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quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

"Só Presto Contas a Deus"





Quando fui perguntado recentemente por alguém sobre a maior necessidade da igreja evangélica no Brasil não tive dúvidas em responder que é o exercício da disciplina bíblica. Sei que existem igrejas que disciplinam seus membros e líderes e até cometem abusos nisso. Mas creio que já se tornaram a minoria. Na minha avaliação, a grande maioria das igrejas de todas as denominações não exerce a disciplina eclesiástica sobre seus membros e líderes, ou quando o fazem, o fazem de forma equivocada, arbitrária e sem levar em consideração os ensinamentos das Escrituras sobre o assunto.

Para mim esse assunto é relevante, pois a disciplina da Igreja tem como alvo manter a sua pureza e restaurar os faltosos, e se constitui numa das marcas da verdadeira Igreja de Cristo. Onde os pecados passam impunes, os faltosos não são repreendidos, corrigidos e restaurados, onde os líderes cometem pecados públicos claros e não dão conta a ninguém de seus atos, poderá estar ali a verdadeira Igreja do Senhor, pela qual ele derramou seu sangue precioso, em busca de um povo puro e santo?

Para mim, tudo começa pela absoluta falta de dar conta de seus atos que caracteriza líderes e membros das igrejas. Ninguém se sente devedor a ninguém, senão a Deus – esquecendo que foi o próprio Deus quem instituiu a disciplina eclesiástica como instrumento do seu desejo de manter a Igreja pura e restaurar os caídos. Isso é claro especialmente no caso de líderes que construíram seu império eclesiástico e que não se encontram debaixo de qualquer pessoa ou grupo que poderia corrigi-los e discipliná-los em caso de falta. Pecam impunemente em nome do perdão e da tolerância divina.

As próprias igrejas não exercem a vigilância, o zelo e o cuidado que deveriam para com seus membros faltosos. Preferem ocultar os pecados cometidos ou exercer algum tipo de restrição que mal pode ser reconhecida como disciplina. E os membros – não se sentem obrigados a prestar contas de seus atos às igrejas que freqüentam e portanto, em caso de serem argüidos de seus pecados e erros, não se sujeitam e não acatam qualquer medida corretiva e simplesmente mudam-se para outra igreja.

Na minha opinião, é um estado caótico de coisas, que compromete a imagem dos evangélicos diante do povo, que toma conhecimento do comportamento irregular de líderes e crentes pela mídia. Juntamente com a crise de identidade e doutrinária, a falta de disciplina contribui para o agravamento da situação de UTI em que a igreja evangélica brasileira se encontra.

POR QUE OS JOVENS EVANGÉLICOS ESTÃO SE DESVIANDO NA UNIVERSIDADE?



Por Renato Vargens

As estatísticas são sombrias. Alguns chegam a afirmar que em média, 60% dos jovens evangélicos que adentram a universidade se afastam da comunhão dos santos e da igreja. Ora, seria simplista da minha parte afirmar de modo absoluto os reais motivos para a apostasia de nossos jovens, todavia, acredito que algumas razões são preponderantes para o esfriamento da fé da juventude cristã:

1- Nossos jovens não estão sendo preparados pela igreja para enfrentar as demandas sociais, comportamentais e filosóficas na universidade.  Na verdade, afirmo sem a menor sombra de dúvidas de que a igreja não está oferencendo a sua juventude ferramentas necessárias para a desconstrução de valores absolutamente anticristãos. Por exemplo, as universidades públicas estão repletas de conceitos marxistas. Volta e meia eu recebo a informação de professores que em sala de aula zombam de Cristo, ridicularizando  publicamente todos aqueles que se dizem cristãos. 

2- Nossos jovens não estão sendo preparados pelos pais com vistas ao enfrentamento cultural. Vivemos numa sociedade multifacetada, cujo os valores relacionados a sexo, família, trabalho, sucesso e moral foram relativizados. Nesta perspectiva não são poucos aqueles que ao longo dos anos tem sucumbido diante da avalanche de conceitos extremamente antagônicos aos pressupostos bíblicos-cristãos.

3- Nossos jovens não tem sido preparados pela igreja para responder as perguntas de uma sociedade sem Deus como também oferecer respostas àqueles que lhes questionam a razão da sua fé.  Nesta perspectiva os conceitos "simplistas" de alguns dos nossos rapazes e moças  tem sido facilmente descontruídos num ambiente onde o cetiscismo e a incredulidade se fazem presentes.

4- Nossos jovens tem sido influenciados negativamente pelo secularismo, hedonismo e satisfação pessoal. Sem sombra de dúvidas acredito que o secularismo é um grave problema em nossos dias. A Europa por exemplo transformou-se num continente secularista onde o que mais importa é o bem estar comum e a ausência de Deus. Nesta perspectiva vive-se para o prazer, nega-se uma fé transcendente quebrando todo e qualquer paradigma que nos faça lembrar de Cristo ou da igreja.

Diante deste funesto quadro surge a pergunta: O que fazer então?

1-  A Igreja precisa fortalecer a família oferecendo aos casais ferramentas para a edificação de lares sólidos cujo fundamento é infalível Palavra de Deus.

2- A Igreja precisa preparar os seus jovens para responder as perguntas da sociedade. Nessa perspectiva, deve-se investir numa formação apologética, cujo foco deve ser oferecer a juventude "armas" espirituais capazes de anular sofismas.

3- A Igreja precisa investir em universitários promovendo grupos de comunhão, debates, além de discussões teológicas, sociológicas e filosóficas, oferecendo a estes condições de responder aos seus inquiridores o porque da sua fé.

4- A Igreja precisa estudar teologia com os universitários. Questões relacionadas ao pecado, juízo eterno, salvação, morte e sofrimento além de tantos outros conceitos relacionados aos nossos dias precisam ser explicados e entendidos pelos nossos jovens.

5- A Igreja precisa preparar os seus jovens para se relacionarem com a cultura. O problema é que em virtude do maniqueísmo que nos é peculiar satanizamos o mundo bem como todas as suas vertentes culturais. Por outro lado, existem aqueles que em nome da contextualização "mundanizaram" a Igreja, levando o povo de Deus a um estilo de vida ineficaz cujos frutos não tem sido muito bons.

6- A Igreja precisa fomentar em seus jovens o desejo de conhecer a Deus e se relacionar com Ele. Jovens que se relacionam com Deus através da oração e das Escrituras Sagradas tornam-se mais fortes diante dos embates desta vida.

