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terça-feira, 29 de janeiro de 2013

A Tragédia de Santa Maria


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Por Solano Portela

A tragédia de Santa Maria está na mente de todos os brasileiros. Mais de 230 mortes - a maioria de jovens, deixando centenas de famílias enlutadas, como consequência do terrível incêndio. O que era uma noite de diversão transformou-se em um rio de lágrimas que transborda por todo o país. Mais uma vez, as últimas viradas de anos têm sido marcada por tragédias. Em janeiro de 2011, avalanches de terra e enchentes ceifaram centenas de vidas, na região serrana do Rio. Em 2008/2009 foram inundações e deslizamentos assoladores em Santa Catarina. Na transição 2009/2010 tivemos também mortes e prejuízos causados pelas águas, no sudeste do Brasil. Naquela ocasião escrevíamos, também, sobre o terremoto no Haiti e choramos com o conseqüente sofrimento chocante e intenso daquele evento que dizimou cerca de 200 mil pessoas. Três anos depois, aquele povo ainda geme com a orfandade, dissolução social, promessas não cumpridas pela "comunidade internacional" e com a extrema e endêmica corrução arraigada naquela terra. Isso porque ainda não nos saiu da memória o Tsunami de 26.12.2004, no Oceano Índico, quando pereceram cerca de 220 mil pessoas, situação recentemente lembrada no filme "O Impossível".


Enquanto vemos as cenas de dor e tristeza, e avaliamos tudo isso, somos levados às Escrituras para procurar alguma compreensão trazida pelo próprio Deus, para esses desastres. É no meio dessas circunstâncias que decidimos recolocar aqui alguns pensamentos que já foram expressos neste Blog em posts anteriores.

Na ocorrência de tragédias devemos resistir à tentação de procurar respostas que diminuem a bíblica soberania e majestade de Deus, e conseqüentemente não fazem justiça à sua pessoa, ou aquelas que nos colocam com Deus - pontificando um julgamento divino sobre a situação imediata da ocorrência. Tais “explicações”, “conclusões” e “construções” aparentam ser plausíveis, mas revelam-se meramente humanas, pois contrariam a revelação das Escrituras. Esses tipos de respostas sempre aparecem, quando ocorrem desastres; quando diversas vidas são ceifadas e pessoas que estavam entre nós desaparecem, de uma hora para outra. Interpretações estranhas dessas circunstâncias não são novidade e nem têm surgido apenas em nossos dias.

Por exemplo, em novembro de 1755 a cidade de Lisboa foi praticamente arrasada por um grande terremoto. A conclusão emitida por padres jesuítas foi a de que: “Deus julgou e condenou Lisboa, como outrora fizera com Sodoma”. Voltaire (François Marie Arouet), que era um deísta, escreveu em 1756 “Poemas sobre o desastre em Lisboa”. Ali, ele culpa a natureza e a chama de malévola, deixando no ar questionamentos sobre a benevolência de Deus. Jean Jacques Rousseau, respondeu com “Carta sobre a providência”. Nela ele culpa “o homem” como responsável pela tragédia. Ele aponta que, em Lisboa, existiam “20 mil casas de seis ou sete andares” e que o homem “deveria ter construído elas menores e mais dispersas”. Ou seja, procurando “inocentar a Deus e a natureza” ele coloca a agência da tragédia no desatino dos homens, de maneira bem semelhante à que os especialistas contemporâneos e comentaristas da mídia adoram fazer.[1]

Quando do terremoto no Haiti, à semelhança do que ocorreu no Tsunami, alguns depoimentos de pastores, que li, falavam sobre a “mão pesada de Deus, em julgamento”; opinião semelhante à emitida quando do acidente com o avião que transportava o grupo “Mamonas Assassinas”, em 1996. No entanto, nenhuma pessoa tem essa capacidade de julgamento, que reflete apenas orgulho e prepotência.

Mas outros procuram uma teologia estranha às Escrituras, para “isolar” Deus da regência da história. São os mesmos que, quando da ocorrência do Tsunami e do acidente ocorrido com o Vôo 447 da Air France em junho de 2009, emitiram a seguinte conclusão: “Diante de uma tragédia dessa magnitude, precisamos repensar alguns conceitos teológicos” (veja as excelentes reflexões sobre esse último desastre, no post do Augustus Nicodemus, neste mesmo blog). No entanto, em vez de formularmos nossa teologia pelas experiências, voltemo-nos ao ensinamento do próprio Jesus.

Graças a Deus que temos, em Lucas 13.1-9, instrução pertinente sobre como refletir sobre desastres e tragédias. A primeira tragédia tratada é aquelagerada por homens (Vs 1-3). Certos galileus haviam sido mortos por soldados de Pilatos. A Bíblia diz que “alguns” colocaram-se como críticos e juízes (a resposta de Jesus infere isso); deduziram que aqueles que haviam sofrido violência humana, sangue derramado por armas (um paralelo às situações que vivemos nos nossos dias) seriam mais pecadores do que os demais. No entanto, o ensino ministrado pelas Escrituras é o seguinte: Não vamos nos colocar no lugar de Deus. Não vamos nos concentrar em um possível juízo ou julgamento sobre as vítimas. Jesus, em essência diz: cuidem de si mesmos! Constatem os seus pecados! Arrependam-se!

