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sábado, 19 de maio de 2012

Sem vergonha


RENAS (Rede Evangélica Nacional de Ação Social) vai mobilizar hoje, dia 18, gente de 12 cidades de todas as regiões do país para chamar a atenção da população contra a violação dos direitos das crianças e adolescentes. Hoje, Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, serão realizadas diversas atividades de combate à exploração sexual de crianças em: Recife (PE), Fortaleza (CE), Natal (RN), Salvador (BA), João Pessoa (PB), Curitiba, Porto Alegre (RS), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Manaus (AM) e Cuiabá (MT). Entre as ações, estão passeatas, panfletagens, teatro, fóruns de discussão e a Campanha de Vacinação pelos Bons Tratos de Crianças.
As mobilizações fazem parte de uma campanha maior da RENAS chamada “Bola na Rede” que tem como objetivo formar um movimento contra a exploração sexual de crianças e adolescentes no turismo por ocasião da Copa do Mundo de Futebol que vai acontecer no Brasil.
RealidadeA realidade da exploração sexual de crianças ainda causa dor e vergonha. Apenas nos primeiros quatro meses de 2012, o módulo Criança e Adolescente do Disque 100 registrou um aumento de 71% das denúncias de violação de direitos humanos contra menores em relação ao mesmo período do ano passado. Oito em cada dez vítimas são meninas. De janeiro a março deste ano, foram registradas 4.205 denúncias de violência sexual. No ano passado, foram mais de 12 mil registros. De acordo com a Secretaria de Direitos Humanos, a média diária de denúncias aumentou de 84, em 2010, para 103 nos três primeiros meses de 2011.

O Governo Federal irá divulgar hoje o Mapeamento de Pontos Vulneráveis à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes nas Rodovias Federais Brasileiras, feito pela Polícia Rodoviária Federal (PRF).

“Um dos maiores desafios é o impacto das grandes obras na questão da exploração sexual de crianças e adolescentes. Temos um conjunto de obras, que inclui siderúrgicas, hidrelétricas, as obras do PAC [Programa de Aceleração do Crescimento], além da questão dos megaeventos, que causam impacto direto na vulnerabilidade de crianças e adolescentes”, disse a socióloga e consultora da Agência Nacional dos Direitos da Infância (Andi), Graça Gadelha.
Um relatório sobre violações de direitos humanos nas obras das usinas hidrelétricas de Santo Antonio e Jirau (RO), publicado pela Plataforma Brasileira de Direitos Humanos, Econômicos, Sociais, Culturais e Ambientais (Dhesca Brasil) no ano passado, mostrou que o número de homicídios dolosos cresceu 44% em Porto Velho entre 2008 e 2010.
Além disso, a quantidade de crianças e adolescentes que foram vítimas de abuso ou exploração sexual aumentou 18%. O relatório também mostra que o número de estupros cresceu 208% em Porto Velho entre 2007 e 2010. Segundo o documento, a explosão populacional foi um dos principais fatores que provocaram o aumento dos índices de violência.
Dia 18 de maioO Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes foi instituído por lei federal, em alusão a 18 de maio de 1973, quando a menina Araceli, de apenas 8 anos, foi raptada, drogada, estuprada, morta e carbonizada por jovens da classe média alta de Vitória (ES). Apesar de sua natureza hedionda, o crime prescreveu e os assassinos ficaram impunes.
Atividades
Leia abaixo as atividades da RENAS planejadas para hoje contra a exploração sexual de crianças e adolescentes:
Cidade: Recife (PE) 
Ações: Caminhada lúdica e concentração em conjunto com a Rede Estadual de Combate a Exploração. Adesivagem de carros, palestras em escolas públicas mobilizando para a passeata, vacinação, ações de rua: teatro, oficinas.
Cidade: Fortaleza (CE)
Ações: Campanha de vacinação pelos bons tratos de crianças no Centro Social, a partir das 7h30. No dia 22, a campanha de vacinação será na Assembleia Legislativa, em ocasião de uma audiência pública sobre o assunto.
Cidade: Curitiba (PR)
Ações: Ato Público de Sensibilização da Sociedade Civil em parceria com a FAS - Fundação de Ação Social de Curitiba, CRAS e CREAS. Acontecerá na Praça Osório a partir das 15h; realização de um Flash-mob, teatro interativo , Campanha de Vacinação por Bons Tratos a Crianças e Adolescentes, com a participação de adolescentes de igrejas e organizações.
Cidade: Natal (RN)
Ações: Pela manhã, caminhada/apitaço pelas ruas do bairro Felipe Camarão. O encerramento será na praça principal do bairro com ato público e campanha de vacinação pelos bons tratos. À tarde, outra caminhada no bairro Bom Pastor, com a participação de Conselhos Tutelares da cidade.

Cidade: Porto Alegre (RS)
Ações: Marcha com o Comitê Municipal de Enfrentamento, incluindo a Campanha de Vacinação pelos Bons Tratos das Crianças.
Cidade: São Paulo (SP)
Ações: Amanhã, dia 19, será realizado um fórum organizado pela Rede Social do Centro com o tema “Cidadania e Transformação Social”, além de outras ações como: teatro e manifestações artísticas com crianças e adolescentes.
Cidade: Rio de Janeiro (RJ) 
Ações: Em maio, capacitação de crianças e adolescentes em escolas públicas e comunidades carentes, com oficinas lúdicas; futevôlei na praia com panfletagem. Amanhã, dia 19, vamos realizar uma oficina sobre o tema de Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes com 700 pais da escola pública de Barra de Guaratiba, RJ; realização de uma peça teatral com a campanha de vacinação pelos bons tratos.
Cidade: Manaus (AM)
Ações: Realização de uma marcha, em parceria com a Secretaria De Estado de Ação Social.
Cidade: Salvador (BA)
Ações: Realização da Campanha de Vacinação pelos Bons Tratos da Criança no seminário sobre o tema realizado no Ministério Público do Estado. À tarde (das 14h às 16h) vamos realizar uma marcha, com trio-elétrico, e a campanha de vacinação. A concentração para a manifestação será na Praça do Campo Grande em direção à Praça Castro Alves.
Cidade: Cuiabá (MT)
Ações: Banda, apresentação de dança, depoimentos, flash-mob.
Cidade: Belo Horizonte MG)
Ações: Café da manhã com envolvidos na área da ação social, participação em seminário promovido pela prefeitura. À tarde: lazer e panfletagem contra a exploração sexual de crianças e adolescentes e campanha de vacinação pelos bons tratos. 
Cidade: João Pessoa (PB)
Ações: Lançamento da Campanha em evento do Conselho Tutelar, participação na TV local, encontro com adolescentes e campanha de Vacinação pelos Bons Tratos.

