Seja o nosso parceiro neste ministério. Adquira o Ebook COMUNHÃO COM DEUS.

Seja o nosso parceiro neste ministério. Adquira o Ebook COMUNHÃO COM DEUS.
Seja o nosso parceiro neste ministério. Clique e o conheça

Conheça e adquira o Ebook do Livro do Pr. Eli Vieira já está Disponível

Conheça e adquira o Ebook do Livro do Pr. Eli Vieira já está Disponível
Disponível na Amazon

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

EGÍPCIOS LAMENTAM MASSACRE DE CRISTÃOS COPTAS


Líderes pedem jejum e oração para que Deus intervenha na situação do Egito
Quase um ano após o começo das revoltas no Oriente que resultaram na Primavera Árabe, o serviço funerário no Egito funcionou nesta última terça, dia 10, para famílias cristãs. um grupo de manifestantes cristãos foi vítima do ataque militar que deixou 26 mortos e centenas de feridos.
Na trilha do que poderia ser o pior ato de violência contra os cristãos do Egito na história moderna, os líderes da Igreja Ortodoxa Copta e de outras congregações pediram três dias de jejum e oração para a intervenção divina, juntamente com três dias de luto.
Samia Sidhom, editora chefe do semanário copta Al Watani, disse que os coptas em todo o Egito estão abalados com o ataque e se preocupam com o futuro para os cristãos no país.
"Agora não podemos sequer imaginar como o futuro será", afirmou. Falando especificamente sobre a chamada para o jejum, Samia acrescentou: "Neste ponto, só  Deus pode fazer alguma coisa ou não teremos nada."
No domingo, dia 09, o ataque começou tarde da noite quando manifestantes cristãos marchavam pela capital e receberam pedradas e outros projéteis perto de uma ponte que corta o Cairo. No momento em que os manifestantes estavam prontos a tornar conhecida a manifestação, perto do Edifício Maspero onde abriga a rede de televisão e radio, o exército começou a atirar e forçar veículos contra a multidão de manifestantes.
Testemunhas no local dizem que os ataques deixaram partes dos corpos espalhadas no local, e um vídeo amador mostra dois automóveis indo contra os manifestantes.
O protesto veio em resposta a um ataque em 30 de setembro no Alto Egito, na aldeia Elmarenab em Aswan, quando o prédio da Igreja Mar Gerges foi incendiada.
O prédio da igreja, que estava sendo reformado, foi atacado por muçulmanos locais, que alegavam a falta de direito para a construção, apesar de existirem documentos legais de autorização para a reforma. Os muçulmanos alegam que a estrutura era uma casa de hospitalidade.
Antes do ataque, os líderes da igreja tiraram as cruzes que estavam do lado de fora do edifício, pois estavam sendo destruídas. A Igreja foi a terceira queimada no Egito, em sete meses.
Samia afirma que os manifestantes cristãos se preocupam pelo ataque à Igreja, pois o governo os responsabilizou por isso, alegando que o prédio era uma casa de hospitalidade com uma construção ilegal ocorrendo e destruí-la seria a melhor forma para conseguir uma autorização.
Os cristãos coptas, uma vez que a maioria no Egito, agora compõem 7-10% do país, com 80 milhões de pessoas.
Fonte: Portas Abertas
TraduçãoLucas Gregório