Mas ele nos traz, também, um segundo tipo de tragédias. Esta que é referida é semelhante, guardadas as proporções, a essas enchentes e deslizamentos, ou ao terremoto do Haiti. São tragédias classificadas como “fatalidades”. Jesus fala da Torre de Siloé. O texto (Vs 4-5) diz que ela desabou, deixando 18 mortos. Jesus sabia que mesmo quando, aos nossos olhos, mortes ocorrem como conseqüência de acidentes, isso não impede que rapidamente exerçamos julgamento; não impede que tentemos nos colocar no lugar de Deus. E Jesus pergunta, sobre os que pereceram: “Acham que eram mais culpados do que todos os demais habitantes da cidade”? O ensino é idêntico: Não se coloquem no lugar de Deus; não se concentrem em um possível juízo ou julgamento sobre as vítimas; cuidem de si mesmos! Constatem a sua culpa! Arrependam-se!

O surpreendente é que Jesus passa a ilustrar o seu ensino com uma parábola (Vs.6-9). Ele fala de uma figueira sem fruto. Aparentemente, a parábola não teria relação com as observações prévias, mas, na realidade, tem. Ela nos ensina que vivemos todos em “tempo emprestado” pela misericórdia divina. O texto nos ensina que:

• Figueiras existem para dar frutos - o homem vinha procurar frutos - essa era sua expectativa natural. Todos nós fomos criados para reconhecer a Deus e dar frutos. Esse é o nosso propósito original.

• Figueiras sem frutos “ocupam inutilmente a terra”. O corte é iminente, e justificado a qualquer momento.

• O escape: É feito um apelo para que se espere um pouco mais, na esperança de que, bem cuidada e adubada, a figueira venha a dar fruto e escape do corte.

• Lições para o vizinho? Jesus não apresenta a figueira como um paralelo para fazermos uma comparação com outras pessoas – cujas existências foram ceifadas como vítimas de violência ou fatalidades. Ele quer que nos concentremos em nós mesmos, em nossas próprias vidas, pecados e na necessidade de arrependimento.

• Tempo emprestado: O que ele está ensinando e ilustrando, aqui, é que nós, você e eu, como os habitantes de Santa Maria, as vítimas do Tsunami, na Ásia, ou os habitantes do Haiti, vivemos em tempo emprestado; vivemos pela misericórdia de Deus; vivemos com o propósito de frutificar, de agradar o nosso proprietário e criador.

Creio que a conclusão desse ensino, é que, conscientes da soberania de Deus e de que ele sabe o que deve ser feito, não devemos insistir em procurar grandes explicações para as tragédias e fatalidades. Jesus nos ensina que teremos aflições neste mundo (João 1.33) - essa é a norma de uma criação que geme na expectativa da redenção. 1 Pe 4.19 fala dos que sofrem segundo a vontade de Deus. Lemos que não devemos ousar penetrar nos propósitos insondáveis de Deus; não devemos “estranhar” até o “fogo ardente” (1 Pe 4.12).

Assim, as tragédias, desde as locais pessoais até as gigantescas, de características nacionais e internacionais, são lembretes da nossa fragilidade; de que a nossa vida é como vapor; de que devemos nos arrepender dos nossos pecados; de que devemos viver para dar frutos.

Também, não cometamos o erro de diminuir a pessoa de Deus, indicando que ele está ausente, isolado, impotente. Como tantas vezes já dissemos, “Deus continua no controle”. Lembremos-nos de Tiago 4.12: “um só é legislador e juiz - aquele que pode salvar e fazer perecer”. Não sigamos, portanto, nossas “intuições”, no nosso exame dos acontecimentos, mas a Palavra de Deus. Como nos instrui 1 Pe 4.11: “ se alguém falar, fale segundo os oráculos de Deus”.

Em adição a tudo isso, não podemos cometer o erro de ser insensíveis às tragédias - Pv 17.5 diz: “o que se alegra na calamidade, não ficará impune”; mesmo perplexos, sabendo que não somos juízes nem videntes. Devemos nos solidarizar com as vítimas, na medida do possível e atravessar portas de contato e transmissão das boas novas divinas àqueles que Deus venha, porventura, colocar em nosso caminho. 

Solano Portela

[1] Folha de S. Paulo 28/12/2004; Jornal do Commércio - Recife - 2/1/2005, de onde foram extraídas as citações desse trecho.

- Adaptado de estudos e sermões proferidos em 2005, e de POST de janeiro de 2010

A era dos pastores showman!


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Por  Renato César


Lembro-me de certa ocasião em que preguei na congregação de um pastor amigo meu. Falei cerca de meia hora. Após o culto, um visitante, acho que parente de algum membro da igreja, aproximou-se de mim e elogiou o sermão. Mas fez uma ressalva: Se eu fosse mais animado no púlpito, poderia me tornar um verdadeiro “showman”.

A onda de pastores “showman” iniciada algumas décadas atrás não é privilégio das igrejas neopentecostais. Pelo que se vê, até mesmo as ovelhas de outros apriscos, incluindo denominações históricas, tem sido fortemente influenciadas pela moda dos homens de terno falastrões e bem humorados em púlpito.

Não há como negar. Ouvir um pregador com oratória apurada, desenvolto e metido a apresentador televisivo cativa os corações carentes e atrai a atenção de curiosos. Hoje em dia, pastores enchem igrejas. Oxalá fosse o Evangelho!