Que Deus nos ajude diante hercúlea missão e que pela graça do Senhor nossa juventude possa ser bênção da parte do Senhor na universidade.

Soli Deo Gloria,

Renato Vargens

Muda o perfil da perseguição contra cristãos no mundo



Portas Abertas publica nova lista de classificação de países por perseguição
por Jarbas Aragão

Muda o perfil da perseguição contra cristãos no mundoMuda o perfil da perseguição contra cristãos no mundo

A missão Portas Abertas, uma organização cristã que publica anualmente uma lista de classificação de países por perseguição, mostrou mudanças no cenário mundial em 2012. A perseguição dos cristãos aumentou no continente africano desde que grupos radicais islâmicos assumiram o poder em alguns países.
As ameaças crescentes contra os cristãos africanos podem ser vistas em ataques como os atentados e assassinatos nas igrejas nigerianas realizadas pelo grupo radical islâmico Boko Haram.
Ao mesmo tempo, o Mali teve um grande salto na lista. O país nem fazia parte da classificação em 2011 e surge em 7º lugar na nova lista. O motivo é um golpe de estado no norte do país, que deixou muçulmanos fundamentalistas no poder. Segundo o porta-voz do Portas Aberta Jerry Dykstra, os cristãos locais e missionários estrangeiros estão em grave perigo.
A Coreia do Norte encabeça a lista de Portas Abertas pelo 11 º ano consecutivo. A missão estima que mais de 70 mil cristãos estão presos simplesmente por se negarem a aceitar o presidente como divindade. O simples ato de carregar uma Bíblia pode resultar em execução.
Uma das surpresas foi a China, um país que estava entre os 10 maiores perseguidores há cinco anos e caiu para n º 21 em 2011 e agora para 37º. Mesmo assim, sabe-se que centenas de cristãos chineses continuam na prisão e o governo ainda mantém um controle rígido sobre os líderes das igrejas. Embora “o confisco de Bíblias e de livros cristãos já não ocorrem mais em grande escala”, de acordo com o ministério missionário.
A Síria, que vive uma sangrenta guerra civil, saltou do nº 36 para 11º este ano, tornando-se um país de preocupação especial. No governo do presidente Bashar al-Assad, os cristãos possuem liberdade de culto, mas não podem evangelizar, de acordo com o relatório da Portas Abertas.
Ron Boyd-McMillan, diretor de estratégia de PA ressalta: “a boa notícia na Síria é que os cristãos estão mostrando uma grande unidade entre as denominações diferentes e o sofrimento os tem unido”.
O ranking anual dos 50 países leva em conta os graus de perseguição (concentrada, moderada, severa, extrema e ilimitada) e divide o contexto da perseguição em diferentes áreas: vida privada, familiar, em comunidade, nacional e com a igreja. Além de casos de violência física e outras informações que contribuem para classificar os países e determinar onde é mais difícil ser cristão.
Esse ano foi usada uma nova forma de classificar os países. O novo relatório está mais aprofundado; leva em conta o contexto e as diferenças de perseguição de acordo com as comunidades hostilizadas. A missão chama atenção para os países novos que entraram na lista depois da mudança: Mali (7ª), Tanzânia (25ª), Quênia (40ª), Uganda(47ª) e o Níger (50ª). Com informações de Religion News e Portas Abertas.
Veja abaixo a lista completa:
Classificação de países por perseguição 2013

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Pastor menciona distorções bíblicas na campanha de Silas Malafaia e Mike Murdock: “Temos uma teologia esfacelada, sem uma direção concreta”. Leia na íntegra


Pastor menciona distorções bíblicas na campanha de Silas Malafaia e Mike Murdock: “Temos uma teologia esfacelada, sem uma direção concreta”. Leia na íntegra