sábado, 15 de outubro de 2011

FALECEU NESTA MANHÃ O CO-FUNDADOR DA PORTAS ABERTAS


Nossos corações estão profundamente tristes, pois o co-fundador da Portas Abertas, Deryck Stone, faleceu nesta manhã de sábado às 5 horas da manhã.
Embora ainda estejamos enlutados, nos alegramos ao nos lembrar de que Deryck tinha Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador e que este homem de Deus, que influenciou a África do Sul, que mudou a Igreja no mundo todo ao ser um dos fundadores da Portas Abertas, e que impactou milhares de vidas de cristãos perseguidos ao redor do globo, agora está face a face com Jesus, a quem sempre deu glórias e honrou em vida.
Nós sempre nos lembraremos de sua paixão por Jesus e por sua vida que glorificou a Deus em tudo. Deryck vivia plenamente a Palavra e sob a direção do Espírito Santo.
Agora, voltamos nossas orações e coração para Anette, sua esposa, e para seus filhos e netos. Todos nós da Portas Abertas no mundo todo sentiremos muito a falta de Deryck, mas é por seus familiares que pedimos oração e apoio.
Deryck Stone, sul-africano, nasceu para Cristo quanto tinha 14 anos. Quando completou 16 anos, tornou-se pregador regular do circuito de igrejas metodistas da Zululândia (região de maioria étnica zulu na província sul-africana de KwaZulu-Natal).
Após terminar a escola bíblica, trabalhou como missionário entre os zulus durante seis anos. Casou-se com Annette em 1968. Pouco depois, em 1970, aceitou o convite de pastorear uma pequena comunidade interdenominacional na cidade de Kempton Park, província de Gauteng.
Com o passar dos anos, a igreja cresceu de forma rápida e constante até virar uma igreja celular carismática, grande, estável e influente. Ela recebeu o nome de Maranatha Community Church. A igreja tornou-se um modelo de igreja em células na África do Sul e treina pastores de todas as denominações.
Deryck e Annete tiveram quatro filhos. O mais velho, Leonard, ocupa-se hoje como pastor titular da igreja que Deryck fundou.
Em vez de Deryck plantar novas igrejas, ele decidiu fortalecer e edificar congregações com dificuldades no sul e leste do continente africano. Deryck tinha grande paixão e visão pela igreja local, por isso, treinava os pastores ensinando-os a dirigir bem suas igrejas e a fazer verdadeiros discípulos.
Em 1970, Deryck conheceu Irmão André, autor de O Contrabandista de Deus, e o ajudou a estruturar o ministério da Portas Abertas, organização especializada no serviço à Igreja Perseguida que há ao redor do mundo. Todo o tempo livre de Deryck foi investido no ministério da Portas Abertas para torná-la uma organização grande e bem-sucedida.
Aliás, o nome “Portas Abertas” foi sugerido por Deryck Stone e aceito pelo Irmão André e pelos outros dois co-fundadores da organização.
Seu envolvimento com a Igreja Perseguida resultou em um projeto de treinamento e geração de recursos para jovens de todo o Oriente Médio e também no estabelecimento de igrejas no norte da África, em todo o Oriente Médio e recentemente no Iraque.
Deryck fazia parte da diretoria da Portas Abertas África do Sul desde seu início em 1971. Ele chegou a ser o presidente da base por 15 anos.
Por muitos anos, ele atuou como pastor da diretoria da Portas Abertas Internacional e, nos últimos 12 anos, como pastor do corpo de diretores das bases de desenvolvimento.
Deryck também tinha parceria com a organização Africa Ministries, que treina milhares de pastores africanos todos os anos. Ele era o presidente da diretoria dessa organização e ajudava também no treinamento prático.
No começo da década de 70, ele também ajudou a fundar uma base da JOCUM na África do Sul, a qual dirigiu nos primeiros 15 anos. Deryck amava e respeitava o corpo de Cristo no mundo inteiro e frequentemente ministrava a líderes locais e internacionais.
Esteve no Brasil duas vezes (2008 e 2009) e visitou igrejas em diversos lugares do país, ministrando sobre a Igreja Perseguida e impactando a vida de muitos cristãos livres no Brasil.
Ore por sua família e pela Portas Abertas no mundo todo.
FontePortas Abertas
TraduçãoHomero S. Chagas

STEVE JOBS, TRANSCENDÊNCIA E IMANÊNCIA

Postado por Eli Vieira

Fonte: Apple
Nas últimas horas fui surpreendido com a emoção que a morte de Steve Jobs causou em mim. Nunca o conheci pessoalmente. Em 2001 estive na conferência Macworld, em Nova Iorque, pouco antes dos ataques de 11 de setembro, e tive a oportunidade de presenciar o seu brilho enquanto Steve fazia o que mais gostava de fazer: apresentar ao mundo uma nova invenção, na qual havia investido inúmeras horas e quantidades inestimáveis de energia. Seu amor pela Apple e pelos produtos que criou, junto com a sua equipe, transparecia claramente. Não havia nada de forçado ou falso em sua apresentação, e era óbvio que ele realmente acreditava que as suas inovações tecnológicas representavam não apenas uma revolução na indústria, mas uma contribuição importante para a nossa civilização, mudando o nosso jeito de trabalhar, divertir e relacionar.