Com informações da Agência Brasi

sexta-feira, 18 de maio de 2012

A MENSAGEM DA SECA

Joel 1:1-2:21
 Nos últimos dias temos lido reportagens que trazem informações sobre a seca em nosso Nordeste, tais como: “com maior seca em décadas, nordeste revive era de êxodo e fuga do campo”, “Seca arrasa plantações no sertão nordestino e faz preço de milho e feijão disparar”, Seca se agrava, e sertanejos já sofrem com falta de alimentos no Nordeste, etc. Estas matérias nos falam da situação desoladora em que a Região Nordeste está passando (vivendo) diante de uma das maiores secas das últimas décadas. O gado está morrendo, a água secando, em muitos lugares já se perderam as plantações, etc. Quando nos voltamos para as Escrutaras, podemos ver que o profeta Joel foi levantado por Deus para transmitir a sua Palavra ao povo de Israel em um momento de crise causada principalmente pela seca.Entretanto, a crise não era só econômica, mas também política e espiritual. Ao olharmos para aquele momento em que o servo de Deus pregou, devemos perguntar: o que nos ensina a mensagem do profeta Joel? A mensagem da seca nos ensina que: 1-A LAMENTÁVEL SITUAÇÃO DEVE NOS MOTIVAR A CLAMAR A DEUS ( Joel 1.14,19. O profeta foi levantado por Deus para transmitir a sua mensagem em um momento marcado pela crise causada principalmente pela seca. A situação da terra é descrita no capítulo 1 e pode ser resumida no versículo 10 e o versículo 14b, onde podemos ver: Devastação do campo; cessação do serviço religioso, crise espiritual, tristeza e desolação. Este era o cenário que traduzia a lamentável situação da terra. Além do mais a carestia, seca e praga. Diante deste quadro triste e desolador em que a nação se encontrava, muitas pessoas murmuravam, choravam, etc. Diante deste cenário triste o profeta conclama o povo a Clamar ao Senhor e promulgar um santo Jejum Jl 1:14. O profeta Joel nos ensina, que a lamentável situação deve nos motivar a clamar a Deus. Não basta reclamar, chorar, etc. Devemos clamar aquele que é poderoso para intervir e mudar o quadro ou reverter a situação. Esse deve ser o Projeto do povo de Deus. Portanto, meu irmão isto deve ser o projeto da Igreja na atualidade em que estamos vivendo em nossa região, diante da grande seca que nos desafia na atualidade castigando o nosso Nordeste. Deve ser o seu projeto em momentos de crises.
2- AS MISERICÓRDIAS DE DEUS DEVE NOS LEVAR AO ARREPENDIMENTO (Joel 2.12-19). O povo de Israel estava vivendo um momento de tristeza e dor, porque havia se afastado da Palavra de Deus e do Deus da Palavra e como consequência deixaram se levar pelo pecado. Então, agora o povo estava sendo disciplinado ou exortado pela seca permitida por Deus para falar a nação que Israel precisava se arrepender, olhar para as misericórdias do Soberano Senhor que controla todas as coisas, que não se limita as concepções humanas. Naquele momento, o profeta prega que Israel precisava voltar-se para Deus. Isto é, precisava olhar para as misericórdias de Deus, se humilhar e pedir perdão de todo coração certo que Deus é misericordioso. Hoje, quando nós paramos para olhar o Nordeste (Brasil), podemos ver a idolatria, a injustiça social, corrupção, feitiçaria, violência, prostituição infantil, o sincretismo religioso, isto é, a depravação total. Nós temos. A solução para nossa situação está em nos arrependermos dos nossos pecados, confiarmos nas misericórdias de Deus e assim seremos restaurados. É o que o homem precisa fazer em meio a depravação da nossa atualidade. O homem (nordeste,) precisa se arrepender e voltar-se para Deus. Voltar-se para Deus na certeza de que o Senhor é misericordioso e rico em perdoar, porque Deus tem bênçãos incomparáveis para aqueles que o buscam de todo coração.
3-AS PROMESSAS DE DEUS DEVE NOS ENCHER DE ESPERANÇA(Joel 2.18-32). Em Joel 2:18 o Senhor se mostra zeloso de sua terra, compadecendo-se de Seu povo e Promete Bênçãos Grandiosas. Podemos classificar estas bênçãos como sendo de ordem: material, espiritual e eterna. Deus promete ao povo normalidade na produção, dizendo:"... eis que vos envio o cereal e o vinho, e o óleo... os pastos do deserto reverdecerão, porque o arvoredo dará o seu fruto, etc. 2:19,22-26. Deus promete proteção 2:20,21,27; Estabilidade climática 2:23; fartura e alegria 2:24,26 e o derramamento do Espírito Santo 2:22-32. Diante de tais promessas, o profeta Joel desafia o povo de Israel a renovar suas esperanças. Diante de tais promessas nós também somos desafiados a nos enchermos de esperanças, e não ficarmos desanimados, murmurando, etc. Meus irmãos como alguém disse: " O que o oxigênio significa para os pulmões, a esperança para o sentido da vida". Na atualidade diante da crise, há muita gente ansiosa, desesperada, buscando um sentido para a vida nos prazeres carnais, nas drogas, nas religiões, etc. sem contudo, encontrar uma saída, porque estão pondo suas esperanças onde não há esperança. Portanto, devemos confiar nas promessas de Deus e no deus das promessas na certeza de que Ele pode mudar a nossa situação e vai mudar se nos voltarmos para Ele como Ele nos ensina em Sua Palavra “Se EU CERRAR OS CÉUS DE MODO QUE NÃO HAJA CHUVA, OU SE ORDENAR AOS GAFANHOSTOS QUE CONSUMAM A TERRA, OU SE ENVIAR A PESTE ENTRE O MEU POVO; SE O MEU POVO , QUE SE CHAMA PELO MEU NOME, SE HUMILHAR, E ORAR, E ME BUSCAR, E SE CONVERTER DOS SEUS MAUS CAMINHOS, ENTÃO, EU OUVIREI DOS CÉUS, PERDOAREI OS SEUS PECADOS E SARAREI A SUA TERRA”.(2 Cônicas 7.13,14).Desperta Nordeste! É tempo de confiarmos nas promessas de Deus e nos voltarmos para Ele. Portanto, não sei qual é o teu problema, mas eu sei que o nosso Deus não mudou, ele é imutável. Por isso podemos confiar nas suas promessas e nos encher de esperanças e ouvir o que o profeta Jeremias nos diz em Lamentações 3:21 " Quero trazer a memória o que me pode dar esperança". O que você está trazendo a memória neste momento de seca (crises)? Pare e pense? Olhe para Deus, independente das circunstâncias. Clame ao Senhor; confie nas suas misericórdias e firme a sua vida nas promessas de Deus na certeza de que há esperança para nós, para você, pois com Ele nós somos mais do que vencedores. Pr. Eli Vieira