A polêmica em torno da nova campanha de arrecadação lançada pelo pastor Silas Malafaia ao lado de Mike Murdock durante a última edição do programa Vitória em Cristo, continua.
Numa abordagem a partir do ponto de vista institucional em relação ao fortalecimento da igreja, o pastor Paulo Siqueira,colunista do Gospel+, publicou em seu blog Pedras Clamam, uma extensa crítica não apenas à campanha de Malafaia e Murdock, mas também ao nível de conhecimento bíblico entre os evangélicos.
“O que se ouviu nesse programa é um ultraje a tudo o que temos no Brasil em forma de pensamento teológico. Silas Malafaia e Mike Murdock abusaram do direito de menosprezar a interpretação bíblica e toda a tradição cristã brasileira”, protestou o pastor.
Segundo Siqueira, que é conhecido por encabeçar o Movimento pela Ética Evangélica Brasileira(MEEB), “já foi o tempo em que pastores, missionários americanos chegavam em nosso país como donos do saber, e o povo ficava de boca aberta aplaudindo. Hoje temos em nosso país homens e mulheres com autoridade para interpretar os textos sagrados com maestria”.
Para o pastor, no Brasil atualmente não há uma uniformidade na pregação e ensino da Palavra de Deus: “Temos uma teologia esfacelada, sem uma direção concreta. Cada instituição defende e prega sua própria teologia”.
Siqueira questiona as motivações de Malafaia e Murdock ao promoverem o livro O Desígnio, de autoria do segundo, em detrimento à Bíblia: “Como pode um pregador, em uma pregação num programa de TV, onde a Bíblia fica em segundo plano em cima de uma mesa, e o pregador exalta seu livro ao ponto de dizer que o livro é: poderoso!?! A pregação deve ser bíblica, deve levar o ser humano a reconhecer sua situação e confessar a Deus e crer em Sua obra”.
A manipulação é uma das hipóteses levantadas pelo pastor Paulo Siqueira, que enxerga nas ações da dupla uma tentativa de impor conceitos: “A ênfase no título de doutor de Murdock é para impor sobre um público formado na sua maioria de ignorantes e mal-informados teologicamente, uma forma de dizer: ‘ele sabe mais do que eu’”.
O argumento apresentado pelo pastor Siqueira é reforçado, por ele, a partir de observações sobre o contexto em que a campanha foi lançada: “Silas é psicólogo, um profundo conhecedor da natureza humana, e tem usado esse conhecimento científico para aplicar a teologia da prosperidade de uma forma a não permitir que o que ouve se defenda de tão grande mal. Tudo tem um script, um método. É possível perceber nos pormenores, no dicurso de Murdock, técnicas de neurolinguística, com afirmações referidas em diversas repetições, e tudo isso firmado em textos isolados da Bíblia e orações. É uma forma de transe muito bem calculado e planejado para alcançar os seus alvos”.
Confira abaixo, a íntegra do artigo “O Brasil precisa de uma teologia”, do pastor Paulo Siqueira:
Depois de assistir ao programa Vitória em Cristo no último sábado pela manhã, apresentado pelo Pr. Silas Malafaia e com a participação especial do cidadão americano Mike Murdock (que é apresentado como “doutor”, porém não se diz em que), cheguei à conclusão de que é preciso rever com urgência o ensino teológico brasileiro, e o que muitos estão fazendo com esse conhecimento.
O que se ouviu nesse programa é um ultraje a tudo o que temos no Brasil em forma de pensamento teológico. Silas Malafaia e Mike Murdock abusaram do direito de menosprezar a interpretação bíblica e toda a tradição cristã brasileira.
O que foi apresentado em forma de pregação ultrapassa todos os limites permitidos para um país que se declara cristão. Lembro-me do tempo em que pastor pregava e ensinava a Bíblia, e não se utilizava desse espaço para falar de um livro com ideias pessoais, colocando-o acima do texto sagrado.
O cristianismo tem uma história, uma tradição que está acima de tudo isso. Já foi o tempo em que pastores, missionários americanos chegavam em nosso país como donos do saber, e o povo ficava de boca aberta aplaudindo. Hoje temos em nosso país homens e mulheres com autoridade para interpretar os textos sagrados com maestria.
O que Silas e Murdock fizeram foi um desrespeito a muitos que se dedicam, por uma vida toda, nos estudos da Palavra de Deus. Isso foi feito pelo referido pastor, pois o mesmo sabe das condições das lideranças evangélicas brasileiras, pois na sua maioria (principalmente nos meios pentecostal e neopentecostal), não possui uma formação teológica e, quando possui, não é de boa qualidade.
É fácil de ver anúncios em rádios, em programas evangélicos oferecendo cursos de teologia em forma de correspondência, onde o aluno paga e o material lhe é enviado com o diploma. Por outro lado, quando o ensino é de boa qualidade, muitos utilizam esse conhecimento para encher o seu ego e o de muitas instituições religiosas detentoras do saber.
Para muitos, o conhecimento teológico é utilizado como forma de defesa de uma teologia institucional. Sendo assim, não é repassado para o povo. O conhecimento que deveria dar condições ao povo de se defender de teologias como a que Silas e Murdock ensinaram não chega ao povo, pois muitos que o possuem usam isso para enriquecer seus currículos e para barganhar cargos e posições dentro de suas instituições religiosas.
Com isso, temos uma teologia esfacelada, sem uma direção concreta. Cada instituição defende e prega sua própria teologia.
“Uma teologia que não projeta a vida, para nada serve”.
É preciso rever nossa realidade urgentemente. Não podemos mais ter pregadores ultrapassando os limites da realidade.
“Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de quem não ouviram? e como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? como está escrito: Quão formosos os pés dos que anunciam o evangelho de paz; dos que trazem alegres novas de boas coisas. Mas nem todos têm obedecido ao evangelho; pois Isaías diz: Senhor, quem creu na nossa pregação? De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus.” – Romanos 10:14-17
A Palavra está à nossa disposição, para ser tomada a sério, para se fazer valer, pronta para nos afligir o mais pesadamente possível, e para nos dar a liberdade no mais alto grau; ela está à nossa disposição para ser ouvida e falada.
A Palavra de Deus deve ser pregada com o intuito de levar o ser humano a se arrepender dos seus pecados e vir a se converter a Deus e confessar, com sua boca, a salvação em Cristo.
Como pode um pregador, em uma pregação num programa de tv, onde a Bíblia fica em segundo plano em cima de uma mesa, e o pregador exalta seu livro ao ponto de dizer que o livro é: poderoso!?!
A pregação deve ser bíblica, deve levar o ser humano a reconhecer sua situação e confessar a Deus e crer em Sua obra. O texto de Romanos nos diz:
“E como poderão crer Nele, se Dele não tiverem ouvido? Mas como poderão ouvir sem pregadores?” – Romanos 10.12-15.
O que vimos no sábado foram homens substituindo a Palavra de Deus por pensamentos humanos, substituindo as obras de Deus por obras de homens. A pregação cristocêntrica apresenta o Senhor ressurreto perante todos os que o invocam, pois Ele (o Senhor) não é um fundador de igrejas e de novas religiões, Ele é a justiça de Deus para todos no mundo.
Então, pois, a fé vem pelo ouvir, e o ouvir do Evangelho, que é a revelação de Deus para os seres humanos.
Será que esses homens não temem a Deus? Por que deixam de lado a pregação cristocêntrica para transformar a pregação num discurso de auto-ajuda?
Infelizmente, a Igreja tem o “dom especial” de promover as pessoas, transformando-as prontamente em líderes todo o indivíduo que pareça perceber uma pouco mais que alguns outros. Sendo assim, é comum observar que a mensagem central da igreja se fundamenta no interesse mútuo de levar algum tipo de vantagens. É o evangelho intencional, com ideias já pré-formadas de que algo será alcançado.
Muitos já não conseguem mais servir a Deus pelo Seu amor, por Sua misericórdia ou por Sua Graça. Hoje, para muitos, tudo no contexto religioso há uma primeira, segunda e demais intenções.