Transcendência

Tudo fez Deus formoso no seu devido tempo; também pôs a eternidade no coração do homem, sem que este possa descobrir as obras que Deus fez desde o princípio até ao fim.
Eclesiastes 3.11
Quem já assistiu ao excelente Pirates of Silicon Valley (Piratas do Vale do Silício) conhece um pouco da jornada de Steve. Há algumas cenas no filme que demonstram o desejo que o Steve tinha pela transcendência, a sua busca por algo além da nossa realidade. Esse desejo levou Steve, na sua juventude, a buscar respostas em lugares não convencionais. Viajou bastante com diversas drogas e passeou na Índia, flertando com o misticismo Hindu e aterrissando enfim no Budismo, religião que – aparentemente – seguiu até a sua morte. Talvez esse desejo de atravessar o espelho e descobrir o que havia do outro lado, de trazer idéias para o nosso lado que fossem mágicas e que não se comportassem às nossas noções do que era possível ou permissível, tenha sido o que o levou a descartar os limites que o cercavam no mundo da tecnologia e a pensar de forma diferente.
Foi esse o tema da campanha Think Different que a Apple lançou em 1997, logo após a volta de Steve à Apple:
Here’s to the crazy ones. The misfits. The rebels. The troublemakers. The round pegs in the square holes. The ones who see things differently. They’re not fond of rules. And they have no respect for the status quo. You can quote them, disagree with them, glorify or vilify them. About the only thing you can’t do is ignore them. Because they change things. They push the human race forward. And while some may see them as the crazy ones, we see genius. Because the people who are crazy enough to think they can change the world, are the ones who do.
Essa é uma homenagem aos loucos. Aos desajustados. Aos rebeldes. Aos criadores de caso. Às peças redondas nos buracos quadrados. Aos que vêem as coisas de forma diferente. Eles não gostam de regras. E eles não têm nenhum respeito pelo status quo. Você pode citá-los, discordar deles, glorificá-los ou difamá-los. Mas a única coisa que você não pode fazer é ignorá-los. Porque eles mudam as coisas. Eles impulsionam a raça humana. Enquanto alguns os vêem como loucos, nós reconhecemos o seu brilho. Porque as pessoas que são loucas ao ponto de pensar que podem mudar o mundo, são as que de fato, o mudam.
Não há dúvida que Steve tenha conseguido isso. Sua liderança na Apple, na NeXT e na Pixar alavancaram inovações em múltiplas indústrias. Foi pioneiro no cinema digital, produzindo obras primas como Toy Story e A Bug’s Life (Vida de Inseto) quando o resto da indústria pensava ser impossível atingir esse nível de sofisticação, e conseguiu fazê-lo com roteiros interessantes e atores cativantes. Transformou o computador de uma caixa cinza chata e barulhenta em uma obra de arte, desde o primeiro iMac até o atual MacBook Air, façanha que seus concorrentes até hoje tentam copiar. Mudou o nosso modo de interagir com a tecnologia, distilando idéias “apropriadas” da Xerox para criar a interface gráfica de janelas e menus, popularizando o mouse como instrumento de controle, revolucionando novamente a interfáce gráfica com o Mac OS X (que continua a influenciar profundamente o Windows) e por uma terceira vez, com o iOS. Sacudiu a indústria musical com o iPod e o iTunes, transformando a Apple na maior vendedora de música do mundo e possibilitando que carregássemos as nossas audiotecas completas no bolso. Revolucionou o conceito de smart phone com o iPhone, de maneira tal que os smart phones que o antecederam ficaram com aparência de asno. E no fim, conseguiu fazer o que o resto da indústria de informática tentava há mais de uma década: introduzir o tablet na sociedade de uma forma tão profunda que já faz parte integral das vidas de muitos.

Imanência

Se o desiderium aeternitatis (o anseio pela eternidade) estava claramente presente na vida de Steve, sua jornada aparentemente nunca o levou a reconhecer Aquele que é transcendente, ou a conhecer a Sua imanência. Isso dá uma dimensão ainda mais grave à sua morte, pois nem o brilho que demonstrou, nem as riquezas que gerou, nem a beleza dos produtos que criou, o seguirão no próximo passo de sua jornada. E isso faz parte da minha tristeza nesse momento, ao refletir sobre uma vida cheia de promessa e potencialbrilho e bonançacriatividade e convicçãosucesso e…
Esse ser humano, feito na imagem de Deus, verdadeira obra de arte divina, que expressava a criatividade e beleza do Criador naquilo que produzia, e cuja morte deixa a nossa civilização empobrecida em arte e visão, muito provavelmente morreu sem salvação.
Mais do que qualquer dor que possa sentir por ter admirado o homem há quase 25 anos, mais do que o sentimento de ter perdido alguém que mudou muitos aspectos práticos da minha vida e que possibilitou muitas etapas de minha carreira, mais do que a tragédia do potencial perdido por causa de uma doença silenciosa, porém mortal, que também afeta a minha família, é isso o que me entristece: Steve Jobs, quase certamente, morreu sem conhecer a Jesus como seu Redentor e Senhor.
É importante reconhecer o brilho do homem, e de onde veio. É louvável entristecermo-nos com a perda para a nossa civilização e sociedade. Mas é essencial compreendermos que nessa vida, não há nemUndo, nem Restart. As decisões que tomamos aqui são o que determinam o nosso destino eterno, e o único caminho para a vida eterna é através de Jesus Cristo:
E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo, assim também Cristo, tendo-se oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o aguardam para a salvação.
Hebreus 9.27
Nossas orações estão com a família de Steve, e nosso desejo é que eles possam conhecer Aquele que é Transcendente, Imanente, Amor, Bondade, Justiça e Verdade.
Autor:David Zekveld Portela

Origem: http://mastigue.com/2011/10/06/steve-jobs-transcendencia-e-imanencia/

A SINGULARIDADE DE JESUS CRISTO



Abaixo você lê a reflexão do bispo anglicano Robinson Cavalcanti feita ontem no 6º Congresso Brasileiro de Missões. Ele faz críticas aos esforços secularistas (dentro e fora da igreja) de negar o cerne do Cristianismo: a singularidade de Jesus Cristo.