quarta-feira, 16 de maio de 2012

SETE VISÕES DO GÊNIO CHARLES SPURGEON





Spurgeon gênio saltou de seus dons latentes realçadas pelo ministério do Espírito Santo.

1 - Sua profundidade espiritual

Ele era totalmente dependente do Espírito Santo - "Se não tem o Espírito que Jesus prometeu, não podemos executar a comissão que Jesus deu." Sua confiança simples em Deus, que lhe permitiu enfrentar as eventualidades e as tarefas de uma vida exigente foi sustentado pela oração fervorosa. "A oração tornou-se tão essencial para mim, como o ar dos meus pulmões."


2 – O Poder de sua Pregação Ele foi aclamado como "o maior pregador em uma época de grandes pregadores . Na idade de 17 anos, atraiu centenas de igrejas em Cambridgeshire. Aos 19 anos, milhares de pessoas participaram de seu ministério em Londres. Congregações foram encantados com a sua Escritura. Sua voz ele expôs em linguagem simples e memorável. Sua pregação foi acompanhado pelo trabalho pastoral e filantrópico, ele acomodava 500 crianças, foi dito ser o seu maior sermão.

3 - Sua postura intransigente

"Se um ministro não tem certeza sobre a sua mensagem, deve deixá-lo ficar quieto até que ele tenha." A Bíblia é para ser exposta, e não criticada. O Evangelho é uma mensagem a ser proclamada, e não debatida. Suas afirmações fortes deixam soltas algumas controvérsias dolorosas. Mas ele se manteve firme e se recusou a trair a sua consciência.

4 – o Talento da Leitura

Ele aprendeu a ler cedo e rapidamente. Eventualmente, ele poderia ler seis livros comuns em uma sessão, e muitos volumes substanciais em uma semana. Uma memória retentiva como um sistema de memória de um computador. Preparava sermões, palestras e livros. A Revista de Spurgeon “A Espada e a Espátula” muitas vezes continha até 50 resenhas de livros de sua caneta - prova suficiente de sua capacidade.

5 - Sua doação generosa

Grande parte do seu dinheiro pessoal foi usado para o apoio de sua faculdade, seus Homens órfãos, e outras instituições por ele fundadas. Além disso, muitas pessoas se beneficiaram de sua benevolência.

6-Sua capacidade de observação

. Seus olhos estavam abertos e os ouvidos sintonizados com as vistas e sons do mundo à sua volta.. Muitos de seus sermões são iluminados por as coisas que viu e ouviu. O ambiente rural em que ele passou parte de sua infância coloria seu pensamento e sua fala. " Ele desenvolveu o caráter de "João Lavrador", e pregou uma série de "Sermões de Fazenda. Ele também foi um árduo observador da natureza humana, agravada pela sua experiência de entrevistar futuros estudantes ministeriais. Ele foi rápido para ver a necessidade humana e igualmente pronto para fornecer ajuda prática.

7 - Sua Mundo não-conformista

Entre os seus ancestrais foram muitos os que sofreram na causa da liberdade religiosa. Seu pai e seu avô eram independentes (Congregacional) Ministros. Suas igrejas foram auto-governadas. O Inconformismo de Spurgeon o levou a criar inovações, ele rejeitou o uso do traje clerical, e se recusou a títulos eclesiásticos. Ele preferia uma plataforma em vez púlpito. Ele não era avesso a pregar em edifícios seculares. Ele publicou um sermão a cada semana do ano de 1855 até sua morte em 1892, e mesmo após sua morte foram publicados sermões inéditos de domingo a quinta-feira impresso semanalmente até 1917, até finalmente cessar durante a Primeira Guerra Mundial.

Conclusão Spurgeon gênio saltou de seus dons latentes realçados pelo ministério do Espírito Santo. Sua voz, o domínio da sua linguagem, seu estilo inimitável, sua sensibilidade, imaginação, paixão e intelecto estavam todos à disposição de seu Senhor e Salvador, podendo ser vislumbrado Através de seu Colégio, de suas crianças carentes, suas igrejas, seus sermões impressos e livros publicados ...