A própria palavra “pastor” perdeu seu sentido original. Outrora, era aquele que apascentava as ovelhas, que cuidava das almas abatidas. Paulo, em carta a Timóteo, elencou algumas características necessárias àquele que almeja o episcopado. Para o apóstolo, o epíscopo, equivalente a pastor nos dias atuais, deve ser irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar, não dado ao vinho, não espancador, não cobiçoso de torpe ganância, mas moderado, não contencioso, não avarento, não neófito, além de ter bom testemunho dos que estão de fora (1Tm 3.2-7) .

Você leu com atenção os requisitos estabelecidos pela Bíblia? Agora, lhe pergunto: Há algum que faça referência a boa oratória ou estabeleça desenvoltura como exigência para o Sagrado Ministério? Não, não há! O próprio Jesus, ao que tudo indica, não foi um orador espetacular. Duvido que alguém o imagine dando pulinhos ou fazendo teatro enquanto proferia o sermão do monte ou qualquer de seus ensinamentos.

Mas, ao contrário do que a Bíblia estabelece, muitas ovelhas de hoje avaliam seus pastores por sua capacidade de prender-lhes a atenção, pela eloquência em sua argumentação e desenvoltura no púlpito. O verdadeiro “showman”.

Ainda me recordo da resposta que dei ao visitante que naquela noite quase encheu meu coração de vaidade, tentando convencer-me a tornar a mensagem do evangelho mais atraente e aceitável. Respondi-lhe mais ou menos assim: o importante é que a mensagem seja pregada; quem deve aparecer é o Evangelho, não eu. Não vejo mérito nenhum em ter respondido dessa forma, mas teria pecado contra o Senhor se houvesse concordado com aquela proposta.

Não estou afirmando que é falta de espiritualidade ou pecado fazer uso de técnicas de oratória. O pregador deve procurar aprimorar-se ao máximo, como deve ser em qualquer profissão. Mas, biblicamente falando, não será sua retórica que o credenciará a apascentar as ovelhas do Senhor.

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- Sobre o autor: Cristão reformado, formado em administração de empresas e teologia, membro da IPB - Fortaleza/CE.
Artigo enviado por e-mail.
Contato com o autor: renatocesarmg@hotmail.com
Divulgação: Bereianos

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Julie Lowe – Uma Alternativa para Microgerenciar Seus Filhos



Por Julie Lowe


Como pais, nós frequentemente lutamos com essa realidade: quanto mais nossos filhos crescem, mais pesadas suas decisões se tornam. Nós também percebemos que há muito mal no mundo do qual queremos proteger nossos filhos. Dados estes fatos, pais são frequentemente tentados a microgerenciar* em um esforço para prevenir decisões erradas. Os pais podem ter boas intenções, mas podem se tornar autoritários quando levados pelo medo. Como conselheira, eu quero que os pais se concentrem em ajudar seus filhos a crescer em tomadas de decisões independentes. No fim das contas, queremos que nossos filhos possuam duas coisas que vão de mão em mão:

- Bom e sábio discernimento — a habilidade de saber se o que está acontecendo em um determinado momento é bom ou ruim, e

- Forte caráter — integridade e convicções bíblicas desenvolvidas para que as boas decisões possam ser tomadas alegremente, mesmo quando os pais não estão presentes.


Bom discernimento

Queremos que nossos filhos saibam se algo que está sendo dito ou feito é bom ou ruim; quer seja em um e-mail, no Facebook, numa mensagem de texto, ou no playground. Crianças tendem a pensar e racionalizar tudo preto no branco. Isso torna difícil para elas discernirem as áreas cinzentas da vida. Frequentemente as crianças associam bom com pessoas de quem elas gostam ou que são “legais” e ruim com pessoas de quem elas não gostam ou agem de maneira rude. Como resultado, pode ser difícil para elas discernir bom de ruim, e ação de motivação. Crianças precisam entender que não é uma questão de quem disse algo (alguém de quem eles gostam ou não gostam), mas se o que foi dito ou feito é bom ou ruim. “O que está sendo dito ou feito agora está edificando ou destruindo?” Esta pergunta dá aos nossos filhos um quadro para julgar diversas ações, comportamentos e discursos —seus próprios e dos outros. Faça essa pergunta a seus filhos e você os ensinará a examinar seu próprio comportamento à luz do que é bom, correto e amável. Essa pergunta também os ensina a observar as influências que seus pares e adultos possam ter em sua tomada de decisões. Essa consideração irá então ajudá-los a decidir se é sábio manter a companhia de certas pessoas.

Conforme as crianças aprendem o discernimento, haverá vezes que eles terão de dizer “não” — para seus desejos e para outros. Pode ser difícil para adultos dizerem não, então nós esperamos que seja ainda mais difícil para crianças dizerem não! Isso as coloca em risco social e requer que elas lutem contra seus desejos pecaminosos. Mas dizer não e levantar-se pelo que é certo pode ser aprendido através de alimentar conversas abertas e honestas, bom desempenho de papéis, e ajudando as crianças a pensar fora da caixa. Enquanto você ensina aos seus filhos, peça ao Senhor para ajudá-lo a ser paciente com suas falhas. Lembre-se de que você ainda falha em dizer não às vezes. Nossos filhos, igualmente, irão falhar às vezes. Nós devemos esperar que isso aconteça. O objetivo não é a perfeição. O objetivo é sábia conversação que ajuda as crianças a saber o que fazer quando elas encontram as áreas cinzentas da vida.