A Singularidade de Jesus Cristo
1. O Que Diz o Mundo a Respeito de Jesus?“Que dizem os homens quem eu sou?”. Essa pergunta do Messias ecoa através dos tempos plena de respostas incorretas. Um mestre, um profeta, um filósofo, um charlatão, um doente mental, um agitador social, e por aí vai, em contraste com os discípulos de todas as épocas, que continuam a reafirmar: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”.

A negativa dessa singularidade tem marcado as grandes religiões mundiais, bem como grande parte das ideologias e filosofias. É da natureza de uma humanidade caída, e do ministério satânico, essa negação. O homem natural, os pensadores naturais, e as potestades espirituais da maldade, sabem que, com essa negação, estão atacando o cerne da fé cristã, tentando destruí-la. Religiosos ou ateus, da Palestina do primeiro século à Europa Ocidental dos nossos dias, têm centrado o seu ataque ao caráter único, singular da pessoa de Cristo. Não apenas as ideologias totalitárias do século passado, com suas falsas certezas, mas o secularismo pós-moderno, com suas falsas dúvidas, o seu relativismo, persegue o mesmo objetivo.

A negação da singularidade de Cristo tem estado presente no pensamento ocidental desde o Iluminismo, não apenas pelos filósofos de fora, como pelos teólogos de dentro: o cavalo de Tróia, antes representado pelo Liberalismo Moderno, e hoje representado pelo Liberalismo Pós-Moderno, ou Revisionismo. Os que de dentro compactuam desse nefasto projeto – não importa nomes, títulos, ou símbolos – não são mais cristãos, no sentido que temos nos entendido por dois mil anos, mas hereges, e, sim, fundadores de uma outra religião.

Para os críticos radicais, que defendem uma Nova Era de uma fraternidade humanista e secular, com a convivência de várias “verdades” em um mundo de paz, não haveria lugar para o Cristianismo e as suas singularidades. Dentre as vinte e uma teses do chamado “Jesus Seminar”, um autor contemporâneo destacou doze delas que nos confrontam diretamente: “1. Não existe um deus exterior ao mundo material; 2. O darwinismo matou de vez a doutrina de uma criação especial conforme a narrativa bíblica; 3. A desliteralização da narrativa bíblica das origens acabou de vez com o dogma do pecado original; 4. Os milagres de Jesus são uma afronta à justiça e à integridade de Deus; 5. Jesus não é divino; 6. A ideia de Jesus como redentor é arcaica; 7. O nascimento virginal de Jesus é um insulto à inteligência moderna; 8. Jesus não ressuscitou dos mortos; 9. Não existem mediadores entre Deus e o homem; 10. O reino de Deus é uma viagem sem fim e uma perpétua odisseia; 11. A Bíblia não contém modelos objetivos de conduta. 12. As reconstruções da pessoa e obra de Jesus podem ser modificadas” (Júnior, Manuel Alexandre, 2001, pp.9-10).

Recentemente, a dirigente maior de uma denominação norte-americana, afirmou: “Jesus é um caminho, e o meu caminho, mas não o caminho”. Um culto foi celebrado naquele país para pedir desculpas aos bramanistas porque enviamos missionários cristãos para a Índia. E em uma das principais igrejas de Washington um pregador disse: “A afirmação de que Jesus Cristo é o Caminho, a Verdade e a Vida, e que ninguém vai ao Pai senão por ele, foi uma terrível adição do evangelista às palavras de Jesus, algo arrogante, imperialista e politicamente incorreto”. E, no Brasil, um documento teológico de uma conhecida denominação diz que a Igreja é “um ente social, cultural e afetivo, onde não há lugar para doutrinas nem normas de comportamento”, e que a Bíblia é “um respeitável documento da tradição cultural judaica, útil para a devoção privada e para o uso litúrgico, mas a quem não se deve perguntar sobre doutrinas nem normas de comportamento”.

2. Enfrentando o Erro no Mundo e na IgrejaCreio que os cristãos não podem se isolar da conjuntura do seu tempo e lugar, mas conhecê-la, enfrentá-la, confrontá-la e ministrá-la. Em cada capítulo importante da História da Igreja, foi fundamental o ministério dos polemistas no combate às heresias internas, e dos apologistas, no combate aos desafios ideológicos e culturais externos. E esse duplo ministério do pensar continua extremamente relevante nos nossos dias, e nem sempre estimulado ou apoiado.

Mas, por mais importante que seja a disciplina intelectual de polemistas e apologistas, quebrando barreiras, demolindo distorções, abrindo clareiras mentais, não será por aí que mudaremos as mentes dos incrédulos e dos adversários. A confissão na singularidade de Jesus Cristo apenas ocorre com um coração regenerado, iluminado pelo Espírito da Verdade, após a experiência do novo nascimento.

Não podemos nos esquecer que as verdades espirituais da revelação parecem sempre loucura aos irregenerados, e que somente se discernem espiritualmente. A singularidade de Cristo é confessada pela fé pelos que não resistiram à Graça.