Tradução :Miguel silva
Fonte: A Pena Afiada

Comece o Dia em Oração

















Por Edward M. Bounds
Os homens que mais fizeram
para Deus neste mundo dobravam cedo seus joelhos. Aquele que joga fora o início
da manhã, sua oportunidade e frescor, perseguindo outras coisas ao invés de
buscar a Deus fará pobre progresso no sentido de buscá-lo o resto do dia. Se
Deus não é o primeiro em nossos pensamentos e esforços pela manhã, Ele estará em
último lugar no resto do dia. Por trás do levantar cedo e cedo orar está o
desejo ardente que nos preme no propósito de buscar a Deus. O sono profundo
pela manhã é indício de um coração em sono profundo. O coração que é tardo em
buscar a Deus pela manhã perdeu seu prazer por Deus. O coração de Davi ardia
por buscar a Deus. Ele tinha fome e sede de Deus, e por isso ele buscou a Deus
cedo, antes da luz do dia. A cama e o sono não puderam encarcerar sua alma em
sua ânsia por Deus. Cristo almejou comunhão com o Pai; e por isso levantava-se
muito antes que fosse dia, e ia ao monte orar. Os discípulos, quando
completamente despertos e envergonhados de sua indolência, sabiam onde
encontrá-lo. Nós poderíamos seguir a lista dos homens que impactaram
poderosamente o mundo para Deus, e iríamos encontrá-los buscando-o logo cedo.
Um desejo por Deus que não
quebra as cadeias do sono é algo fraco e fará muito pouco por Ele depois que tiver
satisfeito completamente a si mesmo. O desejo por Deus que mantém a distância
tanto o diabo quanto o mundo no início do dia nunca será escravizado. Não é
simplesmente o levantar que põe os homens à frente e os faz capitães nas hostes
de Deus, mas é o desejo ardente que os instiga e quebra todas as cadeias da
auto-indulgência. Mas o levantar-se traz alento, aumento, e força ao desejo. Se
eles estivessem deitados na cama agradando a si mesmos, o desejo teria se
extinguido. O desejo é o que os desperta e os faz curvar-se perante Deus, e
isto atendendo e agindo em resposta à sua fé; aproximam-se de Deus e seus
corações recebem a mais doce e completa revelação dEle; e esta força de fé e
abundância de revelação os faz santos por eminência, e o halo de sua santidade
chega a nós, e entramos no gozo de suas conquistas. Nos deleitamos com isto,
mas não o executamos. Nós construímos suas tumbas e escrevemos seus epitáfios,
mas não cuidamos em seguir seus exemplos. Precisamos de uma geração de
pregadores que busque a Deus e o busque cedo, que dê o frescor e o orvalho dos
esforços a Deus, e assegure de volta o frescor e a abundância do Seu poder; que
Deus possa ser para eles como o orvalho, pleno de alegria e força, através de
todo o calor e labor do dia. Nossa preguiça por Deus é nosso lamentável pecado.
Os filhos deste mundo são mais sábios do que nós. Eles estão nisto cedo e
tarde. Nós não buscamos a Deus com ardor e diligência. Nenhum homem busca a
Deus e não o segue firme, e nenhuma alma que o segue firme não o busca cedo
pela manhã.

Edward Bounds McKendree foi preparado para ser advogado,
mas em vez de seguir a carreira jurídica, entrou para o ministério com vinte e
poucos anos. Em 1859 ele foi ordenado como pastor da Igreja Metodista
Monticello em Missouri. Bounds foi capelão no exército confederado durante a
Guerra Civil Americana. Ele foi capturado pelo Exército da União, em Franklin,
Tennessee, e mais tarde libertado. Após a sua libertação, ele se esforçou para
reconstruir o estado espiritual de Franklin, iniciando sessões semanais de
oração. Bounds foi editor adjunto do jornal oficial Metodista, o Advogado
Cristão, e é mais conhecido por se inúmeros livros sobre o tema da oração. Como a respiração
é uma realidade física para nós, a oração era uma realidade vital para Bounds

Postado por Anderson Queiroz
Fonte: A Pena Afiada

Ecos de Schaeffer


Começa hoje à noite (dia 14) e vai até quarta-feira (dia 16) o 3º Congresso Internacional de Religião, Teologia e Igreja, organizado pela Chancelaria da Universidade Mackenzie, em São Paulo, SP. O tema principal é “Cristianismo e Cultura”.
Nas palavras do Rev. Augustus Nicodemos, chanceler da universidade, “com o crescimento global do cristianismo, seu relacionamento com as culturas nas quais ele se insere se torna objeto de discussão cada vez mais intensa, não somente da parte dos cristãos e teólogos, como também dos sociólogos, antropólogos, críticos e do público em geral”.

Há muitas encruzilhadas quando colocamos cristianismo e cultura na mesma mesa de reflexão. Mas também pode haver muitos (re)encontros importantes, que dão mais sentido - ou até ressuscite - à mensagem cristã aos ouvidos do indivíduo contemporâneo.
Para discutir um tema tão relevante, os principais palestrantes do congresso bebem inevitavelmente na fonte de Francis Schaeffer, um dos pensadores cristãos mais influentes do século 20. Ele fundou a comunidade L’Abri na Suíça, ministério de alcance internacional, e escreveu diversos livros, entre eles, “A Morte da Razão” e A Arte e a Bíblia.
Nancy Pearcey, a principal palestrante, tem disseminado uma cosmovisão cristã despertada em sua juventude quando passou um período com Schaeffer, no Instituto L’Abri. Ela é uma renomada educadora e autora de livros e artigos publicados nos mais importantes jornais dos Estados Unidos e do mundo. Atualmente Pearcey está ligada ao “Discovery Institute” e ao “Rivendell Sanctuary”, uma organização que prepara jovens egressos do ensino médio com uma cosmovisão cristã para adentrar o contexto universitário. No 3º Congresso, ela fará quatro palestras: “Estratégias para Cristãos numa Era de Secularismo Global” e “Sexo, Mentiras, e Secularismo”, “O Que Aconteceu com a Mente Cristã?” e “Apologética Cristã e os Dois Caminhos para o Secularismo”.
Seu esposo, J. Richard Pearcey, é escritor e editor e também bebe na fonte de Schaeffer e do Neocalvinismo de Herman Dooyeweerd. Sua palestra tem como título “Cosmovisão e Impacto Cultural: Uma Estrutura para a Resistência e Mudança Positiva em um Mundo Quebrado”.
Um outro palestrante, o brasileiro Guilherme de Carvalho, é presidente do L’Abri Brasil, blogueiro da Ultimato e um dos difusores dos pensamentos de Schaeffer no país. Ele tem escrito muitos artigos sobre apologética, arte e o papel do artista cristão. Guilherme dará duas palestras: “A Teologia Natural e a tarefa do artista cristão contemporâneo” e “Fé Cristã na Era do Narcisismo”. Ele ajudou a escrever dois livros da Ultimato: Cosmovisão Cristã e Transformação e Fé Cristã e Cultura Contemporânea.
Davi Charles Gomes, F. Solano Portela Neto, Paulo RomeiroRicardo Bitun, Fernando de Almeida e Wallace Tesch Sabaíni também participam com palestras no evento.
O que? 
3º Congresso Internacional de Religião, Teologia e Igreja: Cristianismo e Cultura. De 14 a 16 de maio de 2012, no Auditório Ruy Barbosa – Prédio 19 – Universidade Presbiteriana Mackenzie. São Paulo, SP. Palestrantes: Nancy Pearcey, J. Richard Pearcey e Guilherme de Carvalho, entre outros.