Forte caráter

Quando armamos nossos filhos com um quadro para discernir suas experiências, nós ajudamos a orientar suas vidas como vidas vividas no mundo de Deus. Ou seja, uma vida vivida com os propósitos de Deus tendo em vista seu comando e sob seu comando. Saber que vivemos no mundo de Deus proporciona um senso de segurança de que podemos confiar em nosso Pai e nos dá a sabedoria e clareza de que precisamos. Seus caminhos são verdadeiramente melhores do os nossos. Quando vivemos no correto reconhecimento disso, então a obediência se torna um deleite. E enquanto praticamos a obediência, nós crescemos à semelhança e caráter de Cristo. Quanto mais forte o caráter de uma criança, mais discernente e cautelosa a criança será em situações que não parecem claras.

Como pais, devemos moldar essa visão para nossos filhos e fornecer oportunidade após oportunidade para praticá-la, pensar a respeito dela, e vivê-la. Quando crianças são equipadas com esse tipo de percepção do mundo — de que viver a vida como Deus requer é bom porque ele é bom — nós inevitavelmente as veremos crescer em caráter e integridade através do poder do Espírito. Os valores piedosos e a ética que você ajuda desenvolver em seus filhos irá, então, guiá-los enquanto eles tomam decisões. Eles experimentarão tentações e confusão às vezes — eles podem até não se esforçar em alguma coisa — mas eles provavelmente sentirão convicção e saberão que Deus lhes oferece um caminho de escape.

Essa abordagem não se trata de armar fortemente nossos filhos com bom caráter. Mas de moldar um genuíno amor pelo Senhor e seus caminhos. Trata-se de um esforço consciente de ganhar nossos filhos para Cristo. Isso não acontece da noite para o dia. Isso requer um comprometimento com uma percepção de mundo e um estilo de vida que nunca começa cedo demais — e nunca é tarde para começar.

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Por Julie Lowe. © CCEF – Christian Counseling & Educational Foundation. Todos os direitos reservados. Website: www.ccef.org. Original: http://www.ccef.org/blog/alternative-micromanaging-your-childrenTradução: Voltemos Ao Evangelho

Nota: Na gestão de negócios, microgerência (micromanagement) é um estilo de gestão onde um gerente observa ou controla de perto o trabalho de seus subordinados ou empregados. Microgerência geralmente possui conotação negativa. (Fonte: Reference.com) [N. do T.]

Um Evangelho que devemos conhecer e tornar conhecido


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Por Paul Washer


"Irmãos, venho lembrar-vos o evangelho que vos anunciei..." 1 Coríntios 15.1

Um escritor ou pregador do evangelho teria muita dificuldade para elaborar uma introdução melhor ao evangelho de Jesus Cristo do que esta introdução dada pelo apóstolo Paulo à igreja de Corinto (1 Co 15.1-4). Nestas poucas linhas, Paulo nos oferece verdades suficientes para vivermos durante toda a vida e conduzir-nos à glória. Somente o Espírito Santo poderia capacitar um homem a dizer tanto, com tanta clareza, em tão poucas palavras.

Conhecendo o evangelho

Nesta pequena passagem das Escrituras, achamos uma verdade que tem de ser redescoberta por todos nós. O evangelho não é apenas uma mensagem de introdução ao cristianismo. Ele é "a" mensagem do cristianismo; e o crente fará muito bem se gastar sua vida em procurar "conhecer" a glória do evangelho e em "tornar conhecida" esta glória. Há muitas coisas a conhecermos neste mundo e inúmeras verdades a serem investigadas na esfera do cristianismo, mas o glorioso evangelho de nosso Deus bendito (1 Tm 1.11) e de seu Filho, Jesus Cristo, é superior a todas elas. É a mensagem de nossa salvação, o instrumento de nosso progresso na santificação e a fonte cristalina da qual flui toda motivação pura e correta para a vida cristã. O crente que compreende algo do conteúdo e do caráter do evangelho nunca terá falta de zelo, nunca será tão necessitado que buscará forças em cisternas rotas e vazias feitas pelas mãos de homens (Jr 2.13-14; 14.3). 

De nosso texto, entendemos que o apóstolo Paulo já tinha pregado o evangelho à igreja de Corinto. De fato, ele era o pai espiritual daqueles crentes! (1 Co 4.15)  Entretanto, Paulo viu a necessidade de continuar pregando-lhes o evangelho: não somente de recordar as suas verdades essenciais, mas também de ampliar o seu conhecimento. Na conversão deles, começaram uma jornada de descoberta que abrangeria toda a sua vida e se estenderia pelas eras intermináveis da eternidade – a descoberta das glórias de Deus revelada no evangelho de Jesus Cristo.

Como pregadores e congregantes, seríamos sábios se víssemos o evangelho novamente com os olhos deste apóstolo da antiguidade e o estimássemos como digno de uma vida inteira de investigação cuidadosa. Embora já tivéssemos vivido muitos anos na fé, embora possuíssemos o intelecto de Edwards e o discernimento de Spurgeon, embora pudéssemos entender toda publicação desde os pais na igreja primitiva, passando pelos reformadores e puritanos, até aos eruditos do tempo presente, estejamos certos de que ainda não atingimos nem mesmo os contrafortes deste Everest que chamamos de "evangelho". E isso será dito a nosso respeito mesmo depois de uma eternidade de eternidades!