Vivemos, e somos enviados, em uma época de recrudescimento da perseguição à Igreja, tanto pelas antigas religiões – particularmente o Islã – ou pelo remanescente de ideologias materialistas, mas, o fato mais recente e mais preocupante é o Secularismo como ideologia hegemônica no Ocidente após a derrocada do Império Soviético, que cresce, ironicamente, no antigo “mundo livre”, hoje visível na academia, nas artes, na mídia e no aparelho do Estado, desqualificando o monoteísmo de revelação – particularmente o Cristianismo, vedando o nosso pensar e o nosso agir na esfera pública, empurrando-nos para a irrelevância das nossas subjetividades, e dos espaços privados dos lares e dos templos. O multiculturalismo, o “politicamente correto” e a agenda da morte: aborto-homossexualismo-eutanásia, são faces decorrentes desse Secularismo, que não é algo de um remoto a fora, mas que rapidamente chega, também, à nossa Pátria.

No centro dessa ideologia estará sempre a negação da singularidade de Jesus. Setores da Igreja, já por muito tempo, têm incorporado essa negação a suas (des)crenças, esvaziando os templos dos espaços euro-ocidentais, e já se fazendo sentir os seus efeitos deletérios em seus imitadores tupiniquins, ferindo um precioso tesouro compartilhado por muito tempo pela maioria das igrejas da Reforma em nosso País: o Evangelicalismo, com sua ênfase na autoridade das Sagradas Escrituras, no sacrifício vicário na Cruz, na experiência do novo nascimento e no imperativo missionário.

Fomos alcançados pelo Evangelho sob a moldura do Evangelicalismo, e sob essa moldura temos alcançando a tantos. A responsabilidade da Igreja brasileira para com o mandato missionário aos não alcançados e aos desalcançados, dentro e fora do nosso País, passa pela reafirmação dos princípios que caracterizam o Evangelicalismo, dentre eles a singularidade de Jesus. É sob essa bandeira que devemos nos manter, nos unir e avançar, no poder do Espírito Santo.

3. O Que Nós Dizemos ao Mundo sobre Quem É Jesus CristoComo evangélicos, e defensores de uma missão integral da Igreja, queremos proclamar, ensinar, integrar os convertidos a uma comunidade de fé, queremos servir aos necessitados e queremos exercer um ministério profético, de consciência moral, na denúncia às estruturas iníquas da sociedade, na defesa da vida e da integridade da Criação, tendo como premissa o caráter único da vida e ministério de Jesus de Nazaré, tanto histórico como o Cristo da fé, nosso único Senhor e Salvador.

John Stott, que nos deixou esse ano, lembrava da necessidade de nos fundamentar na subjetividade da nossa experiência de fé e na objetividade do ensino das Sagradas Escrituras. E ambas nos asseguram essa singularidade. A singularidade de Jesus é indissociável da singularidade das Sagradas Escrituras, e da singularidade dos ensinos delas emanados.

Como o autor da Carta aos Hebreus, cremos que o Pai, por meio dele fez também o mundo, constituído herdeiro de tudo, sendo Ele “o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa, e sustentando todas as coisas, pela palavra do seu poder, havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da majestade nas alturas” (Hb 1:2-3).

Com S. João, o evangelista, vemos que esse Messias prometido aos judeus pelos profetas, luz para as nações no episódio simbolizado pela Epifania (ou adoração dos sábios do Oriente), era também o Logos universal especulado pelos gregos, que estava desde o princípio, que era desde o princípio, que estava com Deus e era Deus, pois “Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens” (Jo 1.1-4). Essa Palavra se fez carne e habitou entre nós, “cheio de graça e de verdade” (Jo 1:14).

Com o apóstolo Paulo, em sua Carta aos Colossenses, cremos que “...nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades: tudo foi criado por ele e para ele. E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele e para ele. E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem nele. E ele é a cabeça da igreja: é o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha preeminência. Porque foi do agrado do Pai que toda plenitude nele habitasse. E que havendo feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, tanto as que estão na terra como as que estão nos céus” (Cl 1:16-20).

E, com o exilado de Patmos, esperamos um final e uma transformação final de todas as coisas, a ordem da restauração, com um novo céu e uma nova terra. Movidos pela bendita esperança, na adoração do Cordeiro, lemos: “E o que estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E disse-me: Escreve; porque estas palavras são verdadeiras” (Ap 21:5).

Essa clara revelação escriturística foi elaborada e afirmada pelos Apóstolos, pelos Pais Apostólicos, pelos Pais da Igreja e pelos Concílios da Igreja Indivisa, iluminados pelo Espírito Santo, como expressão do consenso dos fiéis. Vencidas as controvérsias iniciais, documentos oficiais passaram a expressar essas verdades cristológicas.