A igreja é fonte de auto-promoção, de quem fala e também de quem ouve. Por isso, a palavra prosperidade é a grande evidência, pois no sistema capitalista ter e possuir ultrapassam os limites do ser.
Este é o centro da mensagem de Silas e seu amigo americano. A ênfase no título de doutor de Murdock é para impor sobre um público formado na sua maioria de ignorantes e mal-informados teologicamente, uma forma de dizer: “ele sabe mais do que eu”.
Com isso, a igreja vai perdendo a sua essência, pois a igreja invisível perde espaço para o contexto visível, palpável do capitalismo, que exige uma espiritualidade também palpável. Por que experimentar o melhor de Deus no céu, se eu posso ter tudo aqui e agora?
A teologia da prosperidade produz em quem prega e em quem ouve um desequilíbrio na alma, despertando os desejos mais profundos no ser humano. Não é de hoje que somos vulneráveis a querer todo o conhecimento e todas as riquezas da terra.
É preciso dizer que Silas e Murdock são homens audaciosos. A teologia que pregam foi previamente calculada, fundamentada em uma ciência que vai fundo na Gênesis do ser humano. Somos seres desejosos, e temos nossas fraquezas na relação espiritualidade e desejos deste mundo.
Silas é psicólogo, um profundo conhecedor da natureza humana, e tem usado esse conhecimento científico para aplicar a teologia da prosperidade de uma forma a não permitir que o que ouve se defenda de tão grande mal. Tudo tem um script, um método. É possível perceber nos pormenores, no dicurso de Murdock, técnicas de neurolinguística, com afirmações referidas em diversas repetições, e tudo isso firmado em textos isolados da Bíblia e orações.
É uma forma de transe muito bem calculado e planejado para alcançar  os seus alvos. As considerações pelas coisas da vida terrena, especialmente as vantagens, os prestígios e os prazeres que as riquezas podem proporcionar têm roubado a muitos prováveis discípulos as riquezas verdadeiras e permanentes.
Eclesiastes 6.7 nos diz: “Todo o trabalho do homem é para a sua boca, e contudo nunca se satisfaz o seu espírito”. E em Lucas 4.6 vemos: “E disse-lhe o diabo: Dar-te-ei a ti todo este poder e a sua glória; porque a mim me foi entregue, e dou-o a quem quero”.
É preciso ter consciência de que a teologia da prosperidade se fundamenta em forças que o ser humano não pode vencer por si só, a não ser que esteja respaldado pela direção e capacitação da Palavra de Deus, pois as riquezas e os prazeres da terra têm suas armadilhas para a alma e o espírito. É muito difícil manter um padrão de humanização diante das tentações do luxo e das riquezas, pois luxo e cristianismo são palavras antônimas, pois as riquezas sufocam o ser humano, produzindo vaidade e cobiça, levando a todos que enveredam por esses caminhos a perderem a visão do seu próximo e de toda a criação.
Teologia da Semente
Estou exagerando? Analise a história da humanidade e veja o que as grandes potências mundiais fizeram ao mundo e aos seres humanos em nome da conquista de riquezas e poder.
Infelizmente, pentecostais e neopentecostais utilizam, para justificar sua teologia da semente, o texto de 2 Coríntios capítulo 9, principalmente o versículo 10. Temos a impressão de que querem justificar que o Apóstolo Paulo seja o criador da teologia da prosperidade.
Isso não é verdade. J. Becker, em sua obra “Apóstolo Paulo – Vida, Obra e Teologia” destaca que a teologia central do Apóstolo Paulo é a teologia da cruz. Utilizar-se de um texto paulino para justificar a busca por riquezas é uma grande vergonha, pois a doutrina dos verdadeiros apóstolos de Cristo se fundamenta na cruz de Cristo, que veio salvar o perdido e veio trazer vida eterna.
Há muita confusão na interpretação desses textos. Muitos são os exegetas que se dedicam ao estudo do texto bíblico no sentido de trazer orientação para o caminho cristão. É preciso destacar que no capítulo 9 as orientações de Paulo têm como tema central: a coleta de benefícios  para os santos e pobres de Jerusalém.
Paulo trata das questões de coletas e doações em diversos textos em suas cartas. Porém, sempre dando sentido para o assunto. Isso está descrito de forma bem clara em 1 Coríntios 16.1-2. O capítulo 9 de 2 Coríntios é considerado por muitos estudiosos como continuidade do capítulo 8, pois enquanto no capítulo 8 o apóstolo descreve a situação enfrentada pelos irmãos em Jerusalém, também fundamenta a ação da coleta pelo exemplo dado pelos macedônios.
No capítulo 9, Paulo descreve toda a espiritualidade do ato de envia ajuda aos irmãos de Jerusalém. É preciso deixar claro que tanto no capítulo 8 como no capítulo 9 o fundamento é enviar ofertas para os pobres de Jerusalém.
Para entendermos melhor o contexto do capítulo 9, é preciso entendermos o 8, pois Deus é galardoa dor daqueles que contribuem com liberalidade. Porém é preciso entender que o ensino aqui descrito é que o dar é uma obra espiritual, que leva os beneficiados a louvar a Deus. Ou seja, não devemos esquecer os que sofrem, e por isso nossas esmolas faz-nos exercer a piedade prática no sentido de aliviar as necessidades físicas e espirituais dos pobres, dos órfãos, das viúvas e dos demais que sofrem.
A pergunta é: por que Paulo dá tamanha importância a essa oferta? A resposta é: havia grande aflição em Jerusalém, pelas perseguições contra a igreja e os crentes.
Atente a isso agora: o texto central utilizado pelos pregadores da prosperidade é 2 Coríntios 9.6, com a intenção de levar a muitos a substituir as sementes (as ações de misericórdia e amor) por dinheiro. Porém, o texto de 2 Coríntios 9.6 em momento algum se refere ao semear dinheiro, com o intuito de adquirir bens materiais. O texto se fundamenta em Gálatas 6.7-8: “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna.”
Paulo descreve que tudo o que fazemos (plantamos), seja bom ou ruim, é visto por Deus, e isso resultará em consequências. Em momento algum Paulo descreve a questão de dinheiro, de enriquecimento. Essa referência ao texto de Gálatas é o reforço de Paulo em justificar os atos de bondade dos seres humanos para com os que sofrem. Na teologia da cruz de Paulo, o Cristo é representado em prol dos que sofrem. O ato de ofertar na coleta dos santos e pobres é um ato de bondade, que espelha o ato de Cristo para com o mundo.
Ou seja, aquele que semeia “pouca” bondade, pouca bondade também colherá.
Quando o texto diz que é Deus quem dá a semente, essa semente é o exemplo de Cristo, que se deu pelo mundo para exemplo de todos nós. Pois, se vamos referir às cartas paulinas, principalmente as cartas aos Coríntios, é preciso dizer que o texto central desses dois livros se fundamenta em 1 Coríntios 13, onde o apóstolo coloca claramente que a obra de Cristo tem sua essência no amor ao próximo.
Com isso, o ato de ofertar é um ato de bondade, de amor, e não um ato de ganância da riqueza desenfreada que expõe o ser humano como um escravo do mundo material.
O ato de reconhecer a necessidade do meu próximo faz de mim um praticante da vontade de Deus.
Nada, nada a ver com a teologia apresentada por Malafaia, Murdock, Cerullo, Estevan Hernandes, R. R. Soares, Renê Terra Nova, Valdemiro Santiago, entre outros.
Para terminar, vejamos 2 Coríntios 9.9: “conforme está escrito: espalhou, deu aos pobres; a sua justiça permanece para sempre”.
Meu Deus, quanto engano na boc a desses homens! E isso seria facilmente resolvido se o povo tivesse acesso ao conhecimento desprovido do mercantilismo comercial de muitas igrejas.
Onde estão os teólogos deste país? O que estão fazendo com o conhecimento adquirido na Academia? Onde estão os profetas, que anunciam as verdades de Deus diante do mundo, sem temer as ameaças?
Para que homens como Malafaia, Murdock e outros sejam combatidos com a verdade do Evangelho é preciso que muitos voltem a pregar o Evangelho cristocêntrico, que revela a cruz de Cristo.
Que sejamos semeadores do amor, da justiça, da paz. E as demais coisas nos serão acrescentadas.
A DEUS, TODA A GLÓRIA
Paulo Siqueira
Por Tiago Chagas, para o Gospel+