Vivemos em mundo que nos oferece um número quase infinito de possibilidades, e existe um número incalculável de opções que rivalizam por nossa atenção. O mesmo pode ser dito sobre o cristianismo e a ampla esfera de temas teológicos que um aluno pode estudar. Há um número quase infinito de verdades bíblicas que um homem pode gastar a vida examinando-as. E mesmo o tema menos importante da Escritura é digno de milhares de vidas em seu estudo. Todavia, há um tema que se eleva sobre todos os demais e que é fundamental para o entendimento de todas as outras verdades bíblicas – o evangelho de Jesus Cristo. É por meio desta mensagem singular que o poder de Deus se manifesta na igreja e na vida do crente individual.

Quando examinamos os anais da história do cristianismo, vemos homens e mulheres de paixão incomum por Deus e por seu reino. Anelamos ser como eles e nos perguntamos como chegaram a possuir um zelo tão duradouro. Depois de uma consideração diligente de sua vida, doutrina e ministério, descobrimos que eles diferiram em muitas coisas, mas tiveram um denominador comum entre si. Todos eles tiveram um vislumbre da glória do evangelho, e sua beleza acendeu a paixão deles e os impulsionou a prosseguir. A vida e o legado deles provam que paixão genuína e duradoura resulta de um entendimento cada vez mais crescente e mais profundo do que Deus fez por seu povo na pessoa e na obra de Jesus Cristo! Não há substituto para esse conhecimento!

O evangelho cristão tem sido designado como "evangelho", uma palavra que vem do latim evangellium, que significa boas novas. Esta é a razão por que os crentes são muitas vezes chamados de evangélicos. Somos "evangélicos" porque cremos no evangelho e o estimamos como a verdade primordial e central da revelação de Deus para os homens. O evangelho não é um prefácio, um provérbio ou uma explicação posterior. Não é meramente a classe de introdução ao cristianismo, e sim todo o curso de estudo do cristianismo. É a história de nossa vida, as insondáveis riquezas que procuramos explorar e a mensagem que vivemos para proclamar. Por esta razão, podemos dizer que somos mais cristãos e mais evangélicos quando o evangelho de Jesus Cristo é a nossa única esperança, o nosso único motivo de orgulho e a nossa única e maior obsessão.

Hoje, são realizadas tantas conferencias no âmbito do evangelicalismo, especialmente para jovens, que têm o objetivo de estimular a paixão dos crentes por meio de música, comunhão, palestrantes eloquentes, histórias emocionais e apelos comoventes. Contudo, o entusiasmo que tais conferências produzem, seja ele qual for, desaparece rapidamente. Pequenos fogos foram acessos em pequenos corações e se acabam em poucos dias. Temos esquecido que paixão genuína e duradoura nasce do conhecimento da verdade e, em específico, a verdade do evangelho. Quanto mais "conhecemos" e compreendemos a beleza do evangelho, tanto mais somos tomados por seu poder. Um vislumbre do evangelho moverá o coração verdadeiramente regenerado a segui-lo. Cada vislumbre maior do evangelho acelerará o seu passo, até que ele esteja correndo resolutamente em direção ao prêmio (Fp 3.13-14). A essa beleza o coração verdadeiramente cristão não pode resistir. Esta é a grande necessidade do momento! É o que temos perdido e o que temos de obter novamente – uma paixão por conhecer o evangelho e uma paixão idêntica por torná-lo conhecido.

Tornando conhecido o evangelho

Não seria um exagero dizer que o apóstolo Paulo foi um dos maiores instrumentos humanos do reino de Deus, na história da humanidade e na história da redenção. Ele foi responsável pela propagação do evangelho em todo o Império Romano durante um tempo de perseguição incomparável e permanece como um exemplo do que significa ser um ministro cristão. No entanto, ele fez tudo isto por meio da proclamação simples da mensagem mais escandalosa de todas que já chegaram aos ouvidos dos homens. Ao considerarmos a vida do apóstolo Paulo, notamos que ele foi um homem excepcionalmente dotado, em especial no que concerne ao seu intelecto e zelo. Todavia, ele mesmo nos ensinou que o poder de seu ministério não estava em seus dons, mas na proclamação fiel do evangelho. Em sua primeira carta dirigida aos cristãos de Corinto, Paulo escreveu sua grande resignação:

Porque não me enviou Cristo para batizar, mas para pregar o evangelho; não com sabedoria de palavra, para que se não anule a cruz de Cristo (1 Co 1.17).

Porque tanto os judeus pedem sinais, como os gregos buscam sabedoria; mas nós pregamos a Cristo crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os gentios; mas para os que foram chamados, tanto judeus como gregos, pregamos a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus (1 Co 1.22-24). 

Podemos dizer que o apóstolo Paulo foi, acima de tudo, um pregador! Como Jeremias antes dele, Paulo foi constrangido a pregar. O evangelho era como um fogo ardente encerrado em seus ossos, que ele não podia suportar (Jr 20.9). Aos cristãos de Corinto, Paulo declarou: "Eu cri; por isso, é que falei" (2  Co 4.13) e: "Ai de mim se não pregar o evangelho!" (1 Co 9.16). Essa estimativa tão elevada do evangelho e de pregá-lo não pode ser fingida, quando não existe no coração do pregador, e não pode ser ocultada, quando existe. Deus chama diferentes tipos de homens para levarem o fardo da mensagem do evangelho. Alguns deles são mais solenes e sérios, enquanto outros são mais desatentos e joviais, porém, quando a conversa muda para o assunto do evangelho, uma mudança ocorre no semblante do pregador, e parece que você tem diante de si uma pessoa muito diferente. A eternidade está estampada na face dele, o véu foi removido, e a glória do evangelho brilha com uma paixão genuína. Tal homem tem pouco tempo para histórias fantásticas, antídotos morais ou para compartilhar pensamentos vindos de seu coração. Ele veio para pregar e tem de pregar! Não descansará enquanto seu povo não ouvir a mensagem de Deus. Se o servo Eliezer não pôde comer enquanto não entregou a mensagem de seu senhor, Abraão (Gn 24.33), quanto menos um pregador do evangelho ficará tranquilo enquanto não houver entregado o tesouro do evangelho que lhe foi confiado! (Gl 2.7; 1 Ts 2.4; 1Tm 1.11; 6.20; 2Tm 1.14; Tt 1.3.