Transmissões via internet: www.mackenzie.br
Fonte:ultimatoonline

terça-feira, 15 de maio de 2012

Pastor Herandes Dias Lopes questiona crescimento da igreja evangélica e afirma: “Precisamos de um avivamento e não de histeria coletiva”


Pastor Herandes Dias Lopes questiona crescimento da igreja evangélica e afirma: “Precisamos de um avivamento e não de histeria coletiva”

Entre os dias 7 a 11 de maio aconteceu em Águas de Lindóia, SP, o 39° Encontro da Sepal (Servindo Pastores e Líderes). O evento contou com a participação de vários preletores, entre eles Bill Hybels, pastor da megaigreja americana, Willow Creek, o tradutor da SBB e pastor Vilson Scholz, o professor e pastor Luiz Sayão, o missionário da Sepal e Diretor de Lausanne para a América Latina, Marcos Amado e o pastor presbiteriano Hernandes Dias Lopes, que em sua palestra denominada “O Derramamento do Espírito”, falou sobre o crescimento da igreja evangélica no Brasil, o avivamento, entre outros assuntos.
As pesquisas e estatísticas mostram um rápido crescimento da população evangélica no país, e o pastor levantou uma série de questionamentos sobre a validade e a relevância desse crescimento.
Segundo dados da pesquisa divulgada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) no “Novo Mapa das Religiões”, a população evangélica cresceu em 13,13% entre 2003 e 2009, representando 20,23% da população em 2009. De acordo com a SEPAL, a projeção da população evangélica para o ano de 2011 é de 57,4 milhões e há ainda previsão de que em 2020 a população evangélica represente mais de 50% da população brasileira.
Diante desse números, Lopes questiona se os que estão crescendo, são realmente verdadeiros cristãos evangélicos, questionando não o número de cristãos declarados, mas se eles são cristãos verdadeiros. Ele aponta ainda algumas falhas na igreja evangélica brasileira como a pregação de um Evangelho “híbrido”, “sincrético”, ou seja, “um outro Evangelho”. “Eu tenho dúvida se são os evangélicos que estão crescendo”, afirma Hernandes Dias Lopes, de acordo com o The Christian Post.
“Precisamos de um avivamento e não de histeria coletiva. Tem muita histeria coletiva hoje em nome do avivamento. O avivamento não é um emocionalismo histérico, o avivamento é de Deus…”, afirmou Lopes.
Fonte: Gospel+

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Casal mulçumano se converte ao Cristianismo e perde a guarda dos filhos


Em um país africano de maioria mulçumana, um casal está há meses afastado dos filhos. O motivo: ter se convertido ao cristianismo. Beniam e a esposa perderam a guarda das crianças quando o avô delas, o pai de Beniam, percebeu que elas estavam recebendo ensinamentos bíblicos.
“Quando você morrer eu não vou ao seu funeral. Pra mim você já está morto e não é mais meu filho”, teria dito o pai de Beniam inconformado com a conversão do filho.
Beniam conta que um de seus filhos estava lendo a Bíblia quando foi surpreendido pela visita do avô. “Meu pai viu meu filho ler minha Bíblia e perguntou pra ele o que era. Meu filho lhe respondeu dizendo que era a bíblia e ele ficou muito nervoso”, descreve em entrevista aoBaptist Press.
No mesmo dia, o pai de Beniam levou as crianças com o argumento de que não queria que os netos fossem criados por infiéis. Desde então, Beniam não as vê.
Mesmo com a família dividida, Beniam segue evangelizando. “Eu sei qual é a verdade e uma vez que conhece a verdade, não pode mais voltar atrás. Eu e minha esposa temos decidido seguir o caminho de Jesus e nossos filhos vão voltar”, diz ele. “Apesar de ele ter levado meus filhos, e ainda dizendo que estou morto para ele, não vou deixar de falar da salvação de Jesus. Continuo compartilhando a bíblia para aqueles que querem conhecer a verdade”, completa.
O número de pessoas que já aceitaram Jesus Cristo como salvador após ouvir as mensagens de Beniam tem crescido e agora ele reúne um grupo em sua casa uma vez por semana para ensinar sobre as escrituras.
O casal busca meios de reaver a guarda dos filhos. Mas isso é complexo em sociedades de tradição mulçumana, onde os mais velhos têm o governo da família. Beniam contou também que ora para que seus pais encontrem a Cristo.

Fonte: The Christian Post

domingo, 13 de maio de 2012

PMs são acusados de balear pastor da AD na frente da família


Moradores da Favela Vila Aliança, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, afirmam ter testemunhado o momento em que o pastor Sérgio José Pedro, da Assembleia de Deus, foi atingido por uma bala perdida. Eles afirmam que o projétil partiu da arma dos policiais militares.
O pastor foi baleado na Rua Catequista, por volta das 18h desta quinta-feira, 10, durante operação do 14º Batalhão da Polícia Militar (Bangu). A vítima estava em seu carro com a mulher e duas crianças, foi atingido na cabeça e morreu na hora. Os moradores ficaram revoltados e protestaram no local.
Um veículo blindado da PM participou da operação. Agentes da Divisão de Homicídios (DH) foram para o local e já investigam o caso. Se houver indícios de que, no tiroteio com traficantes, um tiro da Polícia Militar tenha vitimado Sérgio José, as armas dos policiais serão recolhidas para serem periciadas.
Fonte: O Dia

sexta-feira, 11 de maio de 2012

PASTORES FERIDOS




Pastores que abandonam o púlpito enfrentam o difícil caminho da auto-aceitação e do recomeço.