Calvinismo missional


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Memorial da 1ª Ceia do Senhor realizada no Brasil, em 21 de março de 1557.

Por Wilson Porte Jr.

Recentemente, meu amigo Renato Vargens escreveu um texto refletindo sobre uma afirmação muito comum entre os cristãos. A afirmação é:
Calvinista não evangeliza! 
Será? Não evangeliza mesmo? Permita-me levantar algumas questões:

Quando começou o trabalho missionário no Brasil, você sabe? 
Sabe quem enviou os primeiros missionários para cá? 
Sabe quem enviou os primeiros missionários para as Américas? 
Sabe quem foram os primeiros mártires evangélicos que morreram por causa de sua fé no Brasil? 

Pois bem, este pequeno artigo visa responder essas perguntas além de mostrar que a grande maioria dos cristãos de hoje comentem um erro grave ao afirmarem que calvinistas não fazem missões.

Mapa do território chamado pelos
índios de 
Guanabara e pelos
portugueses de 
Rio e Janeiro
No final de 1555, apenas 55 anos após o "descobrimento" do Brasil, chegaram os primeiros protestantes na América. E eles vieram para o Brasil, mais especificamente, para o Rio de Janeiro. Uma expedição de franceses, comandada por Nicolas Durand de Villegaignon (1510-1571), veio ao Brasil para fundar aquilo que chamaram de "França Antártica". Essa foi uma tentativa francesa de estabelecer uma colônia no Brasil.

Logo após chegarem aqui, Villegaignon escreveu uma carta à Igreja Reformada em Genebra (e para seu pastor, João Calvino) pedindo que enviassem um grupo de evangélicos para o Brasil. Com isso, Villegaignon desejava elevar a moral e a vida espiritual na novel colônia francesa.

Em 1557, João Calvino e a Igreja Reformada de Genebra enviaram um grupo de evangélicos para viver pregar o Evangelho aos franceses que aqui já estavam e aos índios tupinambas que naquela região moravam. 

O grupo de 14 pessoas deixou a cidade de Genebra no dia 16 de setembro de 1556. Todos participavam da Igreja Reformada de Genebra que tinha como seu pastor João Calvino. A estes 14 se unirem muitos outros que formaram uma frota com 3 navios, com quase 300 pessoas, que saíram do porto de Honfleur, na Normandia, no dia 19 de novembro de 1556. 

Publicação original de Jean de Léry
História de uma viagem à Terra do Brasil
Eles chegaram no Brasil em 7 de março de 1557. Os líderes da equipe de evangélicos foram os pastores Pierre Richier e Guillaume Chartier. Além deles, veio também Jean de Léry, um sapateiro que, mais tarde, estudaria no seminário de Genebra (conhecido como Academia de Genebra), aos pés de Calvino, e que escreveria o livro História de uma Viagem à Terra do Brasil (1578), no qual conta sobre esta viagem missionária que fizeram ao Brasil.

Portanto, o trabalho missionário no Brasil (e nas Américas) começou oficialmente no ano de 1557. João Calvino foi quem enviou os primeiros missionários. Todos os missionários enviados eram reformados (o que, futuramente, ficou conhecido como calvinistas). Alguns deles acabaram morrendo aqui, por causa de sua fé. Isso fez com que se tornassem os primeiros mártires cristãos nas Américas.

Além disso, é interessante ressaltar que foram estes missionários que celebraram o primeiro culto evangélico das Américas, e isso, em terras brasileiras! Foi no dia 10 de março de 1557. Neste culto, foi cantando o Salmo 5, hino do Saltério Huguenote, e pregado o Salmo 27.4. No dia 21 de março do mesmo ano, foi celebrada a primeira Ceia do Senhor no Brasil.

Todavia, por causa da pressão que os católicos romanos, sobretudo os jesuítas, fizeram sobre Villegaignon, estes missionários, além daqueles outros crentes que vieram na primeira viagem em 1555 com Villegaignon, tiveram que tomar um navio e voltar pra Europa. Isso tudo por causa da influência de Jean Cointac, ex-dominicano, sobre Villegaignon. O conflito girou em torno da ceia do senhor, do batismo, e de alguns pontos relacionados à salvação. Por causa disso, as pregações foram proibidas na colônia, a celebração da ceia e os cultos de oração banidos, até que, por fim, todos foram expulsos.

Ao saberem que um navio passava por ali com destino à França, todos os evangélicos decidiram embarcar e voltar para a Europa. Embarcaram no dia 4 de janeiro de 1558. Quando já estavam entrando em alto mar, o navio em que estavam ameaçou afundar. Isso fez com que cinco dos tripulantes pulassem no mar e voltassem nadando para a Baía de Guanabara. Ao chegarem lá, todos foram presos. Villegaignon os forçou a responderem algumas perguntas nas quais eles declaravam em que criam. Essa era uma armadilha. Através desse documento, os cinco seriam condenados por agirem de modo contrário à religião da colônia.