O Credo Niceno-Constantinopolitano estatui: “E em um só Senhor Jesus Cristo, unigênito de Deus; gerado de seu Pai antes de todos os mundos, Deus de Deus, Luz de Luz, Verdadeiro Deus de Verdadeiro Deus; gerado, não feito; por quem todas as coisas foram feitas: o qual por nós homens e pela nossa salvação desceu do céu, e encarnou, por obra do Espírito Santo, da Virgem Maria, e foi feito homem: foi também crucificado por nós, sob o poder de Pôncio Pilatos; padeceu e foi sepultado; e ao terceiro dia ressuscitou, segundo as Escrituras; e subiu ao céu, e está sentado à mão direita do Pai; e virá outra vez com glória, a julgar os vivos e os mortos; e o seu reino não terá fim”.

O Credo Atanasiano, por sua vez, é peremptório: “Logo, a fé correta é que creiamos e confessemos que nosso Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus, é Deus tanto quanto homem”.
Essas crenças fundamentais têm sido confessadas dominicalmente, por dois mil anos, na Liturgia da Palavra e dos Sacramentos nas Igrejas do Oriente e do Ocidente.

Com a Reforma Protestante do Século XVI, por suas diversas correntes essa compreensão cristológica foi veementemente reafirmada em suas importantes Confissões Doutrinárias. Em seu próprio Credo se expressava Martinho Lutero: “Creio em Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, que é meu Senhor. Que me remiu, perdido e condenado, libertando-me do pecado, da morte e do poder do maligno, não com ouro ou prata, mas com o seu Sangue e com seu sofrimento e pela morte inocente, para que lhe pertença para sempre e viva uma vida nova com Ele mesmo, que ressuscitado dentre os mortos, vive e reina eternamente. E isto é, com toda a certeza a verdade”.

Na mesma conjuntura histórica, o Anglicanismo, pelo artigo II dos 39 Artigos de Religião, tem confessado: “O Filho, que é o Verbo do Pai, gerado da eternidade do Pai, verdadeiro e sempiterno Deus, e consubstancial com o Pai, tomou a natureza humana no ventre da bendita virgem e da sua substância; de sorte que as duas inteiras e perfeitas Naturezas, isto é, divina e humana, se uniram em uma Pessoa, para nunca mais se separarem, das quais resultou Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro Homem; que verdadeiramente padeceu foi crucificado, morto e sepultado, para reconciliar seu Pai conosco, e ser vítima, não só pela culpa original, mas também pelos atuais pecados dos homens”.

O Quadrilátero de Lambeth, aprovado em 1888, considerou como essenciais para qualquer busca pela unidade dos cristãos, em seus primeiros dois itens, tanto a crença nas Sagradas Escrituras como sendo a regra e padrão de fé, quando as doutrinas – inclusive cristológicas – contidas no Credo dos Apóstolos e no Credo Niceno.

Foi essa experiência e compreensão da fé que tem marcado a vida e a morte de inúmeros mártires na História da Igreja, e que tem movido a paixão missionária de inúmeras vidas sacrificiais que tem levado o Evangelho a todos os recantos do globo. Essa é a compreensão e a fé de cada pessoa que se encontra nesse recinto hoje, e daqueles que respondem ao chamado missionário a partir do Brasil, para todos os recantos geográficos e sociais da nossa Pátria e do mundo.

A singularidade de Jesus Cristo é, pois, um princípio central, basilar, inquestionável e inegociável da Igreja, e elemento essencial da sua identidade. Sem a afirmação desse princípio, a Igreja não teria se constituído, não teria se expandido, não teria atravessado séculos, nós não estaríamos aqui hoje reunidos, e, muito menos, dedicando as nossas vidas em esforços missionários.

Como Paulo, escrevendo aos coríntios, continuamos a afirmar: “Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado”. Somos o que somos firmados em uma tríplice verdade: a manjedoura, a cruz sangrenta e o túmulo vazio.

4. Mais do que uma Afirmação FormalSabemos da importância da experiência da fé e da confissão articulada da fé, evitando sempre a mera ortodoxia fria das definições corretas sem vida, e, por outro lado, a ênfase na subjetividade da fé, seus sentimentos e emoções, menosprezando a elaboração e a confissão correta dessa mesma fé. As revelações privadas não podem ser recebidas ao arrepio tanto das Escrituras quanto dos Credos e Confissões. E ambas – experiência e confessionalidade – devem estar vinculadas à ética, ao comportamento adequado ao nível pessoal e social, que as evidenciam: a fé no Cristo, a confissão do Cristo, a vida no Cristo.
Quem somos e o que fazemos, muitas vezes, fragilizam o que nós afirmamos.

Singularidade de Jesus Cristo, Singularidade da Igreja de Jesus Cristo, Singularidade da Missão da Igreja de Jesus Cristo, Singularidade da Ética da Igreja de Jesus Cristo.
A singularidade de Jesus Cristo deveria estar vinculada à singularidade da Igreja de Jesus Cristo. Não uma singularidade apenas no campo místico, dito espiritual, ou “invisível”, pois o invisível ninguém vê, mas na visibilidade social e histórica, na concretude das relações fraternais, de um Corpo com uma face, nos vínculos de afeição, que se evidenciam na capacidade de se viver e atuar em conjunto, inclusive na esfera institucional. 