Por Marcelo Brasileiro


Desânimo, solidão, insegurança, medo e dúvida. Uma estranha combinação de sensações passou a atormentar José Nilton Lima Fernandes, hoje com 41 anos, a certa altura da vida. Pastor evangélico, ele chegou ao púlpito depois de uma longa vivência religiosa, que se confunde com a de sua trajetória. Criado numa igreja pentecostal, Nilton exerceu a liderança da mocidade já aos 16 anos, e logo sentiria o chamado – expressão que, no jargão evangélico, designa aquele momento em que o indivíduo percebe-se vocacionado por Deus para o ministério da Palavra. Mas foi numa denominação do ramo protestante histórico, a Igreja Presbiteriana Independente (IPI), na cidade de São Paulo, que ele se estabeleceu como pastor. Graduado em Direito, Teologia e Filosofia, tinha tudo para ser um excelente ministro do Evangelho, aliando a erudição ao conhecimento das Sagradas Escrituras. Contudo, ele chegou diante de uma encruzilhada. Passou a duvidar se valeria mesmo a pena ser um pastor evangélico. Afinal, a vida não seria melhor sem o tal “chamado pastoral”?

As razões para sua inquietação eram enormes. Ordenado pastor desde 1995, foi justamente na igreja que experimentou seus piores dissabores. Conheceu a intriga, lutou contra conchavos, desgastou-se para desmantelar o que chama de “estrutura de corrupção” dentro de uma das igrejas que pastoreou. Mas, no fim de tudo isso, percebeu que a luta fora inglória. José Nilton se enfraqueceu emocionalmente e viu o casamento ir por água abaixo. Mesmo vencendo o braço-de-ferro para sanar a administração de sua igreja, perdeu o controle da vida. A mulher não foi capaz de suportar o que o ministério pastoral fez com ele. “Eu entrei num processo de morte. Adoeci e tive que procurar ajuda médica para me restabelecer”, conta. Com o fim do casamento, perdeu também a companhia permanente da filha pequena, uma das maiores dores de sua vida.

Foi preciso parar. No fim de 2010, José Nilton protocolou uma carta à direção de sua igreja requisitando a “disponibilidade ativa”, uma licença concedida aos pastores da denominação. Passou todo o ano de 2011 longe das funções ministeriais. No período, foi exercer outras funções, como advogado e professor de escola pública e de seminário. “Acho possível servir a Jesus, independentemente de ser pastor ou não”, raciocina, analisando a vida em perspectiva. “Não acredito mais que um ministério pastoral só possa ser exercido dentro da igreja, que o chamado se aplica apenas dentro do templo. Quebrei essa visão clerical”. Reconstruindo-se das cicatrizes, Nilton casou-se novamente. E, este ano retornou ao púlpito, assumindo o pastoreio de uma igreja na zona leste de São Paulo. Todavia, não descarta outro freio de arrumação. “Acho que a vida útil de um líder é de três anos”, raciocina. “É o período em que ele mantém toda a força e disposição. Depois, é bom que esse processo seja renovado”. É assim que ele pretende caminhar daqui para frente: sem fazer do pastorado o centro ou a razão da sua vida.

Encontrar o equilíbrio no ministério não é tarefa fácil. Que o digam os ex-pastores ou pastores afastados do púlpito que passam a exercer outras atividades ou profissões depois de um período servindo à igreja. Uma das maiores denominações pentecostais do país, a Igreja do Evangelho Quadrangular (IEQ), com seus 30 mil pastores filiados – entre homens e mulheres –, registra uma deserção de cerca de 70 pastores por mês desde o ano passado. Os números estão nas circulares da própria igreja. Não é gente que abandona a fé em Cristo, naturalmente; em sua maioria, os religiosos que pedem licença ou desligamento das atividades pastorais continuam vivendo sua vida cristã, como fez José Nilton no período em que esteve afastado do púlpito. É que as pressões espirituais e as demandas familiares e pessoais dos pastores, nem sempre supridas, constituem uma carga difícil de suportar ao longo doa anos. Some-se a isso os problemas enfrentados na própria igreja, as cobranças da liderança, a necessidade de administrar a obra sob o ponto de vista financeiro e – não raro – as disputas por poder e se terá uma ideia do conjunto de fatores que podem levar mesmo aquele abençoado homem de Deus a chutar tudo para o alto.

A própria IPI, onde José Nilton militou, embora muito menor que a Quadrangular – conta com cerca de 500 igrejas no país e 690 pastores registrados –, teria hoje algo em torno de 50 ministros licenciados, número registrado em relatório de 2009. Pode parecer pouco, mas representa quase dez por cento do corpo de pastores ativos. Caso se projete esse percentual à dimensão da já gigantesca Igreja Evangélica brasileira, com seus aproximadamente 40 milhões de fiéis, dá para estimar que a defecção dos púlpitos é mesmo numerosa. De acordo com números da Fundação Getúlio Vargas, o número de pastores evangélicos no país é cinco vezes maior do que a de padres católicos, que em 2006 era de 18,6 mil segundo o levantamento Centro de Estatísticas Religiosas e Investigações Sociais. Porém, devido à informalidade da atividade pastoral no país, é certo que os números sejam bem maiores.



FERIDOS QUE FEREM

O chamado pastoral sempre foi o mais valorizado no segmento evangélico. Por essa razão, é de se estranhar quando alguém que se diz escolhido por Deus para apascentar suas ovelhas resolva abandonar esse caminho. Nos Estados Unidos, algumas pesquisas tentam explicar os principais motivos que levam os pastores a deixar de lado a tarefa que um dia abraçaram. Uma delas foi realizada pelo ministério LifeWay, que, por telefone, contatou mil pastores que exerciam liderança em suas comunidades eclesiásticas. E o resultado foi que, apesar de se sentirem privilegiados pelo cargo que ocupavam (item expresso por 98% dos entrevistados), mais da metade, ou 55%, afirmaram que se sentiam solitários em seus ministérios e concordavam com a afirmação “acho que é fácil ficar desanimado”. Curiosamente, foram os veteranos, com mais 65 anos, os menos desanimados. Já os dirigentes das megaigrejas foram os que mais reclamaram de problemas. De acordo com o presidente da área de pesquisas da Life Way, Ed Stetzer – que já pastoreou diversas igrejas –, a principal razão para o desânimo pode vir de expectativas irreais. “Líderes influenciados por uma mentalidade consumista cristã ferem todos os envolvidos”, aponta. “Precisamos muito menos de clientes e muito mais de cooperadores”, diz, em seu blog pessoal.