Em 1558, Jean du Bordel, Matthieu Verneuil, Pierre Bourdon, André Lafon e Jacques le Balleur (os cinco calvinistas que voltaram à nado para o Brasil), foram condenados à morte e o belíssimo documento que escreveram em menos de 12 horas, ficou conhecido como a "Confissão de Fé da Guanabara". Esta foi a primeira confissão de fé escrita nas Américas. E essa confissão acabou custando a vida daqueles que a escreveram.

Ao lerem o documento, as autoridades da colônia os considerou heréticos decidindo pela morte dos reformadores evangélicos. Os três primeiros a serem mortos foram Jean, Matthieu e Pierre, no dia 9 de fevereiro de 1558. Os três foram estrangulados e lançados ao mar.

Como o único alfaiate que havia naquela região da colônia era André Lafon, sua vida foi poupada. 

Jacques le Balleur acabou conseguindo fugir para a cidade de São Vicente, no estado de São Paulo. Mas, acabou sendo preso no ano seguinte ao ser visto pregando suas convicções e foi levado para Salvador onde ficou preso durante oito anos, até 1567. Alguns historiadores afirmam que, neste ano, os Padres José de Anchieta e Manuel da Nóbrega convenceram o governador-geral do Brasil, Mem de Sá, a condenar à morte le Balleur por causa de heresias protestantes. Assim fazendo, Mem de Sá o enviou ao Rio de Janeiro para ser executado.

Segundo alguns historiadores, a execução de Jacques le Balleur teria sido por enforcamento, mas algo interessante aconteceu no ato da execução. Dizem esses registros históricos que, ao ser levado para execução, o carrasco responsável não conseguiu realizar a consumação da pena de morte. Alguns afirmam que o carrasco teria se recusado a executá-lo. Foi então que o Pe. José de Anchieta teria auxiliado o carrasco, estrangulando Jacques com suas próprias mãos. Alguns historiadores católicos e biógrafos de Anchieta, afirmam que a história talvez não tenha sido bem assim. Muitos afirmam que foi este fato que contribuiu para o retardamento da beatificação de José de Anchieta.

Estes, então, ficaram conhecidos como os mártires calvinistas do Brasil. Portanto, foi na França Antártica que o primeiro esforço missionário aconteceu para a criação de uma igreja evangélica na América Latina.

Nunca nos esqueçamos, portanto, que afirmar que o calvinismo ou os reformados não evangelizam é um erro grave. Não há base histórica muito menos documental para isso. Trata-se apenas de falácias criadas por quem não conhece a história. 

Que houve um grupo com nome parecido, os hiper-calvinistas, que eram contrários a evangelização, isso houve. Mas, os calvinistas de verdade nada têm a ver com esse movimento quase herético conhecido como hiper-calvinismo, no qual somos todos como robôs ou marionetes nas mãos de alguém. 

No hiper-calvinismo não há evangelismo nem missões.

O Calvinismo, desde seu início, foi regado com muita oração, evangelismo e esforço missionário. E a história dos 4 mártires calvinistas do Brasil são uma prova disso.

Jay Bauman
Ainda hoje, alguns grupos reformados estão na dianteira da evangelização no mundo. O ministério Atos 29, presido pelo pastor reformado Matt Chandler, é um exemplo disso. A Atos 29 está, inclusive, no Brasil (http://www.atos29brasil.com), plantando igrejas. Seu líder aqui no Brasil é o missionário Jay Bauman (@baumanjay), homem de Deus com coração missionário e excelente testemunho por parte de todos que lhe conhecem.

Que o exemplo destes primeiros missionários nos incentive a nunca deixarmos a obra missionária que ainda está incompleta no Brasil. Ainda há muito o que fazer, muito onde pregar, muito onde anunciar as grandezas de Deus e a mensagem do Evangelho. Que o esforço desses primeiros irmãos em terras brasileiras não tenha sido em vão. Que ele produza em nós paixão também, e dedicação completa para levar a mensagem de salvação a muitos que, ainda hoje, estão perdido.

Louvado seja Deus pela visão daqueles irmãos do século 16.

***
Alguns textos para aprofundar sua pesquisa:

REIS, Álvaro. O martyr Le Balleur. Rio de Janeiro, s/ed, 1917. 
FERREIRA, Franklin. A presença dos reformados franceses no Brasil colonial, (clique no título para abrir o texto).
MATOS, Alderi de Souza. "A França Antártica e a Confissão de Fé da Guanabara". (clique no título para abrir o texto).
VIOTTI, H.A. Textos Históricos. Rio de Janeiro: Loyola, 1989.

Fonte: Blog do autor

Cristãos da China estão usando a internet para a evangelização


Apesar da censura e da perseguição do governo, microblogs são ferramentas eficazes
por Jarbas Aragão

Cristãos da China estão usando a internet para a evangelizaçãoCristãos da China estão usando a internet para a evangelização