Embora poucos discordem do que escrevi até aqui, parece que, de modo geral, a pregação apaixonada do evangelho está fora de moda. Ela é considerada por muitos como algo que não possui o requinte e a sofisticação necessários para que seja eficaz nesta era moderna. O pregador cheio de paixão que proclama ousada e categoricamente a verdade é agora considerado um obstáculo para o homem pós-moderno que prefere um pouco mais de humildade e de abertura para com outras opiniões. O argumento da maioria é que temos de mudar nossa maneira de pregar porque o evangelho parece loucura para o mundo.

Essa atitude para com a pregação é prova de que perdemos nosso senso de direção na comunidade evangélica. Foi Deus quem ordenou que a "loucura da pregação" seja o instrumento para levar ao mundo a mensagem salvadora do evangelho (1 Co 1.21). Isto não significa que a pregação deve ser tola, ilógica ou bizarra. Contudo, o padrão pelo qual toda pregação deve ser comparada é a Escritura e não as opiniões contemporâneas de uma cultura decaída e corrupta, que é sábia a seus próprios olhos (Rm 1.22) e prefere ter seus ouvidos coçados e seu coração entretido a ouvir a Palavra do Senhor (2 Tm 4.3). 

Aonde quer que o apóstolo Paulo viajasse, ele pregava o evangelho. Faremos bem se seguirmos o seu exemplo. Embora o evangelho possa ser compartilhado por meio de instrumentos, não há outro instrumento tão ordenado por Deus como a pregação. Portanto, aqueles que estão buscando constantemente meios inovadores para compartilharem o evangelho com uma nova geração de pessoas interessadas fariam bem se começassem e terminassem sua busca nas Escrituras. Aqueles que enviam milhares de questionários que perguntam aos nãos convertidos o que eles mais gostariam de ver em um culto de adoração devem compreender que as inúmeras opiniões de homens carnais não possuem a autoridade de "um i ou um til" da Palavra de Deus (Mt 5.18). Precisamos entender que há um grande abismo de diferenças irreconciliáveis entre o que Deus ordena nas Escrituras e o que a cultura carnal contemporânea deseja.

Não devemos nos admirar de que homens carnais tanto dentro como fora da igreja desejem teatro, música e mídia no lugar da pregação do evangelho e da exposição bíblica. Enquanto o coração de um homem não for verdadeiramente regenerado, ele aborda o evangelho da mesma maneira como os demônios gadarenos abordaram o Senhor Jesus Cristo: "Que temos nós contigo?" (Mt 8.29). Sem a obra de regeneração realizada pelo Espírito Santo, o homem carnal não tem nenhum interesse ou apreciação verdadeira pelo evangelho, mas, apesar disso, este milagre é operado no coração de um homem por meio da pregação do evangelho que, a princípio, ele desdenha. Portanto, devemos pregar aos homens carnais a própria mensagem que eles não querem ouvir, e o Espírito Santo deve agir! Sem isto, os pecadores não podem ver a beleza do evangelho, assim como porcos não podem ver beleza em pérolas, ou como cães não podem mostrar reverência para com carne santificada, ou como cegos não podem apreciar uma pintura de Rembrandt (Mt 7.6). Os pregadores não fazem bem aos homens carnais por oferecer-lhes as coisas que seu coração caído deseja, e sim por colocar diante deles a verdadeira comida, (Is 55.1-2) até que, pela obra miraculosa do Espírito Santo, reconheçam-na como o que ela realmente é, provem e vejam que o Senhor é bom! (Sm 34.8)

Antes de terminar esta breve discussão sobre a pregação do evangelho, temos de falar sobre um assunto final. Apresenta-se frequentemente a teoria de que nossa cultura não pode tolerar o tipo de pregação que foi tão eficaz durante os grandes despertamentos e avivamentos do passado. A pregação de Jonathan Edwards, George Whitefield, Charles Spurgeon e outros pregadores semelhantes seria ridicularizada, satirizada e escarnecida pelo homem moderno. No entanto, esta teoria não leva em conta o fato de que estes mesmos pregadores foram ridicularizados e satirizados pelos homens de seus dias! A verdadeira pregação do evangelho será sempre "loucura" para toda cultura. Qualquer tentativa de remover a ofensa do evangelho e de tornar a pregação "conveniente" diminui o poder do evangelho. Também frustra o propósito para o qual Deus escolheu a pregação como o meio de salvar homens – que a esperança dos homens não esteja em nobreza, eloquência ou sabedoria mundana, e sim no poder de Deus (1 Co 1.27-30).