Outras pesquisas nos EUA vão além. O Instituto Francis Schaeffer, por exemplo, revelou que, no último ano, cerca de 1,5 mil pastores têm abandonado seus ministérios todos os meses por conta de desvios morais, esgotamento espiritual ou algum tipo de desavença na igreja. Numa pesquisa da entidade, 57% dos pastores ouvidos admitiram que deixariam suas igrejas locais, mesmo se fosse para um trabalho secular, caso tivessem oportunidade. E cerca de 70% afirmam sofrer depressão e admitem só ler a Bíblia quando preparam suas pregações. Do lado de cá do Equador, o nível de desistência também é elevado, ainda mais levando-se em conta as grandes expectativas apresentadas no início da caminhada pastoral pelos calouros dos seminários. “No começo do curso, percebemos que uma boa parte dos alunos possui um positivo encantamento pelo ministério. Mais adiante, já demonstram preocupação com alguns dilemas”, observa o diretor da Faculdade Teológica Batista de São Paulo, o pastor batista Lourenço Stélio Rega. Ele estima que 40% dos alunos que iniciam a faculdade de teologia desistem no meio do caminho. Os que chegam à ordenação, contudo, percebem que a luta será uma constante ao longo da vida ministerial – como, aliás, a própria Bíblia antecipa.

E, se é bom que o ministro seja alguém equilibrado, que viva no Espírito e não na carne, que governa bem a própria casa, seja marido de uma só mulher (ou vice-versa, já que, nos tempos do apóstolo Paulo não se praticava a ordenação feminina) e tantos outros requisitos, forçoso é reconhecer que muita gente fica pelo caminho pelos próprios erros. “O ministério é algo muito sério” lembra Gedimar de Araújo, pastor da Igreja Evangélica Ágape em Santo Antonio (ES) e líder nacional do Ministério de Apoio aos Pastores e Igrejas, o Mapi. “Se um médico, um advogado ou um contador erram, esse erro tem apenas implicação terrena. Mas, quando um ministro do Evangelho erra, isso pode ter implicações eternas.”

Desde que foi criado, há 20 anos, em Belo Horizonte (MG), como um braço do ministério Servindo Pastores e Líderes (Sepal), o Mapi já atendeu milhares de pastores pelo país. Dessa experiência, Gedimar traça quatro principais razões que podem ser cruciais para a desmotivação e o abandono do ministério. “Ativismo exagerado, que não deixa tempo para a família ou o descanso; vida moral vacilante, que abre espaço para a tentação na área sexual; feridas emocionais e conflitos não resolvidos; e desgaste com a liderança, enfrentando líderes autoritários e que não cooperam”, enumera. Para ele, é preciso que tanto os membros das igrejas quanto as lideranças denominacionais tenham um cuidado especial com os pastores. “Muitos sofrem feridas, como também, muitas vezes, chegam para o ministério já machucados. E, infelizmente, pastor ferido acaba ferindo”.

Quanto à responsabilidade do próprio pastor com o zelo ministerial, Gedimar é taxativo: “É melhor declinar do ministério do que fazê-lo de qualquer jeito ou por simples necessidade”. A rede de apoio oferecida pelo Mapi supre uma lacuna fundamental até mesmo entre os pastores – a do pastoreio. “É preciso criar em torno do ministro algumas estruturas protetoras. É muito bom que o líder conte com um grupo de outros pastores onde possa se abrir e compartilhar suas lutas; um mentor que possa ajudá-lo a crescer e acompanhamento para seu casamento e família e, por fim, ter companheiros com quem possa desenvolver amizades e relacionamentos saudáveis e sólidos”, enumera.



EXPECTATIVAS

Juracy Carlos Bahia, pastor e diretor-executivo da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil (OPBB), sediada no Rio de Janeiro, conhece bem o dilema dos colegas que, a certa altura do ministério, sentem-se questionados não só pelos outros, mas, sobretudo, por si mesmos. Ele lida com isso na prática e sabe que o preço acaba sendo caro demais. “Toda atividade que envolve vocação, como a do professor, a do médico ou a do pastor, é vista com muita expectativa. Quando se abandona esse caminho, é natural um sentimento de inadequação”. Para Bahia, o desencantamento com o ministério pastoral é fruto também do que entende como frustrações no contexto eclesiástico. Há pastores, por exemplo, que julgam não ter todo seu potencial intelectual utilizado pela comunidade. “Às vezes, o ministro acha que a igreja que pastoreia é pequena demais para seus projetos pessoais”, opina. Isso, acredita Bahia, estimula muitos a acumularem diversas funções, além das pastorais. “Eu defendo que os pastores atuem integralmente em seus ministérios. Porém, o que temos visto são pastores-advogados, pastores-professores, enfim, pastores que exercem outras profissões paralelas ao púlpito”, observa.

No entender do dirigente da OPBB, esse acúmulo de funções mina a energia e o potencial do obreiro para o serviço de Deus. A associação reúne aproximadamente dez mil pastores batistas e Bahia observa isso no seio da própria entidade: “Creio que metade deles sofra com a fuga das atividades pastorais para as seculares”. Contudo, ele acredita que deixar o ministério não é algo necessariamente negativo. “A pessoa pode ter se sentido vocacionada e, mais adiante na vida, por meio da experiência, das orações e interação com outros pastores, é perfeitamente possível chegar à conclusão que a interpretação que fez sobre seu chamado não foi adequada e sim emotiva”.

Quando, já na meia idade, casado e com dois filhos, ingressou no Seminário Presbiteriano do Norte (SPN), na capital pernambucana, Recife, Francisco das Chagas dos Santos parecia um menino de tanto entusiasmo. Nem mesmo as críticas de parentes para que buscasse uma colocação social que lhe desse mais status e dinheiro o desmotivou. “A igreja, para mim, é a melhor das oportunidades de buscar e conhecer meu Criador para que, pela graça, eu continue com firmeza a abrir espaço em meu coração para que ele cumpra sua vontade em mim, inclusive no ministério pastoral”, anotou em sua redação para o ingresso no SPN, em 1998. Ele formou-se no curso, foi ordenado pastor em 2003 e dirigiu igrejas nas cidades de Garanhuns e Saloá.