Os cristãos chineses estão compartilhando sua fé abertamente no Sina Weibo, uma rede social semelhante ao Twitter, que é controlada pelo governo da China. Muitos estão começando a desafiar a censura e falam sobre a perseguição religiosa.
Recentemente, uma banda cristã se apresentou em um programa de talentos da TV chinesa, o “Chinese Dream”, vários cristãos usaram as redes sociais para pedir votos para a banda. De acordo com a mídia chinesa, dentro de poucos dias, milhares de votos dessa campanha ajudaram a manter o grupo entre os líderes por sete semanas.
O governo chinês controla a internet do país e proíbe o acesso a redes sociais ocidentais comoFacebook e Twitter. No lugar delas existem os weibos (microblogs). Desde que foi criado, em 2009, a empresa líder do segmento, Sina Weibo , já atraiu mais de 400 milhões de usuários, e esse número está aumentando. O que dificulta o monitoramento de todas as mensagens postadas todos os dias.
Segundo o Centro de Informação sobre a Internet da China, cerca de 40% da população do país tem acesso à Internet. Para efeitos de comparação, há mais usuários dos microblogs em solo chinês que as populações da Argentina, Uruguai, Brasil, Paraguai, Bolívia e Venezuela somadas. O fato de os chineses cristãos começarem a compartilhar sua fé no weibo é digno de nota e sabe-se que essas mensagens estão atingindo um grande público.
De acordo com um site cristão da China, um dos principais blogueiros da fé é Shiy Pan, um bilionário do ramo imobiliário que frequentemente compartilha “orações aos domingos” com seus mais de seis milhões de seguidores.
Para as igrejas cristãs, a internet tornou-se a nova fronteira do movimento de expansão da fé cristã na China. Mas não é apenas para evangelização. Os cristãos daquele país estão fazendo campanhas de oração e até mesmo discutindo a falta de liberdade religiosa, um assunto proibido.
Curiosamente, a limitação das postagens dos weibo são os mesmos 140 caracteres que os ocidentais. Mas por causa da peculiaridade da línguas chinesa, 140 caracteres são equivalentes a 70 ou 80 palavras em português. Isso é suficientes para iniciar um debate ou dar um breve testemunho. Eles também podem anexar fotos e vídeos. Um prova dessa ousadia crescente entre a comunidade cristã chinesa surgiu em agosto do ano passado, quando foi postada uma foto mostrando um jovem segurando um cartaz com a mensagem do Evangelho em uma praça pública. Apesar de o governo não permitir isso, a imagem foi repassada milhares de vezes pelos usuários. Logo, surgiram outras do gênero.
Uma foto de uma menina segurando um cartaz amarelo com uma cruz e a frase “Creia em Jesus e receba a vida eterna” também fez grade sucesso. Ela estava num praça pública em Shenzhen, enquanto seus pais compartilharam sua fé com os transeuntes. De acordo com o jornal Gospel Times, 20 pessoas aceitaram entregar suas vidas a Jesus naquele dia. O pai da menina, posteriormente agradeceu a comunidade cristã online para encorajamento, dizendo: “[Vocês] me deram muita força. Que o evangelho se fortaleça na China e salve esse país e essas pessoas do pecado. Que Deus receba todo o louvor e glória”.
De acordo com agências cristãs que trabalham na China, o país tem apenas 14 milhões de fieis ‘registrados’ (incluindo católicos e evangélicos), cujas igrejas estão sob o controle do Estado oficialmente comunista e ateu. No entanto, calcula-se que quase cinco vezes esse número são de cristãos não registradas, e, portanto, ilegais, que se reúnem em igrejas domésticas.
O governo chinês conhece bem o poder das mídias sociais e sabe do papel de destaque que elas tiveram durante a chamada “Primavera Árabe”, que mudou a história de várias nações.  Talvez por isso, optou por uma censura seletiva.  Segundo o site cristão Greatfire.org , as autoridades já bloquearam 1.700 termos de pesquisa no weibo, incluindo expressões religiosas, como “Dalai Lama”  e “Falun Gong” (uma seita oriental). Mas é impossível acompanhar todas as discussões. O grupo religioso Fórum 18, com sede na Noruega, revela, inclusive, que  assuntos como a prisão do pastor iranianoYousef Nadarkhani, foram extensamente comentados.
Segundo jornal britânico Daily Telegraph,  metade dos usuários de Internet da China têm menos de 25 anos e passam cerca de 16,5 horas online por semana. A rede também seria um “substituto” dos irmãos e irmãs negado a eles pela política chinesa de que casa família só pode ter um filho.
Outro aspecto destacado pelo Forum 18 são iniciativas como a de Martin Johnson, um ativista que lançou seu próprio site de microblog chamado Freeweibo.com, que não se submete à censura do governo, por estar hospedado fora de solo chinês. Mesmo as autoridades tendo se esforçado para bloquear o acesso, cada vez mais usuários tem usados atalhos tecnológicos para usando conexões de internet que podem ser reencaminhadas internacionalmente.
Segundo relatos dos EUA, a China agora tem 63,5 milhões de usuários do Facebook e mais  de 35 milhões no Twitter, apesar de serem proibidos pelo governo. Contudo, o Fórum 18 acredita que os weibo poderão ajudar a “promover a liberdade religiosa na China” e  mudar sua realidade espiritual em um curto espaço de tempo. Traduzido de Compass Direct News.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

John Piper prega seu último sermão criticando teologia da prosperidade


Após 32 anos de ministério, pastor se dedicará à literatura
por Jarbas Aragão

John Piper prega seu último sermão criticando teologia da prosperidadeJohn Piper prega seu último sermão criticando teologia da prosperidade

O conhecido pastor e escritor John Piper pregou seu último sermão como pastor da Igreja Batista Bethlehem em Minneapolis na virada do ano. Após mais de 30 anos de ministério pastoral, ele irá se dedicar apenas à literatura.
Em 30 de dezembro Piper, 66 anos, subiu ao púlpito para pregar a mensagem “Entristecidos, mas sempre alegres”, que marcou sua despedida da igreja que pastoreou por toda sua vida ministerial. Ele será substituído como pastor presidente por Jason Meyer, 36 anos, e afirmou que continuará eventualmente pregando quando for convidado.
A decisão de se aposentar do púlpito da igreja foi sua. Ele deixará a Igreja Batista Bethlehem com cerca de 5 mil membros. Em 2010, numa pesquisa da LifeWay, Piper ficou entre os 10 mais pregadores influentes, ao lado de Billy Graham, Rick Warren e Max Lucado.
Ele afirma que ainda tem paixão suficiente para escrever livros, pregar e percorrer o país com o seu ministério Desiring God, mas deixa a igreja por entender que seu tempo ali acabou. “Eu tenho… uma quantidade limitada de energia. Quero usá-la para ler, escrever e pregar, mas não desejo mais ficar tanto tempo em reuniões e coisas assim”, disse o pastor ao jornal Star Tribune.
“Eu não acho que [aposentaria] é uma palavra bíblica”, disse ele ao jornal. “Sem querer ofender as pessoas que decidiram fazê-lo. Sinto o prazer de Deus quando prego. Sinto-me realmente vivo.”
Mas deixou claro em sua última mensagem como pastor que condena os pregadores da teologia da prosperidade e as pessoas que são atraídas por uma fé que não é o cristianismo bíblico.
“Se você atrai as pessoas prometendo riquezas… facilidades, saúde, pulos, alegria, brincadeiras, adoração superficial…   poderá ter uma    igreja enorme. Mas Cristo não será visto na sua glória plena e a vida cristã não será visto como o caminho para Calvário que ela realmente é”, ressaltou.
Embora essa não tenha sido sua “mensagem final”, o pastor Piper ressaltou que era sua última mensagem como líder daquela congregação, que não deveria esquecer que “o mundo precisa da igreja…. da nossa alegria, indomável e invencível mesmo no meio do sofrimento e da tristeza.” .
“Claro, o mundo tem necessidade de ver os cristãos felizes, mas que essa felicidade tem que ser gerada em Cristo, forjada na dor.  Caso contrário, o que oferecemos a eles não será nada diferente do que  eles já têm. Todos sabem como ser feliz quando está tudo bem…  Eles não precisam ver a religião como uma antiga forma de autoajuda… Eles precisam da grandeza e da grandeza de Deus sobre suas vidas… Muitos pastores de hoje tentam atrair as pessoas para Jesus falando de casas, carros e roupas luxuosas… Você nunca deveria atrair alguém prometendo isso, porque eles não estão vindo para Jesus. Eles estão buscando algo material e o verão como alguém que pode oferecer isso…   Ter Cristo é melhor que toda a riqueza,  prosperidade e saúde que existe do mundo. Se Cristo é real para nós, será mais precioso que saúde, dinheiro, e a própria vida… Se não for assim, então o cristianismo não serve para você!”, ressaltou ele ao dissertar sobre o texto de 2 Coríntios 6.
Suas dezenas de livros já foram traduzidos em diferentes línguas e sua solidez teológica e integridade fazem dele um dos mais influentes pastores da atualidade. Ele, a esposa Noel, e sua filha de 17 anos, Talitha, a mais jovem dos seus cinco filhos, irão morar no Tennessee, onde ele de dedicará somente à escrita. Com informações de Christian Post e Charisma News.