A igreja reduzida ao localismo das congregações, ao exercício do sectarismo separatista, confundindo livre exame com livre interpretação, mascarada pela retórica neoplatônica de uma pretensa unidade imaterial, não concorrem para convencer sobre a singularidade da Igreja do Cristo singular, hoje escandalosamente dividida em mais de 39.000 denominações, jurisdições, ministérios, ou outro nome que se queira dar a essa explosão irresponsável do pecado do cisma. A debilidade da elaboração eclesiológica da Reforma, a iconoclastia, a lenda trágica da apostasia geral da Igreja, o restauracionismo, concorreram para o lastimável estado atual, quando a Igreja perdeu a sua natureza sagrada, a sua natureza de mistério, e se reduziu a uma visão secularizada, de mera associação e empresa, ao sabor da livre iniciativa, do mercado, das ambições pessoais, do poder personalizado, e, cada vez mais, dinástico.

A singularidade de Jesus Cristo deveria estar associada à singularidade e integralidade da missão da Igreja de Jesus Cristo, não à sua parcialização ou mutilação. A singularidade de Jesus Cristo é negada quando não proclamada, a tempo e fora de tempo, pela criatividade de todos os meios e modos lícitos, na dimensão evangelística, kerigmática, ou quando não se integram os convertidos a uma comunidade de fé, na dimensão koinônica, ou quando não se ensina a esses novos convertidos e batizados todo o conselho de Deus, na dimensão didática, de compromisso com toda a verdade, e combate a toda a heresia.

A singularidade de Jesus Cristo também é negada quando não despertamos no coração dos fiéis respostas de misericórdia às necessidades humanas, dando de comer ao que tem fome, de beber ao que tem sede, amparando os órfãos, as viúvas e os estrangeiros, seguindo o exemplo do Bom Samaritano, evidenciando a fé com as obras, tão tristemente escassas em milhares de comunidades, marcadas pela indiferença, insensibilidade e irresponsabilidade, que confessam a fé no Cristo Crucificado. A singularidade de Jesus Cristo ainda é negada quando silenciamos como consciência moral da nação, quando pecamos pela não obediência à dimensão profética da nossa missão, quando não denunciamos as estruturas iníquas da sociedade e não defendemos a vida e a integridade da Criação.

A singularidade dessa Missão Integral da Igreja do singular Jesus caminha com a singularidade de uma Espiritualidade Integral, formada pela contemplação, pela reflexão e pela ação, se evitando os riscos unilaterais do misticismo alienante, do academicismo árido e do ativismo frustrante.

A singularidade de Cristo, da sua Igreja e da Missão da sua Igreja, se relacionam, por fim, com a Ética da sua Igreja. Ética que tem como fontes a Lei e os Profetas, os exemplos e os discursos de Jesus e o ensino apostólico, que foi pensada pelos Pais Apostólicos e os Pais da Igreja, pelos Concílios da Igreja Indivisa e pelos Reformadores, mais uma vez estabelecendo um consenso dos fiéis iluminados pelo Espírito Santo. A Ética do Reino de Deus, que não se confunde com a moral cultural de cada tempo e lugar, embora com elas interaja. Ética, em seu conjunto de valores, que diz respeito não somente a reconstrução do novo homem à imagem do varão perfeito, e como fruto do Espírito (o que implica em caráter, temperamento e sentimentos renovados), em permanente processo de superação da obra da carne, mas que se projeta na promoção desses valores, como a honestidade, a justiça e a paz, nas relações interpessoais e na vida das comunidades, instituições e nações, como antecipação possível, ensaio e vanguarda da nova humanidade que habitará um dia o novo céu e a nova terra.

Infelizmente o reducionismo moralista-legalista, o ensino de pessoas pretensamente iluminadas e possuidoras de uma “mediunidade protestante”, a sacralização de elementos da própria cultura, de culturas importadas ou de subculturas religiosas, têm substituído e empobrecido a Ética singular do Reino. Essa aplicação concreta da Ética do Reino deve incluir uma abertura para a contribuição da Filosofia e das Ciências Humanas, a sinceridade e a seriedade no acercamento à Palavra de Deus, e a humildade nas conclusões marcadas pela finitude humana, e a busca do ideal de um dos Pais da Igreja: “No essencial unidade, no acidental diversidade e em tudo caridade”. Se os liberais pecam pela negação do essencial, conservadores pecam por insistir em considerar essencial o acidental, e ambos na ausência do exercício da caridade.