Hoje, aos 54 anos, Francisco trabalha como servidor público no Instituto Agronômico de Pernambuco. Ainda não curou todas as feridas e ressentimentos desde que, em 2010, entregou seu pedido de desligamento da denominação. Ele lamenta o tratamento recebido pelos seus superiores enquanto foi pastor. “Minha opinião sobre igreja não mudou. Nunca planejei um dia pedir licença ou despojamento do ministério. Mas entendo que somos o Corpo de Cristo, e, se uma unha dói, todos nós estamos doentes”, pondera. “Não é possível ser pastor sem pensar em restaurar vidas – e existem muitas vidas precisando de conserto, inclusive entre nós, pastores”.

A vida longe dos púlpitos ainda não foi totalmente sublimada e Francisco sabe bem que será constantemente indagado sobre sua decisão de deixar o ministério. “A impressão é que você deixou um desfalque, que adulterou ou algo parecido”, observa. Ele não considera voltar a pastorear pela denominação na qual se formou, porém não consegue deixar de imaginar-se como pastor. “Uma vez pastor, pastor para sempre”, recita, “muito embora as pessoas, em geral, acreditem que seja necessário um púlpito.”





Porta de saída



Pesquisa realizada nos Estados Unidos traçou um panorama dos problemas da atividade pastoral...



70% dos pastores admitem sofrer de depressão e estresse

80% deles sentem-se despreparados para o ministério

70% afirmam só ler a Bíblia quando precisam preparar seus sermões

40% já tiveram casos extraconjugais

30% reconhecem ter reduzido as próprias contribuições às igrejas após a crise financeira



... e avaliou as consequências disso:



1,5 mil pastores deixam o púlpito todos os meses

5 mil religiosos buscavam emprego secular no ano de 2009, mais do que o dobro do que ocorria em 2005

2 a 3 anos de ministério é o tempo médio em que os pastores deixam suas igrejas, sendo em direção a outras denominações ou não



Fontes: Barna Group, Christian Post, The Wall Street Journal, Instituto Francis A. Schaeffer e Instituto Jetro





Rebanho às avessas



A maioria dos pastores que se afastam de suas atividades ministeriais não abandona a fé em Cristo. Cada um deles, a seu modo, mantém sua vida espiritual e o relacionamento pessoal com Deus. Mas há quem saia do púlpito pela porta dos fundos, renegando as crenças defendidas com ardor durante tantos anos de atividade sacerdotal. Para estes – e, é bom que se diga, trata-se de uma opção nada recomendável –, existe a Freedom from Religion Foundation (“Fundação para o fim da religião”), entidade criada por ninguém menos que o mais famoso apologista do ateísmo da atualidade, o escritor britânico Richard Dawkins, autor do best-seller Deus, um delírio. Ele e um grupo de céticos lançaram o Projeto Clero, iniciativa que visa a apoiar ex-clérigos – pastores, padres, rabinos – no reinício da vida longe das funções religiosas. “Sacerdotes que perdem sua fé sofrem uma penalização dupla. Eles perdem seu emprego e, ao mesmo tempo, sua família e a vida que sempre tiveram”, argumenta Dawkins, no site do projeto. Não se tem notícia confiável de quantos ex-líderes aderiram ao Projeto Clero, mas parece óbvio que a ideia do refúgio ateu não é apenas abraçar sacerdotes cansados da vida religiosa, mas também engrossar o rebanho crescente daqueles que repudiam a possibilidade da existência de Deus.





Mudança difícil



Não foi uma escolha fácil. Quando o ex-pastor batista Osmar Guerra decidiu que seu lugar não era mais o púlpito, logo foi fustigado por olhares de decepção das pessoas que estavam ao seu redor e acreditavam em seu trabalho espiritual. Afinal, desde menino ele era o “pastorzinho” de sua igreja em Piracicaba, no interior paulista. Desinibido e articulado, o garoto, bem ensinado pelos pais na fé cristã, apresentava uma natural vocação para o pastorado. Por isso, foi natural sua decisão de matricular-se Faculdade Teológica Batista de São Paulo e, após os anos de estudo, assumir a função de pastor de adolescentes da Igreja Batista da Água Branca (IBAB), na capital paulista.

Começava ali uma promissora carreira ministerial. Osmar dividia seu trabalho entre as funções na igreja e as aulas de educação cristã, lecionadas no tradicional Colégio Batista. Tempos depois, o pastor transferiu-se para outra grande e prestigiada congregação, a Igreja Batista do Morumbi. Mas algo estava fora de sintonia, e Osmar sabia disso. Toda sua desenvoltura na oratória, sua capacidade de mobilização e seu espírito de liderança poderiam não ser, necessariamente, características de uma vocação pastoral. E, como dizem os jovens que ele tanto pastoreou, pintou uma dúvida: seu lugar era mesmo diante do rebanho? “Eu era um excelente animador. Mas me faltava vocação, e fui percebendo isso cada vez mais”.

O novo caminho, ele sabia, não seria compreendido com facilidade pela família, pelos amigos e pelas ovelhas. Mas ele decidiu voltar a estudar, e escolheu a área de rádio e TV. E, mesmo ali, não escapou do apelido de “pastor”, aplicado pela turma. Quando conseguiu um estágio na TV Record, percebeu que ficava totalmente à vontade entre os cenários, as produções e os auditórios. Com seu talento natural, Osmar deslanchou, e o artista acabou suplantando o pastor. Depois de pedir demissão da igreja, em 2005, ele galgou posições na emissora e hoje é o produtor de um dos programas de maior sucesso da casa, O melhor do Brasil, apresentado pelo Rodrigo Faro.

“Durante muito tempo, fiquei em crise”, reconhece hoje, aos 31 anos. “Tive medo de tomar a decisão de deixar de ser pastor. Mas, hoje, sinto-me mais confiante e honesto comigo mesmo e perante os outros”, garante. Longe do púlpito, mas não de Jesus, Osmar Guerra continua participativo na sua igreja, a IBAB, onde toca e canta no louvor. De sua experiência, ele se acha no direito de aconselhar os mais jovens. “Defendo que, antes do seminário, as pessoas busquem formação em outras áreas, ainda mais quando são novas”, diz. Isso, segundo ele, pode abrir novas possibilidades se o indivíduo, por um motivo qualquer, sentir-se desconfortável no púlpito. Contudo, ele não descarta o valor de um chamado genuíno: “Se, mesmo assim, a vontade de se tornar um pastor continuar, isso é sinal de que o caminho pode ser esse mesmo.”
Fonte:Cristianismo Hoje

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