Missionários brasileiros no cárcere


A rotina dos pastores evangélicos responsáveis por projeto social no Senegal presos há dois meses acusados de aliciar menores

Laura Daudén
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Em 22 anos de trabalho missionário na África, o pastor presbiteriano José Dílson da Silva nunca havia passado por nada parecido. Nem mesmo durante a guerra civil de Guiné Bissau, onde viveu por 15 anos com a mulher e os três filhos, ele imaginou que sua atividade poderia lhe trazer tantos riscos: ele e a missionária Zeneide Moreira estão presos há dois meses na cidade senegalesa de Thiès, a 70 quilômetros da capital Dakar, acusados de formação de quadrilha, aliciamento e tráfico de menores. Os religiosos são responsáveis pelo projeto Obadias, financiado pela Agência Presbiteriana de Missões Transculturais, que dá abrigo, comida e ensino a 17 crianças e jovens de rua, muitos deles oriundos de escolas corânicas – os chamados talibês, estudantes islâmicos que são forçados por seus professores a mendigar nas ruas.
A grave acusação que recai sobre José Dílson e Zeneide partiu de Abdou Fall, pai de um dos meninos acolhidos, e sua versão foi reproduzida por meios de comunicação senegaleses. “Pastor brasileiro convertia crianças ao cristianismo”, dizia o título de uma matéria publicada na primeira página do tabloide “Le Populaire”, que qualificava a dupla como “diabólica”. O artigo, logo rebatido por um editorial no jornal “Sud Quotidien”, indicava que os brasileiros se encontram em meio a um delicado debate sobre o papel das missões cristãs em países majoritariamente muçulmanos. A prisão de José e Zeneide é tão impensável quanto “deter um ímã que prega às sextas-feiras para atrair o máximo de incrédulos às mesquitas”, diz o texto do “Sud”. No Senegal, 92% da população se declara sunita.
“Nós não queremos de maneira nenhuma desrespeitar a soberania dos lugares onde atuamos, mas, no momento, dependemos da leitura da pessoa que conduz o caso”, afirmou o reverendo Marcos Agripino, porta-voz da APTM. Essa pessoa é o juiz de instrução, que agora deve fazer uma sindicância para apurar os fatos. Ele deve colher o depoimento das crianças do projeto – que não foi interrompido – e averiguar as possíveis irregularidades.
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Segundo a assessoria de imprensa do Itamaraty, em 2011, quando o abrigo começou a ser construído na cidade de Mbour, José Dílson da Silva contratou um escritório de advocacia que deveria conseguir autorizações para a permanência dos internos junto ao juizado de menores. Acontece que o responsável por esse processo não era advogado e tampouco legalizou a situação das crianças atendidas pelo projeto. Agora, essa infração pode pesar contra os brasileiros. A investigação que determinará o futuro do caso pode levar até seis meses para ser concluída.
Enquanto aguardam, Silva e Zeneide tentam se acostumar à rotina na prisão de Thiès: cela compartilhada com 30 pessoas, sem janelas e espaço, passeios no pátio durante o dia, rápidas visitas de familiares e amigos duas vezes por semana e consultas regulares com dois médicos e um psicólogo. A saúde do pastor é a que requer mais cuidado. Ele é diabético, está fraco, com um dente quebrado e uma inflamação no ouvido. Segundo Agripino, o diretor do presídio se sensibilizou com a situação e permitiu que o religioso recebesse refeições preparadas por colegas missionários. Ele e Zeneide também foram autorizados a jantar com amigos e familiares no Natal e no Ano-Novo. “Foi muito melhor do que ver os fogos de artifício”, disse Jônatas da Silva, 21 anos, filho de Silva, em uma mensagem aos colegas da igreja. Segundo o pastor Josué Oliveira, da Igreja Presbiteriana Betânia de Niterói, de onde vem a família Silva, o missionário está empenhado em mudar as condições da cadeia. Prontificou-se a melhorar as condições de higiene da carceragem e mobilizou os presidiários para questões de saúde.
“O estado deles é muito bom, dentro das dificuldades”, afirmou Maria Elisa Teófilo de Luna, embaixadora do Brasil no Senegal. Ela diz que vem fazendo gestões para garantir que o processo ocorra da maneira mais rápida e justa possível. Uma comitiva formada pelo senador Magno Malta (PR-ES) e pelos deputados federais Ronaldo Fonseca (PR-DF) e Paulo Freire da Costa (PR-SP) também esteve no país no início de dezembro para cobrar agilidade da Justiça senegalesa e segurança para o trabalho missionário – uma questão que será cada vez mais preponderante para o Brasil. Segundo Todd Johnson, diretor do Centro de Estudos do Cristianismo da Universidade Gordon-Cowell, nos Estados Unidos, as igrejas do País estão cada vez mais conscientes do papel das missões. Um levantamento do Centro aponta que há mais de 34 mil missionários brasileiros no mundo – um número inferior somente ao de americanos, estimado em 127 mil. 
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Fonte:istoe

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