Vivemos numa cultura que está presa ao pecado com algemas de aço. Histórias morais, máximas extraordinárias e lições de vida compartilhadas de um coração de um palestrante querido ou de um "tutor de vida espiritual" não têm nenhum poder verdadeiro contra essas trevas. Precisamos de pregadores do evangelho de Jesus Cristo, que conhecem as Escrituras e são capacitados, pela graça de Deus, a encarar qualquer cultura e a clamar: "Assim diz o Senhor!"

Fonte: Editora Fiel

Exame mental pode absolver filho que matou os pais em Olinda


Laudo apontou que Eduardo Cotias, acusado de matar o bispo Eward Robinson e Mirian Nunes, não tinha consciência do crime.

Raphael Guerra - Diario de Pernambuco
Às vésperas de completar um ano do assassinato do bispo e líder nacional da Igreja Anglicana Edward Robinson de Barros Cavalcanti, 67, e da mulher, a aposentada Mirian Nunes Machado Cotias Cavalcanti, 64, um exame de sanidade mental apontou que o filho do casal, Eduardo Olímpio Cotias Cavalcanti, 29, responsável pelas mortes, não tinha consciência do crime que estava cometendo. O acusado está internado no Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico (HCTP). O laudo pode determinar a absolvição dele pelos homicídios. A Justiça pode decidir por aplicar apenas uma medida de segurança, que, na prática, exige que ele passe até três anos internado. Depois disso, estará livre.  

O laudo, confeccionado pela equipe do HCTP, informa que ele é portador de transtorno de personalidade e se encontra num quadro de depressão. “O estado mental oferece perigo à sociedade. O uso de toxinas comprometeu a capacidade de entendimento e autodeterminação”, diz o texto. Em outro trecho, o laudo explica que ele é doente mental em decorrência de uso de entorpecentes e que “era incapaz de entender o caráter ilícito dos fatos (assassinato dos pais)”. Ao final, é apontada a inimputabilidade do acusado. 

A promotora Maria Carolina Jucá solicitou que fossem respondidos alguns questionamentos para compreensão mais ampla do laudo. “Só então terei um posicionamento sobre os exames”, informou. A juíza titular da Comarca de Olinda, Maria Segunda Gomes de Lima, explicou que após a fase de discussão do laudo irá decidir se o processo seguirá adiante - podendo o acusado ir à júri popular - ou se irá decidir apenas pela medida de segurança. 

Memória

Eduardo Cotias assassinou os pais poucos dias após voltar dos Estados Unidos, onde viveu por 13 anos. Aos 16, querendo abandonar os estudos, ele foi enviado para a casa dos tios. Lá, teria se revoltado por se sentir abandonado pelo bispo e pela mãe e entrou para o mundo do vício das drogas. 

Em 26 de fevereiro de 2012, o jovem foi visto na frente de casa amolando uma faca, o que chamou a atenção dos moradores, em Jardim Fragoso, Olinda. Teria ainda bebido e consumido cocaína excessivamente, segundo laudo do Hospital da Restauração. À noite, acompanhou os pais até a igreja, onde foi apresentado a todos como um filho querido que voltou de viagem. 

Ao chegar em casa, trancou as portas e iniciou uma discussão com o pai - o primeiro a ser esfaqueado, segundo as investigações. A mãe tentou intervir, mas também foi vítima da fúria de um filho revoltado, que ainda teria tentado se matar. 

IGREJA PRESBITERIANA CENTRAL DE GARANHUNS: 113 ANOS DE DEDICAÇÃO E OBEDIÊNCIA A DEUS

A nossa irmã Rosilda, publicou em determinada época em seu blog " http://terradomagano.blogspot.com/2010/05/igreja-presbiteriana-central-de.html valiosíssimos e históricos fragmentos da história da nossa Igreja Presbiteriana Central de Garanhuns. Republicamos pois nesse espaço, nas comemorações dos 113 anos, esse trecho tão importante dessa história.  


                       IGREJA PRESBITERIANA CENTRAL DE GARANHUNS
                      Foto: Marcelo Jorge

A Igreja Presbiteriana Central de Garanhuns, foi idealizada pelo missionário 
e médico norte americano George William Butler .  William Butler era natural 
da Georgia/USA, casado com Humphrey Butler, estudou medicina em Baltimore-
USA e chegou ao Brasil em 1883. Em 1894, Butler passou a morar em 
Garanhuns, onde trabalhava como missionário presbiteriano e como médico,
já que nessa época houve uma epidemia de febre amarela na cidade. 


Em 1895 ele fundou a Igreja Presbiteriana Central de Garanhuns. Neste ano, 
em Garanhuns, foram batizados os primeiros conversos protestantes presbiterianos. 
Um deles foi o reverendo Jerônimo Gueiros, que na época tinha 15 anos, e que  se 
tornou  figura importante para história de Garanhuns como educador e como jornalista.


Alem da igreja presbiteriana Central, Butler fundou em Garanhuns, em 1899, 
uma escola paroquial  que é a gênese do  Colégio Presbiteriano XV de Novembro 
(1908), e um seminário para  treinamento  de pastores , também em 1899. Durante 
vinte anos o seminário funcionou em Garanhuns mas em 1921 foi transferido para 
Recife, onde está até hoje o Seminário Presbiteriano do Norte. George Butler 
faleceu em Canhotinho/PE,  em 27 de maio de 1919.

A igreja Presbiteriana Central  de Garanhuns  foi oficialmente organizada  em 
22 de Janeiro de 1900. 