O mundo está carente de ser confrontado com a singularidade de Cristo, dentro dessa moldura mais ampla da vida dos seus mensageiros, que ao mundo vamos em obediência e ao chamado do seu Senhor, na diversidade dos seus dons e vocações. É o que devemos fazer com discernimento, convicção, coragem e disposição para assumir riscos.
Meus irmãos e minhas irmãs,

A Deus, cujo poder já atua em nós, e é capaz de fazer infinitamente mais do que pedimos ou pensamos, a Ele seja sempre dada glória na Igreja e em Jesus Cristo. Amém (LOCb – Livro de Oração Comum Brasileiro, p.276).

CRISTÃOS PERSEGUIDOS

Morte de egípcios que protestavam contra atentado a uma igreja expõe o ódio aos seguidores de Jesus Cristo, algo que vai além do Oriente Médio
Rodrigo Cardoso
chamada.jpg
NAS RUAS
Protesto contra o massacre de cristãos, no Egito: perseguição também ocorre na Ásia
Imagine um país onde a filiação religiosa deva constar no documento de identidade de todos os cidadãos, onde sua crença implique restrições para ocupar postos de trabalho, ter acesso à educação e se casar. No Egito, predominantemente islâmico, isso acontece e as principais vítimas da intolerância religiosa são os cristãos, que representam 10% da população. Na semana passada, o mundo testemunhou um derramamento de sangue no país. Vinte e cinco pessoas – a maioria fiéis coptas, como são chamados os cristãos que não seguem o Alcorão – morreram no domingo 9, no Cairo, em confronto com outros civis e o Exército. Tanques passavam por cima dos manifestantes sem dó. Carregando cruzes e imagens de Jesus, milhares de pessoas estavam nas ruas em um protesto inédito contra a opressão histórica patrocinada pelos muçulmanos. Os representantes do cristianismo se revoltaram depois de mais um incêndio sofrido por uma igreja copta. “A primavera no mundo árabe parece que acordou muita gente, inclusive os coptas”, diz o sacerdote católico Celso Pedro da Silva, professor emérito da Pontifícia Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção, de São Paulo.

Com o estado de insegurança que domina o Egito após a queda do ex-presidente Hosni Mubarak, em fevereiro, grupos muçulmanos tentam demarcar mais territórios em meio à indefinição do poder público. E os coptas, historicamente marginalizados pelo governo, estão levantando a voz. Há severas restrições – só para citar uma fonte de discriminação – para a construção e reformas de templos cristãos, patrulha que não ocorre entre os muçulmanos. Em solo egípcio há apenas duas mil igrejas perante as 93 mil mesquitas. Na quinta-feira 13, o papa Bento XVI manifestou-se no Vaticano: “Uno-me à dor das famílias das vítimas e de todo o povo egípcio, desgarrado pelas tentativas de sufocar a coexistência pacífica entre suas comunidades.” O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu proteção à minoria copta e afirmou estar profundamente preocupado com o Egito.

A intolerância religiosa contra os cristãos não ocorre só no Egito. Um levantamento feito, em maio, pela Comissão sobre Liberdade Religiosa Internacional dos Estados Unidos mostra quanto a violência anticristã está disseminada mundo afora. Na China, segundo a comissão, pelo menos 40 bispos católicos estariam presos ou desaparecidos. Na Nigéria, cerca de 13 mil pessoas teriam morrido em conflitos violentos entre muçulmanos e cristãos desde 1999. Mais: na Arábia Saudita, lugares de cultos não muçulmanos são proibidos e livros escolares seguem pregando a intolerância a outras etnias. Irã e Iraque também são citados. No primeiro, mais de 250 cristãos teriam sido presos arbitrariamente desde meados de 2010. Já o país vizinho registra uma das maiores quedas no número de cristãos da sua história – em oito anos, esse grupo caiu pela metade e soma, hoje, 500 mil. “Os atos de violência têm como objetivo pressionar a população a abandonar suas terras”, explica Keith Roderick, secretário-geral da Coalizão para a Defesa dos Direitos Humanos.

Infelizmente tem funcionado. O Oriente Médio, berço do cristianismo, era constituído, no início do século XX, por cerca de 20% de seguidores de Jesus Cristo. Estimam os especialistas que o povo cristão atualmente não represente nem 2% dos habitantes daquela região. O papa Bento XVI chama a investida dos muçulmanos de “conquista à base da espada”. No ano passado, o Sumo Pontífice manifestou-se a favor da libertação de uma paquistanesa cristã condenada à forca por blasfêmia, no Paquistão, país onde mais de 30 pessoas foram assassinadas com essa justificativa. Asia Bibi, então com 45 anos, teria dito ao ser insultada por mulheres muçulmanas: “O que Maomé fez por vocês? Jesus, pelo menos, sacrificou-se por mim”. Graças à pressão internacional, a pena não foi cumprida, mas Asia aguarda novo julgamento. Ela é a primeira mulher na história a receber uma pena de morte por conta de perseguição religiosa. Um título que nenhum país deveria se orgulhar. 
img.jpg
Fonte: Istoe edição 2188

Formulário de contato

Nome

E-mail *

Mensagem *