unicamente pela graça de Deus - Ef 2v8-9.

6. Você conhece?

Você conhece o Deus Verdadeiro e Seu Filho Jesus Cristo? Se não, obedeça a ordem de Deus para confiar em Cristo para sua salvação. Sem o conhecimento do Deus Verdadeiro, o qual vem através da fé, você não tem vida eterna mas terá de enfrentar os tormentos eternos do inferno.

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Traduzido por Thiago McHertt
Via: Fireland/Bereianos
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“DEUS QUER QUE SEJAMOS MILIONÁRIOS” – REALITY SHOW IRÁ MOSTRAR VIDA DE CANTOR GOSPEL #MAMOMNATV


ThickerThanWater_P

Um novo reality show chamado “Thicker Than Water”, expressão idiomática para dizer “Laços de Família”, mostrará a vida da família de um artista gospel.
Ben Tankard foi jogador de basquete profissional por dois anos. Em 1989 largou o esporte para iniciar uma promissora carreira musical no estilo gospel. São 17 CDs gravados desde então. Já ganhou muitos prêmios como músico e produtor. Além disso, possui sua própria gravadora voltado ao público religioso. Tem dois livros lançados. Seguidamente prega sobre “fé e finanças” e dá testemunho em diferentes igrejas evangélicas. Nas horas vagas, dedica-se a pilotar seus três jatinhos.
Ele vive em uma mansão de três andares na cidade de Nashville, juntamente com sua esposa, Jewel, os quatro filhos e a neta do casal, Diamond. Um dos aspectos que chama atenção é que seu cotidiano familiar baseia-se em uma convicção: “Deus quer que sejamos milionários”. Por isso o comercial da série anuncia que eles têm 7 veículos de luxo na garagem.
O programa ainda está sendo gravado, mas a estreia será domingo, 10 de novembro, às 21h00 no canal Bravo. Mesmo antes de chegar à telinha, já causou um grande problema para as igrejas evangélicas. Este é o terceiro reality mostrando a vida de líderes evangélicos, produzido por pequenos canais a cabo.
O primeiro era sobre esposas de pastores, mas foi um fracasso de público. O mais recente, que mostrava a vida de seis pastores bem-sucedidos da cidade de Los Angeles teve maior repercussão. Mas a fórmula parece não estar desgastada.
Um clipe promocional mostra a tônica do programa. Seu lema é “Os Tankard demonstram por que ser rico é melhor”. Ben conta que já foi pobre, mas que Deus o deixou rico. Hoje seu ministério inclui um centro de treinamento para pastores e “futuros milionários”, um trabalho de motivação de jovens pobres usando os seus jatinhos. Além do trabalho de agenciamento de potenciais jogadores de basquete profissionais.
O canal Bravo diz em seu site: “Esta família integra uma forte convicção religiosa com seu gosto pelas coisas boas da vida”. O material de apresentação, que mostra cenas do primeiro episódio traz algumas falas controversas.
A matriarca Jewel se justifica: “A primeira vez que percebi que Deus desejava que fôssemos ricos estava terminando a faculdade. Fui a um culto onde um homem e uma mulher de Deus falavam como o Senhor queria nos abençoar. Então pensei “Oh, este é o Jesus que eu conheço… Nós, os Tankard, gostamos de tudo grande, incluindo carros, aviões, casas… mas estamos apenas fazendo o que Deus nos chamou para fazer. Às vezes isso incomoda as pessoas, mas se alguém vai ficar com essas coisas, por que não nós?”.
Ela acaba de lançar o livro “Milionaries Lifestyle” [Estilo de vida dos milionários] e tem um programa na internet que mescla assuntos espirituais com dicas sobre moda, compras e casamento.
Os filhos também revelam um pouco sobre si. A jovem Brooklyn conta que já teve problemas com a policia na adolescência. É mãe solteira, mas com fé conseguiu vencer.
O filho do meio, Benji, explica que seu sonho é ser mais rico que o pai. Para isso, pretende ser milionário dentro de 5 anos. “Provavelmente terei dois hotéis, algumas franquias do McDonald’s, estarei casado e com duas ou três crianças”, planeja.
A filha mais nova, Cyrene comemora: “Ser a mais jovem da família tem suas vantagens. Sei exatamente o que dizer e o que fazer para obter tudo o que eu quero. É muito fácil”.
Tanto Ben quanto Jewel eram divorciados quando se casaram. Britney, filha do primeiro casamento de Ben, acha que sua família foge dos padrões. Além dos 4 que vivem na casa, há Markus, que preferiu não participar do show televisivo. “É meio como se fossemos um quebra-cabeça, mas as vezes tem uma peça que não se encaixa. Gosto disso. Acho que sou eu”, diz ela rindo. Com informações de Christian Post e Bem Tankard.
[Fonte: Gospel Prime]
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Nota do blogueiro: Quanto mais leio sobre Cristo, mais nojo me causa notícias como esta. Estamos vivendo, sem sombra de dúvidas, uma geração pós- Cristã e esta desgraceira toda está ligada ao trabalho que líderes da prosperidade têm executado na mídia.
Enquanto este triste astro gospel diz que “Deus quer que sejamos milionários”, lembro que Jesus viveu como pobre, Paulo foi pobre, os discípulos não tiveram riquezas, os heróis da fé foram serrados ao meio e os primeiros cristãos reuniam-se em catacumbas…
Deus não nos quer dar riquezas, Deus quer nos dar da Sua Graça, do Seu amor, da Sua paz, da Sua Eternidade. Riqueza terrena é algo tão pobre para quem tem os Céus de graça, que já não sei mais quem realmente é pobre nesse mundo. Então note, Ser gospel ou ser cristão, a cada dia tem sido um exercício de saber diferenciar bem Judas de Jesus. Não é verdade? Que sua Graça nos baste, e o que vier é só lucro passageiro…
Voltando a matéria acima, cansemos de nos espantar com tamanha adoração a Mamom neste mundo dito Gospel. Pois já é de esperar que brevemente o gospel nacional promova seus Reality’s e ergam o altar onde o deus são eles mesmos. Ou vocês duvidam?
***

Antognoni Misael, pilotando a nave subversiva chamada Púlpito Cristão.

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