Av Santo Antonio- Revista da Cidade Ano III- nº86- 1928

Seu primeiro pastor foi o Rev. Martinho de Oliveira, que veio para Garanhuns a fim 
de substituir o Missionário George Butler que estava de mudança para 
a cidade de Canhotinho/PE. 
Martinho de Oliveira nasceu em Recife em 15.01.1870. Foi ordenado pastor em 
João Pessoa , em 21 de Julho de 1896.

Foto Ideal:  portal Mackenzie


Em Garanhuns, ele construiu o primeiro templo da Igreja Presbiteriana  e deu 
continuidade ao trabalho de formação do Colégio XV de Novembro e do Seminário 
Presbiteriano do Norte. Seu Ministério foi curto. 
Martinho de Oliveira morreu em Garanhuns no dia 28 de julho de 1903.
Em setembro de 1941, os ossos de Martinho de Oliveira foram transladados 
para a base do púlpito do novo templo da Igreja Presbiteriana Central de Garanhuns.

A Igreja Presbiteriana Central, as oficinas do Jornal o “Norte Evangélico” - 
periódico presbiteriano dirigido pelo Reverendo Jerônimo Gueiros desde 1909, 
o Colégio XV de Novembro,  o Seminário Presbiteriano, e ainda, a presença 
dos missionários norte americanos fizeram de Garanhuns um importante centro 
de irradiação do presbiterianismo.

O atual templo em fase de acabamento

Garanhuns passou a ser conhecida como a Antioquia do Presbiterianismo no Norte, 
uma alusão à  igreja de Antioquia da Síria, a primeira igreja, segundo a Bíblia, 
que preparou e enviou missionários ( Paulo e Barnabé) para pregar o evangelho 
em outras terras. 
É importante salientar o trabalho missionário do reverendo Antonio de Carvalho 
Silva Gueiros que pastoreou a igreja durante  quarenta anos (  1911 a 1951). 
Reverendo Antonio Gueiros fundou, em Pernambuco,  as igrejas presbiterianas de 
Águas Belas, Bom Conselho, Salobro, São Bento do Una, Cachoeirinha, 
Lajedo, Palmerina,Inhumas, Cachoeira Dantas, Catonho, Fama, Neves, Geleso, 
Itacatu, Quipapá e Palmares. Além das igrejas de Pão de Açucar, Mata Grande, 
Palmeira dos Índios e Quebrangulo  em Alagoas. 
Por seu trabalho missionário mereceu ser chamado pela  Academia Pernambucana
de Letras de " O Desbravador Evangélico do Sertão" . 
Antonio Gueiros faleceu em 18 de fevereiro de 1951 aos oitenta anos de idade. 

PASTORES: (esta lista está incompleta e não está ordenada, se quiser contribuir 
com nosso blog envie-nos fotos e os nomes que estão faltando ) 

Rev. Martinho Oliveira (1900 a 1903)
William W Thompson 
Jerônimo Gueiros 
Antonio Gueiros 
João Campos de Oliveira
Henrique de Lima Guedes
Enéas Lins dos Anjos

Nivaldo Felipe
Carlos Porto
Hamilton Rodrigues
Luiz Augusto  
Lindenberg Clemente
Inaldo Cordeiro Peixoto

 
 GALERIA DE FOTOS DE PASTORES: 
Rev. Martinho Oliveira
William Thompson



 
Rev. Jerônimo Gueiros
(foto do Portal mackenzie.com.br)
  

Rev.João Campos de Oliveira no púlpito-Igreja das Graças-1987
Ao lado, rev. Esmael Feijó e Rev. Ageu Lídio Pinto
(Album do rev. Enos Moura)
 
 Revs. Henrique Guedes, Tom Foley, Oton Dourado, Orlando Morais, Elias Sabino. Presb. Aulete Ribeiro, Mauríco Wanderley, Heríclio Araújo, João Moreira, Francisco Vieira , Rev João Campos(album de Enos Moura)
Rev. Henrique Guedes

 
Presb. Almirante Boanerges Cunha; Rev. José Martins , ?, Rev. João Campos de Oliveira, Rev. Antônio de Teixeira Gueiros, Rev. Elias Sabino de Oliveira , REv. Thiago dos Anjos Lins, Prsb. Gamaliel Alexandrino da Silva, Rev. Samuel de Vasconcelos Falcão, Rev. José Catanhede de Matos Filho, REv. Alpheu Barra de Oliveira (filho de Martinho de Oliveira)  e Rev. Enéas Lins . (Album de Enos Moura)
 
Rev. Enéas Lins dos Anjos
Rev. José Martins
 
Rev.Cephas Reinaux de Barros e esposa Marlene L. Barros
(Álbum de Helem Barros) 
   
 
 
Do lado direito para esquerdo : Enos, Salomão, Geraldo Tolentino, João Franco e Nisan Bahia
(Album de Enos Moura) 
Rev. Nisan Bahia




Rev. Inaldo Peixoto
  

BIBLIOGRAFIA: 
 CORTEZ, Natanael- Os Dois Tributos: A Cesar, A Deus; jubileu ministerial, 1915-18
de janeiro-1965- Livraria e Gráfica Ediprés-
MATOS, Alderi Souza Os pioneiros Presbiterianos do Brasil-Os pioneiros presbiterianos
do Brasil, 1859-1900: missionários, pastores e leigos do século XIX; Editora Cultura
Cristã: 2004;
CAVALCANTI, Alfredo Leite- História de Garanhuns, 2a edição- Biblioteca
Pernambucana de História Municipal, 1997

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